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sábado, 21 de novembro de 2009

EUA acabam com a arrogância petralha



DO BLOG FERRA MULA 

SENADOR AMERICANO CHAMA BRASIL DE INTROMETIDO, AMORIM DE INFELIZ E GARCIA DE NEFASTO!

1. O Senador norte-americano Richard Lugar (Republicano-Indiana) terminou seu firme (e realista) pronunciamento com uma exortação para o Brasil ser menos intrometido do que vem sendo até este momento. É difícil entender sob que preceito do direito internacional o Brasil insiste em apoiar e hospedar um homem cuja irresponsabilidade pretendeu violar a Constituição de seu país e hoje espera que o mundo ignore o direito de os hondurenhos se dirigirem às urnas eleitorais para recuperar o destino de seu próprio país.


2. Onde estava o Brasil ou a OEA, quando o Sr. Zelaya estava procurando um referendo ilegal para conseguir sua reeleição? Ambos permaneceram silenciosos e ausentes na questão da Venezuela, precursora desta confusão. O desejo de o Brasil permanecer cego diante dos múltiplos excessos de Hugo Chávez foi maior do que seu papel de cão de guarda na região.


3. O Presidente Lula, seu infeliz Chanceler Amorim e o nefasto Marco Aurelio Garcia são claramente parte do problema e não parte de sua solução. Estes três brasileiros deveriam preocupar-se mais com o precedente que criam todos os dias, ao ignorarem as violações de Chávez a cada cláusula da Carta Democrática da OEA que permaneça no seu caminho – e contra o óbvio desejo – de milhões de hondurenhos

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

No Dia da Bandeira, o Congresso humilha o pavilhão

Montagem sobre fotos de Lula Marques


Levando-se em conta que a bandeira é a nação na ponta do mastro, o Brasil deve ser um país muito impopular no Legislativo do Brasil.


Neste 19 de novembro, Dia da Bandeira, o Brasil que tremulou defronte do prédio do Congresso é um terreno baldio, sem pretextos para a auto-estima.

Escrito por Josias de Sousa

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A verdade sobre o apagão


É asqueroso!

PARLAMENTARES BRASILEIROS DÃO APOIO AO HOMICIDA


Por Reinaldo Azevedo


parlamentares-battisti
A foto acima é de José Cruz, da Agência Brasil, com reprodução autorizada. Vemos um grupo de parlamentares de esquerda, que foi à Polícia Federal dar seu apoio ao homicida Cesare Battisti (no centro, de camisa branca).

Dou o nome daqueles que identifico.


Da esquerda para a direita, vemos o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), com fitinha no braço; o senador José Nery (PSOL-PA), de gravata listrada de vermelho; o deputado Ivan Valente (PSOL-SP), gravata listrada de cinza; o senador Eduardo Suplicy, que é aquele com cara de Eduardo Suplicy, e o deputado Luiz Couto (PT-PB), na ponta direita.


A prevalência de psolianos — psolistas, psolentos, sei lá eu — se explica. O partido tem experiência nesse negócio de terrorista italiano.


Achille Lollo, conterrâneo de Battisti, já foi colaborador deste partido de homes meigos liderados pela ex-senadora Heloísa Helena (AL).


Outro dia, Suplicy sugeriu que os ministros do STF conversassem com Battisti, olhassem em seus olhos, como ele próprio fez, e perceberiam que ele é inocente. Suplicy é assim. Substituiria um tribunal, que julga segundo as leis e a Constituição, por um olho no olho.


É asqueroso!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A “Declaração de Hamburgo” é o tratado que pretende defender os direitos de autor na web

Google responde à declaração de Hamburgo
A “Declaração de Hamburgo” é o tratado que pretende defender os direitos de autor na web, que foi entregue à comissão europeia no passado dia 9. Este documento diz-nos que “a Internet proporciona numerosas oportunidades para o jornalismo profissional – mas apenas se a base de rentabilidade permanecer segura através dos canais de distribuição digitais. Actualmente isto não acontece”, ou seja, basicamente querem proibir a indexação dos conteúdos produzidos “profissionalmente” na web. Vários grupos vão juntar-se hoje em Belém para assinar este documento.

