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sábado, 26 de fevereiro de 2011

DILMA, a mãe dos sonegadores



Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Ensina um secular provérbio: “Dizem-me com que andas que te direi quem és”

A presidenta acomodou nas tetas federais os sonegadores e os parlamentares de moral duvidosas. Usa esses apoios comprados para buscar governar de forma ditatorial e desenfreada. Pela cara dos seus aliados e protegidos vê-se para onde está se encaminhando o seu governo



Concluiu-se o processo de votação do projeto do Salário Mínimo, no tempo recorde de duas semanas. Depois da aprovação na câmara, foi à vez dos senadores votarem esmagadoramente favorável ao projeto enviado pela presidenta Dilma Rousseff.

Não ocorreu nenhuma contribuição, nenhuma correção, nenhuma emenda ao texto vindo do Planalto, que virou lei no seu formato original, do jeito que o governo queria, resultando na fixação do valor em R$ 545,00.

A chamada base aliada do governo, os partidos que dão sustentação a Dilma Rousseff, foram domados por promessas de cargos comissionados no segundo escalão do governo.

No afã de conseguir os restos da festa da posse do novo governo - um emprego nos cabides dos ministérios e nas estatais, para a clientela - os deputados e senadores de Dilma não tiveram pudor inclusive de abrir mão dos seus direitos constitucionais de legislar, para qual foram eleitos.

Dilma segura da elasticidade moral dos seus aliados parlamentares, aproveitou ainda, para introduzir no bojo do projeto penduricalhos imorais, como o já comentado antidemocrático dispositivo que permite a presidenta, de agora em diante, até 2015, determinar o valor do salário mínimo por decreto presidencial, imperialmente, sem ter que consultar o Congresso.

Os deputados e senadores abriram mão dos direitos e obrigações de legislar e de fiscalizar o governo, tarefas elencadas na constituição federal, que juraram defender quando foram diplomados após a eleição.

A presidenta Dilma Rousseff promove um mensalão tal qual aquele que seu antecessor patrocinou. Só que ao invés de depositar valores nas contas dos deputados e senadores, utiliza os cargos comissionados do serviço público, como moeda vil de troca a favores e simpatias dos legisladores de moral pouco consistente.

Porém não é só isso, o projeto apresenta também um dispositivo, que passou despercebido durante os debates, para a grande imprensa, uma norma tornada legal, que o Blogueiro Josias de Souza, da Folha de São Paulo, chamou de “contrabando fiscal” ou “bolsa-sonegador”.

As disposições contidas no artigo 6º da lei do Salário Mínimo, praticamente anula os efeitos da lei 9.430, de 1996, que instituía penas de prisão aos responsáveis pelas empresas pilhadas sonegando tributos e contribuições previdenciárias.

No momento em que se fala em cortes brutais de gastos e põe-se ao suposto déficit da previdência, como empecilho para se conceder um salário mínimo mais adequado, é surpreendente que Dilma esforce-se para facilitar a vida do sonegador.

Será que os sonegadores fizeram doações de campanha em troca desse refresco? No Brasil quem paga tributos em dia e corretamente é considerado otário. Por isso, as grandes empresas têm departamentos jurídicos especializados em evitar que os impostos sejam pagos, ou que seja pagos ao mínimo, ou em acordos de parcelamentos sempre em prejuízo aos cofres públicos.

Dilma virou a mãe dos sonegadores.

A lei antiga obrigava a receita Federal a informar ao Ministério Público, para o devido encaminhamento processual, sempre que houvesse constatação de sonegação.

Por obra e graça do novo governo, está aberta uma janela, por onde o sonegador pode escapar do risco de ir para a cadeia, basta que requeira o parcelamento da dívida. Simples assim.

A empresa comete o crime de não recolher os valores a previdência social, inclusive embolsando dinheiro recolhido, na boca do cofre, da folha de pagamento do trabalhador e não sofre nenhuma sanção, não é lindo?

Sabe-se que sonegador que é bom, faz acordo de parcelamento e também não paga as parcelas. Formam-se um novo montante que novamente é parcelado e assim o Brasil, com a ajuda de mãe Dilma vai se tornando cada vez mais a terra do crime compensatório.

A oposição, Democratas e Tucanos, vai entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal contra esses dispositivos, alegando inconstitucionalidade.

E por que não, imoralidade e golpismo?

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NIÓBIO: UMA TRAIÇÃO DE LULA?


Supercondutor

Nióbio, riqueza desprezada pelo Brasil


Por Edvaldo Tavares

Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo, enquanto o Brasil é o único fornecedor mundial, e dispensa pouca importância e esse metal com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações, do qual é o único fornecedor mundial, e que com uma pequena parte bem paga desse metal estratégico, eliminaria a pobreza estruturada no Brasil, e pagaria nossa dívida externa.

Inúmeras são as aplicações do Nióbio (Nb), indo desde as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor.

O Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio e o consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais do minério totalmente brasileiro.


As pressões externas que subjugam o povo brasileiro

Ronaldo Schlichting, da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a "Questão do Nióbio" e convoca todos os brasileiros para que digam não à doutrina da subjugação nacional.

Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus 'testas de ferro' locais".

Os brasileiros têm que ser convencidos de que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico.

Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica, de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas, corruptos, lobistas e traidores.

O povo na sua esmagadora maioria desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum tipo de reação.

Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais para conseqüentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil.


As ações objetivas efetuadas

A sobretaxação do álcool brasileiro nos EUA; as calúnias internacionais sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de carne bovina para a União Européia (UE); a acusação do jornal inglês "The Guardian" de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII), 96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2, em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de Roraima e incontáveis outras tentativas, algumas ostensivas, outras insidiosas.

Elas deixam claro que estamos no meio de uma guerra assimétrica de quarta geração, que o desfecho poderá ser o ataque de forças armadas coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados Unidos da América do Norte.

É importante chamar a atenção dos brasileiros para o fato de que a RII é para 5.000 indígenas e que a RIRSS é para 15.000 indígenas. Somando as duas reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam 256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.


As diversas aplicações do Nióbio

Entre os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear. Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de requisição de superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão.


O descaso nas negociações internacionais

A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.

Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha de São Paulo, 5 de novembro de 2003: "Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp..."

E, complementa que "uma ONG financiou projetos do Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o 'Fome Zero', que integra o programa de governo do presidente eleito".

