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sábado, 10 de dezembro de 2011

MATÉRIA DA CAPA - COMO O GANGSTERISMO PETISTA SE ORGANIZOU PARA INCRIMINAR INOCENTES E, ASSIM, LIVRAR A CARA DOS CULPADOS. E TUDO ESTÁ GRAVADO!




Ao longo desses anos, não foram poucas as vezes em que me acusaram de ser um tanto exagerado nas críticas ao petismo.


Serei mesmo?


A reportagem de capa desta semana da VEJA demonstra até que ponto eles podem mergulhar na abjeção.

Operam, tenho dito aqui, com a inversão orwelliana mais rudimentar: o crime passa a ser uma virtude; e os inocentes, criminosos.

Sem limites, sem pudores, sem receios.






A saída que o PT encontrou para tentar se safar do mensalão foi afirmar que tudo não passava de caixa dois de campanha e que todos, afinal de contas, agem do mesmo modo. Só que era preciso “provar” a tese .


ONDE ESTAVAM AS TAIS PROVAS?

NÃO EXISTIAM!

ORA, SE NÃO EXISTIAM, ENTÃO ELES PRECISAVAM SER FORJADAS.

É simples chegar a essa conclusão quando se é petista.

O que VEJA traz, numa reportagem de sete páginas, de autoria de Gustavo Ribeiro e Rodrigo Rangel, revela uma operação típica do mais descarado gangsterismo político.


Pior: há evidências de que a cúpula do partido não só sabia de tudo como estava no controle.

Vamos ao caso.

Lembram-se da tal “Lista de Furnas”?


Ela trazia nomes de líderes da oposição que teriam recebido dinheiro da estatal de maneira ilegal, não-declarada, quando eram governistas e compunham a base de FHC.

Gravações feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, a que VEJA teve acesso, provam que era tudo uma tramóia operada por dois deputados do PT de Minas.

Reproduzo um trecho da reportagem (em azul):

(…)

Os falsários apresentaram duas listas. A primeira, uma cópia xerox, e a segunda, que deveria ser a original, mas era uma fraude ainda mais grotesca.

Uma perícia da polícia revelou depois que havia discrepâncias significativas entre os dois documentos, e um jamais poderia ter se originado do outro.

O grupo de estelionatários, porém, precisava levar o plano a frente e, para tentar conferir alguma autenticidade à armação, decidiu também forjar recibos assinados pelos políticos beneficiados.

É a partir desse momento da trama que as gravações feitas pela polícia são mais reveladoras da ousadia dos petistas em usar a máquina do estado para cometer crimes. Há conversas entre o estelionatário Nilton Monteiro, o fabricante das listas, e os deputados petistas Rogério Correia e Agostinho Valente (hoje no PDT). Os diálogos mostram que, em todas as etapas da fabricação da lista, Nilton age sob os auspícios dos dois parlamentares, que lhe prometem, além do apoio logístico, dinheiro e, principalmente, “negócios” em empresas estatais ligadas ao governo federal como compensação pelos serviços prestados.

(…)

Assessores parlamentares estavam em contato frequente com Nilton para discutir formas de obter a assinatura do ex-diretor de Engenharia de Furnas Dimas Fabiano Toledo, o suposto autor do documento.

Eles encaminham o estelionatário ao Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro, entidade filiada à CUT, a central sindical dominada pelo PT. Lá, ele seria ciceroneado por dirigentes sindicais e teria acesso a documentos da estatal.

(…)

Em uma conversa com Nilton, Simeão de Oliveira, assessor mais próximo do deputado Rogério Correia, explica como proceder: “Eles [Furnas] assinam coisas para eles [o Sindicato] direto, aí eles vão olhar e falar se tem o do Dimas

(…)

Explica pra ele pra que é, o que é, entendeu?”. Como a tentativa de obter a assinatura junto ao sindicato fracassa, Simeão elabora uma estratégia paralela, que prefere não revelar ao falsário. Limita-se a dizer que as assinaturas chegarão por Sedex.

São particularmente reveladoras as conversas em que os envolvidos discutem a obtenção de assinaturas de políticos da base de FHC para fabricar recibos do suposto caixa 2.

Nilton e o assessor de Rogério Correia conversam sobre os padrões das assinaturas dos deputados da oposição - e se questionam se conseguiram mesmo as assinaturas corretas.

(…)

Em um dos diálogos, Nilton Monteiro discute com Simeão de Oliveira os padrões gráficos das assinaturas do então líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia, do DEM , e do então líder do PSDB , Antônio Carlos Pannunzio. Em relação a Aleluia, Nilton não tem certeza quais os valores lhe serão atribuídos. “Não sei se é 75 000 reais ou 150 000 o recibo dele”, comenta o lobista. Eles também incluem na discussão os nomes de Gilberto Kassab, que assumiria a prefeitura de São Paulo no lugar do tucano José Serra, que renunciaria ao cargo para disputar a eleição para o governo paulista, e o então presidente do DEM , deputado Rodrigo Maia.

(…)

A recompensa pelos préstimos de Nilton incluía, segundo as gravações, a liberação de recursos em bancos públicos. Em uma discussão com Rogério Correia, Nilton se mostra confiante: “Vou acabar com eles tudinho”. Mas, antes, cobra o que foi prometido: “Eu quero aquele negócio que foi escrito no papel. São aqueles negócios que eu pedi da Caixa e do Banco do Brasil, pra liberar pra mim urgente no BNDES”, afirma.

(…)

Em alguns trechos, o lobista cita a necessidade de tratar do negócio com a então senadora Ideli Salvatti, atual ministra de Relações Institucionais, outra figura cativa nos episódios envolvendo dossiês suspeitos.

“Tivemos contato em apenas dois episódios. Nem eu nem meus assessores participamos da obtenção da lista”, mentiu Correia quando ouvido por VEJA.

A parceria entre o deputado Correia e o estelionatário inclui os serviços advocatícios do petista William dos Santos - que serve também como elo entre seu cliente e a figura de proa do petismo naquele era sombria, José Dirceu, principal réu do Mensalão.

(…)

Leiam a íntegra na versão impressa. A edição traz a transcrição de alguns diálogos.

Reproduzo um:

O estelionatário Nilton Monteiro conversa com Simeão de Oliveira, assessor do deputado petista Rogério Correia. Eles combinam a fraude. Para dar autenticidade à chamada “lista de Furnas” era necessário a apresentação de recibos assinados pelos políticos acusados. Monteiro estava empenhado em arrumar as assinaturas para montar os documentos falsos.


Simeão: (…) Eu já estou aqui com José Carlos Aleluia.
(…)
Nilton: Vem cá, a assinatura dele é um JC. Parece um U.
S: Parece um M, isso.
N : Isso, então é isso mesmo. Então eu já recebi esse cara, viu?
S: É.
N: Não sei se é 75 000 reais ou 150 000 reais. Eu acho que é 75 000 o recibo dele.
S: O do Pannunzio.
N: Pannunzio é uma assinatura toda esquisita, né?
S: É um trem doido.
(…)
S: Quem mais? O Kassab.
N : O Kassab é um G Kassab.
(…)
S: Uai, então você tem esse trem tudo original, Nilton?
N: É lógico. Você fica na tua, sô. Por isso que eles estão tudo doido.
(…)
N: Rodrigo Maia é Rodrigo e o final Maia entre parênteses.
S: Ahn?N: Parece que é Rodrigo e depois um M.
S: Não, não é esse, não.
N: Então mudou a assinatura dele. Esse eu soube que ele tava mudando.
S: Não é, não.
N: Então, mudou. É Rodrigo…
S: Não, tem não.
N: Ih, então mudou a assinatura. Bem que falaram comigo, viu? Filho da p…, viu?




QUADRILHA - Nilton Monteiro, quando foi preso em outubro passado, e os deputados petistas Rogério Correia e Agostinho Valente (hoje no PDT): os políticos mineiros prometeram ao estelionatário dinheiro e “negócios” em bancos do governo federal como pagamento pela falsificação da chamada “lista de Furnas”



10/12/2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Celso Arnaldo captura a nova ministra do Supremo durante a sabatina no Senado: Uma Rosa da Rosa é uma Rosa da Rosa





POR CELSO ARNALDO ARAÚJO
Augusto Nunes


─ Política pública de tráfigo de drogas….

Aos 15m49s do vídeo que registra um dos mais constrangedores momentos da história do Senado, a sabatinada Rosa Maria Weber Candiota da Rosa — a juíza trabalhista escolhida pela presidente Dilma para a vaga da ministra Ellen Gracie e que adota o nome de solteira, Rosa Weber, em vez do poético Rosa da Rosa — engole em seco, roda os olhos aflitos pelo papel, tentando decifrar e entender garranchos de seu próprio punho e afinal produz seu entendimento gráfico do que foi ali escrito, nervosamente.

