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sábado, 20 de agosto de 2011

DESGOVERNO X MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


A natureza detesta vácuos, e sempre encontra uma maneira de preenchê-los.

É assim no universo e também na natureza humana.

Em se tratando de PT, o partido maior do desgoverno da Idade das Trevas destepaiz - CorruPTópolis - é um pouco diferente.


Como até os vermes são integrantes da natureza, lá vão eles, ocupar um espaço, obviamente, que não lhes é devido.

Nunca antes na história destepaiz, houve um desgoverno como este, com um histórico de denúncias de corrupção de fazer corar a República de Collor de Mello e de PC Farias, um tipo de Zé Dirceu da época.

O penúltimo mais recente foco de tal
problema é o Ministério das Cidades. Também nunca antes houve um governo que atentasse tanto contra a liberdade (individual e sim, coletiva) como o desgoverno petista. De forma insidiosa, e com apoio do que chamam de "imprensa", nunca!

Os atentados contra isso estão aí, para quem quiser ver (e divulgar, se não sofrer da síndrome da genuflexão voluntária).

Que ninguém se engane, o PT e seu desgoverno só não são hábeis em governar com responsabilidade.

No que diz respeito a implantar suas teses e seus interesses, são exímios profissionais. Para isso, atuam em várias frentes. Uma dessas tentativas de CALAR, OPRIMIR, SUPRIMIR tudo o que possa jogar a luz da VERDADE sobre quem são e como operam, o PT, agora, volta-se contra o Ministério Público Federal.

Parece incoerente, já que nós vemos, há tempos, que o MPF (nem ousem negar) é, por obra e graça de muitos de seus membros doutrinados, razoavelmente bem dominado pela corrente esquerdista que grassa em todas as instituições públicas destepaiz.


Mas também que os esquerdopatas de plantão também não ousem discordar, como em todos os lugares, organizações, sociedades, (até em partidos políticos) e instituições, ali no MPF há, também, pessoas de bem que simplesmente cumprem com seu dever, neste caso, o de defender, acima de tudo, a Constituição Federal - são os 'fiscais da lei'.

Pois é esse tipo de profissionalismo e de comprometimento que mais causa temor ao totalitarismo. Com o PT não poderia ser diferente.

O emissário da vez, na tentativa de obstruir tudo o que diz respeito à lei, ordem, justiça e porque não, decência, é o senador Humberto Costa.


Acompanhei, na íntegra, a sabatina de recondução de Roberto Gurgel ao cargo de Procurador-Geral da República no Senado.

Ali, a intervenção de Humberto Costa já me chamou a atenção. Com um rancor patético, exprimiu todo o seu ódio à instituição, motivado por ter sido alvo de investigações do órgão quando foi ministro da saúde, e defendeu que o Ministério Público Federal sofresse um intensivo "controle social".

Não vou me alongar em discorrer o que significa "controle social", dentro da novilíngua esquerdopata que nos é impingida, já falamos muito sobre isso, antes.

Enfim, o objetivo de Costa é tão somente calar, de forma insidiosa, quem ousar ações que coloquem o cumprimento DA LEI acima dos interesses DO PARTIDO DO DESGOVERNO, O PT. A sabatina de Gurgel se deu em 03 de agosto.


Vejamos: são garantias constitucionais dos membros do Ministério Público do Poder Judiciário:

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) irredutibilidade de subsídio.


Tais garantias são alicerces sobre os quais se assenta a atuação independente de promotores (procuradores) de Justiça e magistrados, em defesa da democracia, da Constituição e das leis.

Sem elas, qual promotor (procurador) de Justiça teria coragem de atuar plenamente e com independência contra os crimes praticados pelos governantes e parlamentares, se esses

pudessem, ao seu bel prazer, extinguir aquelas garantias?

Somente os mártires!

Pois o senador Humberto Costa, nada menos que o líder do PT no Senado, e por consequência, também do desgoverno da Idade das Trevas, na quarta-feira, 10 de agosto, apresentou proposta de Emenda Constitucional (
PEC nº 75/2011), para extinguir a garantia de vitaliciedade dos membros do Ministério Público.

Considerando que o Poder Judiciário não tem iniciativa de agir por conta própria, as denúncias de crimes, inclusive os perpetrados por governantes e parlamentares, dependem de iniciativa (denúncia) por membros do Ministério Público.

Logo, uma forma de o desgoverno da Idade das Trevas dificultar ou impedir que os seus corruptos de estimação sejam punidos criminalmente é evitar que sejam denunciados pelos membros do Ministério Público, os quais, desprovidos daquelas garantias e sem vocação para se martirizar e as próprias famílias, tenderão a preferir, humanamente, a inércia.

20 de Agosto de 2011

Por que Paulo Bernardo não responde?




O ministro foge de pergunta sobre o uso de avião de empreiteira que faz obras públicas e financiou campanha da mulher, Gleisi Hoffmann

Andrei Meireles

e Marcelo Rocha

O empréstimo de aviões particulares para autoridades há tempos faz parte do amplo cardápio de relações promíscuas entre o poder público e o setor privado no país.
Mas apenas recentemente esse tipo de conduta começou a ganhar ares de escândalo. Em junho, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, mergulhou em um inferno astral quando foi revelado, após uma tragédia aérea, que ele costumava viajar em aviões de empresários com grandes contratos com seu governo.

Na semana passada, um dos motivos da demissão do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, foi a divulgação de que ele viajou em um jatinho de uma empresa beneficiada por decisões do ministério.


ÉPOCA perguntou a 30 ministros da presidente Dilma se eles já viajaram em algum jato particular desde que assumiram seus cargos.

Dos contactados, 28 responderam prontamente que não. O ministro dos Transportes, Paulo Passos, informou que já teve de usar aviões particulares para vistoriar obras de sua pasta localizadas em áreas remotas, aonde aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) não tinham como chegar.

O ministro das Cidades, Mario Negromonte, deputado federal eleito pela Bahia, disse que freta, por sua conta, aviões particulares para chegar a determinadas cidades de sua base eleitoral.

A presteza desses ministros contrasta com o comportamento do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Por quatro vezes nos últimos 40 dias, ÉPOCA perguntou a Paulo Bernardo sobre suas eventuais viagens em um avião particular quando exercia o cargo de ministro do Planejamento no governo Lula.

Trata-se do King Air, matrícula PR-AJT, que pertence ao empresário Paulo Francisco Tripoloni, dono da construtora Sanches Tripoloni. Em nenhuma dessas ocasiões, Bernardo respondeu à pergunta.

A indagação tem duas razões.

Um parlamentar que integra a base de apoio do governo Dilma no Congresso relatou a ÉPOCA que viu Paulo Bernardo embarcar no ano passado no avião da construtora Sanches Tripoloni em um terminal do Aeroporto de Brasília, usado por empresas que operam aviões particulares.

Outro parlamentar, de oposição ao governo, também afirmou que a chefe da Casa Civil da Presidência da República, a ministra Gleisi Hoffmann, mulher de Paulo Bernardo, usou o avião em sua pré-campanha ao Senado Federal pelo Paraná.
Na ocasião, Gleisi era presidente regional do PT e não ocupava cargo público.

Bernardo era simplesmente o responsável pelo Orçamento da União e por definir as verbas para obras públicas.

