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sábado, 4 de setembro de 2010

Dilma é indiscutivelmente a “musa dos corruptos”.

Está na cadeia aliado de Dilma no Mato Grosso


O prefeito de Dourados, a segunda maior cidade do Mato Grosso, Ari Artuzi (PDT), aliado de primeira hora da candidata Dilma, está fazendo campanha no 3º DP de Campo Grande, onde se encontra enjaulado, por ter montando um esquema aperfeiçoado do mensalão de José Dirceu.

Usava propinas para corromper a Câmara e enriquecer.

Chega a ser patológico o habito da candidata Dilma se aliar a corruptos e foras da lei

Foto: Assecom/Prefeitura de Dourados
AMIGOS PARA SEMPRE
O prefeito de Dourado, Ari Artuzi abraçado a Dilma Dossiêff, há oito dias, está agora na cadeia, por corrupção: recebia 10% de todas as obras feitas no município.

Pretendia ficar milionário com as promessas de implantação de obras do PAC na cidade.

Fontes: Folha de São Paulo, In Tribus Verbi, Prefeitura de Dourados, Dourados Agora, Midiamax, Grande FM, Estadão

Há pouco mais de oito dias, 24 de agosto, o prefeito de Dourados (MS), Ari Artuzi (PDT), decretou ponto facultativo, para que os funcionários públicos da cidade pudessem acompanhar a visita de Lula ao município e chegou a colocar ônibus gratuitos para levar a população onde o presidente fez um daqueles showmícios, fingindo que inaugura obras.

O motivo de Lula andar pelo Mato Grosso foi para justificar seu deslocamento para participar de um comício para a candidata Dilma Dossiêff.

A escolha do município de Durados, a segunda maior cidade do Mato Grosso, deveu-se ao apoio incondicional dado pelo prefeito Ari Artuzi, a candidata Dilma. Acontece que no momento, o apoiador da candidata, o prefeito Ari Artuzi, encontra-se na cadeia, acusado de chefiar uma quadrilha de “mensalão”, nos moldes do esquema inaugurado pelo quadrilheiro José Dirceu, o guru de Dilma.

Impressiona como Dilma Dossiêff coleciona apoio de bandidos, como o prefeito de Dourado Ari Artuzi.
Dilma é indiscutivelmente a “musa dos corruptos”.

Não ganhou esse título de graça, pela equipe que montou para sua campanha, repleta de fabricantes de dossiês, de quebradores de sigilos fiscais e chefes de quadrilhas, merecidamente, passou a gozar confiança, por identificação, dos piores facínoras da política brasileira.
Foto: captura de vídeo
Em um dos vídeos divulgados pela Polícia Federal, o prefeito, Ari Artuzi, aliado de Dilma, recebe uma propina e embolsa o dinheiro

A corrupção de Dourados é de larga escala. Coisa de dar inveja a José Dirceu, José Sarney e Renan Calheiros.
O atual prefeito Ari Artuzi, a primeira dama, Maria Aparecida de Freitas Artuzi, o vice-prefeito, Carlos Roberto Assis Bernardes, o Carlinhos Cantor, nove vereadores e quatro secretários municipais foram presos na quarta-feira por envolvimento em um esquema fraudulento em licitações.

Ao todo, 28 pessoas foram detidas pela Polícia Federal.

Segundo as investigações, as licitações eram direcionadas ilegalmente e os acordos fechados ilicitamente rendiam 10% do valor do contrato.

O dinheiro arrecadado servia para pagar vereadores, caixa de campanha e bens pessoas do prefeito, disseram os policiais.

Por medida de segurança, o prefeito de Dourados foi transferido para a delegacia de Campo Grande.

Os outros estão detidos em um presídio em Dourados.
Leia mais.

A banca não quer saber do “desenvolvimentista” José Serra.


A banca não quer saber do “desenvolvimentista” José Serra

Nas últimas 24 horas (quinta para sexta-feira) o editor foi a São Paulo para buscar informações na área econômica.

. Ao circular entre um grupo de 13 banqueiros e executivos do mercado financeiro em evento realizado na avenida Paulista, o editor percebeu o seguinte sobre a sucessão presidencial:

- A banca está com Dilma Roussef.

. A banca acha que o candidato tucano José Serra é desenvolvimentista demais.

Caso vença, seu governo dará prioridade ao setor produtivo (à economia real), obrigando os bancos a ganharem dinheiro com o suor do rosto.

. Caso Serra emplaque, o Brasil sairá da liderança mundial dos juros altos.

3 de setembro de 2010


“A desgraça da mentira é que, ao contar a primeira, você passa a vida inteira contando mentiras para justificar a primeira que você contou”.



O pastor não ouviu o que disse



Para evitar a ampliação do estrago causado pelo estupro do sigilo fiscal de políticos tucanos, eles esconderam o caso de Verônica Serra.

Para reduzir o impacto da violência imposta à filha de um candidato à Presidência, eles providenciaram uma procuração falsificada.

Para diminuir o assombro provocado pela descoberta da fraude, eles escalaram para o papel de culpado um contador especializado em maracutaias no Fisco.

Para abrandar a perplexidade decorrente da notícia de que o contador é um petista de carteirinha, eles agora costuram às pressas a mentira de amanhã.

Nesta quinta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira garantiu que nunca fora filiado a partido nenhum.

“Se alguém me filiou, nem conheço quem é, se caso eu tiver filiado”, gaguejou.

A mentira foi implodida 24 horas depois: hoje, o JN informou que Atella foi adepto da seita entre 20 de outubro de 2003, quando assinou a ficha de inscrição no PT de Mauá, e 21 de novembro de 2009, menos de dois meses depois da violação do sigilo de Verônica Serra.

Atella primeiro jurou que não se lembrava dos seis anos de militância.
Logo admitiu que pode ter assinado alguma ficha “num momento de empolgação”.
 