Mas o “tráfigo” de drogas é apenas uma das dificuldades da juíza em julgamento, na Comissão de Constituição e Justiça da casa. Na verdade, toda a resposta da examinada à pergunta do senador Demóstenes Torres sobre a posição do Supremo em relação ao “artigo 44 do projeto de lei 11343”, que trata da progressão da pena para condenados por tráfico de drogas, é típica de quem não tem a mais remota ideia do que está se falando naquele momento – nem do artigo, nem da lei, nem do assunto em si.

Em vez de interrogá-la sobre horas extras, FGTS, assédio moral no trabalho, dissídio coletivo, o cruel senador Demóstenes queria saber da indicada ministra do Supremo sua posição sobre tópicos polêmicos e pesados que ocuparam seus futuros colegas nos últimos tempos.


A resposta patética da “candidata” a essa pergunta específica – “sim, eu penso da mesma forma, que há possibilidade, sim, porque na verdade há que examinar as circunstâncias do caso concreto” poderia ter sido dada por Weslian Roriz, na última campanha ao governo do Distrito Federal.

E todas as suas demais respostas aos questionamentos do senador Demóstenes — estupefata, atônita, perplexa com o desfilar exasperante de temas que lhe são integralmente desconhecidos — são próprias de uma juíza paroquial que nunca sequer se deu ao trabalho de assistir a uma sessão do Supremo na TV Justiça.


Por ingenuidade ou falta de traquejo, ela caiu na armadilha do senador – que disparou sucessivas perguntas “difíceis” durante os 13 minutos iniciais deste vídeo, obrigando-a a rabiscar fragmentos de cada uma delas para dar todas as respostas na sequência, arrasando um desempenho que já seria pífio na ordem natural das coisas.

Um desastre que, segundo colunistas de Brasília, deixou assustadíssimos pelo menos dois ministros do Supremo.

Agora, está sacramentado.

Rosa Weber é a nova sumidade do Supremo Tribunal Federal.


Rosa Weber foi escolha pessoal de Dilma, a partir de 15 nomes de escol, todos de mulheres, selecionados ou sugeridos por conselheiros e assessores da República.

Para a vaga da ministra Ellen Gracie, que se aposentou em agosto, a presidente que saúda em seus discursos “companheiros homens e companheiras mulheres”, “trabalhadores brasileiros e trabalhadoras brasileiras”, fazia questão de uma juíza.
Fazia sentido.

E Dilma, depois de encontros pessoais com algumas candidatas e sondagens de bastidor, certamente fixou-se na melhor, na mais preparada: Rosa Weber, mesma idade de Dilma, gaúcha.


Como se conclui sem esforço a partir desta pequena parte da sabatina de seis horas que acabou referendando a nova ministra por 19 votos a 3 na domesticada CCJ, o preparo da Dra. Rosa da Rosa para o substrato jurídico exigido na mais alta corte do país está à altura do da madrinha para ser presidente.

Mas Dilma deve estar vibrando com a goleada e, se ouviu um trecho dessas seis horas, exclamando para quem quiser ouvir:

— Rosinha deu um show naquele idiota do Defóclenes.





08/12/2011





quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Denúncia de João Dias atinge campanha presidencial do PT


Corrupção

Ao revelar desvios no governo de Brasília, delator do esquema no Esporte também relatou ter ajudado a pagar dívida de campanha petista em 2006
Gabriel Castro
Veja online 

João Dias diz que registro de saques de agência da Caixa comprova transações financeiras
(Lula Marques/Folhapress)

No depoimento que prestou à Polícia Militar, nesta quarta-feira, o soldado João Dias conta que sua relação com Paulo Tadeu, secretário de Governo do Distrito Federal, teve início ainda em 2006.

O motivo: o policial intermediava a arrecadação de recursos para o comitê regional da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.

Delator de esquemas de corrupção no Ministério do Esporte e no governo de Brasília, Dias conta que ajudou a cobrir um rombo milionário na coordenação local da candidatura a presidente.

"Foram repassados 1 milhão de reais de forma parcelada ao deputado Paulo Tadeu para o pagamento das campanhas regional e presidencial no 1º e no 2º turno para presidente, para que o deputado pudesse ser o coordenador", afirma Dias no depoimento obtido por VEJA.

O episódio é relatado de forma breve, quando o delator explica o surgimento de sua relação pessoal com o atual homem forte do governador Agnelo Queiroz.

Registro - O policial diz que o registro de saques de uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) pode comprovar as transações financeiras.

A unidade fica na cidade de Sobradinho, onde vive João Dias.

O soldado relata que as informações também foram repassadas à Polícia Federal (PF).

No depoimento à Polícia Militar, no entanto, João Dias não detalha a origem dos recursos.

O período a que o delator se refere ainda é anterior à descoberta das fraudes no Ministério do Esporte, reveladas em 2008.

Dono de entidades que mantinham contratos milionários com a pasta, João Dias foi acusado de desviar recursos dos contratos.

Ele alega que o PCdoB, partido de Agnelo à época, cobrava propina para manter os convênios.

Os desmandos tiveram início justamente na gestão do atual governador do Distrito Federal, que comandou a pasta entre 2003 e 2006.

Na campanha que João Dias diz ter ajudado a financiar, Agnelo foi candidato a senador pela coalizão petista.

João Dias
foi detido nesta quarta-feira após entrar no palácio do governo distrital e jogar 200.000 reais em dinheiro no gabinete de Paulo Tadeu.

Durante a confusão, o delator ofendeu uma funcionária e quebrou o dedo de um policial militar.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Charges




terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Coragens e ousadias



A insegurança vivida atualmente por todos está tornando as pessoas cada vez mais isoladas, com suas residências cercadas por enormes muros, cercas elétricas, câmaras filmando o lado externo, os porteiros dos prédios trabalhando em cabines fechadas com vidros blindados e só se comunicando através de microfones




As novas tecnologias de comunicação, a internet e as chamadas redes sociais estão facilitando exponencialmente esse isolamento, fazendo as pessoas se distanciarem do mundo real e se aproximarem do virtual.

Como observador leigo em ciências do comportamento humano, vejo lados negativos, mas também positivos nessa nova sociedade que aí está.

As brincadeiras que conhecemos em nossa infância, com os amigos da vizinhança ou da escola, jogando bola no meio da rua hoje são impraticáveis e quando muito as crianças, acompanhadas, brincam no playground dos prédios com os únicos moradores da sua faixa etária.

Por outro lado, esse maior tempo em casa com a internet ao nosso alcance, abre um horizonte de possibilidades antes inimaginável e atualmente ainda imensurável.

Todo tipo de serviço está à disposição no teclado do computador, desde a solicitação da entrega de pratos feitos, compras de tudo o que se puder imaginar, controles bancários, pagamentos de contas, bibliotecas com milhões de títulos, músicas e filmes para todos os gostos e faixas etárias.
Podemos obter informações detalhadas e até realizar viagens virtuais por países ou locais específicos, onde não poderíamos estar fisicamente e aprender sobre as diferentes culturas existentes, nossas origens e histórias.

A possibilidade do conhecimento, ainda que virtual, de novas pessoas, dos mais variados países, culturas, nível educacional e social, liberou milhares de pessoas – principalmente as mulheres – de suas inibições, curiosidades, fantasias e desejos.

Através da internet podem se comunicar livremente, protegidas pela segurança de seu próprio lar e sem qualquer tipo de barreira, gerando maiores liberdades e coragem para expressar o que pensam e sentem.

Como crianças inocentes e curiosas, nela podem dizer e perguntar tudo, sobre os mais variados assuntos, sorrir e chorar, errar e acertar, experimentar ou recusar sem culpas ou necessidade de se explicar, justificar.

Durante os últimos cinquenta anos as mulheres do mundo todo vêm lutando por igualdades com os homens nos mais diversos setores da estrutura social.

Seu sucesso é amplamente observado em vários países, muitos até governados por elas, mas em outros, sua submissão continua de modo até criminoso.

Normalmente criadas bem mais reprimidas que os homens, as mulheres encontram na internet o ambiente ideal para se liberarem de suas amarras culturais, educacionais e o que sempre buscaram: igualdade total, onde podem declarar interesse por algo ou alguém, sentir emoções, tentações e prazeres.

Vivendo essa liberdade plena as pessoas certamente transportarão para muitos momentos de sua vida real essa nova maneira de se relacionar, possibilitando a existência de um mundo muito melhor, mais aberto, franco, menos hipócrita e falso.

O que realmente interessa para todos, homens e mulheres, é estar em paz consigo mesmo e ter a coragem de buscar seus objetivos emocionais, culturais, físicos ou financeiros.
A coragem e a ousadia são as características mais importantes para nos distinguir das bilhões de pessoas existentes.

 05 de dezembro de 2011

A CONSPIRAÇÃO DOS MENTIROSOS NO RODA VIVA, A “EMISSORA TUCANA” A SERVIÇO DO PT





O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o entrevistado ontem do programa “Roda Viva”, da TV Cultura.

