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sábado, 25 de julho de 2009

Cada uma...!

Funk do Bigodão!


vai dilminha...vai dilminha...huahauhaahaaaaaaaa


Do Eramos6

do Blog Alerta Brasil

Que tal ver José Sarney (PMDB-AP) sentado na cadeira de presidente da República toda vez que a partir do próximo ano Lula viajar ao exterior?

por Ricardo Noblat

Que tal ver José Sarney (PMDB-AP) sentado na cadeira de presidente da República toda vez que a partir do próximo ano Lula viajar ao exterior?

Para isso, basta que a saúde do vice-presidente da República o impeça de assumir lugar. E que Sarney supere a crise que ameaça seu mandato.

O terceiro na linha de sucessão do presidente da República é o presidente da Câmara - no caso, Michel Temer (PMDB-SP). Mas se ele sentar na cadeira de Lula uma única vez ficará impedido de ser candidato a qualquer coisa em 2010.

É o que diz a lei.

Temer aspira à vaga de vice de Dilma Rousseff. Na pior das hipóteses será candidato à reeleição.

Não trocará uma coisa nem outra pela glória efêmera e inócua de substituir Lula algumas vezes e por pouquíssimo tempo.

Se o presidente da Câmara não pode, assumirá o presidente do Senado.

Essa é uma das razões que movem Lula a defender tanto Sarney.

Nas duas últimas eleições presidenciais, Sarney apoiou Lula.

Desde que Lula atenda a seus pedidos por cargos e verbas para isso e aquilo outro, Sarney se manterá fiel a ele. Tem sido um aliado para lá de confiável.

Se cair da presidência do Senado quem o sucederá?

Lula não enxerga no PMDB ninguém com estatura moral superior a de Sarney, ninguém que tenha lhe prestado melhores serviços, ninguém que possa sentar com mais naturalidade na cadeira que é dele.

Daí...

Parece desenho, feito a mão mesmo

Uma estranha parede de nuvens no Atlântico

O Blog Verde recebeu de um colaborador fotos de uma estranha parede de nuvens que se estende mar adentro, feitas no início de julho de uma plataforma da Petrobras na Bacia de Campos. Parece desenho, feito a mão mesmo.

O mistério não vai durar: na segunda-feira, o blog vai ouvir um meteorologista especialista no tema para explicar o fenômeno.

Confiram desde já as fotos:

oglobo.

A CPI deve ser encarada como uma autoria na contas da Petrobras

A oposição sabe que os argumentos empregados pelo governo para protelar a CPI da Petrobras são insustentáveis, o mesmo pensa o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Adriano Pires, D.Sc. em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII (1988) e economista pela UFRJ (1981), ex-assessor do Diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e também ex-superintendente da instituição nas áreas de Importação, Exportação e Abastecimento. Adriano Pires é fundador do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE) e consultor no mercado de emergia e petróleo.

Acompanhe o que disse o especialista em entrevista ao blog:

Blog- Existe alguma verdade nos argumentos do governo?

AP- Não existe nenhuma verdade. Ao contrário, a CPI tem de ser vista como uma espécie de auditoria nas contas e na política da Petrobras. Portanto, os resultados da CPI só vão valorizar a empresa e dar maior segurança aos investidores. A CPI, se bem conduzida, pode ajudar a dar início a uma gestão com um maior cunho técnico do que político na Petrobras. Blog- Identificar que a empresa opera com empresas que têm endereço em canis, que financia festas juninas, que não investiga a real destinação do seu patrocínio são fatos que precisam ser apurados.

Blog- Qual a sua opinião sobre as notícias divulgadas pela imprensa sobre a Petrobras?

AP- Num regime democrático e se tratando de uma empresa estatal é um direito de todo cidadão ter o conhecimento claro de como os gestores atuais da Petrobras usam os recursos que no limite pertencem a população brasileira. Tudo deve ser apurado.

Blog- O investidor do mercado de petróleo é, por tradição, esclarecido, bem informado e que não age no curto prazo das disputas políticas. Uma CPI para investigar a Petrobras afetaria o interesse destes investidores em relação ao Brasil?

Não existe qualquer correlação entre a CPI e o apetite dos investidores. O que afeta o apetite são as mudanças que o governo promete fazer na atual legislação do petróleo. Isso porque parece que a idéia do governo é abandonar um modelo de uma maior liberdade de mercado e total transparência para um outro com um grande grau de intervencionismo e pouca transparência.

PSDB monta bunker na CPI da Petrobras e escala ex-senador Antero Paes de Barros para atuar nos bastidores

O estrategista da oposição

Por Sérgio Pardellas

A CPI da Petrobras vai tirar das sombras um dos quadros mais atuantes da oposição e que estava afastado do Senado desde 2006. Trata-se do tucano Antero Paes de Barros, que foi escalado para comandar uma espécie de "Quartel-General (QG)" do PSDB cujo objetivo será o de reunir munição contra a estatal presidida por José Sérgio Gabrielli.

O bunker tucano vai ser instalado em uma sala anexa ao gabinete do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), para o qual também já foram recrutados técnicos do TCU. Pelo menos 12 assessores altamente qualificados trabalharão diuturnamente no QG para alimentar as denúncias contra o governo. O convite partiu do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), com quem Paes de Barros mantém uma antiga relação de amizade. "Houve realmente o convite, só não haverá necessidade de eu estar no comando direto desse projeto", nega Paes de Barros.

ALVOS Além da CPI, o tucano Paes de Barros também mira o PAC

Pelo fato de conhecer como poucos os meandros do poder e transitar com discrição nos bastidores, Paes de Barros já foi batizado no meio político como "Zé Dirceu da oposição" - em referência ao ex-ministro petista. Apesar do seu retorno aos holofotes a partir da instalação da CPI da Petrobras, Paes de Barros já trabalha com afinco visando às eleições de 2010. Segundo apurou ISTOÉ, em Mato Grosso, seu Estado, ele tem atuado ao lado de seu dileto amigo e fiel escudeiro, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), na tentativa de retardar ao máximo as obras do PAC na capital mato-grossense. A estratégia, definida numa reunião com caciques tucanos, é não dar um palanque forte para a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, em Mato Grosso, que é uma das principais apostas eleitorais do PSDB em 2010.

A tática parecia estar dando certo. As obras em Cuiabá do chamado ETA Tijucal, orçadas em R$ 124 milhões, estão paradas. "De fato alguns itens não estavam de acordo com a tabela exigida pelo governo federal, fizemos uma repactuação e as obras dependem de uma nova autorização da Caixa", confirmou Aparecido Alves, gestor do PAC cuiabano. Em março, a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou um superfaturamento no PAC cuiabano de R$ 15 milhões.

Mas agora, em novo relatório de 50 páginas, a CGU pede que a prefeitura detalhe a utilização de R$ 40 milhões. Segundo a Controladoria há indícios de novo superfaturamento e da existência de um conluio do prefeito Santos com empreiteiros. Ou seja, há risco de um efeito bumerangue. "Acho estranha a posição da CGU, já que estamos fazendo de tudo para nos adequar às exigências", alegou Alves. Procurado, Santos não retornou as ligações.

