Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sexta-feira, 18 de abril de 2014

UMA LUZ SE ACENDE NO HORIZONTE!





                                        Por Aluizio Amorim

Este é o programa do PSDB que foi ao ar nesta quinta-feira à noite. Sem luta de classes, sem ufanismo barato, sem pretensão desmedida, sem arrogância, sem agressões e sem a demagogia mentirosa que há mais de uma década castiga e atrasa o Brasil.


Quem não viu pode ver agora. E os brasileiros não têm mais motivos para lamentar a falta de alternativa, a falta de liderança política com preparo intelectual e experiência no âmbito da administração pública.


Aécio Neves veio para exorcizar o fantasma do autoritarismo vermelho. Veio para somar em vez de dividir o povo brasileiro. Isso é muito bom.


Ninguém aguenta mais viver sob o açoite de um governo corrupto, produtor de crises e ameaças ao Estado de Direito democrático.

Ninguém aguenta mais ver a incompetência total instalada no mais alto Poder da República, fato que sequestra o desenvolvimento do Brasil.

Os brasileiros não merecem viver sob esse estado de anarquia e insegurança; sob a constante ameaça à democracia e à liberdade.


Finalmente resplandece uma luz no fim desse tenebroso e fantasmagórico túnel. 


18 abril 2014

quinta-feira, 17 de abril de 2014

García Máquez: outro homem de gênio que era um idiota



Por Reinaldo Azevedo

Lá vou eu procurar sarna para me coçar, não é?, mas por que não? Morreu Gabriel García Márquez, ao 86 anos. Foi um escritor de extraordinário e genuíno talento.

O justamente celebrado “Cem Anos de Solidão” será sempre um grande romance, sem chance, acho para revisões. Era também um contista formidável. Os textos reunidos em “A Incrível e Triste História de Cândida Erêndira e Sua Avó Desalmada” o colocam entre os mestres do gênero.

García Márquez conseguiu, como ninguém, traduzir em palavras a cor local da América espanhola — que não é a nossa, leitor amigo, porque gongórica, mística, assaltada por fantasmas de culturas remanescentes esmagadas pela colonização, mas muito presentes no imaginário cotidiano.

Tinha uma outra qualidade sem a qual este conservador que escreve não vê a possibilidade de um romance ou de um conto vir à luz: sabia contar uma história que sempre se projetava além das irresoluções e chiliques do eu-narrador, como virou moda hoje em dia.

Gabriel García Márquez dominava plenamente seu ofício e brincava com as palavras. Sua literatura tinha cor, tinha cheiro, tinha gosto. Reinventou o realismo mágico e criou um estilo. É muito mais do que pode ambicionar um grande escritor.

Tinha uma outra virtude: não era, e sabia que não era, um pensador. Sua literatura nunca é sentenciosa ou programática.

E, por isso, eu o aplaudo.

Mas vaio também.
O escritor genial era um idiota político, e não é possível negligenciar esse aspecto de sua persona pública. Amigo pessoal de Fidel Castro, cujos crimes defendeu de modo incondicional, García Márquez flertou com a teses mais estúpidas sobre a América Latina, quando não as endossou.

Estou entre os que advogam a independência do território da arte. O gigantesco poeta americano Ezra Pound não deve ser lido — já escrevi isto algumas vezes — em razão de sua simpatia pelo fascismo, o que lhe rendeu a prisão numa espécie de manicômio.

Céline era um grande escritor e um antissemita asqueroso. O russo Máximo Gorki, talentosíssimo, visitava, acreditem, em companhia do tirano Stálin, campos de trabalhos forçados — que é o nome que os campos de concentração receberam na União Soviética.

Pior do que isso: beneficiava-se da intimidade com o poder. Tinha à sua disposição uma fabulosa “datcha” — a casa de campo para passar o Verão e a Primavera — que lhe proporcionava o regime. Era tal a sua intimidade com o poder que ele próprio virou nome de uma “Datcha”, que servia aos regalos da burocracia soviética.

