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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Após escolha de Ideli, oposição vê governo sem rumo

Falta de habilidade do Planalto na relação com Congresso é alvo de críticas de parlamentares oposicionistas


O senador Alvaro Dias: "Governo está claudicante"
(Lia de Paula/Agência Senado)

Figura de Ideli Salvatti, no entanto, é poupada

Gabriel Castro
e Adriana Caitano

Revista Veja

A oposição reagiu com ceticismo à nomeação de Ideli Salvatti para a articulação política do governo. A nova ministra de Relações Institucionais já foi deputada estadual e senadora, mas nunca passou pela Câmara dos Deputados e tem fama de inflexível.

Para o líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), a escolha evidencia a falta de planejamento do governo: “É o resultado daquilo que nós conhecemos: a dificuldade do atual governo em se articular politicamente com sua base de apoio no Congresso Nacional".

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), também acredita que o Planalto perdeu o rumo. “O governo está claudicante, com a presidente demonstrando insegurança, as ações são confusas e a articulação política está comprometida. Qualquer nome é ótimo para a oposição – não temos preferência por nenhum modelo de coordenação, até porque temos que ter uma faixa própria para a nossa atuação no Congresso”, analisa.
Traquejo

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN) acredita que a escolha de Ideli pode se revelar uma boa opção. "Ela tem experiência e traquejo", afirma. Ele acredita que o bom funcionamento da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) não depende apenas da atuação da responsável pela pasta: "O problema está na sintonia do governo com os partidos da base. O importante é saber o que os partidos governistas estão achando."
Base aliada

O senador petista Paulo Paim (RS) comemorou a escolha de uma pessoa do quadro do Senado para a SRI. “Os últimos ministros eram deputados e dificilmente iam ao Senado ou conheciam sua dinâmica”, diz. “Ideli foi escolhida líder da bancada diversas vezes por unanimidade, graças à sua forma de articular. Ela conhece bem nossas reclamações de falta de diálogo com o Planalto.”
Já o governista Sandro Mabel (PR-GO) admite que ficaria mais feliz com um deputado no posto. Mas vê qualidades em Ideli: “Eu preferia alguém ligado à Câmara. Mas tenho um bom relacionamento com a Ideli. Ela tem agilidade, conhece bem a política. É preciso ver se ela tem coragem de encarar a presidente.”

Os integrantes da base aliada que andavam incomodados com a demora para um desfecho para a crise acreditam que a decisão desta sexta-feira encerra o momento crítico do governo.

“Finalmente poderemos discutir os grandes temas do país, como o Código Florestal, as reformas tributária e política e o rito das Medidas Provisórias, e não mais ficar debatendo se fulano fica ou sai”, destaca Paulo Paim.


O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), emitiu uma nota saudando a nova escolhida. "À ministra Ideli Salvatti, cuja experiência parlamentar é reconhecida nacionalmente, coloco-me à disposição, desde já, para iniciarmos as conversas necessárias para que a articulação política entre o Executivo e o Legislativo federal prossiga acontecendo de maneira independente, respeitosa e produtiva", diz o texto.

Ideli assume articulação política


Ideli assume articulação política e Luiz Sérgio vai para Pesca


A presidente Dilma Rousseff vai inverter os cargos no governo: Ideli Salvatti será nomeada para a Secretaria de Relações Institucionais, no lugar de Luiz Sérgio, que assumirá a vaga dela no Ministério da Pesca e Agricultura.


Luiz Sérgio almoçou no Palácio da Alvorada com Dilma, e entregou o cargo.

O próprio ministro disse que a situação ficou insustentável e decidiu pedir demissão.

Ideli foi chamada nesta tarde para uma conversa com a presidente. Dilma deve anunciar logo mais as trocas nos ministérios.

Apertem os cintos. Dilma endoidou de vez.


Ideli vai mesmo substituir Luiz Sérgio. E Luiz Sérgio pode ir para o lugar de Ideli.

Ideli Salvatti é mesmo a nova ministra da Relações Institucionais.

Luiz Sérgio, por incrível que pareça, pode assumir o seu lugar no Ministério da Pesca.

Parece piada?

É uma piada.

10/06/2011

Justiça desfeita



Supremo liberta Cesare Battisti e mantém decisão de Lula de não extraditar condenado na Itália pelo assassinato de 4 pessoas

Com a decisão final sobre o caso Battisti, o Supremo Tribunal Federal (STF) caiu na armadilha que montou para si próprio.

No final de 2009, quando podia ter atuado como freio e contrapeso ao excesso discricionário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Supremo escolheu abrir mão do papel de último árbitro em questões de extradição.

Não lhe restava, pois, mais que referendar a autoimposta limitação.

Cesare Battisti entrou ilegalmente no Brasil em 2004 e foi preso em 2007.

Ex-militante de um grupo de extrema-esquerda nos anos 1970, o PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), havia sido condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas, na Itália, em julgamento à revelia (estava foragido de seu país desde 1981).

Uma vez preso, aqui, despertou uma solidariedade fora de época e de propósito entre ex-militantes de esquerda e antigos adeptos da luta armada, alguns deles guindados ao poder com a eleição de Lula.

Então ministro da Justiça, o petista Tarso Genro concedeu-lhe refúgio, nos termos de uma lei de 1997 que previa, na hipótese, o término do processo de extradição.
A alegação de Genro, quase risível, era que Battisti sofreria perseguição política na sua pátria.

Como se a Itália não fosse uma democracia plena desde os anos 1940, e dotada de um Poder Judiciário independente, ou como se a sentença do extremista não tivesse transitado em julgado.

Por outro lado, o Estatuto do Estrangeiro, de 1980, determina que cabe exclusivamente ao STF decidir se pode ser considerado de natureza política um crime atribuído a extraditando.

Nesse caso, a lei brasileira não autorizaria prosseguir com a extradição.

Diante da dúvida sobre as competências, o Supremo se propôs a afastá-la.



Por maioria de um voto, rejeitou a tese de crime político e sustentou a extradição, de acordo com o tratado sobre o tema que o Brasil firmou com a Itália.

O STF culminou o julgamento, porém, com adendo surpreendente: a palavra derradeira, em matéria de extradição, caberia ao presidente da República.

Na prática, transferiu ao comando do Executivo o papel de instância julgadora que a Constituição reserva ao Supremo na questão.

Dali em diante, e não só no caso Battisti, a decisão final seria sempre do Planalto.

Lula não se fez de rogado. No último dia de seu governo, lamentavelmente, tomou a decisão que todos temiam: recusou de novo a extradição e permitiu que Battisti ficasse no país como imigrante.



O governo italiano recorreu ao STF contra o ato do presidente.