Sua assessoria informou que ele estava em viagem oficial.

Daniel Dantas US$ 50 milhões para o PT e outras histórias 1

Daniel Dantas
US$ 50 milhões para o PT e outras histórias


Na primeira entrevista desde a prisão, em julho de 2008, Daniel Dantas diz que Delúbio Soares queria que o Opportunity pagasse dívidas da campanha de 2002 e conta como eram suas relações com altas autoridades petistas e tucanas

Por Jorge Felix e Leonardo Attuch


PROPOSTA INDECENTE
Delúbio quis quitar a dívida do PT em troca de apoio, diz o banqueiro

Entre as histórias que Dantas decidiu contar, a mais relevante foi sobre a sugestão do ex-tesoureiro petista. Segundo o dono do Opportunity, a proposta de Delúbio foi feita em conversa com Carlos Rodenburg, ex-marido da irmã de Daniel, Verônica Dantas. "Eram mais ou menos US$ 50 milhões", diz o banqueiro.

Naquele momento, com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele estava ciente de que não era benquisto pelo governo - os fundos de pensão, de quem era sócio na empresa Brasil Telecom, mostravamse descontentes com a parceria, selada no governo Fernando Henrique Cardoso, e queriam assumir a gestão da empresa, até então a cargo do Opportunity.



De acordo com Dantas, a contrapartida que ele teria, se pagasse a dívida do PT, seria "o fim das hostilidades". Pragmático, o banqueiro baiano não rechaçou de imediato a abordagem. Procurou o Citibank, de quem também era sócio na Brasil Telecom, e levou a proposta adiante.

Essa conversa se deu com Mike Carpenter, ex-vice presidente mundial do banco, que disse ser melhor não pagar. "Decidimos não comprar a proteção", diz Dantas.

Procurado por ISTOÉ, Delúbio preferiu não comentar o assunto. Considera-o página virada em sua vida. E Dantas, ao ser perguntado sobre os detalhes desse acerto, segundo ele, frustrado, afirma que chegou até a documentar suas conversas com o vice-presidente do Citi. Num e-mail, disse que o negócio com a agência de publicidade não seria assinado - o que significa que o acerto da dívida do PT passaria pelas empresas do publicitário Marcos Valério.

"Nunca tive conhecimento disso", diz Marcelo Leonardo, advogado do publicitário.
"Os contratos efetivamente feitos com a Brasil Telecom diziam respeito à efetiva prestação de serviço a duas empresas: a Telemig e a Amazônia Celular, para as quais foram feitas diversas campanhas de publicidade", completa.


Em síntese

Na terça-feira 21, o juiz Fausto De Sanctis determinou o confisco das 27 fazendas e de 450 mil cabeças de gado do banqueiro Daniel Dantas.

 Na quinta-feira 23, Dantas concedeu à ISTOÉ a primeira entrevista desde que foi preso, há pouco mais de um ano, na Operação Satiagraha.

Revelou suas relações com as principais autoridades do PT e do PSDB.

Disse que recebeu do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, pedido para pagar dívida de US$ 50 milhões do partido.

Contou sua experiência na prisão e deu sua versão para a acusação de subornar um delegado com R$ 1 milhão.

NA SALA DO ALVORADA
Dantas confirma encontro com FHC para tratar de telefonia

Segundo Dantas, seus adversários adotaram "um jogo abaixo da cintura" para garantir o controle da Brasil Telecom. Na linha de frente, estariam os então poderosos ministros José Dirceu, interessado em entregar o controle da Brasil Telecom aos fundos de pensão, e Luiz Gushiken, apontado pelo banqueiro como o maestro dos fundos de pensão e também um defensor dos interesses da Telecom Italia.

O banqueiro diz que decidiu se cercar de advogados com alguma proximidade com os dirigentes do PT para, em suas palavras, "construir uma ponte".

Foi assim que contratou Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-deputado do PT, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, amigo de Dirceu, e Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula.

Procurado, Greenhalgh confirmou que Dantas não tinha diálogo com os fundos de pensão e com o PT em geral.

"Eu o aconselhei a sair da telefonia e a buscar outros negócios", diz o advogado. "As pessoas me contratam porque advogo em causas relevantes", contestou Kakay. "No governo FHC fui advogado de oito ministros e no governo Lula, por incrível que pareça, de dois", diz. Teixeira disse que foi contratado por Dantas antes da eleição de Lula. "Meu trabalho foi atuar única e exclusivamente junto a tribunais e na interpretação de leis - nunca junto ao governo", afirmou.


Quanto às suas relações no governo FHC, Dantas confirma que jantou com o então presidente Fernando Henrique, no Palácio do Alvorada, e o assunto foi a disputa pelo controle de empresas de telefonia. Mas nega que, no encontro, tenha pedido a cabeça dos presidentes de fundos de pensão estatais que estariam prejudicando seus planos, como foi amplamente divulgado à época.

"Na supertele, eu queria ficar.
Foi o Greenhalgh quem me aconselhou a sair disso"

ISTOÉ - Marinho e Demarco foram do Opportunity. Saíram com mágoa?

Dantas - Os dois saíram e se encontraram por caminhos separados. Quando a PF entrou na história, sempre um esteve envolvido. E quem se dizia movido por ideologia ou razões afetivas logo surgiu na folha de pagamento de alguém.


ISTOÉ - Seu raciocínio pressupõe que a PF está à venda.


Dantas - Pressupõe que nem todos os agentes públicos são corretos. A própria distensão na PF em relação à Satiagraha, que foi feita pela Abin, sugere isso.


ISTOÉ - Seu raciocínio pressupõe que a PF está à venda.


Dantas - Pressupõe que nem todos os agentes públicos são corretos. A própria distensão na PF em relação à Satiagraha, que foi feita pela Abin, sugere isso.


ISTOÉ - O sr. achava que poderia enfrentar um governo?


Dantas - Nunca pensei que iriam colocar PF, Abin, Exército, Marinha e Aeronáutica contra mim. Não imaginei que fosse ser visto como alguém tão perigoso.


ISTOÉ - Quais foram os seus erros?


Dantas - Erro um: participar da privatização sem estar preparado para a agenda política que estava contida nele. Erro dois: confi ar no Citi.


ISTOÉ - Por que não recuou mais cedo?


Dantas - Eu recuei duas vezes. Quando a PF fez a Operação Chacal, eu recuei e vendi o controle da Brasil Telecom para a Telecom Italia. Só não sabia que os fundos de pensão tinham uma agenda oculta e estavam alinhados com a Oi. Em 2008, decidimos sair pela segunda vez, vendendo nossa posição para a Oi, porque o plano do governo era a supertele. Na verdade, pensamos até em fi car. Se o plano era criar uma grande empresa nacional, eu disse: "Bom, eu também sou nacional." Mas me disseram que eu não podia fi car e eu saí.


ISTOÉ - Quem lhe deu essa informação?


Dantas - O Luiz Eduardo Greenhalgh.


ISTOÉ - Ele lhe trazia uma informação palaciana?


Dantas - Bastava ler os jornais. Muito embora dissessem que eu fi nanciava o Mensalão, nunca vi alguém dizer que eu seria o predileto do governo.


