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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Dilma é vaiada antes de evento em seu berço político




Presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff é recebida com protestos
na abertura da Expointer em Esteio
(RS)
(Ivan Pacheco/VEJA.com)

Por Maquiavel
Globo.com

 
A presidente-candidata Dilma Rousseff foi recebida sob forte vaia por um grupo de grevistas do Judiciário Federal na manhã desta sexta-feira em Esteio, no Rio Grande do Sul, Estado que é berço político da petista.

Os manifestantes reivindicam reajuste salarial e creditam a Dilma a responsabilidade pelo congelamento de suas remunerações.

"Dilma a culpa é sua. Trabalhador na rua", gritaram.

Os protestos logo foram abafados por militantes pró-Dilma, que imediatamente a aplaudiram.

Ao lado do governador Tarso Genro, Dilma faz uma visita a Expointer, tradicional feira de agronegócio, nesta manhã.

O tucano Aécio Neves também visitará o evento nesta sexta.

Marina Silva esteve na feira na tarde desta quinta-feira.
(Marcela Mattos, de Esteio)

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Mercados reagem mal à melhora de petista nas pesquisas porque sabe que Dilma é a ministra da Fazenda de… Dilma!



Por Reinaldo Azevedo


Que coisa, né? Governos existem para quê? Para manter a ordem legal, para adotar medidas corretivas quando está em desequilíbrio na sociedade, para implementar programas que melhorem a vida das pessoas e lhes deem a perspectiva de um futuro melhor. Ocorre que, muitas vezes, o governo, em vez de ser a solução, se torna o problema. E é precisamente isso o que se dá hoje com a presidente Dilma Rousseff. Claramente, existe um governo que atrapalha a sociedade.

Bastou que as pesquisas Datafolha e Ibope tenham elevado um tiquinho a possibilidade de a presidente Dilma ser reeleita, e o mercado despencou, atraído pela queda das estatais. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras caíram 4,74%; os papeis do Banco do Brasil recuaram 5,34%, e as ações ordinárias da Eletrobras caíram 4,35%. Com isso, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recuou 1,68%, para 60.800 pontos.

Lá pelas bandas do site “Muda Mais”, aquele delírio retórico comandado por Franklin Martins, os petistas podem bater no peito e afirmar: “Ah, mas a presidente Dilma não governa para os mercados, e sim para as pessoas.” Como vocês sabem, campanhas eleitorais são capazes de dizer boçalidades como essas.

Ocorre que essa contradição só existe na cabeça de celerados, entendem? Ainda que os mercados possam não ser a medida de todas as coisas e não representem, obviamente, os interesses do conjunto dos brasileiros, é evidente que os resultados desta quinta apontam para perspectivas extremamente negativas caso Dilma seja reeleita.

A presidente já acenou que um eventual novo governo seu trará mudanças, inclusive da equipe. Não há viv’alma que aposte na continuidade de Guido Mantega caso ela ganhe um segundo mandato. Mas a questão posta é a seguinte: adianta? Afinal, quem manda na economia? O consenso é que Dilma Rousseff é a ministra de Dilma Rousseff, e aí está a raiz do problema e da desconfiança.

Se a queda artificial de juros em passado recente não bastasse; se a contabilidade criativa do governo não bastasse; se a política tico-tico-no-fubá das desonerações não bastasse, há o erro brutal, pantagruélico, cometido no setor elétrico. Eis aí: não adianta tentar jogar a barbeiragem no colo do ministro da Fazenda. Ele, de fato, não tem nada com isso. Dilma fez porque quis — ignorando, diga-se, advertências feitas por gente de sua equipe.

Os sinais emitidos pela Bolsa indicam, no caso de vitória de Dilma, um futuro com confiança menor e investimentos menores. Isso tudo num cenário que, mesmo sem agravamento de problemas, já prevê um 2015 com crescimento de 1,1%, taxa de juros em 11,75% e inflação em 6,29%.

