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sábado, 29 de junho de 2013

CHEGA (Não é pelos vinte centavos)






O agitador chapa-branca





Com amigos assim, Dilma não precisa de inimigos


JOÃO MELLÃO NETO *

Aguerrido militante do Partido dos Trabalhadores (PT), Celso Daniel foi três vezes prefeito de Santo André da Borda do Campo (SP). Confesso ter sofrido em suas mãos lá por volta de 1993 e 1994.

Explico: então deputado federal, eu fora escolhido presidente da comissão especial destinada a formular parecer sobre a PEC da Reforma Administrativa e Celso, academicamente muito mais bem preparado que eu, exercia oposição sistemática ao conteúdo dela. Travamos grandes debates e não tenho pudor de confessar que ele venceu a maioria deles.

O PT, naquela época, estava em sua fase moralista e isso lhe permitia fazer insinuações maldosas sobre todos os que discordavam de suas opiniões. Quantas vezes fui obrigado a ouvir de membros de sua bancada alusões às nossas eventuais más intenções...

Éramos orientados a manter a cabeça fria e jamais responder às provocações, o que apenas nos levaria ao prolongamento do debate. O presidente da República era Fernando Henrique Cardoso, que contava com folgada maioria no Congresso Nacional. E por falar na nossa famigerada comissão, justiça seja feita, o petista que mais conseguiu me tirar do sério foi o representante de Sergipe Marcelo Déda. Dono de um humor corrosivo, não foi à toa que logrou eleger-se governador de seu Estado.

Voltando a Celso Daniel, tínhamos todos de reconhecer que ele era brilhante. A ponto de ministros de FHC, quando compareciam à nossa comissão, tratarem de adulá-lo. Por que faziam isso, se, naquelas circunstâncias, éramos todos adversários? Não sei. Deviam ser esquisitices próprias do mundo acadêmico, concluía eu.

Até que, no verão de 2002, Celso Daniel morreu assassinado. Ele já havia deixado a Câmara dos Deputados e exercia o seu terceiro mandato como prefeito quando foi sequestrado e morto. Em seu corpo havia sinais de sete tiros e também vestígios de tortura. Como é de praxe, logo surgiu um "de menor" para assumir a culpa e alegar que a vítima fora escolhida aleatoriamente.

As diligências, para muita gente, ter-se-iam encerrado por aí. Acontece que Celso Daniel, a essa altura, já era tido e havido como o coordenador da campanha de Lula da Silva para presidente da República - e dessa vez o ex-metalúrgico concorria com chances.

Não bastasse essa agravante, ainda surgiu um irmão da vítima para apresentar uma versão convincente das causas maiores do crime: não fora um homicídio comum, alegou João Francisco Daniel, mas, sim, um assassinato premeditado.

Segundo ele, seu irmão, no comando do Executivo municipal, entendia como justificável que sua assessoria recolhesse entre as empresas de ônibus que prestavam serviços à prefeitura determinada quantia mensal que serviria para formar caixa para o PT.

Acontece que seus prestimosos assessores estariam levantando muito mais recursos do que o combinado, guardando para si a diferença. Aí o prefeito, um homem de princípios, se revoltou. É como eu não me canso de reiterar: o PT tem um conceito muito particular de moral; quando se rouba pela causa, é válido; quando não, é reprovável.

Como, no frigir dos ovos, é muito difícil distinguir o que foi destinado a quê, podem todos dormir tranquilos: o máximo que fizeram foi extrair recursos da burguesia para serem usados contra a própria burguesia...

Mas o assunto principal deste artigo é outro. E ele diz respeito a um personagem que participou ativamente tanto do episódio citado, a morte mal explicada de Celso Daniel, como de outros mais recentes, a rebelião popular de junho.

Esse indivíduo nefasto, apesar de ter estudado Teologia, parece ser como que um deus, diferente do nosso, que encontrou maiores afinidades.


No episódio Celso Daniel, ele era ninguém menos que secretário do prefeito e a pessoa mais próxima a ele. Os irmãos de Daniel sustentam a acusação de ter sido ele o encarregado maior de gerir o dinheiro arrecadado das empresas de ônibus, recursos esses que, segundo eles, eram entregues diretamente nas mãos de José Dirceu.

Para quem ainda tem dúvidas, refiro-me aqui ao atual secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
O assassinato do prefeito de Santo André,12 anos passados, continua até hoje sem uma explicação plausível. Durante todo esse tempo, nada menos que sete testemunhas ligadas ao caso morreram em circunstâncias atípicas.

Um dos irmãos do prefeito, Bruno Daniel, após ser numerosas vezes ameaçado de morte, optou pelo autoexílio na França. Já o então secretario de Daniel na prefeitura teve melhor sorte: Lula nomeou-o seu chefe de gabinete e, recentemente, a presidente Dilma Rousseff promoveu-o a ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Recentemente, o Rasputin do Planalto voltou a ocupar as manchetes e, como sempre, ele é o pivô de um novo caso mal explicado. Dentre as numerosas manifestações populares que vêm incendiando a Nação, ao menos uma delas foi idealizada dentro do próprio Palácio do Planalto.

Na véspera da abertura da Copa das Confederações, em Brasília, um grupo de manifestantes ateou fogo em pneus, causando uma enorme fumaça negra e atraindo as atenções de toda a imprensa internacional que lá se encontrava para cobrir os jogos.

Não, não foi uma manifestação espontânea. Foi tudo encomendado. Os pneus queimados custaram cerca de R$ 30 mil e, após investigações da polícia local, constatou-se que vários dos "manifestantes" eram ligados ao secretário-geral.

