Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 30 de julho de 2011

Charge

 braziu, ziu, ziu...
www.sponholz.arq.br

Irmão de Romero Jucá denuncia esquema de corrupção no Ministério da Agricultura


Corrupção

Em VEJA desta semana, Oscar Jucá Neto diz a pasta de Wagner Rossi foi loteada por PMDB e PTB com o objetivo de arrecadar dinheiro ilegal
(O senador Romero Jucá PMDB-RR)

"Ali só tem bandido"

Oscar Jucá Neto, sobre o Ministério da Agricultura

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado levanta indícios de que mais um esquema de desvio de recursos e dilapidação do patrimônio público corroi o Planalto.

Desta vez, os escândalos envolvem o Ministério da Agricultura, tendo a Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, como posto avançado, e o ministro Wagner Rossi, do PMDB, como virtual comandante do esquema.

O esquema de corrupção foi denunciado por Oscar Jucá Neto, o Jucazinho, irmão do senador Romero Jucá, líder do governo no Senado.

Jucazinho foi exonerado na semana passada do cargo de diretor financeiro da Conab. A demissão aconteceu depois de VEJA revelar que ele havia autorizado um pagamento de 8 milhões de reais a uma empresa-fantasma que já foi ligada à sua família e que hoje tem como “sócios” um pedreiro e um vendedor de carros - laranjas dos verdadeiros donos, evidentemente.

Jucazinho decidiu contar o que sabe porque atribuiu sua saída a uma armação de peemedebistas contra seu irmão - e também porque se sentiu humilhado com a exoneração. O caso azedou as relações entre o senador Jucá e o vice-presidente, Michel Temer, padrinho do ministro Wagner Rossi. Os dois trocaram ameaças e xingamentos por telefone.
Em entrevista a VEJA, Jucazinho contou que existe um consórcio entre o PMDB e o PTB para controlar a estrutura do Ministério da Agricultura com o objetivo de arrecadar dinheiro.

Suas informações incluem dois casos concretos de negócios nebulosos envolvendo a Conab. Em um deles, a estatal estaria protelando o repasse de 14,9 milhões de reais à gigante do mercado agrícola Caramuru Alimentos.

O pagamento foi determinado pela Justiça e se refere a dívidas contratuais reclamadas há quase vinte anos. O motivo da demora: representantes da Conab negociam um “acerto” para aumentar o montante a ser pago para 20 milhões de reais. Desse total, 5 milhões seriam repassados por fora a autoridades do ministério.

O segundo caso envolve a venda, em janeiro deste ano, de um terreno da Conab numa das regiões mais valorizadas de Brasília, distante menos de 2 quilômetros do Congresso e do Palácio do Planalto.

Apesar de ser uma área cobiçada, uma pequena empresa da cidade apareceu no leilão e adquiriu o imóvel pelo preço mínimo: 8 milhões de reais – um quarto do valor estimado de mercado.

O comprador, Hanna Massouh, é amigo e vizinho do senador Gim Argello do PTB, mandachuva do partido e influente na Conab.

Nas mais de seis horas de entrevista, que pode ser lida na edição de VEJA desta semana, Oscar Jucá Neto não poupa seus antigos companheiros de ministério.

Diz que o ministro Wagner Rossi lhe ofereceu dinheiro quando sua situação ficou insustentável.

“Era para eu ficar quieto”, afirma.

“Ali só tem bandido.”

Obama é um fiasco e está preparado para presidir o Findomundistão!



Há coisas que têm tudo para dar errado e que, vejam vocês, dão!

É o caso de Barack Obama nos EUA.

O que sempre pensei a respeito deste senhor está nos arquivos.

Sempre vi nele o traço inconfundível de um populista do Terceiro Mundo.

 É claro que isso nada tem a ver com a sua cor ou origem, mas com os seus métodos. Achava detestável sua mania de se referir a “Washington” como o lugar da picaretagem, como se ele não fosse, afinal, alguém de… Washington! No Brasil, Lula atacava — e ataca ainda — as “elites”.

Ambos têm histórias, origens e formações muito distintas. Mas algo os reúne de maneira inegável: não estão nem aí para as instituições; acreditam que uma de suas tarefas é atropelá-las. E as atropelam. Obama, só para citar um caso, foi à guerra contra a Líbia sem pedir autorização para o Congresso e, na prática, jogou no lixo os termos da resolução da ONU que autorizava a ação naquele país. Sim, ele acha que pode.

Nego-me a discutir a questão estúpida sobre se a crise é ou não herança do governo Bush.

Deixo isso para o Arnaldo Jabor.

Essa é outra marca da mentalidade tacanha terceiro-mundista. Quem se apresenta como candidato e se dispõe a ganhar uma eleição está afirmando que sabe como resolver o impasse — se há um.

Se o governo Bush tivesse sido um espetáculo, Obama não teria sido eleito. É simples assim. E ele se tornou presidente justamente porque o outro se deu mal. O que lhe garantiu a ascensão não pode ser fonte permanente de desculpa para o seu insucesso. É uma questão óbvia, de lógica elementar.

Os republicanos não fizeram sozinhos a crise sobre o limite do endividamento. Aliás, Obama passou dois anos com maioria nas duas Casas. Foram os seus apoiadores que ajudaram a extrapolar o limite de gastos.

E, numa democracia, ele tem de negociar com o Congresso — quem lhe tirou a maioria na Câmara foi o eleitorado, não uma conspiração.

Não gostam do Tea Party, é?

Troquem o eleitorado americano, então!!!

Ou ele é legítimo quando elege Obama, mas ilegítimo quando dá mandatos à direita republicana?

Tenham a santa paciência!


Obama transformou os EUA no Findomundistão, um paiseco ridículo, em que o presidente da República se comporta como um propagandista vulgar.

Em meio a uma das maiores crises da história recente dos EUA, sabem o que fez o homem ontem?

Um tuitaço, jogando a população contra o Congresso.

Ou melhor: tentando incitar as massas contra os republicanos.

Leiam este trecho de reportagem da Folha:
Ontem, o twitter @BarackObama, mantido pela campanha de 2012, passou a tarde listando contatos de republicanos que os eleitores deveriam pressionar a ceder.

A primeira mensagem foi enviada pelo próprio presidente, que assina como “BO”: “A hora de pôr o partido em primeiro plano acabou.

Se você quer ver um acordo (#compromise) bipartidário, diga ao Congresso. Ligue. Mande e-mail. Tuíte”.


Você entenderam direito: o endereço criado para a campanha presidencial do ano que vem foi usado para insuflar os americanos contra os republicanos.

Isso tudo porque, afinal, o presidente quer se apresentar como um magistrado!!!

Num de seus milionésimos pronunciamentos na TV, referindo-se ao plano dos republicanos, aprovado na Câmara e depois rejeitado no Senado, afirmou:


“Esse plano nos forçará a reviver essa crise em poucos meses, mantendo nossa economia cativa da politicagem de Washington outra vez”.

O homem que usa o seu Twitter de candidato para pressionar em favor de uma questão que interessa ao presidente ataca a “politicagem” de Washington…
Ele, afinal de contas, faz o quê?

A verdade insofismável é que Obama é ruim de doer; trata-se de uma dos mais vistosos fiascos da história política dos EUA.

Ontem, irritados com a pressão, nada menos de 37 mil seguidores do presidente no Twitter resolveram desertar.

Perceberam que estavam sendo vítimas de uma espécie de assédio — e que Obama, afinal, está molestando as instituições do país.

Não por acaso, hoje seu governo é aprovado apenas por 40% dos americanos.


O homem pode até vir a ser reeleito — como mais um sintoma da crise, diga-se. Os republicanos, por enquanto, parecem não ter uma alternativa sólida.

Um presidente dos EUA, diante de um caso dessa gravidade, senta para negociar com o Congresso em vez de sacar do bolso o BlackBerry…

Foi eleito para governar o país mais importante do mundo e se comporta como um tuitero do Findomundistão…

É patético!

E ridículo!

É perigoso!