Nesta quarta, só para arrematar, Lula ameaçou: ele quer voltar em 2018. Se o eleitor não tiver, que Deus tenha piedade de nós.
04/09/2014

Na paisagem eleitoral, falta o porta-voz dos indignados com os fora da lei no poder



Por Augusto Nunes

Dilma Rousseff perde o sono em dia de pesquisa e perde o controle dos nervosos em noite de debate. É compreensível que se apavore ao imaginar-se conversando com um jornalista independente. Ao escapar do encontro com o excelente William Waack, a fugitiva do Jornal da Globo poupou o cérebro baldio do colapso que seria inevitavelmente consumado pelas perguntas que aguardavam a entrevistada. Confiram:

1. Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?

2. A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?

3. A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, no seu governo, tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?

4. A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?

5. Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de quinze anos. Por quê?

6. A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre, um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?

O que há com Aécio Neves que até agora não formulou nenhuma dessas perguntas ─ claras, concisas e contundentes ─ em debates na TV ou no horário eleitoral? O que espera o terceiro colocado nas pesquisas (e em quda) para acrescentar à sequência de interrogações dezenas de outras amparadas no colosso de casos de polícia protagonizados pelo governo em decomposição? Por que não força a candidata à reeleição a afundar agarrada a respostas bisonhas e álibis mambembes? Para continuar sonhando com o segundo turno, Aécio deve gastar muito mais chumbo com a presidente sem rumo do que com Marina. É Dilma a concorrente a ser batida.

A onda cavalgada por Marina parece exibir força e fôlego suficientes para alcançar a praia do Planalto. É na onda antipetista, de dimensões igualmente impressionantes, que Aécio Neves talvez consiga surfar. Aí reside a chance derradeira. O PT está cada vez mais grisalho e enrugado. Sumiu o Lula que instalava postes em qualquer gabinete. Quase todos os companheiros candidatos a governador estão mal no retrato. Alguns resfolegam na zona do rebaixamento. Em São Paulo, por exemplo, Alexandre Padilha, produzido e dirigido pelo chefe supremo, nem chegou aos dois dígitos.

Até agora, os milhões de indignados com os fora da lei no poder não têm porta-voz na temporada de caça ao voto. Nenhum candidato à Presidência ou a governos estaduais traduz o que vai pela mente e pela alma dos humilhados e ofendidos por 12 anos de corrupção, descaramento, cinismo, inépcia, parcerias obscenas, cafajestagem, arrogância, agressões à liberdade e ao Estado Democrático de Direito, fora o resto.

Na paisagem eleitoral, falta o candidato da indignação. Talvez haja tempo para que Aécio Neves se transforme no que desde sempre deveria ter sido e não foi.
03/09/2014


terça-feira, 2 de setembro de 2014

‘Sabemos o que é Dilma e o que Aécio é. Marina Silva é o quê?’



Augusto Nunes
O que é Marina Silva?
Sabemos o que é Dilma Rousseff, o poste búlgaro.
E Aécio, o hesitante que se esqueceu das montanhas de Minas.

Mas e Marina?

Quem é?

Uma política profissional que nasceu no partido que aproveitou o discurso da falsa ética para ser pior que qualquer outro.

Foi vereadora, deputada, senadora e ministra do PT. O mesmo PT dos ladrões presos, do líder ignorante e da presidente que não consegue ser inteligível.

Confortavelmente instalada nas salas do poder, usufruindo das benesses, deixando-se ser usada pelo desastre sociológico com nome de molusco, Marina cresceu e se transformou em uma sólida alternativa de poder nestas eleições em que até recentemente estava relegada ao segundo plano.

Se tínhamos Dilma a “muié do homi”, hoje temos a “viúva do outro”.

Agora sabemos que, após ser senadora e surpresa da últimas eleições, usou este capital político para faturar como palestrante mais de R$ 1,6 milhão de reais (média de R$ 41 mil/mês). Há algo de errado nisto? Não. Paga quem quer ouvir.

O que é profundamente hipócrita é Marina se apresentar como símbolo do “novo”, como detentora dos direitos autorais de uma “nova política” sem sequer indenizar Fernando Collor, inventor dessa derivação que parece prescindir de partidos ou da própria democracia.

Desonestidade intelectual e esperteza política indecente. Embora ainda longe do banditismo do PT, indica uma tendência preocupante.

A falsificação do que é diminui – e muito – o que Marina poderia ser. Mas nunca foi ou será.