Como ministro do Planejamento, Paulo Bernardo mostrou um empenho especial na construção do Contorno Norte de Maringá, no Paraná – uma obra tocada pela empreiteira Sanches Tripoloni, que já custa o dobro de seu preço original.

Inicialmente, Bernardo ajudou a liberar verbas para a obra, destinadas por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União.

Depois, Bernardo conseguiu incluir a construção do contorno no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que livrava o empreendimento da dependência de emendas parlamentares, sempre sujeitas a contingenciamentos e cortes orçamentários.

Em junho de 2010, Paulo Bernardo convenceu o então presidente Lula a assinar um decreto incluindo o anel rodoviário de Maringá num regime especial no PAC.

No mundo das acirradas disputas por verbas em Brasília, o regime especial equivale a um passe de mágica: assegura transferências obrigatórias de dinheiro público para o empreendimento.


De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), há problemas graves na obra em Maringá, como superfaturamento de preços pela construtora Sanches Tripoloni.

A empreiteira não deixou, porém, de receber dinheiro público, mesmo depois de ter sido declarada “inidônea” pelo TCU em 2009 por causa de outra obra no Paraná: a construção do contorno rodoviário de Foz do Iguaçu.
A construtora Sanches Tripoloni é hoje uma das empreiteiras que mais recebem verbas públicas. No ano passado, ela recebeu R$ 267 milhões do governo federal. Sua ascensão é recente. Em 2006, por causa da má situação financeira da empresa, seus sócios chegaram a registrar uma redução de capital.

Na campanha eleitoral de 2010, a empreiteira e seus donos fizeram doações de R$ 7 milhões, especialmente para o PR, que comandava o Ministério dos Transportes, e o PT.
No Paraná, eles doaram R$ 510 mil para a campanha da ministra Gleisi Hoffmann ao Senado.

O deputado estadual Ênio Verri, do PT do Paraná, que foi chefe de gabinete de Paulo Bernardo no Ministério do Planejamento, também foi beneficiado por uma doação.


A recusa de Paulo Bernardo em falar sobre o eventual uso do avião da Sanches Tripoloni deixa várias dúvidas no ar.

Se ele não fez nada que pudesse ser caracterizado como um conflito de interesses, bastaria ter adotado o mesmo procedimento de seus colegas de governo Dilma Rousseff e respondido à pergunta.

Como não responde, levanta-se a suspeita de que Paulo Bernardo tenha algum tipo de dificuldade para explicar suas relações com a construtora Sanches Tripoloni.

Em ambos os casos, o comportamento do ministro pode se demonstrar inadequado, além de inútil.

Nos próximos dias, parlamentares de oposição encaminharão à Mesa da Câmara um pedido de informação sobre quem viajou no avião PR-AJT desde que ele foi comprado pela empreiteira, em abril de 2009 – e a identidade dos passageiros do King Air poderá ser conhecida.

ÉPOCA também perguntou à ministra Gleisi Hoffmann se ela viajou no avião da Sanches Tripoloni nos últimos três anos. Até o fechamento da edição, ela mantinha, como o marido, silêncio absoluto sobre o assunto.

Questionada se o avião da empreiteira transportou Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, a Sanches Tripoloni disse que “não tem conhecimento sobre o transporte das autoridades em questão”.





FICOU NO AR


Paulo Bernardo e o King Air da Sanches Tripoloni.

O ministro não responde à pergunta sobre viagens no avião e alimenta dúvidas sobre suas relações com a empreiteira do Paraná
20/08/2011


As articulações de Ideli

Gravações da polícia mostram que, quando estava no Ministério da Pesca, Ideli Salvatti negociou cargos no DNIT e lutou para manter um dirigente acusado de irregularidades

As conversas foram com o presidente local do PR, hoje preso por pedofilia

Por Claudio Dantas Sequeira
IstoÉ



Ouça a conversa entre a então ministra da Pesca, Ideli Salvatti, e o presidente PR em Santa Catarina, Nelson Goetten


As articulações de Ideli



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ESTILO

Nos grampos da polícia a ministra revela como luta
para manter seus feudos no Ministério dos Transportes

"Eu tô apavorada com essa movimentação.
Apavorada!"

Ideli, sobre a possibilidade de seu afilhado político ser afastado do DNIT

Durante a investigação de um crime de conotação sexual, a Polícia Civil de Santa Catarina usou o Sistema Guardião para, durante quatro meses, gravar as conversas telefônicas dos envolvidos.
Essas gravações acabaram registrando conversas que nada tinham a ver com a investigação, mas contam com alto teor político.

Os grampos revelam os diálogos que o principal investigado, o ex-deputado Nelson Goetten, então presidente do PR catarinense, manteve com diversas autoridades, entre elas a então ministra da Pesca, Ideli Salvatti.
As gravações das conversas de Ideli com Goetten mostram a íntima relação entre os dois e aconteceram no dia 18 de abril. Duraram pouco mais de dez minutos.

Foi a ministra quem ligou para o celular do ex-deputado, que estava sendo monitorado pela Polícia Civil, com autorização da Justiça. Ideli, hoje ministra das Relações Institucionais, não estava defendendo apenas um de seus indicados para cargos públicos.

Ela defendia um administrador acuado por denúncias de irregularidades e com a cadeira disputada por outros petistas de Santa Catarina.

O engenheiro João José dos Santos, desde 2003 superintendente do DNIT catarinense, até agora escapou incólume da faxina ética promovida pela presidente Dilma Rousseff na pasta dos Transportes. Mas pesa contra ele uma série de suspeitas.

O TCU, por exemplo, já apontou indícios de superfaturamento em obras importantes, como a BR-101. E o Ministério Público Federal abriu investigações para apurar atrasos e inexplicáveis aditivos nos contratos das obras de ampliação de várias rodovias tocadas pelo departamento chefiado por Santos.
Sua gestão é um retrato acabado da situação que provocou a razia oficial sob o comando do Ministério dos Transportes.


"Nós garantimos aquele dinheiro para iniciar a obra da duplicação...
Eles não tomaram as providências legais para iniciar.
E, não iniciando, a gente perde o dinheiro"

Ideli reclama da ineficiência de seu protegido

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SUPERFATURAMENTO

Obra da BR-101, comandada por João José, é alvo de investigação do TCU e do Ministério Público Federal

O parceiro da cruzada por João José dos Santos, o agora presidiário Nelson Goetten, foi um dos principais apoiadores da campanha de Ideli para o governo de Santa Catarina em 2010 (ela perdeu a eleição para Raimundo Colombo, do PSB, ficou sem mandato no Senado e acabou premiada com o Ministério da Pesca).

Segundo um cacique do PR, Goetten se apresentava como arrecadador da campanha. Ele diz ainda que, depois que virou ministra, Ideli dividia com Goetten o controle dos projetos do DNIT em Santa Catarina.
O ex-deputado sempre teve acesso ao gabinete da ministra, a quem tratava como amiga.

Eles estavam juntos, como mostra a gravação da polícia, para enfrentar a articulação capitaneada pelo ex-deputado Claudio Vignatti, rival de Ideli no PT estadual e até então o número dois na Secretaria de Relações Institucionais, que pleiteava no Planalto o posto de João José dos Santos.

Em grampos de conversas com outros interlocutores, Goetten tratava do assunto sem cerimônias. “Vão ter que passar por cima de mim e da Ideli, cara!”, diz o ex-deputado para seu secretário Sérgio Faust.