No seu quinto e derradeiro pronunciamento sobre o caso, o Supremo decidiu por seis votos a três que não poderia reverter a medida de Lula.


Com isso, o criminoso ganhou a liberdade, e a justiça mais uma vez deixou de se cumprir.



A ministra do perfil arrebitado




POR VINICIUS TORRES FREIRE

Ministra será "técnica" ou "política"?

Da negociação?

Da gestão?

O que vai gerir, numa Casa Civil esvaziada?


UM DOS TRAÇOS mais evidentes do perfil da nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, é seu nariz arrebitado.

Mas os comentaristas do assunto dizem que a ministra tem um "perfil técnico".

No comentarismo dos assuntos de governo, "técnico" anda de par com "político" e, parece, os termos são excludentes.


"Técnico não é político." É besteira, claro.

"Perfil político", no caso, quer dizer apenas que a pessoa assim indigitada deve se encarregar de quase vergonheiras (ou pior) na relação com o Congresso.

Diziam que Dilma Rousseff tinha "perfil técnico" quando era ministra da Casa Civil no governo Lula.

Embora "técnica", Dilma fez um político como o médico Antonio Palocci, então poderoso ministro da Fazenda, engolir o seu plano de controle de gastos de longo prazo, uma tentativa de zerar o deficit do governo federal.

A "técnica" Dilma fez prevalecer sua opinião nas políticas do governo, passando por cima de um ministro de perfil político e tido como poderoso.

A "técnica" Dilma, enfim, chegou ao cargo de presidente da República.

Palocci, que assumiu a Casa Civil com um "perfil notadamente político", caiu do cavalo.

Mas não porque fosse um mau técnico -nem bom, por falar nisso. Agora, vai voltar a prestar consultoria "técnica" a empresas. Ou consultoria política?

A ministra Gleisi era senadora do PT, apelidada de "trator" até pelos próprios colegas de partido, o que não condiz com o seu perfil delicado (o físico), mas passemos.

A carreira de Gleisi é, basicamente, política.

A ministra é advogada de formação, mas não vai exercer sua "técnica" num posto de assuntos jurídicos.

No governo Lula, passou uns anos como diretora financeira de Itaipu. Foi secretária de Gestão Pública de um governo lá não muito técnico, para dizer o menos, o de Zeca do PT, em Mato Grosso do Sul.

A ministra é "técnica" em quê?

Em "gestão", parece.


A Casa Civil, entrando Gleisi e saindo Palocci, voltaria a ser um ministério "voltado à gestão", como nos tempos de Dilma, dizem.

Mas Gleisi vai ser gestora do quê?

A Casa Civil não havia sido "esvaziada de funções técnicas e de gestão" a fim de deixar Palocci livre e desimpedido para exercer suas artes políticas?

O Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, filho de Dilma, foi adotado pelo Ministério do Planejamento, de Miriam Belchior.

O Minha Casa, Minha Vida está no Ministério das Cidades, é tocado na prática pela Caixa Econômica Federal e, parece, é meio supervisionado de longe pelo Planejamento.

Outro programa importante de Dilma, o Brasil Sem Miséria, está no Ministério do Desenvolvimento Social, com o qual a Casa Civil, aliás, nunca mexeu nos anos do petismo.

A reforma tributária é tocada pelo Ministério da Fazenda.

O que por ora sobra para Gleisi?

Há no Conselho de Governo uma nova Câmara, a de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, a CGDC, criada em maio.

O Conselho de Governo, composto por ministros e AGU, presta assessoria imediata à Presidência e é presidido pelo presidente ou pelo ministro da Casa Civil.

A CGDC vai sugerir medidas para racionalizar o gasto e a gestão públicos. É presidida pelo empresário Jorge Gerdau, que tem sala próxima à de Dilma.
Gleisi vai presidir conselheiros de Dilma?


Não parece o seu perfil, arrebitado.

Junho 10, 2011

Charges




Opinião do leitor


Bem. Para o Brasil não há mais solução.

A resignação apática dos brasileiros, resultado de décadas de engenharia social perpetrada por sociólogos e outros especialistas, transformou o brasileiro num ser sem brios, frágil, covarde para usar uma expressão mais clara.

Como li esses dias: o projeto de sociedade do PT é transformar os brasileiros em viadinhos, lésbicas, ladrões, drogados e abalfabetos.

Pedro Wittelsbach

quinta-feira, 9 de junho de 2011

RABO PRESO E IMPUNIDADE


A definição mais correta para o Brasil é:
um Paraiso de Patifes, governado por um Covil de Bandidos e que é controlado por um Sindicato de Ladrões.


Por Geraldo Almendra
A transformação de um assassino condenado na Itália em alguém com todos os direitos que devem ser garantidos a um cidadão digno e honesto, coloca a Justiça do nosso país como uma via formal a serviço de um jogo de poder sujo e criminoso que tem sido o suporte principal do projeto de político-prostituído do PT.

O Poder Público somente deveria existir para prestar serviços para a sociedade que o sustenta e não preferencialmente ou somente servir à nova burguesia corrupta que comanda o país, nascida e criada no submundo comuno sindical.


É quase inconcebível o suicídio político que a sociedade está cometendo com sua covarde omissão diante da absurda degeneração das instituições que têm a responsabilidade de fazer valer o ideário de justiça contra o banditismo institucionalizado que toma conta do país.

O tripé meliante que sustenta o projeto de poder perpétuo PT, que continua sendo comandado pelo mais sórdido político da história do país, está bem definido:

- desqualificação das Forças Armadas,

- transformação do Parlamento em um balcão de negócios da corrupção e da prevaricação sem controles e,

- qualificação dos Tribunais Superiores como uma retaguarda “jurídica” para validar os atos criminosos e lesa pátria do PT através da garantia de impunidade, além de terem assumido o papel de instrumento final da transformação do país em um Estado controlado por uma ditadura civil fascista.

O pano de fundo para o sucesso dessa estratégia foi o suborno assistencialista aos menos favorecidos e o descarado suborno dos canalhas esclarecidos que se transformaram cúmplices da destruição do país.

Talvez não exista na história do mundo ocidental um caso de um golpe para implantar uma ditadura fascista tão bem sucedido como está acontecendo no Brasil.

Depois do terrorismo derrotado pelas Forças Armadas que depois acabaram, covardemente, lavando as mãos e deixando o país entregue nas mãos de civis canalhas, não está sendo necessário para os golpistas do PT o uso de força policial ou militar em grande extensão, bastando apenas reprimir pontualmente uma ou outra movimentação de protesto e utilizar os bastidores da Justiça prostituída para ameaçar, calar ou prender seus adversários.

As denúncias de assassinatos são pontuais e devem ter atingido seus objetivos de preservar a base da corrupção dos golpistas.