O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.

Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é "sucesso de enganação". O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas de progressos nas exportações, mas, em relação aos negócios internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus negócios.

Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país?

As maiores reservas de Nióbio no mundo, estão na agora intocável Reserva Raposa-Serra do Sol em Roraima, decretada em 2005, por Lula.

Os USA e Comunidade Européia aplaudiram de pé esse ato.

É muito descaso com as questões do país e o desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente resolvidos.

Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões externas são demasiadas e visam à desmoralização das instituições brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de valores morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem do país.

Uma gama extensa de processos que permitam os traidores obterem vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença, anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito.

A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais.

O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo, quase doando, todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo brasileiro.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Inventores do futuro


Inventores do futuro


Por Olavo de Carvalho
Os movimentos mais disparatados, como abortismo, gayzismo, feminismo, vegetarianismo, "direitos dos animais", anticatolicismo, antitabagismo e liberação de drogas, vêm todos da mesma fonte.

O conceito mesmo de "engenharia social" implica que os membros da sociedade a ser modificada ou reconstruída não sejam concebidos como agentes livres, conscientes de suas escolhas, mas como peças inermes de um mecanismo que, no conjunto, não podem compreender e em geral nem mesmo enxergar.

As metas finais da operação não devem portanto ser apresentadas de modo direto e franco que arrisque fazer delas alvos de discussão, mas devem ser atingidas por vias indiretas.

Para tanto, são subdivididas em operações parciais, à primeira vista separadas e inconexas, que, uma vez bem sucedidas, produzirão o desejado efeito global de maneira aparentemente impessoal, espontânea e quase mágica, de modo que ninguém possa ser responsabilizado por ele e seja fácil atribuí-lo retroativamente a um determinismo histórico anônimo, inelutável e irreversível.

A oposição que essas várias campanhas parcelares pode gerar será ela também parcelar e inconexa, esgotando-se em discussões periféricas que deixam a salvo de ataques o coração do empreendimento, de modo que as metas finais possam ser atingidas mesmo ao preço de recuos e abdicações pontuais e localizadas.


Diante das inúmeras campanhas soi disant progressistas, libertárias ou humanitárias que vêm se espalhando pelo mundo desde os anos 70, sempre bem subsidiadas e tendo como garotas-propaganda as mais destacadas figuras do show business, o cidadão comum não tem jamais a ideia - ou os meios intelectuais - de rastrear as ligações entre as entidades envolvidas e o fluxo de dinheiro que as move.

Se pudesse investigar isso, descobriria que os movimentos mais disparatados, como abortismo, gayzismo, feminismo, vegetarianismo, "direitos dos animais", anticatolicismo, antitabagismo e liberação de drogas, vêm todos da mesma fonte e, por meios aparentemente inconexos, servem a um objetivo comum: reduzir a população do planeta.



O controle demográfico é uma obsessão da elite globalista - especialmente da família Rockefeller - pelo menos desde os anos 40.

As primeiras campanhas nesse sentido, na década seguinte, vinham com objetivo declarado, promoviam a esterilização em massa e visavam a atingir sobretudo o Terceiro Mundo, mas deram resultado inverso: em vez de deter o crescimento populacional nas nações pobres, baixaram drasticamente o das nações desenvolvidas (vejam o livro de Pat Buchanan, The Death of the West, para a descrição de um panorama estatístico apavorante).

Nada mais natural, nessas condições, que uma mudança de estratégia. Assim nasceram as campanhas de que estou falando.

Notem, de um lado, que, independentemente dos demais resultados socioculturais que delas podem germinar, cada uma das mudanças de conduta que essas campanhas visam a produzir tem pelo menos um ou dois de três efeitos necessários, imediatos e evidentes:

(1) Reduzir a duração média da vida humana. Gays, vegetarianos e drogados vivem notoriamente menos que as outras pessoas.

(2) Reduzir a capacidade procriativa. No caso das drogas ilegais, como maconha e cocaína, isso é mais que evidente. A abstinência de carne tem o mesmo efeito.

A campanha antitabagista pareceria tender na direção contrária, mas, como ela está associada na fonte à luta pela liberação das drogas pesadas e não passa de uma preparação de terreno para induzir populações inteiras a trocar de vício, a correlação estatística entre diminuição do consumo de cigarros e redução populacional não é de maneira alguma mera coincidência.

(Os pretextos médicos do combate ao fumo revelam-se cada vez mais falsos à medida que nenhuma, absolutamente nenhuma redução da incidência das doenças "associadas ao fumo" se verificou nas áreas mais afetadas pela onda antitabagista.)

(3) Reduzir o desejo de procriar. Quem negaria que o feminismo radical, o divórcio fácil e a oferta maciça de operações de aborto sob demanda desembocam nisso necessariamente?


Várias são as modificações socioculturais periféricas que essas diversas campanhas podem produzir, e tanto seus apóstolos quanto seus detratores dirigem o foco das discussões para essas mudanças, sem reparar que, mesmo alguma destas falhando, o efeito de redução populacional terá sido atingido.

A lógica do processo causal bastaria, por si, para sugerir fortemente a coerência global por trás de tantos e tão disparatados fronts de combate, mas a sugestão plausível se transmuta em certeza factual quando se nota que tanto as várias concepções quanto o dinheiro para implementá-las vêm sempre da mesma fonte: a elite globalista, que por sua vez tem muitos objetivos, mas um acima de todos - o controle demográfico mundial.

Como toda operação complexa de engenharia social, essa conta não só com seus planejadores e militantes conscientes, mas com a colaboração frenética e servil de milhões de idiotas úteis, sobretudo entre "formadores de opinião" e mini-intelectuais, que de repente se apaixonam por algum slogan solto e, sem cogitar dos efeitos sociais de conjunto, passam a defendê-lo com aquele ardor cretino que vale por um juramento de nunca entender nada.

Alguns, no arrebatamento da paixão retórica, inventam até novos argumentos que, por sua ousadia insana, surpreenderiam os próprios formuladores originais do projeto.

Outro dia, o Sr. Paulo Ghiraldelli, que de boa fonte me informam ser uma voz influente naquilo que no Brasil, não sei por quê, se chama de "educação", publicou um artigo em que declarava ser uma imposição tirânica da sociedade repressora a expectativa de que as mães, normalmente, amem seus bebês.

