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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

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Globo edita 'bronca' de Dilma em Patrícia Poeta. Veja aqui a cena!





Por Vera Magalhaes

O "pito" que a presidente Dilma Rousseff deu na apresentadora Patrícia Poeta em entrevista veiculada no "Fantástico" de domingo sumiu na edição que a Globo exibiu da reportagem no "Bom Dia Brasil" na manhã de segunda-feira.

"E como que a senhora controla esse toma lá da cá, digamos assim, cada vez mais sem cerimônia das bancadas? Como é que a senhora faz esse controle?", perguntou Poeta.

Na versão original, Dilma fecha a cara e responde, a queima-roupa: "Cê me dá um exemplo do dá cá e eu te explico o toma lá".

Imediatamente, percebendo o tom acima do desejado numa entrevista que era para ser descontraída, a presidente emenda: "Tô brincando contigo".

A frase virou "meme" (bordão que se dissemina rapidamente) nas redes sociais e ganhou versões editadas no YouTube.

Na edição do programa matinal, no entanto, a "brincadeira" foi cortada, apesar de a entrevista ocupar alentados 10 minutos.

A pergunta foi mantida, mas a resposta começa na segunda parte, quando Dilma explica que "não deu a ninguém o que não quisesse". Aqui

Pedro Novais, o quinto ministro de Dilma a deixar o cargo



Governo

Queda do peemedebista começou com megaoperação da PF e terminou com notícias de contratação de governanta e motorista com dinheiro público


Agora ex-ministro: Pedro Novais
(Valter Campanato/ABr)

Após um mês de agonia no cargo, o ministro do Turismo, Pedro Novais, deixou nesta quarta-feira o governo Dilma Rousseff.

Ele entregou sua carta de demissão à presidente Dilma. Novais é o quinto ministro a deixar a Esplanada em nove meses.

Antes dele perderam o posto os titulares da Casa Civil, Antonio Palocci, dos Transportes, Alfredo Nascimento, da Defesa, Nelson Jobim, e da Agricultura, Wagner Rossi.

A queda de Novais começou a se delinear em 9 de agosto, quando homens da Polícia Federal saíram às ruas e prenderam 35 pessoas ligadas a um esquema de corrupção incrustado no Turismo.

Ao menos seis eram funcionários do ministério, entre eles o secretário-executivo da pasta, Frederico Silva da Costa, o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, e o ex-presidente da Embratur Mário Moyses.

Caberá ao PMDB escolher o substituto de Novais.

O vice-presidente Michel Temer esteve reunido com o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves, no gabinete de Temer no Palácio do Planalto.

Depois, ele seguiu para o Congresso para discutir com a bancada um nome de consenso. Retornou há pouco para o Planalto.

"A decisão (de pedir demissão) é dele (Novais), pessoal. Seu partido, solidário, acata e respeita. Ele disse que vai responder a todas as acusações, mas que isso vai demandar aborrecimentos, constrangimentos e tempo. Ele não quer que o ministério seja penalizado", disse Henrique Eduardo Alves ao deixar o Planalto.

Já se sabe que o novo titular do Turismo virá da Câmara dos Deputados, o que excluiu da bolsa de apostas o ministro Moreira Franco e o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

"Vai ser um parlamentar da Câmara, isso está decidido", disse ao site de VEJA Henrique Eduardo Alves ao chegar. O preferido dele, aliás, é o piauiense Marcelo Castro. Outros nomes cotados são o do capixaba Lelo Coimbra e o do mineiro Leonardo Quintão, embora o líder do partido na Câmara não confirme a informação.

O ato final do ocaso foram dois relatos de mau uso de recursos públicos: a revelação de que o ministro pagava com salário da Câmara a governanta Doralice de Souza, que trabalhou em seu apartamento de 2003 a 2010; e de que o ministro usava um funcionário público, contratado pelo gabinete de seu suplente na Câmara, como motorista particular de sua mulher.

Adão dos Santos Pereira, contratado pela Câmara, fica 24 horas à disposição da mulher do ministro, Maria Helena de Melo, de 65 anos, funcionária pública aposentada que não trabalha no Congresso.

O chofer faz compras em supermercados para Novais, busca comida em restaurantes e leva a mulher do ministro para visitar lojas.


A presidente segurou o quanto pode Novais no cargo, para evitar o desgaste de mais uma baixa, mas a situação chegou a um ponto insustentável.

O próprio PMDB decidiu retirar o apoio à permanência do ministro e, nos bastidores, passou a procurar um nome que o substituísse.

Antes mesmo de assumir o ministério, Pedro Novais teve que explicar o uso de verba de seu gabinete de deputado para bancar uma festa em um motel.

Era um indício do que viria pela frente. Mas, em nome da indicação do aliado José Sarney, a presidente resolveu nomear Pedro Novais.


Operação Voucher

Os funcionários presos durante a Operação Voucher foram afastados dos cargos até o fim das investigações da Controladoria Geral da União (CGU), iniciada, a pedido de Novais, após a operação da PF.