Analisando esta situação eu não podia estar mais satisfeito com isto, para quem não sabe uma das minhas principais áreas de interesse, é a antropologia web, que não é mais do que muito resumidamente, tentar perceber como as coisas funcionam online, e já reparei que para quem não é “web native” isto pode ser  muito difícil perceber. Estes senhores não vão fazer mais do que matar o jornalismo online, o que para mim são óptimas notícias, pois vão aumentar o tamanho da porta que já existe para o conteúdo de autor, blogues, sites, redes sociais …etc. Fantástico!


Estes senhores que supostamente deveriam estar a arranjar formas de o seu conteúdo ser cada vez mais agregado, não, estão a tentar fazer exactamente o contrário, ou seja, estão a tentar criar muralhas, ilhas ou penínsulas com o seu conteúdo, o mal disto, é que esse tipo de estratégia já deu provas que não é por ai que se deve seguir, e estas provas vêm de há 20 anos atrás quando surgiu a web (não estive a confirmar datas). Para vos provar que a minha ideia é o caminho certo a seguir vejam o vídeo a baixo, do criador da web Sir Tim Berners-Lee, considerado um dos poucos génios vivos, a falar sobre este assunto, e a insistir com tudo o que tem que o caminho é exactamente o oposto. Mas os senhores dos grandes grupos de comunicação (que só querem é encher os bolsos) é que sabem. Aos jornalistas, que alguns deles se aperceberam há muito que o caminho a seguir não é esse, bem hajam, aos outros, opha, temos pena!




Quanto à resposta do google, foi das mais simples que podia existir, “nós ao agregar as notícias não estamos a cometer nenhum acto ilegal, o nosso software permite restringir a indexação de sites”, ou seja, usem o “Disallow /” no robots.txt ou “noindex, nofollow” no site, e passado uns meses digam-me o resultado!

Já agora aproveito aqui para deixar a solução simples para os conteúdos produzidos poderem ser rentabilizados da melhor maneira:

Mais agregação + mais tráfego = maior rentabilização

Leia aqui.

A DECLARAÇÃO DE HAMBURGO



A internet é uma grande oportunidade para o jornalismo profissional - mas apenas se se mantiver o equilíbrio econômico-financeiro das empresas jornalísticas nos novos canais de distribuição digitais. Não é o que acontece atualmente.

Vários agregadores de conteúdo utilizam obras de jornalistas, editores e empresas jornalísticas sem pagar por este uso. No longo prazo, esta prática põe em risco a criação de conteúdos de alta qualidade e o próprio jornalismo independente.

Por este motivo, precisamos melhorar a proteção da propriedade intelectual na internet. O acesso livre à web não significa necessariamente acesso livre de custos. Discordamos dos que afirmam que a liberdade de informação só será obtida com todos os conteúdos gratuitos.

O acesso universal aos nossos serviços deverá estar disponível, mas não queremos ser obrigados a ceder a nossa propriedade sem autorização prévia.

Assim sendo, consideramos necessárias e urgentes medidas para a proteção dos direitos autorais de jornalistas, editores e empresas jornalísticas na internet.

Não devem existir zonas da internet onde as leis não se aplicam. Os governos e legisladores, em nível nacional e internacional, devem proteger mais eficazmente os conteúdos intelectuais dos autores e produtores. Deve ser proibida a utilização, sem prévia autorização, da propriedade intelectual de terceiros.

Em última análise, também na rede mundial de internet deve valer o princípio: não há democracia sem jornalismo independente.

Movimento de Justiça e Direitos Humanos divulga manifesto contra visita de Ahmadinejad


MANIFESTO DE REPÚDIO DO MJDH À VISITA DE AHMADINEJAD AO BRASIL

O Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grade do Sul, ao longo de sua história, vem lutando por garantir direitos e liberdades para todos os Homens. Durante a Ditadura Militar, auxiliou brasileiros e estrangeiros a fugirem dos regimes autoritários.

Com o fim da Ditadura, vem atuando na denúncia das arbitrariedades que persistem e na defesa dos cidadãos que se percebem oprimidos. Dentre estas ações, se destaca a luta contra o neonazismo, que, no Rio Grande do Sul, ataca negros, judeus, punks e outras minorias que não consideram “puras”.