Segundo ele, a indicação era fruto de um acerto entre PT e PR. “Eu avisei o Luis Sérgio (então ministro de Relações Institucionais): se romperem o acordo, nem o capeta vai me fazer sentar com o PT de novo”, afirmou Goetten.

"Não preciso fazer nada.
É trabalhar nos ouvidos de quem precisa saber das coisas"


Ideli revela a estratégia que adota nas articulações


Goetten também mantinha contatos frequentes com Claudinei do Nascimento, ex-coordenador de campanha e homem de confiança de Ideli. Hoje secretário-executivo de Relações Institucionais, Claudinei do Nascimento era chefe de gabinete no Ministério da Pesca.

Em 12 de maio, às 10h49, ele telefona a Goetten para avisá-lo de que fora promovido a secretário-executivo da pasta após demissão de Evandro Gonçalo, acusado de direcionar emendas parlamentares para Santa Catarina sem autorização de Ideli. “Melhor para nós. Você e ela têm uma relação muito forte”, comemora o ex-deputado.

Na sequência, Nascimento diz que a ministra pediu para avisá-lo que Gilberto Carvalho estaria em Florianópolis no dia seguinte. “A hora que tu falar com o Nelson vê com ele para a gente arrumar uma conversa com o Gilberto”, pediu Ideli, segundo o secretário.

Em outra ligação, Nascimento recomenda que Goetten não telefone para o celular usado por Ideli em Santa Catarina e fornece o número de Brasília.

As relações de Ideli e com o presidente do PR catarinense não eram segredo para ninguém.

Em 12 de maio, às 17h41, Goet­ten ligou para o também ex-deputado José Carlos Vieira (PR), e num diálogo cifrado avisou que estaria em Brasília. “Está combinado um jantar com a Ideli, o Ederaldo e o Pagot, na casa do Ederaldo”, afirma.

Goetten se referia a Hideraldo Caron, petista que ocupava a direção de infraestrutura rodoviária.

É atribuído a Caron, que acabou caindo por pressão do PR, o controle da obra de duplicação da BR-101, entre Palhoça (SC) e Osório (RS).


A rodovia com 348 quilômetros de extensão já recebeu em seis anos 268 termos aditivos que aumentaram o custo do empreendimento em R$ 317,7 milhões.

Ao todo, o governo federal já gastou na ampliação da BR-101 quase R$ 2 bilhões, cifra que deve subir com a construção de novos túneis e pontes que não estavam previstos no projeto original. A BR-101 é alvo de várias auditorias no TCU.

Em 2009, o tribunal incluiu a obra na lista de irregularidades graves e determinou ao DNIT a retenção do pagamento de R$ 3,1 milhões, proibindo reajustes em contratos que já estivessem em andamento.


João José dos Santos, o protegido de Ideli, é acusado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) de má gestão.

Projetos recheados de falhas e uma fiscalização precária têm provocado atrasos nas obras e criado um emaranhado de trocas de empreiteiras, que abandonam as obras depois de embolsar parte do orçamento ou se alimentam de constantes aditivos.

O lote 26, de 28,6 quilômetros de extensão entre os municípios de Tubarão e Sangão, foi aditivado 12 vezes, elevando o preço da obra em 24,99% (o limite legal é de 25%), de R$ 92,6 milhões para R$ 115,8 milhões.

As obras nesse trecho se arrastam desde 2005 e ainda não foram concluídas pela construtora Triunfo, que também teve problemas com sobrepreço nas obras do lote 29, entre Araranguá e Sombrio. Neste caso, o DNIT acabou rescindindo o contrato, e teve que abrir nova concorrência.

Apesar das irregularidades, a Triunfo virou sócia da concessionária de pedágio do trecho da BR-101 que passa no Rio Grande do Sul. O caso está sendo investigado pelo procurador federal Celso Três.

“Além das vidas perdidas em decorrência dos atrasos na obra, a lentidão e os problemas verificados na duplicação da BR-101 trazem prejuízos incalculáveis para a economia catarinense e de todo o Sul do País”, alerta o presidente da Fiesc, Glauco José Corte.





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EM CAMPANHA

Em outubro de 2010, Goetten fez campanha eleitoral ao lado da ministra Ideli


Outra obra suspeita, sob responsabilidade de João José dos Santos, é a duplicação da BR-280, incluída no pacote de projetos suspensos pela presidente Dilma Rousseff no início de julho.
Com uma extensão de 73,9 quilômetros, a rodovia foi orçada inicialmente em R$ 941 milhões. O valor depois foi revisto para R$ 885 milhões. O procurador do Ministério Público Federal, em Joinville, Mário Sérgio Barbosa, instaurou inquérito civil para apurar suspeita de direcionamento na concorrência.

Não é a primeira vez que a estrada apresenta problemas. Em auditoria realizada em 2009, em obras de recuperação da BR-280, os técnicos do TCU descobriram que as “distâncias médias de transporte” (DMT) utilizadas no projeto e orçamento do lote 1 da licitação eram superiores às reais, havendo sobrepreço de R$ 4,1 milhões.
Antes que o Tribunal deliberasse pelo saneamento da irregularidade, o Dnit rompeu o contrato com a empreiteira e abriu nova licitação. Os técnicos também questionaram por que o cimento para a obra estava sendo adquirido em Curitiba e não em Florianópolis, que seria mais barato.

Com a rescisão do contrato, o processo foi arquivado e João José não precisou dar mais explicações.
No MPF de Santa Catarina há outros inquéritos em curso. Um deles apura a omissão na recuperação e na fiscalização das rodovias BR-163, BR-292 e BR-158.

A Procuradoria catarinense também instaurou inquérito para investigar denúncia de superfaturamento na obra emergencial da ponte sobre o rio Hercílio Luz, no km 117 da BR-470, no valor de R$ 13 milhões.

Além das rodovias, o MPF investiga um possível favorecimento de empreiteiras e transportadoras com o atraso do DNIT na instalação dos postos de pesagem, que impede a fiscalização e acarreta prejuízo para os cofres públicos.

Pelo que se vê, a então ministra da Pesca, Ideli Salvatti, ao apadrinhar João José dos Santos, estava pescando em águas turvas.



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Pela bola sete




Foto: AGÊNCIA BRASIL


Reportagem aponta que ministro Pedro Novais, do Turismo, destinou emenda a empreiteira fantasma, quando era deputado

E o dinheiro saiu do ministério que ele hoje comanda

Reportagem especial publicada pela Folha de S. Paulo aponta que o ministro Pedro Novais, do Turismo, destinou uma emenda parlamentar, quando era deputado, a uma empreiteira fantasma.
O dinheiro saiu do ministério do Turismo, que Novais hoje comanda.

Falta pouco para ele também pedir para sair.

Leia o texto de Dimmi Amora, Andreza Matais e Felipe Seligman:

Recursos assegurados pelo ministro do Turismo, Pedro Novais, para uma obra no Maranhão beneficiaram uma cidade sem nenhuma vocação turística e uma empreiteira fantasma, cuja sede fica em um conjunto habitacional na periferia de São Luís, a capital do Estado.
No ano passado, quando exercia o mandato de deputado federal, Novais apresentou emenda ao Orçamento da União para destinar R$ 1 milhão do Ministério do Turismo à construção de uma ponte em Barra do Corda (450 km ao sul de São Luís).