O ministro determinou ainda a suspensão por 45 dias de convênios com entidades privadas sem fins lucrativos. Uma instituição desta natureza, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), foi identificada pela PF como centro do esquema de corrupção.

O diretor-executivo da Polícia Federal, Paulo de Tarso Teixeira, estimou em 2,9 milhões de reais o desvio de dinheiro dos cofres públicos.

O valor corresponde a dois terços do valor total do contrato firmado entre o ministério e o Ibrasi, de 4,445 milhões de reais.

O convênio, firmado por uma licitação fraudulenta, previa a capacitação profissional de 1.900 pessoas no Amapá. O curso jamais saiu do papel.

O ministro, que a princípio mantivera o silêncio e divulgou apenas uma nota oficial doze horas após a operação da PF, tentou se explicar à Câmara e ao Senado.

Ele admitiu que pode ter havido desvios e, de uma forma ou de outra, conquistou uma sobrevida no cargo. Não por muito tempo.


Trajetória

Pedro Novais, maranhense de 80 anos e 1,55 metro de altura, já começou no governo Dilma com o pé esquerdo.
Antes mesmo da posse veio à tona a informação de que o ministro pagou uma conta de motel de 2 156 reais com dinheiro público, verba de gabinete de quando era deputado federal.

Ele devolveu o dinheiro, atribuiu o erro a um assessor e a história acabou por aí.
Antes de ir para a Esplanada dos Ministérios, Novais era um dos mais longevos integrantes da Câmara dos Deputados. Ocupava uma cadeira na Casa desde 1990, sempre como representante do Maranhão, com a benção de José Sarney.

A carreira política foi precedida por anos no Ministério da Fazenda, durante o regime militar. A expertise de Novais em lidar com dinheiro público tornou-se um trunfo em Brasília.

Conhecedor dos meandros do Orçamento, ele sabe como ninguém fazer uma emenda parlamentar ser aprovada pelo Congresso.

Na vida pessoal, à exceção do arroubo do Motel Caribe, o ministro é um homem de poucas palavras, casado há trinta anos com a segunda esposa, Maria Helena, e que, salvo imprevistos, às 21 horas já está de pijama, pronto para dormir.

O fantástico passeio de Celso Arnaldo com Dilma e Patrícia Poeta termina no Planalto






Por Celso Arnaldo Araújo

A caminho do Palácio do Planalto, no banco de trás do Omega negro e solene, chapa 001 da República, Patricia Poeta mal ouve a presidente, sentada a seu lado, dizendo algo que soa como “é bom morar perto do serviço” ─ o que, na edição final da entrevista, acabaria sendo traduzido assim por PP:

“O trajeto entre os Palácios da Alvorada e do Planalto, a casa e o trabalho da presidente da República, leva quatro minutos. É ela quem faz questão de me destacar esse detalhe de eficiência e rapidez. Duas qualidades que aprecia muito.”


Na verdade, Patricia está levemente perturbada com o resultado da entrevista que acabara de fazer no Palácio da Alvorada.

Tudo o que passa e repassa por sua cabeça são as terríveis respostas dadas há pouco pela presidente a perguntas banais a respeito de saias, netos, mães e omeletes – pensamentos incompletos, fragmentados, invertidos, toscos, primários, atravessados.

Nada que, a rigor, pudesse ir ao ar sem closed caption – legendas ocultas.

A caminho do Planalto, Poeta se sente culpada por não ter conseguido extrair da presidente, no Alvorada, uma única e solitária ideia que faça sentido sem edição e efeitos especiais.


Mas havia uma chance de redenção.

Em casa, ela talvez estivesse relax demais, não caprichou no enunciado das ideias. Agora, em clima mais formal, e falando sobre temas que realmente interessam à vida nacional, tudo seria diferente.

De fato, a segunda parte do papo começa em altíssimo estilo:

Patrícia Poeta:
Aqui é o gabinete da presidência da República, certo?

Dilma Rousseff: É verdade.

Nada de emos que chocam ovos no Alvorada, o assunto agora é a agenda política e econômica do país

Patrícia: O comando político tem três mulheres. Como é que tem funcionado esse clube?

Dilma: Eu acho que é sempre bom combinar homens e mulheres, porque nós todos somos complementares. A mulher, eu acho, que ela é mais analítica, assim, ela tem uma capacidade maior de olhá o detalhe, de procurá aquela perfeição, uma certa… Nós somos, assim, mais obcecadas.

Patrícia:
E os homens?

Dilma:
Os homens têm uma capacidade de síntese, dão uma contribuição no sentido de ser mais, é, eu diria assim, objetivos no detalhe, eles sintetizam uma questão, a mulher analisa. Então, essa complementariedade (sic) é muito importante. Mulher é capaz, que senão não educava filho.

Para Dilma, a complementariedade entre homem e mulher é tão perfeita que é rigorosamente impossível distinguir um homem de uma mulher – pelo menos na forma como foram descritos pela presidente.

A única diferença é que mulher educa filho.

Mas Poeta achou o máximo: agora sim a presidente estava dizendo coisa com coisa.