Neste sentido, iniciou ação judicial que resultou na condenação de Siegfried Ellwanger, um de seus líderes, proprietário da Editoria Revisão, que publicava livros negando a existência do Holocausto.

Assim como se opõe ao estado das (boas) relações do governo brasileiro com o regime genocida de Omar Hasan Ahmad, ditador no Sudão (que extermina a população negra do sul do país desde 2003, com o resultado de, até aqui, mais de 300 mil mortos e cerca de três milhões de refugiados na região de Darfur) e da China, cujas ações no Tibet significam a morte, nos últimos 40 anos, de 1,2 milhão de pessoas e a destruição de mais de 6 mil monastérios budistas, o MJDH vem agora repudiar a decisão de convidar Mahmoud Ahmadinejad, presidente da República Islâmica do Irã, para estar no Brasil.

No Irã, os direitos humanos não existem. Os veículos de comunicação são todos controlados pelo Estado. Mulheres são açoitadas e execradas por mera suspeita de adultério; homossexuais por sua opção sexual. A liberdade religiosa tampouco existe, e minorias como os muçulmanos sunitas e bahais são perseguidas e proibidas de realizar seus cultos.

Não há real oposição política. Os partidos laicos não existem, e seus integrantes (por exemplo, os do Partido Comunista Iraniano, que auxiliaram na derrubada da Ditadura do Xã Reza Pahlavi) foram exterminados ou obrigados a viver no exílio.

Deve-se lembrar também que, quando no primeiro semestre, o MJDH se manifestou contra a presença de Ahmadinejad, já se denunciava que o Irã é o segundo país que mais aplica a pena de morte no mundo (atrás da China).

Lá, os enforcamentos são feitos em praça pública, e este foi o destino de Delara Darabi, uma jovem de 21 anos, aprisionada desde os 17 anos. Ela foi assassinada a despeito dos apelos de entidades internacionais para que a execução fosse comutada por outra pena.

Ahmadinejad também é tristemente famoso por negar o Holocausto, e suas aparições em eventos diplomáticos são boicotadas por países democráticos. Além disso, funcionários iranianos foram condenados, na Argentina (inclusive um atual ministro de estado), pelo planejamento do atentado à Associação Judaica Argentina, em Buenos Aires, em 1994.

A oposição a Ahmadinejad se repete em todo mundo, inclusive no Irã. Neste ano, após sua “reeleição”, denunciada como fraudulenta, o povo iraniano foi às ruas para protestar e acabou violentamente reprimido. A morte da jovem Neda Soltani, difundida pela Internet, mostrou a dimensão dessa opressão.

Assim, o senhor Lula da Silva estará recebendo Ahmadinejad, um fato que repudiamos, pois agride a todos que respeitam os direitos humanos fundamentais e escarnece de um país que enviou tropas para combater o nazismo e o totalitarismo genocida na 2ª Guerra Mundial.

A visita de Ahmadinejad ao Brasil é uma mancha em nossa diplomacia; ela degrada nossos ideais de justiça e liberdade. Como brasileiros livres, denunciamos a recepção deste tirano e esperamos que o governo brasileiro, se deseja realmente ocupar a vaga que merecemos, no Conselho de Segurança, mostre que o país está engajado na luta pelas liberdades, que denuncie as tiranias e nunca receba em nosso solo assassinos.

Nós, do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que buscamos zelar pelo primado da decência e dos valores democráticos, declaramos, nesta data que marca a libertação de nosso povo, a oposição a tal infeliz visita e requeremos que o Estado brasileiro retome sua tradição de respeito aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948.

Porto Alegre, 15 de novembro de 2009.

Que democracia é esta pela qual o MST alega lutar?



Não me recordo como obtive esta imagem, a mesma é real, não possui o artifício da montagem. Creio que foi no Estadao.com. Não posso afirmar, pois às vezes fico navegando e catando imagens diversas, que esqueço de formalizar a referência.