ISTOÉ - Greenhalgh tem sido apontado como lobista, não advogado. Por que foi contratado?


Dantas - Foi contratado como advogado. E eu fi - quei com a impressão de que a presença dele daria tranquilidade ao governo. Muita gente dizia que sabotávamos a supertele. E o Greenhalgh deu uma ideia que funcionou: abrimos mão da cláusula de confi dencialidade. A partir daí, a operação saiu.

Daniel Dantas US$ 50 milhões para o PT e outras histórias 2

ISTOÉ - Quem sabotava?


Dantas - A minha sensação é de que nem os fundos de pensão nem a antiga administração da Brasil Telecom queriam a operação

ISTOÉ - Nesta semana, o juiz Fausto De Sanctis mandou abrir inquérito para investigar a supertele. Esse pode ser o real objetivo da Satiagraha?


Dantas - Não sei. O que sei é que não cometemos crime nenhum e que fomos investigados durante sete anos a partir de uma situação esdrúxula. A Satiagraha é fruto da Operação Chacal, que nasceu a partir do que a PF disse ser um CD anônimo. Na Itália, já se sabe que esse CD foi produzido, adulterado e entregue à polícia pela
Telecom Italia. A maior mobilização policial do País parte de uma fraude


ISTOÉ - O sr. se coloca como vítima de um Estado arbitrário, mas também é acusado de ter tido um Estado a seu favor, no governo FHC. O sr. seria um símbolo da chamada "privataria"?


Dantas - A tentativa de tomada de controle começou no governo FHC. Não tive privilégio.


ISTOÉ - Não houve um encontro reservado no Palácio da Alvorada em que o sr. pediu a cabeça dos dirigentes dos fundos de pensão?


Dantas - Não. Algumas pessoas do PSDB tinham uma preocupação com nossos eventuais vínculos com o PFL. E eu também disse que isso não existia.


ISTOÉ - O juiz Fausto determinou a liquidação de um fundo do Opportunity e o sequestro de 27 fazendas. Como o sr. recebe essas decisões?


Dantas - É uma algema econômica.


ISTOÉ - De onde veio o dinheiro das fazendas?


Dantas - Somos uma empresa de investimentos. Temos recursos nossos e de investidores.


ISTOÉ - Por que o sr. decidiu falar?


Dantas - Na Satiagraha, li um pronunciamento estranho do ministro Tarso Genro. Ele disse que eu teria dificuldades em provar inocência. Depois, o Protógenes disse que a Satiagraha era missão presidencial. Se fosse presidencial, eu teria que tomar um caminho. Se não, era outro. Nesta semana, ficou claro que não era o presidente da República.


ISTOÉ - Por quê?


Dantas - Primeiro, por conta da decisão de se abrir um inquérito contra a supertele. Se o presidente fosse contra, não precisava da Satiagraha. Bastava não mudar a lei. Além disso, ouvi o discurso do presidente na posse do novo procurador- geral da República [Roberto Gurgel], em que ele critica essa condenação prévia sem direito à Justiça. O presidente Lula, portanto, segue um padrão democrático. Então, o que aconteceu recebe influências de facções do governo.


ISTOÉ - Por quê?


Dantas - Primeiro, por conta da decisão de se abrir um inquérito contra a supertele. Se o presidente fosse contra, não precisava da Satiagraha. Bastava não mudar a lei. Além disso, ouvi o discurso do presidente na posse do novo procurador- geral da República [Roberto Gurgel], em que ele critica essa condenação prévia sem direito à Justiça. O presidente Lula, portanto, segue um padrão democrático. Então, o que aconteceu recebe influências de facções do governo.


"O STF deu um benefício aos brasileiros, não a mim, que fui preso e algemado"

ISTOÉ - A principal seria do ex-ministro Luiz Gushiken?


Dantas - Talvez haja um maestro. Gushiken é um maestro provável.


ISTOÉ - Como foi sua experiência na cadeia?


Dantas - Ela me permitiu descobrir que é impressionante o clube dos que foram
presos ilegalmente no Brasil. Não me senti humilhado, apenas perseguido, pois não enxergo legitimidade na ordem que fez isso contra mim.


ISTOÉ - O sr. vive recluso e não pode, por exemplo, sair caminhando no calçadão de Copacabana.

Dantas - A tentativa de se criar um clamor popular, a meu ver, não funcionou. O que existe é uma falsa opinião pública, regida por blogueiros profissionais.

ISTOÉ - O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, passou a ser chamado de Gilmar Dantas depois de lhe conceder dois habeas-corpus. Dantas - Em relação às decisões do ministro Gilmar Mendes, os beneficiários foram os demais brasileiros. Eu fui algemado, os próximos é que não serão.


ISTOÉ - Mas podia ter ficado mais tempo.


Dantas - O STF avaliou que as prisões eram ilegais. E, se eu fui preso ilegalmente, tive um prejuízo.


ISTOÉ - O que o dinheiro representa para o sr.?


Dantas - É o instrumento de trabalho, não o fim. O trabalho é pegar um ativo e fazer valer mais.


PIONEIRO
Dirceu procurou Dantas para defender fundos de pensão



A assessoria de Fernando Henrique informou que o ex-presidente está em viagem sem possibilidade de comunicação e por isso não teria como comentar as declarações do banqueiro.

Na entrevista, Dantas contra-atacou pela primeira vez, contando histórias de operações que não se materializaram, como o pagamento dos R$ 50 milhões ao PT.

De fato, pode ser que Daniel Dantas, o homem cuja fortuna é estimada pela Polícia Federal em R$ 5 bilhões, nunca tenha aceitado um acordo nos moldes propostos por Delúbio.

Mas, para quem passou quase duas décadas no centro dos maiores negócios feitos na zona de sombra do público com o privado, são as histórias do que ele fez - ou do que suspeitam que ele teria feito -, que lhe renderam a aura de homem-bomba das privatizações brasileiras.

US$ 50 milhões para o PT e outras histórias

Daniel Dantas

Na primeira entrevista desde a prisão, em julho de 2008, Daniel Dantas diz que Delúbio Soares queria que o Opportunity pagasse dívidas da campanha de 2002 e conta como eram suas relações com altas autoridades petistas e tucanas

Por Jorge Felix e Leonardo Attuch



EXCLUSIVO Logo no início do governo do Partido dos Trabalhadores, o ex-tesoureiro da legenda Delúbio Soares procurou o banqueiro Daniel Dantas para vender proteção política. Na primeira entrevista exclusiva desde sua prisão na Operação Satiagraha, em julho do ano passado, Dantas revelou à ISTOÉ na tarde da quinta-feira 23 que Delúbio queria que as empresas do grupo Opportunity pagassem US$ 50 milhões da dívida da campanha de 2002 do PT. Homem-bomba para muitos, Dantas é peça central das privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso e presença constante nas páginas policiais durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em quase duas décadas, teve seu nome relacionado a muitos dos escândalos ocorridos no Brasil. Foi preso temporariamente em duas ocasiões, está condenado a dez anos de reclusão num caso em que é acusado de subornar delegados da Polícia Federal e, na semana passada, passou a ser réu num processo por evasão de divisas e formação de quadrilha. Além disso, sofreu um golpe direto nas suas duas principais atividades empresariais, quando o juiz Fausto De Sanctis ordenou o confisco de 27 fazendas de gado e também a dissolução de um fundo de investimentos de R$ 954 milhões. Embora a segunda medida já tenha sido suspensa por decisão de uma desembargadora, Dantas se viu diante do que chamou de "algema econômica".