Como movimento de protesto, o movimento dos bombeiros, agora com o apoio da Polícia Militar, é um fato isolado e, apesar de rigorosamente justo e correto, atende aos interesses de uma classe profissional específica que, se atendida, tenderá a se acomodar na sua vitória, esquecendo que o país virou um Paraiso de Patifes, e que todas as classes deveriam, neste momento, lutar em campo aberto para livrar o Brasil do golpe civil fascista em curso.


As classes profissionais deveriam se unir, não somente por aumentos salariais, mas, principalmente, para acabar com o Covil de Bandidos que é o responsável pela degeneração moral do país, a semente de todas as injustiças que estão sendo praticadas contra os trabalhadores que não pertencem à burguesia petista.

O caso Palocci escancarou de forma definitiva o corporativismo meliante que une os traidores do Brasil, pois o medo do desmoronamento do castelo de cartas da corrupção mexeu de forma muito forte no submundo que garante a impunidade dos meliantes que foram infiltrados em todas as instituições públicas.

Assim como um Procurador Geral da República não teve coragem de apontar o ex-presidente Lula como participante e mandante do mensalão – colocando José Dirceu como boi de piranha em seu lugar –, outro Procurador, o atual, não teve coragem de aceitar as denúncias contra Palocci, uma aberração jurídica praticada pelo STF que ficará nos anais do suborno político e da falência da Justiça no país.


Já existe um quase consenso de que o risco da não recondução ao cargo ou a lealdade pessoal aos meliantes petistas, tenha sido as motivações do procurador que, com esta atitude, demonstra que para ser servidor público, ter uma carreira promissora, e ganhar os mais altos salários médios do país e inúmeras mordomias adicionais,
é preciso esquecer a dignidade, a honra, a vergonha, e o respeito aos códigos legais, morais e éticos.
A subordinação dos mais altos escalões da Justiça ao Poder Executivo é uma anomalia fascista que, após a entrega do poder aos civis, tem sido o principal instrumento do suborno moral e financeiro dos trâmites da Justiça no país.


O papel da Justiça deveria ser o de proteger a sociedade dos atos dos bandidos da rua ou dos palácios, através de um rigoroso cumprimento de princípios legais fundamentados na Constituição do país e nos códigos legais que a regulamentam.

Contudo, o nível de impunidade no país cresce assustadoramente na mesma medida das denúncias de corrupção e prevaricação.


O caso Palocci tem uma extensão mais grave ainda pelo fato da própria CEF ter formalmente declarado a responsabilidade do ex-ministro na ordem para quebrar o sigilo bancário de um cidadão comum e, mesmo assim, esse filhote do petismo fascista foi conduzido por ordem do ex-presidente Lula ao cargo de Ministro da Casa Civil do desgoverno Dilma.


Muito maior do que a crise política é a crise moral, a crise ética e a crise legal que estão desconstruindo gradativamente o equilíbrio das relações sociais, fato esse que a história nos ensina ser a semente fundamental para o surgimento de movimentos armados quando as outras instâncias da busca do entendimento político, definitivamente, falharam.


Não foi necessário muito tempo para que o óbvio do estelionato eleitoral da recente eleição presidencial viesse à tona: a presidente não passa de um fantoche do projeto de poder do PT tendo o ex-presidente Lula seu maior responsável e quem, efetivamente, está governando o país.

Como o próprio ex-presidente já demonstrou não é preciso estar no gabinete para cumprir esta função no seu modelo de governo espúrio.


O Procurador Geral da República deu para a sociedade a prova final do caráter dos homens públicos que servem aos desgovernos petistas que transformaram as instituições públicas em escritórios da revolução fascista em curso no país.


A costumeira e vergonhosa impunidade para os canalhas da corrupção desvairada que é denunciada quase todos os dias envolvendo personalidades públicas tem uma explicação.

Tem tanto ladrão envolvido no escancarado roubo do contribuinte que o espírito de corpo corporativista protetor dos cafajestes que fazem os brasileiros de idiotas e palhaços, todos os dias, precisa, cada vez mais, proteger o Covil de Bandidos de pequenas luzes que se acendem no final do túnel da degeneração moral do país, mas que são desligadas rapidamente pelo conluio de canalhas esclarecidos cúmplices do desgoverno fascista do PT.


Se uma das principais cartas meliantes cair o risco da maioria das outras que sustentam o Castelo da Corruptocracia Petista também caírem, é cada vez maior na lógica, mas cada vez menor pela transformação da Justiça em um instrumento do banditismo da política.

A impunidade da gang dos quarenta, a impunidade do verdadeiro chefe da gang, a impunidade de um ex-ministro ao ser inocentado por um Procurador da República sem investigação formal, as centenas de impunidades de primeiro, segundo e terceiro escalões, as impunidades de centenas de cúmplices de corrupção e prevaricação, e a libertação de um assassino condenado em outro país são os sinais de que não existem mais limites para os mais descarados desrespeitos à verdadeira Justiça, que já fechou os olhos para o apodrecimento dos Poderes da República.


Em nome da verdadeira democracia e da liberdade de seus filhos e de suas famílias a sociedade precisa mudar o rumo dessa degenerada história petista.


Precisamos lutar para que o país não seja mais um Paraiso de Patifes governado por um Covil de Bandidos que é controlado por um Sindicato de Ladrões.


Neste momento, da falência da Justiça, precisamos ter a coragem e o patriotismo de começarmos a nos unir para salvar nosso país do controle do Sindicato dos Ladrões.

A sociedade civil e os comandantes militares que não foram subornados pelo Covil de Bandidos precisam se unir para defender o país do Regime Civil Fascista que controla o poder público.


Vivemos uma situação muito mais grave do que aquela que levou à intervenção militar em 1964 porque estamos diante de um Parlamento e de um Poder Judiciário, ambos subordinados ao Poder Executivo e que, simplesmente, cumprem todas as suas ordens ou vontades, sem considerar o seu mérito legal.

Quando existem desentendimentos são por interesses pessoais ou financeiros, geralmente inconfessáveis, e nunca para preservar nosso já falecido ideário de democracia e Justiça – a verdadeira.

A Fraude da Abertura Democrática acaba de assumir seus contornos mais nítidos. Somente não o percebem os ignorantes, os covardes e os subornados.




09/06/2011

A ANATOMIA DA CORRUPÇÃO

O raio X da corrupção

Veja

Parte 2

Os três órgãos responsáveis por elaborar as tabelas de referência – o IBGE, a Caixa Econômica Federal e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) – alegam que elas representam o teto do que o governo pode pagar, e não a média dos preços do mercado. Ocorre que, obviamente, as empreiteiras sempre preferirão – e darão um jeito de fazer valer seu desejo – receber pelos valores de “tabela cheia”.

