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sábado, 29 de maio de 2010

Opinião do leitor: cumplicidade do governo boliviano com a produção e tráfico de cocaína


O partido de lulla vagabundacio da silva não combate a entrada de drogas no Brasil por várias razões dentre elas:

1a- ideológica, pois os países produtores são de governo esquerdistas.


1b- porque o uso de drogas, para muitos esquerdistas, tem uma conotação progressista, muuuderna.


2- pragmática, pois as capitais mais importantes do Brasil não são governadas por petistas. São Paulo, felizmente, jamais foi, e pelo jeito, ainda esta longe de ser. Droga nas ruas, violência, miséria e ignorância são as maiores razoes do sucesso petista.


Onde quer que haja miséria, sempre estará um petista para se aproveitar dela.

MTS disse:

José Serra vai direto ao ponto: Evo Morales incentiva a produção de cocaína

José Serra vai direto ao ponto
O candidato do PSDB acusa o governo boliviano de ser cúmplice do narcotráfico. Ele está certo: Evo Morales incentiva a produção de cocaína.

A verdade doeu na diplomacia lulista

Duda Teixeira e Fernando Mello
Montagem sobre fotos David Mercado/Reuters e Dida Sampaio/AE

SEM CORPO MOLE

Morales (à esq.) e Serra (à dir.): o tucano quer que o Brasil faça pressão sobre o boliviano para barrar o tráfico da droga

Nos últimos sete anos, o governo brasileiro orientou sua política externa inspirado na cartilha do Partido dos Trabalhadores. Nossos diplomatas e o presidente Lula percorreram o mundo abraçando regimes que violam os direitos humanos, como o de Cuba, ou que desenvolvem às escondidas a bomba atômica, como o do Irã.

Em comum, os governos desses países cultivam a retórica antiamericana. A substituição de uma política externa de estado, como era a tradição do Itamaraty, por uma política externa de partido, como é a do governo Lula, coloca a ideologia acima dos interesses brasileiros.

Na semana passada, o pré-candidato a presidente José Serra, do PSDB, apontou um dos efeitos dessa diplomacia ao falar das relações do presidente boliviano Evo Morales com o tráfico de entorpecentes.

"Você acha que a Bolívia ia exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice?

Impossível", disse Serra em entrevista a uma rádio. No dia seguinte, reforçou:

"O Brasil deveria falar com o governo boliviano, fazer gestões, pressionar para que se controle a exportação ilegal de cocaína para nossa juventude".

Seus comentários foram classificados pela pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, como "demonização" do país vizinho.

Dilma defendeu a linha vigente no Itamaraty:

"Provamos que o Brasil pode ser protagonista sem atitudes imperialistas, sem jamais esquecer que na América Latina estão nossos parceiros".

Serra, no entanto, não atacou a Bolívia nem os bolivianos, mas a política do atual governo daquele país. E o fez até com comedimento.

Mais do que cúmplice, como disse o candidato tucano, Evo Morales, empossado em 2006, é patrocinador de narcotraficantes.

Pior: o governo Lula não só fecha os olhos para o que acontece na Bolívia, como se prepara para financiar a construção de uma estrada que facilitará o escoamento da cocaína para o Brasil.

Ou seja, a droga que destrói os sonhos de famílias de todas as classes sociais chegará mais rapidamente às nossas cidades - e com a ajuda do contribuinte brasileiro.


Irritado com as declarações de Serra, um ministro boliviano com nome sugestivo, Oscar Coca, exigiu provas.

Ei-las:

Morales entrou na política defendendo os plantadores de folha de coca da região de Chapare, no departamento de Cochabamba.

Na nova Constituição boliviana, ditada pelo presidente e aprovada em referendo no início do ano passado, a coca é considerada "recurso natural renovável da biodiversidade da Bolívia e fator de coesão social".

Essa foi a fórmula encontrada para vender ao mundo a ideia de que a defesa da produção de coca visa a preservar os usos culturais da planta, como em chás e ao natural, para mascar.

Se isso fosse verdade, o presidente boliviano deveria incentivar a redução da área plantada, não o seu aumento.

Morales anunciou a intenção de ampliar o cultivo de coca em 21 000 hectares. A demanda tradicional não precisa de mais de 7 000 hectares para ser suprida. Além disso, a maior parte da produção boliviana tem fins ilícitos: 71% da coca do país é transformada em droga.

Em Chapare, reduto eleitoral de Morales, esse índice sobe para espantosos 95%. As ações de combate ao narcotráfico foram desmanteladas uma a uma no governo Morales.

A DEA, agência antidrogas americana, por exemplo, foi expulsa do país em 2008. Ela dava apoio à polícia local especializada no combate ao narcotráfico (FELCN), complementando salários, comprando uniformes e ministrando cursos. Sem esse auxílio externo, a FELCN não tem sequer gasolina para perseguir traficantes e encontrar laboratórios de refino de cocaína. As apreensões atuais são, na maior parte, realizadas próximas à fronteira com o Brasil, e só por insistência e com a ajuda da Polícia Federal brasileira.
Carlos Cazalis/Latin Stock
DEPOIS VIRAM PÓ E CRACK
Agricultor colhe folhas de coca em Chapare

Morales também expulsou da Bolívia a agência americana de desenvolvimento, a Usaid, que os paranoicos esquerdistas latino-americanos sempre viram como um braço da CIA, a agência de inteligência dos Estados Unidos. Seus integrantes financiavam projetos para dar alternativas econômicas aos pequenos agricultores, como a plantação de banana, melão, café e cacau.

Sem a Usaid, as lavouras de coca avançaram e a exportação de frutas caiu 41% em um ano. Morales prefere que o seu país ganhe dinheiro vendendo droga ao Brasil. Sob sua supervisão, as plantações de coca agora estão presentes nos nove departamentos bolivianos e em três reservas florestais.

Desde 2007, a Bolívia fabrica o pó de cocaína, com laboratórios montados em associação com cartéis colombianos. Até então, o país exportava apenas a pasta de coca.


O incentivo de Morales fez a produção de cocaína e pasta de coca crescer 41%. A política cocaleira teve o efeito desejado pelo governo boliviano: o negócio prosperou. O volume de cocaína apreendido pela Polícia Federal nos quatro estados brasileiros que fazem fronteira com a Bolívia triplicou.

"Os traficantes estão fazendo a festa, porque o Brasil é o segundo maior consumidor de cocaína do continente, atrás apenas dos Estados Unidos, e chegar a esse mercado nunca foi tão fácil", diz o boliviano Humberto Vacaflor, especialista em narcotráfico. Entre 80% e 90% da droga consumida no Brasil é boliviana - por não ter a mesma qualidade da colombiana, ela é desprezada por americanos e europeus.

O comércio do pó aumenta os lucros da bandidagem organizada e financia outros tipos de crime no Brasil. No Rio de Janeiro, 60% das ocorrências estão relacionadas à droga. Além de pó, os traficantes bolivianos vendem pasta de coca ao Brasil. O produto, misturado à soda cáustica, é transformado em pedras de crack, uma droga barata e bem mais perigosa do que a cocaína.

Quando inalado com frequência, o crack leva a convulsões, a paradas cardíacas e ao desequilíbrio de áreas cerebrais responsáveis pelo controle da respiração. No Brasil, 13 anos é a idade média com que se começa a usar crack. Dois terços dos viciados morrem em menos de cinco anos.

O governo lançou recentemente o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack. O pacote de medidas tem mais casca do que conteúdo. Entre outras coisas, anuncia que será aumentada a vigilância na fronteira com Bolívia, Colômbia e Paraguai e propõe dobrar o número de leitos em hospitais públicos para dependentes químicos, de 2 500 para 5 000. A segunda medida é questionável.

"Os hospitais não possuem estrutura para atender usuários de crack, porque esses pacientes têm comportamento violento e precisam ficar isolados", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), um dos maiores especialistas no tratamento de dependentes químicos do Brasil.

No programa partidário na TV, a candidata governista Dilma Rousseff defendeu "apoio e carinho" para enfrentar a ameaça do crack.

"Nós, mães, vamos estar na linha de frente", disse a pré-candidata, apelando para a empatia de gênero.

O suporte materno, sem dúvida, é necessário.