Como Gorki pôde ser tão estúpido?

Como é que Pound não percebeu a natureza do fascismo?

Por que Céline não se dava conta da indignidade essencial do antissemitismo?


Vamos morrer sem ter essas respostas.

No fim das contas, não aceitamos a ideia de que uma pessoa de gênio na sua arte, seja ela qual for, possa estar estupidamente errada sobre um porção de coisas.

O gênio artístico não obriga ninguém a fazer as escolhas morais razoáveis. Boas pessoas podem ser terrivelmente estúpidas. E canalhas podem ser gênios insuperáveis.

É difícil conviver com isso. Ofende o nosso senso de decoro.

17/04/2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Dilma pode perder apartamento e casa para pagar prejuízos da compra de Pasadena aos cofres públicos.



Blog do Coronel


A mansão da Dilma em Porto Alegre, no valor de R$ 5 milhões, segundo a imprensa , assim como...



... o apartamento que ela possui na capital gaúcha podem ser tomados pelo Estado para cobrir prejuízos da compra de Pasadena.


O relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), baseado nas leis das sociedades anônimas e nos regulamentos internos, que vazou para deputados da oposição, orienta o Ministério Público Federal a executar os membros do Conselho de Administração da Petrobras, presidido por Dilma Rousseff, a pagar com os próprios bens os enormes prejuízos causados ao país, de mais de U$ 1 bilhão, na compra da Refinaria de Pasadena, Texas, Estados Unidos.


16 de abril de 2014


Estrelado por Lula, Dilma, Gabrielli, Vargas e Graça, o vídeo do Implicante mostra que o governo do PT tem motivos de sobra para apavorar-se com a CPI da Petrobras







15/04/2014

Charge



http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/files/2014/04/a-charge-011.jpg


Sponholz


A infiltração vermelha na Petrobras




Empresa continua aparelhada politicamente, usada por petistas como propriedade particular


Rodrigo Constantino
O Globo

‘A Petrobras, a maior empresa industrial do país, a que detém a maior soma de recursos, a que deveria dispor dos melhores técnicos, encontra-se hoje numa situação lastimável, reduzida à função de órgão atuante na comunização do Brasil.

Seus índices técnicos e financeiros são, atualmente, dos mais baixos, e os escândalos se sucedem, sem que o governo se anime a dizer um ‘Basta!’ a esse estado de coisas.

“O único diretor não comunista, [...] foi demitido por pressão dos sindicatos controlados pelos vermelhos. Era o único técnico na diretoria, seus serviços sempre foram considerados valiosíssimos, mas excomungado pelas forças da subversão, que com ele não contam, teve de dar lugar a outro, julgado mais dócil e cooperativo.

“A diretoria não se reúne, os processos se acumulam, nada se resolve. Ou melhor, só se resolve aquilo que tem sentido político. Paga-se, por exemplo, rapidamente a divulgação de manifestos do CGT, alugam-se veículos para transportar figurantes em comícios políticos, custeia-se com o dinheiro do povo, a campanha de agitação e subversão.

“Até quando persistirá tal panorama?


Quando será a Nação satisfeita pela verificação de que o governo resolveu tomar uma atitude, expulsando da Petrobras aqueles que a transformaram num instrumento de sovietização do país e entregando a companhia a uma direção de técnicos apolíticos, que possam fazê-la progredir?”

Quem escreveu isso? Seria Jair Bolsonaro acusando o PT de utilizar a Petrobras como instrumento bolivariano? Seria Olavo de Carvalho com alguma “teoria conspiratória” sobre a infiltração comunista na maior empresa do país?

Nada disso. Trata-se do editorial do GLOBO, publicado em 7 de setembro de 1963, data adequada por representar o Dia da Pátria (espero que o jornal não se arrependa desse editorial também). Era um grito patriótico contra a infiltração comunista na estatal, sob a conivência do presidente João Goulart.