Porém o que considero mais importante na mesma são as "bandeiras", entrelaçadas, presentes, ostentadas pela esquerda histérica e invejosa, que conduz estes idiotas úteis para a balbúrdia e o vandalismo, sempre presentes no modus operandi do MSpT.


A bandeira à esquerda da foto é nada mais, nada menos que a do páis basco, muito utilizada pelo E.T.A. (Euskaiidi Ta Askatasuña), Pátria Basca e Liberdade




O E.T.A. é um grupo separatista que luta pela independência do país basco e para isso não poupa explosivos e muito menos compaixão pelas suas vítimas na Espanha que somam um numero bastante expressivo.


A bandeira da direita é a da Palestina do grupo radical fundamentalista islâmico Hamas, QUE É FINANCIADO PELO IRÃ e que também prega a destruição do Estado Democrático de Israel, aliás único tipo de acordo que lhe serve.



Imagem: Emilio Morenatti/AP; BLOG MSNBC TV

Assinalado por um círculo e uma seta parece estar presente ao "bafafá" do MST, um muçulmano portando uma takía, uma espécie de gorro tradicional muito usado nos países do oriente médio.


Que democracia é esta pela qual o MST alega lutar? É aquela velha máxima, manjada, mas que ainda funciona nos dias de hoje; "Dize-me com quêm andas que eu te direi quêm és"!


Não adianta aplicar relativismos repugnantes, pois quem realmente luta pela Democracia e por seus direitos não se alia a TERRORISTAS e muito menos com os seus "princípios"!

Este bando de idiotas úteis enriquecem os estelionatários políticos que os comandam e assim que estes consigam golpear o país e se perpetuarem no poder, serão os primeiros a serem escravizados.

Vão se aliando com radicais muçulmanos e dêem às costas ao ódio que os mesmos possuem para com os crentes de outras religiões, os quais consideram "infiéis", e depois vejam para onde este ato levará vocês!

Se Comunismo fosse bom, teria dado certo por onde passou e não teríamos que escutar as historias de horror que vitimaram fatalmente 100 milhões de pessoas pelo planeta.

Destino do povo covarde


E o Brasil entra na era bolivariana…
Já comprou sua lanterna? E o cronômetro para o banho?
Haverá bolsa apagão ou bolsa vela?
Eta nóis!

enviada por Gracias a La Vida

domingo, 15 de novembro de 2009

Para calar um blogueiro, é preciso eliminá-lo ou intimidá-lo. Yoani Sánchez

Direitos humanos

"Eu achei que não sairia viva"

Quem vê a cubana Yoani Sánchez, blogueira conhecida por driblar a censura, automaticamente se contrai só de pensar no sofrimento a que seu corpo frágil, de apenas 49 quilos, foi submetido enquanto era surrada por três brutamontes dentro de um carro.

Na tarde da sexta-feira 6, Yoani estava a caminho de uma quase impossível manifestação de protesto em Havana quando foi atacada por agentes da polícia política.

Sofreu ameaças e espancamentos antes de ser jogada na calçada de um bairro longínquo. Yoani escreve há dois anos sobre as dificuldades de viver na ilha no blog Generación Y (www.desdecuba.
com/generaciony)  e é autora do livro De Cuba, com Carinho (Contexto).

Vive sob vigilância, mas nunca havia sido fisicamente atacada. Aqui, ela descreve o ocorrido com exclusividade para VEJA e, com a habitual coragem, manda um recado ao "general" – Raúl Castro.

De muletas, sequela do espancamento que a imobilizou em casa, pediu a uma amiga que levasse o relato em um pen drive até um ponto de acesso à internet para enviá-lo por e-mail.

Enrique de la Osa Reuters
 
DE MULETAS
Yoani Sánchez, em casa, depois de ser agredida:
"Durante vinte minutos, nos espancaram sem parar"


"Não era uma sexta-feira qualquer. As comemorações do vigésimo aniversário da queda do Muro de Berlim se aproximavam e um grupo de jovens artistas cubanos planejava uma passeata contra a violência naquele dia.

A tarde era cinza em uma cidade onde quase sempre brilha um sol inclemente, que nos faz caminhar colados às paredes para nos beneficiarmos da sombra.

Estavam comigo Claudia Cadelo e Orlando Luís Pardo, dois autores de blogs que recebem milhares de visitas a cada semana.