Marina é somente uma cópia de Lula sem a mitomania e a menos valia do senhor dos postes apagados e fios desencapados.

Marina é uma Dilma que consegue não falar nada, mas alguma lógica, sem espancar a língua pátria ou defender bandido de peito aberto.

Marina preferiu o caminho mais fácil: copiar tudo que o PT prometia e jamais cumpriu. Em nome do mesmo messianismo que o filho do barril encarnou. Até porque estudou e parece não ter azia ao ler jornal, Marina serve para demonstrar quão insignificante Lula foi e Dilma é.

Para ser presidente e recuperar este país é preciso mais. Muito mais.

Adhemar de Barros tinha orgulho em ser identificado com o “rouba mas faz”!.

Marina parece confortável com “ o não rouba e não faz”. Não roubar é obedecer à lei e evitar a cadeia! Não é privilégio de ninguém. E fazer algo que prometeu, o mínimo que se espera de quem prometeu.

A questão central é que Marina promete nuvens. E estas mudam com os ventos. E a culpa sempre será do vento. Nunca do piloto.

E assim somos impedidos de ao menos cobrar o que Marina prometeu e se comprometeu.

Até aqui ela não se comprometeu com nada. O nada é incobrável.

01/09/2014

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O raquitismo da economia é o legado dos farsantes que se afogaram na marolinha


Haja cinismo





Por Augusto Nunes
“Forçada a enfrentar a crise, Dilma imita Lula e a procissão de bravatas recomeça”, resumiu o título do post publicado em março de 2012. O texto tratou de mais um surto de soberba da doutora em nada que se imagina especialista em tudo: caprichando na pose de quem concluiu aquele curso de doutorado na Unicamp que nem começou, Dilma Rousseff resolveu dar conselhos a países europeus castigados pela crise de dimensões planetárias.

Conseguiu apenas ampliar o acervo de cretinices acumulado desde 2008, quando Lula abriu o cortejo de falácias, fantasias, mentiras e falatórios sem pé nem cabeça produzidos pelos fundadores da Era da Mediocridade.

Nesta quinta-feira, o país (ainda) conduzido por farsantes soube que encalhou no atoleiro. Depois de encolher 0,2% no primeiro trimestre, o Produto Interno Bruto diminuiu mais 0,6% de abril a junho. Confrontados com a esqualidez do pibinho, os tripulantes da nau dos insensatos trataram de caçar justificativas para o fiasco histórico. Dilma desconfiou que não bastaria dar outro pito no vilão de sempre — a crise internacional que seu padrinho jurou ter derrotado. E então incluiu entre os culpados pela “recessão técnica”a Copa dos 7 a 1.

“Por causa da Copa do Mundo, tivemos a maior quantidade de feriados na história do Brasil, nos últimos anos, nesse trimestre”, fantasiou a presidente que, convencida de que a vadiagem coletiva melhora o trânsito, decretou a maior quantidade da história do Brasil. A Copa das Copas começou a semana na relação das proezas federais que aceleraram o crescimento econômico. Terminou-a acusada pela presidente de ter acentuado o raquitismo do pibinho. Haja cinismo.

A explicação é tão veraz quanto o palavrório costurado por Lula em 27 de março de 2008, quando a crise nascida nos Estados Unidos já contaminara vários países. “Um dia acordei invocado e liguei para o Bush”, gabou-se o então presidente. “Eu disse: ‘Bush, meu filho, resolve o problema da crise, porque não vou deixar que ela atravesse o Atlântico’”. Como Lula só fala português, Bush decerto não entendeu o que ordenara o colega monoglota. E a crise navegou sem sobressaltos até desembarcar nas praias do Brasil.

O presidente invocado voltou ao tema só depois de seis meses ─ para comunicar que livrara o país do perigo. “Que crise? Pergunte ao Bush”, recomendou em 17 de setembro. “O Brasil vive um momento mágico”, emendou no dia 21. No dia 22, pareceu mais cauteloso: “Até agora, graças a Deus, a crise americana não atravessou o Atlântico”, ressalvou. Uma semana depois, a ficha enfim começou a cair. “O Brasil, se tiver que passar por um aperto, será muito pequeno”, disse em 29 de setembro.