Reparem como o Brasil parece andar em círculos. Hoje, a Petrobras continua financiando uma “campanha de agitação e subversão”, ao bancar os invasores do MST, por exemplo. Continua aparelhada politicamente, usada por petistas como propriedade particular. Petrodólares usados para disseminar o marxismo, enquanto o endividamento da empresa se avoluma por incompetência ou corrupção.

Alguns gostam de repetir, com ar de superioridade, que a Guerra Fria acabou, tentando, com isso, pintar anticomunistas como seres ultrapassados, gente parada no tempo. Há só um detalhe: tem que avisar aos próprios comunistas que a Guerra Fria não só acabou, como foi com a derrota dos comunistas!

Tem uma turma que ainda não sabe disso.

E pior: essa turma está no poder!

Basta ver a própria Venezuela, mergulhada em uma tragédia justamente porque insistiu no modelo socialista fracassado. Mas não é só lá. Aqui tem um pessoal bolivariano doido para transformar o Brasil em uma nova Cuba, o sonho (pesadelo) perdido na década de 1960. Se a PDVSA foi útil ao projeto de Chávez, a Petrobras é útil aos planos de perpetuação do PT no poder.

Como evidência de que os comunistas, infelizmente, ainda não desapareceram da cena política nacional, a deputada Luciana Santos, do PCdoB, encaminhou ao Congresso projeto de lei que cria o Fundo de Desenvolvimento da Mídia Independente. Só mesmo um comunista poderia falar em “mídia independente” criando uma total dependência dos recursos estatais!

Talvez esteja ficando escancarado demais financiar indiretamente a imprensa chapa-branca com recursos das estatais, e os vermelhos, ligados ao governo do PT, pretendam oficializar logo a criação de seu exército de “jornalistas” sustentados por nossos impostos. Essa coisa de imprensa independente é muito chata, fica expondo os infindáveis escândalos da Petrobras...

Para concluir, o editorial de 1963 diz: “Deveria o presidente João Goulart iniciar pela Petrobras a purificação de seu governo. Afaste, imediatamente, os diretores comunistas, faça voltar os técnicos, ponha a empresa à margem da política, e a decepção que ele vem causando ao povo brasileiro se transformará em novas esperanças. Ao mesmo tempo dará Sua Excelência à Nação — se assim proceder — uma cabal demonstração de seus propósitos, provando que deseja governar afastado dos extremos, cujo facciosismo tantos males vem causando ao Brasil.”

O presidente não deu ouvidos. Sabemos como tudo acabou, e não foi nada bom. Resta torcer para que dessa vez seja diferente, pois, como dizia o próprio Marx, a história se repete primeiro como tragédia, e depois como farsa.

16.04.2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

O discurso sem lugar de Graça Foster. É impossível defender ao mesmo tempo a compra da refinaria de Pasadena e a explicação de Dilma




Por Reinaldo Azevedo

Pois é, pois é… A presidente da Petrobras, Graça Foster, tentou explicar no Senado a compra da refinaria de Pasadena. A tarefa, acreditem, poderia ter sido mais fácil se ela estivesse obrigada a dizer “ou bola ou bule”, ou uma coisa ou outra. Ocorre que o raciocínio aparentemente quântico, e incompreensível, que ela tentou desenvolver não deriva do excesso de sabedoria, mas do excesso de confusão. Graça pretende que seus interlocutores entendam que a compra fazia e não fazia sentido a um só tempo; que era e que não era justificável; que houve e que não houve comportamento heterodoxo nessa história toda.

Vamos ver. Numa das linhas de argumentação, a presidente da Petrobras tentou fazer com que os senadores entendessem que a compra de Pasadena — que se revelou, depois, segundo ela própria, um mau negócio — fazia sentido naquela hora. Afinal, disse, o Brasil ainda não havia chegado ao pré-sal (embora, convenham, não tenha sido uma surpresa, algo em que se tropece, né?); havia a escolha de comprar refinarias no exterior; as circunstâncias do mercado justificavam etc. Muito bem! Pode-se concordar ou não com os argumentos, mas é uma linha de defesa.