Foi socorrido por José Eduardo Dutra, presidente nacional do partido.

Até o fim da tarde, Dutra nunca ouvira falar em Atella.

Descobriu em menos de duas horas que o contador bandido “nunca teve participação política dentro do PT”.

Se existiu, declamou o companheiro, a filiação foi “apenas cartorial”.


Em 17 de julho de 2005, levado às cordas pelo escândalo do mensalão, o presidente Lula usou uma entrevista ao programa Fantástico para esquivar-se da saraivada de golpes e escapar do nocaute.

“Trabalhar com a verdade é muito melhor”,
disse com pose de professor de jardim de infância.


“A desgraça da mentira é que, ao contar a primeira, você passa a vida inteira contando mentiras para justificar a primeira que você contou”.




Verdade.
 
Só que o pastor não prestou atenção no que dizia.

Nem o rebanho.




04/09/2010


Vergonha!

Consciência limpa


Consciência limpa

Por Olavo de Carvalho
MSM

O PT, repito há duas décadas, é um partido revolucionário, totalitário, firmemente decidido a banir da vida política tudo o que não seja ele próprio ou igual a ele próprio.

Já tendo demonstrado que Vladimir Safatle possui a quota de burrice requerida para o preenchimento do cargo de professor de filosofia na USP (ver Cabeça de uspiano 
e aqui.) não me espanta que ele agora apareça clamando pela implantação de um regime totalitário no Brasil, nem muito menos que o faça com o ar inocente de quem defendesse, com isso, a mais pura normalidade democrática.

Não o acuso de ser fingido, hipócrita, manipulador.

Ele não usa da língua dupla orwelliana para nos enganar.

Ao contrário, ele deixou-se intoxicar de doublespeak ao ponto de que, em vez de usá-la, é usado por ela, ecoando, com a inimputabilidade mecânica de um boneco de ventríloquo, o que quer que ela lhe instile na caixa craniana.

Não imaginem pois que ele tente nos vender, maquiavelicamente, o totalitarismo com o nome de democracia.

Não! Ele acredita mesmo, com pia sinceridade, que totalitarismo é democracia, que democracia é totalitarismo.

Almas caridosas podem nutrir a esperança de que um dia ele venha a tornar-se capaz de distinguir ao menos um pouquinho essas duas coisas, mas para tanto ele necessitará de umas mil reencarnações, e eu não acredito em reencarnação. Safatleza não tem cura.

Em artigo recém-publicado na Folha de S. Paulo (onde mais poderia ser?), ele critica os candidatos do PSDB por terem se permitido, na campanha eleitoral, dizer duas ou três coisas que estão um tanto à direita da linha oficial petista.

O partido de José Serra e Índio da Costa, proclama o referido, "só teria alguma chance se tivesse ensaiado uma reorientação programática a partir de um discurso mais voltado à esquerda".

Com toda a evidência, a democracia dos sonhos do prof. Safatle consiste na livre concorrência entre vários partidos iguais ao PT.

Insisto: não creio que ele tenha o intuito de ludibriar a platéia ao usar a palavra "democracia" para designar o que é, em substância, um totalitarismo mal e porcamente camuflado - o regime de um partido único com nomes diversos.

Ao contrário, ele acha mesmo que democracia é isso e nunca lhe ocorreu nem ocorrerá que possa ser outra coisa, tão funda, natural e espontânea é a sua crença de que à direita da esquerda só existe o inferno.

E na cabeça dele - há indícios de que possui uma -, essa crença não é nem um pouco maniqueísta, pois maniqueísmo é coisa da direita, não é?

Eu sempre disse que o PT não era um partido normal, que aceitasse o rodízio de poder com outros partidos de direita ou de esquerda.

O PT, repito há duas décadas, é um partido revolucionário, totalitário, firmemente decidido a banir da vida política tudo o que não seja ele próprio ou igual a ele próprio.


O fato de que venha realizando esse programa com discrição homeopática e obstinada lentidão, em vez de fazê-lo aos gritos e estampidos como o partido governante da Venezuela, só torna Lula diferente de Chávez desde o ponto de vista estético: cada um é feio a seu modo.

Lula é até um pouco mais, porque à força de facadas anestésicas logrou persuadir a direita a deixar-se morrer sem dizer um "ai", ao passo que sua equivalente venezuelana não só continua gemendo mas de vez em quando arranca uns gemidos do próprio Chávez.

O prof. Safatle sente-se inconformado de que a uniformização esquerdista do cenário eleitoral brasileiro não tenha alcançado aquele cume de perfeição em que nenhuma ínfima partícula de direitismo residual pode aparecer nem mesmo por equívoco, nem mesmo por um lapso de atenção da parte de esquerdistas leais.

Tanto é assim que, ao chamar de "errática" a campanha de José Serra, assinalando a incoerência entre a denúncia das ligações PT-Farc e os elogios concomitantes - até exagerados - do candidato oposicionista à pessoa do sr. Presidente da República, em qual dessas atitudes vê ele um erro imperdoável?

Em acusar o criminoso com provas factuais sobrantes ou em louvá-lo com base na mera opinião pessoal?

Adivinhem.

No entender do prof. Safatle, o sr. Serra, para ser um candidato sério, honesto, consistente, deveria, ao falar de Lula, ocultar os fatos desabonadores que conhece e mencionar somente as belas qualidades que imagina.

O sr. Serra só mereceria o respeito do prof. Safatle caso resistisse à tentação da sinceridade e se ativesse ao nobre exercício de um coerente puxa-saquismo.

Esse raciocínio não é nada estranho, no fundo. Um sujeito que concebe a democracia como eliminação de toda oposição ideológica só pode mesmo chamar de honestidade e seriedade aquilo que o restante da espécie humana entende por leviandade, vigarice e hipocrisia.
Quando digo que a mentalidade revolucionária enxerga tudo invertido, é disso que estou falando.