Na bancada de entrevistadores, os jornalistas Ricardo Gandour (Estadão), Sérgio Dávila (Folha) e Ancelmo Gois (O Globo).

Pode-se gostar ou não do grupo, mas faz sentido, é evidente!



Estavam também presentes a professora de história da USP Lilia Schwarcz — o sentido já começa a falecer — e a militante petista Maria Rita Kehl, que é a ausência completa de sentido.

Curioso! Há dias, Fernando Haddad, virtual candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, foi entrevistado no mesmo programa. Noticiou, então, o Painel, da Folha:


Chamada a entrevistar Haddad hoje no “Roda Viva”, Maria Helena Castro foi posteriormente desconvidada pela TV Cultura. A emissora disse à tucana, presidente do Inep na gestão FHC e secretária da Educação no governo de José Serra, que optou por ter apenas jornalistas na bancada.


Sim, isso aconteceu. E olhem que os petistas costumam acusar a Cultura de ser uma “TV tucana”, o que é uma piada grotesca. Não por acaso, como se vê na imagem abaixo, o site dos “Amigos do Presidente Lula” comemorou a decisão. Vejam. Volto em seguida.




Para Haddad, só jornalistas. Para FHC, Lilia Schwarcz e Maria Rita Kehl. Adiante! E pouco me importa se ele concordou previamente com a bancada ou não. Por temperamento, se avisassem que haveria um porco espinho na bancada, não faria restrição.

Jornalistas, tenham lá a visão de mundo que tiverem, têm de ter compromisso com os fatos. É a sua matéria-prima. Há muito tempo, no Brasil, setores da academia estão comprometidos com uma ideologia, uma visão de mundo. Se preciso, fraudam a história para justificar suas escolhas ou, eventualmente, para puxar o saco de uma corporação.

Foi o que fez Lilia. No caso de Maria Rita, a coisa é mais grave. Ela é psicanalista, a “lacaniana” de plantão dos “descolados” do circuito Jardins-Vila Madalena.

Com freqüência, e demonstrou isso outra vez no Roda Vida, não diz coisa com coisa, atrapalha-se na articulação de estruturas binárias. A razão é simples: quase sempre está militando e quase nunca está pensando. Estrelou o grande momento de “lacanagem” do Roda Viva.


Sigamos. Jornalistas ou não, as pessoas têm lá, reitero, sua visão de mundo, sua ideologia, suas convicções. É legítimo. Um mesmo fato pode ser visto segundo valores distintos.

MAS MENTIR NÃO É ACEITÁVEL. 

Maria Rita e Lilia, no entanto, resolveram ignorar os fatos, atropelar a verdade, fraudar a história ao comentar os episódios da USP. A íntegra da entrevista está aqui. O trecho que vou transcrever (em vermelho) se encontra entre 1h20min e 1h23min.


Mário Sérgio Conti (mediador) - Ainda não questão “Educação”, mas menor (?), a Maria Rita quer fazer uma pergunta…


Curiosidade: como Mário Sérgio Conti sabia qual seria o tema da pergunta de Kehl?

Estava previamente combinado?


Maria Rita - É uma pergunta dupla. Vamos ver se eu consigo juntar as pontas.
A polícia de São Paulo, enfim, estado governado pelo seu partido, tem sido muito violenta e há muito tempo. Há uma certas apatia. Para dar um exemplo, que todo mundo conhece, depois dos ataques do PCC em maio de 2006, houve extermínio de gente, e crimes não esclarecidos até hoje, intimidação das famílias, enfim…

Aí, de uma maneira um pouco mais banal, manifestações populares são reprimidas de uma maneira injustificada…
Manifestações contra o aumento de ônibus com aposentados e estudantes… e muito reprimidas, sem necessidade.

Então eu queria ver se dá para perguntar duas coisas paralelas:
em primeiro lugar, como é que o senhor vê o movimento dos estudantes da USP, que não é exatamente contra a presença da polícia no campus, mas o modo como a polícia desrespeita direitos. E é universal a manifestação; não é que eles querem pra eles respeito, e não para a favela de São Remo, ali do lado. Mas tá sendo muito divulgava como uma manifestação de garotos mimados, ricos, que querem privilégios. Isso é um lado.

Por outro lado, parece que não tem a ver, mas acho que tem, como é que o senhor encara a criação da Comissão da Verdade
e os limites…

E como é que é essa Comissão da Verdade e o que se pode esperar dela. Porque a polícia brasileira… O Brasil é o único país da América Latina que não apurou os crimes da ditadura militar e cuja polícia, hoje, mata mais do que matou durante a ditadura militar. Então tem aí alguma ligação…


Comento

Raramente assisti a tamanha manifestação de desonestidade intelectual. Maria Rita recorre à mentira em sentido clássico mesmo: os fatos dizem uma coisa, e ela, o avesso. E também mente por aquilo que omite, aí já é um troço um pouco mais elaborada.

Num programa em que fez uma análise correta, serena, firme do governo Dilma, FHC deu uma péssima resposta porque essencialmente desinformada. Não vou transcrevê-la porque levaria tempo demais. Com ressalvas aqui e ali, acabou concordando com Maria Rita e, pois, endossando uma coleção de fraude factuais.

Vamos lá. Maria Rita está mentindo, e espero que ela não perca seu tempo me processando porque tenho aqui uma pilha de panfletos dos invasores da USP. A primeira reivindicação é “a PM fora do campus”, SIM, SENHORA!!!

“Fora”, dona Maria Rita, mesmo no mundo da lacanagem, quer dizer “fora”; e “dentro”, “dentro”. Quem precisa negar um fato para justificar sua análise não passa de um picareta intelectual. Há outros absurdos em sua fala. Já chego lá. Quero agora me fixar um pouquinho em seu modo de pensar.



Além de militante petista — e era nessa condição que estava no Roda Viva —, Maria Rita é psicanalista. Consta que é lacaniana. Huuummm… A linguagem exerce, assim, papel importante no seu ofício. Releiam a sua fala. Diz que vai fazer uma “pergunta dupla”, seja lá o que isso signifique, para, depois, “juntar as duas pontas”. Em seguida, afirma que são “perguntas paralelas”.

Maria Rita, então, tentará o que ninguém ousou até hoje: O CRUZAMENTO DAS PARALELAS. A primeira pergunta é sobre a USP; a segunda — “por outro lado, parece que não tem a ver, mas acho que tem” — é sobre a Comissão da Verdade. Entenderam??? “Por outro lado, parece que não tem a ver, mas tem…” É o que chamo linguagem da “lacanagem”. Estamos no meio de um tumulto mental, mas o propósito, é evidente.


Volto ao conteúdo de sua fala. Notem que há uma introdução que é mero discurso contra a polícia, que deveria processá-la.

Ela está acusando uma instituição de ter cometido execuções extrajudiciais. Isso é coisa diferente de apontar grupos que cometem desmandos.

Eles existem e estão sendo identificados e punidos. Para ela, existe uma ação deliberada. Está obrigada a provar, acho eu. “Extermínio de gente” uma ova! Houve o enfrentamento do crime organizado. Entre os dias 12 e 21 de maio de 2006, foram sumariamente executados nada menos de 59 policiais, com ataques a carros de PM, delegacias, postos policiais etc.

Como se vê, essa grande humanista não disse uma vírgula a respeito. Na campanha eleitoral de 2006, como vocês se lembram, Luiz Inácio Apedeuta da Silva usou os ataques para tentar provar que a segurança em São Paulo estava fora do controle.

Na prática, então, usava o PCC como um aliado eleitoral objetivo. O PCC, diga-se, já tinha mostrado simpatia pelo petismo (ver próximo post).

Maria Rita mente também quando afirma que a PM ataca “manifestações populares” de maneira injustificada — de resto, mero juízo de valor. Os confrontos que eventualmente acontecem se dão quando os manifestantes resolvem obstruir vias públicos ou quando, eles sim!, atacam a polícia. No dia 23 de maio de 2007, por exemplo, a tropa de choque da Apeoesp, os amigos de Maria Rita Kehl, entrou em confronto com PMs. Saldo: 22 feridos. Todos eram policiais.

A petista Kehl, na emissora que dizem “tucana”, transfomrou a Polícia Militar mais eficiente do Brasil — responsável direta por uma queda no índice de homicídios considerada exemplar até pela ONU — numa instituição assassina e repressora. Na sua fala, releiam, a PM sai como vilã, e o PCC como vítima.

No que diz respeito à USP, finalmente, não há um só direito sendo desrespeitado. Agora vamos à fala de Lilia Lilia Schwarcz.

Lilia Schwarcz (1h22min) - Essa também não é uma questão de linguagem, ou seja, o que a imprensa pegou foi só o lado… A discussão de quais são… a autoridade da polícia no campus também é importante, né?
Acho que entendi essa soma de anacolutos e explícito espancamento da concordância verbal. A autoridade da PM no campus está clara.