Ocorre que, ao mesmo tempo, Graça estava lá para sustentar a versão da presidente Dilma: o Conselho desconhecia as duas cláusulas consideradas polêmicas: a Put Option (que obrigava à compra da outra metade em caso de desentendimento entre os sócios) e a “Marlim”, que garantia à Astra Oil uma rentabilidade de 6,9% ao ano independentemente das condições de mercado. Pois é… Digamos que a primeira ainda possa ser corriqueira em negócios dessa natureza — afinal, o preço das coisas, não importa o quê, passa por uma avaliação abalizada do mercado. A segunda, tudo indica, não se vê todo dia por aí. Sim, já está evidenciado que Dilma e os demais conselheiros, com efeito, desconheciam essas duas cláusulas, seja uma delas comum ou não; seja a outra exótica ou não.

Ainda nesse ponto, atenção!: Dilma poderia não ter levado a bomba para explodir dentro do Palácio do Planalto. Poderia ter dito algo assim: “Olhem, eu não conhecia, ninguém conhecia, mas andei pesquisando e, mesmo com elas, o negócio fazia sentido!”. E segurasse o rojão, ora essa! Quando se é governo, perdoem-me o clichê, há o bônus, mas também há ônus. Mas quê!

Dilma foi a primeira a assumir a posição da ludibriada; Dilma foi a primeira a assumir o lugar da traída; Dilma foi a primeira a exercer o discurso da enganada; Dilma foi a primeira autoridade de peso a sustentar que a Petrobras havia sido, em suma, vítima de uma trapaça, de um memorial executivo omisso, que forneceu ao conselho informações apenas parciais. Ora, ela queria o quê? Que as oposições e, na verdade, milhões de brasileiros dissessem: “Pô, coitada da presidente! Foi enganada por aqueles caras da Petrobras!”. Como se fosse pouco, a presidente demitiu Nestor Cerveró, o então diretor da Área Internacional que cuidou da operação. Nunca se viu antes uma demissão retroativa como essa, com oito anos de atraso!

Em 2007, a ainda conselheira da Petrobras e ministra-chefe da Casa Civil, além de sedizente especialista em setor energético, já sabia de tudo, já tinha ciência do que, sugeriu mais tarde, era consequência de um engodo. E fez o quê? Nada! Ou, numa relação puramente vetorial, fez menos do que nada — e, pois, piorou o que era ruim: permitiu que Cerveró assumisse o cobiçado cargo de diretor financeiro da bilionária BR Distribuidora. E foi desse cargo que ela o demitiu, punindo-o por um ato praticado oito anos antes, do qual ela tem ciência há mais de sete. Aí não dá!

A presidente da Petrobras, Graça Foster, cobra demais de seus interlocutores; pede que condescendam com uma linha de argumentação e também com o seu contrário.

Honra ofendida

Graça reagiu com ar e inflexão meio ofendidos quando senadores sugeriam que a Petrobras virou, assim, uma espécie de casa da mãe joana — se não exatamente na sua gestão, na de José Sérgio Gabrielli. Sobrou sempre a sugestão de que se estava ofendendo a empresa. Aí, não, doutora! Que o loteamento político de cargos fez com que a empresa se transformasse no palco de uma engrenagem corrupta, isso é dado por uma pletora de fatos. “Ação isolada?” Segundo a própria Dilma, não! Se um diretor está na cadeia em razão das lambanças que praticou, outro, diz a ex-presidente do conselho, a enganava. De resto, Pasadena não é a única suspeita de ilícito na empresa, não é mesmo?

Não existe lugar para o discurso de Graça Foster.


15/04/2014



CPI já, por Ricardo Noblat


Por que Lula aconselhou Dilma a impedir por todos os meios possíveis a instalação da CPI da Petrobras?