Um colunista da Folha Online, mandaram-me o link, comparou a situação dos EUA à estabilidade brasileira e concluiu que o que falta ao presidente americano, acreditem ou não, é um PMDB!
Essa sabedoria convencional, que vê no partido um, digamos assim, monumento à fisiologia e ao troca-troca, é só uma visão reacionária de mundo.

O PMDB seria, segundo entendi, o grande fator de estabilidade do Brasil.

O PR também, claro…


É, vai ver é isto mesmo: a política americana anda muito ideologizada, né, gente?

Faltam alguns larápios para fazer a moderação, cobrando o devido pedágio…


O mundo é bárbaro.

30/07/2011

O "debt ceiling" nos EUA




O teto da dívida americana

constantinorodrigo


A advogada Vanuza Sampaio respira medo.



Vanuza Sampaio:
“Fui ameaçada de morte”
trechos da entrevista

A advogada relata as intimidações sofridas depois de denunciar os assessores da ANP que a achacaram e diziam arrecadar para o PCdoB

REDAÇÃO ÉPOCA
EXTORSÃO
O vídeo no qual Vanuza é achacada pelos dois assessores da ANP virou peça de investigação do Ministério Público Federal

 A advogada Vanuza Sampaio respira medo.

Desde a semana passada, quando ÉPOCA revelou o vídeo da corrupção gravado por ela com assessores da ANP, Vanuza não fala ao telefone, evita sair à rua e só anda de carro blindado.

Ela, como experiente advogada junto à ANP, sabe que a máfia dos combustíveis não brinca.

ÉPOCA conseguiu localizá-la na última quarta-feira.

Num ato corajoso, Vanuza aceitou falar à reportagem confirmando o que já narrou ao Ministério Público e à Polícia Federal.

A entrevista foi gravada.

Nela, além de contar as ameaças que recebeu, Vanuza afirmou que os assessores da ANP a informaram que o dinheiro cobrado por eles iria para o PCdoB.

A seguir, trechos da entrevista.

ÉPOCA – Quando começaram seus problemas na ANP?

Vanuza Sampaio
– Quando Edson Silva (dirigente do PCdoB e ex-deputado federal) assumiu a Superintendência de Abastecimento. Sou a advogada com maior número de processos na ANP, e muitos passam pela área de Abastecimento, a mais importante da agência. Ele (Edson Silva) mandou me chamar assim que assumiu. E me comunicou: “Eu sei que você tem muitos processos aqui. Temos de trabalhar de forma harmônica”. Respondi a ele que sempre agi com lisura e respeito a meus clientes. Cobro de acordo com a dificuldade do processo. Se o processo for trabalhoso, cobro mais. Se for fácil, cobro menos. Deixei claro que não faria nenhum tipo de parceria.

ÉPOCA – Qual foi a reação dele?


Vanuza
– Não mencionou valores nem avançou o sinal. Mas, em seguida, começou a criar todas as dificuldades do mundo para meus clientes. Chegaram a assediar alguns deles, dizendo que, como haviam me contratado, os processos deles não iriam andar na ANP. Meus clientes ficaram preocupados e disseram que eu tinha de fazer parceria com o Edson. Eu me recusei.

ÉPOCA – Por quê?


Vanuza
– Seria errado. Quando virei advogada, fiz um juramento defendendo cumprir a lei. Iria começar a extorquir meus clientes? Jamais! Além disso, seria estupidez. Tenho cerca de 3 mil processos na ANP. Se começasse a agir assim em tantos casos, alguém logo ficaria sabendo. Todos nós sabemos como funcionam as coisas no Brasil. Então, minhas conversas com meus clientes sempre foram claras. Sempre disse que eu não poderia oferecer dinheiro em nome deles. E nunca iria extorquir quem me procura. Posso dizer para o cliente: “Olha, esse cara tem abertura e pode resolver”. Mas aí eu não me meto e saio do negócio. Não tenho coragem nem estômago.

ÉPOCA – Que tipo de parceria Edson Silva queria fazer?


Vanuza
– Uma coisa louca. Queria que eu passasse metade dos meus negócios para ele, que fosse sócia dele. Queria até ditar regra de quanto cobrar.

ÉPOCA – Ele fez essa proposta?


Vanuza
– Não, aí que entram o Antonio e o estagiário (Antonio José Moreira e Daniel de Carvalho Lima, os dois homens que aparecem no vídeo) . No meio dessa confusão, eles me procuraram e me orientaram a transferir metade – metade! – dos meus clientes a um advogado de São Paulo ligado a eles. Assim, a ANP não pegaria mais no meu pé. Um absurdo. Disse a eles que queria ouvir da boca do Edson que ele poderia ter qualquer negócio comigo. Disse: “Se ele (Edson) falar que vocês são intermediários dele, eu fecho com vocês. Mas quero ouvir da boca dele”. Eu queria ter certeza de que os dois não estavam apenas usando o nome do Edson.

ÉPOCA – Quando a senhora teve certeza?


Vanuza
– Logo depois, os dois me levaram ao encontro do Edson, num café de uma livraria que fica na Avenida Rio Branco (centro do Rio) . O Edson não falou em dinheiro, mas avalizou o nome deles. O Edson disse: “O Antonio (então assessor da ANP) é meu amigo e fala por mim”. Foi aí que percebi que não havia jeito, que era preciso fazer alguma coisa ou eles tomariam todos os meus clientes. Não aguentava mais.

ÉPOCA – O que a senhora fez?


Vanuza
– Procurei o Ministério Público e a Polícia Federal. Fui orientada a gravar um flagrante. Um agente da PF instalou o equipamento para gravar a conversa com os dois em meu escritório. Gravei e entreguei o vídeo ao MP. Contei tudo o que sabia em detalhes. Está tudo no meu depoimento.

ÉPOCA – No vídeo, os dois falam que o dinheiro seria dividido. Mas há trechos de difícil compreensão. Eles disseram para quem iria o dinheiro?


Vanuza
– Eles explicaram como funcionava (o esquema) . Disseram que todos os cargos do PCdoB precisam levantar dinheiro, que tem de ser para o partido, que tem de ter divisão...

ÉPOCA – Disseram se o dinheiro era para campanha?


Vanuza
– Não chegaram a falar de campanha nem citaram nomes. Mas não deu tempo de aprofundar.

ÉPOCA – Por que não?


Vanuza
– Pretendia ter um segundo encontro com eles, levantar mais provas para as autoridades. Mas, logo depois que entreguei o vídeo e as provas que eu tinha ao MP, o agente da PF que ajudou na gravação, não sei por qual motivo, comunicou tudo à direção da ANP. Isso inviabilizou tudo. Os dois (Moreira e Daniel de Carvalho) acabaram saindo da agência. O Edson foi tirado da Superintendência, mas virou assessor do diretor-geral logo depois.

ÉPOCA – A senhora sofreu retaliações?


Vanuza
– Logo depois que minhas denúncias vazaram para a direção da ANP, recebi ameaças de morte. Fui abordada por um homem na saída do meu escritório, no centro do Rio. Eu estava a caminho do estacionamento. Ele agarrou meu braço e começou a andar comigo até meu carro. Achei que fosse um assalto. Ele disse que era muito perigoso falar com a polícia e o Ministério Público. Ele falou: “A senhora sabe que tem policial que salva e policial que mata, não é? É melhor a senhora parar de falar”. Fiquei apavorada. Mudei de casa, contratei seguranças, comecei a andar de carro blindado. Passei a ter medo o tempo inteiro. Minha vida quase acabou.

ÉPOCA – A senhora tem ideia de quem foi o mandante dessas ameaças?


Vanuza
– Não, não tenho. Só posso suspeitar. Mas seria leviano falar. Na verdade, tenho medo até hoje. Não custa nada mandarem me matar.


ÉPOCA – A senhora está disposta a confirmar essas informações às autoridades?