Sim, por que não seria mais humano, mais democrático, mais coerente com o espírito destes tempos iluminados, consentir que as pobres senhoras odiassem, espancassem ou jogassem pela janela os filhos recém-nascidos, aqueles miúdos seres horríveis que não têm outra missão na vida senão ficar berrando no bercinho e sujar fraldas com uma obstinação reacionária e - digamos logo - nazista?


Artigos - Globalismo

24 Fevereiro 2011

'É um texto que eu não tenho domínio total e que tem grandes chances de ter uma besteira no meio', disse o ministro Paulo Bernardo


Dilma pede pente-fino no projeto de Franklin Martins que regula mídia


João Domingos
Estado de S. Paulo


A presidente Dilma Rousseff determinou ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que faça um "pente-fino" no projeto do ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social) que regulamenta o setor de comunicações e telecomunicações.

Dilma não quer que no projeto apareça qualquer termo que lembre uma tentativa de controle do conteúdo dos meios de comunicação.

"É um texto que eu não tenho domínio total e que tem grandes chances de ter uma besteira no meio", disse o ministro Paulo Bernardo, nesta quinta-feira, 24, num seminário sobre políticas de telecomunicações.

E essa "besteira" que porventura exista no texto, segundo Paulo Bernardo, pode pôr tudo a perder.

"Aparecendo, todo mundo vai pegar por aí", disse ele, ao explicar por que não libera o texto do projeto nem para os meios de comunicação nem para consulta pública.
"É preciso deixar claro - continuou o ministro - que esse projeto vai tratar apenas da regulamentação dos meios de comunicação eletrônicos.

Jamais o governo apresentará um texto que tenha qualquer intenção de promover qualquer tipo de controle de mídia. Isso nunca sairá do governo", afirmou ele.

Bernardo disse que nem precisaria fazer a defesa da liberdade de comunicação, porque a presidente tem reafirmado essa posição como sendo do governo a todo hora - quando foi eleita, durante entrevistas e nesta semana.


O ministro disse ter dúvidas sobre a melhor forma de tratar o projeto.

"Não tenho ainda certeza se vamos mandar ao Congresso um ou mais projetos. Acho que mais de uma proposta tornaria mais fácil a aprovação dos pontos da Constituição (artigos 220, 221 e 222) que precisam ser regulamentados.

Pode evitar que as discussões de uma gama muito grande de interesses inviabilizem a proposta".

Leão abocanha R$ 200 bilhões


Leão abocanha R$ 200 bilhões

Ricardo Osman
Diário do Comércio

A arrecadação de impostos pelos governos municipais, estaduais e federal somou R$ 200 bilhões ontem à noite.

As informações são do Impostômetro, painel eletrônico que fica na fachada do prédio da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), e tem versão na internet.


O Impostômetro mostrou que, pela primeira vez, a arrecadação alcançou os R$ 200 bilhões no 22º dia de fevereiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

No ano passado, esse montante foi atingido no dia 26 de fevereiro e, em 2009, em 9 de março.

Gula

O forte apetite do Leão indica que, neste ano, a arrecadação poderá ter expansão de 10% em comparação com o total obtido em 2010. Segundo o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, a gula do Leão em 2011 é sem precedentes.

Isso poderá levar a cifra final deste ano para R$ 1,4 trilhão em tributos.

Em 2010, os governos arrecadaram um total de R$ 1,269 trilhão. "Tudo indica que teremos em 2011 outro recorde. Mas percebemos que o crescimento da receita tributária é superior ao da própria economia do País", disse o economista-chefe da ACSP, Marcel Solmeo.

Ele lembrou que as estimativas são de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4,5% em 2011.

"Isso significa que uma parcela cada vez maior da produção da sociedade brasileira está sendo canalizada para os governos, com o agravante de que a contrapartida em serviços não melhora em nada",
acrescentou o economista.

Com R$ 200 bilhões em tributos seria possível que os governos construíssem e equipassem 796 mil postos de saúde ou fizessem 2,4 milhões de quilômetros de redes de esgoto em todo o Brasil.

O dinheiro seria suficiente também para a construção de 9 milhões de casas populares de 40 m².
22/2/2011

A política do medo


Por Rivadavia Rosa


O DNA terrorista, quando não adota a praxis da violência, segue estratégias de reconfiguração ‘pós-moderna’ inspirada no fundador do bolchevismo totalitário como o:
 -terrorismo intelectual que consiste num conjunto de mecanismos jornalísticos e publicitários inventado por Lênin para intimidar e reduzir ao silêncio os ‘inimigos’ do comunismo (a regra leninista do debate políticonão é persuadir o adversário, nem apontar seus erros, mas destruí-lo, cuja ‘máxima’ do fundador do totalitarismo comunista é explícita - Acuse os outros de fazer o que você está fazendo”. Lênin (Vladimir Illitch Uliânov - Влади́мир Ильи́ч Улья́нов - 1870-1024).


 -terrorismo social (necessariamente ‘social’) - representado por ações planejadas, estratégias e táticas de configuração ‘pós modernas’ de guerra em que os que contrariam a sua posição ou os que detêm direitos ou prerrogativas com os quais  não concorda e quer eliminar – é definido como “inimigo” –           passando a “combatê-los” por meio de “batalhões de informações”, utilizando-se dos veículos de comunicação – para convencer a sociedade, a apoiar medidas supostamente justa contra pessoas e instituições que quer aniquilar, pressionando desta forma os poderes constituídos como - Executivo, Judiciário e Legislativo para obter as decisões que lhe sejam convenientes e favoráveis, dando assim ao método a aparência de legítimos e democráticos.

 Nesse desiderato insensato e criminoso impõe-se o medo político.  O medo tem sido utilizado no curso da história como um dos instrumentos de dominação mais eficaz e contundente; quem inspira temor a outras pessoas tem em suas mãos, em geral uma arma perversamente poderosa, que lhe permite impor sua vontade sem gerar resistências ou oposição.



 O certo é que há diferentes maneiras de inspirar medo aos cidadãos e de induzi-los a não questionar as decisões políticas dos governantes; atemoriza-se a sociedade não só quando se impõem políticas violentas ou repressivas, mas também quando são manipulados  recursos e fundos públicos com fins intimidatórios ou quando se manejam abusiva e tendenciosamente outros recursos ou procedimentos não menos essenciais de nosso tempo, como a publicidade seletivamente a certos órgãos da mídia, ou a pura informação, assim quando se utilizam os órgãos do Estado (Polícia, Serviço de Inteligência, Fisco, MP e até a Justiça) para propósitos ou fins desviados de sua finalidade legal.


