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sexta-feira, 13 de março de 2015

Justiça autoriza bloqueio de R$ 340 milhões de mais 17 envolvidos na Lava Jato


Decisão atinge contas de doleiros, lobistas e executivos do segundo escalão das empreiteiras investigadas

Por Ana Clara Costa

Veja.com

O juiz federal de Curitiba Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, participa do Seminário Nacional sobre Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, no Rio de Janeiro
O juiz federal de Curitiba Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato
(Ricardo Borges/Folhapress)

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que conduz os processos da Operação Lava Jato na primeira instância, acatou pedido do Ministério Público Federal de quebra de sigilo seguida de bloqueio de contas de mais dezessete envolvidos na Operação Lava Jato. Segundo a decisão de Moro, cada réu teve o montante de até 20 milhões de reais bloqueados de suas contas bancárias e de investimentos - trata-se do limite máximo de bloqueio previsto pela legislação. Se o valor máximo for encontrado nas contas dos acusados, a Justiça poderá recolher até 340 milhões de reais.

Nas decisões, publicadas entre o final de fevereiro e começo de março, Moro cita os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e participação de organização criminosa como justificativas para o bloqueio. "Os valores constantes em contas poderão servir para a reparação dos danos decorrentes do crime e para recuperação dos ativos desviados da Petrobras", afirma o juiz nos despachos publicados.


O bloqueio atinge o segundo escalão das empreiteiras, como diretores, engenheiros, além de negociadores acusados de acertar pagamento de propina para contratos com a Petrobras. Entre os dezessete envolvidos, o único que está preso junto com outros executivos investigados na operação da Polícia Federal é Mateus Coutinho de Sá Oliveira, diretor Financeiro da OAS. Os demais já haviam sido levados à carceragem da PF em Curitiba para prisão temporária, em novembro do ano passado, mas foram soltos ao prazo de cinco dias.


São alvo dos novos bloqueios os lobistas Adarico Negromonte (irmão do ex-ministro Mario Negromonte) e Jayme Alves de Oliveira Filho, os doleiros Mario Lucio de Oliveira e Antonio Carlos Pieruccini e os executivos de empreiteiras João Alberto Lazzari e Fernando Augusto Stremel Andrade (OAS), Rogério Cunha de Oliveira, Ângelo Alves Mendes, Alberto Elísio Vilaça Gomes e José Humberto Cruvinel Resende (Mendes Júnior), Jean Alberto Luscher Castro e Dario de Queiroz Galvão Filho (Galvão Engenharia), João de Teive e Argollo (UTC), Newton Prado Junior e Carlos Eduardo Strauch Albero (Engevix), e Marcio Andrade Bonilho (Sanko).

Com a decisão de Moro, o MPF já determinou a quebra de sigilo dos acusados, mas ainda não há um levantamento preciso do quanto foi bloqueado. Houve, contudo, uma liberação parcial concedida a João Alberto Lazzari, da OAS. Moro retirou o bloqueio de uma das contas do executivo depois que advogados alertaram que Lazzari se encontra com "quadro de saúde grave".

12/03/2015


quinta-feira, 12 de março de 2015

Ministro do STJ autoriza abertura de inquéritos para investigar Pezão, Cabral e Tião Viana


Processos vão tramitar na Corte sem sigilo; PGR já fez os primeiros pedidos de diligências

Da esq. p/ a dir, o ex-governador Sérgio Cabral, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o governador do Acre, Tião Viana - Arquivo O Globo

Por Vinicius Sassine / Carolina Brígido
O Globo



BRASÍLIA - O ministro Luiz Felipe Salomão autorizou, nesta quinta-feira, a abertura de inquéritos para investigar o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ex-governador do estado Sérgio Cabral (PMDB) e o governador do Acre, Tião Viana (PT), segundo a Globonews. A exemplo dos casos no Supremo Tribunal Federal (STF), os processos devem tramitar sem sigilo. A PGR, nas petições, já fez os primeiros pedidos de diligência.