O prof. Safatle exemplifica-o com aquela candura perversa de quem conserva a consciência limpa porque não tem nenhum contato com ela.
03 Setembro 2010

Artigos - Movimento Revolucionário

Lula desce a ladeira da cumplicidade com um crime contra a Constituição. - Reinaldo Azevedo


 Quebra de sigilo, para ele, é futrica!

A Receita Federal se transformou num covil político-partidário, a serviço de uma candidatura.

Os documentos que o Estadão trouxe à luz o provam.

Direitos constitucionais estão sendo agredidos.

O mínimo que se esperava do presidente da República é algum decoro — ainda que, como diz o Estadão, basta que ele olhe no espelho para saber quem é o responsável último pela bandidagem.

Lula é o culpado pela desprofissionalização daquele órgão de estado.

Mas, já sabemos, a mulher de César, hoje em dia, não precisa nem ser nem parecer honesta.

César também não!

Basta ligar o “dane-se” (o povo usa outro verbo) e seguir em frente.

Serra havia advertido Lula, no dia 25 de janeiro, que blogs do PT faziam ilações asquerosas sobre sua filha com base em dados que só poderiam ter advindo da quebra de sigilo.

Um desses blogs, que recorre a uma linguagem inacreditável para desqualificar o tucano, recebeu uma carta de agradecimento do presidente da República. E

la valia por um endosso para toda aquela baixaria.

Outras páginas, de que a Caixa Econômica Federal é “anunciante”, faziam e fazem o mesmo.

O tucano talvez tenha imaginado que estava tendo uma conversa maiúscula com Lula, em que ambos aceitavam que há limites para a disputa política.

Engano!

Lula é o sem-limites por excelência.

Ele é o comandante da orgia institucional em curso.

Hoje, no Rio Grande do Sul, ele resolveu tratar do assunto.

E vejam em que termos, segundo a Folha (ele em vermelho, eu em azul).:

“Nosso adversário deveria procurar um novo argumento. Não é possível que possa pedir que eu censure a internet. Não posso fazê-lo.Ele não me alertou. Ele se queixou.”
Serra certamente não pediu censura. Como se trata de blogs do PT, tão ligados ao partido que um deles recebeu uma carta pessoal do presidente, o que o tucano deve ter feito foi um alerta contra o jogo sujo.
“Sempre achei que a internet livre tem coisa extraordinariamente séria e coisa extraordinariamente leviana. Não tem nada demais o que a internet publicou sobre a filha de Serra. Há insinuações como há contra o presidente Lula, contra a família do presidente Lula, contra vocês jornalistas individualmente. Se escrevem alguma coisa que o internauta não gosta, tomam cacete o dia inteiro”.

É verdade, há blogs que gostam e que não gostam de Lula; que gostam e que não gostam de Serra.

Mas há os blogs que gostam de Lula (e Dilma) e que não gostam de Serra que contam com o aporte de dinheiro público. Isso é grave.

“O Serra precisa saber uma coisa: eleição a gente ganha convencendo os eleitores a votar na gente. Não é tentando convencer a Justiça Eleitoral a impugnar a adversária. Isso já aconteceu em outros tempos, na ditadura militar.

Na democracia, o senhor Serra que vá para rua, que melhore a qualidade de seu programa [de TV]”

Lula inverte a lógica do jogo e tenta transformar a vítima em réu.
Está sendo alvo de ilegalidade asquerosas, de crimes de Estado?

Ora, que vá para a rua.
“E eu não vou permitir que nenhuma futrica menor, porque não tem nenhuma acusação grave contra o Serra, tem aquelas coisas de internet, atrapalhe.

O presidente da República tem coisa mais séria para cuidar do que as dores de cotovelo do Serra”.


Lula chama a violação da Constituição de “futrica menor”.

E notem que ele já se colocou como juiz e decidiu::

“Não tem acusação grave”.

Este é o presidente que, segundo o ministro da Justiça, mandou apurar tudo.
E o mais grave




Lula falou essas coisas todas na condição de presidente da República, no pleno exercício do cargo, no horário de expediente.

Não estava num comício.

Um presidente sempre é também um magistrado, já que é presidente de todos, inclusive de Serra e de Verônica.

A síntese de sua fala é uma só:

“Nestepaiz, faço o que bem entendo porque sou popular”.

Ao que Elio Gaspari poderia emendar:

“É verdade, Nosso Guia, e o povo é consciente e feliz”.


03.Setembro.2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pernas curtas - Dora Kramer


Pernas curtas



Se a Receita Federal é confiável como diz o presidente Luiz Inácio da Silva, por mais razão é urgente que as pessoas responsáveis pela instituição - do mais alto ao mais baixo escalão - comecem a falar a verdade e parem de tratar o cidadão brasileiro feito idiota.


A candidata Dilma Rousseff, que se apresenta como parceira de Lula em todas as ações de governo e gerente de toda a máquina pública, também precisa parar de fazer de conta que não está entendendo o que se passa.

Na impossibilidade de contar a verdade, que pelo menos arrume uma versão verossímil para corroborar a tese de que uma coisa é a violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato da oposição, outra coisa são os interesses político-eleitorais do PT.

Sob pena de carregar o passivo pelo restante dos dias até a eleição.

As teorias em circulação são frágeis e obviamente falsas.

A que passou a ser defendida - com pouquíssima sutileza, diga-se - pelo presidente Lula se assemelha àquela do caixa 2 inventada à época do mensalão para tentar reduzir o estrago jurídico e político das denúncias de fraude, corrupção e peculato.

Na época, a ideia era fugir dos crimes mais graves para assumir o crime eleitoral e socializar o prejuízo na base do "todo mundo faz".