A pasta assinou convênio com a prefeitura em 8 de dezembro e já empenhou (reservou para gastos futuros) todo o valor da emenda. Neste ano a prefeitura fez a licitação, vencida pela Planmetas Construções e Serviços.

A sede da construtora fica num conjunto habitacional de baixa renda em São Luís.

A Folha esteve no local, conhecido como Carandiru, em referência ao antigo presídio de SP. São prédios simples.

No endereço da Planmetas atendeu uma senhora de nome Delí. Questionada sobre um dos dos donos, Roberto Beckenbauer Sagadilha Correa, disse que é seu neto, mas que ele não mora mais ali.

A Folha quis saber se a empresa de fato funcionava.

Delí não soube dizer onde fica a sede. Disse que o neto montou um escritório, mas que também havia mudado.

Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Maranhão, nem Correa nem o outro dono, Francisco Pereira Nunes, constam como engenheiros.

NOME FALSO

No local onde será feita a ponte em Barra do Corda há uma placa da firma na qual consta como engenheiro responsável José Fernando Trindade Junior. Procurado pela Folha, disse que "não trabalha nem nunca ouviu falar na empresa Planmetas".

O registro profissional que está na placa não confere com o de Trindade. Não há nenhum profissional com o registro citado na placa. O Crea também não encontrou nenhum registro dessa obra.

Barra do Corda é a cidade do interior com mais verbas do Turismo: R$ 15 milhões. O valor é dez vezes superior ao das cidades turísticas de Alcântara e Barreirinhas.

Das emendas de Novais, a de Barra do Corda tem o valor maior. Em dezembro de 2010, o Turismo assinou seis convênios com a prefeitura -quatro deles no dia 31.

Em fevereiro, a PF deflagrou operação em Barra do Corda. A Justiça decretou a prisão do prefeito Manoel Mariano Souza (PV), de parentes e de servidores.

Ele obteve habeas corpus e não foi preso.


20 de Agosto de 2011



O GOVERNO CORRUPTO DE LULA



FATOS PARA REAVIVAR A MEMÓRIA PETISTA SOBRE O GOVERNO CORRUPTO DE LULA





Informação publicada no Estadão Online sobre a "faxina" da Dilma, que é apenas uma faxininha, informa da preocupação dos petistas que temem que isso venha a carimbar a gestão Lula como corrupta.

Esses elementos são mesmo desmiolados, não têm memória e querem se passar por inocentes.

A gestão Lula, comprovadamente, foi a até agora a mais corrupta da história do Brasil desde a descoberta de Cabral.

Vou apresentar a informação do Estadão na íntegra, em contraponto com matérias do Acervo Digital da revista VEJA, que você pode acessar aqui e conhecer a verdadeira ou recordar os fatos da gestão Lula.

Você poderá entender porque Lula Apedeuta da Silva fez e faz um mal terrível a este país. Sem ele na vida política do Brasil, já estaríamos em outro estágio do nosso crescimento. Com ele, regredimos para este lamaçal da praga da corrupção que contamina a tudo e a todos.


Petistas temem que ‘faxina’ de Dilma carimbe gestão de Lula como ‘corrupta’



A "faxina" no governo da presidente Dilma Rousseff, que já derrubou quatro ministros em dois meses e doze dias, causa extremo desconforto no PT.

Dirigentes do partido, senadores, deputados e até ministros temem que, com a escalada de escândalos revelados nos últimos meses - especialmente nas pastas dos Transportes, do Turismo e da Agricultura -, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva acabe carimbado como corrupto.

Todos os abatidos foram "herdados" de Lula.




Em conversas a portas fechadas, petistas criticam o estilo de Dilma, a "descoordenação" na seara política e o que chamam de "jeito duro" da presidente.
Uma das frases mais ouvidas nessas rodas é: "Temos de defender o nosso projeto e o Lula."

Mesmo os que não defendem abertamente a volta de Lula na eleição de 2014 dizem que Dilma está comprando brigas em todas as frentes - do Congresso ao movimento sindical -, sem perceber que, com sua atitude, alimenta o "insaciável leão" do noticiário e incentiva o tiroteio entre aliados.





Na avaliação de petistas, o poderoso PMDB - que na quarta-feira, 17, perdeu o ministro da Agricultura, Wagner Rossi - não é confiável e acabará dando o troco a qualquer momento.





Convocação

Dilma chamou ministros do PT e dirigentes do partido para uma conversa no domingo à noite, no Palácio da Alvorada. Chegou a telefonar para os que estavam fora de Brasília e ordenou que todos chegassem mais cedo à capital. A presidente pediu o encontro para ouvir a avaliação dos auxiliares sobre a crise na base aliada.




Ela contou ali sobre a reunião com Lula na semana anterior, admitiu a necessidade de se reaproximar dos partidos que compõem a coligação e avisou que teria um tête-à-tête no dia seguinte com o vice-presidente Michel Temer e com os líderes do PMDB na Câmara e no Senado.

Àquela altura, a situação de Rossi era considerada complicada, mas ainda não havia sido divulgada a notícia do uso do jatinho de uma empresa que tem negócios com o governo pelo então ministro, afilhado de Temer.




Com receio da reação de Dilma - conhecida pelo temperamento explosivo -, alguns ministros pontuaram, com todo o cuidado, os problemas de relacionamento no Congresso após as demissões e citaram o PMDB e o PR.
As alianças para as eleições municipais de 2012 também entraram na conversa.




Pois é, a história está aí para quem desejar ler e refrescar a memória. Dilma não está sujando Lula.

Ela e Lula já estão sujos há muito tempo na lama da corrupção.

Contra fatos não há argumentos.


Navegue pelas páginas do
Acervo Digital de VEJA para entender o que é este governo petista.

A crise de 2011 é a mais grave de todas



Após o desmoronamento da URSS, o capitalismo emergiu, vitorioso, de 50 anos de guerra fria e parecia destinado a reinar absoluto dali por diante

Era a mensagem do fim da História, do grande pensador Francis Fukuyama


POR LUIZ FELIPE LAMPREIA
O Estado de S.Paulo

Passados 20 anos, a aposta revelou-se parcialmente falsa. O capitalismo prevaleceu e não existe, nem sequer como utopia, uma alternativa que tenha a mínima credibilidade.


Com a crise de 2008, que representou um golpe duro no setor financeiro, principalmente, começou uma fragilização do sistema político/econômico, o que, por sua vez, conduziu à crise atual.

Hoje a relativa incapacidade dos líderes políticos ficou patente. Eles são obrigados a manter os olhos postos nas pesquisas e governar por elas. Sua habilidade é meramente tática, os gigantes de visão estratégica, como Franklin Delano Roosevelt, Konrad Adenauer, Charles de Gaulle ou Felipe González, pertencem ao passado.


O sistema de governança global foi confrontado com uma situação que pôs a nu a sua precariedade, seja pelo incrível espetáculo que foi o recente cabo de guerra do orçamento e da dívida no Congresso americano, seja na cabra-cega de Bruxelas para resolver os problemas das dívidas dos Estados-membros.

Tudo o que parecia sólido - a ascensão triunfal dos Brics incluída - se tornou questionável.


A única aposta certa entre os países ricos, hoje, é a Alemanha, com seu alto nível de renda, sua produtividade incomparável, sua homogeneidade social e seus talentos inatos, que permitiram que após a derrota violenta e total de 1945 o país apresentasse nos dez anos seguintes o maior exemplo de recuperação e criação de valor da História das nações.