Em termos de política pública, no entanto, o ideal é pressionar os países exportadores da matéria-prima do crack, como a Bolívia, a combater o narcotráfico e reduzir as plantações de coca.

"Mais do que na falta de apoio familiar, a origem do problema da droga no Brasil está na enorme facilidade de obtê-la", diz Laranjeira.

Nilton Fukuda/AE
UMA PRAGA SOCIAL

Viciados em crack, em São Paulo:
um terço dos usuários morre em cinco anos


Com o auxílio do dinheiro dos contribuintes brasileiros, ficará ainda mais fácil para os traficantes colocar cocaína e crack nas ruas das nossas cidades.

Em agosto do ano passado, na Bolívia, o presidente Lula, enfeitado com um colar de folhas de coca, prometeu um empréstimo de 332 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a rodovia Villa Tunari-San Ignacio de Moxos.

Na ocasião, a segurança de Lula não foi feita por policiais, mas por centenas de cocaleiros armados com bastões envoltos em esparadrapo.

Com 60 000 habitantes, a cidade de Villa Tunari é o principal centro urbano de Chapare.

A rodovia, apelidada pelos bolivianos de "estrada da coca", cruzará as áreas de cultivo da planta e, teoricamente, deveria fazer parte de um corredor bioceânico ligando o porto chileno de Iquique, no Pacífico, ao Atlântico.

Como só garantiu financiamento para o trecho cocaleiro, a curto prazo a estrada vai favorecer principalmente o transporte de cocaína para o Brasil. O próprio BNDES não aponta um objetivo estratégico para a obra, apenas a intenção de "financiar as exportações de bens e serviços brasileiros que serão utilizados na construção da rodovia, tendo como principal benefício a geração de empregos e renda no Brasil".

Traduzindo: emprestar dinheiro para a obra vai fazer com que insumos como máquinas ou asfalto sejam comprados no Brasil. O mesmo efeito econômico, contudo, seria atingido se o financiamento fosse para uma obra em território nacional.


Na Bolívia, suspeita-se que o financiamento do BNDES seja uma maneira de conferir contratos vantajosos a construtoras brasileiras sem fiscalização rigorosa.

Os promotores bolivianos investigam um superfaturamento de 215 milhões de dólares na transcocaleira.

"Essa rodovia custou o dobro do que seria razoável e não tem licenças ambientais. Seu objetivo é expandir a fronteira agrícola dos plantadores de coca",
diz José María Bakovic, ex-presidente do extinto Serviço Nacional de Caminhos, órgão que administrava as rodovias bolivianas.

Desde que Morales foi eleito, Bakovic já foi preso duas vezes por denunciar irregularidades em obras públicas. As mães brasileiras não são as únicas que sofrem com a amizade do governo brasileiro com Morales.
As provas da ajuda de Evo Morales ao narcotráfico

• Depois da eleição de Morales, a produção de cocaína e pasta de coca na Bolívia cresceu 41%

• A quantidade de cocaína que entra no Brasil pela fronteira com a Bolívia aumentou 200%

• Morales é presidente de seis associações de cocaleiros da região do Chapare, seu reduto eleitoral

• Ele quer ampliar a área de cultivo de coca para 21 000 hectares. Para atender ao consumo tradicional, como o uso da folha em chás e cosméticos, basta um terço disso

• Expulsou a DEA, agência antidrogas americana, que dava apoio à polícia boliviana no combate ao tráfico

• A pedido dos cocaleiros, Morales acabou com o projeto que ajudava agricultores a substituir a coca por plantações de banana, melão, café e cacau

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Charges do Sponholz



qual é o pó, Morales ?!!

Escolha desgraçada - Olavo de Carvalho

Escolha desgraçada

Por Olavo de Carvalho

Por informar ao público a existência do Foro de São Paulo e os laços mais que íntimos entre partidos políticos e quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores, fui chutado do Globo, da Época, da Zero Hora, do Jornal do Brasil e do Jornal da Tarde.

Dos comentários à coluna de Reinaldo Azevedo do último dia 16, uma dúzia enfatizava que as notícias recentes, com provas definitivas da cumplicidade do PT com as Farc e outras organizações criminosas, já constavam de meus artigos de dez ou quinze anos atrás.

"É preciso - diz um dos leitores -- fazer justiça ao jornalista exilado nos EUA, Olavo de Carvalho, que durante anos foi motivo de chacota por denunciar sozinho o Foro de São Paulo."

Outro recorda: "Neste vídeo, Olavo de Carvalho já denunciava a ligação das FARC com o PT, CV e PCC."

Outro ainda: "Parabéns ao jornalista Reinaldo Azevedo que foi um dos primeiros a apoiar Olavo de Carvalho, que já falava disso há anos -- o ÚNICO cientista político honesto do Brasil."
E assim por diante.

Nos vinte anos de governo militar, nunca vi um só jornalista ser expulso de toda a "grande mídia" brasileira por divulgar algum fato politicamente indesejado.

Esse privilégio, que me lisonjeia ao ponto de me corromper a alma, ficou reservado para ser conferido à minha irrisória pessoa no período histórico imediatamente posterior, chamado, por motivos esotéricos, "redemocratização".

Por informar ao público a existência do Foro de São Paulo e os laços mais que íntimos entre partidos políticos e quadrilhas de narcotraficantes e seqüestradores, fui chutado do Globo, da Época, da Zero Hora, do Jornal do Brasil e do Jornal da Tarde.

O número dos que por esses e outros canais me chamaram de louco, de mentiroso, de desinformante, de teórico da conspiração e coisas similares conta-se como as estrelas do céu.

Excluído do círculo das pessoas decentes, só encontrei um último abrigo neste bravo Diário do Comércio, onde me sinto cinicamente bem entre outros meninos malvados como Moisés Rabinovici, Roberto Fendt e Neil Ferreira.

Estou grato aos leitores da Veja pela sua fidelidade à memória dos fatos, mas - confesso - nunca me senti entristecido ou magoado com aqueles indivíduos, oficialmente profissionais de imprensa, que imaginaram poder destruir minha reputação a pontapés.

As marcas de seus sapatos no meu traseiro desvaneceram-se em questão de segundos tão logo os enviei, por via postal ou radiofônica, à p. que os p. ou à prática do sexo anal consigo próprios.

A satisfação que esses desabafos me trouxeram foi tão grande, tão sublime, que, em vez de rancor, passei a sentir uma terna gratidão por aqueles meus ex-patrões, por terem me dado a ocasião de viver tão deliciosos momentos.

Mais deliciosos ainda pela certeza absoluta de que tudo os destinatários engoliriam calados, fingindo que não era com eles, quando todo mundo sabia que era. Não há dinheiro que pague uma coisa dessas.

Liberto de mágoas pessoais, não posso, no entanto, deixar de sentir tristeza ao ponderar que o curso deplorável tomado pelos fatos desde há duas décadas poderia ter sido contornado se algumas pessoas em posição de poder e destaque na sociedade tivessem dado ouvidos à voz deste esfarrapado observador da realidade, em vez de dá-los aos bem-pensantes, bem vestidos e bem barbeados bonecos de ventríloquo da mídia e das universidades.

Quem perdeu com isso não fui eu, foi o Brasil. Desgraçado o país que, na falta de sensibilidade intelectual, escolhe seus conselheiros mediante critérios de etiqueta, indumentária e posição social.

Notícias Faltantes - Foro de São Paulo

25 Maio 2010

Uribe deixa Colômbia mais segura e com maior dívida social

Uribe deixa Colômbia mais segura e com maior dívida social

Por Claudia Jardim
Enviada especial da
BBC Brasil à Bogotá

Uribe termina o mandato com alto grau de aprovação

O conflito armado e o combate às guerrilhas na Colômbia ainda preocupam, mas deixaram de ser as prioridades dos eleitores que vão às urnas no próximo domingo escolher o novo presidente do país.

A opinião é de analistas e eleitores ouvidos pela BBC Brasil.

Segundo especialistas, políticas públicas direcionadas exclusivamente à segurança - em detrimento de problemas relacionados a trabalho, saúde e educação - estão desgastadas. Os eleitores colombianos, afirmam analistas, hoje se preocupam muito mais com a resolução de problemas sociais.

"Pela primeira vez as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) já não colocam nem derrubam presidentes", afirmou à BBC Brasil Ariel Ávila, do Movimento de Observação Eleitoral (MOE) da Colômbia.