Dois policiais, apenas dois, flagraram três alunos fumando maconha e com uma quantidade da droga que não caracterizava apenas consumo.

Ainda que assim fosse, é ilegal. Ponto! O problema é que essa gente fica divulgando a mentira de que PMs estão revistando a mochila de estudantes.

Todos os que fazem essa “denúncia” são militantes de organizaões de extrema esquerda e estão comprometidos com a invasão da reitoria.


Lilia Schwarcz (1h24min) - O sr. não acha que teve uma questão de performance, também? Ou seja, porque em todos os lugares, não estou dizendo que deve se liberar na USP, mas que foi um contingente militar pra pegar dois garotos…

Pergunto: será que essas pessoas falam assim quando dão aula? Como é que os alunos acompanham o raciocínio? O sujeito e o predicado vivem em permanente divórcio. É mentira, professora Lilia! Dois soldados abordaram três maconheiros e pretendiam conduzi-los para fazer o termo circunstanciado. Até a direção da faculdade já havia sido acionada, e os próprios rapazes já haviam decidido acompanhar os policiais. Mas aí chegou a tropa de choque da extrema esquerda, inicialmente liderada pelo Sintusp, e os policiais foram cercados. ATENÇÃO! HÁ IMAGENS QUE COMPROVAM: A AGRESSÃO PARTIU DOS MANIFESTANTES. Mais: há sérios indícios de que o próprio flagrante fez parte de uma armação para criar um casus belli na USP. Os policiais receberam uma denúncia anônima de que os rapazes fumavam e portavam maconha. Cumpriram o seu dever. Mas o circo já estava preparado. Do nada, os “militantes” foram brotando.

Aí acontece outra coisa inusitada. Demonstrando certo enfado, falando como quem argumenta ab absurdo, Mario Sérgio Conti, o mediador do programa, procura arrematar a discussão, desqualificando até mesmo a resposta do entrevistado, que já ia mal, reitero, porque tendente a concordar, embora com reservas, com as empulhações que tinham sido ditas até ali pelos entrevistadores.


Mario Sérgio Conti - Uma invasão da PM num campus da USP! O senhor foi professor lá!

Invasão???

O povo de São Paulo paga o salário de Mário Sérgio Conti para que ele declare que a PM “invade” a USP, como se tivesse cometido alguma ilegalidade? É mentira! Havia uma determinação judicial para que se restabelecesse o estado de direito na universidade. Invasores eram os encapuzados; invasores eram aqueles que impediam o trabalho normal na USP; invasores ainda são os que impedem, com piquetes, que alunos e professores possam exercer o seu ofício.
Cada um tenha, reitero, sobre o episódio a opinião que quiser. Mas não dá para condescender com a mentira. Assim como a população não paga imposto para que a USP seja privatizada por meia-dúzia de vagabundos, também não sustenta a TV Cultura para que se minta no ar de forma tão escandalosa. Uma das funções do mediador, diga-se, é sempre zelar pela verdade. No caso, Conti resolveu engrossar o caldo da mistificação.

Ah, sim, dona Maria Rita! O estado de São Paulo tem hoje menos de 10 homicídios por 100 mil habitantes, realidade reconhecida até pelo governo do seu partido, o PT. Em 12 anos, a redução do número é de quase 80%. Chegou-se a esse número fazendo mais policiamento preventivo, prendendo mais e, em último caso, matando bandidos. Na Bahia, por exemplo, governada pelo seu partido, o índice de homicídios teve uma elevação escandalosa.


PS - Aviso dirigido: é inútil rosnar e mobilizar braços de aluguel para me atacar.

Não dou a mínima.

Nem me intimido.

Podem vir quente que eu estou fervendo, hehe.

De resto, eu tenho números que provam que estou certo (e ainda voltarei a eles) e que provam que vocês estão errados.


06/12/2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Escândalo Panamericano ronda o ministro Mantega



Emails em poder da PF revelam pressão do ministro da Fazenda para indicar um preposto no banco; nota numa coluna política revela que o homem mais poderoso de Brasília pode deixar o governo; há sinais de fumaça na área econômica
Foto: CELSO JUNIOR/AGÊNCIA ESTADO_Divulgação

247

Até agora, a faxina ministerial da presidente Dilma Rousseff já fez sete vítimas – Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Nelson Jobim, Pedro Novais, Wagner Rossi, Orlando Silva e Carlos Lupi.

Todos esses foram substituídos sem maiores tremores.

Só que, nos últimos dias, começaram a surgir sinais de fumaça na área mais estratégica do governo: o Ministério da Fazenda. Sim, o ministro Guido Mantega, também pode estar ameaçado. Basta juntar alguns fatos recentes para identificar que há algo estranho no ar.

A eles:

(1) A Folha de S. Paulo que chega às bancas neste domingo, mais uma vez, revela a interferência de Mantega na operação que fez com que a Caixa Econômica Federal investisse R$ 739,3 milhões na compra do Panamericano.

A operação foi conduzida pelo braço de Mantega na Caixa, o vice-presidente Marcio Percival.

E segundo um email publicado pela Folha, Mantega pressionou o Panamericano para que seu pupilo Demian Fiocca fosse indicado para o banco.

Fiocca foi um nome levado por Mantega para a presidência do BNDES, no governo Lula, e também para uma diretoria da Vale.

De acordo com a reportagem da Folha, a Caixa soube dos problemas do Panamericano antes de comprá-lo.

E um email em poder da PF, dirigido por Rafael Palladino, ex-presidente do Panamericano, a Luiz Sandoval, que era braço direito de Silvio Santos, revela a pressão por Fiocca.

(2) Na sexta-feira, o jornalista Claudio Humberto, um dos mais influentes de Brasília, com uma coluna reproduzida em mais de uma dezena de jornais, informou que o ministro Guido Mantega vive um dilema.

Pensa em sair do governo em janeiro, porque sua esposa estaria enfrentando graves problemas de saúde.

Quem leu, entendeu de outra maneira. Foi uma mensagem cifrada para que Guido saia do governo pela porta da frente – e não pela porta dos fundos.


(3) Aqui mesmo, no 247, nosso colunista Arthur Virgílio publicou um artigo sobre o temor do mercado financeiro em relação a algum possível escândalo que atinja uma figura proeminente da área econômica. Essa figura se chama Guido Mantega.

Guido Mantega está na alça de mira dos adversários por uma série de razões.

Num governo centralizador e sem um núcleo duro, ele foi ocupando espaços, embora seja visto, erroneamente, como um ministro sem ambições.

Guido hoje tem grande influência no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, no BNDES e no Banco do Nordeste.

É o “fraco” mais forte que o Brasil já conheceu.

Além disso, a queda do ministro Antonio Palocci deixou sequelas. A ala paloccista do PT atribui ao chefe da Fazenda as denúncias que derrubaram o ex-ministro da Casa Civil – o que envolveu até uma quebra de sigilo fiscal.

O ponto mais sensível para o ministro Mantega talvez seja o caso Panamericano.

A Caixa Econômica Federal alega que foi vítima de uma fraude.

Mas o fato concreto é que o governo socorreu duplamente o banco de Sílvio Santos –primeiro por meio da Caixa, depois com o Fundo Garantidor de Crédito.

Dois executivos indicados por Mantega, Marcio Percival e Marcos Vasconcelos, egressos da Unicamp, já foram convocados pela Comissão de Fiscalização da Câmara dos Deputados para explicar o caso Panamericano.

Agora, terão também de dizer porque a Caixa investiu R$ 739 milhões no banco já tendo ciência de problemas internos.
05 de Dezembro de 2011

Trio da mordaça ataca de novo



Editorial

O Estado de S.Paulo




Eles não desistem



Apesar de a presidente Dilma Rousseff ter deixado claro, em várias oportunidades, que não quer ouvir falar em censura à Imprensa, os petistas continuam fazendo proselitismo de sua visão muito particular de "controle social da mídia"


Foi o que voltou a acontecer na semana passada, durante o seminário "Um novo marco regulatório para as Comunicações", promovido em São Paulo pelo partido do governo e protagonizado pelo trio que está na linha de frente dos defensores da mordaça: José Dirceu, Franklin Martins e Ruy Falcão.

O Palácio do Planalto recusou-se a dar seu aval ao evento, razão pela qual o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, embora convidado e anunciado como participante da mesa de abertura, não compareceu.

É claro que nenhum dos integrantes do trio da mordaça admite publicamente ser defensor da censura.

Mas com o PT instalado no poder, logo no início do primeiro mandato de Lula, foi proposta a criação de um Conselho Federal de Jornalismo com poderes para controlar e fiscalizar os meios de comunicação.

Por absurda, a ideia não progrediu.

Nessa época, é verdade, o trio da mordaça estava disperso: Dirceu, chefe da Casa Civil, articulava a formação da quadrilha do mensalão, o que lhe custou o cargo e o mandato de deputado federal.

Martins trabalhava na imprensa contra a qual já então conspirava, ao mesmo tempo que cultivava seus laços com Lula e o PT, o que lhe valeu, tempos depois, o cargo de ministro.