DEMOCRÁTICO Segundo Dantas, Satiagraha não partiu de Lula

Delegados da Polícia Federal e, na semana passada, passou a ser réu num processo por evasão de divisas e formação de quadrilha. Além disso, sofreu um golpe direto nas suas duas principais atividades empresariais, quando o juiz Fausto De Sanctis ordenou o confisco de 27 fazendas de gado e também a dissolução de um fundo de investimentos de R$ 954 milhões. Embora a segunda medida já tenha sido suspensa por decisão de uma desembargadora, Dantas se viu diante do que chamou de "algema econômica".

A entrevista à ISTOÉ foi concedida por meio de videoconferência. Dantas estava na sede do grupo Opportunity no Rio de Janeiro, acompanhado de um de seus sócios, Dorio Ferman, de uma advogada e de uma assessora. A reportagem de ISTOÉ estava no escritório do grupo em São Paulo. O banqueiro se disse vítima de uma conspiração política e revelou suas relações - por ora próximas e muitas vezes conflituosas - com figuras proeminentes do poder, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken e o ex-publicitário Marcos Valério de Souza, além de Delúbio

"Errei ao entrar na privatização sem estar pronto para a agenda política que ela continha"

Exclusivo

"Não compramos a proteção"


ISTOÉ - O Delúbio Soares fez essa proposta?
Dantas - Ele procurou meu sócio, Carlos Rodenburg, e disse isso. Eu fui ao Citi, porque muita gente achava que éramos intransigentes. Quando perceberam a dimensão da pretensão, me autorizaram a negar, porque feria a lei americana.

ISTOÉ - E qual era a dimensão?

Dantas - Eram uns US$ 50 milhões.

ISTOÉ - Isso foi documentado?

Dantas - Sim. Num e-mail, eu disse ao Mike Carpenter, executivo do Citi, que rejeitaria a proposta da agência de publicidade

ISTOÉ - Como o sr. se envolveu em tantos escândalos?

Daniel Dantas - Os interessados em criar a proeza me vinculam a qualquer escândalo. Por exemplo, o Mensalão. A ala do PT que me coloca como financiador é a que nega sua existência.

ISTOÉ - Mas uma de suas empresas, a Telemig Celular, contratou Marcos Valério.

Dantas - Na CPI dos Correios, falava-se em R$ 180 milhões. Comprovamos que tudo era publicidade. Agora, falam de um contrato de R$ 3 milhões.

ISTOÉ - Esses R$ 3 milhões tiveram finalidade política?

Dantas - Não. Mas surgiu uma proposta. Se pagássemos a dívida do PT, parava a perseguição.

"Aquele R$ 1 milhão não era nosso.
Plantaram lá uma prova falsa"


ISTOÉ - Falava-se de um racha no governo. O exministro José Dirceu seria seu aliado e o ex-ministro Luiz Gushiken, seu inimigo. Foi assim?
Dantas -A primeira pessoa que me procurou e pediu que eu entregasse os direitos dos nossos investidores foi o ex-ministro José Dirceu. Numa reunião, ele pediu que eu conversasse com o Cássio Casseb [ex-presidente do Banco do Brasil]. Chamei a atenção de que o Casseb fôra conselheiro da Brasil Telecom indicado pela Telecom Italia e que talvez não tivesse isenção.

ISTOÉ - E como foi a reunião com o Casseb?
Dantas - Ele me deu um ultimato, dizendo para entregar o controle. Perguntei se tinha algo em troca, ele disse que não. Fui ao Citibank em Nova York, que mandou para cá o Mike Carpenter. Ele me reportou que diria ao ex-ministro que não toleraria expropriação. Depois, não houve pressão do Dirceu.

ISTOÉ - E pelo lado do Gushiken? Dantas - Eu sentia que ele operava através de outros. Eu percebia que ele mandava nos fundos.

ISTOÉ - Mas o sr. contratou o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que é amigo do ex-ministro Dirceu, por R$ 10 milhões.
Dantas - Uma das estratégias da empresa foi contratar advogados que eram da confiança do agressor para desfazer o mal-entendido

ISTOÉ - Mas é fácil confundir isso com lobby. O sr. contratou o Roberto Teixeira, amigo do presidente.
Dantas - Lobby é tentar obter vantagens. Se a autoridade está lhe perseguindo, não é lobby

ISTOÉ - O sr. está condenado a dez anos de prisão, em função de um suposto suborno. Qual é a sua versão?
Dantas - O que se tem é um vídeo editado, em que as vozes não correspondem às imagens. E eu não estava presente naquele encontro.

ISTOÉ - Mas estava ali seu braço direito, Humberto Braz, e depois foi encontrada a quantia de R$ 1 milhão na casa de Hugo Chicaroni.
Dantas - O dinheiro que foi apreendido na casa do Chicaroni não era nosso.

ISTOÉ - É razoável imaginar que seus inimigos botariam R$ 1 milhão na casa de alguém apenas com o intuito de lhe incriminar?

Dantas - A quantia pode parecer alta para a maioria dos mortais, mas é nada diante do que foi gasto na disputa societária da Brasil Telecom. E tem coisas estranhas em relação ao dinheiro. Ele foi depositado sem que houvesse o registro das notas. Se não tivesse sido depositado, seria possível rastrear a origem.


ISTOÉ - Quem poderia plantar essa prova?
Dantas - Fundos de pensão, Citibank, Brasil Telecom, Angra Partners.

ISTOÉ - E por que o juiz Fausto De Sanctis acreditou na qualidade da prova?
Dantas - Talvez por imaginar que a polícia teria fé pública. O juiz autorizou a ação controlada que culminou naquela cena em maio de 2008.
Um mês antes, recebemos um e-mail de um jornalista italiano chamado Gerson Gennaro, que havia entrevistado Luís Demarco [ex-funcionário do Opportunity e inimigo de Dantas], já nos perguntando sobre uma orquestração. Estavam plantando uma cilada.

ISTOÉ - E por que Humberto foi ao encontro?
Dantas - Ele fi cou assustado, porque duas pessoas da Abin, armadas, seguiram seu fi lho. O que todos queríamos era só saber o que estava acontecendo

ISTOÉ - Se havia um grande acordo para a criação da supertele, quem estaria insatisfeito?

Dantas - Estávamos saindo da telefonia para fi car livres disso. Neste momento, um advogado da Brasil Telecom nos disse que estava tendo difi culdades em encerrar contratos com outros advogados contratados para promover esse tipo de iniciativa.