Nas eleições presidenciais de 1998, quando se discutia a possibilidade de um acordo de paz no país, o candidato eleito foi Andrés Pastrana. As negociações fracassaram, e as Farc terminaram ampliando seu poder militar.

Depois de fracassadas as negociações, os colombianos passaram a exigir pulso firme contra a guerrilha, fator decisivo para alavancar a vitória de Álvaro Uribe nas eleições em 2002 e 2006. Uribe foi eleito em grande parte por sua promessa de derrotar a guerrilha militarmente.

"Hoje o desemprego e a precarização do acesso à saúde são tão graves que é o que realmente estimula essas eleições", acrescentou Ávila.

Desemprego

A taxa oficial de desemprego registrada na Colômbia em maio foi de 12%, e o índice de informalidade chegou a 51,6% dos trabalhadores, segundo o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE).

Os dados, no entanto, são questionados por organizações sociais que consideram que o número de desempregados alcance 14,6% dos trabalhadores colombianos. A falta de empregos se tornou uma das principais preocupações do recepcionista Marco Paez.

"Era necessário combater a guerra, mas muitas coisas importantes foram ficando de lado por causa da nossa 'guerrilhafobia'. Há muito desemprego, a saúde está precária, já é hora de cuidar disso também", disse à BBC .

Segundo pesquisa realizada em maio pela empresa Invamer Gallup e publicada pela revista colombiana Semana, 76% dos colombianos entrevistados desaprovam as políticas do governo para combater o desemprego, e 62% não estão contentes com a qualidade da saúde pública.

A pesquisa revela também que 52% dos colombianos desaprovam a maneira com a qual o governo combate a corrupção, enquanto 65% dos entrevistados acreditam que este problema está aumentando.

Para o analista político e ex-ministro de Justiça Rafael Nieto, os colombianos hoje podem se preocupar com outros problemas justamente porque a política de segurança de Álvaro Uribe "deu resultados".

"As pessoas entendem que o conflito não está resolvido, que as Farc continuam vivas e com capacidade de ação, mas já não são um ator político relevante", afirmou Nieto à BBCBrasil. " As guerrilhas já não têm capacidade de invadir os grandes centros urbanos. Isso é o que realmente altera a percepção das pessoas em relação à segurança", acrescentou.

Atentados
De acordo com o MOE, as Farc e o Exército de LIbertação Nacional (ELN) - segunda maior guerrilha do país - incrementaram suas ações em 112% nos quatro primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

As autoridades colombianas anunciaram a mobilização de ao menos 151 mil homens da Polícia Nacional para vigiar os mais de 10 mil centros de votação no país. De acordo com o diretor da polícia, general Oscar Naranjo, os policiais darão prioridade à segurança nos departamentos (Estados) de Cauca, Nariño, Arauca, Tolima, Caquetá e Putumayo, considerados sob maior risco de sofrer atentados.

Na última segunda-feira, nove fuzileiros navais colombianos morreram durante enfrentamento com as Farc, em Caquetá, no sul do país. Dias depois, uma bomba explodiu próximo ao comitê eleitoral do candidato oficialista Juan Manuel Santos, no interior do país, deixando ao menos nove pessoas feridas.

Para Ariel Ávila, com a atual polarização na disputa eleitoral entre o candidato conservador Juan Manuel Santos, considerado o herdeiro de Uribe, e o candidato do partido Verde, Antanas Mockus, "difícilmente" atos de desestabilização menores poderão influenciar o voto do eleitor neste domingo.

"A não ser que ocorra um fato extraordinário em relação à segurança. Neste caso, Santos sairia favorecido porque (é o candidato que) continuará justificando a política de segurança democrática e a linha dura, acompanhada de certa arbitrariedade, que caracterizou o governo Uribe", afirmou.

Governo Lula, humilhado, joga a toalha e dá adeus ao Conselho de Segurança da ONU

Governo Lula, humilhado, joga a toalha e dá adeus ao Conselho de Segurança da ONU

por Polibio Braga

A declaração a seguir é do chanceler Celso Amorim. Cheio de ressentimento, ele joga a toalha,admitindo implicitamente que o seu governo não conseguirá uma posição no Conselho de Segurança da ONU.

Secretaria Geral da ONU e Nobel da Paz para Lula, então, nem pensar.

Amorim foi quem ajudou Lula a se enterrar nesse caso do Pacto Ribentrop-Molotov ou de Munique ou de Teerã.

Ele e Lula levaram nos dedos de Clinton.

Apanharam de uma mulher e agora choram pelos cantos.

Leiam:
- Você não pode adotar uma política de que quem não está comigo está contra mim. Isso não existe. Nas Nações Unidas você tem que votar de acordo com sua consciência e suas convicções. E agir de acordo com suas convicções. Nós não temos o poder — porque não temos veto — de levar adiante nossas posições como os outros podem. Mas eles não podem impor a nós violentarmos a nossa consciência e violentarmos aquilo que nós obtivemos.

Lula não desiste de protagonizar papagaiadas e hoje tirou foto com o líder cocaleiro Evo Morales, tentando ser engraçadinho:
"Vamos fazer inveja ao Serra".

Pouco antes, a Polícia Federal apreendeu meia tonelada de cocaína traficada da Bolívia sob os olhos benevolentes de Morales.

Venezuela semeia desinformação contra Uribe



"Há operações de inteligência desde a Venezuela para desprestigiar o presidente Uribe, utilizando todo tipo de artimanhas".

Como "uma infâmia", qualificou o presidente Álvaro Uribe, a acusação realizada através do jornal The Washington Post a seu irmão, Santiago Uribe, de haver liderado um grupo paramilitar.

Ministros afirmaram que flagrou-se um complô desde a Venezuela. Um plano de desprestígio contra o Governo da Colômbia estaria sendo gestado desde a Venezuela, segundo os ministros da Defesa e do Interior.


El Colombiano, Medellin
28 Maio 2010

Golpes, ONGs e a mala de dinheiro


Golpes, ONGs e a mala de dinheiro
Agnelo Queiroz, candidato do PT ao governo de Brasília, é acusado de receber R$ 256 mil desviados de programa do Ministério do Esporte

Por Murilo Ramos e Marcelo Rocha


O ex-ministro do Esporte e candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, terá um caminho duro até as eleições de outubro. Um obstáculo difícil será superar o adversário Joaquim Roriz (PSC), político popular que ficou quase 14 anos no poder e está na dianteira das pesquisas eleitorais realizadas até agora.

Antes, porém, Agnelo terá de se defender de denúncias que o relacionam a desvios de verbas do Segundo Tempo, principal programa do Ministério do Esporte no governo Lula.


Uma investigação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal no início de abril, batizada de Operação Shaolin, prendeu cinco pessoas, apreendeu documentos e colheu depoimentos sobre o destino de quase R$ 3 milhões repassados pelo ministério a duas associações de kung fu de Brasília.

O relatório final da operação compromete Agnelo com um golpe milionário e sugere o envio das informações ao Ministério Público Federal (MPF) para que a investigação seja aprofundada.

Os desdobramentos do caso dirão se o ex-ministro terá condições de se livrar das graves acusações ou se ele aumentará a lista dos políticos de Brasília flagrados com a mão no dinheiro público.



ACUSAÇÃO

No inquérito, o delegado afirma que Agnelo “teria se valido da condição de ex-ministro” para ser favorecido pelo esquema de corrupção. Agnelo nega

ÉPOCA teve acesso ao relatório da Polícia Civil. “Os indícios preliminares colhidos sugerem que Agnelo Queiroz teria se valido de sua condição de ex-ministro do Esporte para se beneficiar de um suposto esquema de desvio de recursos pertencentes a associações que receberam verbas do programa Segundo Tempo”, afirma, no documento, Giancarlos Zuliani Junior, o delegado responsável pela investigação.

A origem das irregularidades foi o repasse de R$ 2,9 milhões para a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e para a Associação João Dias de Kung Fu.

O maior convênio, de R$ 2 milhões, foi assinado em 2005 pelo então secretário executivo da pasta e atual ministro, Orlando Silva, com a Febrak. A federação teria de desenvolver atividades desportivas com 10 mil alunos da rede pública de ensino enquanto não estavam em sala de aula.