Agora o presidente Lula indignou-se com o falsificador do documento apresentado como sendo uma procuração da filha de José Serra, Verônica, para a retirada de suas declarações na Receita.

Disse que, "se ficar provado", foi cometido "um crime grave no Brasil": falsidade ideológica.



Ora, ora.

O que se desenha é muito mais do que isso.

É a quebra de sigilo para coleta de informações de adversários.

Só não está claro se os autores se aproveitaram de esquema pré-existente no ABC ou criaram um disfarce especial para atingir seus alvos dando a impressão de que se tratava de um sistema geral de quebra de sigilo e venda dos dados.

Quando o presidente fazia o discurso da falsidade ideológica, o governo já sabia havia pelo menos dez dias que Verônica Serra tivera a declaração de renda violada e que havia suspeita de fraude e, ainda assim, sustentava a versão de que ela havia assinado uma procuração.

É uma mentira atrás da outra.

Indicativas de que as acusações da oposição têm fundamento. Se não, por que assessores do presidente reclamariam da inabilidade da Receita por ter enviado os documentos relativos a Verônica para o Ministério Público?

Achavam que a Receita poderia ter sido mais companheira e omitido essa parte já que havia a "procuração" como "prova" de licitude.

Ademais, se não sabe o que aconteceu, se é verdade que as investigações ainda estão em curso e por isso não se chegou ao culpado (ou culpados), de onde sai a certeza que não houve uso político, conforme declarou Lula?

A outra mentira da qual poderíamos todos ser poupados é a que aponta falta de interesse do PT em quebrar sigilo "agora" pois está muito à frente nas pesquisas e que a campanha de Dilma não pode ser responsabilizada, pois em 2009, quando ocorreram as violações, a candidatura dela não existia.

Existia tanto quanto a certeza do PT de que em algum momento poderia ser necessário implodir o adversário, então na dianteira nas pesquisas.

Abraçado

O candidato José Serra teria muito mais credibilidade em seu justo dever de denunciar os métodos de seus oponentes se não tivesse, por razões táticas, dito que Lula estava "acima do bem e do mal".

Se mesmo tendo sido vítima de estratagema parecido em 2006, ainda levava o adversário na maciota, fica complicado explicar - sem remeter o assunto para a seara do oportunismo - por que a opção por se abraçar com Lula no horário eleitoral, procurando estabelecer com ele uma relação comparativa de igual para igual na cabeça do eleitor.

Ou, a fim de preservar o eleitor intersecção, dirá que o PT é uma coisa, a campanha de Dilma outra e Lula uma terceira completamente diferente?

03 de setembro de 2010


Usam o país como alcova obscena de sua ânsia pelo poder.


Este é um país cujos representantes integram a mesma camarilha mentirosa, insidiosa, irreponsável que, à revelia dos cidadãos, usam o país como alcova obscena de sua ânsia pelo poder.

Não há oposição.

Não há esperança nenhuma nesses criminosos.

Mas, há o povo.

E sua vontade inexorável de mudar.

Contador que acessou IR de Verônica Serra foi filiado ao PT



Contador que acessou IR de Verônica Serra foi filiado ao PT


Apesar de sustentar, em diversas entrevistas à imprensa, que nunca teve filiação partidária, o contador Antonio Carlos Atella Ferreira – que, com uma procuração falsa em mãos, pediu acesso às declarações do Imposto de Renda da filha do candidato tucano à Presidência, José Serra, Verônica Serra - foi filiado ao PT.

O pedido de filiação foi feito em 2003.

O nome dele não aparece na base de dados atual da Justiça Eleitoral porque, em 2009, houve um problema técnico em seu registro, que não foi corrigido.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Atella filiou-se em 20 outubro de 2003 ao PT.

A data de exclusão é de 21 de novembro de 2009.


Isso não significa, no entanto, que Atella tenha se desfiliado, apenas que o nome dele deixou de constar da lista de filiados ao PT.

A exclusão foi feita menos de dois meses depois da violação do sigilo de Verônica Serra. A filiação foi feita primeiro em Mauá, no ABC paulista. Depois, o título de eleitor de Atella foi transferido para Ribeirão Pires, também no ABC.


Na quinta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Atella disse que não era filiado a nenhum partido político.

“Se alguém me filiou, nem conheço quem é, se caso eu tiver filiado”, declarou.

Inquérito



Atella foi identificado, em inquérito da Corregedoria da Receita, como o homem que pediu acesso aos dados sigilosos de Verônica e juntou ao expediente uma procuração com a assinatura falsificada da filha de Serra e dados incorretos do tabelião, como
mostrou o site de VEJA.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Atella apontou um suposto contratante: Ademir Estevam Cabral. Segundo o contador, Cabral encomendaria serviços e trabalharia para outras pessoas. O trabalho, afirmou, viria “do Brasil inteiro”.

Atella citou Minas Gerais, Brasília e São Paulo.

Por telefone, Cabral negou ao JN ter falsificado a assinatura de Verônica ou que tenha passado por ele o pedido de cópia de documentos em nome dela.

O TRE também confirmou a filiação de Cabral ao PV.

ZÉ SERRA - PROGRAMA 09 - NOITE 02/09



#HoraDaVirada !

Nós queremos Serra!

#Serra45

Programa da TV de Serra de quinta (02/09)

algneto77
2 de setembro de 2010

Imagem do dia



Dilma é a mãe do Brasil? Então a Receita é a casa-da-mãe-Dilma!

Ou: A lama espreita Mantega


Leiam o que informa a Agência Estado. Volto em seguida:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tentou despolitizar a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB.

De acordo com ele, o episódio não envolveu apenas pessoas ligadas a partidos políticos.

Mantega deixou claro que está descartada a possibilidade de exoneração do secretário da Receita, Otacílio Cartaxo.

“Eu não cogito substituir o secretário Cartaxo”, disse ele, em entrevista coletiva realizada em São Paulo, na sede da Caixa Econômica Federal (CEF).