Governadores têm foro privilegiado junto ao STJ, e não ao STF. Entre os envolvidos nas delações premiadas da Operação Lava-Jato, uma outra autoridade tem foro junto ao STJ: o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, que exerce atualmente o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia. Negromonte, porém, será investigado em inquéritos no STF, por conta da conexão a fatos supostamente cometidos por parlamentares do PP.
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Paulo Roberto diz que arrecadou R$ 30 milhões para 'caixa dois' de Cabral e Pezão em 2010
Lava-Jato: PGR vai pedir abertura de inquéritos contra Pezão e Tião Viana

Na Suprema Corte, os inquéritos foram instaurados na noite da última sexta-feira. São 49 investigados, entre eles 12 senadores e 22 deputados federais. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão na lista.

Um dos delatores, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, afirmou em depoimento que arrecadou R$ 30 milhões em recursos desviados da Petrobras para caixa dois da campanha de Sérgio Cabral para governador e de Pezão para vice em 2010. Segundo o delator, os recursos para campanha de Cabral e Pezão vieram de empresas que atuavam na obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Conforme Paulo Roberto, o consórcio Compar, formado pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e UTC, contribuiu com R$ 15 milhões. O restante foi pago por outras empresas, como Skanska, Alusa e UTC, disse o delator. O ex-diretor afirma que os pagamentos eram “propina”. Pezão e Cabral vão ser investigados num mesmo inquérito.

O outro governador a ser investigado, também por meio da instauração de um inquérito, é Tião Viana (PT), do Acre. Ele é suspeito de ter recebido R$ 300 mil do esquema, conforme os delatores Paulo Roberto e o doleiro Alberto Youssef.


12/03/2015


‘Dias difíceis para Dilma e o PT’



Editorial do Estadão



Dilma e o PT vivem seu inferno astral. Enquanto em Brasília, em depoimento à CPI da Petrobrás, o delator Pedro Barusco desarmava a artimanha petista de transferir a responsabilidade pela corrupção na estatal para o governo de Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo funcionários dos estandes do 21º Salão da Construção, no Anhembi – faxineiros, marceneiros, recepcionistas, assistentes administrativos, etc. – recebiam com estrepitosa vaia a presidente Dilma Rousseff, que antes da abertura do pavilhão de exposições ao público tentava percorrer os estandes da mostra e viu-se constrangida a mudar de ideia.

O episódio na Câmara frustrou as expectativas petistas de trazer a oposição tucana para o centro do escândalo da Petrobrás e revelou a medida do isolamento a que os companheiros de Lula no Congresso Nacional foram relegados pelos próprios “aliados”. Quando vazou o depoimento do ex-gerente da petroleira, prestado à força-tarefa da Operação Lava Jato, em que admitiu que desde 1997 – durante o governo FHC, portanto – recebera propina das empreiteiras, o PT animou-se com a oportunidade de colocar em prática a velha tática: quando não se consegue sair do buraco, atrai-se o inimigo para dentro dele. Barusco manteve-se coerente com seu depoimento anterior, garantindo que em 1997 agiu por conta própria e que o amplo esquema do propinoduto só foi criado a partir do início do governo Lula, “em 2003 ou 2004″.

Ninguém da “base aliada” se deu ao trabalho de dar uma ajuda aos petistas, que chegaram quase à histeria na patética tentativa de convencer Barusco a incriminar o governo FHC. Foi mais uma demonstração do alto preço que o governo Dilma e o PT estão pagando por terem imaginado que, respaldados pelo resultado das eleições presidenciais, poderiam tratar os partidos aliados como subalternos a seu serviço.

As vaias do Anhembi, por sua vez, desmontaram o argumento petista de que a oposição a Dilma Rousseff se restringe à “burguesia” e à “classe média alta” – aos brasileiros ricos, enfim. A visita de Dilma ao Salão da Construção foi planejada com cuidado, exatamente para evitar a exposição da presidente a um público hostil em território francamente antipetista. Para evitar contato com os visitantes, agendou-se a visita presidencial para antes da abertura do pavilhão ao público. Mas não contavam os especialistas do Planalto com a reação das centenas de funcionários das empresas expositoras que já se encontravam no recinto. O resultado foi que Dilma permaneceu apenas cerca de cinco minutos no local e foi levada rapidamente de volta ao carro oficial, que a levou para o auditório onde se realizaria, apenas para convidados, a solenidade de abertura oficial do evento. E depois de ter sido vaiada pelos empregados no pavilhão, a presidente foi elogiada no auditório pelos patrões que se dispuseram a fazer declarações aos jornalistas.