ISTOÉ - O sr. desconfi a de que a Brasil Telecom patrocinou a Operação Satiagraha?
Dantas - Eu tenho informações nesse sentido. Isso também envolvia outras duas pessoas, o Luís Demarco e o Paulo Marinho [consultor de empresas].
Anos atrás, o Paulo Marinho recomendou aos nossos adversários que partissem para um jogo abaixo da cintura, porque eu não estaria preparado para isso.

ISTOÉ - De fora, supõe-se que todos os lados jogavam abaixo da cintura.
Dantas - Nunca tive qualquer relação com a polícia.

ISTOÉ - Mas e a Kroll?
Dantas - Se você chamar a Kroll de empresa de espionagem, isso acomoda a versão. Se você considerar a Kroll uma empresa de investigação, não. A Kroll era percebida como uma empresa legítima quando rastreou o dinheiro do PC Farias.

Zelaya e o narcotráfico

A União de Organizações Democráticas da América, UnoAmérica, emitiu hoje um comunicado advertindo ao governo dos Estados Unidos, ao embaixador norte-americano em Honduras, Hugo Llorens e ao presidente da Costa Rica, Oscar Arias, de que sua insistência no regresso de Zelaya ao poder poderia favorecer os interesses do narcotráfico na região.

Segundo UnoAmérica, Zelaya não somente tentou dar um golpe à Constituição, pelo qual foi deposto legitimamente, senão que durante sua gestão Honduras estava se convertendo em um narco-Estado. "Não é por acaso que Zelaya tenha auspiciado o avanço do narcotráfico, porque todos os demais integrantes da ALBA também o fizeram", afirma o comunicado da UnoAmérica.
Na nota enviada hoje à mídia, UnoAmérica faz a seguinte recapitulação:

Apenas ontem se deu a conhecer um vídeo onde as FARC asseguram ter financiado a campanha eleitoral de Rafael Correa. Como é sabido, as FARC são, além de um grupo terrorista, o maior e mais poderoso cartel de cocaína da América Latina.

MAIS CALMA, SEU JUIZ

MAIS CALMA, SEU JUIZ

Daniel Dantas deve ser punido – mas decretar sem mais nem menos a dissolução de um fundo gerido por seu banco é um risco ao sistema como um todo

Por Raquel Salgado

Marcio Fernandes/AE

Ataque ao bolso

Cada vez mais enrolado, o banqueiro deveria ser julgado e punido, exatamente nessa ordem

A Operação Satiagraha dá sinais de ter encontrado rumo.

Conduzida pelo delegado federal Ricardo Saadi, que substituiu Protógenes Queiroz, a investigação permitiu que a Justiça aceitasse denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas por quatro crimes.

Segundo o inquérito, ele incorreu em gestão fraudulenta ao participar do mensalão, o esquema de corrupção que abasteceu os cofres dos aliados do governo petista em 2004 e 2005.

Nesse período, Dantas repassou dinheiro da Brasil Telecom, que ele controlava, para as empresas do operador do esquema, o lobista Marcos Valério de Souza.

Para o delegado Saadi, Dantas também evadiu divisas entre 1998 e 2004, quando permitiu que cotistas brasileiros dos fundos do Opportunity mantivessem dinheiro não declarado no exterior.

De acordo com a denúncia, ele usou esses fundos para esconder recursos auferidos ilegalmente, o que constitui lavagem de dinheiro.

Como alguns de seus sócios participaram dessas operações, Dantas foi acusado de formação de quadrilha.

Segundo o delegado, foram comparsas do banqueiro sua irmã Verônica, o presidente do Opportunity, Dório Ferman, a ex-presidente da Brasil Telecom, Carla Cicco, e outras dez pessoas.

As denúncias, endossadas pelo Ministério Público, estão bem fundamentadas.
O desenrolar do processo depende, agora, do juiz encarregado do caso, Fausto de Sanctis, que se tem mostrado açodado em condenar o banqueiro.

Na semana passada, ele ordenou a liquidação de um dos fundos do Opportunity, o Special Fundo de Investimento em Ações, cujo saldo monta a 989 milhões de reais.

Baseou sua decisão em duas premissas.

A primeira é a de que resguardaria o dinheiro dos investidores. O argumento não faz sentido, porque o fundo terá prejuízo se vender suas ações do dia para a noite.

A segunda premissa é a de que apenas um dos 23 cotistas não tem ligação suspeita com Dantas. A punição ao banqueiro seria, então, estendida a um cidadão que nada tem a ver com o caso.

Além disso, ao ordenar a liquidação do fundo, De Sanctis simplesmente desconsiderou os contratos firmados pelos cotistas com o gestor do fundo e instilou uma dúvida no sistema financeiro: pode um juiz de primeira instância liquidar aplicações de terceiros, antes que seu administrador seja condenado em caráter irrevogável?

"Essa decisão revela uma ignorância assustadora sobre o sistema. Abriria precedente para qualquer um pedir a liquidação de um fundo", alerta o economista Maílson da Nóbrega. Felizmente, o Tribunal Regional Federal de São Paulo cassou a medida.

Dantas precisa ser julgado e condenado em última instância, exatamente nessa ordem, antes de ser punido de maneira definitiva.

É assim que funciona no estado de direito.

A DIGESTÃO DO PODER

A voracidade do PMDB, símbolo da resistência democrática convertido ao fisiologismo, transformou-se num paradoxo político.

Sem ele, não se governa.
Com ele, abre-se a porteira para a corrupção e o clientelismo

Por Otávio Cabral

A Carta ao Leitor desta edição de VEJA pergunta se o PMDB, o partido brasileiro com o maior número de filiados e dono da maior bancada no Congresso Nacional, entre outros indicadores de grandeza, encarna os grandes males da política ou apenas seus membros se aproveitam com mais eficiência das regras que facilitam a perpetuação da corrupção e do fisiologismo.

A resposta não é tão simples. Se o PMDB desaparecesse por decreto da noite para o dia, a corrupção e o fisiologismo, irmãos siameses, continuariam a permear a atividade política no Brasil. Vale a pena ler a definição da Wikipédia:

"Fisiologismo é um tipo de relação de poder político em que as ações políticas e decisões são tomadas em troca de favores, favorecimentos e outros benefícios a interesses individuais.

É um fenômeno que ocorre frequentemente em parlamentos, mas também no Poder Executivo, estreitamente associado à corrupção política. Os partidos políticos podem ser considerados fisiologistas quando apoiam qualquer governo independentemente da coerência entre as ideologias ou planos programáticos".

Se alguém souber de algum partido político brasileiro que, mesmo não apoiando nenhum governo, não faça "troca de favores" em circunstância alguma, que escreva seu próprio verbete na Wikipédia. Ele pode ficar na letra "P", de pureza, ou "U", de utopia.

Mas, se alguém conhecer algum partido que faça isso tudo com mais desenvoltura, constância, eficiência e na maior cara de pau, que escreva também seu verbete.

Fotos Orlando Brito e Beto Barata/AE

PASSADO NOBRE, PRESENTE POBRE
Ulysses Guimarães foi a encarnação do PMDB que liderou a oposição ao regime militar. Wellington Salgado não teria lugar no partido de Ulysses

O PMDB encarna o paroxismo do fisiologismo. Há um limite na política real que é aceitável: o partido utilizar sua força para eleger grandes bancadas, pressionar o governo e conseguir cargos públicos. Isso poderia até explicar a onipresença do PMDB no poder. Mas o partido vai além do aceitável.

