Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

A questão paraguaia, a violência no Brasil e o desenvolvimento que não temos na América Latina 2





                   Por Gerhard Erich Boehme



Em todos os fóruns internacionais é defendida a soberania das nações,
mas aos que pertencem ao chamado Foro San Pablo, o qual está subjugando nações na América Latina, seja politicamente, economicamente, com a pretensão de se consolidar uma UNASUL socialista, mas também através dos mecanismos mais afastados do lícito, como o do tráfico de drogas, hoje uma das suas principais fontes de renda.
Os congressistas paraguaios sabem que a pressão política, principalmente por parte dos chamados "Ministros das Relações Exteriores" do Brasil, Argentina, Venezuela, Equador e Bolívia, representantes do Foro San Pablo.


Assim esta entidade exercerá um poder paralelo e pode desestabilizar a frágil democracia paraguaia. E notem o discurso, é dito que o impeachment trata-se de uma afronta a democracia. Seguramente não irão reconhecer o vice-presidente legalmente e legitimamente eleito e a ser empossado. Até mesmo Miriam Leitão o mencionou no dia de hoje no Bom dia Brasil,
não considerando o tempo e que a oposição é multipartidária.



1.
Como pode ser isso, se os congressistas foram eleitos democraticamente?


2.
Como pode ser isso se este processo está sendo conduzido por praticamente todo o Congresso, não apenas pelo membros de um ou outro partido?


Assim como Miriam Leitão, muitos estão a bater na mesma tecla: “Partido Colorado” e sempre com a retrospectiva histórica que lhes é oportuna. Assim induzem o pensamento crítico dos brasileiros, argentinos, bolivianos, venezuelanos, ...
Seguramente a afirmativa parte do fato de que a maioria pertença ao Partido Colorado, que foi o mesmo partido que deu em passado distante o suporte ao regime de exceção do General Alfredo Strößner Matiauda, conhecido como Presidente Stroessner, que lá governou de forma arbitrária no período de 1954 a 1989. Repito: 1989.
2012-1989=23
Depois de Strössner, passaram pela presidência (1) Andrés Rodríguez Pedotti, (2) Juan Carlos María Wasmosy Monti, o primeiro eleito democraticamente, desde 1811, (3) Raúl Alberto Cubas Grau, (4) Luis Ángel González Macchi, (5) Óscar Nicanor Duarte Frutos, até chegar ao atual representante do Foro San Pablo no Paraguay: (5) Fernando Armindo Lugo de Méndez S.V.D., que é conhecido respeitosamente como um ex-bispo católico, uma espécie de Boff misturado com Frei Betto, ex-ativista político, mas na realidade foi um bispo-garanhão e é o principal líder de todos os movimentos que destacam a oclocracia paraguaia.
Notem que os chamados chanceleres dos países que fazem parte do Foro San Paulo, dizem representar os países integrantes da Unión de Naciones Suramericanas – UNASUR (União das Nações Sul-Americanas – Unasul) e ao chegaram ao Paraguay, dizendo defender o processo democrático, não foram conversar com o chanceler paraguaio, mas por orientação do chanceler brasileiro, Antonio Patriota, o grupo seguiu do aeroporto de Assunção para a residência oficial de Lugo.

O que por si só denota que o grupo tomou parte de um dos lados no processo e visa assumir uma clara posição. Só faltou a presença do ex-chanceler Celso Luiz Nunes Amorim e lá conduzir suas patacadas, ou melhor, PTa-cadas
. O risco agora é ele envolver nossos militares.
A realidade é que a cassação só não ocorrerá se o Senado desistir de levar o processo de impeachment adiante após a pressão do Foro San Pablo, pois Lugo tem hoje uma forte oposição na sociedade, exceto é claro dentro do grupo que promove a oclocracia, assim como tem forte oposição na Câmara e no Senado. E até mesmo de seu vice-presidente, Federico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autentico), uma espécie de Partido Republicano no Paraguay.