Falcão era figura inexpressiva da nomenklatura petista e teria permanecido nessa condição se as contingências da vida partidária não tivessem apontado para a necessidade de colocar na presidência da legenda alguém que soubesse exatamente quem são os verdadeiros mandachuvas.


Hoje, desvinculados do governo, os três agem de comum acordo na instância partidária para manter acesa a chama da obsessão que os une: a censura à imprensa.

Agem movidos, basicamente, pelo histórico radicalismo ideológico que compartilham.

E não se pode esperar que mentes autoritárias admitam o contraditório, um dos fundamentos das liberdades democráticas.

Não é à toa que Dilma Rousseff, com ampla experiência no trato com cabeças ideologicamente radicais e autoritárias, hoje queira distância do trio de ferrabrases.


Foi por essa razão que a presidente, logo ao assumir o poder, transferiu para o Ministério das Comunicações e para o ministro Paulo Bernardo a responsabilidade de rever o projeto de implantação do novo marco regulatório das comunicações.

Este, no governo Lula, tinha sido elaborado sob a inspiração de Franklin Martins, na Secretaria de Imprensa da Presidência, e promovia, deliberadamente, confusão entre os conceitos de marco regulatório propriamente dito e "controle social" das comunicações.

Como já foi mais de uma vez dito neste espaço, o marco regulatório é um conjunto de disposições legais que disciplina as atividades em áreas que dependem de concessão estatal, como a radiodifusão e a telecomunicação.

"Controle social" é conceito que implica não apenas a regulação da propriedade e do funcionamento técnico dos instrumentos de comunicação, mas, sobretudo, dos conteúdos veiculados.

A necessidade da modernização do marco regulatório das comunicações no País, defasado em relação aos avanços tecnológicos das últimas décadas, é absolutamente pacífica.

Mas a questão dos conteúdos diz respeito à liberdade de expressão e ao direito à informação, fundamentos de uma sociedade democrática e, nessa medida, intocáveis.

O trio da mordaça vai continuar mistificando a questão do controle social da mídia, que hoje prefere designar pelo nome mais charmoso de "democratização dos meios de comunicação".

Dirceu lamentou, durante o seminário, que não haja no País nenhum jornal "de esquerda" para apoiar o governo.

Talvez tivesse em mente algo monolítico, como o Pravda soviético ou o Granma cubano.

Porque não basta a imprensa brasileira manifestar simpatia por algumas declarações e alguns atos da presidente Dilma.

Isso, para o trio, é apenas um truque das "elites" para "dividir o PT".

04 de dezembro de 2011

Lupi, o mentiroso, é o sétimo ministro a deixar o governo



Depois de um mês de frases de efeito, mentiras e escândalos sucessivos, Carlos Lupi deixou neste domingo o cargo de ministro do Trabalho

Luciana Marques
e Gabriel Castro

VEJA

Carlos Lupi: mais um ex-ministro de Dilma (Sérgio Dutti)

Ele é o sétimo integrante do governo Dilma Rousseff a sair da equipe, desde o início do mandato da presidente, em janeiro – e o sexto a abandonar o cargo por causa de envolvimento com corrupção. O secretário-executivo da pasta, Paulo Roberto dos Santos Pinto, assume nesta segunda-feira de forma interina.

A queda de Lupi acontece depois de uma recomendação da
Comissão de Ética da Presidência da República, na quarta-feira passada. A presidente Dilma a princípio pediu esclarecimentos sobre o parecer ao grupo, mas agora, por fim, decidiu demitir Carlos Lupi.

Em nota publicada agora à noite no site do Ministério do Trabalho, Lupi cita a decisão da comissão. “A Comissão de Ética da Presidência da República me condenou sumariamente sem me dar direito de defesa. Decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.” E arrematou com mais uma demonstração de seu pensamento fantasioso: "Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence."


Pouco depois, a Presidência emitiu nota em que Dilma agradece o trabalho de Lupi e anuncia o interino. "A presidente agradece a colaboração, o empenho e a dedicação do ministro Lupi ao longo de seu governo e tem certeza de que ele continuará dando sua contribuição ao país", diz o informe.

Um mês em queda livre -
Nem mesmo a declaração pública de amor à presidente - "Dilma, eu te amo", disse o falastrão - conseguiu segurar Carlos Lupi no comando do ministério.

A derrocada do ministro começou quando VEJA trouxe à tona, em edição de 5 de novembro, o envolvimento de Lupi em um esquema de corrupção.

Caciques do PDT, comandados por ninguém menos que Lupi, transformaram os órgãos de controle da pasta em instrumento de extorsão.

Conforme relatos de diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos, o esquema funcionava assim: primeiro o ministério contratava entidades para dar cursos de capacitação profissional, e depois assessores exigiam propina de 5% a 15% para resolver 'pendências' que eles mesmos criam.

Nas semanas seguintes, VEJA mostrou que Carlos Lupi usou avião alugado pelo presidente de um ONG que fazia parte do esquema, Adair Meira.

As entidades de Meira tinham contratos milionários com o ministério.

Em nota
, o ministro negou que tivesse embarcado no King Air, de prefixo PT-ONJ.

No entanto, dias depois fotos mostraram o ministro desembarcando no município de Grajaú justamente no King Air providenciado por Adair Meira.

Vídeo obtido com exclusividade pelo site de VEJA confirmou a farsa.

Sem opção, ele tentou desfazer as mentiras e entrou em contradição.

Era tarde demais.


O pedetista é o sétimo ministro demitido no governo Dilma, seis deles envolvidos em corrupção.

Irregularidades envolvendo convênio com ONGs derrubaram outros dois ministros, além de Lupi: Pedro Novais (Turismo) e Orlando Silva (Esporte).

Também deixaram a Esplanada dos Ministérios, após denúncias, Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e Wagner Rossi (Agricultura). Nelson Jobim (Defesa) entregou a carta de demissão após proferir discursos constrangedores ao Planalto.

Entre o deboche e o romance - Lupi é conhecido por seu estilo debochado. Frases como “para me retirar, só abatido à bala”, “vou carregar o caixão de muita gente” e “Dilma, eu te amo” marcaram seus últimos dias frente à pasta do Trabalho.

Ora desafiador, ora romântico, o ex-ministro jogou todas as fichas em sua defesa.

Concedeu entrevistas, prestou depoimento no Congresso Nacional e causou controvérsia ao vazar no blog do ministério reportagens que ainda não tinham sido publicadas pela imprensa.

As tentativas de permanecer no cargo, no entanto, fracassaram. Lupi não conseguiu apoio integral nem de seu partido.

O deputado federal Reguffe (PDT-DF) defendeu seu afastamento do cargo e pediu, ao lado do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) e do senador Pedro Taques (PDT-MT), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigasse as acusações de irregularidades na pasta.

Teixeira foi além: cobrou a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para averiguar os fatos.

Lupi assumiu a pasta do Trabalho em 2007, no governo Lula e foi mantido no cargo pela presidente Dilma.

REPUBLIQUETA II




A pergunta que todos os que não querem acreditar que essa patifaria de poder público possa continuar impune é a seguinte:

por que ninguém vai preso?

BANDIDOS REFÉNS DE BANDIDOS

Por Geraldo Almendra

É difícil imaginar algo pior para uma sociedade do que está acontecendo no Brasil.

Ao não demitir o ministro Lupi a presidente desautorizou, em definitivo, a moralidade dentro do poder público e, por decorrência, nas relações público-privadas. Tudo o mais virou conversa fiada e de botequim.

O descaso com as regras formais e obrigatórias de conduta moral chegaram ao fundo do poço diante da postura da presidente que se volta, não contra o bandido, mas contra todos os que pedem sua punição. Essa sua postura somente é possível diante da covardia das instituições que têm a obrigação de evitar que o país seja destruído pelas ações das gangs que tomaram conta do poder público, ou seja, o poder Judiciário com seus Tribunais Superiores se comportando como lacaios do poder Executivo, o Tribunal de Contas e o Ministério Público como figurantes desautorizados, e a Policia Federal que gasta bilhões do contribuinte para prender corruptos e a Justiça soltar. Do poder Legislativo, comprado pelo mensalão, nada mais precisa ser dito.

Não precisamos escrever sobre as polícias civis e militares que já se mostraram infestadas de policiais-bandidos seguindo o exemplo dos escalões superiores da pirâmide do Estado.

A presidente simplesmente demonstra seu total desapego com os mais básicos princípios que devem nortear a postura de quem ocupa o cargo de presidente da República, e a mesma já deveria ter sofrido um processo de impeachment, se o Congresso Nacional não fosse apenas um apêndice apodrecido e safado do poder Executivo.

Se a sociedade brasileira tivesse um mínimo de vergonha na cara sairia em massa nas ruas exigindo o fim da sacanagem da corrupção desvairada que transformou a gestão do poder público em descarada negociação entre bandidos.