Afirma o cientista político Rubens Figueiredo: "O PMDB usa essa força para promover a corrupção, o compadrio e o nepotismo. Isso resvala na marginalidade. O MDB foi a encarnação do bem no combate à ditadura. Ganhou um P e virou a encarnação do mal na democracia".

Apesar disso (pois seria cinicamente impensável escrever "por causa disso"), o partido é alvo de cobiça.

Está no governo Lula assim como esteve em todos os governos nos últimos 24 anos. Se nenhuma turbulência ocorrer, já se prepara para participar do futuro governo a ser eleito em 2010. Por quê? Porque, pelas cinco características a ser expostas aqui, é quase impossível chegar ao Planalto sem o concurso do PMDB.

1) MALEABILIDADE – Herança dos tempos heroicos, quando se chamava MDB e serviu de Arca de Noé para todo o espectro de opositores da ditadura militar, o PMDB é um partido sem identidade ideológica, sem espinha dorsal programática, o que facilita as conversas na linha "hay gobierno, estoy dentro".

O partido serviu como abrigo e até esconderijo para todas as correntes políticas que faziam oposição aos militares. A convivência entre figuras tão distintas se consolidou com o tempo e fez do partido uma espécie de sigla ecumênica.

"Nós nascemos com o único objetivo de retomar a democracia. Nunca tivemos unidade ideológica, programa econômico ou plano de desenvolvimento.Vencemos a ditadura e ficamos sem bandeira", admite Wellington Moreira Franco, ex-governador do Rio de Janeiro e atual vice-presidente da Caixa. O PMDB talvez seja o único partido do mundo que admite a dissidência em seu estatuto.

O fato de ser uma agremiação sem ideologia, sem programa e sem projeto facilitou ao PMDB estar presente em todos os governos nos últimos 24 anos, sem nenhum conflito.

João Ramid
À PROCURA DE UM NORTE Evento do PMDB na campanha presidencial de 1989: depois do fim da ditadura,o partido só se ocupou de si mesmo

2) ACEFALIA O PMDB não tem um líder histórico ou um cacique incontrastável que dê rumo e aprove coligações. Sua estrutura é formada de células regionais e facções com ampla autonomia para tratar dos interesses mais imediatos de cada grupo.

O PMDB tem nove governadores, seis ministros e a maior bancada do Congresso. Mas não tem uma liderança, alguém capaz de falar em nome do partido. A falta de referencial facilita à sigla compor-se com quem quer que seja.

"O PMDB é um partido com líderes inexpressivos. Alguém se lembra de algo relevante oriundo de Renan Calheiros ou de José Sarney?", questiona o historiador Marco Antonio Villa. Durante a ditadura, o partido teve ícones, como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães. Hoje tem como farol figuras como Orestes Quércia e Jader Barbalho, que dirigem quadros rasteiros.

Caso do senador Wellington Salgado, um especialista em defender colegas enrolados. Indagado sobre as últimas denúncias contra o senador José Sarney – gravado pela polícia articulando a nomeação do namorado de uma neta para o Senado, Salgado vaticinou: "Ele fez o que todo senador faz".

3) ADAPTABILIDADE Se o Brasil amanhecesse comunista, o PMDB acordaria o partido dos "comissários do povo". Nada abala a convicção dos peemedebistas de que cedo ou tarde o partido no governo e o presidente da República, sejam quais forem, vão precisar de seus préstimos. Daí, então, basta negociar o preço, fazer as mais tenebrosas transações parecerem "alta política" e pegar a chave do cofre apenas como mais uma "missão de servir ao país" confiada a algum correligionário.

O PMDB começou a fazer graduação em teoria fisiológica ainda na ditadura. Na ocasião, não havia eleições diretas para presidente, governador e prefeito de capital – e o partido passou a priorizar os grotões, onde até hoje a promessa de qualquer coisa, seja uma nota de 10 reais, seja um emprego, ainda vale um voto.

Em 1985, depois que José Sarney assumiu a Presidência, o partido começou a aplicar em larga escala suas habilidades em temas heterodoxos, tudo disfarçado de ações supostamente em favor da governabilidade e da formação de maioria.

Na era Sarney, a especialidade da bancada do PMDB era permutar votos por concessões de rádio e TV. No governo Collor, o partido não teve muito espaço e ajudou a derrubá-lo. Na era Fernando Henrique Cardoso, a chantagem virou o instrumento de pressão do partido. Sob Lula, a troca de apoio por cargos chegou ao extremo.

Hoje, o partido comanda órgãos que movimentam um orçamento de 240 bilhões de reais Quem já teve como função negociar com o PMDB sabe que quem não ceder perde: "O que muda é o tamanho da colher. Em um governo, o PMDB tem uma colher de sopa. Em outro, de sobremesa. Em outro, de chá. Mas ele sempre ganha seu bocado de poder", afirma o senador Arthur Virgílio, que foi líder de FHC no Congresso.

Dida Sampaio/AE
SEMPRE NO PODER
Lula e o presidente do PMDB, Michel Temer, um ex-serrista agora com o PT

4) ATRASOEm todas as democracias representativas, o avanço se dá quando o nível de educação e de conforto material permite aos eleitores interessar-se por questões não diretamente ligadas à sua sobrevivência imediata.

Ou seja, quando o eleitor toma decisões baseadas em conceitos antes abstratos, como "interesse nacional" ou "ética".

Da mesma forma que a natureza abomina o vácuo, o PMDB não se interessa pelo eleitor que escapou do lumpesinato e não mais se entrega a qualquer partido que lhe ofereça uma recompensa material básica em troca de seu voto.

Como uma imensa porção da população brasileira ainda depende desse tipo de recompensa, o PMDB tem um futuro risonho a curto e médio prazos.

O PMDB é um partido pragmático. Sabe como chegar ao eleitorado e o que precisa fazer para agradar-lhe. Autor do livro A Cabeça do Eleitor, o sociólogo Alberto Carlos Almeida compara o PMDB ao brasileiro médio. "O PMDB é o partido do centro, da ambiguidade, do meio-termo, da neutralidade, do interior do país, de escolaridade baixa, morador das regiões menos avançadas. É como a média do brasileiro", compara.

E esse brasileiro médio não vota por ideologia ou por afinidade, mas em quem lhe traz um benefício concreto e imediato. Por exemplo, o deputado que indica o gestor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Por meio do órgão chegarão remédios e obras à base do parlamentar, que terá uma população muito agradecida a ele na eleição seguinte.

Por isso, órgãos como a Funasa, os Correios e o INSS são tão cobiçados pelo PMDB. Há ainda uma segunda vantagem. É comum um parlamentar brigar para indicar diretorias de obras de uma estatal. O alvo nesse caso são as empreiteiras contratadas, que se tornam potenciais doadoras de campanha. "A regra é o pagamento de comissões que vão de 5% a 10% para o partido", afirma um ex-ministro peemedebista.

É por isso que a lista de cargos ocupados pelo PMDB é tão ampla.