No discurso de meia hora que fez diante de um público que ocupava apenas metade da plateia, Dilma fez uma pequena concessão à vida real, ao admitir que “é verdade que o Brasil passa por um momento difícil”, mas voltou rapidamente a sua visão onírica do País para garantir que “nem de longe vivemos uma crise das dimensões que alguns estão dizendo”. E não se estendeu sobre a gênese da crise, preferindo atribuí-la, como de hábito, a circunstâncias “conjunturais”.

O episódio do Anhembi deixou alarmada a equipe que acompanhava Dilma. O ministro Thomas Traumann, chefe da Secretaria de Comunicação Social, não disfarçou a irritação ao afirmar que Dilma tinha caído “numa armadilha”.

Se armadilha houve, a culpa é dos estrategistas do governo e do PT, entre eles Lula e o marqueteiro João Santana, que recomendaram à presidente que ativasse a agenda de compromissos fora do palácio e de Brasília, para “entrar em contato” com o povo. Pelo jeito esse contato não voltará a ser feito tão cedo em São Paulo. Na reunião convocada às pressas para aquela noite em Brasília, com a presença de Lula, chegou-se à conclusão de que o episódio do Anhembi foi um fenômeno “paulista”. É o novo rótulo inventado para desqualificar as manifestações antigoverno e antipetistas, já que “burgueses” e “classe média alta” não combinam com as fotos do Anhembi fartamente estampadas na mídia.


12/03/2015

quarta-feira, 11 de março de 2015

O recorde de impopularidade alcançado por Dilma é tão impressionante quanto correr 100 metros em menos de 8 segundos


Por Reinaldo Azevedo


Apenas 7% dos brasileiros com direito ao voto consideram bom ou ótimo o governo de Dilma Rousseff, constatou a pesquisa monitorada diariamente pelo Palácio do Planalto. Nunca antes neste planeta um governante eleito nas urnas despencou para um índice tão desastroso ainda nos primeiros 100 dias de mandato. É mais que um recorde mundial de impopularidade. É uma marca de tal forma impressionante que só a própria campeã parece capaz de superá-la.

Cinco observações comprovam que os 7% de Dilma equivalem a correr 100 metros em menos de 8 segundos:

1. Pela primeira vez desde a invenção da de popularidade, a taxa de aprovação do chefe de um governo em seu começo coube num algarismo só.

2. Para descer a um dígito, Dilma teve de reduzir a taxa de bom ou ótimo em 40 pontos percentuais num período inferior a quatro meses.

3. A presidente reeleita no fim de outubro com mais de 54 milhões de votos não iria além de 10 milhões neste começo de março.

4. Os 51 milhões que votaram contra o PT no segundo turno vão chegando a 70 milhões.

5. Às vésperas do impeachment, Fernando Collor desceu a 14% de bom ou ótimo ─ o dobro do obtido pela nova recordista.


Se o regime fosse parlamentarista, o poste fabricado por Lula teria caído fora do Planalto duas semanas depois da posse. Se o Código do Consumidor fosse incorporado à legislação eleitoral, milhões de iludidos pela propaganda enganosa estariam exigindo aos berros a devolução do voto desperdiçado num produto de quinta categoria. Como nestes trêfegos trópicos vigora o presidencialismo imperial, Dilma e o PT sonham com mais quatro anos de tapeação.

Apavorados com o sucesso do programa Minha Cara, Minha Vaia, insones com as manifestações de rua que ampliarão a campanha pelo impeachment ou pela renúncia da presidente, os farsantes no poder vão decerto fingir que esses 7% são consequência da crise econômica internacional. Nada a ver com a incompetência sem precedentes, nem com a roubalheira monumental do Petrolão. É dura a vida de quem enfrenta a elite golpista.

Os jornalistas estatizados juraram até ontem que toda demonstração de hostilidade a Dilma é coisa de gente rica, que usa panela francesa, tem a barriga cheia e odeia a presença de ex-miseráveis em aeroportos. Segundo o coro dos colunistas contentes, o que há é uma guerra movida pelos endinheirados contra os desvalidos e os humildes, que continuam apaixonados por Lula e sua afilhada.