O segundo convênio, de R$ 920 mil, foi firmado com a associação em 2006, quando Agnelo não era mais ministro do Esporte.

Segundo a polícia, as associações, presididas pelo policial militar, professor de kung fu e suplente de deputado distrital João Dias (PCdoB), se apropriaram de R$ 2 milhões dos convênios sem prestar os serviços combinados.

A investigação sustenta que as ONGs de Dias forjavam a compra de materiais que seriam usados durante as atividades com as crianças, tais como quimonos, jogos de xadrez, damas, varetas e alimentos. As associações teriam atuado em conluio com empresas que forneciam notas fiscais frias para driblar a fiscalização do ministério.




De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias.

Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006.



O INÍCIO

Então secretário, o atual ministro Orlando Silva assinou com João Dias o contrato com a Febrak. Segundo uma testemunha, desse convênio teriam saído R$ 256 mil para Agnelo

Uma testemunha disse ao delegado Giancarlos Zuliani que sacou entre os dias 7 e 8 de agosto de 2007 o equivalente a R$ 335 mil em uma agência do Banco de Brasília, o BRB.

Essa testemunha não será identificada na reportagem porque, segundo um envolvido nas investigações, ela ainda não está sob proteção da polícia.

A mesma testemunha disse que colocou R$ 256 mil numa mochila e seguiu até a cidade-satélite de Sobradinho, acompanhada de Eduardo Pereira Tomaz, principal assessor de João Dias nos projetos do Segundo Tempo.

Chegando ao local indicado, o estacionamento de uma concessionária de motos, um Honda Civic de cor preta, diz a testemunha, estacionou ao lado do carro onde estava com Eduardo. Eduardo, prossegue o relato, entregou a mochila com o dinheiro ao passageiro do carro preto.

A testemunha diz ter identificado o homem que pegou a mochila.

“O local onde ocorreu a suposta entrega possuía boa iluminação, razão pela qual o declarante pode afirmar com convicção que Agnelo Queiroz foi a pessoa que recebeu a mochila contendo R$ 256 mil”, diz o relatório da polícia.

O depoimento fornece detalhes do encontro em Sobradinho. O ex-ministro teria despejado o dinheiro no chão do carro para conferir os valores e, ao final, tirado R$ 1.000 e dado como gorjeta para Eduardo e para a testemunha.



Eduardo e João Dias foram presos temporariamente durante a Operação Shaolin.

Um manuscrito encontrado na casa de Dias chamou a atenção dos policiais. Trata-se de um bilhete que relaciona o número “300.000” ao nome “Agnelo”.

O papel foi submetido a perícia, que identificou João Dias como o autor do manuscrito. Gravações telefônicas autorizadas pela 3ª Vara Criminal de Brasília, segundo os investigadores, interceptaram ligações realizadas por Ana Paula Oliveira, mulher de Dias, para Agnelo Queiroz na manhã de 5 de abril, logo após a prisão de João Dias Ferreira.



De acordo com a investigação, Ana Paula tentou falar três vezes com Agnelo para “solicitar a indicação de um advogado para defender seu marido na situação relacionada ao Segundo Tempo”.

Em outro momento, segundo a polícia, Dias quis auxílio de Agnelo para se defender em uma ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal.



O IMÓVEL

A casa de João Dias em um condomínio nos arredores de Brasília. Dias comprou-a enquanto recebia dinheiro do Ministério do Esporte

A polícia indiciou sete pessoas, entre elas João Dias e Eduardo Pereira Tomaz. Além de sugerir o envio das informações para o MPF, Zuliani pede que seja feito um rastreamento dos telefones celulares usados por Agnelo e pelos outros envolvidos na suposta entrega de dinheiro em Sobradinho.

Propõe, também, que sejam pedidos os extratos telefônicos que contêm as chamadas geradas e recebidas pelas linhas usadas pelos suspeitos, inclusive Agnelo.

Agnelo nega ter recebido dinheiro proveniente das associações ligadas a João Dias. Diz não ter havido o encontro em Sobradinho descrito pela testemunha e ataca os investigadores.

“Esse é um inquérito ilegal e clandestino, arquitetado por uma facção da Polícia Civil do Distrito Federal que estava sob o comando dos meus adversários e que tinha na linha de frente o ex-governador José Roberto Arruda”, afirma.

“Esse dossiê, travestido de relatório final de um inquérito, produzido por um grupo da Polícia Civil do Distrito Federal que não tem competência legal para fazê-lo, está sendo usado por meus adversários políticos do momento para tentar equiparar a minha biografia ao prontuário policial deles.”

Indagado sobre sua relação com João Dias, Agnelo afirma que foram “correligionários” no PCdoB na eleição de 2006, mas nega que tenha recebido pedido para ajudá-lo na defesa contra a denúncia do MP. “A investigação obedeceu a todas as condições técnicas e foi concluída”, afirma o diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, Pedro Cardoso.

“O relatório foi encaminhado pelo delegado constituído para a Justiça.”


João Dias nega o envio de pacotes de dinheiro para Agnelo. “Não existe possibilidade de qualquer tipo de benefício direto ou indireto ao ex-ministro Agnelo. Nunca houve nenhum tipo de ajuda financeira”, disse Dias a ÉPOCA.

Dias afirma que não escreveu o bilhete e se compromete a fazer novos exames grafotécnicos para provar que a letra não é dele. De acordo com o Ministério do Esporte, os convênios com as associações de kung fu foram firmados obedecendo a critérios técnicos.

O ministério diz que o dinheiro desviado, avaliado em R$ 4 milhões em valores atuais, foi cobrado dos representantes das ONGs. Eduardo Tomaz nega o encontro de Sobradinho e a entrega do dinheiro relatada pela testemunha no inquérito.

Diz uma lei não escrita, estabelecida há meses na política do Distrito Federal, que não vence as eleições quem tiver mais votos, mas quem conseguir sobreviver a denúncias de corrupção. Para Agnelo, o maior desafio agora não é enfrentar uma disputa com Roriz, mas provar que as acusações contra ele são inconsistentes.

Perdeu, Cara! A bravata foi desmoralizada. Pede pra sair!

Por Reinaldo Azevedo
A resposta da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ao governo brasileiro foi tão dura quanto se pode ser na diplomacia. A proposta do Brasil e da Turquia faz o “mundo mais inseguro, não menos”, disse Hillary. Não há nada pior a dizer sobre um país no ambiente internacional. E isso significa que não se negocia a partir daí. A decisão é de Barack Obama, não de Hillary, é óbvio.

Trata-se de um golpe nas ambições megalonanicas muito maior do que, na média, acusa a imprensa brasileira — que ou demora a reagir ou serve, vergonhosamente, ao lobby do muitas vezes desastrado Itamaraty. Por quê? Sei lá… Está um tanto viciada nos supostos sucessos de Lula. Convencionou-se por aqui, com raras exceções, que, se ele diz que algo vai acontecer, então é porque vai. E a situação pode assumir um aspecto verdadeiramente surrealista a depender do caso.

É impressionante que, contra os fatos, a pregação do Itamaraty e de Lula ainda encontre eco por aqui. O Irã deixou claro que não abre mão de enriquecer o urânio em seu próprio território. A tal troca era só uma firula. Tenta-se, com a gritaria, mudar uma evidência. Lula está acostumado. É assim que age no ambiente interno. Fala o que lhe dá na telha e não é contestado. Conta a história como lhe convém. No caso do Irã, meteu-se num vespeiro certamente maior do que imaginava. Erro de cálculo do Itamaraty.

Há um conjunto de fatores que concorre para isso. O leitor sabe que, nos Estados Unidos, sou republicano, assim como, em Dois Córregos, torço para o Mocoembu, não para o Botafogo local. Mas é fato que, se John McCain tivesse vencido a disputa, talvez o governo americano estivesse mais aberto a uma intermediação como a brasileira ou, sei lá, tivesse sido menos rápido em desmoralizar o acordo com a proposta de sanções. O passivo dos republicanos nessa área seria, sem dúvida, bem maior. Obama, ao contrário, está livre para não responder pelos “erros” (concorde-se ou não com essa avaliação) do antecessor. O Itamaraty certamente não pôs essa questão na balança.