Patricia pergunta se, nas reuniões das poderosas mulheres do Planalto, há um lado mais feminino na pauta. Tipo: bolsa, maquiagem.

Dilma: Na verdade, não tem, viu? Não. Tem neto, viu? Agora aqui tem uma quantidade de gente com neto e todo mundo quer mostrar o seu atualmente.

Consta que, à porta do Palácio, já há camelôs alugando netos para as reuniões presidenciais.

Patrícia: Agora, presidente, vamos esclarecer algo que virou meio lenda aqui, que é o jeitão da presidente, que é o estilo. A senhora é durona mesmo?

Dilma:
Uma vez eu disse e ninguém entendeu. Eu disse achando que eu tava fazendo uma ótima piada. Mas o pessoal não entendeu direito, não. É que eu sou a única mulher dura cercada de homens todos meigos aqui. Nenhum é duro, nenhum é tranquilo e firme, então, é uma coisa absurda. Só porque eu sou mulher e tô num cargo que, obviamente, é de autoridade, eu tenho de ser dura. Se fosse um homem, você já viu alguém chamar… Aqui no Brasil alguém falar: ‘Não, fulano está num cargo e ele é uma pessoa durona, não…

No caso dos homens do Planalto, posarem de desentendidos faz sentido: é duro ouvir que ali nenhum homem é duro e firme. Tem o Gilberto Carvalho, mas a presidente não precisava generalizar.

Patrícia: E vale bronca nessa hora, por exemplo?

Dilma:
Olha, a bronca faz parte e é uma bronca meiga. É aquela…

Patrícia: Dá um exemplo pra gente.

Dilma: ‘Isso num tá certo, não pode ser assim’.

Patrícia: Nesse tom?

Dilma: Ah, é, é esse tom. ‘Num tá certo e não pode ser assim’.

Imaginemos a cena: Dilma chama Sérgio Gabrielli ao Palácio e diz “Meu querido, isso num tá certo, não pode ser assim”. Gabrielli irrompe em choro convulsivo.

Patrícia: O que tira a senhora do sério?

Dilma: Eu vou te falar, eu acho que quando a gente não deu o melhor de si, me tira do sério.

A gente quem? A senhora, Patrícia Poeta ou si?

Patrícia: E quando falam, assim, do seu temperamento, isso incomoda a senhora de alguma forma ou não, a senhora não está nem aí para isso?

Dilma: Sabe o que é, Patrícia? Ossos do ofício. Tem vários ossos do ofício no ofício de ser presidente. Um é esse. O caso, por exemplo, da luta contra a corrupção é osso do oficio da presidência, ou seja, é intrínseco à condição de presidente zelar para que o dinheiro público seja bem gasto. Depois, eu tenho uma responsabilidade pessoal também nessa direção.

Dilma aprendeu a expressão “ossos do ofício” numa consulta com o ortopedista do Palácio. Gostou tanto que criou as variantes “os ossos do ofício no ofício” e “o osso do ofício”. Mas não precisava exagerar usando a expressão para dizer que a presidência nunca rói o osso e a corda quando o assunto é corrupção.
Aliás, os minutos seguintes foram dedicados à faxina que não é faxina e ao toma lá dá cá que não é lá nem cá — uma meia “saia justa” entre a presidente e a Poeta, já explorada pelos jornais. Se sentiu a invertida, Patricia não acusou – porque logo levantou a bola de novo para a presidente cortar.

Patrícia: Qual a senhora acha que foi, nesses oito meses, o seu maior acerto?

Dilma: Nesses oito meses? Xô pensá. Por que eu tô pensando? Porque eu não posso te dar várias. Porque eu acho que algumas coisas eu acertei bastante. Eu vou falar, eu acho que foi muito acertado, logo de início, ter entregue os remédios de graça. Sabe por que que eu estou falando isso? Porque eu acho que a pessoa que não tem dinheiro para comprar um remédio que precisa, acho que é um drama humano violento (…) Podia dar uma segunda?

Se fosse uma resposta de Obama à mais importante emissora de TV norte-americana, o Partido Republicano já poderia cantar vitória nas eleições do ano que vem. Sendo Dilma, ela ainda pede para dar uma segunda:
Dilma: Olha, Patrícia, eu fico muito orgulhosa de uma outra coisa. É outra coisa que não é assim grande, mas pra mim é importante.
É importante reduzi imposto. Então, eu gostei de fazê isso pra quem? Pru Super Simples e pru MEI.


Felizardos esses tais de Super Simples e MEI. Os impostos só abaixaram para eles. Hoje mesmo, no painel da Associação Comercial de São Paulo, a carga fiscal brasileira ultrapassou a marca de 1 trilhão de reais arrecadados este ano – recorde dos recordes na metade de setembro.

E ainda falam na volta da CPMF! Dilma é contra:

Dilma: Sabe por que a população era contra a CPMF? Porque a CPMF foi feita pra ser uma coisa e virou outra. Acho que a CPMF foi um engodo nesse sentido de usar o dinheiro pra saúde não pra saúde.