 Com freqüência também se amedronta ou pressiona aos cidadãos mediante a advertência ou ameaça aberta ou implícita de que em um futuro mais ou menos perto pode chegar a apresentar situações públicas de instabilidade e até de caos generalizado se não se acatam as medidas que o governo considera de imprescindível aprovação ou execução (do ‘casuísmo para o caosismo’).

Para isso o governo conta até com um ‘exército marginal da reserva’, conhecido como ‘movimentos sociais’ utilizados para restringir não só as atividades produtivas no campo, mas também o sagrado direito de ir e vir. Desse modo, se instala o medo na comunidade e se dissuade a população de qualquer intento de questionar ou divergir das decisões adotadas pelo poder público. O medo e a intimidação se convertem assim em instrumentos políticos destinados a impedir que prospere todo gesto de oposição ou crítica frente às políticas instrumentalizadas pelo governo, muitas vezes contrárias à própria comunidade.

O medo político tem ainda um claro efeito inibitório até sobre o pensamento: anula toda atitude de rebeldia ou de inconformidade. Mais ainda: destrói todo vestígio de criatividade individual e social, toda expressão de dissenso. O medo, em definitivo ‘assassina’ o futuro, pois é sabido que só o discurso racional e livre de condicionamentos conduz à criatividade social e política voltada (projetada) para o futuro.

Assim, o medo político – como fator socialmente perverso desestimula a criatividade individual e o espírito crítico e a política que deveriam servir para enfrentar e desativar o medo, acabam por estimular essa conduta negativa.
 Porém, a sociedade há de encontrar forças para corrigir as deformações e as patologias que corroem o espírito das instituições republicanas, como se está conduzindo o país, com a outorga de mais ‘poderes’ ao Executivo pela excessiva edição de medidas provisórias e, agora tenta-se até a edição de ‘decreto’ com força de ‘lei’, o que anula o Poder Legislativo, degradando a qualidade institucional afetadas por essas medidas, assim com o enfraquecimento da segurança jurídica e da segurança econômica restringindo justamente a adoção de  políticas públicas e estratégias de curto, médio e longo prazo, para melhorar a educação, dotar o País de condições para o desenvolvimento sustentável, restabelecer e manter a segurança pública.


 Esses objetivos somente serão atingidos se evitarmos a reiterada política do medo com sua influencia deletéria dominante e dissuasória sobre a cidadania. As mudanças e avanços que devem ser instrumentalizados somente poderão ser concretizados ativando o pensamento livre; e o pensamento livre só é imaginável em um sociedade sem temor e tremor.

A história, inclusive atual, é o exemplo dessa verdade irrefutável.

 
Abs RR

Veja como cada senador votou sobre emendas do salário mínimo


Senado aprovou nesta quarta-feira (23) salário de R$ 545.
Projeto será remetido para sanção pela presidente Dilma Rousseff.
Do G1
em Brasília e São Paulo

A votação do projeto do salário mínimo no Senado, nesta quarta-feira (23), teve quatro etapas principais: a votação do texto-base e, em seguida, de cada um dos três destaques que podiam alterar o projeto original. Logo após a aprovação simbólica da proposta do Executivo, os senadores passaram à votação nominal de cada um dos destaques.

O primeiro destaque a ser votado foi o que modificava o valor do salário mínimo para R$ 600, apresentado pelo PSDB. A proposta foi derrotada por 55 votos contra, 17 a favor e 5 abstenções.


Em seguida, os senadores votaram o destaque apresentado pelo DEM, de um mínimo de R$ 560. Apoiada pelas centrais sindicais, a proposta foi rejeitada por 54 votos contra, 19 a favor e 4 abstenções.

Depois, o Senado derrubou outro destaque do PSDB, que pretendia retirar do texto o artigo que estabelece o uso de decreto como instrumento para o governo determinar, ano a ano, até 2015, o valor do mínimo.

Aprovado na Câmara e no Senado sem modificações, o projeto segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.

'Sim' significa que votou pela aprovação da emenda, e 'Não' significa que votou pela rejeição da emenda.

Veja, abaixo, como cada senador votou:
Senador Voto R$ 600 Voto R$ 560 Voto Decreto