Porque a série de escândalos que enlameia a imagem da Petrobras data da época em que o presidente da República era ele, Lula.

Um dos escândalos foi a compra da refinaria Pasadena, nos Estados Unidos, por um preço absurdo.

- Hoje, olhando aqueles dados, não foi um bom negócio. Isso é inquestionável do ponto de vista contábil – disse há pouco, em depoimento no Senado, Graça Foster, presidente da Petrobras.


Graça Foster
Foto: Andrea Coelho / Agência O Globo

Foster repetiu também que Dilma informou ao jornal O Estado de S. Paulo: o Conselho de Administração da estatal aprovou a compra de Pasadena sem saber de cláusulas importantes do contrato.

A presidente do Conselho de Administração era Dilma. No mínimo, ela e os demais conselheiros foram imprudentes ao aprovarem às pressas um negócio de tal porte.

O depoimento da Foster, ainda em curso, não contribui para tornar desnecessária a CPI da Petrobras – antes pelo contrário.

 15.04.2014

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Machado de Assis é a nova aquisição do selo literário Dilma Rousseff: “Muitas vezes você é criticado por ter o cachorro e, outras vezes, por não ter o mesmo cachorro”


Direto ao Ponto




Augusto Nunes
POR CELSO ARNALDO ARAÚJO

Machado de Assis, maior nome da literatura brasileira, é a nova aquisição do selo Dilma Rousseff – especializado em adaptar para o dilmês obras-primas das letras nacionais, com um grau de acurácia inferior ao do patético Google Tradutor.

Seu autor favorito vinha sendo Nelson Rodrigues, o frasista perfeito ─ por via do dilmês, transformado num escriba de péssimos bofes e estrofes, capaz de cometer pecados estilísticos mortais, como “não se pode apostar no pior” ou “pessimistas fazem parte da paisagem assim como os morros, as praças e os arruamentos”. Coisas que Nelson nunca disse ou escreveu e não diria ou escreveria nem sob um ataque de apoplexia, enforcado por seus suspensórios e afogado num barril de baba elástica e bovina.

Agora é a vez de Machado, novo contratado da editora DR. A pátria em chuteiras deu lugar à pátria em cachorros. Mestre na observação psicológica, só Deus sabe quanto se esforçou o mago do Cosme Velho para esculpir o personagem do barbeiro Porfírio, um dos opositores do protagonista Simão Bacamarte no conto “O Alienista”. O médico Simão, que estudara na Europa, volta ao Brasil e se instala na pequena Itaguaí, estado do Rio, onde abre um hospício, a Casa Verde, “a bastilha da razão humana”, com um conceito muito amplo, quase universal, de loucura. Bastava uma esquisitice, uma mania e até uma mera vaidade humana e o cidadão era internado na Casa Verde – isso incluía 80% da população.

O pacato barbeiro Porfírio então lidera uma rebelião contra o hospício e seus métodos. Pouco adiante, porém, Bacamarte, o alienista, muda radicalmente seu conceito – passa a considerar loucura qualquer demonstração de bom senso. E eis Porfírio de novo à beira do hospício, a cunhar o lendário aforismo que atravessaria 132 anos – a partir da publicação do conto — para chegar intacto aos dias de hoje como um primor da ironia dialética:

“Preso por ter cão, preso por não ter cão!”.

Bem, intacto até cruzar com Dilma Rousseff, que – no discurso de Porto Alegre em que defendia sua Copa – enquadrou o dito machadiano em sua sintaxe enlouquecida, com a camisa de força de um idioma insano:

“E é interessante que muitas vezes no Brasil, você é, como diz o povo brasileiro, muitas vezes você é criticado por ter o cachorro e, outras vezes, por não ter o mesmo cachorro”.