Ninguém precisa dizer que quem está por trás disso tudo é o ex-presidente Lula, na verdade, o presidente de fato do país, pois governar para esse senhor é conciliar os interesses entre os covis de bandidos públicos e privados que disputam palmo a palmo fatias do roubo do dinheiro do contribuinte, associado com gente que será responsável pela volta do Retirante Pinóquio ao poder em 2014.

Quando o ex-presidente praticamente gastou dois anos de seu último mandato e derramou bilhões de reais nos custos da eleição estelionatária de sua apadrinhada sabia o que estava fazendo, pois o tapete de suas duas gestões não poderia ser levantado, e somente sua candidata, gerente de quinta categoria, e cúmplice de todos os seus desvios de conduta, poderia desempenhar esse vergonhoso papel. O poder público está lotado de arquivos vivos que devem ser mantidos com a boca fechada.

O silêncio da sociedade diante de mais de 12 anos de escândalos de corrupção descarada transformou o país em uma sociedade moralmente decadente que demonstra aceitar que as gangs que transformaram o poder público em um covil de bandidos tenham na impunidade seu salvo conduto para continuar roubando e nos fazendo de idiotas e palhações, isto é, os que trabalham mais de cinco meses por ano para sustentar essa roubalheira sem fim.

O Estado realiza o mínimo o os bandidos roubam o máximo com o aval de uma sociedade que aceita ser governada por verdadeiras quadrilhas de corruptos, desde que possa continuar recebendo apenas uma fração daquilo a que teria direito. Assistencialismo, corrupção e suborno, esses são os valores sociais fundamentais resultantes da Fraude da Abertura Democrática.

Chega-nos noticias de que Marcos Valério, o gestor privado do mensalão continua trabalhando como interlocutor de interesses ilícitos nas relações público-privadas.
O lobista José Dirceu, denunciado por um Procurador Geral da República como o chefe da gang dos 40 continua vendendo e comprando serviços para o submundo do PT e seus cúmplices a todo vapor.
Um jornalista denuncia que o rombo do Panamericano foi uma armação envolvendo Lula e Silvio Santos.
O escândalo na casa Civil envolvendo Erenice guerra funcionária braço-direito da atual presidente já virou história esquecida e ninguém mais toca no assunto.

O poder da Justiça no país está se acostumando a morrer na praia, pois a banda boa é mínima e a sórdida não para de crescer fazendo acordos espúrios no submundo dos corredores dos tribunais.

Poderíamos continuar preenchendo páginas e mais páginas com centenas de escândalos que já caíram no esquecimento da sociedade e, vergonhosamente, da própria Justiça, que vai empurrando tudo com a barriga para ficar de bem com o corporativismo marginal que faculta a quem tiver bons amigos dentro dos podres Poderes da República pegar uma boquinha ou ser o mentor-favorecido de mais assaltos ao bolso do contribuinte.

A pergunta que todos os que não querem acreditar que essa patifaria de poder público possa continuar impune é a seguinte: por que ninguém vai preso?

A resposta é muito simples: os bandidos são reféns de bandidos e se um abrir a boca, dependendo de quem seja a casa vai cair, soterrando esses canalhas. Mesmo a sociedade mais promíscua tem limites para sua promiscuidade.

Esse é o final da Fraude da Abertura Democrática que fez do país uma mentira de democracia que garante a quase total liberdade da promiscuidade moral e social nas relações públicas e privadas, enquanto um Estado policial e fascista cuida do resto, mantendo em silêncio pela corrupção, pelo suborno e por assassinatos pontuais, qualquer movimento que possa desestruturar o mais sórdido e covarde projeto de poder da história do país: o domínio da sociedade pelo petismo.

Se os comandantes das Forças Armadas tivessem um pingo de dignidade, honra e respeito à Constituição e às fardas que vestem – apenas uma fração das qualidades demonstradas pelos comandantes em 1964 – já teriam dado um fim nessa patifaria que tomou conta do poder público e transformou o país em um Paraíso de Patifes.

02/12/2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

TIRO CERTEIRO







O tiro que derrubou Carlos Lupi envolvido em várias denúnicas

Por algneto77

 04/12/2011



A VERDADE: DIRETA, SIMPLES, CRISTALINA...





A questão me parece simples.

A liberdade de informação e expressão constitui a base da democracia e um dos pilares do sistema republicano.

Por Rivadavia Rosa



Depois da queda dos regimes totalitários
que dominaram o século XX – o NAZISMO (Queda de Hitler - 1945) e o COMUNISMO (derrubada do Muro de Berlim -1989) – a democracia é o único regime político admitido universalmente no século XXI.

Por isso, os inimigos da democracia, adeptos dessas ideologias neo-regressivas totalitários, fazem de tudo para degradá-la, assim instituições republicanas, mediante constante arreganhos à liberdade, com a opção preferência pela liberdade de expressão.

Num breve histórico, pode se afirmar que a democracia remonta à antiga Grécia, porém, o Estado democrático ideal foi concebido por Espinosa (nome de batismo – Bento dado pelos pais portugueses, judeus sefardista – Miguel e Hana Débora, instalados em Amsterdam, Baruch, na sinagoga e Benedictus aos 24 anos, 1632-1677) – cujos fundamentos foi a liberdade da palavra – cada um pense o que quiser e diga o que pensa (Benedictus Spinoza. A Theologico-political Treatise and a Political Treatise – R.H.M. Elwes, Benedict de Spinoza: A theologico political treatise and and A Political Treatise, Nova York: Dover Publications, 1951); pela separação prática do Estado e da Religião e por um contrato social promotor do bem-estar do cidadão e a harmonia do governo. Um século depois tivemos a Declaração de Independência dos Estados Unidos e a primeira Emenda da Constituição Americana.

Ao passo que o marco definitivo da democracia moderna foi ditado pelos movimentos revolucionários - a Revolução Inglesa (duas fases - de 1625 e de 1689), a Revolução Americana (1776) e a Revolução Francesa (1789), sob a liderança dos liberais de então.


Com Serra, PSDB pode juntar PSD e ‘espólio’ do DEM


Admitida pela cúpula do PSDB, a hipótese de José Serra tornar-se candidato à prefeitura de São Paulo já deflagrou um debate sobre o formato da chapa.

Sérgio Lima/Folha

Alimentada pelos sinais ambíguos emitidos pelas 'antenas' de Serra, a discussão processa-se longe dos refletores. E vai ganhando contornos inusitados.

A direção do DEM começa a admitir a hipótese de rever uma decisão que apresentara como irreversível.

O DEM anunciara que faria em 2012 alianças com quaisquer partidos, exceto dois: o PT e o PSD de seu ex-filiado Gilberto Kassab.

Agora, a legenda de cujos quadros Kassab extraiu o grosso da matéria prima que deu origem ao PSD reposiciona-se na cena paulistana.

Kassab já cuidou de avisar publicamente: confirmando-se a volta de Serra ao tabuleiro, o apoio do PSD será “incondicional”.

Em privado, o DEM também anuncia: com Serra, a aliança com o tucanato deixa de ser mera cogitação. Ganha ares de fato consumado.

Esboça-se um primeiro problema. A tribo do DEM entra no debate impondo uma condição: topa juntar-se ao PSD, mas exige indicar o segundo da chapa.

Leva à mesa, como alternativa de vice para Serra, o nome de Rodrigo Garcia, atual secretário de Desenvolvimento Social do governo tucano de Geraldo Alckmin.

O diabo é que, a despeito do lero-lero do apoio “incondicional”, Kassab também ambiciona indicar o vice numa eventual chapa encabeçada por Serra.

Presidente do DEM federal, o senador José Agripino Maia (RN) fixou as balizas do comportamento da legenda numa reunião com a seccional de São Paulo.

Participaram os vereadores e os quatro deputados federais que resistiram às investidas de Kassab e mantiveram-se nos quadros do DEM no Estado.

Ficou acertado que, enquanto o PSDB rumina suas hesitações, o DEM testaria as chances de uma candidatura própria à prefeitura, encarnada por Rodrigo Garcia.

Também ficou entendido que, antes de negociar uma mudança de rota, Agripino ouviria o colegiado de São Paulo.

Hoje, com Serra ou sem ele, esse núcleo é avesso à ideia de ajustar-se com o PSDB sem indicar o vice. Abrir mão da vaga para o PSD é algo visto como uma heresia.

Embora debilitado, o DEM dispõe de um trunfo que Kassab não tem: cerca de três minutos de propaganda eleitoral televisiva. Por isso, acha que pode falar grosso.

O debate fervilha em meio à frieza calculista de Serra. Depois de declarar que não seria candidato, ele passou a alimentar as pistas em contrário.

Há duas semanas, Serra participou de um jantar oferecido pelo senador e amigo Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), em Brasília.

Um dos presentes, o senador Pedro Taques (PDT-MT), provocou: “E a sucessão paulista?” Serra refugiou-se calendário: “Está muito cedo”.