Há diversos formas de conseguir isso.

A primeira é contar com a conivência de quem organiza a licitação.

Segundo o Ministério Público Federal, foi o que aconteceu na licitação para a construção do trecho da Ferrovia Norte-Sul que corta o estado de Goiás.

O trabalho foi dividido em sete lotes. Havia diversas empreiteiras interessadas em participar da concorrência, mas a Valec, a estatal que cuida da construção de ferrovias, habilitou apenas sete empresas, uma para cada lote. Ou seja, não houve disputa alguma.

Todos os que entraram no certame sabiam que iriam ganhar um lote. Com isso, jogaram o preço lá no alto, cientes de que não seria preciso superar nenhum concorrente.
Quando os envelopes da licitação foram abertos, os preços oferecidos pelas empreiteiras para cada um dos lotes eram apenas 0,5% mais baixos do que o teto previsto no edital, com valores baseados no Sinapi e no Sicro.

O governo pagou 245 milhões de reais apenas pela construção de um dos sete trechos.
Desse valor, concluíram os peritos da PF, 50 milhões de reais foram superfaturados.

A outra forma de conseguir cobrar o preço cheio é adotar o acerto direto entre as empresas – o que se chama, no jargão dos investigadores, de conluio.

Os empresários que vivem de obras públicas se reúnem e acertam quem ficará com cada uma das obras tocadas pelo governo. Um não invade o território do outro e todos ficam satisfeitos.

Nesse tipo de acordo, várias empresas entram em uma licitação para “fazer número”. Mas apenas uma oferece um preço um pouco abaixo do teto das tabelas. Todas as demais extrapolam os valores.

Na contabilidade dos ratos da corrupção, mais vale tocar uma única obra com “tabela cheia” do que conseguir vários contratos com margem de lucro apertada.

Os peritos enfileiram uma relação de mais de uma dezena de obras públicas em que, teoricamente, houve licitação, mas as propostas vencedoras, como no caso da Norte-Sul, ofereciam menos de 1% de desconto em relação ao teto das tabelas.

“Quando não existe competitividade no certame licitatório e o vendedor oferece desconto irrisório em relação ao orçamento de referência, há uma considerável margem ‘legalizada’ para superfaturamento”
, diz o relatório da PF.

Para os investigadores, é dessa margem que as empreiteiras retiram os milhões de reais que doam aos partidos políticos a cada eleição.

Não era fácil entender como as empresas desses ramos conseguiam operar com boa margem de lucro, dentro do limite legal, e ainda despejar milhões de reais nas mãos dos políticos. “A margem oculta de negociação muitas vezes é utilizada para manter organizações criminosas”, crava o relatório dos peritos.

Falar em organização criminosa aqui não é força de expressão.

Depois de ler os relatórios da PF, o Ministério Público Federal abriu um novo inquérito por suspeita de que as empresas teriam cooptado pessoas das equipes que formulam as tabelas oficiais de preços para inflar as cotações.

Nos últimos meses, as descobertas da PF foram compartilhadas com o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, a Controladoria-Geral da União e a Secretaria de Direito Econômico, ligada ao Ministério da Justiça.

O governo já foi informado do descalabro, mas, até agora, não esboçou reação. Já as empreiteiras se mexeram rápido: antes que o trabalho da PF e a investigação do MP resultem em qualquer medida que venha a ferir seus interesses, elas deram início a um lobby frenético para reajustar os valores do Sinapi e do Sicro. Sim, querem subir ainda mais os já inflados valores de referência.

Uma montanha de verbas públicas está prestes a ser despejada nas obras destinadas à Copa do Mundo de 2014.

Pelos cálculos da PF, dos 24 bilhões de reais que serão gastos no Mundial, 5 bilhões ao menos podem ir pelo ralo da corrupção com a providencial ajuda das tabelas de referência.

O objetivo dos ratos da corrupção é roer o dinheiro público sem deixar rastros.


O do governo deve ser exterminá-los - e acabar de uma vez por todas com essa farra.

06/06/2011

A ANATOMIA DA CORRUPÇÃO

O raio X da corrupção

Veja

Aqui.
Parte 1

Peritos da Polícia Federal descobriram como se assaltam os cofres públicos sem deixar rastros e ao abrigo da lei


Uma dúvida atormentou por muito tempo as melhores cabeças da Policia Federal.
Ao investigarem quadrilhas envolvidas em obras públicas, policiais deparavam frequentemente com um quadro incompreensível.

Tanto nas conversas telefônicas interceptadas quanto nos e-mails apreendidos, era comum flagrar empresários e executivos falando sobre desvio de dinheiro, pagamento de propina a funcionários públicos, remessas para o exterior por meio de caixa dois e demais assuntos que compõem o repertório clássico da corrupção que emerge sempre que entre o dinheiro público e um fornecedor privado de produtos ou serviços existe um intermediário desonesto.

Mas, mesmo com a certeza de estarem diante de um crime, os investigadores muitas vezes não conseguiam responder a uma pergunta crucial: de onde vinha o ganho dos criminosos?

Isso porque, apesar das evidências gritantes de falcatrua, quando os agentes da policia analisavam os contratos firmados entre as empresas e os órgãos públicos, chegavam à conclusão de que os preços que elas cobravam estavam dentro dos limites legais – ou seja, não havia superfaturamento.

Ora, se não havia superfaturamento, não havia ganho ilegal e; se não havia ganho ilegal, todo o resto deixava de fazer sentido.

Em março, a dúvida dos investigadores deu lugar a uma explicação cristalina.

Depois de dois anos de análise minuciosa de contratos públicos, levantamento de notas fiscais, checagem de custos de 554 compras empreendidas em obras do governo e visitas in loco de algumas dezenas de canteiros de obras, peritos da PF descobriram o “pulo do gato” – ou, mais apropriadamente neste caso, do rato. O truque pode ser chamado de “superfaturamento oculto”.

Para entender essa criação genuinamente brasileira, é preciso fazer um rápido mergulho no mundo das licitações.

Há muito tempo, o governo federal é cobrado a estancar o desperdício que mina dos contratos de obras públicas e corrói seus cofres.

Para dar uma resposta a isso, desde 2003 a Lei de Diretrizes Orçamentárias passou a exigir que os órgãos públicos, antes de fazer qualquer pagamento, observem as tabelas oficiais de referência de preços.

Essas tabelas, formuladas em conjunto por diversos órgãos do governo, contêm os valores médios dos principais materiais de construção e insumos usados em obras de engenharia civil.

A primeira delas chama-se Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi).

A segunda, Sistema de Custos Rodoviários (Sicro).

Há oito anos, seu uso é obrigatório.

Muito bem.

