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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

TEORIA DA RELATIVIDADE LULISTA - Parte 2


TEORIA DA RELATIVIDADE LULISTA


e = mc²

executivo = mentiras x corrupção²




Por Waldo Luís Viana*

Saltar no tempo, através da velocidade da luz, rumo ao futuro, faz bem à saúde – como diria Albert Einstein. Para o cientista, o universo é infinito e curvo e o tempo, uma dobradura do espaço.

Comparar Hitler e Mussolini a Lula e Chávez poderia ser uma demasia pelo fim dos primeiros, mas não pelo início.

Os quatro foram populistas e esmagaram as oposições.

Os quatro convidaram as respectivas sociedades a ter abstratas esperanças no futuro. Demonstraram vocação imperialista, como acusaram os vizinhos e tentaram expandir a influência no exterior.

Os quatro se ajustaram às velhas práticas de conquista de espaço vital, embora o Brasil pratique política singular de interferência moral, como no caso recente de Honduras e por uma diplomacia de passeio e mídia circenses, para encanto dos países desenvolvidos que também gostam de novidades.

Nosso presidente é líder considerado moderado, ideal para consumo externo. Ele não mexe no fundamental e é muito bom para os negócios. Enquanto isso, vai comendo o mingau pelas beiradas, sem despertar suspeitas sobre as reais intenções...



Lula raciocina sobre os pobres como colonizador imperial, como o único que pode interpretá-los nas vísceras.

A teoria da relatividade petista transformou o executivo, pela equação do título desse artigo, cancelando o tempo newtoniano, aquele que inspira por exemplo o código civil e os juros compostos dos bancos, criando uma atmosfera permanente de fantasia na sociedade.

A agenda real é postergada e se transforma em esperança.

Os problemas atuais de educação (80ª posição mundial) e alfabetização (107ª); de distribuição de renda (119ª), renda per capita (103ª), expectativa de vida (112ª), saneamento (67ª) e índice de desenvolvimento humano (IDH, em 70ª) – ficam adiados, em nome de grandes promessas, como a Copa do Mundo, em 2014, o Pré-Sal em 2015 e, agora, as Olimpíadas, em 2016.


Nem Albert Einstein ousaria tanto!



Lula solucionou também o problema de domesticar as velhas oligarquias patrimonialistas, assoladas pela modernidade da Internet.

Como roubar, hoje em dia, se a fiscalização é instantânea, podendo ser apurada em velocidades exponenciais?

Como fazer as antigas operações de superfaturamento, aproveitando as brechas propositalmente deixadas pelos políticos na Lei nº 8666, das concorrências e licitações?

Ora, Lula construiu a ponte necessária.

Um volume de obras nunca visto terá de ser realizado, para adaptar um país pobre e sem recursos a dois eventos internacionais de monta no espaço de dois anos!

continua abaixo

1 comentários:

Anônimo disse...

A postura do Brasil em Honduras foi realmente a mais acertada, um golpe de mestre. O país se destaca como líder regional, defensor da soberania e da legalidade, com alta capacidade diplomática e ainda assume uma posição clara de defesa de um governo que, se não é o melhor do mundo, representa uma postura de esquerda. O mundo inteiro reconhece o Brasil como o grande mediador e vê no país a importância estratégica fundamental que assumiu ao asilar Zelaya em sua embaixada. Ali, naquele momento, o Brasil contribuiu de forma decisiva para encurralar o governo golpista de Micheletti. Ao “presidente de facto”, como chama a nossa mídia golpista, não restam muitas alternativas.