Se é assim, a imprensa oficial logo enxergará o lado bom do recorde desmoralizante: visto de perto, é uma prova que o lulopetismo cumpriu a promessa de acabar com os pobres. Pelo que a pesquisa diz, entre os brasileiros que votam restam só 7%.

11/03/2015

terça-feira, 10 de março de 2015

STF pode tirar de Dilma escolha de ministro que vai julgar Lava Jato






Julgamento será em turma que tem um a menos; Dilma ainda não indicou.
Ministro propôs preencher vaga com migração de membro da outra turma.

Renan Ramalho Do G1,
em Brasília

Os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que vai julgar as futuras ações penais decorrentes da Operação Lava Jato contra deputados e senadores, decidiram nesta terça-feira (10) propor que um dos ministros da Primeira Turma da Corte migre para o grupo.

Na prática, isso impedirá a atuação no caso do novo ministro a ser indicado pela presidente Dilma Rousseff – para a vaga ainda não preenchida de Joaquim Barbosa, que se aposentou em agosto do ano passado. No último dia 26, durante sessão do Supremo, ministros criticaram a demora da indicação pela presidente, que não tem prazo para isso.

OPERAÇÃO LAVA JATO

PF investiga lavagem de dinheiro.

A proposta foi apresentada pelo ministro Gilmar Mendes e obteve adesão dos ministros Celso de Mello e Teori Zavascki, relator dos inquéritos sobre corrupção na Petrobras já abertos no Supremo. Além deles, integra a Segunda Turma a ministra Cármen Lúcia, ausente na sessão desta terça-feira; a outra vaga permanece aberta desde a aposentadoria de Barbosa.

A Primeira Turma do STF é atualmente formada pelos ministros Marco Aurélio Mello, Antonio Dias Toffoli, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. A autorização para a transferência dependerá do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, em caso de algum ministro da Primeira Turma manifestar interesse em migrar.

Desde o ano passado, o STF decidiu que investigações, denúncias e processos criminais contra parlamentares e ministros passariam a ser julgados numa das duas turmas – compostas, cada uma, por cinco ministros – e não mais no plenário, onde atuam todos os 11 integrantes da Corte.

Com a demora de mais de sete meses de Dilma para indicar um substituto de Barbosa, a Segunda Turma ficou incompleta, gerando empates em julgamentos.

Além desse argumento, ao propor convidar um dos ministros da Primeira Turma para a Segunda, Gilmar Mendes chamou a atenção para as futuras decisões da Lava Jato. Para ele, a Segunda Turma não poderia ter uma composição "ad hoc", isto é, com a designação de um novo ministro especialmente para julgar o caso.

"Isso seria um constrangimento para o colega que porventura venha a ser designado para esta colenda Corte. Uma composição 'ad hoc' do colegiado não honra as tradições republicanas desta Casa", afirmou.

Pelas regras do Supremo, qualquer ministro tem o direito de pedir a transferência. Se mais de um se interessar, a preferência é do ministro mais antigo da Corte.

Na Primeira Turma, o ministro que há mais tempo integra a Corte é Marco Aurélio Mello. Se ele mostrar interesse, portanto, terá direito à migração.

Na sessão desta terça, Celso de Mello disse que proposta era “extremamente oportuna” e criticou a “inércia” de Dilma em indicar um novo ministro.

“O apelo é importante porque permitirá enfrentar essa jornada que agora se inicia realmente difícil tendo em vista a complexidade do caso”, disse o ministro, em referência à Lava Jato.

Teori Zavascki concordou, chamando a atenção para a possibilidade de empates, que, em processos penais, sempre beneficiam o réu em julgamentos colegiados. “Quem vem é um voto que só poderia beneficiar a acusação”, afirmou.

Ao corroborar a opinião de Mendes, Zavascki acrescentou que a ida de um ministro da Primeira para a Segunda Turma significa uma “descompressão” sobre a Presidência e o Senado, que não teriam de escolher e aprovar um nome para o STF tendo em vista a Lava Jato.

“Não seria conveniente que, já passado tanto tempo da indicação, a questão de participar ou não desta Segunda Turma tivesse como elemento, seja na indicação pela presidente, seja na aprovação pelo Senado, esse problema adicional, de ter que examinar sobre o aspecto de sua participação [no caso]”, declarou.

Dentro da Operação Lava Jato, já tramitam no STF 25 inquéritos sobre políticos suspeitos de terem se beneficiado do esquema de corrupção na Petrobras.