Taques conjecturou: “Se você fosse candidato, ganharia.” Serra economizou nas palavras, mas soou convenientemente dúbio: “É possível.”

Dias atrás, o governador Geraldo Alckmin recebeu a visita de Alexandre Morais, um filiado do DEM, ex-secretário de Transportes da gestão municipal de Kassab.

Conversaram sobre 2012. Ao relatar o diálogo a amigos, Moares contou que Alckmin, antes cético, agora parece convencido de que Serra será, sim, candidato.

Por quê? Avalia-se que Serra, já isolado no PSDB federal, arrisca-se a perder terreno também no tucanato paulista.

Para recobrar parte do prestígio perdido, não restaria a Serra senão tentar retornar à prefeitura e manter-se de tocaia para 2014.

Como que decidido a conservar a porta entreaberta para Serra, Alckmin empurra para março uma prévia que o PSDB-SP queria fazer em janeiro.

Convertido em interrogação, Serra inferniza os quatro tucanos que brigam pela vaga de candidato: Bruno Covas, José Anibal, Andrea Matarazzo e Ricardo Trípoli.

A despeito da taxa de rejeição, na casa dos 30%, Serra é visto pelo PSDB e aliados como o melhor nome para medir forças com Fernando Haddad (PT), o dodói de Lula.


A Farsa da aprovação de 80% do populista barato



Caros amigos, aqui um vídeo e um artigo que vale a pena todos os minutos dedicados a eles, e digo mais, espalhem estas informações para que, conhecendo o passado recente, o povo não repita os erros no futuro.



Embora esse vídeo tenha sido produzido no final do mandado do “populista barato” que sequer construiu um hospital, uma estrada, um aeroporto, apenas inaugurou o que já havia sido inaugurado, bafo de bode alcoolizado, pedrinhas e bolinhas de sabão para dar espetáculo de mentiras em cima de tablados - fazendo futricas e auto-elogios a sua insuportável figura, o que é próprio de quem veio para o NADA.

Com os 87% de aprovação ao governo de Lula o Conversas Cruzadas analisa de onde vem tal aprovação, quais seriam os motivos, e porque a sociedade brasileira, enquanto rejeita a política nacional, aprova aquele que comandou e comanda a bandalheira....
Longo, mas muito interessante!

A pedido de um de nossos membros do MOVCC/Francisco - repasso sua mensagem do vídeo e artigo abaixo.
Movcc/Gabriela

A Farsa da aprovação de 80%
de LULA

 


“Uma mãe mandou para a filha um e-mail sobre o passado negro da Dilma.

A filha repassou o email para seus amigos que, por sua vez, o repassaram para amigos.

Aí uma petista se achou no direito de dar uma lição de moral na mãe.

Vale a pena ver as mensagens trocadas:

A resposta da mãe não é um tapa com luva de pelica é uma “pancada” com tábua de ipê.”

Da Lígia (a petista) para a mãe, Sra. Maria Luisa Faro:


“Mamãe que feio!!!! ensinando a sua filhinha a acreditar nos absurdos que escrevem na internet?

Acho melhor incentivá-la a estudar a história do Brasil e deixar que ela mesma tire as suas próprias conclusões, afinal quem estudar a história do Brasil, entenderá que nunca o nosso país esteve tão bem como hoje, tão forte na economia mundial, tão evidente, tão em crescimento e desenvolvimento quanto esteve nesses 8 anos de governo Lula!!!!


E agora o que acontece?

Acontece que a oposição está desesperada, porque está vendo o quanto o POVO está satisfeito (governo Lula tem 88% de aprovação da população, aprovação que nenhum governo nunca tinha tido antes na história e aí vem me dizer que é porque o povo é ignorante?

Não não meus queridos, o povo está satisfeito porque nunca teve tanta oportunidade, nunca teve tanta comida na mesa , nunca teve tanto emprego, isso sim) o quanto o Brasil cresceu e aí a única alternativa que resta é APELAR….


Apelar para a ignorância, para a mentira e para a ingenuidade de pessoas inocentes e que acreditam em todos os absurdos que circulam por aí…….então fica a minha dica: pesquisem!!!!

Vejam o que realmente é verdade!!!
Ligia Rodrigues”
Ao que a mãe respondeu:
“Cara Lígia:
Da educação da minha filha cuido eu e decididamente não preciso da sua ajuda, embora agradeça seu interesse.
Se você imagina que eu seja alguma semi -alfabetizada , desconhecedora da história e que me socorra apenas da Internet, para compor a minha (in) formação, como lamentável e invariavelmente procede a maciça maioria dos jovens da sua geração, saiba que sou do tempo em que se liam livros e se redigia em bom português.

Tenho 58 anos, sou mestre e doutora em Direito Ambiental pela PUC –São Paulo, professora universitária e brasileira que lê.
Porque leio, tenho a nítida compreensão do embuste que representam os tais 80% de popularidade disto que você chama de presidente e que eu prefiro chamar de populista barato, parte de uma corja que tomou de assalto este país, no maior estelionato eleitoral já visto na história brasileira.

Estelionato, porque esta malta petista se elegeu sob as vestes imaculadas da correção, da ética e da transparência na política.

Vendeu produto podre, cara Lígia, e você, consumidora desavisada, está comprando.

Todos que fomos formados na hostes da esquerda brasileira, da década de 60 e 70, os que lutaram contra a ditadura (você seguramente não viveu o período sinistro da ditadura), dando a cara para a polícia militar bater, não raro comprometendo vidas profissionais em razão de envolvimentos políticos, em nome da restauração da democracia neste país, sentem-se ludibriados, enganados e feitos de palhaços pelo PT de hoje.

Eu, que já fui eleitora de José Dirceu, sou obrigada a assistir cenas explícitas de sua “competente” coordenação na montagem do mensalão, um deslavado programa de compra de apoio de parlamentares, cuja tarefa, em contrapartida ao dinheiro (seu e meu) que receberam mensalmente do PT, era invariavelmente votar a favor DE TUDO que se lhes fosse requisitado.

Saiba que aí começam os 80% da “popularidade” do seu presidente.

E Lula, que sempre dormiu dentro do pijama de José Dirceu, nunca soube de nada…

Eleitora de José Genoíno que também já fui, igualmente, sou também obrigada a assistir cenas explícitas de suas atividades como gerente do mensalão, como chefe dessa organização criminosa que se instalou no poder, sob a batuta beneplácito e complacência de Lula, PARA QUEM TUDO SE PASSA, COMO SE NADA SE PASSASSE (até porque ele já resolveu a situação econômica até da quinta geração de seus descendentes, através da fortuna amealhada por seu filho, um ex- vigia de um zoológico no interior São Paulo e hoje trilhardário,- dificilmente em razão de seu trabalho e sua competência….).

Dólares na cueca , Waldomiros… a lista é infindável.

Mas, o mais monumental e ousado estelionato perpetrado contra a população deste país pela malta petista, está no “golpe de mestre” engendrado para viabilizar a reeleição de Lula: tomar dinheiro público, do erário, portanto, seu e meu, e distribuí-lo aos borbotões para a sofrida população carente do norte e nordeste, literalmente comprando o voto desses coitados (cada bolsa-alguma-coisa rende, por baixo, 6 votos, que é o tamanho de uma família média do norte e nordeste).

Então, faça as contas e veja de onde vem a popularidade de seu presidente: maciçamente oriunda da adesão incondicional desses coitados, que não têm a menor idéia e nem sabem do que há embutido no dinheiro que recebem.

Se eu fosse eles, tampouco quereria saber. Como não sou, sei: o PT copiou o projeto original de redistribuição de renda,concebido e operacionalizado inicialmente em Brasília, mudou o nome do programa como se cria sua fosse e, em mais um de seus estelionatos, assumiu a paternidade do programa, sem nunca ter tido a decência de dar CRÉDITO AO GOVERNO ANTERIOR QUE O CONCEBEU E IMPLANTOU. Com a abissal diferença, porém.

O projeto original era vinculado a contrapartidas, como pré-requisito para a concessão da bolsa. Isto se chama investimento público e não aleluia com dinheiro público, distribuído obedecendo ao único e exclusivo critério de que cada bolsa-alguma-coisa, rende, como rendeu na reeleição de Lula, no mínimo, 6 votos.

Então, Lígia, saiba que a popularidade desse presidente que lhe representa (a você, porque a mim não representa) tem o MESMÍSSIMO LASTRO, ORIGEM , NATUREZA, PERFIL E FORMATAÇÃO DO APOIO INCONDICIONAL que Lula recebeu dos parlamentares da Câmara Federal, durante o mensalão.

E o dinheiro usado nessa mera transação comercial, aferível através de matemática simples, é seu, viu ?

Lula passou sua vida fazendo bravatas, como ele próprio admitiu.

Como parlamentar, teve atuação pífia.

Nunca se ouviu falar de um projeto de lei de sua autoria.