Vanuza
 – Eu já disse tudo isso ao MP e à PF. O que mais posso fazer? Tentei fazer a coisa certa, mas só me prejudiquei com esse caso. Desde que vocês (ÉPOCA) saíram com essa reportagem, estou sofrendo por todos os lados. Recebo muitos recados ameaçadores. Não falam em fazer faxina no país? Agora cabe ao MP e ao governo fazer a parte deles. O que fizeram até agora? Mas não quero aparecer em CPI, ser usada pela imprensa, como aquele caseiro. Não suportaria.

28/07/2011  Atualizado em 29/07/2011

O dinheiro era para o partido


A advogada que gravou o vídeo da corrupção na ANP afirma a ÉPOCA que a propina exigida na gravação acabaria nos cofres do PCdoB – cujos dirigentes comandam com mão de ferro a agência


POR DIEGO ESCOSTEGUY



O comunista Haroldo Lima não detém conhecimentos técnicos sobre petróleo, mas sabe tudo de política.

Aos 71 anos, o atual diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) já fez muito pela esquerda.

Militou no movimento estudantil, fundou a organização Ação Popular, a AP, na qual combateu a ditadura militar, e, há 39 anos, apaixonou-se pelo PCdoB.

É um dos mais antigos e dedicados quadros do partido, pelo qual cumpriu cinco mandatos como deputado federal.

Num deles, elegeu-se com o mote “botando para quebrar”.

A exemplo de tantos outros políticos de sua geração, sacrificou-se pelos ideais da esquerda, mas capitulou aos encantos da direita.
 

Em 2003, em reconhecimento a seus serviços, o então presidente Lula nomeou Haroldo para uma diretoria na ANP.

Desde então, Haroldo socializou cargos e contratos entre os camaradas do PCdoB.


Fora, assegurou – com muito custo – o próspero acúmulo de capital dos grandes empresários do setor petrolífero.

Essa ambiguidade de papéis, subproduto do aparelhamento partidário do Estado brasileiro, não poderia dar certo.

Conforme revelou ÉPOCA na capa de sua última edição, viraram regra a cobrança de propina e os achaques a empresários que precisam das canetadas dos burocratas da ANP.

A reportagem trouxe a público evidências fortes da corrupção na ANP, como cheques, e-mails, relatos de empresários extorquidos – e até um vídeo em que uma advogada que atua no ramo é achacada por dois assessores da ANP. Todo o material integra uma investigação sigilosa, iniciada pelo Ministério Público Federal no Rio de Janeiro.

No vídeo, gravado em maio de 2008, Antonio José Moreira, então procurador da ANP, e Daniel de Carvalho Lima, estagiário da agência, cobram R$ 40 mil da advogada Vanuza Sampaio para liberar o registro de um cliente dela, a distribuidora de combustíveis Petromarte.

Ambos dizem falar em nome do dirigente do PCdoB Edson Silva, então superintendente de Abastecimento e hoje assessor de Haroldo Lima.

Os dois assessores da ANP dizem no vídeo que o valor de R$ 40 mil foi estipulado por Edson Silva e que ele receberia R$ 25 mil do total.

Assim que a reportagem foi publicada, a direção da ANP, em vez de determinar a investigação dos fatos, esforçou-se por tentar desqualificar o caso.

A ANP chegou a anunciar que a advogada Vanuza foi interpelada judicialmente – e que ela teria negado qualquer acusação contra o comunista Edson Silva.

Não é verdade.

“Fui interpelada em razão de uma matéria que saiu na imprensa contra o senhor Edson Silva.

Apenas neguei que fosse fonte da referida matéria.

Nunca voltei atrás em nada”, disse a advogada Vanuza.


Ela, diante da repercussão do caso, aceitou falar a ÉPOCA na semana passada.

Vanuza esclareceu, sobretudo, o que já se suspeitava: os dois assessores da ANP disseram a ela que o dinheiro cobrado iria para o caixa do PCdoB (leia a entrevista) .

Não é por acaso que a ANP reagiu agressivamente às acusações: até a máquina publicitária da agência tem muitas afinidades com Haroldo Lima – e depende dele.

A Leiaute Propaganda, agência baiana contratada pelo baiano Haroldo Lima para comandar a publicidade da ANP, tem entre seus sócios amigos e camaradas do próprio Haroldo Lima.
 

Sidônio Palmeira e Liani Sena, dois dos donos da Leiaute, são filiados ao PCdoB, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral. Antônio do Carmo, até há pouco tempo diretor da Leiaute, integrou o PCdoB por 18 anos.

Os laços entre Sidônio Palmeira e Haroldo Lima são antigos: eles militaram juntos no movimento estudantil da Bahia.

Hoje, a ANP do comunista Haroldo Lima gasta R$ 7,7 milhões anuais com a empresa de Sidônio.

A mesma Leiaute prestou serviços nas últimas campanhas eleitorais do petista Jaques Wagner ao governo da Bahia, disputadas com o apoio do PCdoB.

(Hoje, a Leiaute também detém as contas publicitárias do governo da Bahia.)

Uma das sócias da Leiaute, Liani Sena, disse que nem ela nem Sidônio Palmeira são ou já foram filiados ao PCdoB, apesar das evidências em contrário.

Ela afirmou ainda que o contrato da agência com a ANP obedece a todas as exigências da lei. “Foi um processo de licitação legal do governo federal”, disse.

Procurada, a ANP, em resposta a perguntas enviadas pela reportagem de ÉPOCA, disse que o contrato com a Leiaute foi “auditado pelos órgãos de controle externo, que nunca registraram qualquer irregularidade na sua execução”.

"O tempo está acabando"



Obama faz apelo por acordo sobre teto da dívida americana

Obama disse que o governo americano está ficando sem tempo para chegar a um acordo



O presidente americano Barack Obama pediu, neste sábado, que os líderes democratas e republicanos cheguem rapidamente a um acordo para impedir que o governo fique sem dinheiro para pagar suas dívidas.

Em seu pronunciamento semanal no rádio, Obama reafirmou que qualquer solução para evitar uma moratória deverá ser bipartidária e disse que "o tempo está acabando".

Impasse nos EUA

"Precisamos chegar a um acordo até a terça-feira, para que nosso país consiga pagar suas contas a tempo. Se não fizermos isso, podemos perder, pela primeira vez, a nossa nota de crédito AAA, não porque não tivemos a capacidade de pagar nossas contas. Nós temos. Mas porque não temos um sistema político de nota AAA para fazer isso."


O Congresso americano enfrenta um racha partidário envolvendo o aumento do teto da dívida pública dos EUA e cortes orçamentários.

Caso o impasse do teto da dívida não seja resolvido até 2 de agosto, os EUA não terão como cumprir com todas as suas obrigações financeiras, o que pode forçar uma moratória com prováveis impactos na economia mundial.

Organização

Na última sexta-feira, o Senado, de maioria democrata, rejeitou um projeto que havia acabado de ser aprovado na Câmara dos Representantes (deputados federais), de maioria republicana.

O plano, proposto pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, e aprovado por 218 votos a 210 na Casa, previa a elevação do teto da dívida dos EUA – atualmente em US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões) – em US$ 900 bilhões, o que permitiria o pagamento de dívidas por mais alguns meses, além de cortes orçamentários estimados em US$ 917 bilhões e mudanças constitucionais para tentar equilibrar o orçamento.

O presidente pediu que o Congresso se organize para chegar a uma solução para o problema

Mas os democratas dizem que o projeto forçaria o Congresso a votar em uma nova extensão do teto da dívida daqui a alguns meses – em meio à corrida eleitoral presidencial de 2012 –, em uma repetição das desgastantes discussões partidárias em curso atualmente.

O Senado e a Casa Branca tentam votar um projeto que aumenta mais o teto da dívida – em US$ 2,5 trilhões – e que promove cortes orçamentários de US$ 2,2 trilhões.

Durante seu pronunciamento, Obama citou o e-mail que recebeu de uma dona de casa pedindo que o Congresso americano se organize.

"'Eu mantenho minha casa limpa', escreveu Kelly.