Depois do “dinheiro pra saúde não pra saúde”, uma daquelas frases em dilmês que marcam território, o resto do papo foi só para cumprir tabela. Juros, indústria, crise internacional – nada que se aproveitasse numa conversa séria sobre o Brasil.

Patrícia: Presidente, muito obrigada por essa conversa, por mostrar um pouco da sua intimidade pra gente, por ter me recebido aqui em Brasília. Agora, chega de papo, né?

Dilma: Agora, eu vou trabalhar.

Patrícia: Vai trabalhar, presidente. Muito prazer em conhecê-la pessoalmente. Bom trabalho.

Dilma: Brigado.

Poeta saiu do Planalto com outro espírito.

A impressão inicial de desalento e autorrecriminação deu lugar a uma certeza: essa entrevista marcará sua carreira para sempre.

Dilma tem esse dom.



04/09/2011



Pedro Novais entrega carta de demissão nesta quarta



Assim que Temer chegar a Brasília, Dilma vai sacramentar a demissão do ministro do Turismo

Gabriel Castro e Adriana Caitano


O ministro do Turismo, Pedro Novais:
fim da linha

( Roberto Stuckert Filho/PR)

O ministro do Turismo, Pedro Novais, já prepara sua carta de demissão, que será entregue ao Planalto nesta quarta-feira. Sem o apoio do PMDB, Novais sucumbe um mês depois de o ministério ter sido atingido por uma enxurrada de denúncias. Em uma conversa na manhã desta quarta, líderes do PMDB decidiram retirar o apoio à permanência de Pedro Novais e passaram a articular nomes para substituir o ministro.

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, esteve por volta do meio dia com Pedro Novais, na sede do Ministério do Turismo. Oficialmente, Alves diz ter ido levar a "solidariedade" da bancada do PMDB na Câmara ao correligionário. Nos bastidores, sabe-se que os dois ajustaram os detalhes para a saída de Novais.

"Nós o deixamos à vontade. Ele é um homem vivido, experiente e sabe julgar a hora de tomar uma decisão"
, disse Alves ao retornar para o Congresso. "Pedimos que ele analisasse a situação e ouvisse os amigos. Apoiaremos Novais na decisão que ele tomar. Ele sabe que não nasceu ministro. Esse é um momento da vida dele."

Conforme noticiou a coluna Radar on-line, o vice-presidente Michel Temer chega a Brasília por volta de 16 horas e Dilma já avisou que vai conversar com Novais nesta tarde. Temer esteve internado em São Paulo por causa de uma infecção intestinal. Mais, cedo, ao participar de um seminário em Brasília, Dilma disse que cobraria explicações do ministro.

"Primeiro a gente pede as explicações. Vamos encaminhar isso hoje, avaliar qual a situação e tomar as medidas cabíveis de forma muito tranquila”, afirmou a presidente.

Entre os nomes cotados para a sucessão de Pedro Novais estão o capixaba Lelo Coimbra e o mineiro Leonardo Quintão. Se o PMDB não apresentar logo um nome de consenso, Dilma deve optar pelo senador Eduardo Braga. Novais está à deriva no cargo há mais de um mês por denúncias de irregularidades e corrupção. Nesta quarta-feira veio à tona mais um caso claro de má aplicação do dinheiro público pelo ministro: a mulher dele usou um funcionário da Câmara dos Deputados como motorista particular.

Novais não parece tão afeito ao cargo. Na terça à noite, procurado por Henrique Eduardo Alves para explicar as irregularidades na contratação de seus funcionários, saiu-se com a seguinte justificativa, conforme informou o Radar on-line: "Não pedi para ser ministro."


O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp, esteve com a presidente Dilma Rousseff no final da manhã.

Ele acompanhou a reunião de Dilma com o governador de Rondônia, Confúcio Moura. Na saída, evitou entrar em detalhes sobre a situação de Pedro Novais.

"Vamos falar com as lideranças na Câmara e com o vice-presidente Michel Temer. Aguardamos esclarecimentos."

Questionado se não se preocupava com a imagem do PMDB após o afastamento de dois ministros por corrupção e irregularidades,

Raupp respondeu: "Não se pode comprometer uma legenda por causa de uma pessoa."

O QUE TANTO IRRITA ESTA GENTE? POBRE COMENDO ARROZ E FEIJÃO?





OU: AS MENTIRAS ESCANDALOSAS SOBRE O CÓDIGO FLORESTAL!
NÃO SE DEIXE ENGANAR! COBRE A VERDADE DA IMPRENSA!



Por definição, a verdade não tem duas caras; a verdade não é como a “lei de Gleisi” (Hoffmann): não tem uma “alternativa”.
Quando se oferece a oportunidade de alguém expor o “outro lado”, não duvidem: ou ele conta a verdade e, pois, “o lado” está mentindo no essencial, ou ele mente.

O que pode variar, de forma legítima, fora dos critérios da verdade e da mentira, é a leitura valorativa que se tem sobre um fato.
Mas uma coisa é certa: ou ele aconteceu ou não aconteceu.