Na Câmara, 76 deputados votaram a favor do processo de impeachment.


Apenas um apoiou Lugo e três se abstiveram. Para passar no Senado, o impeachment deve ser aprovado por dois terços dos parlamentares. A Casa tem 45 senadores, porém apenas três (todos de partidos minoritários) apoiam Lugo. As bancadas mais fortes são do Partido Colorado (15) e do Partido Liberal (14).
Seguramente o Paraguay não é nenhum exemplo de democracia, mas o Paraguay promove hoje a desestabilização da sociedade brasileira, é através dele que temos hoje no Paraná a maior escalada da violência, escalada esta jamais vista em nosso país, superando até mesmo indicadores de nosso pior regime de exceção que se formou com a quartelada que muito denominam de "Proclamação da República", quando tivemos centenas de milhares de mortes, uma diáspora, que inclui até mesmo os mais dignos dos brasileiros que acompanharam a Família Imperial, sem contar que foi também o mais longo período de exceção que tivemos.
Para tal é importante conhecer a visão dos dois lados:

Este período de exceção, que se inicia com a quartelada vai até o nosso segundo período de exceção, a Revolução de 30. E ele, apesar de ser conhecido com nomes até encantadores, como "A República Velha" ou "Primeira República" deve ser sim conhecido pelo pior período que o Brasil passou em termos de falta de democracia, de arbitrariedades, de corrupção, sendo superado somente após 1985 com o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa.
Este período pode ser dividido em dois períodos, denominados República da Espada e República Oligárquica, e ele é fundamental para entendermos como as nossas instituições foram sendo formadas, ou melhor deformadas.
Depois da quartelada foi-nos imposto um regime de exceção, teve certo alento quando em 1891 o "Marechal" Deodoro foi eleito presidente pelo colégio eleitoral, depois o Congresso tentou aprovar a Lei de Responsabilidades, que reduzia os poderes do presidente, em resumo, depois ocorre a dissolução do Congresso e é estado de sítio no país. E assim o Brasil deslizou para um longo período de governos fracos, ditaduras e crises constitucionais e econômicas. Tivemos assim inúmeras revoluções, levantes e guerras civis, como a Revolução Federalista, Guerra de Canudos, etc.


E para quem gosta de história e entender a realidade brasileira e latino-americana atual quatro livros são essenciais:


Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano
A Volta do Idiota
Estes foram escritos por Plinio Mendoza, Carlos Alberto Montaner e Álvaro Vargas Llosa.
Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Guia Politicamente Incorreto da América Latina
E estes escritos por Leandro Narloch e Duda Teixeira, os quais figuram entre os dois livros mais vendidos no Brasil da atualidade.
A partir deles e de tantos outros livros de história de autores respeitados podemos entender porque na América Latina se tem hoje o Foro San Pablo dominando importantes setores de nossa sociedade, não apenas as Relações Exteriores, mas também o comércio internacional (UNASUR), nos impondo uma atrofia na nossa industrialização, até o surgimento do 4º Setor como um dos mais destacados, onde o tráfico de drogas, de veículos, de pessoas, da bio-pirataria e de órgãos se impõe sobre nossa sociedade.