'Eu trabalho duro em um emprego de período integral e dou a meus pais todo o dinheiro que posso para que eles comprem seus remédios.

Eu pago minhas contas e sou uma pessoa responsável.

Eu mantenho minha casa em ordem e só estou pedindo que vocês façam o mesmo com a sua'",
disse Obama.

 30 de julho, 2011

O ''PAC'' que funciona



O sistema de vale-tudo nas relações
entre a burocracia do Executivo, parlamentares e as empresas que conhecem o caminho das pedras
para fazer negócios com a área federal engendrou no governo Lula um outro "PAC", mais bem-sucedido do que o original


Seria o Programa de Aceleração da Corrupção


O Estado de S.Paulo

 Diga-se desde logo que conluios entre servidores venais, políticos de mãos sujas e negociantes desonestos não são uma exclusividade nacional e tampouco surgiram sob o lulismo.

Mas tudo indica que a roubalheira na escolha dos fornecedores de bens e prestadores de serviços ao Estado brasileiro e nos contratos que os privilegiaram alcançou amplitude nunca antes atingida na história deste país nos governos petistas, e não apenas em função do patamar de gastos públicos.

Mais decisivo para o resultado estarrecedor a que se chegou foi o perverso exemplo de cima para baixo.

No regime do mensalão e das relações calorosas entre o presidente da República e a escória da política empoleirada em posições-chave no Parlamento, corruptores e corruptíveis em potencial se sentiram incentivados a assaltar o erário com a desenvoltura dos que nada têm a perder e tudo a ganhar.


Nos últimos 30 dias, as histórias escabrosas trazidas à tona pelos escândalos revelados no Ministério dos Transportes tiveram o impacto de uma bomba de fragmentação que lançasse estilhaços em todas as direções da capital do País.

Mas elas parecem apenas uma amostra do que vinha (e decerto ainda vem) se passando na máquina federal.

Ao passar o pente-fino em 142 mil licitações e contratos do governo assinados entre 2006 e 2010, referentes a obras e serviços no valor de R$ 104 bilhões, o Tribunal de Contas da União (TCU) topou com escabrosidades que caracterizam um padrão consolidado de delinquência, evidenciado em praticamente todos os aspectos de cada empreendimento (pág. A-4 do Estado de sexta-feira).

As licitações se transformaram no proverbial jogo de cartas marcadas.

Não apenas o governo fechava negócios com firmas cujos sócios eram servidores públicos aninhados no próprio órgão que encomendava a empreitada, mas em um dos casos esses funcionários integravam a comissão de licitação que acabaria por dar preferência às suas respectivas empresas.
Licitações eram dispensadas sem a apresentação de justa causa. Só uma empresa interessada ganhou 12 mil licitações; desistiu de todas para favorecer "concorrentes" que haviam apresentado lances mais altos. Duas ou mais empresas com os mesmos sócios participaram de 16 mil disputas.

Cerca de 1.500 contratos foram assinados com empresas inidôneas ou condenadas por improbidade.

Aditivos da ordem de 125% sobre o valor original - o limite legal é de 25% - engordaram 9.400 contratos.

As irregularidades, que somam mais de 100 mil, "estão disseminadas entre todos os gestores", concluiu o relatório de 70 páginas da mega-auditoria realizada pelo tribunal de abril a setembro do ano passado.

Lamentavelmente, o tribunal manteve em sigilo - salvo para as Mesas da Câmara e do Senado, e o Ministério Público Eleitoral - a relação de parlamentares sócios de empresas contratadas pelo governo.

A participação dos políticos nesses negócios ajuda a fomentar a corrupção, em razão dos seus íntimos entrelaçamentos com os centros de decisão no aparato administrativo.

Além disso, a Constituição proíbe explicitamente que empresas que tenham parlamentares entre os seus sócios sejam contratadas pelo governo. Para contornar essa barreira, os políticos costumam deixar a gestão direta de suas firmas.

Em pelo menos um caso, porém, o mandatário não se pejou de assinar ele próprio o contrato com uma repartição pública.

Quanto aos políticos citados no relatório, só dois nomes são conhecidos, graças ao trabalho de reportagem do Estado. São o senador e ex-ministro das Comunicações (afastado por suspeita de ilícitos) Eunício Oliveira e o notório deputado Paulo Maluf.

Uma empresa do primeiro venceu uma licitação fraudada de R$ 300 milhões na Petrobrás.

Uma empresa do segundo alugou um imóvel para o governo por R$ 1,3 milhão ao ano.

Com "dispensa de licitação".

Vamos aguardar a divulgação da lista em poder dos membros das mesas do Senado e da Câmara dos Deputados.


30 de julho de 2011


Onde estão as passeatas?


Para iniciar uma manifestação, basta uma fila inicial de 4 ou 5 pessoas com os braços dados e não ter medo de gritar nossa revolta



Eva Tudor, Tonia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Benguel abrem uma passeata contra a censura, no longínquo ano de 1968.
A foto é do Ziraldo.

Cenas como essa existem aos montes na internet, mostrando comícios, piquetes, brigas com a polícia, enfim, manifestações populares em uma época que era preciso ter muito cuidado e pensar o mais silenciosamente possível.

Hoje, mais de quarenta anos depois, podemos nos reunir à vontade e temos, inclusive, leis garantindo nosso direito de protestar. Ao contrário daqueles anos perdidos, pensar é um bem sagrado.

E no entanto nos calamos, vergonhosamente, diante de todos os desmandos que afligem nosso dia a dia.

Um menino é brutalizado nas ruas do Rio e temos que ouvir dois presidentes, o da República e o do STF declarar que o “mal está feito”, “não podemos agir ao calor das emoções”!

Uma menina de 13 anos leva uma bala perdida na coluna, que vai lhe deixar sequelas para o resto da vida.

Três franceses são torturados e trucidados por orientação de um ex-menor de rua, que foi por eles abrigado por mais de 10 anos.

É a completa banalização da vida humana!


Políticos mensaleiros, sanguessugas, indiciados pela justiça, corruptos e canalhas de todos os matizes que não tem pudor de subir à tribuna daquela que deveria ser a Casa do Povo, para nos envergonhar com a sua impunidade.
 

Fico espantado, porque era jovem em 1968 e acreditava que aquelas mobilizações, algumas ingênuas até, poderiam nos conduzir a um futuro melhor.

Que engano…

Conseguimos a liberdade e não nos mobilizamos mais, não reclamamos, não nos indignamos. Aceitamos passivamente todo o tipo de barbaridades e nos conformamos em ser meros espectadores, cúmplices de facínoras assassinos e corruptos contumazes.

E o mais triste, esperando a nossa vez de ir para o abatedouro…

Não precisamos nem queremos mais líderes ou políticos pra nos conduzir, isso é bobagem, já bastam os que estão no Congresso.

Enquanto ficarmos quietos, esses bandidos continuarão com suas quadrilhas e muitos satisfeitos com o povo brasileiro.

Para iniciar uma manifestação, basta uma fila inicial de 4 ou 5 pessoas com os braços dados e não ter medo de gritar nossa revolta.
Afinal, para ter esse Brasil que tanta gente deu a vida?

*****

Esta crônica foi publicada no meu antigo Blog do Cejunior, no começo do ano de 2007.

Estou trazendo para cá porque, guardadas as proporções, o friburguense continua anestesiado com a tragédia ambiental que destruiu nossa cidade e não tem mostrado nenhuma reação ao pouco caso com que a cidade está sendo tratada.

Cinco meses já se passaram e nada foi feito, a não ser muito blá-blá-blá, visitas de autoridades prá cá e prá lá, discursos e reuniões inócuas.

Enquanto isso, assistimos o loteamento político da cidade e torcemos para que as chuvas do verão de 2012 não sejam tão fortes.

Lamentável.

Lula tenta convencer Dilma a acalmar PR





Diante das ameaças do PR, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a atuar para tentar convencer a presidente Dilma Rousseff a procurar os "magoados" do partido e evitar que a crise no Ministério dos Transportes atinja outras legendas

FOLHA

DE SÃO PAULO

informa reportagem de Catia Seabra e Ana Flor, publicada na edição deste sábado da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Há duas semanas, Lula disse a aliados que, mesmo preocupado, não pretendia se intrometer no caso para evitar a imagem de tutor.