O ministro afirmou que não só a Receita está trabalhando exaustivamente para apurar os fatos, mas também a Corregedoria, que é um órgão independente.

“Ninguém está encarando essa questão com mais seriedade do que nós, mas não há sistemas invioláveis.

Até poucos dias se comprava disquetes em São Paulo com informação da Receita e eu já dei orientações para que a Receita mude o sistema de segurança sempre que houver vazamentos, porque os contraventores sempre acham uma forma de quebrar a segurança do sistema.”


Comento

O que  significa “despolitizar a quebra do sigilo”?

Já sei: fazer de conta que o tucano José Serra não é um político.
Guido Mantega merecia, até esse episódio ao menos, o respeito e a consideração de muita gente que não alimenta lá grandes simpatias pelo PT.

Não que tivessem apreço por suas idéias —  como qualquer petista, ele fez, no poder, o contrário do que pregava quando na oposição, o que em si não é ruim —, mas era tido como alguém pessoalmente correto.

Está fazendo questão de mergulhar sua biografia na lama de crimes contra a Constituição.

Reportagens do Estadão fizeram picadinho das explicações da Receita.

Não sobrou uma só.

E ele segue confiando no trabalho de Cartaxo…

Não!

Eu não estava entre os admiradores de Mantega.

Como ele não era candidato a meu amigo, a sua eventual correção pessoal me era irrelevante. 

Além dela, exijo que seja correto com a coisa pública.

Jorge Rachid, ex-secretário da Receita, FOI DEMITIDO POR RAZÕES PURAMENTE POLÍTICAS.

E foi Mantega quem o demitiu.

No lugar, nomeou Lina Vieira.

Apostava-se na “petização” do órgão.

Sem entrar no mérito do trabalho da secretária também demitida, o fato é que ela se negou a transformar a Receita numa subdivisão da Casa Civil.

O entrevero que teve com Dilma Rousseff o prova.
É possível que houvesse irregularidades aqui e ali na Receita.

Mas ela se transformou num bordel depois que Rachid saiu.

Um trabalho de anos está sendo corrompido de maneira deplorável.

Mesma tática do mensalão



A tática empregada agora repete a do mensalão: naquele caso, negou-se o crime político, de Estado — compra do Congresso pelo Poder Executivo — para se admitir o crime eleitoral.

Agora, nega-se a intenção político-partidária das quebras de sigilo para transformar tudo numa mera ação de quadrilha envolvida com venda de dados.

Para negar a evidência dos fatos, Mantega não se incomoda em declarar que a Receita é  uma zona.

Entendo.

Dilma é candidata a mãe do Brasil.

A Receita, então, já é a casa-da-mãe-Dilma, como já sabia Lina Vieira.

03/09/2010

Iniquidade, não!

Posicionamento do Pr. Paschoal Piragine Jr sobre as eleições 2010.


Pr. Paschoal Piragina Jr

Presidente da Primeira Igreja Batista de Curitiba


pibcuritiba

Setembro de 2010


- [iniqüidade] substantivo fem singular .

Sinônimos: maldade culpa pecado transgressão desigualdade injustiça .
Antônimos: justiça retidão bondade equidade equânime .

Palavra de Jarbas


Veja a fala de Jarbas no guia eleitoral do dia 3 de setembro de 2010 sobre o escândalo da quebra do sigilo fiscal contra pessoas ligadas a José Serra

enniobenning

3 de setembro de 2010

O PT tem corroído as instituições públicas por dentro, como cupim.


FHC FALA DA CAMPANHA ELEITORAL!


Ex-Blog do Cesar Maia

"O que eu disse foi outra coisa: que a economia brasileira dispõe de motores fortes.

Nesse sentido, eu não sou pessimista.

Mas, quanto a riscos de passo atrás na política, na vida institucional, eles estão por todos os lados".

"O abuso da máquina pública para propósitos partidários, como se vê escandalosamente na atual campanha.

Depois, o fortalecimento de uma tendência corporativa, cimentando a aliança entre fundos de pensão, sindicatos e grandes empresas, com o fim político óbvio".

"Depende do que se entenda por fazer maluquice.

O PT tem corroído as instituições públicas por dentro, como cupim.

Não pratica atitudes tresloucadas, mas desvirtua as instituições por dentro, como está fazendo, por exemplo, na ANP (Agência Nacional do Petróleo)".

"Não. Eu disse que a matriz estatizante é enraizada no país, em todos os partidos.

Mas é óbvio que ela vai se acentuar num eventual governo Dilma, na direção dos sinais visíveis nos dois últimos anos do governo Lula."

(entrevista à Renata Lo Prete – FSP, 01)


Charge do dia

O novo integrante do bando


FILHA DE DILMA É PROCESSADA NO RS




FILHA DE DILMA É PROCESSADA NO RS




Os blogs sujos poderiam ver porque a filha e o ex-marido da Dilma estão sendo processados. Só para dar um descanso para a filha do Serra

Antes que alguém venha tentar igualar quebra do sigilo com acesso ao site do TJ-RS, o Blog já avisa que qualquer um pode consultar processos.

Não precisa contratar "laranja" com procuração adulterada ou financiar jornalista bandido para montar dossiê.

Neste caso aí, onde o ex-marido e ex-terrorista Carlos Araújo, bem como a filha da Dilma aparecem como réus, não dá para saber qual o motivo de estarem sendo processados.

Mas já que os porcos fuçam tanto na vida da filha do Serra, poderiam fuçar um pouco na vida da filha da Dilma. Quem sabe não encontram a sujeira que tanto procuram?


Aqui , com o número CNJ 14486311620098210001, você pode acompanhar todas as movimentações.

Ao que parece, é uma causa de R$ 45.000,00. Ao que parece, a filha da candidata não está sendo localizada pelo oficial de Justiça.