De cara, ela confundiu Machado com o povo brasileiro, atenuou a prisão original em mera crítica e transformou o cão em cachorro – é o mesmo animal, mas as cinco letras a mais fazem toda a diferença em termos de estilo e prosódia. Seria a materialização da figura oculta do cachorro que Dilma vira atrás de cada criança, na mesma Porto Alegre? Sim, “o mesmo cachorro” – para não deixar dúvida.

Logo adiante, a crítica rende prisão, mas temporária:

“Então, nessa história de preso por ter cachorro, criticado por ter cachorro e criticado por não ter o cachorro, o que eu estou explicando para vocês é o seguinte…”

Não, Dilma Bacamarte nunca terá uma explicação lúcida. No seu hospício idiomático, todas as palavras viram coisa de louco.

Nas eleições de outubro, a confirmarem-se as previsões, Machado de Assis será novamente vilipendiado:

– Ao vencedor, as batatadas.

14/04/2014

André Vargas puxou a faca, e os petistas graúdos saíram correndo. Quem tem Vargas tem medo! Na mira, Padilha, Gleisi e Bernardo




André Vargas:
ele agora faz ameaças nem tão veladas a “companheiros”.

Quer ficar no partido; julga ter moral compatível com a legenda.

Como discordar?

Por Reinaldo Azevedo


Afirmei aqui na sexta-feira que o deputado André Vargas (PT-PR) andou dizendo coisas desagradáveis a seus companheiros. Não aceita ser enxotado do partido e promete reagir. Pelo visto, o PT entendeu o recado. A disposição de puni-lo até com a expulsão se transformou numa comissão para ouvir os seus motivos.

Segundo reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin na VEJA desta semana, os primeiros, digamos, “ameaçados” por Vargas são Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, que vai concorrer ao governo de São Paulo, pelo PT; a senadora Gleisi Hoffmann, que deve disputar o governo do Paraná pelo partido, e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Vargas estaria insinuando a “companheiros” que Paulo Bernardo é beneficiário de propinoduto da Petrobras e que seria intermediário de contratos entre o grupo Schahin, que costuma aparecer em escândalos petistas, e a estatal. O ministro teria recebido uma corretagem por isso, devidamente repassada ao “Beto”, que é como Vargas chama o doleiro Alberto Youssef.

Schahin? Lembram-se de Marcos Valério, o operador do mensalão petista? Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que a construtora simulou no passado uma prestação de serviços para a Petrobras para arrumar dinheiro para os petistas comprarem o silêncio de um empresário que ameaçava envolver Lula e outros membros da cúpula do partido na morte de Celso Daniel.

As insinuações vão além. A senadora Gleisi e seu marido não gostariam ainda de ver expostas as suas relações com a Agência Heads Propaganda do Paraná. Seria, na expressão atribuída a Vargas, um “esquema deles”.

Bem, no governo Dilma, a Heads se tornou líder no recebimento de verbas da propaganda oficial. A ascensão foi tão espetacular que chamou a atenção do Tribunal de Contas da União, que decidiu apurar se há algo de errado. Todo mundo, evidentemente, nega tudo. Só uma coisa é inegável: até agora, Vargas não demonstra disposição de ir para o cadafalso em silêncio.

Sem saída
O chato para o petismo é que não há saída virtuosa para essa história. Leiam a reportagem de VEJA, que foi a Indaiatuba conhecer a Labogen, que, acreditem, no papel, pertence a um frentista chamado Esdra Ferreira. Também no papel, ele tem um sócio, o “autônomo” Leonardo Meirelles. Os dois já admitiram para a polícia que, de início, a Labogen era mesmo uma empresa de papel. Mas muito bem-sucedida, claro!!! Sem produzir um comprimido ou um supositório, faturou R$ 79 milhões entre agosto e novembro de 2010. Um portento!