Mas os recados enviados pela sigla, especialmente por emissários do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), o fizeram mudar de ideia.

Na sexta-feira (29), os dois se encontraram na inauguração da Embaixada da Argentina, em Brasília. Chegaram a agendar uma conversa, mas Lula teve que voltar a São Paulo.

Em conversa com petistas, o ex-presidente tem defendido que Dilma procure o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM) e o senador Blairo Maggi (PR-MT) --além de acenar para o PR paulista, controlado por Valdemar.

Leia mais na Folha
.

30/07/2011

"Bora andar de bicicleta?" Amanhã os cariocas vão pedalar contra a corrupção.







Do Blog do Sindicontas:


“Bora andar de bicicleta?”


Está tem sido nossa chamada no Twitter.

É, a frase da nossa campanha.

Mas o que estamos pretendendo?

Quem somos nós?

E o que é este movimento #corrupçãonão?

Bem, nós somos do SINDICONTAS que é uns dos sindicatos fundados no Tribunal de Contas do Rio de Janeiro – TCE, você conhece o TCE?

Não, não faz mal, pouca gente conhece.

Basicamente o que fazermos é fiscalizar como é gasto o dinheiro público, é mais ou menos isso...

Amanhã(domingo), dia 31 de julho, no Aterro do Flamengo, Monumento a Estácio de Sá, a partir da 8:00hs, estaremos te esperando.


Não vamos precisar a hora da partida, porque nem é tão controlada assim, nossa idéia é juntar um pouco de gente e ir.

Não haverá discursos, nem nada disso, vamos apenas passear de bicicleta.

Venha com a gente. "


Leia mais aqui
e, se no Rio ou do Rio, participe.

E dê uma pedalada na corrupção.

Se você é blogueiro, repercuta este post no seu espaço e nas redes sociais.

"Bora" ajudar o pessoal do Sindicontas!


30 de julho de 2011

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Foto do Ano


JÁ PENSOU ALGUÉM GRITAR...


"POLÍCIAAAAA"...

"Pega Ladrão!!!"...?


só ficava o Itamar !



Enviada por e-mail de Diana Valverde

TCU identifica conluios de empresas de políticos e de servidores em licitações




Auditoria em mais de 142 mil contratos revela que funcionários públicos sócios de empresas contratadas integraram comissões de licitação


Rosa Costa
O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Em matéria de negócios públicos, não são só os parlamentares que dão o mau exemplo e burlam a Constituição. A superauditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 142.524 contratos do governo federal assinados entre 2006 e 2010 mostra que as licitações viraram um jogo de cartas marcadas.

A ponto de o TCU ter achado casos em que o governo contratou empresas que têm como sócios os servidores públicos do órgão que fez a licitação.



Pablo Valadares/AE-25/6/2010
Sede do Tribunal de Contas da União em Brasília
Mais que isso: em meio a licitações de obras e serviços no valor de R$ 104 bilhões, o tribunal encontrou funcionários públicos que além de serem sócios de empresas que fizeram negócios com a União participaram da comissão de licitação que fez a contratação da própria empresa.

Diante desse descalabro, a auditoria do TCU concluiu que "as irregularidades estão disseminadas entre todos os gestores".

A auditoria foi feita entre abril e setembro do ano passado no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) e no Comprasnet, principais instrumentos de gerenciamento de todas as licitações e compras do governo federal.

O relatório do TCU menciona, por exemplo, uma licitação ocorrida no 59.º Batalhão de Infantaria Motorizado do Comando do Exército, localizado em Maceió.

Dos sete participantes, três possuíam sócio em comum.

O administrador de uma das empresas era sócio administrador de outras duas.

Vício generalizado

As fraudes são tantas, tão explícitas, que o TCU alerta para o fato de que outros órgãos públicos, fora do Siasg e do Comprasnet, "acabaram herdando seus vícios".

A auditoria produziu uma lista sigilosa, enviada à Câmara, ao Senado e ao Ministério Público Eleitoral, com nomes de todos os parlamentares que são sócios proprietários de empresas que têm contratos com o governo - o que vedado pela Constituição.

De acordo com o artigo 54, deputados e senadores não podem firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público e ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada.

Apesar da clareza do artigo, o governo aceita esses negócios desde que o parlamentar se licencie e se afaste da administração cotidiana da empresa.

Digital

Os auditores do TCU citam um caso emblemático: um parlamentar "assinou pessoalmente o contrato (do negócio com o governo) durante o exercício do mandato".

O Estado mostrou em reportagens recentes que os nomes do deputado Paulo Maluf (PP-SP) e do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) estão no documento entregue pelo TCU à Câmara.

Uma empresa de Maluf, a Maritrad Comercial, recebe cerca de R$ 1,3 milhão ao ano do governo federal pelo aluguel do prédio onde funciona a sede da Procuradoria da Fazenda Nacional, em São Paulo. O contrato foi celebrado com "dispensa de licitação".

Empresas de Eunício Oliveira mantêm contratos milionários com a União. A Manchester Serviços Ltda. venceu uma licitação fraudada no valor de R$ 300 milhões na Petrobrás.

A lista com os nomes dos parlamentares não foi divulgada até hoje, apesar de o relatório do TCU ter ficado pronto há duas semanas.

Os nomes foram para um anexo classificado como sigiloso e entregue ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP).


Apesar de o TCU não ter quantificado o custo das fraudes para o Erário, o relatório de 70 páginas mostra que os auditores chegaram a detectar casos de "graves indícios de irregularidades", o que obrigou o tribunal a abrir 13 representações.

No total, foram identificados 100 mil indícios de irregularidades.

A Câmara informa que tratará da auditoria TCU na próxima semana, no reinício dos trabalhos do Legislativo.

O Senado diz que não recebeu a documentação.

O relatório do ministro Valmir Campelo foi aprovado pelo tribunal no início deste mês.

O Ministério do Planejamento alegou que não poderia se manifestar sobre a auditoria pois não foi, ainda, oficialmente comunicado do resultado.

Sete ministérios foram alertados pelo TCU sobre o número elevado de irregularidades, entre eles o dos Transportes, do Turismo e da Cultura.

Os auditores apontam reiteradas vezes a "inconsistência" de informações fornecidas pelos órgãos públicos, "que prejudicam não só o planejamento e a gestão das contratações públicas".
28 de julho de 2011

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O campeonato da insensatez



MSM
Melhor faria nosso ministro se cuidasse melhor das contas do governo brasileiro, que mostram vergonhosa maquiagem via Petrossauro e BNDES.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, entre uma e outra demonstração de que a teoria econômica que povoa sua cabeça parece ser, com o decorrer do tempo, como os rabos dos cavalos - cresce para baixo! - se declarou "apreensivo" pelo rumo que as negociações para a elevação do teto da dívida pública do governo dos Estados Unidos estão tomando.
Disse ainda esperar "sensatez" na solução, chamando de "marcha da insensatez" o processo nos EUA.

Vejam só a que ponto de incongruência chega nosso ministro: "Eu torço para que eles resolvam essa situação. Seria ruim para o mundo todo um default (dos EUA). O governo (norte-americano) não terá como pagar as dívidas, os serviços públicos, nem os investimentos
.
Leia mais.

Artigos - Economia


28 Julho 2011


Quem aí lê norueguês?




Por Olavo de Carvalho
Mídia Sem Máscara

Artigos - Movimento Revolucionário

Que a imprensa norueguesa, em contraste, informasse ser Breivik um membro do Partido Nazista, não mudou em nada a firme decisão geral de pintar o criminoso como um cristão sionista.

Afinal, quem lê norueguês?


A mídia iluminada está em festa: no meio de milhares de atentados mortíferos praticados por gente de esquerda, conseguiu descobrir o total de um (1, hum) terrorista ao qual pode dar, sem muita inexatidão aparente, o qualificativo de "extremista de direita".