Essa gente...



Fim da liberdade de expressão?




Ditadura?

Fim da liberdade de expressão?

zoveia

03 Setembro 2010

"Controle social da mídia"


O crime é gravíssimo, mas a reação é exagerada.

O jornalismo de opinião é mais sujo do que os blogs de aluguel.


A imprensa brasileira já vive em plena nova era do "controle social da mídia".

Acha que não, mas já age como o maior escudo para preservar a imunidade dos criminosos reincidentes que estão no poder.

Grande nomes do jornalismo concordam que a quebra do sigilo da filha de José Serra é um caso gravíssimo, mas tudo tem limite.

Para este grupelho, onde é que já se viu José Serra reagir e apontar para Dilma Rousseff como responsável e, agora, para o próprio Lula como pleno conhecedor dos fatos, avisado que foi pelo próprio Serra?

Para a imprensa, a reação é desespero de José Serra.

E não é motivo para estar desesperado?

Quem, tendo uma vida correta e de serviços ao país, uma biografia inatacada, muito ao contrário da guerrilheira, terrorista, ex-detenta e carreirista, não ficaria desesperado?

Depois de enfrentar uma campanha onde o presidente comete crime em cima de crime eleitoral, sendo condenado a pagar duas mãos cheias de multas, de usar de forma desavergonhada o dinheiro público para fazer a sua sucessora, ainda ver a privacidade da sua família ser invadida não é motivo de desespero? 


A imprensa venal, que tem sido mais suja do que os blogs do esgoto, admite que o caso é grave, mas não tem fotos ou imagens.

Como se não fosse papel deles, na falta de imagens, encontrar as formas de esclarecer a opinião pública sobre a gravidade do fato.

Não é este o papel de um jornalista?

Para importantes colunistas, comentaristas e blogueiros, se não tem a montanha de dinheiro, o ocorrido não terá efeito e já está decidido que Dilma ganhará no primeiro turno. 

Esta é a concusão generalizada e vejam! eles já têm até o discurso único preparado!

Para que são tantos, então?

Por que não ter, então, apenas um jornal, apenas um redator, apenas um colunista?


A imprensa brasileira é mais suja do que os blogs do esgoto.

Ninguém precisa violar o caráter da maioria destes grandes colunistas, comentaristas e blogueiros para saber o que está por trás do seu comportamento:

para alguns, é dinheiro;

para outros, é má fé;

para outros, é chapabranquismo mesmo. 


Está muito escancarado, está tudo muito claro.

O jornalismo de opinião, com raras exceções, está curtindo adoidado o "controle social da mídia" que já chegou e que é o que eles mais queriam.


Hoje eles são muitos, mas um dia, como em Cuba, serão apenas um.

Setembro 03, 2010

Polícia Federal passou a investigar uma suposta ação ilegal no Banco do Brasil para violar as contas bancárias do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.


A exemplo do que foi feito na Receita, PF investiga se servidores do Banco do Brasil violaram contas de Eduardo Jorge


Gerson Camarotti e
Jailton de Carvalho

O Globo

BRASÍLIA - Além da quebra ilegal do sigilo fiscal de Verônica Serra , filha do candidato do PSDB à Presidência, e de outros políticos tucanos, a Polícia Federal passou a investigar uma suposta ação ilegal no Banco do Brasil para violar as contas bancárias do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge.

A exemplo do que foi feito na Receita, onde os registros no sistema apontaram as senhas de quem devassou os dados fiscais de tucanos, a PF quer saber a identidade dos servidores do BB que podem ter extraído informações das contas de Eduardo Jorge.

A PF já encaminhou à Justiça um pedido para que o banco seja obrigado a fornecer os dados do sistema de controle.


A denúncia foi feita por Eduardo Jorge em depoimento prestado à PF , em 5 de agosto.

Ele atribui o vazamento ao comitê da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.

Apesar da denúncia ter sido levada à PF há quase um mês, o BB informou nesta quinta-feira que "não há fato concreto" e, por isso, não determinou qualquer medida para apurar a denúncia.

Segundo o banco, o caso só será apurado internamente se houver "fato concreto".


A PF decidiu apressar a apuração da quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra e de Eduardo Jorge e intimar para depor o técnico contábil Antônio Carlos Atella Ferreira, acusado de usar uma procuração falsa para violar o sigilo fiscal de Verônica.

Leia mais.

Serra diz que avisou Lula sobre ataques a sua filha

Serra diz que avisou Lula sobre ataques a sua filha


CATIA SEABRA
FOLHA SÃO PAULO


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, tem dito a aliados que alertou pessoalmente, em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a hipótese de violação de sigilo fiscal de sua filha, Verônica.

Segundo seus relatos, a conversa com Lula aconteceu no dia 25 de janeiro, quando se encontraram na solenidade oficial de comemoração do aniversário da cidade de São Paulo.

Serra conta que, advertido pela própria filha, mostrou a Lula cópias impressas de artigos publicados em blogs de apoio ao PT e à candidatura de Dilma Rousseff.

Como os textos continham dados sobre Veronica, Serra reclamou da exposição de sua família em blogs, segundo ele, "patrocinados pelo governo".

O tucano teria questionado Lula sobre a origem dos dados. Ainda segundo relatos a aliados, o presidente disse que não tinha nada a ver com as publicações.

Em janeiro, Serra era governador de São Paulo e liderava as pesquisas de intenção de voto para presidente.

A amigos ele conta que ficou especialmente contrariado ao saber que, dois meses depois da conversa, o governo enviara cumprimentos ao blog pelo aniversário.

Agora, com a confirmação da quebra de sigilo da filha, Serra tem se queixado pelo fato de o governo ter negado qualquer envolvimento.