Para órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União, um preço só é classificado como “superfaturado” se estiver acima dos valores constantes do Sinapi e do Sicro. Tudo o que estiver dentro do limite das tabelas é considerado legal.

O que a PF descobriu, e que causa espanto, é que as duas tabelas oficiais já trazem preços muito superiores aos praticados pelo mercado.

Uma rápida pesquisa realizada pelos peritos policiais no comércio revelou que os preços dos produtos mais usados em obras de engenharia estão, em média, 20% mais altos do que deveriam.

Se o leitor, por exemplo, for a um depósito para comprar um tijolo cerâmico do tipo “oito furos”, pagará 44 centavos a unidade. O mesmo tijolo, adquirido pelo governo. sairá por 56 centavos. A diferença, de 27%, é carregada para o ninho dos ratos da corrupção.

Em produtos como a tinta látex acrílica, ela chega a 128%. No forro para teto, do tipo bandeja, as tabelas trazem valores até 145% mais altos que o usual. Ou seja, basta as empresas seguirem a tabela ao pé da letra para obter uma espécie de “superfaturamento legal”.

Os peritos da PF que descobriram o golpe fizeram registrar em seus relatórios um outro alerta: dado que o governo nunca compra só um tijolo – suas encomendas começam invariavelmente na casa do milhar – e quem compra em grande quantidade sempre tem direito a desconto, seria de esperar que nas obras públicas de grande porte os valores unitários acabassem ainda mais em conta.

Ocorre que os valores registrados no Sinapi e no Sicro não levam em consideração a escala. Com isso, o governo dá de bandeja mais um motivo para as empreiteiras deitarem e rolarem.

Elas cobram preços muito acima dos de mercado, fazem isso à sombra de regras estipuladas pelo próprio governo e, assim, ficam inalcançáveis pela lei – e pelas auditorias do TCU.

06/06/2011

continua no post acima

O que derrubou o ministro?

Correio Braziliense

Recentemente, o presidente do PT, deputado Rui Falcão, afirmou que "a honestidade do ministro Palocci não está em questão".

Curiosa afirmação, considerando-se que o que mais se discutia é se o ministro teria recebido seus milhões em troca de tráfico de influência, o que é que crime.

Outras correntes aventavam se ele não teria sido o instrumento para arrecadar, conforme definiu o especialista Delúbio Soares, "recursos não contabilizados" para a campanha de Dilma - ou seja, caixa dois -, o que também é crime.

Mas, supondo-se que o deputado tivesse razão e que a razão da queda de Palocci não tenha sido sua eventual falta de honestidade, o que será que o derrubou, afinal?


Terá sido sua inteligência?


Mesmo que o dinheiro fosse 100% honesto, o que leva um político prestes a se tornar ministro a comprar, em seu próprio nome, um apartamento de R$6,6 milhões praticamente à vista?

Imóveis são comprados por meio de escritura pública, lavrada em cartório, depois levada a registro em outro cartório.

Ninguém precisa de vazamento na Receita para ter acesso a essa informação.

O ministro achou que ninguém ia descobrir, ou imaginou que, se alguém descobrisse, acharia normal?


Talvez Palocci não saiba que ministros são como Pompeia Sula, aquela a quem não bastava ser honesta, precisava parecer honesta.

Terá sido a certeza da impunidade?

Mas Palocci já esteve no topo do mundo antes e caiu. Quando foi pego com a boca na botija pela primeira vez, Palocci não foi preso, mas não ficou impune: perdeu o ministério e a candidatura, praticamente certa, à Presidência. Palocci sabe que não se deve contar com a impunidade.

Terá sido sua memória, então?

Será que Palocci já não se lembrava de seu primeiro calvário, ocorrido há tão pouco tempo? Será possível que Palocci tenha se esquecido de que o poder é sempre precário, especialmente para quem não tem voto?
Aparentemente, Palocci não conhece o aforismo do filósofo George Santayana, que diz que quem não se lembra de seu passado está condenado a repeti-lo - e nega Marx, pois, ao repetir sua história, o faz ambas as vezes em forma de farsa.
Terá sido sua pequenez?

Quando caiu pela primeira vez, Palocci foi derrubado por andar em más companhias e por violar o sigilo bancário de um caseiro; desta vez foi derrubado por comprar um apartamento milionário.

Em "Henrique IV", Shakespeare mostra o primogênito do rei, príncipe Hal, como um rapaz beberrão e arruaceiro, que anda em péssimas companhias e dá grande preocupação àqueles que o imaginam, mais tarde, no trono.

No fim da peça, entretanto, Hal herda a coroa e seu primeiro ato como rei é afastar-se de Falstaff, justamente aquele que era seu melhor amigo e sua pior influência.

Na peça seguinte, "Henrique V", Hal transforma-se em Harry, um rei exemplar, que coloca seus súditos acima de tudo, não hesita em enforcar um de seus antigos companheiros, apanhado roubando, e cobre de glória a Inglaterra.

"Ricardo II" e "Ricardo III", também de Shakespeare, e "Eduardo II", de seu principal mestre, Christopher Marlowe, são reis que põem a si mesmos acima de seus súditos, levam o reino à ruína e a si mesmos à destruição. Palocci não leu os elizabetanos.
Terá sido sua arrogância?


Todos os parlamentares se queixavam de que o então ministro não os recebia e que pilotava o trator da presidente sem dó nem piedade.

Chegou a ameaçar o vice-presidente, seu superior hierárquico.

Os heróis gregos, quando, embriagados pelo poder ou por seus próprios egos, esqueciam-se de sua condição humana, ultrapassavam o "metron", o senso de medida, e cometiam a "hubris", a empáfia.
Esse era o momento em que eram destruídos, mas não sem antes ouvir a gargalhada dos deuses.

Na Roma Antiga, um general vitorioso liderava seu exército pelas ruas da cidade, para delírio da multidão, no que se chamava "triunfo".

Atrás dele ia um escravo, que carregava uma coroa de louros sobre sua cabeça, e, de vez em quando, sussurrava em seu ouvido algo como "lembra-te de que és mortal".

 Ésquilo

Palocci não leu Ésquilo nem Sófocles, e não conhece a história de Roma.



Sófocles
É irônico que, nestes tempos em que nosso governo tanto maltrata a Educação, constatar que o "que estava em questão em Palocci", o que derrubou o ministro mais poderoso, parece ter sido sua pouca cultura.

Recomenda-se a Palocci, "um homem honrado", e a seus pares, "todos homens honrados", um pouco de história, uma pitada de filosofia, e, claro, os clássicos.



09/06/2011

Decisão do Supremo de soltar o assassino Battisti equipara o país a uma república de bananas

“Decisão da Justiça não se discute,
se cumpre”.