Enquanto andávamos, contei a eles sobre uma desconhecida que, dias antes, havia se aproximado e me perguntado: "Você não tem medo?", em referência, claro, ao fato de que digo livremente minhas opiniões em um país onde o governo detém o monopólio da verdade.

Meus amigos sorriram quando narrei a eles a resposta que dei à transeunte angustiada: "Meu maior temor é ter de viver com medo".

Não imaginava que em poucos minutos eu viveria o terror de um sequestro e enxergaria o rosto da impunidade policial em sua forma mais dura.


Eu caminhava pela Avenida dos Presidentes, em Havana, com a intenção de participar da demonstração pacifista convocada pelos jovens.

À altura da Rua 29, a uns 300 metros de onde estavam os manifestantes, um carro da marca Geely, de fabricação chinesa, cor preta e placa amarela, de uso privado, parou diante de nós.

Três homens em trajes civis nos mandaram entrar no automóvel. Não se identificaram nem mostraram um mandado de prisão.

Eu me recusei a obedecer. Disse que, como não tinham ordem judicial, seria um sequestro.

Depois de uma breve discussão, um deles chamou alguém pelo celular, pedindo orientações. Imediatamente, os três começaram a nos tratar com violência para que entrássemos no carro.

Enquanto nos empurravam, os homens do automóvel negro usaram o celular outra vez e uma viatura da polícia se aproximou.

Pensei que os policiais nos salvariam. Pedi ajuda a eles, explicando que estávamos sendo atacados por supostos sequestradores.

Os homens que estavam à paisana então deram ordens aos policiais para levar Claudia Cadelo e outra amiga que estava conosco.

Eles obedeceram e ignoraram o pedido de ajuda que eu e Orlando fazíamos.

As pessoas que observavam a cena foram impedidas de prestar ajuda, com uma frase que resumia todo o pano de fundo ideológico da cena: "Não se metam. Eles são contrarrevolucionários".

Fazendo uso de toda a força física e de um evidente conhecimento de artes marciais para nos dominar, obrigaram-nos a entrar no carro.

Comigo empregaram especial violência, enfiando-me de cabeça para baixo e me mantendo imobilizada com um joelho sobre o peito.


Dentro do veículo e durante cerca vinte minutos, os sequestradores nos espancararam sem parar.

Frases de mau presságio saíam da boca daqueles três profissionais da intimidação:

"Yoani, isso é o seu fim", "Você não vai mais fazer palhaçadas", ou "Acabou a brincadeira".

Achei que não sairia viva. Tentei escapar pela porta, mas não havia maçaneta para acionar. A certa altura, o carro parou. Eu já tinha perdido a noção do tempo. Do lado de fora, caía a noite.

Finalmente, ambos fomos jogados em plena via pública, longe do lugar onde se realizava a passeata contra a violência.


Por causa dos golpes desferidos por esses profissionais da repressão, estou com a face esquerda inflamada. Tenho contusões na cabeça, nas pernas, nos glúteos e nos braços, além de uma forte dor na coluna, que me obriga a caminhar com muletas.

Na noite de 7 de novembro, um sábado, fiz uma consulta médica, mas não quiseram redigir um exame de corpo de delito sobre os maus-tratos físicos.

A médica teve de me atender na presença de um funcionário que estava ali apenas para me vigiar. Uma radiografia mostrou que não havia traumas internos, apesar dos sinais exteriores das pancadas.

Recebi apenas algumas recomendações para minha recuperação.


Eu já me sinto fisicamente melhor e desde sexta-feira tenho uma ideia constante.

As autoridades cubanas acabam de compreender que, para silenciar uma blogueira, não podem usar os mesmos métodos com os quais conseguiram calar tantos jornalistas.

Ninguém pode despedir os impertinentes da web nem lhes prometer umas semanas na Praia de Varadero ou presenteá-los com um Lada.

Muito menos podem ser cooptados com uma viagem para o Leste Europeu. Para calar um blogueiro, é preciso eliminá-lo ou intimidá-lo.

Essa equação já começou a ser entendida pelo estado, pelo partido e pelo general.