O Brasil também apostava num Obama “fraco”. Escrevi aqui durante a campanha eleitoral americana que boa parte dos que torciam pela eleição do democrata apostava, no fundo, que ele seria um presidente “antiamericano”, o que era uma bobagem. Por mais que não tenha, e não tenho, especial simpatia pelo atual titular da Casa Branca, ele é quem é, e isso significa incorporar todos os que o antecederam. Parte do seu papel nem depende de sua vontade.

“Nova estratégia”?
Veio a público justamente ontem o documento com a Estratégia de Segurança Nacional do governo democrata — apresentado justamente por Hillary, que deu um pito no Brasil. Obama tem, sim, um viés, digamos, meio lulesco, especialmente no hábito de oferecer mais do mesmo como se fosse uma revolução. É o caso do documento — e já deixo claro em que ponto essa questão se conecta com o resto do meu texto.

No que um articulista do New York Times interpretou como um dos “tapas” em George W. Bush, Obama afirma que o peso do novo século não pode cair só nos ombros dos americanos e diz que os adversários da América gostariam de ver o país enfraquecido pelo exercício excessivo do poder. O documento afirma a importância da diplomacia etc e tal… Mas atenção!

“Porquanto o uso da força seja às vezes necessário, nós vamos sempre esgotar as outras opções antes da guerra e pesar cuidadosamente o peso e o risco da ação e da inação (…)”. Quando necessário, “vamos buscar um amplo apoio internacional, trabalhando com instituições como a Otan e o Conselho de Segurança da ONU”. Bush dizia que os EUA não precisavam de permissão para agir, Obama escreve que os “EUA se reservam o direito de agir unilateralmente, se necessário, para defender nossa nação e nossos interesses”, mas sempre respeitando regras.

Isso “enterra” a doutrina Bush, como se vai dizer no Brasil? Não! Essa é a doutrina de segurança dos Estados Unidos. O que Obama está dizendo é que ele pode fazer o mesmo, só que com o coração partido e batendo um papinho. Volto ao Brasil.

De volta ao Brasil
O Brasil enxergou no governo Obama uma janela de oportunidades — um pouco, assim, como se o galo tivesse saído para dar uma ciscada, e o terreiro tivesse sido confiado aos frangotes. E se meteu na aventura iraniana. De fato, Obama enfrenta um combate acirrado dos republicanos, que ainda duvidam — e levam essa dúvida a milhões de americanos — que ele possa ser o homem certo para defender os EUA de seus inimigos. Por lá, o confronto é aberto, e ninguém considera sabotagem um partido de oposição fazer… oposição!!!

Isso torna o atual presidente dos EUA um pouco menos Obama do que o Obama que foi eleito? Sim! Mas sempre foi uma tolice supor que uma abordagem como a brasileira, de protagonismo irresponsável, tivesse chance de prosperar. E, agora de acordo com o documento, os EUA podem ser acusados de qualquer coisa no caso do Irã, menos de “unilateralistas”. Na sua ação, conta com o apoio dos cinco membros permanentes e da maioria esmagadora do Conselho de Segurança e com o quase consenso da Europa. Isolado, nessa questão, está o Brasil.
Perdeu, Cara!

A bravata foi desmoralizada.

Pede pra sair!

sexta-feira, 28 de maio de 2010 | 6:21

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Charges do Sponholz

O CARA SUBIU NO TELHADO

O CARA SUBIU NO TELHADO
 
"sérios desacordos" 
WASHINGTON - A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse nesta quinta-feira, 27, que seu país e o Brasil enfrentam "sérios desacordos" a respeito do programa nuclear iraniano, embora suas relações em outros temas sejam boas.
"Sem dúvida temos sérios desacordos com a política diplomático do Brasil em relação ao Irã", disse Hillary, nas declarações mais diretas sobre como os EUA veem os esforços de Brasil e Turquia em pressionar as potências nucleares para evitar sanções ao Irã por conta de seu programa nuclear.

Hillary ainda alertou que os esforços brasileiros para "ganhar tempo" para o Irã podem ser perigosos.

"Nós acreditamos que ganhar tempo para o Irã, permitindo que eles evitem a unidade internacional por conta de seu programa nuclear, faz o mundo mais perigoso, e não mais seguro"
, disse a secretária.

estadão.com.br

Mais feio impossível - THOMAS L. FRIEDMAN


Nada é pior do que países democráticos, como Brasil e Turquia, alinharem-se a um violador de direitos humanos


*THOMAS L. FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES


O Estado de S.Paulo

Confesso que quando vi pela primeira vez a foto do dia 17 do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o premiê turco, Recep Erdogan - depois de assinarem um suposto acordo para desarmar a crise sobre o programa de armas nucleares do Irã -, tudo que me ocorreu foi o seguinte:
 

haverá algo mais feio que observar países democráticos venderem outras nações democráticas para um malfeitor iraniano ladrão de votos e negador do Holocausto só para provocar os EUA e mostrar que eles também podem jogar na mesa das grandes potências?

Não, a coisa é feia assim.

"Durante anos, países não alinhados e em desenvolvimento criticaram os EUA por perseguir cinicamente seus interesses sem consideração pelos direitos humanos", observou Karim Sadjapour do Carnegie Endowment. "Agora que Turquia e Brasil buscam atuar no cenário global, enfrentarão as mesmas críticas que um dia expressaram. A visita de Lula e Erdogan ao Irã ocorreu alguns dias apenas após o Irã executar cinco presos políticos que foram torturados para confessar. Eles abraçaram calorosamente Ahmadinejad como seu irmão, mas não mencionaram uma palavra sobre direitos humanos.

Brasil e Turquia são democracias nascentes que superaram suas histórias de regime militar. O fato de seus líderes abraçarem e fortalecerem um presidente iraniano que usa seu Exército para esmagar e matar democratas iranianos - pessoas que buscam a mesma liberdade de expressão e de escolha política de que hoje desfrutam brasileiros e turcos - é vergonhoso.

"Lula é um gigante político, mas moralmente tem sido uma profunda decepção", disse Moises Naim, editor-chefe da revista Foreign Policy. Lula, observou Naim.

"Tem apoiado a frustração da democracia na América Latina." Ele regularmente elogia o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez, e Fidel Castro, o ditador cubano - e agora Ahmadinejad - enquanto denuncia a Colômbia porque permitiu que aviões americanos usassem campos de pouso colombianos para combater o narcotráfico. "Lula tem sido grande para o Brasil, mas terrível para seus vizinhos democráticos", disse Naim.


Lula, que se destacou como líder sindical progressista no Brasil, virou as costas para os líderes sindicais violentamente reprimidos do Irã.

Evidentemente, se Brasil e Turquia realmente tivessem persuadido os iranianos a encerrar de maneira verificável seu programa de armas nucleares, os EUA os teriam endossado
.



O
Irã possui atualmente 2,182 quilos de urânio enriquecido a 3,5%. Pelo acordo de 17 de maio, ele supostamente concordou em enviar 1188 quilos de seu estoque para a Turquia para conversão no combustível nuclear necessário para um reator de pesquisas médicas. Mas isso deixaria o Irã com aproximadamente 990 quilos de urânio, que ele está livre para continuar enriquecendo ao nível necessário para uma bomba - 95%. Especialistas dizem que o Irã precisaria de alguns meses para obter quantidade suficiente para uma arma nuclear.

Então, o que esse acordo faz é o que o Irã queria que ele fizesse: enfraquecer a coalizão global para pressionar o Irã a abrir suas instalações nucleares à inspeção e, como um bônus especial, legitimar Ahmadinejad no aniversário da repressão ao movimento pró-democracia que pedia recontagem de votos das fraudadas eleições de junho.

Duas vias. O Ocidente deveria ter seguido uma política de duas vias: negociações francas sobre a questão nuclear e uma discussão não menos franca sobre as questões de direitos humanos e democracia no Irã. Eu gostaria que o Irã jamais obtivesse a bomba. Mas se o Irã se tornar nuclear, faz diferença se o dedo no gatilho é o de um Irã democrático ou da atual ditadura clerical assassina. Todo aquele que conseguir trabalhar para retardar isso e promover uma democracia no Irã está do lado dos anjos. Todo aquele que capacitar o regime tirânico e der cobertura a sua perversidade nuclear um dia terá de responder ao povo iraniano.