Ontem, em entrevista, Serra disse que os dados referentes à declaração de bens de sua filha eram usados, desde o ano passado, em blogs que chamou de "semioficiais".
"Esse pessoal que vem fazendo [os blogs] é da campanha da Dilma", acusou Serra.

"No ano passado, minha filha disse: 'meus dados de imposto de renda estão circulando nesses blogs sujos do PT', inclusive referências feitas em blogs da Dilma, dos amigos do presidente Lula, blogs semioficiais.

Há inclusive cartas cumprimentando o blog pelo aniversário.

Eram blogs semioficiais."


Na entrevista, realizada após audiência com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, Serra acusou o governo de "blindagem" de Dilma.

Mas, em nenhum momento, mencionou sua conversa com Lula.

Serra disse que Dilma é a responsável pela violação do sigilo, ainda que afirme desconhecer a quebra.

"Ela é a responsável, porque é a responsável pela campanha.

O esquema de espionagem foi feito com gente nomeada, reuniões, pessoas contratadas e tudo mais"
, afirmou.

Eduardo Jorge teve seu sigilo quebrado em 3 outras ocasiões



MATHEUS LEITÃO
LEONARDO SOUZA
Folha

O sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge Caldas Pereira foi violado várias vezes, em diferentes "ocasiões e datas". É o que diz relatório assinado por Guilherme Bibiani Neto, chefe da Corregedoria da Receita Federal em São Paulo, ao qual a Folha teve acesso.

O documento, de 27 de agosto, faz parte do procedimento da Corregedoria-Geral do fisco que, sob sigilo, apura o caso.

Foi enviado para a Receita e para o Ministério Público Federal em Brasília.

"Estou surpreso. Mais uma novidade da investigação", disse Eduardo Jorge.

Na página 3, Bibiani Neto diz que "constam diversos acessos em grande número a declarações de Imposto de Renda e ao CPF do contribuinte Eduardo Jorge, sem que se comprovasse motivação jurídica para fazê-lo".

Ele continua: "Os acessos supostamente imotivados não se restringem ao dia 8 de outubro de 2009, mas, pelo contrário, realizam-se em várias ocasiões e datas".


03/09/2010

Corpo a corpo




Corpo a corpo


Entrevista com Antônio Carlos Atella Ferreira, o contador que admitiu ter pego as declarações de renda da filha de Serra


Roberto Maltchik
O Globo


"Esse é o Brasil dos filhos da puta."

Antônio Carlos Atella Ferreira

BRASÍLIA - Aos 62 anos e se declarando contador profissional, Antônio Carlos Atella Ferreira admitiu nesta quarta-feira, em 22 minutos de entrevista ao GLOBO, que foi ele quem pegou na Receita as declarações de renda de Verônica Serra . E ainda afirmou que é fácil forjar o reconhecimento de firma em cartório para buscar dados sigilosos na Receita Federal usando procuração falsa - embora tenha dito que não fez isso. ( Ouça trecho da entrevista )

No dia 30 de setembro, o senhor solicitou cópia do IR de Verônica Serra?

ANTÔNIO CARLOS ATELLA FERREIRA: Eu solicito de 20 ou 30 pessoas (por dia). Eu não sabia que ela estava no meio, como estou vendo que está. O escritório passa para mim uma relação diária e me manda o documento por motoboy, e eu vou lá e retiro.

Já teve contato com a família de Serra ou com o próprio?

ATELLA: Não conheço a família do Serra. Nem sabia que ele tinha filha.

O senhor fez cópia da documentação?

ATELLA: Está assinado com a minha letra, o que pode ser comprovado em exame grafotécnico. Só a assinatura da pessoa (Verônica Serra) é que eu desconheço, e o reconhecimento em cartório, idem.

O senhor faz solicitações à Receita sem saber quem é o titular da declaração?

ATELLA: Eu nunca conheço o titular. Eu pego com advogados de São Paulo. Eu não conheço o cliente que solicita ao advogado.

Tem como localizar quem solicitou os dados?

ATELLA: Eu tenho que verificar a minha carta de clientes e ver quem solicitou.

É possível que alguém tenha usado indevidamente o nome de Verônica Serra?

ATELLA: Com certeza. Acredito até que a assinatura não seja dela. Se ela está negando, sabe do que está falando. Nem a conheço, só estava executando meu trabalho de retirar o documento legalmente. Se por acaso alguém da Receita achou que o documento estava pronto e cabível com 100%, só entregou o documento porque quis, não por coação ou dinheiro para tirar os documentos. Nunca paguei a ninguém para tirar nada.

Há quem diga que o senhor cometeu uma irregularidade.

ATELLA: Quero que o Brasil diga isso para eu me candidatar. Se saírem dizendo isso e eu provar tudo o que eu tenho para provar, eu vou ser candidato à Presidência da República. Vou sair a vereador até na minha cidade. Eu quero estar vinculado ao Lula e ao Serra. Lamento muito por ter recebido uma encomenda de um inimigo dele (Serra), que não sei nem quem é.

Então o senhor diz que recebeu a encomenda de um inimigo dele?

ATELLA: Não sei se é. Fiz um serviço profissional. Posso executar o exercício da minha profissão a qualquer momento. PT e PSDB têm dinheiro para investigar. É um prazer e uma honra. Quero que me filmem. Pelo menos, vou sair vereador onde moro...

A autorização já chega pronta para o senhor, então?

ATELLA: Sim. Já chega com os meus dados. A pessoa vai pedindo para mim. Pede dez, três, cinco, duas. Entendeu como é que é? Vou lá e retiro. Afirmo que retirei. Quando chega às nossas mãos, já chega terceirizado. Normalmente, nem o advogado a gente conhece. O advogado manda, você está entendendo? Sei que posso fazer em Minas, Brasília... onde você quiser. O que acontece: a pessoa quer que você vá lá e retire.

A filha de Serra diz que não tem firma reconhecida naquele cartório.