A imprensa — sim, eu a critico porque a quero livre; o PT a critica porque a quer sob cabresto — lida mal com isso. Depois que se inventou esse negócio de “lado” e “outro lado”, parece bastar aos jornalistas e aos veículos enumerar opiniões e afirmações desse e daquele, as também opiniões e afirmações do grupo contrário, e a missão está cumprida.

Mas e a verdade?

Ah, a verdade…

Todos se tornam relativistas: cada um tem a sua…

Imaginem se as ciências exatas lidassem com essa larguezas de espírito.

Os viadutos cairiam sobre as nossas cabeças, seríamos soterrados pelos túneis, os prédios viriam abaixo…

Por que isso?

As comissões de Meio Ambiente, de Agricultura, de Ciência e Tecnologia e de Constituição e Justiça do Senado ouviram hoje, em sessão conjunta, alguns juristas sobre o novo Código Florestal.

A base da discussão ainda é o excelente relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B), aprovado na Câmara, que é bombardeado pelas ONGs e pelas “marinas” estrangeiras.

O mais espetacular, o mais formidável, o mais estupefaciente é que supostos especialistas — ainda que em leis, mas não em meio ambiente, florestas ou o que seja — falem a comissões do Senado e atribuam ao texto o que o texto não diz ou simplesmente ignorem o seu conteúdo, substituindo o fato pelo simples opinionismo.

Notem bem: eu acho que as pessoas têm todo o direito de odiar o agronegócio, os ditos “ruralistas”, a comida barata na mesa dos brasileiros. O ódio é livre. Eu, por exemplo, odeio o Bolero, de Ravel. Até reconheço as qualidades técnicas, mas aquilo me põe nervoso.

Ponto!

Fico à beira de um ataque de fúria. Deve ser o que sentem algumas pessoas quando vêem um pobre atrás de um prato de arroz e feijão, por exemplo. Ou quando pensam na balança comercial brasileira, cujo superávit é gerado por esses “ruralistas canalhas”, que só pensam na produção, né?

Onde já viu?

E o Anhangá?

E o Curupira?

E a Cuca?

Eu não quero que vocês acreditem em mim; quero que vocês acreditem no que vocês lêem.

A íntegra da proposta de Aldo Rebelo está aqui. O Artigo 8º foi substituído pela Emenda 64, que está aqui. Diretores de Redação de jornais, revistas, TVs, sites etc deveriam obrigar — sim, a palavra é essa — os editores e repórteres a ler esses textos. Ao escrever a respeito, eles precisam estar à mão. Para que se pare de dar curso à mentira, à vigarice, à picaretagem. Reitero: diretores, editores e repórteres, a exemplo de alguns “juristas” e ongueiros, podem odiar à vontade o prato de comida. Mas não têm o direito de enganar leitores, telespectadores, internautas.

Abaixo, reproduzo, em vermelho, a reportagem do Portal G1, com informações do Valor Online, sobre a tal audiência. É o que consegue ser um pouquinho mais preciso entre todos os que reportaram os fatos. E vocês verão como estamos no mundo da informação como barbárie da inteligência. Comento em azul.

Juristas manifestaram nesta terça-feira (13) preocupação com relação às questões constitucionais e de legalidade do texto do novo Código Florestal, que está em discussão no Senado. Foi realizada audiência conjunta das comissões de Meio Ambiente, de Agricultura, de Ciência e Tecnologia e de Constituição e Justiça e participaram representantes do Ministério Público, do Superior Tribunal de Justiça e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim.
“O projeto de lei do Código Florestal introduz um conceito de anistia, sem usar esse nome”, afirmou o especialista em direito ambiental da Universidade de Limonge, na França, professor Paulo Afonso Leme Machado.
Com o devido respeito, o professor Paulo Afonso Leme Machado está derrubando a verdade a machadadas. É mentira! Seja lá o que ele queira dizer com essa linguagem rebarbativa (”introduzir conceitos”), a verdade é que não há anistia nenhuma! Eu posso provar que ele recorre à mentira, mas ele não pode provar que quem mente sou eu. E só há uma verdade, não é questão de gosto. O texto está aí para a consulta de vocês. Os artigos 33, 34 e 35 tratam da regularização das propriedades e estabelecem as condições para o não-pagamento das multas: as compensações ambientais.

Quem não se adequar às exigências terá de pagar. Anistia é perdão, é não-punição. Paulo Afonso pode ser muito sabido, mas não consegue mudar o sentido das palavras. Anistia, aí sim, é o que há hoje. Sem a aprovação do novo código, as multas estão suspensas, sem que se exija compensação nenhuma.

Agora indago ao jornalismo, aos senhores diretores de redação, editores e repórteres de jornais, rádios, TVs, sites, revistas, portais: custa dizer a verdade? Custa informar o que está no texto? Nada os impede de informar: “Isso não é anistia; o professor Paulo Afonso Leme Machado não está sendo exato, mas nós estamos com ele porque odiamos ver aquela pobrada escondida atrás de um prato de arroz e feijão”. É uma coisa feia isso, sem dúvida, mas é uma opinião legítima, entendem? Sigamos.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, discorda. “Anistia não é utilizada no texto porque não se quer anistia, mas isso precisa ficar claro no texto legal”, disse. Para ele, a reforma do código florestal não visa um mecanismo para estimular ou ampliar o desmatamento de florestas no Brasil. “Não vejo ninguém discordar a respeito dessa proposição”, afirmou.