A revista Veja, em sua última edição, conta a história em detalhes e acusa abertamente Gilberto Carvalho de ter sido o mentor do crime.

Por quê?

Porque o seu papel no governo é o de desestabilizar o governo Dilma, abrindo assim caminho para uma nova candidatura de Lula.

Com amigos assim, Dilma não precisa de inimigos.

* JOÃO MELLÃO NETO É JORNALISTA E FOI DEPUTADO, SECRETÁRIO E MINISTRO DE ESTADO.

28 de junho de 2013



Popularidade de Dilma cai 27 pontos após protestos




Pesquisa Datafolha finalizada ontem mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desmoronou.

FOLHA DE SÃO PAULO


A avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas.

Hoje, 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.

A queda de Dilma é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada.

Naquela ocasião, entre março, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%).

Em relação a pesquisa anterior, o total de brasileiros que julga a gestão Dilma como ruim ou péssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8.

Neste mês, Dilma perdeu sempre mais de 20 pontos em todas regiões do país e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.

O Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou péssima.

Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV e propôs um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma política. A pesquisa mostra apoio à ideia.

A deterioração das expectativas em relação a economia também ajuda a explicar a queda da aprovação da presidente. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.

A expectativa de que a inflação vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do salário vai cair --antes eram 27%.

Os atuais 30% de aprovação de Dilma coincidem, dentro da margem de erro, com o pior índice do ex-presidente Lula. Em dezembro de 2005, ano do escândalo do mensalão, ele tinha 28%.
Com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a pior fase foi em setembro de 1999, com 13%.
Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos
RICARDO MENDONÇA

Danilo Bandeira/Editoria de Arte/Folhapress


09/06/2013

Cadê a estadista?



Até agora a reação da presidente Dilma Rousseff aos protestos só contribuiu para gerar mais atrito.

Ela saberá sair da maior crise de seu governo?

COM LEANDRO LOYOLA, MARCELO ROCHA, MURILO RAMOS E FLÁVIA TAVARES (DE BRASÍLIA); FELIPE PATURY, JOSÉ FUCS E ALBERTO BOMBIG (DE SÃO PAULO)

Trecho de reportagem de ÉPOCA desta semana:


Na manhã da última quarta-feira, num dos muitos encontros políticos do “pacto nacional” que prometera na TV dias antes, a presidente Dilma Rousseff aceitou receber para uma conversa, no Palácio do Planalto, os presidentes das principais centrais sindicais do país.

Não houve papo.

Dilma defendeu, por 40 minutos ininterruptos, a proposta que sacudira o Brasil nos últimos dias: uma reforma política com participação popular.

Em seguida, determinou que cada convidado teria apenas dez minutos para dizer o que pensava – mas nem tanto.

Wágner Freitas, presidente da CUT, central ligada ao PT, queria falar. Até tentou, mas foi interrompido algumas vezes por Dilma.

No momento em que Dilma parecia hostilizar qualquer contribuição que destoasse do que ela, na verdade, já decidira, era inevitável para alguns dos presentes lembrar o pobre sindicalista Artur Henrique, ex-presidente da CUT.

Em maio do ano passado, numa das raras vezes em que Dilma pediu a opinião dos sindicalistas para qualquer coisa, Henrique ousara criticar uma medida do governo.

“Você está falando besteira, cala a boca!”
, disse Dilma.

Desta vez, não houve grosseria. Mas sobrou rispidez – e constrangimento. No meio da reunião, um participante quis ir ao banheiro ao lado da sala, no 3° andar do Planalto.

Um segurança aproximou-se, meio sem graça: “Amigo, não usa esse banheiro, vai no lá de baixo”.
O sindicalista quis saber por quê. “É que, quando dá descarga, a presidenta fica muito brava com o barulho”, disse o segurança.

À medida que a reunião transcorria, quando algum sindicalista ia ao banheiro, outro soltava a piada baixinho: “Ela vai meter o braço em você...”.

Não demorou para que Dilma interrompesse a conversa. “Meu tempo acabou, meu tempo acabou, não dá mais para vocês falarem”, disse.

A reunião durara menos de duas horas.
Os sindicalistas saíram do gabinete presidencial convencidos de que Dilma os despreza.

Saíram, também, sem entusiasmo por qualquer pacto – e sem vontade de voltar.


PRESSIONADA
O estilo de governo e a personalidade de Dilma a afastaram do Congresso, das ruas e até do próprio PT. Sua reeleição está em risco?
(Foto: Roberto Stuckert Filho)

A personalidade de Dilma – a caminho de completar seu terceiro ano de mandato, com dez de Brasília nas costas e metida na mais grave crise política brasileira desde o mensalão – tornou-se um problema para o país.

Não apenas por causa dos abundantes episódios de rispidez com políticos e subordinados – mas, sobretudo, porque esses episódios revelam uma presidente inflexível, aparentemente incapaz de se curvar ao erro, mesmo quando confrontada com as vozes das ruas, que agora chegam a poucos metros do Planalto.

Revelam uma tecnocrata obstinada, não uma estadista consciente de que, para liderar o país num momento de crise, é preciso genuinamente buscar o diálogo não apenas com a população, mas também com todas as forças políticas que compõem a democracia brasileira.

Se o Brasil estivesse no rumo certo, as inquebrantáveis convicções de Dilma – nas opções de política econômica, na centralização obsessiva da gestão do governo, no desprezo pelos políticos – poderiam ser consideradas corretas.

Mas o Brasil está no rumo certo?