A rendição pareceu iminente no dia 30: “A crise é tão séria e profunda que nem sabemos o tamanho. Talvez seja a maior na História mundial”. Em 4 de outubro, o otimista delirante voltou ao palco para erguer com poucas palavras o monumento à megalomania: “Lá nos Estados Unidos, a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar”. No dia 8, conseguiu finalmente enxergar o tamanho do buraco.

A anemia dos índices registrados de lá para cá mostrou o que acontece a um país governado por quem se nega a ver as coisas como as coisas são, e enfrenta com bazófias e bravatas complicações econômicas de dimensões globais. Essa espécie de monstro é impiedosa com populistas falastrões. Mas o bando de reincidentes não tem cura: três anos depois, a estratégia inaugurada pelo Exterminador do Plural começou a ser reprisada em dilmês. Se Lula acordava invocado com George Bush, Dilma passou a perder a paciência com uma entidade que batizou de “tsunami monetário”.

Em março de 2012, numa discurseira de espantar napoleão de hospício, a presidente atribuiu a paternidade da criatura a “países desenvolvidos que não usam políticas fiscais de ampliação da capacidade de investimento para retomar e sair da crise que estão metidos e que usam, então, despejam, literalmente, despejam quatro trilhões e setecentos bilhões de dólares no mundo ao ampliar de forma muito… é importante que a gente perceba isso, muito adversa, perversa para o resto dos países, principalmente aqueles em crescimento”.

Lula vivia recomendando aos americanos que se mirassem no exemplo do Brasil. Dilma se promoveu a conselheira da Europa. “Eu acho que uma coisa importante é que os países desenvolvidos não só façam políticas expansionistas monetárias, mas façam políticas de expansão do investimento”, ensinou em 5 de março de 2012. Concluiu a lição no dia seguinte: “Somos uma economia soberana. Tomaremos todas as medidas para nos proteger”.

Quatro anos depois de reduzido por Lula a marolinha, o tsunami foi desafiado por Dilma a duelar com o Brasil Maravilha. “Nós estamos 100% preparados, 200% preparados, 300% preparados para enfrentar a crise”, avisou. Como o padrinho em 2008, a afilhada despejou outro balaio de medidas de estímulo ao consumo.Ficou mais fácil comprar automóveis, os congestionamentos de trânsito ficaram maiores nos dois anos seguintes. E o governo acabou obrigado a decretar durante a Copa os feriados que, segundo a presidente, acentuaram o raquitismo do pibinho.

Lula jurava que o país do carnaval foi o último a entrar na crise e o primeiro a sair. Dilma vinha repetindo de meia em meia hora que o resto do mundo inveja o colosso tropical. Conversa de 171, prova o infográfico no blog Impávido Colosso. Pouquíssimas nações fazem companhia ao Brasil no pântano do crescimento zero. A saúde da economia nativa não será restabelecida tão cedo. E pode piorar até o fim do ano.

Já na eleição de outubro, contudo, deverão ser extirpados os tumores lulopetistas, em expansão há quase 12 anos. Se continuassem sem controle por mais quatro, o Brasil democrático deixaria de existir.


31/08/2014

domingo, 31 de agosto de 2014

A ganância dos ungidos abnegados. Ou: Marina, a milionária


Quem não estaria rindo assim com tanto dinheiro?
 



Por Rodrigo Constantino

Confesso ao leitor: não sou uma pessoa incrível. Ao menos não quando sou obrigado a me comparar com seres fantásticos que habitam nossa esquerda política. Sou acusado – com razão – de ser um liberal e, portanto, um ser individualista e até, cruzes!, ganancioso. Mea culpa. Penso no meu bem-estar e no de minha família antes de pensar na situação do pobre garoto acriano que desconheço, quiçá no menino miserável indiano ou nas baleias em risco de extinção.

Sim, é verdade que luto com afinco para tentar melhorar o Brasil, que me esforço para apresentar uma alternativa liberal, uma agenda de reformas que, estou certo, ajudariam milhões de brasileiros. Esse blog, com vários textos diários, inclusive nos fins de semana, prova isso. Mas não tenho a pretensão de “salvar o mundo” ou de criar “um mundo melhor”, daqueles totalmente revolucionados em que a maldade, o preconceito e a pobreza não mais existem, um mundo igualitário como o paraíso socialista. Tenho metas mais modestas.