Vai de um ministério a um posto de polícia no interior.

5) RESILIÊNCIA – As subestruturas regionais e as facções do partido só atuam em conjunto, com grande eficiência, quando a sobrevivência material do grupo e sua maneira de servir-se do estado são ameaçadas por alguma reforma política modernizante e mais ampla ou por um presidente ousado e destemido que decide acabar com a festa do dinheiro público.

O PMDB é entrave a qualquer mudança necessária para a modernização. O caso mais emblemático é a reforma política. Não há razão em apoiar alterações na regra se as distorções estão na gênese do poder do partido.

"As leis eleitorais não mudarão enquanto beneficiarem essa bancada que não disputa eleição mas se dá bem em qualquer governo", afirma o cientista político Gaudêncio Torquato.

A reforma tributária também fica em segundo plano. Se puxar de um lado, prejudica o empresariado, que financia as campanhas do PMDB. Se puxar de outro, prejudica estados e municípios, nos quais o partido está entranhado na máquina.

Ao negociar alianças prévias com o PT e o PSDB, os dois prováveis adversários nas eleições presidenciais do ano que vem, o PMDB está apenas cuidando do próprio futuro. Para o bem e para mal, também do nosso próprio futuro.

Revista Veja

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A América começa a ficar azul.

À esquerda, a direita. À direita, a esquerda.

Honduras esfregou na cara do mundo o que o povo quer por lá.

O povo quer paz.

Liberdade.

Democracia.

Estado de direito.

O povo lá não quer Lula, não quer Chávez, não quer Evo, não quer Obama.

O povo lá quer ser dono do seu nariz.

E é, doa a quem doer.

Não adianta mais passar o chapéu pelo mundo, Zelaya!

O povo unido jamais será vencido.

A América começa a ficar azul.

Jornal reproduz diálogos que ligam Sarney a atos secretos do Senado

AFP

Matéria do Estado de S. Paulo mostra conversas do empresário Fernando Sarney, filho do parlamentar, diz à filha, Maria Beatriz Sarney, que mandou Agaciel reservar uma vaga para o namorado dela, Henrique Dias Bernardes

Empresa de Sarney estaria processando o próprio senador

Uma ação de usucapião estaria colocando em litígio o senador José Sarney (PMDB-AP) e a empresa Divitex Pericumã, da qual o presidente do Senado é sócio, segundo a edição desta terça-feira do jornal Folha de S. Paulo.

O processo teria como objetivo legalizar terras para abrigar um condomínio de luxo nos arredores de Brasília.

O sítio São José do Pericumã, comprado por Sarney nos anos 80, teria sido vendido em 2002 para a Divitex, empresa à qual Sarney tem 10% das ações.

Como a área de 146 hectares não estaria completamente registrada, a Divitex moveu ação de usucapião contra Sarney.

Segundo a Folha, no processo a Divitex não informa a aquisição das terras de Sarney. Em 2004, o senador tinha atribuído ao lucro da venda a origem de R$ 2,2 milhões que estavam em uma conta bancária sua, no hoje falido Banco Santos.

O senador alegou ao jornal que a ação judicial foi proposta para regularizar parte do sítio e que o processo de usucapião foi a forma jurídica "mais adequada" para isso.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Uma figura que vale mil palavras.


Uma figura que vale mil palavras.

O Globo

O canil fantasma da Petrobras

Em endereço dado por firma que recebeu R$ 120 mil da estatal, vivem 60 cães e 200 gatos

Uma casa em Jacarepaguá, onde funciona um canil com 60 cachorros, além de 200 gatos, é o endereço da Sibemol Promoções e Eventos que, de novembro de 2008 a fevereiro, recebeu R$ 120 mil da Petrobras para o projeto Quilombos Cariocas.

Um dos sócios da Sibemol, Raphael de Almeida Brandão, ainda é dono da R. A. Brandão e da Guanumbi Promoções e Eventos, que não funcionam no endereço declarado à Receita Federal e receberam R$ 8,2 milhões da estatal.

Segundo informou à Receita, a Sibemol produz de rodeios a shows de dança. (págs. 1 e 5)

Ancelmo Gois
Refinaria de Manguinhos contrata parentes de juízes para se defender de ação do estado. (págs. 1, 14 e 15)

Chumbo grosso

Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos...

Nem de férias o senador José Sarney consegue dormir em paz. Vem por ai chumbo grosso contra ele. Contra o filho também. E para variar contra Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado.

por Ricardo Noblat

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A Apollo 11 está a caminho da Lua

A Apollo 11 está a caminho da Lua

Desde o lançamento na manhã de 16 de julho até a injeção translunar, a atividade dos três astronautas foi marcada por operações relacionadas às manobras no espaço, necessárias à colocação da Apollo 11 no rumo correto para atingir a Lua.

Uma vez que a nave estava no curso, apenas pequenas correções seriam necessárias, sempre com o objetivo de alcançar nosso satélite dentro da janela de injeção lunar.

Não existe um tempo exato para a interceptação, que pode variar de 62 a 76 horas.


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Pouco a pouco a Apollo 11 se afasta da Terra e a cada minuto a nave perde velocidade, uma vez que a atração da Terra diminui sua influência sobre a nave.

Apesar de ter sido arremessada a quase 40 mil quilômetros por hora após a injeção translunar, a velocidade cairá gradualmente a 7600 km/h quando a Apollo estiver a 128 mil quilômetros da Terra e chegará a apenas 3400 km/h quando estiver a 320 mil quilômetros de distância.

Nesse ponto a situação se inverte e a Lua passa a exercer sua força de atração, puxando a nave para si e aumentando novamente a velocidade da Apollo 11.

Fotos: Fotografia feita por Neil Armstrong retrata o piloto do Módulo de Comando Michael Collins. Crédito: Nasa.

20 de Julho. Há 40 anos o Homem descia na superfície da Lua

20 de Julho.

Há 40 anos o Homem descia na superfície da Lua

Em tempo real a reconstituição da viagem que ocorreu há 40 anos.


Há exatamente quarenta anos uma pequena cápsula com dois astronautas a bordo tocava pela primeira vez o solo lunar e marcava definitivamente o dia 20 de julho como uma das principais datas na história da humanidade. Apesar de hoje em dia estarmos acostumados à relativa complexidade dos lançamentos espaciais, a missão Apollo 11 é até hoje a mais complexa operação tripulada já realizada.


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Mais que um marco histórico, a missão Apollo 11 é um monumento à inteligência humana, que soube empregar com sabedoria os conhecimentos acumulados durante séculos, desde o lançamento dos primeiros foguetes de pólvora há mais de 700 anos até o uso intensivo de computadores e sistemas eletrônicos, passando pela compreensão das leis da gravitação universal em 1650 e emprego da propulsão moderna já na primeira metade do século 20.

Além de darem por finalizada a acirrada corrida espacial vivida na ocasião, a chegada dos astronautas à Lua confirmou a possibilidade técnica de uma missão repleta de riscos e desafios com os quais os cientistas e engenheiros jamais haviam se defrontado anteriormente.