Veja

Isso pode valer para poderes públicos, mas, para um jornalista, discutir uma decisão da Justiça é obrigação.

Então quero deixar claro aqui, com todas as letras, minha opinião de que cobre de vergonha o país a decisão do Supremo Tribunal Federal que, por 6 votos a 3 – felizmente houve esses 3 votos – decidiu libertar o ex-terrorista italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália, em diferentes instâncias, por 4 assassinatos cometidos na década de 70.
Battisti estava preso na Polícia Federal em Brasília desde 2007, enquanto aguardava uma decisão final sobre um pedido de extradição solicitado pela Itália. Ele nunca cumpriu pena em seu país pelos crimes que cometeu. Andou foragido pela França, passou por outras partes até se fixar na terra do vale-tudo, o velho e bom Brasil.

O Supremo decidiu em 2009 que caberia sua extradição, mas deixou a decisão final nas mãos do então presidente da República. O então ministro da Justiça, Tarso Genro, defensor intransigente do criminoso, alegava que ele poderia ser “perseguido” na Itália, se para lá enviado.

No último dia do lulalato, o ex-presidente decidiu não extraditar Battisti, com base num absurdo parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) que, na linha de Tarso Genro, alegava que Battisti, extraditado, correria riscos em sua integridade em seu país – como se a Itália não fosse a democracia visceral que é, e sim um Irã, uma Coreia do Norte ou uma Somália.



Na ocasião escrevi um indignado post a respeito.

De tudo o que se falou durante as longas 6 horas de duração do julgamento, gostaria de pinçar apenas três passagens, dos ministros que foram voto vencido.


1) Sentido de existência do Supremo com a decisão
Como o Supremo não tomou conhecimento do recurso interposto pelo governo italiano, o ministro Gilmar Mendes levantou a questão sobre se, ao delegar ao Planalto a palavra final num processo de extradição, o Supremo não perderia o sentido de existência: “Se for assim, o papel do tribunal é de um clube lítero-poético recreativo”, comparou, segundo o site de VEJA.

Mendes lembrou que o Supremo havia recomendado ao grão-vizir do lulalato que cumprisse o acordo internacional com a Itália, e que o presidente não poderia decidir manter Battisti no Brasil sob a alegação de que em seu país é um “perseguido” político:

– Nós estamos a falar de alguém que é condenado por 4 assassinatos. Não estamos a falar de alguém que foi preso por estar fazendo um passeio, um trottoir.

2) Nenhuma razão ponderável para supor que Battisti fosse submetido a “condições desumanas” na Itália

A ministra Ellen Gracie não viu base no parecer da Advocacia-Geral da União que sustentou a decisão de Lula:

– Li e reli o parecer oferecido pela AGU ao presidente e ali não encontrei menção a qualquer razão ponderável, a qualquer indício que nos levasse a crer que o extraditando [Battisti] fosse ser submetido a condições desumanas [na Itália].
3) Lula descumpriu a lei e a decisão anterior do Supremo

Por sua vez, o presidente do Supremo, Cezar Peluso – que aliás chegou ao Supremo por designação de Lula, em junho de 2003 –, foi direto ao ponto:

– Estou convencido que o senhor presidente da República, neste caso, descumpriu a lei e a decisão do Supremo Tribunal Federal.





Esses três ministros exerceram seu papel e não concordaram com uma decisão que, neste episódio, equipara o país perante a Itália, a União Europeia e o mundo a uma república de bananas.

Política & Cia

08/06/2011

Filho de vítima pede boicote da Itália à Copa de 2014 por libertação de Battisti

"Deve ser interrompida imediatamente qualquer relação de natureza econômica com um país que não respeita as vítimas inocentes de um outro Estado, tornando-se, assim, cúmplice de um assassinato.
Franco Maccari
Secretário-geral do Sindicato dos Policiais Italianos


O italiano Bruno Berardi, filho do marechal Rosário Berardi, assassinado em 1978 pelo grupo armado de extrema esquerda Brigadas Vermelhas, criticou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de não extraditar e libertar o ex-ativista Cesare Battisti e pediu que, em represália, a Itália não participe da Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil.

"O governo italiano deve retirar a participação da seleção italiana da Copa do Mundo de 2014 e de outros eventos semelhantes. A Itália também deve interromper relações comerciais com aquela nação", disse Berardi à imprensa italiana.

Em uma enquete realizada pela edição online do jornal italiano Corriere della Sera desta quinta-feira, um total de 80% dos internautas disse concordar com a proposta de Berardi de boicotar a Copa de 2014.

O secretário-geral do Sindicato dos Policiais Italianos, Franco Maccari, também pediu a interrupção da relação comercial entre os dois países.

"Deve ser interrompida imediatamente qualquer relação de natureza econômica com um país que não respeita as vítimas inocentes de um outro Estado, tornando-se, assim, cúmplice de um assassinato."

Em uma nota oficial, o presidente da Itália, Giorgio Naplitano, lamentou a decisão do STF.

"A sentença do Tribunal Supremo do Brasil assume um significado gravemente lesivo do respeito devido aos acordo assinados sobre o tema entre Itália e Brasil, e à luta contra o terrorismo conduzida pela Itália na defesa das liberdades e instituições democráticas, no rigoroso respeito das regras do Estado de direito."

"A decisão contrasta com as históricas relações de amizade e consanguinidade entre os dois países", disse na nota Napolitano, que foi um dos expoentes históricos do antigo Partido Comunista Italiano.


HAIA

A Itália anunciou que vai recorrer à Corte Internacional de Haia, na Holanda, para tentar reverter a decisão do STF de não extraditar Battisti, libertado na quarta-feira por decisão dos juízes.

Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira, o ministro italiano do Exterior, Franco Frattini, disse ter recebido "com profundo pesar" a decisão do plenário do Supremo, que aprovou por 6 votos a 3 a soltura de Battisti, cuja extradição é requisitada pela Itália.

Frattini disse que, com a decisão, o SFT contraria "a sua própria decisão anterior".

"De sua parte, a Itália pretende ativar imediatamente todos os mecanismos junto às instituições multilaterais pertinentes, em particular o Tribunal Internacional de Justiça, em Haia, para proceder a uma revisão de uma decisão que não é coerente com os princípios gerais do direito e suas obrigações sob o direito internacional."

Preso no Rio de Janeiro em 2007, o ex-ativista fora condenado à prisão perpétua em seu país por assassinato, quando integrava o grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Ele alega ser perseguido politicamente pelas autoridades italianas.

Em 2009 a Corte havia decidido autorizar a extradição de Battisti, mas a decisão final foi deixada para o presidente Luis Inácio Lula da Silva que, no apagar das luzes de seu mandato --no dia 31 de dezembro do ano passado--, decidiu manter o italiano no Brasil.