Acir Gurgacz (PDT-RO) NÃO NÃO NÃO
Aécio Neves (PSDB-MG) SIM SIM SIM
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) SIM SIM SIM
Alvaro Dias (PSDB-PR) SIM SIM SIM
Ana Amélia (PP-RS) SIM SIM SIM
Ana Rita (PT-ES) NÃO NÃO NÃO
Ângela Portela (PT-RR) NÃO NÃO NÃO
Anibal Diniz (PT-AC) NÃO NÃO NÃO
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) NÃO NÃO NÃO
Armando Monteiro (PTB-PE) NÃO NÃO NÃO
Benedito de Lira (PP-AL) NÃO NÃO NÃO
Blairo Maggi (PR-MT) NÃO NÃO NÃO
Casildo Maldaner (PMDB-SC) ABSTEVE ABSTEVE ABSTEVE
Cícero Lucena (PSDB-PB) SIM SIM SIM
Ciro Nogueira (PP-PI) NÃO NÃO NÃO
Clésio Andrare (PR-MG) NÃO NÃO NÃO
Delcídio Amaral (PT-MS) NÃO NÃO NÃO
Demóstenes Torres (DEM-GO) SIM SIM SIM
Eduardo Amorim (PSC-SE) NÃO NÃO NÃO
Eduardo Braga (PMDB-AM) NÃO NÃO NÃO
Eduardo Suplicy (PT-SP) NÃO NÃO NÃO
Epitácio Cafeteira (PTB-MA) NÃO NÃO NÃO
Eunício Oliveira (PMDB-CE) NÃO NÃO NÃO
Fernando Collor (PTB-AL) NÃO NÃO NÃO
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) SIM SIM SIM
Francisco Dornelles (PP-RJ) NÃO NÃO NÃO
Garibaldi Alves (PMDB-RN) NÃO NÃO NÃO
Gilvam Borges (PMDB-AP) NÃO NÃO NÃO
Gim Argello (PTB-DF) NÃO NÃO NÃO
Gleisi Hoffman (PT-PR) NÃO NÃO NÃO
Humberto Costa (PT-PE) NÃO NÃO NÃO
Inácio Arruda (PCdoB-CE) NÃO NÃO NÃO
Itamar Franco (PPS-MG) SIM SIM SIM
Ivo Cassol (PP-RO) NÃO NÃO NÃO
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) SIM SIM SIM
Jayme Campos (DEM-MT) SIM SIM SIM
João Alberto Souza (PMDB-MA) NÃO NÃO NÃO
João Durval (PDT-BA) NÃO NÃO NÃO
João Pedro (PT-AM) NÃO NÃO NÃO
João Ribeiro (PR-TO) NÃO NÃO NÃO
João Vicente Claudino (PTB-PI) NÃO NÃO NÃO
Jorge Viana (PT-AC) NÃO NÃO NÃO
José Agripino (DEM-RN) SIM SIM SIM
José Pimentel (PT-CE) NÃO NÃO NÃO
Kátia Abreu (DEM-TO) ABSTEVE ABSTEVE SIM
Lídice da Mata (PSB-BA) NÃO NÃO NÃO
Lindbergh Farias (PT-RJ) NÃO NÃO NÃO
Lobão Filho (PMDB-MA) NÃO NÃO NÃO
Lúcia Vânia (PSDB-GO) SIM SIM SIM
Luiz Henrique (PMDB-SC) ABSTEVE ABSTEVE ABSTEVE
Magno Malta (PR-ES) NÃO NÃO NÃO
Marcelo Crivella (PRB-RJ) NÃO NÃO NÃO
Marinor Brito (PSOL-PA) SIM SIM SIM
Mário Couto (PSDB-PA) SIM SIM SIM
Marisa Serrano (PSDB-MS) SIM SIM SIM
Marta Suplicy (PT-SP) NÃO NÃO NÃO
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) NÃO NÃO NÃO
Paulo Bauer (PSDB-SC) SIM SIM SIM
Paulo Davim (PV-RN) NÃO NÃO NÃO
Paulo Paim (PT-RS) NÃO NÃO NÃO
Pedro Simon (PMDB-RS) ABSTEVE ABSTEVE ABSTEVE
Pedro Taques (PDT-MT) NÃO SIM SIM
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) SIM SIM SIM
Renan Calheiros (PMDB-AL) NÃO NÃO NÃO
Ricardo Ferraço (PMDB-ES) NÃO NÃO NÃO
Roberto Requião (PMDB-PR) ABSTEVE SIM SIM
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) NÃO NÃO NÃO
Romero Jucá (PMDB-RR) NÃO NÃO NÃO
Sérgio PeteCão (PMN-AC) NÃO NÃO NÃO
Valdir Raupp (PMDB-RO) NÃO NÃO NÃO
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) NÃO NÃO NÃO
Vicentinho Alves (PR-TO) NÃO NÃO NÃO
Vital do Rego (PMDB-PB) NÃO NÃO NÃO
Waldemir Moka (PMDB-MS) NÃO NÃO NÃO
Walter Pinheiro (PT-BA) NÃO NÃO NÃO
Wellington Dias (PT-PI) NÃO NÃO NÃO
Wilson Santiago (PMDB-PB) NÃO NÃO NÃO

24/02/2011

“Ninguém vai enfiar uma estaca no coração dele?”

Brasília é a Transilvânia, e o Senado é o castelo de Sarney

José Sarney é uma piada!

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) tinha direito a falar cinco minutos na condição de autor do destaque que suprimia o Artigo 3º do Projeto de Lei, aquele que solapa a Constituição. Pois bem… A Mesa do Senado costuma sempre dar um minutinho a mais, dois… Sarney, muito bonzinho, concedeu 12 minutos extras a Aécio: falou por 17.

Violou, assim, o Regimento. Por amor a Aécio? Não só…

Em seguida, num procedimento também anti-regimental, resolveu dar a palavra ao senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado. O Regimento não prevê a fala de alguém contrário ao destaque.

Confrontado com as regras, sabem o que respondeu Sarney? Como ele já havia desrespeitado mesmo o Regimento ao deixar Aécio falar 17 minutos, não via mal nenhum e considerava questão de justiça desrespeitá-lo de novo para Costa falar.

Sarney, este monumento moral, este Colosso de Rhodes da literatura, este pilar do pensamento lógico, acredita que dois erros fazem um acerto. Questionado pelo próprio Aécio, respondeu que havia sido generoso com o tucano e estava compensando o PT, o que levou o mineiro a dizer que melhor teria sido a interrupção de sua fala.

O mais espantoso, o mais escandaloso, o mais especioso, o mais espetacular nisso tudo é que essa lambança regimental se dava justamente no destaque que acusava a inconstitucionalidade do Artigo 3º da lei.

No dia em que os senadores abriram mão de uma prerrogativa que pertence ao Poder da República que eles integram, Sarney resolveu usar o regimento como bem quis, ora sendo indevidamente condescendentes com um senador da oposição, ora concedendo a um senador do governo uma prerrogativa inexistente. Costa acabou abrindo mão da palavra. Abria mão daquilo a que não tinha direito.


Paulo Francis perguntava: “Ninguém vai enfiar uma estaca no coração dele?”


Brasília é a Transilvânia, e o Senado é seu castelo.
23/02/2011

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Senado aprova mínimo de R$ 545


Senado aprova em votação simbólica texto-base do mínimo de R$ 545




Falta agora analisar a emenda que elimina do projeto a fixação do valor por decreto.

As de R$ 560 e R$ 600 foram derrubadas


Senado derruba também proposta de mínimo de R$ 560


Adriana Vasconcelos
e Cristiane Jungblut
O Globo
BRASÍLIA - Com 54 votos contra, 19 a favor e quatro abstenções, o Senado acaba de rejeitar a emenda do líder do DEM, senador José Agripino (RN), que propunha que o salário mínimo fosse fixado em R$ 560.

Na votação da emenda dos R$ 600, das cinco abstenções, quatro foram de senadores do PMDB: Pedro Simon (RS), Roberto Requião (PR), Luiz Henrique (SC) e Cassildo Maldaner (SC).

A quinta abstenção foi da senadora Katia Abreu (DEM-TO).