Não há maquiagem na propaganda oficial que consiga camuflar os problemas no governo, apesar de os gastos com esse quesito estarem em alta no Planalto (de acordo com o jornal Folha de S.Paulo, as despesas com o visual da presidente subiram 681% desde dezembro de 2012 e somam R$ 3.125 a cada aparição de TV em cadeia nacional).

A aprovação de Dilma entrou em parafuso depois que as manifestações começaram.

Um dos registros é do instituto Ideia, ligado a marqueteiros que trabalham para a oposição.

Antes das manifestações, 72% dos entrevistados consideravam o governo Dilma bom ou ótimo.

Agora, são 46%.

Houve impacto também na intenção de voto. Há duas semanas, Dilma tinha 54%.

Caiu para 44%.

Marina Silva (Rede) ganhou 4 pontos percentuais e foi para 24%. Aécio Neves (PSDB) somou mais 2 e foi para 20%. Eduardo Campos (PSB) tem 5%.

A avaliação de governadores e prefeitos de capitais caiu 30 pontos, em média. Levantamentos feitos nos Estados por outros institutos também mostram o derretimento dos governantes.

Dados em mãos do PT baiano a colocam no patamar dos 30 pontos. No Amazonas, ela ficou com 32. Esses números começam a lançar sementes de dúvidas sobre sua reeleição e impõem a necessidade de mudança em seu comportamento para recobrar o rumo político.

Mas, sem reconhecer erros, será possível mudar?
Continue lendo esta reportagem em ÉPOCA desta semana

O sentido da voz rouca das ruas


29.06.2013

Charge



sexta-feira, 28 de junho de 2013

REPORTAGEM-BOMBA DE VEJA FAZ UM ALERTA: AS RUAS NÃO PODEM SUBSTITUIR AS INSTITUIÇÕES.

Dilma desiste de participar do encerramento da Copa das Confederações



Presidente foi vaiada na abertura dos jogos em Brasília
Antes de saber da ausência, Blatter afirmou que ficaria 'feliz' se ela estivesse no Maracanã

Luiza Damé
o globo

Constrangimento: Dilma foi vaiada na cerimônia de abertura da Copa das Confederações
REUTERS

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff desistiu de assistir à final da Copa das Confederações, entre Brasil e Espanha, domingo, no Maracanã. A assessoria do Palácio do Planalto disse que a presidente recebeu o convite da Fifa para a abertura e o encerramento, mas não confirmou presença na última partida da competição.

Na abertura, no estádio Mané Garrincha, Dilma foi vaiada ao aparecer no telão, quando foi citada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, e quando declarou aberta a Copa.

À tarde, durante entrevista coletiva no Maracanã, Blatter demonstrou certo desconforto ao ser perguntado sobre a ausência da presidente Dilma no encerramento do torneio, dizendo que gostaria de tê-la ao seu lado.

- Não recebi a confirmação se a presidente estará na final. Essa é uma questão para esse lado da mesa - disse o dirigente, apontando para Aldo Rebelo, ministro dos Esportes.

- Eu ficarei feliz se ela estiver lá... mas não sou profeta e não posso dizer se ela estará lá ou não - comentou.

A avaliação de interlocutores da presidente é que, em meio a onda de protestos no país, o público do Maracanã seria hostil a Dilma.

Além disso, dizem auxiliares da presidente, neste fim de semana, a presidente deve se reunir com ministros para discutir a proposta de plebiscito que mandará ao Congresso na próxima terça-feira. Dilma também deve preparar a reunião ministerial prevista para os próximos dias.

Outro tema que poderá ocupar o fim de semana da presidente é a contratação de médicos brasileiros e estrangeiros para atender nas zonas carentes desse profissionais. Dilma pode convocar, ao Palácio da Alvorada, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para continuar o debate do edital, que será lançado em julho.

Publicamente, a presidente havia manifestado disposição de assistir à final, especialmente se o Brasil estivesse em campo. Em fevereiro, na visita oficial à Nigéria, Dilma disse ao presidente Goodluck Jonathan que gostaria de assistir à decisão ao seu lado.

- Asseguro que sua seleção será muito bem recebida no Brasil para a Copa das Confederações. Tenho certeza que o presidente Goodluck Jonathan e eu assistiremos juntos à final Brasil e Nigéria no Maracanã - afirmou na ocasião.


28/06/13

A fuga de Lula e a mudez dos três parceiros informam: no Maracanã superlotado, vai haver lugar de sobra na tribuna de honra





Em silêncio sobre o caso Rose há 217 dias, faz 22 que Lula não abre a boca em público sobre as manifestações de rua que vêm ocorrendo em centenas de cidades desde 6 de junho.

E vai fazer o que pode para continuar longe do assunto, dos manifestantes e do país que perdeu a paciência com gente que enriquece no Brasil Maravilha.

Depois de permanecer enfurnado algumas semanas no Instituto Lula, o maior dos governantes desde Tomé de Souza decidiu afastar-se de todos os problemas e incômodos a jato ─ cedido por um empreiteiro amigo, naturalmente.

Nesta sexta-feira, como informa a coluna do meu irmão Ricardo Setti, o palanque ambulante foi tapear plateias na África.

Além de escondê-lo de perguntas sobre o caso de polícia que protagoniza ao lado da segunda-dama Rosemary Noronha, além de poupá-lo de caçar explicações para a onda de descontentamento que varre o paraíso que construiu em oito anos, a viagem permitiu a Lula livrar-se da dúvida que acossa a presidente Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes: ir ou não ir ao Maracanã neste domingo.