Em sua sentença, o Supremo entendeu que a decisão de Lula foi um ato de soberania do Executivo nacional e não cabe à Itália questioná-lo.

Em nota também divulgada nesta quinta-feira, o premiê italiano, Sílvio Berlusconi, também disse que a notícia gerou "pesar" e que a Itália continuará tentando reverter as decisões da Justiça brasileira.

"A decisão não leva em conta as expectativas legítimas de Justiça do povo italiano e em particular dos parentes das vítimas de Battisti", afirmou o premiê.


COMPLEXIDADES

Por suas implicações diplomáticas e políticas, o caso é considerado um dos mais complexos a passar pelo crivo do Supremo.

A Itália havia entrado com um processo de extradição em maio de 2007, que foi negada em definitivo nesta quarta-feira, após ser analisada em diversas ocasiões pelo STF.

A reclamação italiana defendia que o veto de Lula descumpre não apenas a decisão de 2009 do STF como fere o tratado de extradição entre Brasil e Itália.

Os seis votos a favor da libertação de Battisti foram dados pelos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.

Já Gilmar Mendes (relator do caso), Ellen Gracie e Cezar Peluso votaram contra.

Em seu voto, Mendes alegou que "no Estado de Direito, nem o presidente da República é soberano. Tem que agir nos termos da lei, respeitando os tratados internacionais".
Os ministros Antonio Dias Toffoli e Celso de Mello não participaram do julgamento porque se declararam impedidos.


09/06/2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

STF manda soltar Cesare Battisti


Para ministros, governo italiano não tem legitimidade para questionar decisão de Lula de manter terrorista no Brasil; Battisti será solto até a manhã de quinta

Por Gabriel Castro
Após uma intensa batalha jurídica de quatro anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira, que o terrorista italiano Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua em seu país de origem por quatro assassinatos nos anos 70, deve ser libertado.

A decisão tem validade imediata.
O terrorista pode ser libertado ainda nesta quarta ou até a manhã de quinta-feira.

O julgamento foi feito em duas etapas: na primeira, os ministros analisaram recurso proposto pelo governo italiano contra decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negar a extradição de Battisti, que integrou o grupo extremista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). No jargão jurídico, eles não conheceram do recurso. Ou seja, sequer analisaram o seu mérito.

Na segunda etapa, analisaram petição apresentada pela defesa do italiano pedindo sua libertação. E mandaram soltar Battisti. Em ambas as fases, o placar foi de seis votos a três - vencidos o presidente do Supremo, Cezar Peluso, e os ministros Gilmar Mendes (relator) e Ellen Gracie.

A sessão foi longa
- durou cerca de seis horas - e permeada por embates entre os ministros. Mas já na primeira fase da discussão os inconformados com a permanência de Battisti no Brasil perderam a batalha. A porta para discutir a questão sob o aspecto técnico foi fechada quando o tribunal decidiu não analisar o mérito do recurso da Itália. Sepultado o recurso, não havia como reabrir a discussão. Como o processo de extradição foi considerado extinto, já não havia porque manter Battisti preso.

Argumentos - No julgamento, Mendes lançou argumentos pertinentes ao questionar se, ao delegar ao Executivo a palavra final num processo de extradição, a corte não perderia o sentido de existência: “Se for assim, o papel do tribunal é de um clube lítero-poético recreativo”, comparou.

Ele afirmou que o Supremo havia recomendado que Lula cumprisse um acordo internacional firmado com a Itália, e que o presidente não poderia decidir manter o italiano no Brasil. E desmontou a argumentação de que Battisti é um perseguido político: “Nós estamos a falar de alguém que é condenado por quatro assassinatos. Não estamos a falar de alguém que foi preso por estar fazendo um passeio, um trottoir”, declarou.

A ministra Ellen Gracie disse que faltou sustentação no parecer da Advocacia Geral da União que sustentou a decisão de Lula: “Li e reli o parecer oferecido pela AGU ao presidente e ali não encontrei menção a qualquer razão ponderável, a qualquer indício que nos levasse a crer que o extraditando fosse ser submetido a condições desumanas”. Segundo o parecer, Battisti correria riscos ao retornar para a Itália.

Peluso finalizou: "Estou convencido que o senhor presidente da República, neste caso, descumpriu a lei e a decisão do Supremo Tribunal Federal"

Questão encerrada - Na corrente oposta, Joaquim Barbosa disse que o caso já estava encerrado com a decisão de Lula: “O STF resolveu a questão por maioria. Numa decisão acessória, indicou ao presidente qual era a linha que ele poderia tomar. Ele tomou a sua decisão. Questão encerrada. Não há nada para um estado estrangeiro se imiscuir. Chega”.

Ricardo Lewandowski, que havia votado pela extradição de Battisti no julgamento de 2009, disse nesta quarta que a corte não poderia desfazer a decisão de Lula: “Neste momento, não é esta a questão que está em jogo. Trata-se de saber agora se o Supremo Tribunal Federal pode ou não examinar e rever um ato que o presidente da República exerceu dentro dos preceitos constitucionais que lhe foram assegurados”.

Luiz Fux citou críticas feitas por autoridades italianos ao Brasil na época da decisão de Lula e elevou o caso a um outro patamar: "O que está em jogo aqui não é nem o futuro nem o passado de um homem. O que está em jogo aqui é a soberania nacional”.

Peluso, Mendes e Ellen foram vencidos. Tinham razão lá atrás, ao criticar a não-extradição do terrorista. Afinal de contas, a cúpula do Judiciário brasileiro rompeu com a própria tradição, consolidada ao longo de 200 anos, ao dar ao chefe do Executivo arbítrio num tema que deveria ser despolitizado ao máximo e tratado de maneira estritamente técnica. Mas hoje já não havia um caminho jurídico que eles pudessem trilhar.

Defesa - O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que a simples tentativa do governo italiano de reverter a decisão de Lula afronta a soberania nacional do estado brasileiro. “Tal tentativa de interferência do processo de extradição de ambas as partes é violadora do princípio de não-intervenção nos negócios internos de outras partes”. Ele definiu como “inaceitável” e “afrontosa” a posição do governo da Itália.

Nabor Bulhões, advogado do governo italiano, diz que o presidente foi induzido a erro pelo parecer da Advocacia Geral da União, e classificou a decisão de Lula como “irrazoável” e “insubsistente”.
Já Luis Inácio Adams, advogado-geral da União, disse que a palavra final de Lula é inconstestável: “Não há razões que possam justificar o juízo do presidente por outro juízo”, afirmou. O advogado de Battisti, Luis Roberto Alves, abusou da teatralidade, tentou criar compaixão pela figura do réu, disse que Battisti corre risco na Itália mas não negou o principal: os quatro homicídios pelos quais o terrorista foi responsabilizado.