Em todos os casos, é o relator do caso, ministro Teori Zavascki, que autoriza medidas de investigação. Se qualquer delas for questionada, no entanto, é a Segunda Turma que irá decidir se são ou não válidas – isso pode incluir, por exemplo, quebras de sigilo (telefônico, fiscal e bancário), apreensão de documentos ou interceptações telefônicas.

Das 25 investigações que já correm no STF, no entanto, quatro – que incluem os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – serão discutidas por todos os ministros da Corte. Isso ocorrerá porque, pela nova regra de julgamentos, os chefes das Casas Legislativas continuam só podendo ser julgados pelo plenário.

10/03/2015 


Dilma é VAIADA - Fora PT!


Anhembi expulsa Dilma de
São Paulo!






Barusco cumpriu o prometido


Pedro Barusco repetiu na CPI o que já disse à Lava Jato



Seu depoimento só vale pelas imagens que serão mostradas, hoje à noite, no Jornal Nacional, em que ele afirma que a roubalheira na Petrobras foi institucionalizada em 2004, durante o governo Lula, e que o PT recebeu do esquema entre 150 e 200 milhões de dólares.

O Antagonista acha que já está mais do que bom.



10.03.2015

Vaiada, Dilma é retirada de evento em São Paulo


Crise de credibilidade
Ela foi recebida com repulsa em evento da construção civil


Presidente Dilma Rousseff foi recebida com vaias pelos trabalhadores


A presidente Dilma Rousseff foi estrepitosamente vaiada nesta terça-feira pela manhã, ao chegar para participar do 21º Salão Internacional da Construção Civil. As vaias duraram cerca de cinco minutos e partiram de pessoas que trabalham no evento. Ela não reagiu. A feira ainda não estava aberta, por isso não havia público.

Assessores conduziram Dilma a uma sala reservada, para poupá-la de maior exposição aos apupos dos funcionários do evento. Ela almoça em São Paulo com o ex-presidente Lula e em seguida retornará a Brasília.

10 de março de 2015

À CPI, delator diz que corrupção foi institucionalizada no governo Lula

Pedro Barusco confirmou que começou a receber propina em 1997, mas diz que o fez por iniciativa pessoal.
Ele fechou acordo de delação com a Justiça


O DELATOR FALA
CPI da Petrobras ouve ex-diretor da estatal Pedro Barusco: corrupção foi institucionalizada no governo

Lula(Pedro Ladeira/Folhapress)

Veja.com

O delator Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, fala nesta terça-feira à CPI que investiga o esquema de corrupção na estatal. Segundo ele, a corrupção da Petrobras foi "institucionalizada" a partir de 2003 ou 2004, já no governo Lula. Como já havia feito em seu acordo de delação premiada, Barusco reconheceu que recebeu propina em 1997 da holandesa SBM Offshore, mas afirmou que agiu por "iniciativa pessoal" junto com o representante da empresa.

O relator da CPI, o petista Luiz Sérgio (PT-RJ), foi o primeiro a fazer perguntas e quis saber quando o esquema mais amplo de corrupção se instalou: "A forma mais ampla, em contato com outras pessoas da Petrobras, de uma forma mais institucionalizada, foi a partir de 2003, 2004. Não sei precisar exatamente a data, mas foi a partir dali", afirmou o ex-gerente.

Barusco disse aos parlamentares que sua ascensão na Petrobras nunca dependeu de indicações políticas. Ele ingressou na estatal por concurso, em 1979.

Pedro Barusco disse que "praticamente" toda a propina que recebeu foi paga no exterior, em contas na Suíça. Ele afirmou que não tem detalhes de com o dinheiro era repassado a Vaccari. "Eu recebia só para mim e para o Renato Duque". O ex-gerente reafirmou, entretanto, que havia até mesmo uma "prestação de contas" na divisão da propina.

Ele contou aos parlamentares que fazia o controle dos pagamentos por meio de planilhas e que, periodicamente, em um período de dois a quatro meses, havia um acerto de contas com os operadores do esquema. "O mecanismo envolvia o representante da empresa, eu , o diretor Duque e João Vaccari. São os protagonistas", resumiu.