Leram direito?

Diz o texto do G1, com base em informações do Valor Online, o melhor jornal de esquerda do país, que o Herman Benjamin discorda — ele nega que seja anistia. ERRADO!

Não é que ele discorde.

Ele diz a verdade!

Lá vou eu com Musil: a coitadinha veste apenas uma roupa de cada vez. Se o tal Leme, de Limonge, está certo, Benjamin está errado; se o contrário, então o contrário. Não é uma mera divergência de gosto, como preferir azul ou verde. Enquanto escrevo, é terça-feira no Brasil. É um dado da realidade. Os artigos do Código que tratam das condições para a não-aplicação da multa são matéria de fato. Eu vou insistir.

Todos esses profissionais de imprensa têm o direito constitucional de escrever coisas assim: “Leme, de Limonge, não diz a verdade sobre o texto; Benjamin sim, mas nós achamos a mentira mais virtuosa do que a verdade porque só ela protege o Anhangá, a Curupira a Cuca e a Santa da Floresta.” Aí tudo bem! Vamos seguir?


“Se não foi o objetivo o desmatamento, ele vai sim acontecer porque vai diminuir a área de proteção”, disse a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) Cristina Godoy de Araújo Freitas. Cristina cita como exemplo, a redução da área de manutenção das matas ciliares no entorno dos rios com até 5 metros de largura, passando de 30 metros para 15 metros e permitindo que os estados e o Distrito Federal reduzam ou aumente em 50% as faixas a serem preservadas. “O projeto de alteração do código florestal regulariza intervenções que eram ilegais, transformando os passivos ambientais em lei”, opinou.

Não!

Essa é a opinião que frauda os fatos de modo mais sofisticado. Como, no parágrafo seguinte, a questão da participação dos estados volta, vou me ater ao falso aumento do desmatamento.

Vá estudar o texto, moça!

Aproveite que eu publico o link aí acima. Como poderia aumentar o desmatamento uma proposta que prevê a recuperação de áreas hoje desmatadas?

Se não for má fé, darei de barato que não seja, a senhora lida mal com a geometria — nem que seja a geometria do desejo. Eu exemplifico. Se a senhora mora numa casa de 200 metros quadrados, sonha com uma de 400, mas só consegue construir uma de 350, a senhora não perdeu 50, entendeu?, mas ganhou 150.

Em relação AO QUE SE TEM HOJE, o texto aumenta, e muito!, a área “matada”; só se poderia acusar desmatamento levando-se em consideração o DESEJO: pôr na ilegalidade milhares de produtores rurais, que teriam de abrir mão de culturas mais do que centenárias, para ver crescer o mato no lugar.


Na questão dos rios, a promotora exagera e comete uma falta feia! Sabem por quê? Porque ela ignora o texto — ou porque não o leu ou porque aposta que os outros não o leram. O artigo que trata da questão é o 4º, que segue. Prestem atenção ao item b.

Leiam com atenção:

Considera-se área de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas, para só efeito dessa lei

I - As faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda do leito menor, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) metros de largura (observado o disposto no Artigo 35);

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros.


Vocês viram ali, no item b, que ele remete ao Artigo 35. E é disso que trata a procuradora.

Pois bem.

Então vamos ver o que diz o Artigo 35:

No caso de áreas rurais consolidadas, localizadas em áreas de preservação permanente, nas margens de cursos d’água de até 10 metros de largura, será admitida a manutenção das atividades agrosilvopastoris, desde que:
- seja recuperada uma faixa de 15 m contados da calha do leito regular do rio;
- sejam observados critérios técnicos de conservação do solo e água

Entenderam?

Vai em caixa alta:

O TEXTO FALA DE ÁREAS RURAIS CONSOLIDADAS, ONDE JÁ NÃO EXISTE COBERTURA VEGETAL NATIVA, SANTO DEUS!

Como pode uma procuradora, que tem autoridade pública, afirmar que isso concorreria para aumentar o desmatamento? Caso se retirem as pessoas que ocupam hoje essas áreas CONSOLIDADAS, isso implica a retirada de milhares de pequenos proprietários de suas terras. O estado de Santa Catarina, por exemplo, depois de devastado pelo rio Itajaí, seria destruído pelos companheiros ambientalistas da promotora. O mesmo aconteceria com os pequenos agricultores do Rio Grande do Sul. Agora vamos tratar da outra questão levantada pela promotora, que recebeu um certo endosso de Nelson Jobim.


De acordo com o texto, os estados e o Distrito Federal podem criar regras suplementares, se elas estiverem de acordo com a norma geral criadas pela União. Jobim criticou o termo “norma geral” porque abriria espaço para que os estados legislassem amplamente sobre questões ambientais. “Estas regras não podem induzir concorrências predatórias entre os Estados”, disse Jobim.