Entre os dissidentes da base governista que votaram a favor da proposta do PSDB estavam apenas dois parlamentares: Ana Amélia (PP-RS) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

23/02/2011

A trajetória do ditador líbio Muammar Kadafi



No comando da Líbia desde 1969, o coronel Muammar Kadafi é o líder há mais tempo no poder na África e no mundo árabe.

Quando tinha apenas 27 anos, Kadafi organizou o golpe de Estado no qual o rei Idris foi derrubado, e, desde então, tem mantido um controle à 'mão de ferro', dizimando seus opositores e controlando o petróleo líbio. A atual revolta da população contra seu líder é o maior desafio de seu longo governo.

Entre suas muitas excentricidades, duas das mais conhecidas são o hábito de dormir em uma tenda beduína e de andar com dezenas de seguranças mulheres para sua proteção em viagens ao exterior.

Kadafi nasceu em 1942, na área costeira de Sirte, ao norte da Líbia. Ingressou na Universidade de Benghazi para estudar geografia, mas logo abandonou o curso para se juntar ao exército.

Depois do golpe de Estado em 1969 e com sua chegada ao poder, Kadafi estabeleceu o país no pan-arabismo, com uma filosofia anti-imperialista misturada com aspectos do Islã. Enquanto isto, ele permitia o controle privado sobre as pequenas empresas, enquanto as maiores eram do governo.

Kadafi era um admirador do líder egípicio Gamal Abdel Nasser (1918-1970), do seu socialismo árabe e da ideologia nacionalista.

Durante grande parte do seu governo, Kadafi tentou unir Líbia, Egito e Síria em uma federação, mas sem sucesso. Anos mais tarde, tentaria uma tática semelhante com a Tunísia, novamente sem conseguir o fim desejado.

Esmagando dissidentes

Em 1977, Kadafi mudou o nome do país para Grande Socilaismo Popular da Líbia Árabe Jamahirya (Estado das massas) e as pessoas puderam expor seus pontos de vista em congressos.

Porém, muitos que participaram destes congressos criticaram a liderança de Kadafi, acusando-a de ser uma ditadura militar, reprimindo a sociedade civil e esmagando impiedosamente seus dissidentes. A mídia, então, passou a ficar sob forte controle governamental.

O regime tem centenas de pessoas presas e condenadas à morte por violarem a lei, segundo a Organização de Direitos Humanos.

Kadafi sempre teve um papel proeminente na organização da oposição dos árabes ao acordo de paz de Camp David entre Egito e Israel, em 1978. Porém, com opiniões extremas sobre as resoluções do conflito Israel-Palestina, entre outros, a política externa da Líbia sofreu uma mudança: com vários países árabes ignorando as opiniões do líder líbio, o foco do país passou a ser para os africanos.

Na África, Kadafi foi mais ouvido e, com isso, conseguiu a formação da União Africana. Mas, no Ocidente, a visão do líder da Líbia é de um "terrorista", acusado de apoiar grupos armados, incluindo as Farc, na Colômbia, e o IRA, na Irlanda do Norte.

O suposto envolvimento da Líbia em um atentado, em 1986, dentro de uma discoteca na cidade de Berlim, resultando na morte de dois soldados americanos, acarretaram em ataques áreos dos EUA a Trípoli e Benghazi, matando 35 líbios, inclusive a filha adotiva de Kadafi. Ronald Regan, então presidente dos EUA, o chamou de 'cachorro louco'.

Outro episódio terrorista que envolve a Líbia é o bombardeio do voo da Pan Am que iria de Londres para Nova Iorque, sobre a cidade de Lockrbie, na Escócia, em 1988. O atentado matou 270 pessoas (11 em terra e 259 no avião). Este é o mais conhecido e controverso incidente terrorista em que Kadafi teve seu nome mencionado como um dos envolvidos.

Por muitos anos, Kadafi negou envolvimento, o que resultou em sanções da ONU e o status da Líbia como um estado pária (excluído do cenário mundial). Mas Abdel Basset al-Megrahi, agente secreto líbio, foi condenado por plantar a bomba e, assim, o regime de Kadafi assumiu formalmente a responsabilidade pelo ataque, em 2003. Ele pagou indenização às famílias dos mortos.
Fim do isolamento

Também em 2003, Kadafi rompeu o isolamento com o Ocidente, ao entregar seu inventário inteiro de armas de destruição em massa.Em setembro de 2004, George W. Bush, então presidente dos EUA, terminou formalmente o embargo comercial dos americanos como resultado do desmantelamento do programa de armas da Líbia e pela responsabilidade do atentado de Lockerbie. A normalização das relações com as potências ocidentais permitiu que a economia líbia tivesse um crescimento econômico relevante, principalmente na indústria petrolífera.

Porém, Kadafi voltou a mostrar seu lado controverso, quando o responsável pelo atentado de Lockerbie, al-Megrahi, voltou à Líbia e foi recebido como herói pelo líder. EUA, Reino Unido e outros países condenaram a atitude.

Em setembro de 2009, Kadafi visitou os EUA e pela primeira vez compareceu à Assembleia Geral da ONU. Seu discurso, que duraria 15 minutos, acabou durando 1h30min. Ele rasgou um exemplar da Carta da ONU, acusou o Conselho de Segurança de ser um corpo terrorista semelhante à Al-Qaeda e exigiu 7,7 trilhões de dólares em compensação para a África, pelo passado de colonização do continente.

Durante visita à Itália, em agosto de 2010, a convite de Kadafi, milhares de jovens e mulheres se converteram ao Islã, obscurecendo uma viagem de dois dias, destinada a cimentar os crescentes laços entre Trípoli e Roma.
Relação com Lula
Lula e Kadafi se reuniram por quatro vezes durante os dois mandatos do líder brasileiro.

O ex-presidente sempre afirmou que o Brasil não tinha preconceitos em sua "diplomacia pragmática". Esta relação se deu, provavelmente, devido à entrada de empresas brasileiras na Líbia.

Algumas construtoras investiram 1,4 bilhão de dólares no país, e Lula se aproximou de Kadafi, para garantir o sucesso desse investimento.

Essa relação deve sofrer um baque, já que Dilma Rousseff não abre mão dos direitos humanos - para ela, uma área inegociável. E com os últimos acontecimentos na Líbia, é provável que o exêntrico líder fique longe dos interesses brasileiros.