O entusiasmo com que alardeia a presumida identidade ideológica do norueguês Anders Behring Breivik contrasta da maneira mais flagrante com a discrição cuidadosa com que o qualificativo de "extremista de esquerda" é evitado em praticamente todos os demais casos.

Mais recentemente, até a palavra "terrorista" vinha sendo banida nos chamados "grandes jornais" do Ocidente, acusada do pecado de hate speech, até que o advento de Breivik lhe deu a chance de um reingresso oportuno e - previsivelmente - momentâneo.

Antes disso, tamanho era o desespero da esquerda mundial ante a escassez de terroristas no campo adversário, que não lhe restava senão inventar alguns, como o recém-libertado Alejandro Peña Esclusa, que nunca matou um mosquito, ou espremer até doses subatômicas o limão do "neonazismo" - ocultando, é claro, o detalhe de que os movimentos dessa natureza surgiram como puras operações de despistamento criadas pela KGB (prometo voltar a escrever sobre isso).

Breivik saciou uma sede de décadas, fornecendo aos controladores da informação universal o pretexto para dar um arremedo de credibilidade ao slogan matematicamente insustentável de que a truculência homicida é coisa da direita, não da esquerda.


Aos que sejam demasiado tímidos para fazer coro com a difamação explícita, os atentados de Oslo fornecem a ocasião para que essas sublimes criaturas exibam mais uma vez sua neutralidade superior, alegando que "toda violência é igualmente condenável", que "todos os extremismos são igualmente ruins" e estabelecendo assim, para alívio e gáudio dos campeões absolutos de violência assassina e definitiva humilhação da aritmética elementar, a equivalência quantitativa entre um e mil, um e dez mil, um e cem mil.

Isso já se tornou quase obrigatório entre as pessoas elegantes.

Se quando terroristas são de esquerda qualquer menção a seus motivos ideológicos é suprimida, camuflada sob diferentes denominações ou até invertida, mediante insinuações de direitismo - cujo desmascaramento posterior não obtém jamais a menor repercussão na mídia), no caso de Breivik os profissionais da farsa não se contentaram com a mera rotulação: forneceram, do dia para a noite, um perfil ideológico completo, detalhado, definindo o sujeito como uma espécie de Jerry Falwell ou Pat Robertson, e aproveitando a ocasião, é claro, para sugerir que as ideias do Tea Party, desde o outro lado do oceano, haviam movido a mão do assassino.

Que a imprensa norueguesa, em contraste, informasse ser Breivik um membro do Partido Nazista, não mudou em nada a firme decisão geral de pintar o criminoso como um cristão sionista.

Afinal, quem lê norueguês?

Meu amigo Don Hank, do site Laigles Fórum, lê, como lê também não sei quantas outras línguas - e me repassa notícias de primeira mão que o resto da humanidade desconhece.

Não deixar-se enganar, nos dias que correm, exige cada vez mais recursos de erudição inacessíveis à massa dos leitores.

A elite farsante não se incomoda de que dois ou três estudiosos conheçam a verdade e a proclamem com vozes inaudíveis: ela sabe que a própria massa ficará contra nós, curvando-se à autoridade universal do engodo e chamando-nos de "teóricos da conspiração".

Que Breivik fosse ostensivamente maluco é outro detalhe que não atenua em nada o desejo incontido de explicar o seu crime por um intuito político real e literal.

Lembram-se de Lee Harvey Osvald?

Leves sinais de neurose bastaram para que o establishment e a mídia em peso isentassem o assassino de John Kennedy de qualquer suspeita de intenção política, embora o indivíduo fosse um comunista militante e tivesse contatos nos serviços secretos da URSS e de Cuba, de onde acabara de voltar.

Embora Breivik tenha uma conduta ostensivamente psicótica e não haja o menor sinal de contato entre ele e qualquer organização conservadora ou sionista dos EUA, o diagnóstico vem pronto e infalível: um sujeito ser cristão, sionista ou, pior ainda, ambas as coisas, é um perigo para a espécie humana, uma promessa de crimes hediondos em escala epidêmica.
A pressa obscena com que se associa o crime de Breivik ao seu alegado cristianismo também não é refreada pela lembrança de que a mesma associação se fez persistentemente, universalmente, no caso de Timothy McVeigh, autor dos atentados de Oklahoma em 1995, até que veio, tardiamente como sempre, a prova de que o criminoso era muçulmano e ligado a organizações terroristas islâmicas.

Veremos quanto tempo transcorrerá até que a pesquisa histórica erga um sussurro de protesto contra o vozerio unânime da mídia internacional. Fundados na certeza da ignorância popular que jamais poderá desmascará-los, alguns dos diagnosticadores de cristianismo assassino vão até mais longe, deleitando-se em análises profundíssimas segundo as quais a coisa mais danosa e mortífera do mundo, inspiradora dos atentados em Oslo, é a ideia reacionária de combater o "marxismo cultural" - rótulo infamante inventado pela direita para sugerir (oh!, quão difamatoriamente!) que os filósofos da Escola de Frankfurt tinham a intenção de destruir a civilização do Ocidente.

Na verdade essa intenção foi proclamada aos quatro ventos pelo próprio fundador da escola, o filósofo húngaro Georg Lukács, mas, como parece que não pegou bem, não custa atribuí-la aos seus inimigos.

Pior ainda: escrevendo num site chamado Crooks and Liars (que só posso atribuir à modéstia de seus editores), o articulista David Newett, ecoando aliás mil comentários no mesmo sentido, publicados cinco minutos após a notícia do atentado, informa que o combate ao marxismo cultural é inspirado por abjetos preconceitos antissemitas, e dá como prova disso o fato de William S. Lind, que se destacou nesse combate, ter informado em uma conferência que todos os membros-fundadores da Escola de Frankfurt eram judeus de origem - coisa que eles eram mesmo, como aliás o próprio Karl Marx, e daí?

A implicação do raciocínio não escapará aos leitores mais atentos: Anders Breivik, além de ter matado dezenas de não-muçulmanos por ódio ao Islam, foi também movido por sentimentos pró-judaicos antissemitas.

Não entenderam nada?

Não é mesmo para entender.

Já expliquei mil vezes que a técnica da difamação exige atacar a vítima por vários lados, sob pretextos mutuamente contraditórios, para confundir e paralisar a defesa, obrigando-a a combater em dois ou mais fronts ao mesmo tempo e a usar de uma argumentação complexa, com aparência sofística, incapaz de fazer face à força maciça da acusação irracional.


Se alguma dúvida resta na mente dos leitores quanto à realidade da hegemonia revolucionária no mundo, objeto de meus últimos artigos, a uniformidade do noticiário sobre Anders Behring Breivik lhes dá uma amostra de que, mais uma vez, não estou tão louco quanto pareço.

 27 Julho 2011


A QUESTÃO DO CÂMBIO



 E O PODER PÚBLICO MAIS HIPÓCRITA DO PLANETA

Quem aceita conviver com comunistas corruptos disfarçados de porcos fascistas um dia vai provar o sabor de sua própria autodestruição.


Por Geraldo Almendra


As ações do desgoverno petista para evitar a queda do dólar escancaram, de um lado, a hipocrisia de um Estado moralmente falido e, de outro, a passividade dos contribuintes – pessoas físicas ou jurídicas - feitos de idiotas e palhaços do Circo do Retirante Pinóquio, assim como a covardia de uma sociedade de esclarecidos canalhas, cada vez mais canalhas, próximos do estado da arte da podridão de suas almas.

Essa gente sórdida fica olhando para o país ser destruído por sucessivos desgovernos, preservando apenas para seus umbigos corruptos ou sonegadores - sendo o “ou” no sentido inclusivo - uma insana e estúpida busca de oportunidades da prática do simples ou puro ilícito, ou na exploração da degeneração moral do país, na busca de oportunidades para tirar a maior vantagem possível da destruição do futuro de seus próprios filhos e de suas famílias.