Antes de decidirem o que fazer, os três ases das urnas querem saber o que farão nas imediações do estádio os participantes da manifestação de protesto contra as patifarias bilionárias que transformaram a Copa da Ladroagem na mais cara da história.

A palidez e o olhar assustadiço da trinca reforçam a suspeita de que o presidente da Fifa, Joseph Blatter, vai ouvir desacompanhado a sequência de vaias.

O Maracanã estará superlotado. Mas haverá lugar de sobra na tribuna de honra.
28/06/2013



O Maracanã está pronto para medir neste domingo a popularidade da presidente





                          Por Augusto Nunes

Poucas horas depois de vergastada com uma vaia de espantar Nelson Rodrigues pela multidão presente ao estádio em Brasília, Dilma Rousseff mandou avisar que estaria no Maracanã no dia da decisão da Copa das Confederações.

Talvez estivesse ainda grogue com as chibatadas sonoras aplicadas por mais de 60 mil torcedores naquele 15 de junho (veja o vídeo abaixo).

Talvez tenha imaginado que só havia na plateia loiros de olhos azuis e paulistas quatrocentões.

Talvez tenha sido convencida por conselheiros sabujos de que o alvo dos apupos era o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Também é possível, enfim, que sherloques da Abin tenham descoberto que a elite golpista importou de Portugal, para que se juntassem nas arquibancadas do Mané Garrincha, todos os descendentes do Velho do Restelo.

Até agora, ninguém sabe direito por que Dilma botou na cabeça (habitada por um neurônio solitário) que bravata cura vexame.

A confirmação da viagem ao Rio foi uma péssima ideia, descobriu a presidente dois dias depois, quando as manifestações de protesto mudaram de cara, de tamanho e de rumo.

Em 17 de junho, o que começara como protesto contra o aumento das tarifas de ônibus em São Paulo se transformou na revolta da rua.

O que houve de lá para cá destroçou a farsa do Brasil Maravilha, calou a discurseira ufanista do lulopetismo, reduziu o PT fantasiado de partido de massas a um bando de malandros megalomaníacos e, fora o resto, escancarou a face crispada do país real.

É nesse país que moram milhões de brasileiros que já não suportam a rotina de abjeções imposta pela aliança política e financeira que agrupa a a fina flor da corrupção, do cinismo, da inépcia, da demagogia, da cafajestagem, da pouca ou nenhuma vergonha.
É essa a gente que vaiou Dilma Rousseff em Brasília ─ e voltará a vaiá-la no Rio se der as caras por lá neste domingo.

Como constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, a bravata da supergerente de araque só serviu para enfiá-la num beco sem saída.

Uma nota no blog do jornalista Lauro Jardim informa que a presidente ainda não decidiu o que fará no domingo.

Caso cancele a aparição no Maracanã, estará confessando que tem medo de multidões não amestradas.

Se cumprir, será provavelmente nocauteada por uma vaia de ressuscitar Nelson Rodrigues.

Em qualquer hipótese, a campeã de popularidade dos ibopes e vox populis saberá que se arrisca a ser vaiada até na festa de aniversário da filha ou do neto.




28/06/2013

Os interesses do PT e o lado oculto do plebiscito de Dilma


Presidente usa impulso dos protestos nas ruas para tentar emplacar uma perigosa reforma política que o PT fracassou em implementar no Congresso
Gabriel Castro,
Cecília Ritto
e Marcela Mattos

Veja.com


MAU EXEMPLO - Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, presenteia presidente Dilma Rousseff com uma imagem do falecido coronel Hugo Chávez. Na Venezuela, referendos foram usados para dar uma máscara de legitimidade a um governo autoritário
(REUTERS/Ueslei Marcelino)

“(O plebiscito) É um instrumento popular para legitimar governos e conferir aos governantes superpoderes, um cheque em branco para que o governante dê o significado à autorização dada pelo povo nas urnas. Isso pode manietar o povo”, Gustavo Binenbojm, professor de Direito Administrativo e Constitucional da UERJ e da FGV

Destinada a confrontar a população com questões objetivas e diretas, a realização de um plebiscito é uma ferramenta legítima do processo democrático. A história recente, entretanto, demonstra que ele pode ser utilizado para propósitos pouco nobres: vizinhos sul-americanos recorreram ao mecanismo para tentar governar diretamente com o povo, passando por cima das instituições democráticas e se perpetuando no poder.

Em resposta à inédita onda de protestos que chacoalhou o Brasil, a presidente Dilma Rousseff propôs uma consulta popular para promover uma reforma política no país - ainda que nenhum cartaz tenha reivindicado isso.

A estratégia bolivariana, tirada da manga no momento mais crítico do seu governo, acoberta um perigoso interesse: aprovar o financiamento público de campanha e o voto em lista, antigos sonhos do PT.


Como avalia o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior, a opção pelo plebiscito “joga areia nos olhos do povo”. Um levantamento do Datafolha constatou que a reforma política era uma reivindicação de apenas 1% dos manifestantes que tomaram as ruas de São Paulo nas últimas semanas. Mas o governo não quer perder a oportunidade aberta pelo clima mudancista.

O PT defende o financiamento público de campanha porque seria o maior beneficiário desses recursos, já que tem a principal bancada na Câmara dos Deputados e esse é o critério usado para a divisão do bolo.

Com o financiamento público, o partido conseguiria assegurar recursos superiores aos das outras siglas. Caso o caixa dois não seja efetivamente extinto, o que é uma hipótese plausível, o dinheiro de bancos e empreiteiras continuariam a seguir a lógica de favorecer quem tem a chave do cofre - no caso da União, o PT.