ATELLA: Eu não duvido. Eu tenho certeza. Eu tenho 99,9% de certeza de que ela não pediu uma coisa que poderia ter pedido para o contador da esquina. Alguém quis investigar a vida dela por qualquer motivo.

É fácil fazer isso?

ATELLA: Não vejo dificuldade na medida em que ele reconhece a firma, né? Coitado do pessoal da Receita, que não tem como prov... fazer o reconhecimento de firma também. Nem é o caso de fazer isso. Não mando ninguém, faço em causa própria. Não sou um profissional de recados, faço o exercício da minha profissão. Vivo disso.

Quanto o senhor cobraria se lhe pedisse para buscar minhas declarações do IR?

ATELLA: Eu cobraria do senhor R$ 100 por este serviço, pode ser? O senhor precisa passar a senha digital e o código, que eu emito (o documento) para o senhor. Você só precisa ir à Receita Federal, colocar os meus dados, autorizando que eu estou emitindo para o senhor. O senhor vai me dar uma procuração eletrônica. Mas, naquela época, não era assim.

Como o senhor avalia a repercussão do episódio envolvendo seu nome?

ATELLA: Acho maravilhoso! Eu vou aparecer na mídia, eu estou querendo é me divulgar. Eu não tenho problema nenhum com isso, prestei um serviço profissional.

O senhor sabe que pode ajudar a desvendar um importante mistério?

ATELLA: Eu lamento que o meu nome esteja vinculado à filha dele (Serra), mas agora vai ter uma alegria melhor. Eu posso ficar até amigo dele, eu posso ser apresentado a ele. Eu sou a pessoa que foi utilizada para retirar um documento em nome da sua filha.




01/09/2010

O responsável pela bandidagem




O responsável pela bandidagem

Editorial


O procedimento dos interessados em ter acesso a declarações de renda da empresária Verônica Serra, filha do candidato tucano ao Planalto, destoa do que, tudo indica, tenha sido o padrão seguido nas violações do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, e de três outras pessoas ligadas ao ex-governador. Nesses episódios, para obter o que queriam, os predadores da intimidade alheia contavam com afinidades políticas ou a ganância de servidores da agência da Receita em Mauá, na Grande São Paulo - uma verdadeira casa da mãe joana, com senhas individuais expostas e documentos eletrônicos ao alcance das vistas de qualquer um.

No caso de Verônica Serra, que antecedeu os dos demais em cerca de uma semana (de 30 de setembro a 8 de outubro do ano passado), o método seguido foi mais complicado na urdidura e mais simples no trâmite final. Alguém falsificou a assinatura da contribuinte - e o seu reconhecimento num cartório onde ela nem sequer tinha ficha - numa solicitação de cópia de documentos e incumbiu um tipo que habita as cercanias do Código Penal, devidamente identificado no formulário, de apresentá-la à Delegacia da Receita de Santo André. Ali, burocraticamente, a servidora Lúcia de Fátima Gonçalves Milan fez o que lhe era pedido, repassando ao titular da procuração as declarações de Verônica relativas aos exercícios de 2007 a 2009.



Por enquanto, pode-se apenas especular sobre os porquês das diferenças de estratagema. Mas o intuito era claramente o mesmo: recolher material que pudesse ser usado contra Serra na sua futura disputa com a escolhida do presidente Lula, Dilma Rousseff. Àquela altura, no último trimestre de 2009, embora o governador paulista ainda se negasse a assumir a pretensão e o mineiro Aécio Neves ainda não tivesse largado mão da esperança de ser ele o candidato, já não havia dúvidas sobre quais seriam os principais contendores da sucessão. E não passa pela cabeça de ninguém que a turma da pesada do PT fosse esperar a formalização das candidaturas para só então juntar papelório que pudesse comprometer o tucano e seus aliados.

Seria, no mínimo, subestimar a capacidade de iniciativa do "setor de inteligência" petista, como viria a ser conhecido. Principalmente porque os responsáveis pelo trabalho sujo não precisariam gastar tempo e energia para preparar o terreno por excelência de onde escavariam a matéria-prima desejada.

O campo da Receita Federal começou a ser aplainado para servir aos interesses do partido quando, em 31 de julho de 2008, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, demitiu o então secretário do órgão, Jorge Rachid, há 5 anos e meio no cargo.

Desde então, a isenção e o profissionalismo deram lugar ao aparelhamento e à politização das decisões do Fisco. É o que atesta o escândalo das quebras de sigilo para fins eleitorais.




A contar da denúncia, a Receita levou praticamente duas semanas até anunciar a abertura de inquérito administrativo sobre o vazamento de declarações de renda de Eduardo Jorge, cópias das quais apareceram em mãos de membros do comitê nacional de Dilma Rousseff.

Depois, quando vieram a público as demais violações, depois que a Justiça autorizou o vice-presidente do PSDB a ter acesso aos autos da investigação, os hierarcas da Receita, acionados pelo governo, correram a desvincular da campanha eleitoral os ilícitos revelados.

Afinal, disseram sem enrubescer, o que havia na agência de Mauá era um "balcão de compra e venda de dados sigilosos", movido a "propina". Não que não fosse - outros 140 registros também foram vasculhados ali. Se tivesse uma gota de vergonha, aliás, o secretário Otacílio Cartaxo já teria se demitido. Eis, em suma, o que o governo Lula e a cultura petista fizeram do Fisco: uma repartição em que o livre tráfico de informações presumivelmente seguras sobre os contribuintes brasileiros se entrelaça com o uso da máquina, literalmente, para intuitos eleitorais torpes.

O crime comum e o crime político se complementam.

Agora, destampada a devassa nas declarações de Verônica Serra, vem o presidente Lula falar em "bandidagem".


Se quiser saber quem é o responsável último por essa degenerescência, basta se olhar no espelho.

03 de setembro de 2010