Veja fotos do líder líbio:
 









Taxa de desemprego sobe para 10,4% em janeiro, segundo Dieese


Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese é feita mensalmente na regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal

Por Vinicius Konchinski
Agência Brasil
A taxa de desemprego subiu para 10,4% em janeiro nas sete maiores regiões metropolitanas do país. O índice foi divulgado hoje (23) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)  é de 0,03 ponto percentual maior do que registrado em dezembro do ano passado (10,1%).

A Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese é feita mensalmente na regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e no Distrito Federal. Segundo o estudo, em janeiro, foram eliminados 165 mil postos de trabalho nesses locais.

Mais 108 mil pessoas deixaram a População Economicamente Ativa (PEA). Isso resultou em um aumento de 57 mil pessoas no número de desempregados.


A taxa de desemprego aumentou em Recife (de 12,8% para 13,5%), Belo Horizonte (de 7,1% para 7,7%) e São Paulo (de 10,1% para 10,5%). Porém, manteve-se praticamente estável em Fortaleza (de 8,3% para 8,5%), Porto Alegre (de 7,2% para 7,3%) e Salvador (de 13,8% para 13,6%). No Distrito Federal, ela caiu ligeiramente (de 12,9% para 12,6%).


Já entre os setores, o nível de ocupação caiu nos serviços (1,1%), na indústria (1%), na construção civil (2,1%) e no agregado de outros setores (1,2%). Só o comércio registrou aumento do nível de ocupação, com crescimento de 1,1% e 35 mil postos gerados.


Na comparação entre janeiro deste ano e janeiro do ano passado, porém, a taxa de desemprego caiu 2 pontos percentuais. Baixou de 12,4% no início de 2010 para os 10,4% em janeiro de 2011. Destaque para Porto Alegre, que reduziu seu desemprego de 9,7% para 7,3%.


Já o número de trabalhadores ocupados subiu 3,6%. Foram mais de 680 mil vagas de trabalho geradas em todos os setores da economia, nas sete regiões metropolitanas pesquisadas. 

 

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pergunta que não quer calar


Terá Lula enviado uma mensagem de apoio a seu “amigo, irmão e líder “Kadhafi?

Essas coisas são assim, né?


Na alegria e na tristeza…

Por Reinaldo Azevedo

Kadhafi ameaça manifestantes armados com 'pena de morte'

 
AFP

TRÍPOLI — O dirigente líbio, Muamar Kadhafi, confrontado por uma revolta popular sem precedentes, ameaçou nesta terça-feira os manifestantes armados com a "pena de morte", e convocou o exército e a polícia a tomar o controle da situação.

"Entreguem suas armas imediatamente, senão haverá derramamento de sangue", lançou durante um discurso de uma hora e vinte minutos transmitido pela televisão.

Apesar dos depoimentos mencionando uma repressão mortífera, o coronel Kadhafi, que vestia uma túnica marrom, afirmou: "Nós ainda não fizemos uso da força". Mas, "se a situação piorar, nós a utilizaremos conforme as leis internacionais e a Constituição líbia".

"O povo líbio está comigo", disse, convocando seus partidários a se manifestar a partir de quarta-feira.

O "Guia", que tinha em mãos seu Livro Verde, uma coletânea de seus pensamentos publicada nos anos 1970 e que serve de Constituição para o país, igualmente afirmou que ele "lutaria até a última gota de seu sangue".

"Muamar Kadhafi não possui um posto oficial para que ele possa renunciar. Muamar Kadhafi é o chefe da revolução, sinônimo de sacrifícios até o fim dos dias. Este é meu país, o país de meus pais e ancestrais", afirmou, em um discurso inflamado, referindo-se a si mesmo em terceira pessoa.

O coronel Kadhafi chegou ao poder após ter derrubado, no dia 1º de setembro de 1969, o rei Idriss.

Em 1977, ele proclamou a "Jamahiriya" - "Estado das massas" que seria governado por comitês populares eleitos - atribuindo para si o papel de "Guia da revolução".

Ameaçou os "rebeldes" com uma resposta "similar àquela de Tiananmen (na China) e Fallujah (no Iraque)" e de "purgar a Líbia casa por casa".

Fallujah foi devastada em 2004 por dois assaltos do exército americano contra a rebelião. Já a intervenção do exército chinês contra a população civil de Pequim na Praça Tiananmen, na noite do dia 3 para o dia 4 de junho de 1989, acabou matando centenas, ou até mesmo mais de mil pessoas.

"Todos os jovens devem criar amanhã comitês de defesa da revolução: eles protegerão as estradas, as pontes, os aeroportos", continuou.

"Todos devem assumir o controle das ruas, o povo líbio deve tomar o controle da Líbia, nós vamos lhes mostrar o que é uma revolução popular", acrescentou, ao ler um texto do discurso pontuado por silêncios e gagueiras.

"Capturem os ratos", lançou, referindo-se aos manifestantes antiregime.

"Nenhum louco poderá despedaçar nosso país", disse ainda o coronel Kadhafi, que discursava em frente a sua casa bombardeada em abril de 1986 pelos americanos.

A Líbia enfrenta desde o dia 15 de janeiro um movimento de contestação sem precedentes, que está sendo violentamente reprimido.

Na manhã de segunda-feira, a Federação Internacional das Ligas de Direitos Humanos (FIDH) havia aumentado o número de mortos no país de 300 para 400. A Humans Rights Watch (HRW) anunciou um balanço de ao menos 233 mortos desde o início do movimento.

Uma reunião do Conselho de Segurança da ONU voltada para a violência na Líbia está sendo realizada nesta terça-feira em Nova York.

O embaixador da Alemanha Peter Wittig pediu uma ação "rápida e clara" para a situação.

Lula e ex-ministro da Previdência são alvos de ação no MPF por improbidade administrativa


 O Globo

BRASÍLIA - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro da Previdência Social Amir Francisco Lando são acusados de improbidade administrativa por utilizar a máquina pública para realizar promoção pessoal e favorecer o Banco BMG.

O Ministério Público Federal no DF (MPF/DF) entrou na Justiça e pede o bloqueio dos bens dos acusados e o ressarcimento aos cofres públicos de cerca de R$ 9,5 milhões gastos indevidamente. De acordo com o Ministério Público, o processo está em fase de intimação dos réus. Ele foi protocolado no último dia 31 de janeiro, na 13ª Vara Federal.