Por isso, interessava mais ao partido a ideia inicial de Dilma, que incluía uma Assembleia Constituinte com poderes para dar os rumos à reforma. Mas a ideia fracassou por ser inconsistente e sem base jurídica. Ainda assim, o PT aposta na capacidade de mobilização de sua própria militância para moldar o sistema político-eleitoral.


Ciente das intenções de seu principal aliado, o PMDB é majoritariamente contrário ao financiamento público. Os peemedebistas têm bom relacionamento com o empresariado e um elevado número de governos estaduais; também por isso, não veem razões para uma mudança no sistema.




Voto proporcional - O sistema de eleição para deputados e vereadores é o segundo ponto-chave que deve constar do plebiscito. A adoção do voto em lista, outro tema que surgirá na consulta, favoreceria o PT. O partido tem questão fechada na defesa desse tema: seguidas pesquisas mostram que, dentre as legendas, o Partido dos Trabalhadores possui, de longe, a maior fatia de eleitorado fiel. O DEM, que se posiciona na centro-direita e não tem concorrentes neste campo, também quer o voto em lista.

O PSDB é a favor do voto distrital, cuja defesa consta do estatuto da sigla. A regra seria bem aplicável em estados como São Paulo e Minas Gerais - onde os tucanos têm maior poder de fogo. Nesses estados, muito extensos e populosos, os candidatos se dividem informalmente entre cidades e regiões, o que já se aproxima do voto distrital. O PSD também fechou questão em defesa do voto distrital.

Para o PMDB, que sofre de fraqueza programática e é mais personalista dos que as outras siglas, a saída defendida é o chamado "distritão". O modelo é o mais simples possível: o eleitor escolhe o candidato, individualmente, e o voto não influencia o desempenho dos outros nomes do partido. Ganham os mais votados e o quociente eleitoral, que provoca o chamado "efeito Tiririca", seria abolido. É como se cada estado fosse um distrito.

Pressa - Nos últimos dois anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se empenhou pessoalmente nas negociações para a implementação da reforma política defendida pelo PT. Mas, no Congresso, o tema emperrou. O partido já havia desistido de fazer uma reforma que valesse para as eleições de 2014 porque, nesse caso, a mudança precisaria estar aprovada até o início de outubro deste ano.

Mas os protestos nas ruas foram vistos pelo PT como uma "janela de oportunidade". O partido não quer perder o impulso dado pelas manifestações populares.

Por isso, tem pressa. E não é só: o momento atual é perfeito para que a sigla molde a reforma política ao seu gosto. Dono da maior bancada na Câmara e hóspede do Palácio do Planalto, o PT não pode garantir que esse cenário será o mesmo na próxima legislatura.


Com uma militância ativa em torno dos pontos centrais, além de braços organizados em sindicatos e entidades estudantis, o PT aposta que poderá converter essa força de mobilização em resultados no plebiscito. Para isso, é até bom que o eleitor comum, desmobilizado, não participe do processo.

"Seguramente não são todos os cidadãos que vão se interessar por participar do plebiscito, mas todos aqueles que têm interesse neste debate terão espaço concreto de atuação: poder votar e ajudar a definir as prioridades da reforma política", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.


O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), estranha a pressa repentina. "É no mínimo curioso. O governo tem pressa para encontrar o caminho diversionista e fugir da crise", diz ele. O deputado Rubens Bueno, líder do novo MD (fusão do PPS com o PMN) na Câmara, defende que o Congresso elabore a reforma e a população apenas decida se aprova ou rejeita as mudanças, em bloco: "A nossa ideia básica é o Congresso Nacional votar todas essas sugestões e submetê-las a um referendo na mesma data das eleições do ano que vem", diz.

Riscos e obstáculos - A cegueira momentânea causada pelo anúncio inesperado da presidente encobre uma dificuldade técnica: o de apresentar, por plebiscito, questões para as quais a votação pode não apresentar maioria. “Basta haver três perguntas para não ser plebiscito. Imagine que, no sistema eleitoral (proporcional, distrital e distrital misto), um tipo consiga 35% dos votos, o outro 34% e o terceiro 31%.

Não há formação de maioria”, alerta Reale Júnior, que considera impossível usar esse modelo de votação para um tema como a reforma política. “Não há necessidade de chamar as pessoas para definir a reforma. É uma falta de juízo”, completa Reale, reiterando que os temas em jogo são bastante complexos.


Na última quarta-feira, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, comparou o plebiscito proposto agora com a entrega de um “cheque em branco” aos deputados e senadores que já miram nas eleições de daqui a um ano e meio.

A metáfora de Britto é uma referência à grande margem de indefinição que pode resultar da votação que se desenha. O roteiro estabelecido para os plebiscitos é, em resumo, a criação de um decreto legislativo com um terço de aprovação de uma das Casas, a discussão dos temas e das perguntas ao eleitor, a apuração e o encaminhamento da decisão ao Congresso, que deve seguir a orientação das urnas.

O rito é perfeito, por exemplo, para a decisão sobre a emancipação de um município. Mas incompatível com questões como financiamento público de campanhas ou sistemas de votação. Afinal, os eleitores definirão “se” algo deve ser feito, entregando aos parlamentares a decisão sobre “como” isso será posto em prática.


“Esse processo pode resultar em uma deliberação da população no vazio”, afirma Gustavo Binenbojm, professor de Direito Administrativo e Constitucional da UERJ e do curso de pós-graduação em Direito da Fundação Getúlio Vargas.