TRADUÇÃO DE CELSO M. PACIORNIK

*Thomas Friedman, um dos mais importantes e respeitados articulistas do New York Times

Comentário
Lula e sua diplomacia perdedora são a vergonha dos brasileiros.


Mais feio ainda é saber que a maioria absoluta dos brasileiros NÃO CONCORDA ABSOLUTAMENTE COM A ATITUDE MEGALOMANÍACA DO PERDEDOR LULA!

Lula e sua diplomacia pífia, não foram capazes de enfrentar a Bolívia, Paraguai, Argentina e Equador por interesses brasileiros.

Agora junta-se ao mal, a um tirano assassino com cara de maluco, num país longínquo e sem liberdade , de costumes frontalmente contrários aos nossos, sem falar na religião.

POR ISSO MESMO, PT NUNCA MAIS!


DILLMA APAGÃO, A "CUMPAHERA" DE CHAVEZ E DO AHMADINEJAD , JAMAIS!!!!!!!!!!!!!


 Ana Maria Silva
27 de maio de 2010 

TRE-RJ cassa Rosinha e torna casal Garotinho inelegível por três anos

Eleições 2010


Rafael Galdo

RIO - A plenária do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) cassou na tarde desta quinta-feira, por quatro votos a três, a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), e tornou inelegíveis por três anos, a contar de 2008, a própria Rosinha, o marido dela, o pré-candidato do PR ao governo do Rio, Anthony Garotinho, dois radialistas e o diretor da rádio "O Diário", de Campos.

Eles eram acusados num processo sobre uso indevido de meios de comunicação, durante a campanha de 2008 de Rosinha para a prefeitura da cidade, no Norte Fluminense.

A medida impediria a candidatura de Garotinho ao governo do Rio, mas pode ser alvo de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
27/05/2010 

GROSSERIA, VULGARIDADE E MISTIFICAÇÃO. OU: NEM CEDO NEM DESÇO

GROSSERIA, VULGARIDADE E MISTIFICAÇÃO.


OU: NEM CEDO NEM DESÇO

Por Reinaldo Azevedo

Lula discursou ontem na Conferência de Ciência e Tecnologia, em Brasília, e, mais uma vez, apelou à linguagem de cunho sexual, o que faz volta e meia. E foi grosseiro como de hábito quando toma essa vereda. Como esquecer que ele já sustentou em discurso que a sua “galega engravidou logo no primeiro dia”, uma suposta evidência de sua macheza? Tanta rapidez, como sabemos, deu em Lulinha, o seu “Ronaldinho” da Gamecorp. Desta feita, o chefe de governo e de Estado do Brasil se referia a um tema banal, uma besteirinha irrelevante, uma tolice que suporta muito bem o que meu avô chamava de “conversa de gente boca-suja”: a crise nuclear iraniana… Já chego lá. Antes, um convite.


Tive o trabalho de traduzir ontem um artigo de Thomas Friedman, articulista do New York Times, sobre o papel do Brasil nas negociações com o Irã. O texto me parece definidor, se me permitem, do caráter do… leitor!!! Quem quer que o leia e não se convença da monumental estupidez de Lula e seus valentes no episódio escolhe um mundo — e não é aquele em que eu gostaria de viver. Vou atualizar a hora da postagem para que o artigo fique logo abaixo deste post de abertura dos trabalhos.

Eu insisto: é um artigo que distingue pessoas. Como se verá ali, Friedman até dá de barato que, cedo ou tarde, o Irã vai ter a bomba: a questão é saber a quem se deve confiar o gatilho: a uma democracia ou a uma teocracia homicida. Friedman pergunta o que de mais feio poderia ter acontecido do que aquela celebração de Ahmadinejad, Lula e do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, por ocasião do suposto acordo. E conclui: “mais feio impossível!”. Democratas vendiam baratinho outros democratas a um negador do Holocausto. A política externa brasileira está desmoralizada. Encerro o convite. Volto ao ponto.

Ontem, ao discursar, com a elegância habitual, Lula afirmou:
“Vocês estão acompanhando pela imprensa. Nas vésperas que eu estava lá, tinha gente dizendo ‘Ah, o Lula é inocente; o Lula não sabe nada’. Porque tem gente que ao invés de sentar na mesa para negociar prefere mostrar ‘Eu tenho força, ou dá ou desse!’.

Atenção para esta hora, leitor!
Ao pronunciar essas palavras finais, o presidente brasileiro bateu com a mão esquerda no muque direito, representando a suposta grosseria de seus adversários. No caso, referia-se aos EUA, particularmente a Barack Obama. Modéstia às favas, previ que Lula passaria a tratar o americano como rival antes mesmo de o outro assumir a Presidência. Vocês leram aqui. Desnecessário explicar os motivos. Não deu outra. Já chegou até a dizer que ele, um ex-operário, como presidente, é ocorrência bem mais significativa do que um negro na Casa Branca. Mas o pior estava por vir.

Como escrevi ali acima — DESSE, com dois esses - é o correto. A expressão original, anterior ao automóvel, é “Ou dá ou desse”: trata-se de um jogo de tempos verbais para evidenciar uma situação sem escapatória. Geralmente, esse “dá” não tem um sujeito claro. O jogo entre o verbo no presente e no pretérito do subjuntivo indica que uma determinada coisa terá forçosamente um desfecho, não mais será postergada. Também uma pessoa pode se ver na situação do “ou dá ou desse”, eventualmente obrigada a tomar uma decisão, o que, se pudesse, adiaria.

Mas é claro que Lula estava pensando em outra coisa. Com efeito, o seu “desse” era outro. Achando que a grosseria não havia chegado ao ponto, emendou: “Comigo ninguém dá e todo mundo desce. Esse é o meu lema”. Pronto! O “dá” deixou de significar “acontecer”, “ser possível”, “ser viável”. E passou a ser o “dar” das bocas, dos becos e dos botecos: o trato intrafemural, vocês sabem, aquele mesmo assunto de que ele já tratou algumas vezesm em palanque.

E o “desse” virou “desce”, do verbo “descer”, provavelmente do carro. Assim, ou a “moça” (ou moço, sei lá eu) “dá”, cedendo ao avanço libidinoso do outro, ou “desce”, cai fora do Chevette, às portas daqueles motéis de neon verde e vermelho que sempre começam com a letra K: “Karina”, “Karisma”, ” Ki Luxo”, “Kurtição”, “Kônkavo e Konvexo”. Letra “k” em nome de motel é mais comum do que “apóstrofo S” (’S) em nome de lanchonete. Eventualmente, um estabelecimento pode juntar a fome com a vontade comer e se chamar “Karinho’s”!!! Segundo Lula, com ele, “ninguém dá, e todo mundo desce”… “Todo mundo”??? Haverá mais gente nesse carro do que naquela cela do “menino do MEP”, da qual não se podia “descer”?

Depois de ter percorrido todos os rigores da fineza teórica e retórica, mandou brasa:
“Fomos lá humildemente, estabelecemos uma política de confiança, e, quando fizemos o acordo, que eu achava que os países que queriam levar o Irã pra mesa iam ficar felizes, eis que eles não queriam. Porque, no mundo, tem gente que não sabe fazer política sem ter um inimigo. Primeiro, é preciso criar inimigo, e o inimigo tem que ser ruim, a cara tem que ser feia, e temos então que demonizá-lo”.


É formidável! Lula acusa seus adversários — no caso, os Estados Unidos e Obama — de fazer rigorosamente o que ele faz no ambiente interno. Ou não é este senhor que passou os últimos sete anos “demonizando”, como ele diz, seu antecessor, negando-lhe todo e qualquer mérito, fazendo tabula rasa do passado, inaugurando, a cada dia, um passado novo? Acabo de criar uma nova sentença sobre Lula, que quero que fique registrada: “LULA INAUGURA TODO DIA UM PASSADO NOVO, APROPRIANDO-SE DA HISTÓRIA DO PAÍS E DA BIOGRAFIA ALHEIA, PARA PODER MISTIFICAR A SUA PRÓPRIA TRAJETÓRIA”.

Lula nunca chegou “humildemente” a lugar nenhum! Essa palavra inexiste em seu vocabulário, agora como antes. Este arrogante recusou o apoio de Ulysses Guimarães — o Sr. Diretas — na disputa eleitoral de 1989, contra o agora seu aliado Fernando Collor. Demonizou o sindicalismo que precedeu o PT e todos os líderes oposicionistas que haviam retornado do exílio. Mas isso fica para outra hora. Apenas destaco que a humildade é incompatível com o seu caráter — e tomem a palavra aqui como parceira do “respeito”, não da “humilhação”.