Mas não é indiscutível que a Alemanha continuará a ser a coluna mestra da Europa e o banqueiro de todos os países que não possuem suas virtudes ou sua disciplina.

Hoje ela é primus inter pares na Europa e cada vez mais exerce o poder que daí decorre sem as cautelas e os temores do passado.

É óbvio que a Alemanha tem enorme interesse no construção europeia, da qual é a maior beneficiária.

Mas as opiniões dos eleitores alemães não obedecem a análises apenas racionais e isso poderá obrigar os políticos seguirem os veredictos das urnas ou das sondagens, indicando que a Alemanha não está mais disposta a cobrir todos os excessos e a resgatar os naufrágios de seus sócios irresponsáveis, que se embriagaram de dívidas e de más políticas públicas, como se a União Europeia fosse uma festa interminável para todos.


Os Estados Unidos vivem um de seus piores momentos.

Barack Obama mostrou-se muito mais fraco como presidente do que a imensa expectativa que gerou como candidato.

O Congresso transformou-se numa arena de enfrentamentos em que inexiste clima para atitudes construtivas e compromissos sobre medidas que interessam a toda a nação.

É como se para destruir Obama e os democratas os republicanos radicais do Tea Party fossem até capazes de atear fogo à Casa Branca.


Na recente discussão, o sistema político americano revelou-se disfuncional. John Micklethwaite, editor da grande revista inglesa The Economist, descreveu os partidos americanos como "duas placas tectônicas ideológicas que se movem em direções opostas, aumentam a distância entre si e causam abalos sísmicos".

As guerras malsucedidas do Iraque e do Afeganistão representam a terceira ocasião, com o Vietnã, em que todo o imenso poder militar americano não consegue emergir vitorioso, malgrado os enormes custos e todos os meios empregados.


Está hoje patente que os Estados Unidos estão deslizando na ladeira do poder, onde já foram absolutos, embora nada indique que deixarão de ser uma superpotência ou que vão desmoronar como o sistema comunista.

Ainda assim, as credenciais americanas persistem.

A maior economia mundial, três vezes superior à segunda colocada, Forças Armadas como nunca houve na História, os Estados Unidos são e serão, por longo tempo, uma superpotência.

Mas não possuem mais a faculdade de ser, na famosa frase de Madeleine Albright, a "nação indispensável" que dava sempre o tom nas relações internacionais.


Na China, o país hoje mais bem posicionado para desafiar a supremacia de Washington, já existe um questionamento - ainda incipiente, mas claro - quanto à supremacia do Partido Comunista.

Em que ponto as atuais contestações - em sua maioria, protestos locais de todo tipo - tomarão volume?
Ninguém pode prever, só se sabe que tem havido aumentos de efetivos militares em diversas províncias chinesas, em claro sinal de nervosismo de Pequim.

Por outro lado, com a desaceleração econômica, haverá dificuldades para seguir absorvendo rapidamente os grandes contingentes de excluídos que ainda estão no interior do território chinês.
 

Crescer a 10% ao ano não pode ser um moto perpétuo. A médio prazo, é difícil que se mantenha a combinação virtuosa de fatores que permitiu a espetacular emergência da China nos últimos 30 anos.


Não sou daqueles que veem os quatro cavaleiros da Apocalipse nos cantos do céu assim que se instala uma crise.

Todos os povos acima mencionados passaram por situações muito mais graves - anos de depressão econômica, guerras, sofrimentos e perdas indizíveis - e terminaram por se recuperar.


A crise de 2011 é a mais grave de todas as que ocorreram nas últimas décadas.

Mas o mundo sairá dela.

É da essência do capitalismo que essas convulsões ocorram - trata-se do processo de destruição criativa de que falava o grande economista austríaco Joseph Schumpeter.
 

Os fatores produtivos combinados das principais economias do mundo, entre as quais, obviamente, está o Brasil, representam uma força imbatível e acabarão por prevalecer.

Até que sobrevenha nova crise mais adiante...


 20/08/11


Em 27 de agosto de 2011, prescreve o crime de formação de quadrilha dos integrantes do MENSALÃO



O Ministro Joaquim Barbosa do Supremo Tribunal Federal, mantém o processo do MENSALÃO arquivado  beneficiando os 38 integrantes da referida quadrilha cujo chefe é o PTralha José Dirceu, na época Ministro da Casa Civil do Governo LULA.

Trata-se do maior escândalo financeiro e moral deste país! 

Cabe lembrar que o Ministro Joaquim Barbosa foi nomeado pelo LULA e por alegar ter um problema de coluna, tem faltado sistematicamente as sessões daquele Tribunal.

Argumenta que o referido problema o impede  de concluir o relatório, mas não o impede de ser encontrado pela imprensa, bebericando com amigos em vários bares da capital Paulista.

No caso de acorrer a prescrição do referido crime, que foi cometido contra a nação brasileira, ficará registrado para a história a grande contribuição imoral deste Ministro para a oficialização dos crimes políticos, enlameando a mais alta corte de justiça do país.

Este fato comprovará definitivamente que o PT é a maior quadrilha de bandidos que circula no poder do país.



sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Entrevista: José Nêumanne Pinto




Em entrevista exclusiva aos colunistas migalheiros José Marcio Mendonça e Francisco Petros, o jornalista e poeta José Nêumanne Pinto comenta o lançamento de sua obra
"O que sei de Lula"

Brasília: grupo invade embaixada, expulsa embaixador e descerra bandeira da Líbia


O PRÉDIO DA EMBAIXADA LÍBIA FICA NO LAGO SUL, EM BRASÍLIA


Um carro preto chegou à Embaixada da Líbia por volta de 17h50 e dele desceram três homens - dois seguranças armados e um rapaz, identificado pela PM como filho do embaixador.

Os seguranças agrediram alguns estudantes da UnB, que invadiram a embaixada nesta tarde, expulsando o embaixador.

Cerca de 40 estudantes estão amotinados no local.

Houve pancadaria e feridos, em tumulto registrado pela equipe da Coluna CH (vídeos e fotos serão postados em breve).

Neste momento, dois integrantes do Itamaraty negociam com os estudantes a retirada do grupo, sem sucesso.

Integrantes do PSTU estão a caminho da casa, no Lago Sul, para reforçar o protesto.

Do lado de fora, três carros da polícia e seis soldados acompanham a movimentação.

A invasão ocorreu no fim da tarde desta sexta (19) no prédio da embaixada da Líbia em Brasília.

O grupo expulsou o chefe do posto, embaixador Salem Zubeidi.


Ele estava em uma solenidade na Nunciatura Apostólica, representação diplomática do Vaticano, quando se deu a invasão.

Ele voltou à embaixada, pediu para entrar e fazer as malas e depois se dirigiu à Base Aérea de Brasília.

Informou que seguirá para Cuba em um avião disponibilizado pela Força Aérea Brasileira.

Após a invasão, o grupo arriou a bandeira do país controlado por Muamar Kadhafi, um dos mais antigos tiranos em todo o mundo.

Oficialmente, a representação líbia, que se localiza no Lago Sul, tem a denominação Bureau Popular da Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia.