O plebiscito de Dilma, por enquanto, está mergulhado em incertezas. “A expressão ‘reforma política’ é nesse momento um rótulo em uma caixa vazia. Ninguém sabe ao certo quais medidas serão propostas”, explica o coordenador-geral do instituto de Direito da PUC-Rio, Adriano Pillati, para quem é preciso, no mínimo, de três a quatro meses de debate sobre o tema com a população.

A saída apontada pelos especialistas para que seja assegurada a participação popular, mas de forma mais prudente, é, ao fim do processo, a realização de um referendo.

Depois de o Congresso fazer o texto da reforma política, a população seria convocada às urnas para dizer sim ou não sobre uma proposta real. Tecnicamente, é possível haver o plebiscito antes e o referendo depois – apesar de não se eliminar, com isso, os problemas na origem da proposta de agora.

“Existe um risco de a opção da população ser desvirtuada. Por isso, deveria haver plebiscito e referendo”, afirma Ivar A. Hartmann, professor de Direito da FGV do Rio de Janeiro.


No momento, a demanda indiscutível da população nas ruas é por uma política menos corrupta e mais voltada para o interesse público. A reforma política – necessária e que se arrasta há anos sem que haja consenso – surgiu como a tradução possível feita pelos governantes para retomar o diálogo com os brasileiros.

“Há uma esperança enorme em torno da reforma política. Apesar de necessária, nenhuma reforma produz políticos melhores. O que muda os políticos é a sociedade, através do voto”, lembra Adriano Pillati.

REUNIÃO DE EMERGÊNCIA



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Mitos, farsas e má-consciência: as PMs estão com medo, e os delinquentes estão no comando



Por Reinaldo Azevedo

A cobertura que a imprensa faz dos confrontos de rua está um pouco menos, como posso chamar?, tecnicamente dolosa.

Mas ainda se hesita muito em chamar vagabundo de “vagabundo”, bandido de “bandido”.

E pensar que essa barafunda começou, na verdade, no dia 13, quando os manifestantes, em São Paulo, romperam um acordo com a tropa de choque, o que degenerou em conflitos e se inventou, então, a tese da “Polícia contra o povo”.

E teve início a fantasia de que qualquer rua ou avenida no Brasil é a praça Tahrir.

No dia 11 de junho — antes, portanto, do fantasioso massacre de manifestantes do dia 13, inventado pela imprensa paulistana e reproduzido país e mundo agora — , este blog noticiava: “Delinquentes voltam a promover quebra-quebra em SP e atacam a polícia com pedras, paus e coquetel molotov”.

Gente pacífica leva coquetel molotov para manifestações? O Movimento Passe Livre se negava a condenar a violência. Dizia que tudo era culpa da PM. Um policial foi impiedosamente espancado.

A grande mentira!
A grande mentira é esta: as manifestações nunca foram pacíficas, desde o início. Depois que se decretou que a “culpa é da polícia” e que a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, debaixo de uma artilharia como nunca se viu, foi obrigada a declarar qualquer área da capital território livre para as manifestações — “sem repressão” —, estava, para lembrar imagem que usei aqui, aberta a Caixa de Pandora. Como no mito, só a esperança ficou grudada ao fundo. Os males do mundo escaparam todos.

Mais: teve início a outra tese ridícula — a da “maioria pacífica”, uma espécie, como direi?, tautologia conceitual.

Quando a maioria não é pacífica, o que se tem é revolução. Aliás, também as revoluções são feitas por minorias.

A questão é saber se elas são ou não usadas como instrumento de luta. Ou foram os “pacíficos” que empurraram os governadores e prefeitos contra a parede?

Peguem os conflitos desta quarta em Belo Horizonte. Repetiram, com grau exacerbado de violência, o que aconteceu no dia 13 em São Paulo.

A polícia estabeleceu um limite, que foi transgredido. E o choque começou. “E os jornalistas machucados em São Paulo?”

Sim, lamento!

Mas bala de borracha ainda não aprendeu a distinguir profissionais de imprensa de vândalos.

O governo federal está recuperando a ofensiva no terreno político, e não há muito o que a oposição possa fazer. Com as pessoas comuns um pouco assustadas e de volta a seus lares, sobraram nas ruas a turma da porradaria e os radicais de esquerda, que já se mobilizam para dirigir de modo mais claro os ataques contra a imprensa — a mesma que incensou o movimento.

E desqualifico, mais uma vez, uma mentira estúpida: o jornalismo não entrou nessa “para derrubar Dilma”, não! Entrou porque não resiste a qualquer coisa que tenha cheiro de povo.

A pancadaria come solta hoje em Fortaleza. E esses eventos se repetirão enquanto os responsáveis não forem presos e severamente punidos. As Polícias Militares, Brasil afora, estão com medo de agir. Ontem, a Comissão Nacional da Verdade, cuja ineficiência só compete com a má-fé, soltou um verdadeiro manifesto contra as PMs.

Vá lá na Suécia e diga que tudo vale a pena se a disposição não é pequena para ver o que acontece. Lembram-se do furacão Katrina, nos EUA? As vítimas foram mandadas para escolas e alojamentos.

Todos estavam unidos na tragédia, não é? Os idealistas esperavam solidariedade, a ajuda mútua etc.

As Forças Armadas americanas estavam lá. Mesmo assim, começaram a se multiplicar os casos de estupro, e as autoridades alertaram: “Protejam-se; não temos como evitar esses atos”.

“Ah, então o povo, deixado por sua própria conta…” Sim, é isso mesmo! É por isso que existem governos e pactos sociais.