Para ele, os limites seriam diversos, o que poderia estabelecer até uma concorrência econômica. Jobim aconselhou que os parlamentares redijam regras gerais consistentes.

“Produzam um texto com segurança jurídica. Não utilizem formas de delegação de poderes de forma indireta através de expressões equivocas e ambíguas. Quando o legislador usa da ambigüidade, transfere o poder legislativo ao judiciário”,
advertiu.


Ok, Jobim está pedindo cuidado, mas sua fala, em tendo sido essa, dá curso à fantasia de que os estados poderiam criar a sua própria legislação ambiental. É mentira! Publico lá no alto a íntegra da emenda 64, que trata do assunto.

Não poderiam, não!

Qualquer adaptação local da norma geral tem de ser feita em parceria com o governo federal, cotando com a sua aprovação, ou seria ilegal.
Aliás, isso corresponde a comprometer o estado com a vigilância, ou se espera que um burocrata de Brasília vá arbitrar questões do Oiapoque ao Chuí. Agora, se querem saber mesmo o que é bobagem, leiam o que segue.


Na opinião do subprocurador-geral da República Mário José Gisi, a norma prevista no projeto de reforma do Código Florestal que regulariza atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente (APPs) “é um a afronta à sociedade brasileira”.

Para ele, a consolidação das áreas ocupadas até 2008 aumentará o desmatamento no país. “O Brasil assumiu compromisso de não haver retrocesso”, disse lembrando compromissos internacionais assinados pelo Brasil.

De saída, não há raciocínio possível que demonstre o aumento do desmatamento. Afronta à “sociedade brasileira”??? Quem é a sociedade brasileira? Os milhares de pequenos agricultores que o doutor quer tirar de suas terras não são “sociedade brasileira”? Lamento! O TEXTO DE ALDO AFRONTA JUSTAMENTE A SOCIEDADE NÃO-BRASILEIRA.

Não há retrocesso nenhum! Se aprovado, o Código Florestal brasileiro será o mais preservacionista do mundo. Enquanto a Europa — lá de onde vem o Leme, de Limonge — já escalpelou seu território, o Brasil estará preservando 70% do seu. Sabem quem está com o doutor Gisi? Aquela ONG americana que preparou um estudo intitulado
Farms Here, Forests There.

São americanos defendendo que eles desenvolvam a agricultura, enquanto brasileiro cuida de mato. Se der, a gente também fica pulando de galho em galho, dando cambalhotas e fazendo micagens…


Gisi, aliás, aproveitou o ensejo para atacar o uso de agrotóxicos na agricultura. A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) respondeu que, com salário de R$ 30 mil, ele podia comprar produtos orgânicos. O senador Pedro Taques (PDT-MT), que costuma ter uma boa atuação, se abespinhou e mandou mal desta vez. Criticou sua colega e sugeriu que ela falava ali em nome da CNA, de que é presidente. Kátia não deixou barato e respondeu que corporativista era ele, já que sua origem é o Ministério Público, a exemplo de Gisi. Taques precisa resistir à tentação de censurar seus colegas. Seu companheiro de MP é grandinho o bastante para fazer as suas diatribes e para ouvir a divergência. Infelizmente, ficou parecendo reação corporativista mesmo. Um mau passo de quem vem sendo, até agora, um bom senador
.

Encerro


As críticas ao Código Florestal são mentirosas!

Os textos de referência estão sendo ignorados.

A imprensa, com as exceções costumeiras, sonega informações dos leitores.

Deixa prosperar a maior de todas as mentiras: aquela que assegura que haverá aumento do desmatamento.

Não haverá.

Não é questão de gosto.

É questão de fato.

Não é questão de “lado” e “outro lado”.

Há o que está no texto.

Os críticos da proposta de Aldo preferem criticar o que não está.

É INÚTIL ME OFENDER.

PROVEM QUE ESTOU ERRADO COMO PROVO QUE ERRADOS ESTÃO OS QUE DISCORDAM DE MIM!
É UMA QUESTÃO DE HONESTIDADE INTELECTUAL.

Texto publicado às 21h10 desta terça


Ladrões de dinheiro; ladrões de instituições.




Ou: Governabilidade não é sinônimo de lambança



O “rouba, mas faz” não é coisa nova na política brasileira.

É evidente que a síntese perversa já dava conta da nossa desdita. A conjunção adversativa “mas” indicava que, embora o “roubar” estivesse sendo incorporado aos hábitos e costumes da vida pública — o que é um desastre, é evidente —, estava em oposição ao “fazer”, que era a coisa desejável e a razão por que se elegiam os políticos.

Permanecia, ao menos, nas consciências o conceito de que “fazer” era o certo, e “roubar”, o errado.

Postos em relação transitiva, no entanto, a fórmula era uma condenação: a condição do “fazer” era o “roubar”, sem o segundo, entendia-se, não se podia realizar o primeiro.

Que país poderia ser construído tendo tal emblema como norte?