Análise: Decisão sobre Battisti simboliza a política exterior hipócrita do governo Lula

Imbróglio - A discussão sobre o futuro de Battisti é um verdadeiro imbróglio jurídico.

O STF autorizou a extradição do terrorista, pedida pelo governo da Itália, em novembro de 2009.

Mas
deixou para o presidente Lula a palavra final sobre o imbróglio.

A votação foi encerrada após três dias de julgamento, em um apertado placar de 5 votos a 4.

Os ministros entenderam que os crimes imputados a Battisti não tiveram conotação política e não prescreveram. Lula foi na direção oposta e negou a extradição, o que resultaria, em tese, na soltura imediata do italiano.

O refúgio a Battisti foi decidido pelo então presidente Lula no último dia de seu governo. A Itália recorreu, contestando a decisão de Lula e o caso voltou à pauta da Suprema Corte nesta quarta-feira.

Battisti é acusado de quatro homicídios ocorridos nos anos 70. À revelia, o italiano foi condenado à prisão perpétua no país de origem. O julgamento terminou em 1993, mas ele nunca cumpriu pena. Fugiu para a França, onde viveu até 2004, quando o então presidente do país, Jacques Chirac, se posicionou a favor da extradição.Battisti fugiu de novo e veio parar no Brasil.

Em março de 2007, foi preso no Rio de Janeiro e transferido para a penitenciária da Papuda, em Brasília. O italiano nega a autoria dos crimes e afirma ser vítima de perseguição política.

Chegou a dizer, reiteradas vezes, que a extradição seria um "troféu" para o governo de Berlusconi. A Itália diz que houve crime comum.

Impunidade garantida

Terroristas, assassinos, bandidos de todo o mundo: venham, o Brasil é de vocês!

Não é só no cinema que os criminosos fogem para o Brasil.

Terroristas islâmicos andam livremente por aí.

Achille Lollo, o terrorista italiano que ateou fogo a uma casa, matando crianças, até ajudou a fundar um partido político, o Psol (que também lutou por Battisti).

" Padre Camilo", delegado das FARC, também teve sua extradição recusada anos atrás.

Impunidade garantida.

Diante disso, a libertação de Cesare Battisti, por decisão do STF, não chega a causar espanto.

O lulismo transformou o país em covil de ladrões e assassinos.
P.S.: a Itália, que mantém tratado de extradição com o Brasil, deveria romper relações.
8 de junho de 2011

As explicações do Ministro na ótica de um consultor



As explicações do Ministro na ótica de um consultor
Veja o que escreveu um Consultor sobre as explicações do Ministro Antonio Palocci em entrevista à TV GLOBO.

MARCOS FERREIRA
PISON CONSULTORIA

Sobre esta questão que estão veiculando na mídia, a respeito do aumento do patrimônio do senhor Antônio Palocci, eu realmente não me espanto com mais nada.

Só que realmente fiquei muito curioso com isto, e resolvi fazer uns cálculos breves, a fim de entender melhor a situação.

Resolvi compartilhar, para que possam também entender melhor.

Segundo informações da mídia, em 2006 o senhor Palocci, quando candidato a deputado, declarou sua relação de bens totalizando R$ 375.000,00.

A mesma fonte informa que seu patrimônio aumentou 20 vezes em 4 anos.
Desta forma, 375 mil se transformaram em
R$ 7.500.000,00 (sete milhões e quinhentos mil reais).


Nesse período, o ilustre cidadão tornou-se deputado federal e obteve renda aproximada, nesse cargo, de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

Somando-se aos 375 mil que ele já tinha, imaginando que não tenha despesa alguma para sua vida diária, faltam somente R$ 6.125.000,00 (seis milhões, cento e vinte e cinco mil reais).


Agora que vem minha grande admiração por este exímio profissional: Senhor Palocci é um médico sanitarista formado, e iniciou um negócio na área de Consultoria.


Como presto serviços exatamente na área de consultoria (financeira e informática), sei que uma empresa nesta área pelo lucro presumido paga 11,33% de impostos, sobre as notas emitidas.

Sabemos que uma empresa tem inúmeras despesas, como telefonia, contabilidade, impostos, funcionários, deslocamentos, computadores, aluguel, etc.

Como quero tratar somente com dados reais, sem nenhuma especulação com base em suposições, vou considerar que o atual ministro teve somente despesas de impostos, conforme sua manifestação, e vou ignorar todas as demais despesas.


Para obter os R$ 6.125.000,00 que faltavam, sua empresa de consultoria teve que faturar R$ 6.907.635,00, para após pagar os R$ 72.635,10 de impostos, deixar o resultado líquido esperado.

Faturamento bruto anual de R$ 1.726.909,00, ou R$ 143.909,10 por mês. Depois de pagar os seus impostos, o resultado líquido mensal é de R$ 127.604,20.


Considerando que o excelente deputado neste período atuou no Congresso Federal, imaginamos que não teve muito tempo para se dedicar à consultoria, talvez somente meio turno para esta atividade.

Para 84 horas de trabalho por mês, o valor da hora de consultoria é de R$ 1.713,20 (um mil, setecentos e treze reais e vinte centavos POR HORA).


Este excelente profissional sabe muito bem vender seu trabalho, não são muitos neste país que ganham quase dois mil reais por hora de trabalho.

Excelente em marketing, excelente na consultoria, excelente na redução de custos operacionais.


Mas agora vem minha maior admiração: o DESPRENDIMENTO desta pessoa, em favor do Brasil:

Desativou esta promissora empresa, transformando-a em uma administradora de imóveis, tudo para assumir a função de ministro, ganhando SOMENTE R$ 10.748 aproximadamente por mês.

Por amor ao Brasil, este cidadão terá que trabalhar durante 1 ano para ter a renda de um mês de sua empresa desativada. E, ainda por cima, aturar críticas descabidas.


Excelente também está o Governo Federal, que conseguiu convencê-lo a tal desprendimento, em busca de um Brasil melhor.


Quero parabenizar a todos os que votaram no PT, que tiveram a visão de realmente compor um governo comprometido com a nação, transformando nossso país no “Brasil que dá certo”.


Eu nunca mais quero ver “aquele país que dava errado”, e vou também em busca dos meus milhões, eu também quero multiplicar meu patrimônio por 20 nos próximos 4 anos, neste país de tantas oportunidades...


MARCOS FERREIRA
PISON CONSULTORIA

A coisa promete

 

Às 8,25h de hoje, o ministro Fernando Pimentel foi visto subindo no elevador do Hotel Nahoum em Brasília, dirigindo-se à cobertura, onde fica a suíte do comissário José Dirceu.


Aí tem.

08/06/11