O estado não precisa ser o Leviatã, não! Mas precisa ter legitimadas as suas forças de contenção. Ou é a guerra de todos contra todos. Uma coisa é criticar os maus policiais; outra, como se fez, é deslegitimar as polícias. É visível que as PMs do Brasil inteiro estão com medo de agir. Os policiais temem parar atrás das grades por cumprir sua função.

Se a amiga da presidente Dilma, a tal Rosa Maria, da Comissão da Verdade, elege as PMs como inimigas do povo e dos direitos humanos, então está declarado o vale-tudo.

Vale-tudo que setores da imprensa pediram e aplaudiram.

E agora?

Agora são as próximas vítimas.
27/06/2013

Que crise, que nada



Próximo ponto de desembarque de Lula

Por Lauro Jardim

Lula emudeceu nas últimas semanas (leia mais em Tomou Doril) , mas abrirá a boca a partir deste fim de semana.

Não necessariamente para falar da crise do Brasil.

Lula embarca amanhã para a África, onde ficará por uma semana fazendo palestras no Mali, Benin e outros países.

Na volta, passa por Berlim.

Como Lula compatibilizará o seu tradicional discurso triunfante sobre o Brasil com as manifestações e o Pibinho ainda não se sabe – ainda que se reconheça nele uma superior capacidade de promover o seu governo e o Brasil.

Dilma Rousseff insiste na realização de plebiscito, que pode levar o Brasil ao totalitarismo esquerdista


Muita atenção!







É preciso cautela e dedicação ao analisar o pacto anunciado na última segunda-feira (24) pela presidente Dilma Rousseff, como resposta à onda de protestos que tomou conta do País e despertou uma sociedade até então contemplativa.

Após desistir da proposta de convocação de uma assembleia constituinte para a reforma política, o que é prerrogativa exclusiva do Congresso Nacional, a presidente continua defendendo a ideia de um plebiscito, o que seria um caminho mais curto para o golpe que o PT tanto busca.

Dependendo do movimento do governo antes do plebiscito, a consulta acerca do tipo de reforma política que a ser implementada abriria um caminho perigoso em termos de liberdade democrática, que nos últimos anos tem sido ceifada lenta e sistematicamente.

A solução mais lógica e segura é o referendo, quando a população opinaria a respeito da reforma política elaborada pelo Congresso Nacional. A desculpa de que é preciso saber como deve ser a reforma política tropeça no campo da redundância, pois o desejo maior do brasileiro é acabar com a corrupção desenfreada e colocar o País no trilho do desenvolvimento.

Como afirmou o ex-ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, um plebiscito pode se transformar em um “cheque em branco” que a população entregaria aos congressistas, que sob pressão do governo e do PT poderiam promover mudanças que atentam contra a democracia.

É preciso que os brasileiros de bem, sempre aqui exaltados, reajam a essa proposta rasteira e perigosa feita pela presidente Dilma Rousseff, que continua cumprindo ordens expressas da cúpula petista. Há uma década no comando do País, sem ter conquistado qualquer realização expressiva, o PT busca soluções de afogadilho que garantam a perpetuação da legenda no poder.

O Brasil corre o sério risco de, da noite para o dia, se transformar em versão agigantada da vizinha Venezuela, onde a teoria burra da ditadura ideal tornou-se a cartilha do cotidiano.

Ainda é tempo de reagir e salvar o País, que por enquanto está nas mãos de oportunistas que fazem do mandato eletivo a senha para o banditismo político.
27.06.2013



quarta-feira, 26 de junho de 2013

Impactantes fotos: Brasil vivencia la mayor protesta de los últimos 20 años


Casi dos semanas después del inicio las mayores protestas en 20 años, los líderes políticos brasileños parecen estar por fin reaccionando y comenzaron a responder a las demandas populares de cambios.
Foto: Reuters / Hugo Cordeiro

(Brasilia, Belo Horizonte, 26 de junio – Reuters).- Decenas de miles de personas salieron el miércoles a las calles de Brasil en nuevas manifestantes para exigir el fin de la corrupción y mejores servicios públicos, justo un día después de que el Congreso cediera ante algunas demandas clave de las extendidas protestas.

En Belo Horizonte, cerca de 40.000 personas se congregaron para pedir mejorías en los sistemas de educación y de salud, en momentos en que el estadio Mineirao de la tercera ciudad del país era sede del triunfo de Brasil 2-1 sobre Uruguay por las semifinales de la Copa Confederaciones de fútbol, un evento previo a la Copa del Mundo 2014.

Jóvenes encapuchados lanzaron piedras a la policía, que usó gas lacrimógeno para detener a los manifestantes a unos tres kilómetros del estadio.

Un cartel que colgaba de un puente decía “FIFA vuelve a casa”, en referencia a la federación que gobierna el fútbol internacional. El presidente de la FIFA, el suizo Joseph Blatter, estuvo en el partido, que no se vio interrumpido por las protestas.

Autoridades locales dijeron que un joven de 21 años resultó herido de gravedad.

En Brasilia, manifestantes patearon balones de fútbol hacia el cordón policial en dirección al Congreso en una protesta pacífica contra los miles de millones de dólares que Brasil ha invertido en construir nuevos estadios para los torneos globales.

Los manifestantes dicen que los fondos deberían haber sido empleados para mejorar los servicios públicos de salud, educación y transporte.

La policía se desplegó en la ciudad y cortó el tráfico en la explanada central de la moderna capital brasileña, donde los ministerios federales permitieron a sus empleados volver a casa temprano.