“Levar o Irã para a mesa”? Deixando que o país fique com uma tonelada de urânio estocado, que, conforme o anunciado, continuaria a ser enriquecido sem qualquer vigilância e fora de qualquer controle? É isso o que Lula chama de “ambiente de confiança”? Ahmadinejad, diga-se, o seu amigão, discursou ontem. E fez ameaças veladas, calculem!, aos EUA e à Rússia, acusando, nesse caso, o país de se comportar como um subordinado dos americanos. Levou uma dura do presidente Medvedev, que lhe recomendou que deixe de lado a demagogia. E olhem que o país é parceiro do Irã em algumas coisas.

A platéia presente à conferência riu muito do “gracejo” de Lula. Boa parte deve ter pensado: “Pô, ninguém pode mesmo com o Cara! Vejam como ele resolve uma crise internacional com uma simples frase: ‘Comigo ninguém dá e todo mundo desce’!”… Seja lá o que queira dizer a tentativa de piada. Lula também não deve saber.

Os petralhas, QUE JÁ CHEGARAM AO DICIONÁRIO!!!, tentam torrar a minha paciência: “Lula é um sucesso; só você critica” — eles falam isso em petralhês, com grosserias impressionantes, para não decepcionar o mestre. Ainda que eu fosse o único, o que é falso, e daí? Isso não mudaria a natureza do regime iraniano, de Lula, do suposto acordo., nada! Quando a rataiada ameaça — “Você vai se ferrar; aguarde” —, está se definindo moralmente.

Ganhe essa gente as eleições ou perca, continuarei a pensar o que já pensava antes de o PT vencer a disputa em 2002. Os meus adversários de pensamento continuarão a ser os mesmos. No ambiente da sonhada vitória final desses caras, todos os que não rezam segundo a cartilha estarão presos ou mortos, o que, justiça se faça, é coerente com a escola de que são herdeiros.

Só que eu digo “NÃO”!!! Um sonoro, inequívoco e irrevogável (o meu, para valer) “NÃO” a esses brutos, a seus métodos, à sua visão de mundo, às suas bravatas, às suas grosserias, às suas burrices. Estejam eles no governo ou na oposição.
Não cedo nem desço.
quinta-feira, 27 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Crescem temores de que bancos globalizem crise do euro

Crescem temores de que bancos globalizem crise do euro

Operadores apreensivos na Bolsa de Valores de Nova York nesta terça-feira (Foto: AFP)
Depois de meses de crescimento frágil, aumentam os temores de que a recuperação da economia mundial fracasse por causa de uma crise da dívida originada em um rincão da Europa.

No começo, os investidores expressaram preocupação moderada com os acontecimentos na Grécia. A notícia de que o país havia maquiado o alcance de seu déficit resultou num aumento do custo de sua dívida e alguns gestos de assombro na sede da União Européia, em Bruxelas.

Mas, com a queda das bolsas nas últimas semanas e com o euro em declínio ante o dólar, a preocupação começa a se transformar em pânico apenas disfarçado. Respeitados comentaristas começam a multiplicar alertas na internet sobre um obscuro problema da dívida que ameaçaria resultar numa outra Grande Depressão.

Se o plano de quase 1 trilhão de dólares, anunciado em 10 de maio, não conseguir acalmar o mercado, "o crescimento do PIB dos Estados Unidos poderia ver-se reduzido entre 0,5% a 1% nos próximos dois anos", advertiram analistas do Deutsche Bank a seus clientes.

"Se o programa de resgate fracassar completamente, estaríamos ante uma perspectiva potencialmente mais negativa, com possibilidade certa de uma recessão em formato de W", de fundo duplo.

Semelhanças com a crise de 2008 - As características da crise atual são similares à última, que aponta para o sistema financeiro e para os bancos em particular.

Daniel Tarullo, membro do conselho de governadores do banco central americano (FED), evocou recentemente a eventual repetição da crise de 2008 que esteve a ponto de fazer entrar em colapso o setor financeiro americano, insistindo que "não deve ser descartada".

"Um caminho pelo qual a tormenta financeira na Europa pode afetar a economia dos Estados Unidos é debilitando a qualidade de seus ativos e a capitalização das instituições financeiras americanas", disse Tarullo no Congresso semana passada.

Os bancos sofrem abalos que "os fazem recordar situações vividas durante a recente crise financeira global", disse Tarullo. Ante as dúvidas sobre a situação dos balancetes dos concorrentes, estes começaram a fechar suas linhas de crédito.

Teme-se que os bancos deixem novamente de confiar, segundo Uri Dadush, ex-diretor de comércio internacional do Banco Mundial e agora pesquisador do centro Carnegie Endowment.

"Embora a exposição dos bancos americanos seja relativamente limitada (...), o sistema bancário na Europa e nos Estados Unidos estão muito ligados e os bancos europeus estão muito expostos", advertiu.

Estima-se que os 10 maiores bancos americanos detenham 60 bilhões de dólares em dívida dos países europeus "periféricos", ou cerca de um décimo de seu capital principal.

Suas contrapartes bancárias da outra margem do Atlântico, particularmente na França e na Alemanha, têm exposição muito mais significativa.

A brecha entre os custos dos empréstimos interbancários na Europa e nos Estados Unidos se aprofundou nos últimos meses, o que os analistas interpretam como sinal de crescente desconfiança.

"Maiores preocupações com a recuperação (dos empréstimos) e um risco de crédito da contraparte potencialmente elevado poderiam ser as principais causas" disso, segundo Geoffrey Yu do banco suíço UBS.

"De qualquer forma, as preocupações dos investidores se estenderam além da zona do euro", acrescentou.

Efeitos sobre o comércio - O comércio também poderia ver-se afetado. Ante os maus momentos do euro, as exportações americanas e asiáticas ficam mais caras para os europeus.

Cerca de um quarto das exportações manufatureiras americanas vão para a Europa. O setor emprega 11,6 milhões de pessoas.

Ironicamente, a queda na cotação da moeda única européia torna o velho continente mais competitivo, impulsiona suas exportações e abre uma porta de saída para a crise.

"A desvalorização do euro pode ajudar" de uma certa forma, disse Dadush, "uma desvalorização de 20% do euro é importante, mas deve-se levar em conta que os benefícios da desvalorização serão distribuídos de maneira desigual".

Mais além disso, uma crise que começou com manobras contábeis, agora se revela muito mais séria.
(com AFP)

25 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O presidente que mal fala português poderia continuar na ONU a contar piadas, fazer gracejos, dar mancadas, viajar bastante e, especialmente, abrir caminho para a “nova desordem mundial”

LULA, O “BOM AMIGO” E “IRMÃO” DE AHMADINEJAD

Maria Lucia Victor Barbosa


O presidente Lula da Silva possui como componentes de sua felicidade, primeiro, a fruição das delícias do poder nas quais ele imerge com aquele enorme prazer dos boas-vidas e, segundo, o contentamento que nunca cessa quando se tem uma paixão, sentimento que, aliás, se confunde com obsessão.

A paixão do presidente se concentra em uma meta, o poder, que uma vez conquistado deve ser mantido a qualquer custo. E ele está certo que conservará o domínio através de sua criação política, ou seja, da ex-ministra da casa Civil, Dilma Rousseff, sombra ainda desajeitada do chefe que o marketing e retoques físicos tentam corrigir e aprimorar

Porém, Rousseff tem algo que nenhum candidato possui: a máquina estatal que fartamente distribui bondades e o padrinho Lula que está todo tempo ao seu lado e estará nos programas eleitorais gratuitos, quer dizer, no palanque eletrônico a partir do qual se consegue influenciar emoções e conquistar corações.

A proteção dada à afilhada é tão grande que é de se perguntar: se ela ganhar, quem governará de fato?

A autoritária e dura senhora Rousseff ou o esperto Lula da Silva que concebeu um jeitinho bem brasileiro de obter o terceiro mandato sem se parecer demais com seu querido companheiro e ditador de fato da Venezuela, Hugo Chávez?