Com a influência de Vargas, os técnicos do Ministério da Saúde, comandado por Padilha, foram vistoriar os equipamentos da Labogen para saber se esta estava apta a fazer a parceria com a gigante EMS e com o Laboratório da Marinha. Equipamentos??? Esdra, o frentista, contou à polícia: o maquinário era sucata comprada em cemitério de peças, revestida de alumínio, “para dar a aparência de novas”. Mesmo assim, a parceria ganhou um sinal verde. Leiam reportagem na edição desta semana.

Vargas, como está dito, puxou a faca. E os petistas tremeram. Mais um pouco, ele também vai virar “guerreiro, herói do povo brasileiro”.

Parece que tanto empenho em tentar impedir a CPI da Petrobras vai um pouco além da “questão política”, não é mesmo?

4/04/2014



“CPI X-Tudo”: desesperada, Dilma reúne-se com senadores do PMDB e acaba na rede de computadores

x-tudo_01

Linha de tiro

Por admin

A crise que chacoalha o Palácio do Planalto no rastro da corrupção que jorra na Petrobras fez com que a presidente Dilma Rousseff ignorasse os assessores incumbidos da articulação política do governo, chamando para si a negociação com senadores para tentar estancar a criação de uma CPI para investigar a petroleira, algo que pode implodir o PT.

Preocupada com os desdobramentos do caso, assunto que depende de decisão do Supremo Tribunal Federal, Dilma se apressou e chamou quatro senadores para uma conversa em palácio. Com a presidente, tratando do assunto Petrobras, estiveram os senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE), Eduardo Braga (AM) e Vital do Rêgo (PB). O cardápio do encontro foi como blindar o governo contra os efeitos colaterais dos escândalos da Petrobras e da Operação Lava-Jato, uma vez que a engendrada “CPI X-Tudo” não evitará estragos ao governo e ao PT.

Como contrapartida, Dilma reforçou a promessa de apoiar o PMDB em vários estados nas próximas eleições, o que significa que em algumas unidades da federação o PT não lançaria candidatos aos governos estaduais ou, então, deixaria de apoiar outra legenda ou coligação. É o caso dos estados da Paraíba, Maranhão, Ceará, Alagoas, Amazonas, Goiás e Rio de Janeiro, para começar.

Levando em consideração o currículo dos interlocutores de Dilma que participaram da reunião palaciana na última semana, não é difícil avaliar o nível do governo que tem a responsabilidade de administrar o Brasil e seus problemas, alguns com complexidade proporcional à dimensão territorial do País.

Dilma e o PT não estão preocupados com a população brasileira, assim como agem e pensam os senadores que se reuniram com a presidente com o objetivo de esconder sob o tapete oficial mais uma forte onda de corrupção, desta vez envolvendo a maior empresa brasileira, a corroída Petrobras.

À sombra do desrespeito aos direitos dos cidadãos, que no caso em questão são os verdadeiros donos da Petrobras, o governo e os senadores peemedebistas citados patrocinaram mais um acordo espúrio e criminoso, assunto que em qualquer país minimamente responsável já teria levado seus protagonistas à prisão.

Por conta desse conchavo chicaneiro, que atenta contra a democracia ao impedir a realização de uma CPI para investigar a petroleira, Dilma caiu na rede e tornou-se alvo de inteligente, crítico e bem humorado vídeo – “Todos os Lobos da Presidenta” –, que você confere abaixo.




14/04/2014

Terror dos petistas é que nome de Palocci e de 47 políticos apareçam em documentos da Lava Jato


A Operação Lava Jato tem tudo para produzir novos estragos para figuras chaves do PT – algumas até que andam meio fora de cena



Por Jorge Serrão
Alerta Total


O medo agora é que, em meio a documentos e computadores apreendidos na Petrobras, surja o nome de Antônio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma.

A cúpula petista já teme que, além do já queimado deputado federal André Vargas, as investigações da Polícia Federal também apontem ligações de negócios entre Palocci e o doleiro Alberto Youssef – que tinha como parceiro Paulo Roberto Costa – ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.