Alrededor de 2.000 personas marcharon pacíficamente en la ciudad noreste de Recife para denunciar la corrupción.
Gobierno toma medidas

Casi dos semanas después del inicio las mayores protestas en 20 años, los líderes políticos brasileños parecen estar por fin reaccionando y comenzaron a responder a las demandas populares de cambios.

Durante la noche del martes, el Congreso rechazó una enmienda constitucional que habría limitado la autoridad de los fiscales federales para investigar delitos, una medida que los manifestantes veían como un intento de los políticos por evitar las investigaciones de corrupción.

“Nuestros representantes están escuchando a la gente ahora. Estamos creando una nueva conciencia política”, dijo Amanda Caetano, portavoz de un grupo llamado “Suficiente es Suficiente” que exige el fin a los privilegios que disfrutan los políticos.

En otra respuesta a las protestas, la Cámara baja del Congreso votó durante la noche a favor de un proyecto de ley que destina regalías de la producción futura de petróleo a programas de educación y salud.

Además, una comisión del Senado aprobó una medida que removería los impuestos al transporte público, facilitando a las ciudades y estados una rebaja en las tarifas de bus y tren subterráneo. También se espera que el Senado vote el miércoles respecto a un proyecto de ley que introduce sentencias más duras contra la corrupción.

Una protesta relativamente pequeña contra un aumento en los pasajes del transporte y la subsiguiente represión policial a inicios de este mes desataron finalmente los disturbios que han remecido al país más grande de América Latina.

Varias ciudades brasileñas dieron pie atrás en las alzas de tarifas, pero el movimiento amplió su foco a una letanía de reclamos, desde los miles de millones de dólares gastados en estadios de fútbol para el Mundial de 2014 hasta una ley sobre una “cura gay” que se tramita en el Congreso y que permitiría a los sicólogos a tratar la homosexualidad como una enfermedad.

Sin embargo, uno de los temas comunes que se mantiene en las marchas es la profunda desconfianza hacia una clase política percibida como corrupta, con sueldos excesivos y que parece más preocupada de ayudarse a sí misma que a la sociedad en general. (Reporte adicional de Maria Carolina Marcello y Carl Patchen.
Foto: Reuters / Hugo Cordeiro
Foto: Reuters / Hugo Cordeiro
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira
Foto: EFE / Sebastião Moreira

26 de jun de 2013

A trinca de conselheiros comprova que Dilma não entendeu a mensagem das multidões



 

Por Augusto Nunes

O jornalista Lauro Jardim informou que Gilberto Carvalho anda amuado por não ser consultado pela presidente Dilma Rousseff.

Essa é a notícia boa: pouco importa o que tem a dizer quem só diz besteira.

A notícia ruim é que, segundo o ex-seminarista que virou porteiro de bordel (além de secretário-geral da Presidência), a chefe agora ouve apenas ─ além das ordens de Lula ─ a trinca formada por Aloizio Mercadante, Fernando Pimentel e João Santana.

Ministro da Propaganda,João Santana costuma alternar lances espertos com ideias de jerico. Na campanha de 2010, por exemplo, o marqueteiro baiano acertou ao condecorar Dilma Rousseff com a medalha de Mãe do PAC.

A malandragem ajudou a fantasiar de supergerente a dona da lojinha que faliu em Porto Alegreio.

Em contrapartida, foi Santana quem convenceu a presidente a dar as caras na abertura da Copa das Confederações.

Teria uma recepção de rainha, apostou. Foi mais vaiada que um zagueiro que enterrou o time.

Seja qual for o cargo que ocupe, Aloizio Mercadante jamais perde uma chance de justificar o título de Herói da Rendição, obtido graças a notáveis demonstrações de falta de bravura em combate.

Especialista em retiradas e capitulações, inventou a revogação do irrevogável quando liderava a bancada do PT no Senado.

Agora no triplo papel de ministro da Educação, da Economia e de Crises Políticas, foi o primeiro a aconselhar Dilma Rousseff a entrar na batalha da Constituinte. E foi o primeiro a recomendar que se rendesse.

Disfarçado de ministro de Indústria, Comércio e Desenvolvimento, Fernando Pimentel é o Primeiro-Acompanhante e Melhor Amigo da presidente, com quem convive desde quando tentavam trocar a tiros a ditadura militar pela ditadura do proletariado.

A força do afeto manteve Pimentel no emprego mesmo depois da descoberta de que ganhou muito dinheiro usando as fantasias de “conferencista” e “consultor financeiro” .

O palestrante enriqueceu sem abrir a boca. O consultor precisou de meia dúzia de conselhos para levar à falência uma fábrica de tubaína.

Se estivesse disposta a combater a corrupção, Dilma já teria remetido Pimentel para a delegacia mais próxima.

Se quisesse mesmo reduzir a gastança federal, já teria mandado para casa Mercadante e João Santana.

Caso desejasse fazer as duas coisas com um único despejo, Gilberto Carvalho estaria procurando trabalho há muito tempo.

A demissão do secretário-geral reduziria a taxa de mediocridade do Planalto e talvez impedisse o engavetamento das investigações sobre o escândalo protagonizado pela segunda-dama Rosemary Noronha.

Dilma não fará nada disso, claro. Vai continuar ouvindo o coro dos áulicos, contando mentiras, desfiando promessas grisalhas e irritando milhões de brasileiros fartos de tapeação.

Até que as multidões percam a paciência de vez e acordem a presidente surda à mensagem das ruas com uma passeata debaixo da cama.

25/06/2013

Todas as mentiras do pronunciamento de Dilma e o "golpe" da "nova Constituinte"