Informações preliminares dão conta de que os estudantes, quase todos ligados a partidos radicais de esquerda, tiveram ajuda de ao menos um dilomata líbio para invadir o prédio da embaixada.
19/08/2011
Atualizado às 18h15

Com três anos de antecedência, a sucessão presidencial já começou, com Lula como candidato



E Dirceu, que tenta dominar o PT, vai ficar do lado de quem?

De Lula ou Dilma?

Por Carlos Newton

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidatíssimo para 2014, manobra com grande habilidade nos bastidores e planta notícias nos jornais para pavimentar sua volta ao poder.
Primeiro, foi o ministro Paulo Bernardo que deu entrevista defendendo habilmente a candidatura de Lula e adiantando que a escolha do candidato do PT à Presidência na próxima eleição não será feita pelo partido, mas numa simples conversa entre Lula e Dilma.


Agora, Lula usa jornalistas ligados ao PT para divulgar especulações e fazer chegar a líderes petistas a avaliação de que julga um “tiro no pé” debater agora a sucessão de 2014 e que o PT deve se preocupar no momento com as eleições municipais de 2012, o que, aliás, seria o óbvio.
O ex-presidente também divulga informações de que ele próprio desaprova o comportamento de petistas que, por estarem contrariados com a presidente Dilma, pregam a volta dele em 2014 como candidato do PT na eleição presidencial.

Reportagem da Folha de S. Paulo, publicada quarta-feira, especula que Dilma tenta se aproximar da sua base aliada, sobretudo PT e PMDB, para procurar conter pela raiz uma prematura e crescente especulação interna sobre uma nova candidatura presidencial de Lula em 2014.

Sobre o palpitante tema, Lula mantém duas posições.

Nos bastidores, manobra intensamente defendendo sua candidatura, mas sempre que se encontra com jornalistas, faz o contrário.

Em diferentes oportunidades, o ex-presidente já manifestou apoio a uma eventual candidatura de Dilma à reeleição.

Uma exemplo dessa manipulação nos bastidores é o caso das prévias para escolher o candidato a prefeito de São Paulo. O PT tem seis pré-candidatos: Marta Suplicy, Aloizio Mercadante, Eduardo Suplicy, Fernando Haddad e os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto.

Lula já escolheu como candidato o ministro da Educação, Haddad, e estamos combinados.

Mas para efeito externo, o ex-presidente afirma defender a realização de prévias.

Na direção do PT, quem realmente luta pelas prévias é José Dirceu, pretensamente defendendo os direitos dos demais pré-candidatos, especialmente Marta Suplicy e Aloizio Mercadante.


O que se desenha, nesse xadrez político da maior importância, não é um possível embate entre Lula e Dilma, mas entre os dois e… José Dirceu, a grande incógnita da equação.

Já colocamos aqui no blog que, por hora, quem dá as cartas é Lula.

Mas Dirceu também sabe jogar e faz questão de entrar em cena como figura exponencial do PT.

Como se sabe, Dirceu ficou milionário com as “consultorias” que deu a alguns dos maiores empresários que atuam no país, nacionais ou estrangeiros, entre eles o próprio Eike Batista.

Por ora, não tem o que fazer e se diverte se tornando uma eminência parda no PT, cujo presidente atual, Rui Falcão, é inexpressivo, e deve ser substituído por José Genoíno, réu do mensalão, vejam a que ponto o partido chegou.

Dirceu está fora da política eleitoral, devido à sua cassação, mas não deixa de lado a política partidária.

“Até 2015 farei o que sempre faço: política. Sou dirigente do PT, militante e, como todo mundo, também tenho que trabalhar, sou advogado”, anuncia.


Com esse objetivo, intervém em todas as questões de importância dentro do partido. Agora, por exemplo, está defendendo a candidatura do juiz aposentado João Gandini à Prefeitura de Ribeirão Preto, pelo PT, nas próximas eleições municipais.
Acreditem, se quiserem. Gandini foi o juiz que condenou Palocci em primeira instância por enriquecimento ilícito e prejuízo aos cofres públicos quando havia sido prefeito de Ribeirão Preto (2001-02), causando prejuízo de R$ 72 mil ao erário.
Dirceu esteve recentemente em Ribeirão Preto para participar de um encontro regional entre prefeitos, vices e vereadores do PT.

O objetivo era debater, a portas fechadas, a reforma eleitoral e as eleições de 2012. “O partido cresceu porque soube renovar e mudar. O PT é o responsável por essa nova classe média, que já tem emprego e agora quer melhores condições de vida, saneamento, transportes”, afirmou na reunião.

Detalhe: em junho, após a queda de Palocci, o presidente do diretório do PT em Ribeirão, Pedro de Jesus Sampaio, afirmou que queria o petista como candidato às eleições municipais.

Mas na reunião, Dirceu argumentou que a decisão de voltar ou não à política é de Palocci e que, caso faça isso, terá o seu apoio. “Ele sempre teve minha amizade. Você pode discordar do ponto de vista político, mas do ponto de vista ético não há nada que possa condená-lo neste sentido”. Assim, por enquanto, segue apoiando o juiz Gandini.

E o jogo está só começando.

De que lado está Dirceu?

Do lado de Lula ou de Dilma?

A propósito, é preciso lembrar que existe a possibilidade de ambos serem candidatos em 2014, se Dilma Rousseff romper com Lula e mudar de partido, beneficiada pela reforma eleitoral que já está em curso e vai abrir uma “janela” para possibilitar um troca-troca de legendas.

São hipóteses, por enquanto, mas na política brasileira tudo é possível, não é mesmo?

E vale à pena esperar para ver como é que fica.

19 de agosto de 2011


O nome da doença que assola o Brasil é Luiz Inácio Lula da Silva



Quatro ministros caíram em menos de oito meses de governo Dilma.

Se considerarmos que Luiz Sérgio deixou a coordenação política para não fazer borra nenhuma na pesca, são cinco, três deles porque não conseguiram explicar o inexplicável no terreno ético: Antônio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes) e Wagner Rossi (Agricultura).

Nelson Jobim (Defesa) foi demitido porque falou demais.


Por Reinaldo Azevedo

As demissões se deram de junho pra cá, à média, portanto, de mais de uma por mês.

São os sintomas.

Afinal, qual é a doença que acomete a política brasileira?

Chama-se Luiz Inácio Lula da Silva, o homem que hoje atua de modo claro, desabrido e insofismável para desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff, sua criatura eleitoral.


Esse modelo de governo necrosado, que recende a carniça, não chega a ser uma criação genuína de Lula.

Ele não cria nada.

Mas é o sistema por ele reciclado, submetido ao aggiornamento petista.

Este senhor é hoje o maior reacionário da política brasileira.

De fato, é o maior de todos os tempos: nunca antes na história destepaiz um líder do seu porte — e os eleitores quiseram assim; não há muito o que fazer a respeito — atuou de forma tão determinada, tão clara, tão explícita para que o Brasil andasse para trás, desse marcha a ré nas conquistas do republicanismo, voltasse ao tempo da aristocracia dos inimputáveis.

Enquanto Lula for uma figura relevante da política brasileira, estaremos condenados ao atraso.

O governo herdado por Dilma é aquele que seu antecessor construiu. Aqui, é preciso fazer um pouco de história.

No modelo saído da Constituição de 1988, o presidente precisa do Congresso para governar.

Se o tem nas mãos, consegue transformar banditismo em virtude, como prova o mensalão.