E Deus sabe que, apesar de minha ganância por querer melhorar também a minha vida e a de minha família, já aceitei fazer inúmeras palestras gratuitas Brasil afora. A causa liberal foi, nesses vários casos, colocada acima dos meus próprios interesses imediatos ou pecuniários. A troca do carro pode esperar. Aquela viagem prometida fica para depois. Há muito em jogo. O futuro de minha filha corre perigo em um país cuja democracia está ameaçada. E por aí vai minha racionalização.

Fiz todo esse arrazoado para chegar à notícia que estampa a capa da Folha hoje: Marina ganhou R$ 1,6 milhão com palestras em três anos. O mistério está desfeito. Ninguém sabia como ela se sustentava direito. Está explicado, ainda que parcialmente, pois os nomes das empresas e o cachê por palestra não foram relevados. Podemos inferir que cobra mais de R$ 20 mil por palestra, pois foram 72 no total, segundo a reportagem:

Em pouco mais de três anos, Marina diz que assinou 65 contratos e fez 72 palestras remuneradas. Ela se recusa a identificar os nomes das empresas e das entidades que pagaram para ouvi-la, alegando que os contratos têm cláusulas de confidencialidade.

No ano passado, a própria Marina pediu a entidades que a tinham contratado para não divulgar seu cachê, como a Folha informou em outubro.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso, que também cobram por palestras desde que deixaram o cargo, mantêm igualmente em segredo os valores que recebem e a identidade dos clientes.

O faturamento bruto da empresa de Marina lhe rendeu, em média, R$ 41 mil mensais. O valor é mais que o dobro dos R$ 16,5 mil que ela recebia como senadora no fim de seu mandato, em 2010.


Diante dos valores cobrados por Lula, que chegam às centenas de milhares por uma mísera palestra, até que Marina é mais comedida. Talvez porque ela ainda não foi presidente. Mas é realmente impressionante como a esquerda ungida e abnegada, que só pensa nos pobres e em salvar o mundo, do café da manhã à hora de dormir, fatura alto.

Alguém mais cético poderia até suspeitar de… ganância! Mas não é nada disso. É que até um revolucionário altruísta precisa sobreviver, como outro especialista em palestras justificou. Falo de Pimentel, candidato ao governo de Minas Gerais pelo PT, que arrecadou R$ 2 milhões em “palestras” que ninguém viu. Ei, quem luta tanto pelos mais pobres tem direito a um pouco de conforto, não é mesmo?

Marina, associada pelo eleitor aos mais pobres, ainda que financiada pela bilionária herdeira do Itaú e o bilionário dono da Natura, também precisava se sustentar nesse período longe do governo. Sim, é verdade que seu marido ganhava bem no governo petista do Acre. Mas ela é uma mulher moderna e independente, e tem direito à sua própria remuneração. Pouco mais de R$ 40 mil mensais, porque ninguém é de ferro, e todos temos obrigações no cotidiano.

Thomas Sowell diz que não compreende por que é ganância querer preservar o próprio dinheiro, mas não é ganância desejar avançar sobre o dinheiro dos outros, como propõem todos os políticos de esquerda. Sowell pode ser muito inteligente, mas não entendeu o mundo direito. Ganância não tem nada a ver com o acúmulo desenfreado de riqueza; mas sim com a postura ideológica.

Se o sujeito cobra milhares de reais só para uma rápida palestra, se faz consultorias milionárias, se importa tecido do Egito ou demanda jatinho particular para sua locomoção, como faz Lula, mas preserva um discurso em prol dos pobres, pregando mais estado que, por ironia, vai ter de cobrar mais impostos que punem os pobres, ele é um ungido abnegado.

Agora, se o sujeito faz palestras gratuitas, fica na fila para pegar um voo na classe econômica e mantém seu carro ano 2007 com mais de 80 mil quilômetros rodados, mas adota um discurso liberal que prega menos concentração de poder no estado, então claro que ele é um ganancioso egoísta, lacaio do capital, que só pensa em ficar rico. Entendeu, Sowell?


31/08/2014