O delator deixou claro que a participação de Vaccari não era por conta própria, mas sim em nome do partido. "O rótulo era PT", explicou, acrescentando que o tesoureiro petista também esteve à frente do recebimento de comissões em obras do Gasene, uma rede gasoduto construída entre Rio de Janeiro de Bahia. As obras foram questionadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). "Eu sei que a propina foi destinada a mim, ao Duque e à parte relativa ao PT. A gente sempre combinava esse tipo de assunto com o Vaccari. Ele era o responsável", disse o ex-gerente da Petrobras.

Barusco também disse que o PMDB se beneficiou dos desvios na Diretoria de Abastecimento, sob comando de Paulo Roberto Costa, e que a Diretoria de Serviços era da cota do PT. "A divisão da propina, até onde eu sabia, iria para o PP e, mais recentemente o PMDB no caso do diretor Paulo Roberto Costa. E no caso do diretor Renato Duque atendia ao PT. É isso que eu sabia e que eu vivenciava", afirmou.

Sete Brasil - Quando se aposentou, aos 55 anos de idade, Barusco assumiu o cargo de diretor operacional da Sete Brasil, empresa dedicada ao aluguel de sondas para a exploração do pré-sal e que é fruto de uma sociedade da Petrobras com empresas privadas, como BTG, Santander e Bradesco, e fundos de pensão. Barusco admitiu que a Sete cobrava 1% de propina sobre os contratos, que somam 22 bilhões de reais.

O ex-diretor disse que seu cargo era da cota de indicação da Petrobras, sob responsabildade do então presidente José Sérgio Gabrielli. "Quem me indiciou foi a Petrobras. Quem foi a pessoa que defendeu a minha colocação eu acho que foi o Renato Duque e o presidente Gabrielli", afirmou.

"Sobre a divisão [de propina] da Sete, como tinha o Vaccari e outras pessoas envolvidas, houve uma divisão prática: um estaleiro pagava a mim e ao Duque, outro pagava ao Vaccari, e assim seguia, porque senão ficava uma movimentação financeira cruzada muito complexa", explicou.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) questionou a forma como a Sete Brasil foi criada. "É carta marcada. O senhor chega lá colocado do nada, a empresa nasce do nada e ela de repente tem 22 bilhões para roubar?", disse.

10.03.2015

Vem aí o "15 do Impeachment". É Fora Dilma!





Por O EDITOR
Blog do Coronel

(Folha) O protesto contra Dilma Rousseff, registrado em diversos centros urbanos enquanto a mandatária fazia um apelo por união nacional em rede TV, é um marco na narrativa da crise que draga o Planalto desde a reeleição. As ruas resolveram rugir, de forma aparentemente espontânea mas pelo visto com uma mãozinha do WhatsApp e outros mecanismos, uma semana antes dos protestos programados para o dia 15.


O governo vinha tratando os atos do próximo domingo com certo desdém; agora tem motivos para se preocupar. Se antes a insatisfação contra Dilma, expressa em pesquisas, não encontrava vazão fora das conversas no supermercado ou nas sempre radicalizadas redes sociais, o que se viu na noite de domingo foi uma impressionante manifestação pública de rejeição.


Comparações históricas são tentadoras, perigosas e geralmente falhas. Guardadas as proporções, o exemplo que ocorre é o do dia 16 de agosto de 1992, quando o então presidente Fernando Collor estava afundado até o pescoço em denúncias de corrupção. Buscando apoio popular, ele sugeriu que "o povo", essa entidade abstrata, vestisse verde e amarelo para honrar a bandeira naquele domingo --e, ato contínuo, apoiasse seu governo. Deu no que deu: multidões foram à rua usando preto em luto por sua gestão, que acabou impedida no Congresso pouco depois.


Não foi bem isso neste domingo. E Dilma não é Collor, ainda que ele ainda esteja aí como seu aliado e investigado na mesma Operação Lava Jato que alimenta, com a debacle econômica, a repulsa ao governo. A presidente ainda não foi acusada diretamente de malfeitos como seu antecessor, mas na era dos julgamentos online de reputações, isso parece contar pouco.


É inequívoco o sinal da noite deste domingo de 2015, estimulado ou não por correntes nos celulares. Se achava que a crise poderia ser circunscrita em negociações palacianas e no Congresso, o governo deverá preparar-se para algo maior e imprevisível.