É impressionante que Lula tenha saído incólume daquela bandalheira — e reeleito!

Há diversas razões que explicam o fenômeno, muitas delas já conhecidas. O apoio do Congresso foi vital — além da sem-vergonhice docemente compartilhada por quem votou nele. Não dá para livrar os eleitores de suas responsabilidades.

Fernando Henrique Cardoso governou com boa parte das forças que acabaram migrando para o lulo-petismo — o PMDB inclusive.

Surgiram, sim, denúncias de corrupção.

Não foi certamente um governo só com vestais.

Mas era uma gestão com alguns propósitos, boa parte deles cumprida.

Era preciso consolidar as conquistas do Plano Real, promover privatizações essenciais à modernização do país, tirar o bolor da legislação que impedia investimentos, criar bases efetivas para a rede de proteção social.

FHC percebeu desde logo que essa agenda não se cumpriria com um alinhamento do PSDB à esquerda.

E foi buscar, então, o PFL, o que foi considerado pelos “progressistas” do Complexo Pucusp um crime de lesa moralidade.

Em boa parte da imprensa, a reação não foi diferente. Falava-se da “rendição” do intelectual marxixta — o que FHC nunca foi, diga-se — ao patrimonialismo.

Um “patrimonialismo” que privatizava estatais…

Tenha paciência!


FHC venceu eleição e reeleição no primeiro turno e implementou a sua agenda, debaixo do porrete petista.

Teve, sim, de fazer, muitas vezes, o jogo disso que se chama “fisiologia”.

O modelo saído da Constituição de 1988, reitero, induz esse sistema de loteamento de cargos.

O estado brasileiro, infelizmente, é gigantesco. Quanto mais cargos há a ocupar, pior para a ética, a moral e os bons costumes. Mas, repito, o governo tinha um centro e uma agenda das mais complexas.


Lula surfou no bom momento da economia mundial, manteve os fundamentos herdados do seu antecessor — é faroleiro e assumidamente bravateiro, mas não é burro — e foi muito saudado por jogar no lixo o programa econômico do PT (até eu o saúdo por isso; sempre que algo do petismo vai para o lixo, é um dever moral aplaudir).

Procedam a uma pesquisa: tentem encontrar um só avanço estrutural que tenha saído de sua mente divinal; tentem apontar uma só conquista de fundo, que tenha contribuído para modernizar as relações políticas no país; tentem divisar um só elemento que caracterize uma modernização institucional.

Nada!

Ao contrário.

Lula fez o Brasil marchar para trás algumas décadas nos usos e costumes da política e atuou de maneira pertinaz para engordar ainda mais o balofo estado brasileiro, o que lhe facultou as condições para elevar a altitudes jamais atingidas o clientelismo, o fisiologismo, a estado-dependência.

E aqui é preciso temperar a história com características da personagem,

Déficit de credibilidade

Lula e seu partido chegaram ao poder em 2002 com um déficit imenso de credibilidade.
Muita gente pensava que eles próprios acreditavam nas besteiras que diziam sobre economia.

Daí a especulação enlouquecida na reta final da eleição e no começo de 2003.

O modelo, insisto, requer uma base grande no Congresso. E Lula, por intermédio de José Dirceu, foi às compras.

A relação do PT com os outros partidos passou a ser mais ou menos aquela que existe no mercado de juros: se o risco oferecido pelo tomador do empréstimo é alto, a taxa sobe; se é baixo, desce. Os petistas eram considerados elementos um tanto tóxicos. Eles haviam se esforçado durante anos para convencer disso seus adversários. Logo, os candidatos à adesão levaram o preço às alturas.

Lula aceitou lotear o governo como nenhum outro havia feito antes dele.

Os ministérios eram oferecidos de porteira fechada — prática que continuou e se exacerbou no segundo mandato; nesse caso, já não era déficit de credibilidade, não.


Lula, o sindicalista, que fazia discurso radical para as massas e enchia a cara de uísque com a turma da Fiesp, viu-se feliz como pinto no lixo quando passou a ser o doador das benesses oficiais.

Ele se encontrou.

Descobriu seu elemento.

Gostava mesmo era daquilo.

E não foi só com os políticos, não!

Parte importante do empresariado e do mercado financeiro viu nele o lampejo do gênio. Com ele, sim, era fácil negociar, dizia-se a pregas largas, não com aquele sociólogo metido…

Com Lula, tudo podia, tudo era permitido, tudo era precificável.

Políticos e empresários se surpreenderam com a facilidade com que ele fazia concessões.

Não!


Nada de tentar baixar carga tributária, por exemplo.

O modelo consolidado pelo PT é outro: é o dos incentivos a setores escolhidos, o dos empréstimos subsidiados a rodo, o da escolha de “vencedores”.

Lula não formava a sua clientela apenas com os miseráveis do Bolsa Família (que ele não criou; só lhe deu viés politiqueiro).

Os tubarões também passaram a ser clientes do lulo-petismo.

Tinha bolsa pra todo mundo.

O grande gênio

Surfando num momento formidável da economia mundial, Lula pôde, então, se dedicar à sua obra: revitalizar o clientelismo; profissionalizar o aparelhamento do estado; comprar apoios loteando ministérios, estatais e autarquias.

Mas para fazer qual governo mesmo?

Para deixar qual herança de fundo, destinada às gerações futuras?

O homem transformou-se num quase mito agredindo alguns dos fundamentos do republicanismo, que foram duramente construídos ao longo dos oito anos de seu antecessor.

Lula avançou contra a herança bendita de FHC para deixar uma herança maldita a seus sucessores e a várias gerações de brasileiros.


Nessas horas, os petralhas sempre entram para provocar: “Ah, mas só uma minoria acha isso; o povão apóia”.

E daí?

“Povões” já endossaram gente até mais nefasta do que Lula história afora.



Essa gente asquerosa que se demite ou é demitida e faz esses discursos patéticos, em que sugerem que só estão deixando seus cargos porque pautados pela mais estrita decência e por uma competência inquestionável, é expressão do modo lulista de governar.

Eu, pessoalmente, ainda não estou convencido de que estamos diante da evidência da incompatibilidade de Dilma com esse padrão moral.

Afinal, ela era a “gerente” do governo anterior, certo?

Mas estou plenamente convencido de que ela não tem a devida destreza par comandar isso que se transformou NUMA VERDADEIRA MÁQUINA CRIMINOSA de gestão do estado.



A rataiada com a qual Lula governou o país durante oito anos tinha certo receio dele, de sua popularidade — até as oposições evidenciaram esse temor mais de uma vez —, mas não reverencia Dilma.


Para se associar, mais uma vez, ao PT, o PMDB, por exemplo, exigiu participar efetivamente do governo, e isso quer dizer liberdade para executar a “sua” política nos ministérios.

O mesmo se diga dos demais partidos.

A infraestrutura já foi à breca há muito tempo, mas o país que se dane.

Os “aliados” têm de cuidar dos seus interesses porque assim combinaram com Lula.


Em 2010, o prêmio exigido para a adesão foi alto não porque o PT padecesse daquele déficit de credibilidade de 2002.

A candidata é que se mostrava difícil.

A costura da aliança, por isso, elevou o preço de novo.

A tal “base” está revoltada porque o modelo de Lula não comporta a ingerência do poder central nos feudos dominados por partidos.

Afinal, quem Dilma pensa que é?

O acordo não foi feito com ela.