Para o mundo empresarial o lucro já tem formalizados as seguintes bases de formação:

- sonegação,

- corrupção,

- superfaturamento em comum acordo com canalhas do poder público,

- concorrências fraudulentas ao custo de propinas,

- empréstimos subsidiados pelo suborno do BNDES,

- lobbies imorais nas relações público-privadas e,

- por último, e cada vez menos importante, sua “competência” em uma eficiência empresarial na formação de preços com margens que suportem as naturais variações dos fatores exógenos em relação ao mérito de suas habilidades como gestores empresariais, que deveriam influenciar os resultados de suas atividades industriais ou comerciais sem depender da relação prostituída que mantêm com o poder público.


A matriz tributária empresarial do país não é fundamentada na tributação dos excessos da renda individual dos ricos, dos acionistas ou do lucro empresarial, que deveriam respeitar limites socialmente aceitáveis, mesmo em um teórico regime capitalista - que não seja essa canalhice genocida de capitalismo neoliberal, que nada mais faz do que explorar bilhões de habitantes do planeta para satisfazer a ambição desmedida de algumas centenas de exploradores no mundo da felicidade dos mais ricos.

É inaceitável, covarde e lesa pátria a postura omissa de empresários que são submetidos aos efeitos de uma matriz de custos gerados com um peso inaceitável da extorsão tributária praticada pelo poder público, que tem o perverso efeito de levar à falência mais de 65 % dos empreendimentos comerciais e empresarias depois de dois anos do início de suas atividades e de mais de 90 % depois de 5 anos.

Quem se mantém vivo é porque aprendeu a sonegar ou corromper ou ser corrompido por fiscais.

Uma das consequências mais graves desse cenário é a crescente formação de monopólios e oligopólios com mais condições de sobrevida no ambiente econômico interno e externo com a contrapartida de queimar as oportunidades de geração de renda e emprego por novas empresas em um natural ciclo de criação e desenvolvimento de seus negócios.

A extorsão tributária das pessoas físicas e jurídicas e a maior taxa de juros do mundo para atrair investimentos estão conduzindo o país para um único caminho: o da desgraça social em que os exploradores – o Estado corrupto e prevaricador e os empresários cúmplices – vão acabar perdendo suas fontes imorais de sobrevivência originadas no poder público mais corrupto da história do país, que um dia não vai ter mais como pagar suas contas.

Os empresários aceitam passivamente a extrema dependência de suas competitividades comerciais em função da variação da relação real/dólar - pois suas margens não conseguem ter um nível de segurança para as consequências das desvantagens competitivas no mercado internacional, pensando apenas em aproveitar as vantagens de um sistema empresarial e financeiro que enriquecem cada vez mais banqueiros e empobrece cada vez mais os cidadãos que trabalham mais de cinco meses por ano para sustentar toda essa patifaria “econômica”, sem que na sua condição de contribuintes sejam tratados com um mínimo de dignidade pelo poder público.

Dá nojo ver um canalha engravatado diplomado na arte de mentir e de ser hipócrita vir a público para explicar “a competência do desgoverno para evitar a degeneração da capacidade competitiva das empresas”.

Ao mesmo tempo esses patifes pactuam com a manutenção de um poder público que pratica a maior extorsão tributária do planeta e que não justifica mais sua existência por ter se tornado um covil de bandidos a serviço de oligarquias e burguesias de canalhas ou simplesmente bandidos e ladrões.

Não existe uma resposta racional que explique porque essa gente sórdida não foi ainda colocada em um paredão de fuzilamento pelo genocídio que têm causado nas massas dos menos favorecidos a partir do momento que o país foi entregue aos civis, o que redundou, para nossa tristeza, em uma vergonhosa fraude da Abertura Democrática.

Melhor dizendo existe uma resposta: o Brasil é um país de omissos e covardes, que se tornam valentões ou “combatentes” apenas em brigas de torcida, de rua, em bailes ou boates, e em brigas de trânsito, muitas vezes assassinando impunimente pessoas pelos motivos mais torpes.

Enquanto o país vem se tornando altamente competitivo na formação de patrimônios bilionários individuais, e de uma sórdida burguesia público-privada com muito poder e nadando em dinheiro de caixa 1 ou 2, uma sociedade apalermada testemunha as mortes diárias de mais de 150 cidadãos por dia por responsabilidade direta de um Estado irresponsável, covarde, prevaricador, corrupto e inconsequente.

Por que os empresários não vendidos – e os vendidos, mas arrependidos - não se unem com o objetivo de gritarem para a sociedade que a responsabilidade da sensibilidade da competitividade empresarial para qualquer variação da desvalorização do dólar no país é do próprio governo, que instituiu no país uma extrema extorsão tributária contra as empresas, assim como uma incontrolável degeneração moral nas relações público-privadas como fundamento de atuação na sua insana e demoníaca luta do poder pelo poder?

Todos esses cúmplices diretos e indiretos sabem reconhecer o cenário de degradação econômica em função da questão do preço da moeda americana no país como uma responsabilidade direta de um poder público que pratica uma avassaladora extorsão tributária nas pessoas jurídicas e físicas, sem que o retorno para essa sacanagem reverta minimamente para a sociedade em termos de investimentos estruturais como geradores de renda e empregos sustentáveis e, principalmente, em termos da garantia de adequados serviços de saúde, educação, cultura, segurança e saneamento.

É uma vergonha ou uma sacanagem ouvir qualificados portadores de diplomas de economia e finanças fazerem coro com esse desgoverno calhorda para justificar nossos problemas econômicos presentes unicamente como consequência das vantagens ou desvantagens competitivas das nossas transações comerciais internacionais que estão “atrelados” ao valor da moeda americana.

O fim de todos é previsível: vão acabar também afogados no poço ensanguentado da degeneração moral que está cada vez mais esgarçando os últimos elos sociais que ainda evitam uma revolta incontrolável; uma revolta que somente não acontece como consequência direta de uma mutação de posturas lesa-pátria de comandantes das Forças Armadas que, advindos de uma herança de combatentes do comunismo genocida, se mostram como traidores da Constituição e cúmplices, por covardia ou omissão, de um poder público infestado de covis de bandidos.

O problema do Brasil não é de competência acadêmica ou empresarial e sim da falta da vergonha na cara, da corrupção, do suborno, da prevaricação, e da absurda passividade e covardia de uma sociedade de cidadãos comuns e canalhas esclarecidos que testemunham o futuro dos seus filhos e de suas famílias ser destruído sem esboçar qualquer reação relevante para fazer da Abertura Democrática um caminho para a honestidade, para a dignidade, para a ética e para a moralidade das relações público-privadas.

Quem aceita conviver com comunistas corruptos disfarçados de porcos fascistas um dia vai provar o sabor de sua própria autodestruição.
28/07/2011

Lula tem uma concepção fascista de imprensa



O Apedeuta continua a praticar o seu esporte predileto, que é brutalizar a lógica, o bom senso e a verdade.
E, como se nota, está mais assanhado que lambari na sanga.

Leiam o que informa a Folha Online.

Volto em seguida:

Lula critica imprensa e defende gastos em publicidade
Por Italo Nogueira:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, na manhã desta quinta-feira, o gasto em publicidade dos governos para divulgar melhorias no serviço público. Para ele, que visitou o hospital de traumatologia Dona Lindu, em Paraíba dos Sul (RJ), “o que é ruim tem preferência no noticiário”.

“Vocês têm a obrigação política com o povo do Rio e com quem não mora aqui de dizer o que estão fazendo aqui. Acho que isso é uma falta de opção nossa. Tem muita gente que fala: ‘Ah, você vai gastar dinheiro com publicidade?’ Enquanto você não gasta para fazer publicidade das coisas boas, gasta para fazer nota reexplicando aquilo que foi equivocadamente denunciado”, disse Lula, a uma pequena audiência no auditório do hospital.