Mas o ambicioso Lula quer muito mais. Além de manter os cordéis internos do poder quer ser um dos senhores da “nova desordem mundial”. Para satisfazer sua flamejante paixão trabalham incessantemente assessores também interessados em conservar aqueles privilégios só permitidos aos que alcançam o cume iluminado da montanha dos poderosos.

Com relação à política externa, além da obsessão da diplomacia brasileira pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, entraram em cena outras ambições: a chefia do Banco Mundial ou, principalmente, a secretária-geral da ONU.

Afinal, com bons tradutores o presidente que mal fala português poderia continuar na ONU a contar piadas, fazer gracejos, dar mancadas, viajar bastante e, especialmente, abrir caminho para a “nova desordem mundial” ao lado de companheiros ditadores da pior espécie e ditos de esquerda, os mesmos com os quais ele tem se confraternizado.

A política externa brasileira tem sido uma sucessão de erros e fracassos, pois até agora o Brasil perdeu todos os cargos internacionais que pleiteou. Dirão alguns, que não é bem assim, pois pelo menos Lula da Silva tem sido bastante premiado. Contudo, dizem as más línguas, que tal sucesso é obtido por meios bastante custosos. Além do mais, não está muito claro se o encanto que países importantes sentiram inicialmente pelo folclórico Lula da Silva ainda se mantém.

Um dos fiascos que ensejou o começo do desencanto aconteceu no episódio da intromissão em Honduras, quando em conluio com Hugo Chávez o governo brasileiro apoiou Zelaya e o hospedou por meses na embaixada brasileira. Mas essa aventura em vez de desanimar levou o mentor de nossa política externa, Marco Aurélio Garcia, a sonhar com vôos mais altos.

Na sua utopia, Lula da Silva deve ser o grandioso mediador de conflitos mundiais, o luminoso líder capaz de resolver todos os graves problemas que anos de esforços diplomáticos de outros experientes governos não conseguiram. Assim, Lula promete que vai dar solução aos complexos conflitos entre israelenses e palestinos.

Mas essa chibantice não basta. Lula da Silva tem que provar que é melhor do que os governantes das grandes potenciais mundiais, notadamente, dos Estados Unidos. E, por isso, foi ao Irã, assim como o premiê turco, Recep Tayyip Ergodan que atropelou o presidente brasileiro ao anunciar em primeira mão que um acordo sobre o programa nuclear iraniano fora alcançado em negociações nas quais o Brasil participara.

Já Ahmadinejad bajulou Lula ao dizer que este é seu “bom amigo” e “irmão”, que “Brasil e Irã compartilham valores morais”. “Somos contra a discriminação, o preconceito, a agressão a tirania” disse o astucioso iraniano.

Mas, enquanto ele destilava hipocrisia, dissidentes eram presos, torturados, enforcados, minorias religiosas perseguidas, como os bahais, assim como outras minorias sociais, sem falar na situação das mulheres que regrediu ao século treze.

Depois de muito foguetório na diplomacia brasileira o tal acordo sobre o programa nuclear iraniano se mostrou uma farsa, pois logo depois de assinado um porta-voz da Chancelaria iraniana anunciou que o país continuará a enriquecer urânio.

Quanto as sanções em estudo a serem impostas por outros países levaram Ahmadinejad ao riso e ao deboche, pois ele conhece bem as artes e manhas de como burlá-las conforme seu hábito. E assim, lá para 2013, calcula-se que o iraniano poderá ter sua sonhada bomba atômica cujo primeiro alvo, conforme sua idéia fixa deverá ser Israel.

Tudo isso significa que Lula da Silva deve estar muito orgulhoso de sua valiosa colaboração a tão importante projeto de destruição em massa, assim como de poder participar da “nova desordem mundial” pretendida pelo “irmão” Ahmadinejad. Isso se sobrar alguma coisa.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
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O calvário da tradutora do Discurso sobre o Nada

 O calvário da tradutora do Discurso sobre o Nada

Por Augusto Nunes
Se só Celso Arnaldo consegue decifrar o dilmês, traduzir para o inglês o que diz Dilma Rousseff é mais complicado que marcar, sozinho, o ataque inteiro do Santos. Se soubesse disso, a angolana escalada para a missão impossível teria pedido demissão antes da chegada a Nova York da sucessora que Lula inventou. Acompanhe o calvário da tradutora do Discurso sobre o Nada, resumido por Celso Arnaldo:

Eu cantei a bola. O tradutor de Dilma em Nova York seria levado à loucura ao perceber, já nas primeiras palavras, que a simultaneidade da tradução é uma impossibilidade humana na compreensão e na versão da fala de Dilma para qualquer idioma.

Dito e feito. Leio na Folha que a coletiva de imprensa no New York Palace teve problemas de tradução. O problema é Dilma — mas, em respeito à convidada, culparam o mensageiro.

A primeira parte de sua entrevista foi traduzida por um homem. Os tradutores simultâneos, não sei se todos sabem, têm normas rígidas de trabalho – não podem atuar mais do que duas horas seguidas, porque é uma das três mais estressantes atividades do mundo, dizem os especialistas.

No caso de discurso ou entrevista de Dilma, o tempo máximo de trabalho contínuo deve ser reduzido ao prazo de meia hora, estourando – findo o qual, o coitado é levado ao pronto-socorro mais próximo, com estafa galopante, olhos em midríase, pulso acelerado, delírios trêmulos, um quadro, enfim, de overdose.

Efetivamente, esse primeiro tradutor pediu para sair depois de meia hora. Saiu cambaleando e precisou de ajuda para não desabar, sendo levado ao serviço médico da casa.

Entra em cena uma mulher, a angolana Marísia Lauré, que fala 12 línguas e domina inglês e português como Shakespeare e Camões. Ninguém melhor do que uma mulher para entender a alma e a fala de Dilma, certo? Errado.

Já nas primeiras frases, Marísia entrou em pane. Quando Dilma, discorrendo sobre o Banco Central, mencionou a expressão “autonomia operacional”, a tradutora, já em transe, esqueceu o “operacional”. Dilma percebeu, parou e, numa língua que remotamente lembrava o inglês, corrigiu: “Opereichional autônomi”.

E veio à tona a repressora Dilma: “Eu peço para você traduzir literalmente, porque é complicado”.

Sim, é complicado. Dilma é mais complicada ainda. Ela passou a falar sobre privatizações e as empresas que devem permanecer públicas, como Petrobras, Eletrobras, bancos públicos. A tradutora esperou que a convidada concluísse a frase para traduzir. Ao final, Dilma conferiu com a platéia: “Não faltou da Petrobras?”. Não, não tinha faltado.

Na frase seguinte, Dilma ouviu o início da tradução e, achando que havia mais um erro, interrompeu Marísia. “No, no,no. Yes, yes, yes”, emendou, ao se dar conta de que a frase traduzida estava correta, arrancando risos da plateia atônita. E emendou: “Eu prefiro que você copie e faça porque se não eu vou quebrar meu raciocínio todo, tá bom?”

Tava mais ou menos bom, porque a esta altura Marísia estava quase desmaiando com o raciocínio quebrado de Dilma. Preferiria estar traduzindo, sob chibatadas, o ditador King Jong-il em coreano – idioma que ela não domina.

Na pergunta seguinte, a angolana trocou “redução da dívida” por “redução de impostos”. Dilma a interrompeu novamente.

“Copia, minha santa, eu vou falar”.

Nesse momento, a organização trouxe de volta o tradutor anterior – que, segundo testemunhas, entrou no palco empurrado. Chegaram a ver o brilho de uma lâmina em suas costas – mas a informação ainda carece de confirmação.

E a coisa foi indo, aos trancos e barrancos, como qualquer fala de Dilma, traduzida para qualquer idioma, mas sobretudo no original, em português.

Ao final da coletiva, Maurísia e Dilma se abraçaram. A tradutora, ainda com o olhar perdido, esgazeado, pediu desculpas e atribuiu o engano ao excesso de trabalho – de fato, cinco minutos traduzindo Dilma equivalem aos seis anos que Champollion gastou decifrando a Pedra da Rosetta.

“Você trabalha muito bem”, disse Dilma, comprovando, mais uma vez, que mentir é sua melhor tradução.

Apenas uma dúvida: como verter “minha santa” para o português? My Saint, por acaso?
22 de maio de 2010