Apesar de mais de 100 mil pessoas trabalharem no projeto, entre eles mais de 2000 cientistas, apenas três astronautas tiveram seus nomes inscritos na História: o piloto de testes Neil Armstrong, o piloto da força aérea Edwin 'Buzz' Aldrin e o piloto de combate Michael Collins, apesar de outros nomes também serem conhecidos, como o do lendário diretor de voo Eugene Kranz, retratado em diversos filmes sobre o tema e Wernher von Braun, principal projetista dos foguetes Saturno 5.

A Conquista

A viagem à Lua durou quatro dias e foi marcada por uma série de procedimentos que tiveram início com o lançamento do Saturno 5, em 16 de julho de 1969, a partir da plataforma 39-A do Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

Após a Apollo 11 entrar na órbita da Terra, uma intrincada operação de manobras teve início, fazendo com que a Apollo 11 se desmembrasse em duas naves e se reacoplassem em um arranjo diferente. Em seguida, outra operação chamada injeção translunar arremessou o conjunto em direção à Lua, a mais de 40 mil quilômetros por hora.


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No dia 19 de julho o conjunto Apollo 11 finalmente atingiu a órbita lunar e outra operação de manobras teve início, desmembrando novamente a espaçonave em dois módulos. Enquanto um dos módulos, chamado Columbia, permaneceria em órbita com Michael Collins, o segundo módulo, chamado Águia, desceria até a Lua com Armstrong e Aldrin.

Algumas horas depois, o piloto Buzz Aldrin comunica que já está a apenas 10 metros da superfície, mas um erro havia levado o Módulo lunar a mais de 6 quilômetros do local de pouso, o que fez com que o combustível atingisse níveis críticos, mas o pouso ocorreu às 17:17 do dia 20.

Depois de vários preparativos a porta do Módulo lunar se abriu e às 23:56 do dia 20 Neil Armstrong tocou o solo lunar e ciente do momento histórico proclamou a mais célebre frase do Século 20: "Este é um pequeno passo para o Homem. Um salto gigantesco para a Humanidade".

Na superfície da Lua os astronautas realizaram uma série de experimentos científicos, entre ele a coleta de rochas e observação sobre o vento solar, além de instalarem um sismômetro passivo para detectar vibrações na superfície da Lua e um pequeno refletor laser, usado até os dias de hoje nas medições de distância da Lua.

Finalizada a primeira exploração lunar o módulo decolou e algumas horas depois se reacoplou ao Módulo Águia, 100 quilômetros acima da superfície. Algumas horas depois a Águia foi descartada e a Apollo 11 iniciou a jornada de volta à Terra.

A viagem de retorno durou mais quatro dias e quando o conjunto se aproximou da alta atmosfera da Terra o Módulo Columbia se separou do módulo de serviço e a cápsula com os astronautas finalmente tocou o oceano o oceano Pacífico às 13:55 do dia 24 de julho. Em seguida os astronautas foram recebidos no porta-aviões USS Hornet e permaneceram por quarentena por 17 dias.

Após o período de confinamento, Armstrong, Aldrin e Collins foram recebidos como verdadeiros heróis pela população, desfilando em carros abertos em dezenas de cidades dos EUA.

O COMUNISMO DESCOBRE A AMERICA

O SURGIMENTO DO IMPÉRIO NEOCOMUNISTA

Título original: Lies, Terror, and the Rise of the Neo-Communist Empire: Origins and Direction
Autor: Toby Westerman.
Editora: AuthorHouse.
Assunto: Comunismo, política.
Edição: 1ª
Ano: 2009 (April)
Páginas: 231

Resenha do livro:Resenha do livro de Toby Westerman: Mentiras, Terror e o Surgimento do Império Neocomunista – Origens e Direção. – Atila S. Guimarães – 12 junho 2009

Como a matéria não é nossa, apresentamos alguns trechos do artigo de Átila S. Guimarães, publicado no Site da Sacralidade.

Ele age com força total na América Latina, em todos setores da vida pública, com maior amplitude nos meios de comunicação, onde são gastos vultosa somas dos recursos públicos, pelos governos que tencionam promover o desmonte da legalidade, das instituições e dos poderes das repúblicas democráticas, conforme as diretrizes do Foro de São Paulo, conduzido por Lula do Brasil e Hugo Chaves da Venezuela, dentro dos Estados Unidos até à Patagônia.

Os que não caíram na artimanha de que o comunismo morreu, vão encontrar neste livro uma valiosa ferramenta para apoiar sua posição.

Os que ingenuamente acreditaram no mito de que João Paulo II e Ronald Reagan derrotaram o comunismo dando prestígio e dinheiro a Lech Walesa, vão encontrar neste livro clara comprovação de que o comunismo nunca morreu, só mudou seu rosto para avançar mais.

Baseado em notável quantidade de informações confidenciais retiradas de seus arquivos, como expert em política internacional Toby Westerman oferece aos seus leitores um amplo mapa da atividade comunista contemporânea.

Isto é apresentado em estilo atraente, que torna a leitura desse grave tema como se fosse uma novela policial.

A “nova” face do comunismo russo

Westerman começa descrevendo como a atuante rede de espionagem comunista era forte – ironicamente, ao mesmo tempo em que Boris Yeltsin pronunciava seu dramático discurso diante do Congresso dos Estados Unidos (17 de junho de 1992), assegurando ao mundo que o comunismo estava morto e que a Rússia havia adotado os princípios sócio-econômicos do Ocidente moderno.

O Autor especifica que enquanto Yeltsin nos garantia que “a liberdade não seria enganada”, em torno de 700.000 espiões comunistas trabalhavam no mundo todo para continuar a expansão de suas idéias.

O comunismo avança por meio de eleições na América Latina

O Autor mostra que o novo objetivo do comunismo é implantar governos vermelhos através de eleições democráticas. Este é a nova face do comunismo na América Latina. Analisa em detalhe o caso da Venezuela e mostra como Hugo Chávez promove o comunismo sob o nome de Revolução Bolivariana.
Chávez, Morales e Correa usaram a via eleitoral para chegar ao poder.

Também assinala os vínculos entre Chávez e as guerrilhas colombianas Farc, e como Chávez ajudou Rafael Correa a ser eleito presidente do Equador. Além de tratar do caso Chávez, menciona outros presidentes vermelhos que chegaram ao poder através de eleições: Evo Morales na Bolívia, Cristina Kirchner na Argentina, Luis Inácio Lula da Silva no Brasil, Tabaré Vasquez no Uruguai.

Evo Morales e Mahmoud Ahmadinejad

Westerman também chama a atenção para as relações cordiais ou tratados econômicos e militares de Chávez com a Rússia, China, Cuba, Nicarágua, Coréia do Norte, Síria e Irã. Isto é parte do novo império ao qual se refere no título de seu livro.

O autor também se ocupa em destacar o perigo que Cuba representa para os Estados Unidos e fundamenta suas palavras com interessante informação sobre a atividade de espionagem realizada pela ilha comunista para infiltrar-se nos EUA. Ao concluir sua análise da “Tormenta Vermelha Latino-Americana”, coloca sua atenção sobre a eleição do marxista Daniel Ortega na Nicarágua.

Leia mais aqui.