Lula visitou a unidade, inaugurado em junho de 2010 que recebe o nome de sua mãe, Eurídice Ferreira de Mello, morta em 1980. De acordo com o governo do Estado, o hospital se tornou referencia em cirurgias ortopédicas em média e alta complexidade e é o que mais realiza cirurgias deste tipo na rede estadual. “Normalmente o que é ruim tem preferência no noticiário sobre o que é bom. Raramente você vê uma reportagem elogiando um hospital. O que é bom parte-se do pressuposto que é obrigação. Um hospital salvar vidas não é notícia, mas se morrer um é”, disse Lula. O ex-presidente disse que a publicidade institucional “não é dizer que está tudo pronto”.

“Sabemos que ainda tem fila. Mas, se o que melhorou, a gente não colocar para o povo saber, o povo vai ficar sabendo apenas aquilo que os outros querem que eles saibam. Tem muita coisa errada, mas [tem que] mostrar o que foi feito. Numa escada de 16 degraus, vocês chegaram a 8, 9. Tem que mostrar. A gente aprendeu com Chacrinha há muito tempo atrás: ‘Quem não se comunica, se trumbica’”.

Ao final da fala, Lula cobrou o secretário estadual Sérgio Côrtes a inauguração da nova sede do Into (Instituto de Traumatologia), cuja obra está atrasada. “Desde o Humberto Costa (ex-ministro da Saúde) a gente está esperando”, queixou-se Lula. Côrtes disse que o ministro Alexandre Padilha está definindo a data com presidente Dilma. Durante a apresentação, Côrtes mostrou casos de pessoas amputadas que tiveram membros reimplantados no hospital. Uma das fotos mostrava uma pessoa sem dedo, situação semelhante à ocorrida com o ex-presidente quando metalúrgico. A imagem provocou frisson no auditório. Lula não se referiu ao episódio, mas disse que levaria um de seus filhos, de 40 anos, que sofre com próteses nos quadris.

Voltei

A primeira pergunta óbvia: o que este senhor fazia lá? É visível que Lula está ocupando o espaço político que caberia à presidente Dilma Rousseff. Leva cada vez mais a sério aquela sua frase, dita durante a campanha, segundo a qual quem escolhesse “Dilma” estaria votando em “Lula”.

Vamos ao mérito de sua consideração.

Lula tem uma visão da imprensa típica de regimes fascistas e comunistas.

Sua tarefa, como se nota, seria fazer propaganda do regime.

Como não dispõe do porrete para obrigá-la a tanto, então que os cofres públicos arquem com mais conseqüências.


Está explicitando um método.

De propaganda em propaganda, construiu-se sua fortuna crítica, muito acima das suas realizações.

Pior do que isso: conseguiu, com seu enorme talento para difamar, expropriar os adversários de seus méritos.


E não acusem Lula de defender a propaganda de obras que ainda nem foram concluídas porque ele não vê mal nenhum nisso; ao contrário: para ele, trata-se de um mérito.
28/07/2011

O que eu penso do petismo


"Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perigo de derrota;

para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou para a derrota serão iguais;

aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio, será derrotado em todas as batalhas".
Sun Tzu




Eu e o amigo André Henrique, autor do excelente blog
Via Política temos debatido a exaustão no MSN o atual estágio em que o Brasil se encontra. Discutimos desde a bundãozice nojenta da "oposição" oficial, explicada por seu absoluto alinhamento ideológico com o governo petista, até a tal da nova direita, ou nova oposição, que se encastela principalmente em grupos no Twitter e no Facebook.

Neste texto vou ficar na tal da nova direita ou nova oposição, como prefiram. Da "oposição" oficial não espero absolutamente nada. Por isso vou tratar do caldo cultural da onde imagino possa sair algo que preste.


Grosso modo, estes "militantes" virtuais dividem-se em duas categorias:


1) Rebelde sem causa. Odeia os petistas, que chama o tempo inteiro de petralhas, ataca-os o tempo inteiro, xinga até a 5ª geração da mãe da Dilma e não passa disso. Geralmente estão entre a classe média e a média alta. Não raras vezes transpiram preconceito. Nas eleições apóiam o PSDB de maneira tão entusiasmada que quem vê juraria que um abismo ideológico separa o PT do PSDB. O mundo deles é dividido entre os petralhas e o PSDB. Diria que são os piores e os que mais impedem a formação de um grupo político (não necessariamente partidário, deixo claro) minimamente coeso de resistência a atual hegemonia esquerdista.


2) O grupo do "não há mais salvação". Este grupo já leu e estudou um pouquinho mais do que o primeiro. Consegue fazer o diagnóstico correto da situação. Percebe a hegemonia esquerdista e a absoluta homogeneidade ideológica entre PT e PSDB. O problema deste grupo é o fatalismo. Para os seus integrantes, nada mais pode ser feito. Tá tudo perdido e o certo mesmo era arrumar as malas e ir embora do Brasil. Política, para eles, é um bicho de sete cabeças. Algo que assusta e que por isso mesmo eles não tem a menor vontade de praticar.


Um traço central une os dois: um ódio beirando a cegueira daquilo que eles chamam de petralhas. O ódio é tão grande, mas tão grande, que nunca, jamais, em hipótese alguma, ouse se referir de maneira positiva ao petismo (ou aos petralhas, como eles preferem). E isso vale até mesmo para análises. Nunca diagnostique que o governo Lula foi um sucesso político. Não interessa que ele tenha sido reeleito e feito a sucessora. Constatar o óbvio é crime punível até mesmo com a fogueira.


Falei anteriormente de preconceito. Sim, esta é uma das facetas mais nojentas. Você diz que o Lula é um gênio político, o que é evidente e comprovado pelos fatos. Prepare-se: virão pedradas de todos os lados. Não interessa que o cara tenha fundado um partido político do nada, chegado ao segundo turno já na primeira eleição presidencial disputada, monopolizado a oposição durante toda a década de 1990, até chegar no poder em 2002 em uma brilhante engenharia política. Aliás, para os militantes da web, a eleição de 2002 parece não ter existido, já que para eles o petismo só se mantém no poder porque compra o nordeste inteiro do país com bolsas. Outra mostra de grosso preconceito.


Feito o diganóstico dos militantes da web, vamos ao que eu penso do petismo. Considero-o o agrupamento político mais pernicioso da história brasileira. Por um singelo motivo: seu DNA totalitário. Considero que o petismo tem que ser combatido em todas as frentes, até a sua derrota.


Como derrotá-los? Este é um outro bom debate. Sinceramente, o petismo não será derrotado com tags no Twitter ou comunidades no Facebook. E também não será derrotado com passeatas. Tá na moda movimentos de "indignados" mundo afora e "revoluções do Twitter e do Facebook" no Oriente Médio. Eu, que até sou novinho em idade, já tenho um certo trechinho de vivência política para saber que isso não existe.


Os "indignados" da Europa são mobilizados por agrupamentos de esquerda com longuíssima tradição de mobilização de massas e de movimentos de rua. No Oriente Médio os cordões da Irmandade Muçulmana estão sobre o movimento, puxando o carro. Só não enxerga quem não quer.


O que significa que para combater o petismo (ou os petralhas, como prefiram) o que nós precisamos é de PO-LÍ-TI-CA. A boa e velha política. Precisamos de quadros, que organizem a bagunça. Quadros com formação teórica sólida e vivência prática. Precisamos de militância, igualmente capacitada teoricamente e com vivência prática. E só então conseguiremos chegar ao estágio de influenciar as massas e abalar o poder do petismo.


Fora disso, pratica-se a arte do onanismo político, teórico e intelectual.


Encerro relembrando o milenar Sun Tzu, citado no começo deste texto. Ou conhecemos o adversário (e sua infinita superioridade política, claramente materializada hoje) e nós mesmos (e nossa debilidade gritante, sem quadros, sem militância e longe, muito longe de chegar até a massa) ou estaremos condenados a derrotas intermináveis.


PS: Será que fui claro ou aparecerá alguém me acusando de petista, petralha, lulista et caterva? Se acontecer, apenas confirma o diagnóstico do texto.



27 de julho de 2011