A Lava Jato mexe com grandes interesses políticos e econômicos, deixando o escândalo do Mensalão no chinelo. O doleiro Youssef já teria passado à Polícia Federal os nomes de pelo menos 47 parlamentares que costumavam utilizar seus serviços.

O grande temor é que apareçam detalhes sobre financiamentos milionários de empresas parceiras em negociatas para campanhas eleitorais. Como as investigações estão fora do controle do governo, tudo pode acontecer.

Informações comprometedoras tendem a vazar.

A operação abafa está em andamento, mas encontra dificuldades técnicas...

Apesar da Lava Jato, a Presidenta Dilma Rousseff se preocupa mesmo é com a repercussão negativa dos escândalos da Petrobras sobre sua governabilidade.

Nem Dilma, que anda mais nervosa que nunca, gritando com todos os assessores diretos, acredita que possa ser alvo de um impeachment.

Mas ela sabe que crescem as chances de, assim que sair da Presidência da República, ser processada por responsabilidade pelas decisões tomadas nos tempos em que presidiu o Conselho da Petrobras, no governo Lula.


Investidores já acionaram o Ministério Público Federal contra Dilma e Guido Mantega (atual presidente do Conselhão da Petrobras). Para piorar a situação, o procurador do Ministério Público Federal no Tribunal de Contas da União, Marinus Marsico, já fez uma representação ao TCU pedindo que se apurassem responsabilidades na diretoria-executiva e eventualmente nos conselhos da Petrobras: “Configurado o débito, tem-se o rol de responsáveis que são obrigados a devolver esses recursos. O tribunal também pode aplicar multas, que podem ser proporcionais ao débito ou decorrentes de atos de gestão temerários, ilegítimos, antieconômicos. O problema é que não é factível que se paguem as multas”.



Revelações Digitais?




Além do que pode respingar da Operação Lava Jato, muitos outros problemas não faltam para serem investigados cuidadosamente na Petrobras.

As compras das refinarias Pasadena (Texas), Nansei (Japão) e San Lorenzo (Argentina).

Aluguel de plataformas superfaturadas, terceirizações e quarteirizações milionárias, absolutamente sem controle e que podem ser fontes de “mensalões”, superfaturamento nos contratos bilionários de obras que mal começam e nunca terminam, como a Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) e o complexo Petroquímico do RJ (em Itaboraí).

A BR Distribuidora sofrerá uma devassa por causa das ações sobre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Além dela, merecem apuração também outras bilionárias “caixas Pretas” que envolvem as finanças da empresa: Petrobras International Finance (PFICO) e Petrobras Global Finance B. V. (sediada em Rotterdam, na Holanda, que capta euros e dólares para a estatal).

Também precisa ser visto como ocorreram investimentos da Petrobras no fundo BB Millenium - operado em 2006 e 2007, com a ajuda de grandes bancos transnacionais e brasileiros. Sem falar de negócios com a Odebrecht (Brasken), White Martins (Gemini) e BGT Pactual (PetroÁfrica), entre outros.


Todos esses fatos, alguns com investigação da Polícia Federal ou denúncia pelo Ministério Público Federal, já bastariam para a abertura de uma CPI exclusiva para a Petrobras.

Mas, se nenhuma CPI for aberta, nada se altera.

A Justiça, se acionada, tem a obrigação de impedir que dirigentes da empresa e seus conselheiros saiam impunes, no final das contas, que rendem grandes prejuízos à União (acionista majoritária) e aos investidores minoritários.

Vale repetir as palavras do procurador do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marsico, definindo bem a situação surreal da estatal de economia mista:

“A Petrobras está afundando. Há uma mistura de má gestão com o fato de ter se tornado um braço político do governo. Se a empresa não fosse pública, já tinha quebrado”.


Agora, o desafio é a energia para solucionar tantos problemas e tornar a Petrobras uma empresa com boa governança e lucrativa para os investidores e brasileiros que dela dependem.



Na mira da Justiça





 14 de abril de 2014