Claro, pouco afeito à leitura, como ele próprio afirma, dele não se esperaria nada diferente.

Como presidente, sem a menor afinidade com a rotina e a disciplina inerentes ao expediente , gastou seu tempo – à guisa de entabular “negócios” com outros países- literalmente rodando mundo, fazendo propaganda de si próprio, como o “coitado” (!) que deu duro e venceu.



Saiba que Europeu e americano amam o “exotismo” dos países periféricos (candomblé, mulher pelada no carnaval, favela etc.).

Digo isto porque morei um ano nos E.U.A. em intercâmbio quando jovem, estudei Direito Internacional Público na Universidade de Edimburgo na Escócia, durante minha época de graduação em Direito e lecionei, por 7 verões consecutivos Direito Ambiental Brasileiro na graduação e no Mestrado da Universidade de Louvain, na Bélgica.

Portanto, manjo bem o espírito com que europeus e americanos vêm o Brasil e a figura “exótica” de seu presidente.

Pergunte se eles elegem populistas e políticos que mal sabem ler e escrever…

Seu presidente, semi-alfabetizado que é (e isto é uma vergonha sim senhora! , para uma criatura que se dispôs a representar os brasileiros. Não obstante, ele carrega sua falta de estudo como um troféu)
.

Nós merecíamos, no mínimo, que ele tivesse se dado ao trabalho de dominar as regras básicas da língua portuguesa, porque teve sim chance, teve sim, tempo e teve sim, condições de estudar, se tivesse aptidão que não tem, para a disciplina inerente a qualquer atividade de aprendizado.

Marina, por exemplo, alfabetizou-se aos 16 anos. Teve vida incomensuravelmente mais sofrida do que a de Lula e não envergonhou a ninguém como parlamentar e ministra que foi, e jamais vociferou discursos na base do “menas gente” e “entendo de que….” .
Palanqueiro, demagogo, populista admirador das pataquadas de Chavez, de Ahmadinejad et caterva, seu presidente semi-alfabetizado confunde “prisioneiro político” com “prisioneiro comum”, como o fez, para a imprensa internacional, no episódio de Cuba (você se lembra, do prisioneiro político cubano que morreu em greve de fome exatamente no dia em que Lula chegou a Cuba, episódio sobre o qual seu presidente, no melhor estilo Odorico Paraguaçu, declarou: “se a moda pega, as cadeias brasileiras ficariam vazias!!!!?).

Sem comentários.

Enquanto o mundo se empenha para banir a ameaça nuclear, seu presidente cruza o planeta com sua troupe , às custas de dinheiro público, para passar a mão na cabeça de um ditador sanguinário (vide dados recentes acerca das eleições e repressão à oposição no Irã) e negociar, sem ter mandato da comunidade internacional para isto, exatamente no papel de “bobo da corte” (foi assim que a comunidade internacional interpretou sua atuação no episódio) em torno do enriquecimento do urânio no Irã.

No dia seguinte ao tal “acordo” , que Lula festejou para a imprensa internacional como um feito monumental, o ditador do Irã confirma para essa mesma imprensa, que “vai continuar enriquecendo urânio sim!!! como se Lula sequer lá tivesse estado.

Bem feito!

É isto que acontece quando se tem para conselheiro em política internacional “especialista” do calibre de um Marco Aurélio “top top” Garcia (lembra-se da comemoração furtivamente filmada no interior do Palácio do Planalto, assim que o jornal da Globo noticiou que o acidente da TAM se dera em razão de falha humana e não em razão das condições da pista de Congonhas?).

Melhor teria sido até que as famílias das vítimas não tivessem testemunhado essa cena no Palácio, por parte de um assessor tão próximo do presidente).

Escárnio, em nome de ganho político a qualquer preço. Esta é a política do PT atual, eleito com as vestais imaculadas da correção e da ética que vendeu e você comprou.

Não satisfeito, obtuso por desconhecimento da história, seu presidente se arvora de “vírus da paz”, no conflito do Oriente Médio que é BIBLICO (sabe o que significa isto?).

O mundo e a ONU se empenham HÁ DÉCADAS tentando compor este conflito de interesses que já produziu um número incalculável de mortes.

Lula achou que ele era o cara!!

É ter-se em alta conta demais, para quem seguramente sequer se debruçou sobre um manual de história geral do segundo grau.

Diz o ditado : dá-se mala para andante, já pensa que é viajante…


Alguém precisa dizer-lhe,
“se manca Lula!!!

Seu presidente tem muitas qualidades, Lígia, mas levar a sério a expressão do Obama “that´s the guy” (que, SEM A MENOR DÚVIDA, foi proferida em razão das graças e piadas que são a forma através da qual Lula se afirma, nesses reuniões políticas, nas quais depende inteiramente de alguém para traduzir o que se passa….), é muita pretensão.

Não acho que presidente brasileiro tenha por obrigação falar inglês, não.

Mas, convenhamos, é uma vergonha um sujeito que sempre quis ser presidente, não ter se dado ao trabalho de estudar uma língua estrangeira, em deferência aos brasileiros, para bem representar seu país.
Mas não, dá-lhe pinga, piada e futebol.
É assim a metáfora que faz, de nós brasileiros no exterior. A mim, me ofende como cidadã e me envergonha como brasileira.

Ah, mas ele é super popular no exterior!

É a admiração de que não precisamos.

Americanos e europeus gostariam , tenha certeza, ainda muito mais, se nosso presidente fosse o Raoni (com todo o respeito e reverência que devemos aos sobreviventes das nossas comunidades indígenas, estes sim, vítimas de uma política indigenista de extermínio perpetrada por nós brancos, ao longo de todos os governos anteriores, inclusive por este, do PT).

Eleito pela primeira vez porque significava a mudança e a ética, fez um primeiro mandato durante o qual NÃO TEVE CULHÕES para implementar nada do que apregoou durante a campanha.

Literalmente DEU CONTINUIDADE às iniciativas do governo Fernando Henrique, pelando-se de medo da inflação voltar e não ter a envergadura que teve Fernando Henrique, como estadista que foi, de aniquilar uma inflação que já estava no DNA dos brasileiros, de tão endêmica e embutida na psiquê do brasileiro.

Descobriu, depois da posse, que os rumos do governo não poderiam nem deveriam ser diferentes daqueles adotados no governo anterior.

Mas achou forma de “faturar” em cima do mérito alheio.

Até os índices positivos de safras de grãos recordes, obviamente fruto de políticas agrícolas do período anterior, foram colhidos e computados pela máquina publicitária do governo petista como se fossem fruto do governo que mal iniciara….

Saiba que, o que a máquina de propaganda deste governo apelidou de “herança maldita”, foram os acertos dos governos anteriores que caíram no colo de Lula, ou alguém tem a ilusão de que implantação de políticas , de infra-estrutura etc… rendem respostas no dia seguinte em que são implantadas..

A crise internacional, que se festeja não ter chegado no Brasil, realmente não faz grandes marolas em um país que tem uma monumental parte da sua economia no plano informal, longe dos números oficiais.

Este país anda, Lígia, com Lula, sem Lula ou com cover de Lula.

Não é ele o artífice de nenhuma proeza política.

É, sim, o artífice de uma monumental máquina de propaganda governamental, isto sim, “sem precedentes na história deste país”.
Aliás, nem acredito que o mérito seja dele, porque ele é apenas a marionete à frente da cortina nesse teatro, por ser palanqueiro e empolgar a massa como Goebels fez no Alemanha nazista e menos votados como Jânio Quadros e Collor fizeram no Brasil.

Deu no que deu, se você conhece história.

Na era da televisão, usando dinheiro público na manutenção do circo, vende o produto Lula deslavadamente na embalagem que quer (vide esse programa virtual , que é mera versão e não fato, chamada PAC) para uma população infelizmente consumidora de novelas na telinha.

A maciça maioria da nossa população não lê jornais.
Ou você acha que é mera coincidência que ele não se elegeu nos estados de sul e sudeste, onde os índices de analfabetismo não muito menos drásticos.

Lula é produto da desinformação e do analfabetismode um lado e, de outro, do oportunismo de segmentos que viram no governo Lula a chance de se candidatar a uma das tetas dentre as inumeráveis (vide o número de ministérios que criou, para manter com o seu dinheiro) para, na base do clientelismo, perpetuar-se nas benesses do poder e usufruir das mamatas que sobejamente conhecemos.

A próxima mamata para os petistas é a nova estatal criada para cuidar do pré-sal.

Aguarde para ver o número de cabides de emprego para acomodar petistas que serão criados.

Ah, sempre foi assim?

Ah bom, pensei que o PT durante 20 anos pregando o contrário, fosse o partido da ética e de políticos honestos, porque foi isto que venderam a mim e à população brasileira… ?
Era bravata?

Ah bom. Então tá.

Em tempo: assine um jornal.

Se há alguém mal informado aqui, talvez não seja exatamente a minha pessoa.

Maria Luisa Faro.”