Entre outubro e dezembro de 2004, segundo apurações do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU), mais de 10,6 milhões de cartas de "conteúdo propagandístico" foram enviadas aos segurados do INSS com dinheiro público.

As cartas informavam sobre a possibilidade de obtenção de empréstimos consignados com taxas de juros reduzidas. No total, foram gastos cerca de R$ 9,5 milhões com a impressão e a postagem das cartas.

A ação, datada de 26 de janeiro, defende que não havia interesse público no envio das informações e a assinatura das correspondências diretamente pelo então presidente da República e pelo ex-ministro da Previdência foi realizada para promover as autoridades.

O Ministério Público também aponta o favorecimento do Banco BMG, única instituição particular apta a operar a nova modalidade de empréstimo naquela época.

As investigações mostraram que a única novidade na época do envio das cartas era o convênio recém firmado entre o banco e o INSS, pois a lei que permitia aos segurados efetuarem empréstimos consignados foi sancionada dez meses antes.

Outro fato que chamou atenção foi a rapidez no processo de convênio entre o BMG e o INSS: durou apenas duas semanas, quando o comum é cerca de dois meses.

A investigação mostrou, ainda, que os custos de postagem das cartas também causaram prejuízo aos cofres públicos, uma vez que os valores pagos pelo INSS aos Correios foram mais altos do que os valores de mercado.

De acordo com o Ministério Público, se forem condenados pela Justiça, os acusados poderão, ainda, ter os direitos políticos suspensos; pagar multa; ficar proibidos de contratar ou receber benefícios do Poder Público; e perder a função pública ou aposentadoria, quando for o caso.

A polícia suspeita que a primeira fase das negociações entre o BMG e o governo federal em torno do crédito consignado em folha está na origem do mensalão, pagamentos do PT em troca de apoio dos partidos da base governista entre 2003 e 2004, o maior escândalo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 22/02/2011


O neurônio entrou em pane de novo


O neurônio entrou em pane de novo



O discurso em que Dilma Rousseff confundiu em Sergipe uma cidade baiana com outra pernambucana, foi corrigida pelo governador Eduardo Campos, deu um pito na assessoria e acusou a internet de incompetência já valeu uma internação no Sanatório Geral.

O vídeo que documenta a performance do neurônio solitário mostra que a coisa foi pior do que se imagina.

Reparem, por exemplo, na perplexidade da jovem encarregada de traduzir em sinais um falatório em dilmês erudito:



No mesmo pronunciamento, a presidente anunciou a criação do Ministério das Pequenas e Médias Empresas e de uma Secretaria Nacional de Irrigação. As novidades jogam alguma luz sobre um dos mais densos mistérios da campanha eleitoral. Dilma devia estar querendo dizer alguma coisa parecida quando, conforme registra o vídeo abaixo, o neurônio entrou em pane.





Sem poupar críticas, José Serra diz que governo não cumprirá projetos de campanha


“O destaque é o estelionato eleitoral.

Há quatro meses falavam em investir num monte de coisas, milhões de casas, milhões de creches, de quadras esportivas, de estradas, de ferrovias.

A realidade é que está tudo parado, a herança maldita deixada por Lula é gigantesca em razão do descontrole dos gastos, dos maiores juros do mundo, da desindustrialização.

A montagem do governo foi um festival de barganhas e, antes de terminar o segundo mês, ainda tivemos o bloqueio a um salário mínimo melhor, o escândalo de Furnas e a não apuração dos escândalos da Casa Civil.

Não é à toa que a presidente fala pouco e nunca de improviso.

O atual governo optou por fingir que nada disso é com ele.”


Entrevista com o x-governador José Serra (PSDB-SP)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sobrevivem no Brasil muitos resquícios do passado inflacionário.


Legado inflacionário




Indexação de ajustes do salário mínimo alimenta a transmissão de aumentos do passado para o futuro, que dificulta o combate à inflação

A aprovação do salário mínimo de R$ 545 para este ano, com manutenção da regra de correção negociada pelo governo com as centrais sindicais até 2015, reforça um problema que ainda aflige a economia brasileira: a indexação.


A vigorar a norma, que prevê correção do mínimo pela inflação do ano anterior somada à variação do PIB de dois anos antes, a alta em 2012 será de 13%.

O Brasil passou por um longo processo de desinflação desde o advento do regime de metas em 1999. Entre 2005 e 2010 a média da inflação anual ficou em 4,9% -um bom resultado considerando-se a meta de 4,5%. Parece claro, porém, que reduções para patamar entre 2% e 3% esbarram em obstáculos -entre os quais a indexação salarial, que a nova regra do mínimo ressuscita.

Sobrevivem no Brasil muitos resquícios do passado inflacionário. O principal é o repasse automático da inflação passada a preços importantes da economia, como aluguéis, telefonia, energia elétrica, ônibus, pedágios, água, esgoto, escolas etc.

A maior parte desses ajustes segue, formal ou informalmente, o IPCA, índice oficial do consumidor, ou o IGP, muito influenciado pela taxa de câmbio e por preços no atacado, que guardam pouca ou nenhuma relação com os setores citados.


Com isso, um choque inflacionário como o que se vê hoje na agricultura é transmitido a praticamente todos os preços, independentemente do quadro competitivo de cada setor da economia. Em 2010, por exemplo, a alta do IGP foi de 11,3%, por conta da elevação das cotações de matérias-primas. Por que razão o aluguel residencial ou o valor do pedágio teriam de ser corrigidos na mesma proporção no ano seguinte?

As consequências desse mecanismo são perversas. Vão além da redução do poder de compra da população. Quando o pedágio sobe 11%, encarece a logística das empresas, que repassam os custos aos preços. E assim ocorre com todos os itens indexados. Cria-se um crônico problema de competitividade e uma tendência quase irresistível a passar tudo para o preço final. Não surpreende que o Brasil venha se tornando um país caro para produzir e consumir.

A indexação também contamina as expectativas de inflação, que são influenciadas fortemente pelos aumentos passados. Isso faz com que seja maior o sacrifício, em termos de desaceleração, para debelar os efeitos de um choque inflacionário -e essa é uma das explicações para juros tão altos.

Seria desejável que o governo começasse a desmontar esses mecanismos, mas infelizmente a investida para indexar o mínimo vai em sentido contrário.