Desta triste realidade surge uma ruptura entre os que governam e os que são governados; dissolveu-se o elo entre os que detêm o poder e aqueles de onde emana o poder; em resumo, os que estão em cima já não representam os que estão em baixo! Na verdade, a atual classe política se apossou do Estado e o transformou num consórcio dela, dirigido por ela e para ela mesma. É esta realidade que se está agora sendo contestada pelo congresso paraguaio, pois o que está em jogo lá é a defesa do direito de propriedade.
No que se refere a questão econômica, temos hoje dois modelos, apesar do fato de que devemos fugir sempre de uma dicotomia, ao menos serve para fins didáticos. A questão é que dois modelos econômicos merecem destaque na América Latina, de um lado os países que formam um bloco hegemônico, liderado pela Venezuela, e de outro o Chile e de certo modo, seguindo este modelo, o Uruguai e a Costa Rica. Um bloco hegemônico que procura implantar na América Latina algo próximo ao domínio do mal observado no Século XX, agora com a balda do “Socialismo do Século XXI” .
Não é sem razão que o Brasil lidera o número de empresas com déficit crescente, onde temos 20 das 30 maiores perdas nos dois últimos anos, temos entre as empresas mais lucrativas aquelas que são exploradoras de commodities ou formadas pelos principais bancos que operam no Brasil. O processo de concentração de empresas, com suas desonerações seletivas, é seguramente similar a uma outra nação que nos anos 30 do século XX se viu refém de inúmeros movimentos, de sua oclocracia, a serviço de um partido, que então também se chamava PT - Partido dos Trabalhadores, este formado pelo Carlos Henrique Gouveia de Mello de lá, um tal de Anton Drexler.
Infelizmente não nos damos conta das escolhas erradas dos brasileiros.
Entre as que exploram commodities temos a PETROBRAS, mas esta não é referencial, dificilmente daria prejuízo, pois há artificialismo que penalizam o consumidor e o contribuinte. Não é o mercado que avalia sua competência ou a permite operar no mercado, o consumidor não tem opção de escolha, quando muito acredita que há a escolha da bandeira. Quem determina a escolha é o dirigismo estatal, uma herança que conjuga o que há de pior na nossa história, o oportunismo e a defesa de privilégios, assegurada pelos Marechais Manuel Deodoro da Fonseca e Floriano Vieira Peixoto – que nos legaram o pior período de exceção, a maior diáspora – inclusive a de nossa Família Real, o maior número de mortes em conflitos internos e a perda do rumo da liberdade que somente nomes com o engenheiro e intelectual André Pinto Rebouças . o jurista Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo, o engenheiro Alfred d’Escragnolle Taunay, o Visconde Taunay e o farmacêutico e jornalista José Carlos do Patrocínio nos asseguraram durante o II Império - e o “nacionalismo” de Getúlio Dorneles Vargas, Ernesto Geisel e Lulla, mas não se limita a eles.
E é sempre necessário sabermos diferenciar nacionalismo de patriotismo. Neste sentido o Rodrigo Constantino nos produziu um excelente texto: "O perigo nacionalista".
Assim como é importante sabermos diferenciar o que de fato nos poderia levar à verdadeira riqueza das nações.


“Sem liberdade individual não pode haver civilização nem sólida riqueza; não pode haver moralidade e justiça; e sem essas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força e poder entre as nações”
Gerhard Erich Boehme
gerhard@boehme.com.br
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR
Leia mais aqui.



1 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria apenas de avisar aos caros amigos, sobre um fato da vida de Joaquim Barbosa, que ninguém parece querer se lembrar, não sei se pord escuido ou de propósito. Joaquim Barbosa foi eleito para o STF por ninguém menos que o ex-presidente
Lula !!! Pode ser que ele siga atualmente apenas suas consciência, apesar disso, mas permitam-me duvidar. Entretanto, dada a origem viciada da nomeação, creio não ser prudente se julgar que ele está condenando os réus do mensalão sem o objetivo de colocar mais um petista(ele mesmo) no poder e prolongar assim a agonia petista que temos de aturar no país, caso Dilma e/ou Lula não se revelem opções viáveis futuras. Gostariam que antes de levantar sua bandeira para presidente, os caríssimos selembrassem disso. Joaqum Barbosa era e ainda deve ser, homem de confiança do Pres. Lula !!!! E portanto, tuda esta pizza do mensalão e mensalinho bem que poderia ser apenas mais uma jogada política maquiavélica para perpetuar o PT no poder, através de Barbosa. Acredito piamente nisso. Ao final, os condenados sairão ilesos e Barbosa irá para presidente. O PT mais uma vez enganou a todos.