Os patriotas se dizem, sem qualquer constrangimento, traídos.

“Lula pediu para a gente apoiar essa mulher, e agora ela acha que pode se meter no nosso quintal?”


Eles se consideram credores da presidente e acham que o governo os trata como devedores.

Nostalgia
Eles todos estão com saudade de Lula. Querem retomar a tradição.

Consideram que roubar dinheiro público é uma paga natural pelo apoio, é parte das regras do jogo.

Não deploram em Dilma a sua falta de projeto, de norte, de rumo.

Estão inconformados é com o que a “falta de apoio” do governo contra esta maldita imprensa, que insiste em apontar irregularidades.

Cadê o Apedeuta para pedir o controle dos meios de comunicação?

Cadê o Franklin Martins para articular a “resistência”?

Até o secretário de Imprensa do Planalto parece cobrar um “confronto” com a “mídia”.

Eles querem Lula.

E Lula quer de volta o lugar que acha que lhe pertence.


Encerro voltando aos tais intelectuais e àquela parte do jornalismo que ajudou a fundar o quase-mito Lula.

Quando FHC fez a coligação com o PFL, falaram em crime de lesa democracia.

Quando Lula se juntou à escória mais asquerosa da política, saudaram o seu pragmatismo.
O pragmatismo que transformou a cleptocracia numa categoria progressista de pensamento.

Lula é o nome da doença.

É para ela que precisamos de remédio.

18/08/2011


‘Economist’: Dilma foi ‘sugada’ pelo ‘pântano político’ de Brasília



Sílvio Guedes Crespo
A revista “The Economist” desta semana traz uma análise da crise política no Brasil – a queda de quatro ministros em menos de oito meses de mandato – e chega à conclusão de que a presidente Dilma Rousseff está diante de um dilema.

Segundo o periódico, ou Dilma prossegue com sua “faxina” nos ministérios, ou mantém uma base aliada minimamente coesa que não lhe impeça de lidar com questões econômicas, ainda mais no atual contexto de crise internacional.

“Quase oito meses depois de assumir a Presidências, Dilma Rousseff encontrou-se sugada no pântano político que é Brasília”, diz a revista.

Com a demissão de autoridades envolvidas em denúncias de corrupção, Dilma começa a estampar sua marca no governo, segundo a revista, mas ao mesmo tempo “gera tensão em sua coalizão, que está em ruínas”.

Para a revista, Dilma sofre uma “rebelião” de membros da base aliada, que pode, em retaliação, usar o Congresso para dificultar a atuação do governo na economia.

Uma forma de se vingar seria aprovando emendas constitucionais que gerem grandes aumentos de gastos públicos.

Por exemplo, uma que prevê salário mínimo nacional para policiais e bombeiros, ou outra que projeta aumento de gastos com saúde.

Outra retaliação seria acabar com a Desvinculação da Receita da União, mecanismo que, desde 1994, permite ao governo manejar com certa liberdade 20% das despesas federais. Na opinião de assessores de Dilma, sem a DRU o Brasil ficaria indefeso diante da crise internacional.

Para a “Economist”, a faxina torna Dilma mais popular na classe média.

No entanto, mais importante para a popularidade da presidente é manter a inflação sob controle e ao mesmo tempo garantir que a economia resfrie sem gerar estagnação.

Essa é a tarefa que o Congresso pode tentar impedir que ela execute.
18 de agosto de 2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Rossi saiu para proteger Temer, avalia a base aliada



Sob pressão

Cristiane Jungblut e Isabel Braga
o globo

BRASÍLIA - A avaliação na base aliada é de que o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi não aguentou a pressão de novas denúncias que viriam e saiu até para proteger o vice-presidente Michel Temer, que o indicou para o cargo.
O discurso, espalhado pelo próprio Temer a parlamentares, é de que
Rossi saiu a pedido da família .

O líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), ao receber telefonema anunciando a saída, estava ao lado do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Temer avisou a cúpula do PMDB, enquanto a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, conversou com outros, entre eles Vaccarezza.

O ministro Rossi prestou um grande serviço e, até o momento, não tem nenhuma denúncia contra ele

O líder Vaccarezza assumiu um discurso de que a troca de quatro ministros em oito meses (cinco quando se considera o troca-troca de pastas entre Ideli e Luiz Sérgio, que foi para o Ministério da Pesca) não afeta o clima da base aliada nem o relacionamento com o PMDB.

- O ministro Rossi prestou um grande serviço e, até o momento, não tem nenhuma denúncia contra ele. Ele resolveu sair por razões familiares. Pegar carona (no jatinho da empresa) não quer dizer que estava comprometido.

Essa mudança (de quatro ministros) indica que houve problemas e foram feitas mudanças. A presidente tem atuado de forma ágil, inclusive em indicar o substituto. O clima com o PMDB está o melhor possível. Estava com o líder Henrique Eduardo Alves quando houve a informação.

Já deputados do PMDB contaram que Dilma desejava a permanência do ministro.

- Infelizmente, ele entregou a carta. À tarde, a presidente Dilma pediu ao Temer que o convencesse a ficar. Ele não aguentou. Cada um tem seu limite, envolveu a família - afirmou o deputado Celso Maldaner (PMDB-SC).

- Fomos todos pegos de surpresa. Ele estava prestigiado pela presidente - acrescentou o deputado Marcelo de Castro (PMDB-PI).

Para outros integrantes da base, o clima está cada vez pior. O líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), disse que há problemas de relacionamento político na base. Ele lembrou que o senador Alfredo Nascimento (PR-AM), ex-ministro dos Transportes, também deixou o cargo quando as denúncias passaram a prejudicar sua família.

- Quando as coisas entram no campo pessoal, não tem outro jeito. Estou dizendo isso desde o início: o clima na base, há uma hermenêutica do governo com a base que não é boa - disse Lincoln Portela, afirmando que Dilma está se esforçando para mudar isso.

Filiada ao PMDB, vice-presidente da Câmara elogia decisão de Rossi e pede que Novais deixe o cargo

Para a primeira vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES), o ministro Wagner Rossi, da Agricultura, agiu corretamente ao deixar o ministério e defender sua honra fora do cargo. Rose afirmou ainda nesta quarta-feira que o ministro do Turismo, Pedro Novais, deveria tomar a mesma atitude e deixar a pasta.

Rose de Freitas, que é do mesmo partido dos dois, afirmou que na tarde desta quarta um grupo de 40 deputados da bancada se reuniu para discutir uma postura diferenciada para a legenda.

Segundo ela, ficou patente o descontentamento com os rumos do partido.

- Wagner Rossi tomou a decisão certa, no momento oportuno. Ele vai ter a liberdade necessária para se defender. Não renunciou para se esconder. Pedro Novais deveria fazer o mesmo, esse deveria ser o primeiro (a deixar o cargo).

O PMDB está bastante enfraquecido, a grande maioria da bancada do PMDB está descontente. O PMDB se submete demais aos cargos. Não queremos mais discutir emendas e cargos, queremos discutir política
- disse a deputada.

Segundo Rose de Freitas, o PMDB precisa mudar, para ter um bom desempenho nas eleições municipais de 2012:

- Ou ele (o PMDB) toma uma direção diante da opinião pública, ou terá o pior desempenho nas eleições municipais de 2012. Viramos o partido mais fisiológico da República.

17/08/2011