                             

                               10.03.2015







A gota d'água


O PT disse que os protestos de ontem à noite foram um fracasso.

A realidade é outra.

O harakiri de Dilma Rousseff, em cadeia nacional de TV, foi medido pela Esentia, empresa de análise digital.

De 185.487 mensagens sobre a presidente, publicadas nas redes sociais durante ou imediatamente depois de seu pronunciamento, 80% foram negativas e 19% foram positivas.

Do total, 54,1% pediram a renúncia da presidente ou seu impeachment. Outras 10,3% a chamaram de mentirosa ou falsa. Só 3,3% partiram para o xingamento.

O hashtag #VaiaDilma, no Twitter, foi o mais difundido no mundo todo. Isso mesmo: no mundo todo.

O diretor da Esentia, Gustavo Ramos, comentou:

“O episódio deste domingo nos surpreendeu muito. Literalmente em tempo real, com segundos de pronunciamento, uma avalanche de dados gerados por posts contendo imagens, áudios e, principalmente vídeos, tomaram conta de nossas ferramentas de monitoramento.

Para a maioria, a fala da Presidente foi "a gota d'água". Em nossa avaliação, o fenômeno aguçou os ânimos para as já alardeadas manifestações contra o governo federal e a Presidente no dia 15 de março”.

(O Antagonista agradece o ótimo implicante.org)










Mais uma vez...

Dilma apresenta um discurso totalmente fora da realidade.

O povo, que não é otário, #VaiaDilma!

@VeraLuciaDutra


10.03.2015



domingo, 8 de março de 2015

Moradores fazem panelaço e buzinaço contra pronunciamento de Dilma


Manifestações foram registradas em SP, Rio, Brasília e cidades do Nordeste


Por O Globo

SÃO PAULO. Ao mesmo tempo em que a presidente Dilma Rousseff fazia seu pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, na noite deste domingo, moradores de diversas cidades realizaram simultaneamente um panelaço em protesto ao seu discurso. Em bairros nobres como Higienópiolis, em São Paulo, e Barra da Tijuca, no Rio, as pessoas não só batiam panelas como gritavam palavras de baixo calão contra a presidente.

Durante todo o fim de semana, grupos contrários ao governo combinaram o panelaço em mensagens no aplicativo Whatsapp. O texto de mobilização dizia: “Vamos todos para as janelas e vaiar muito. Também vale disparar alarmes de casas e carros! Passe adiante”.

Assim que começou o discurso da presidente, o primeiro da presidente Dilma Roussef à nação em 2015, os primeiros barulhos foram ouvidos. Além do Rio e São Paulo, foram registrados protestos nos mesmos moldes em Brasília, Belo Horizonte e cidades do Nordeste. Muitos internautas postaram vídeos em seus canais de relacionamento e em redes sociais.

Em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, as pessoas saíram às janelas dos prédios batendo panelas e gritando "fora Dilma", "fora PT". As manifestações começaram na metade da fala da presidente e só se encerraram depois do pronunciamento. Algumas pessoas estouraram rojões. Nas ruas, carros passavam buzinando em adesão a manifestação.

Elem de ataques a Dilma e ao PT, alguns manifestantes aproveitaram para incentivar a manifestação pró-impeachment, programada para o próximo domingo. Nas redes sociais, internautas comparavam o próximo dia 15 ao de 29 de maio de 1992, quando jovens foram às ruas de cara-pintadas pedir a saído do então presidente Fernando Collor do governo.

Na TV, enquanto era alvo do protesto, Dilma disse compreender a irritação e preocupação de brasileiros diante do cenário atual, com inflação em alta, economia fraca e aumento do endividamento das famílias. A presidente pediu a confiança da população e conclamou a todos a se unirem em um esforço coletivo para a retomada do crescimento do país.

— Você tem todo direito de se irritar e de se preocupar. Mas lhe peço paciência e compreensão porque esta situação é passageira. O Brasil tem todas as condições de vencer estes problemas temporários. E esta vitória será ainda mais rápida se todos nós nos unirmos neste enfrentamento. Peço a vocês que nos unamos e que confiem na condução deste processo pelo governo, pelo Congresso, e por todas as forças vivas do nosso país e uma delas é você — afirmou a presidente em pronunciamento.
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08/03/2015