Este que vemos, em que um ministro da Educação se jacta de a nota média do Enem ter melhorado ridículos 10 pontos, embora a esmagadora maioria das escolas públicas tenha ficado abaixo de uma média que já é retrato de um vexame.
Havia quem se opusesse radicalmente àquele estado de coisas?


Sim, as esquerdas, ambicionavam substituir o modelo cleptocrata de exclusão social por sua teoria homicida da história. Nunca foi grande ou forte o bastante para se impor, e por isso devemos ser gratos, é certo.

A redemocratização do país e a emergência do novo sindicalismo, no curso do tempo, acabaram por guindar o PT e seu chefe máximo, Luiz Inácio Lula da Silva — que, originalmente, de esquerdista não tinha nem a sabedoria nem a ignorância específicas —, ao comando das chamadas “forças populares”.


Os petistas passaram a operar em duas frentes (e há teoria política a respeito; não foi puro empirismo): nos chamados movimentos de base e no terreno institucional, onde criou um bordão: “Ética na política”.

Aéticas ou antiéticas eram todas as forças que disputavam o poder, menos uma, que se apresentava como dotada de uma razão crítica que carregava consigo a voz e a história dos oprimidos de todos os tempos. O mundo já havia conhecido, segundo a categorização marxista, o “socialismo utópico” e o “socialismo científico”.


O PT fundava o “socialismo da reparação”.

Em Marx, o socialismo era uma desdobramento natural da história (é uma loucura, é evidente, mas é outra); no discurso petista, tornava-se uma questão de justiça.

Se o velho barbudo furunculoso fosse vivo, daria uma botinada no traseiro desses mistificadores.

Mas quê…


O PT se tornou não o ópio, que isso é coisa para humor refinado francês, mas a cachaça dos intelectuais. Marilena Chaui não conseguiu ensinar uma vírgula de filosofia aos sindicalistas, mas os sindicalistas ensinaram a Marilena Chaui como tratar a USP como um mero aparelho partidário.

O PT chegou ao poder.


É esquerdista?

Depende do que se quer perguntar.


O partido certamente não pretende estatizar os meios de produção. Mas traz, sim, consigo aquela velha moral bolchevique, somada à amoralidade pragmática que marca o sindicalismo, que se caracteriza por justificar qualquer crime em nome da causa.

“O rouba, mas faz” envelheceu; os remanescentes daquele modelo já estão se despedindo da política.


Na nova ordem, desaparece a conjunção adversativa “mas” e a idéia de que, ao menos, há uma oposição entre uma coisa e outra; que mal e bem estão imbricados ou enlaçados numa relação de causa e efeito.

Era, reitero, uma noção perversa e que nos condenava ao atraso, mas, se querem saber, menos maléfica do que isso que se vê hoje em dia: o roubo passou a ser considerado uma espécie de pilar da democracia, de elemento constitutivo do processo. Em seu nome, constroem-se teorias políticas.

Uma palavra passou a sintetizar essa nova altitude que ganhou a safadeza: “governabilidade”.

Em nome dela, tudo passa a ser justificável. O imoral, o indecente e o indecoroso já não são mais o tributo maldito a pagar para ver a obra nascer; eles são tratados como esteios da institucionalidade.

Dá-se de barato que é preciso ceder a larápios, a chantagistas, a vigaristas para que o sistema não entre em colapso. Um jornalista brasileiro, durante o confronto democrático que opôs republicanos e democratas nos EUA por causa da ampliação do limite da dívida, ofereceu aos americanos o nosso modelo: faltaria, ele escreveu, um PMDB a Obama!!!

Na entrevista que concedeu ao Fantástico — aquela em que pediu a Patrícia Poeta lhe mostrasse onde estava o “dá cá” que ela explicaria o “toma lá” —, Dilma Rousseff expressou essa noção com a maior tranqüilidade, como quem dissesse:

“Hoje é quinta-feira”.


Afirmou a presidente: “Eu não dei nada pra ninguém que eu não quisesse; nós montamos um governo de composição. Caso ele não seja um governo de composição, nós não conseguimos governar”.

Aí está!

A pergunta de Patrícia Poeta se referia ao “toma-lá-dá-cá”, que Dilma se dispôs a explicar — é falso que ela tenha negado a sua existência.

“Não conseguir governar” significa o quê?


Que as práticas condenáveis seriam hoje pilares das próprias instituições.

Minhas caras e meus caros, é evidente que isso é pior do que o “rouba, mas faz” porque significa a metabolização da lambança como nutriente mesmo da democracia.

E eu sou obrigado a dizer com todas as letras: “Isso é falso!”.


Estamos diante de uma apropriação perversa — que não é feita só por Dilma, não!; está no sistema — do conceito de “presidencialismo de coalizão”.

Uma coisa é constatar que, no modelo brasileiro, um partido dificilmente terá força para governar sozinho — o que não quer dizer que não possa hegemonizar o processo, como faz o PT —; outra, distinta, é atribuir a essa necessidade de composição as concessões indecorosas que são feitas.

Indago: qual é a hipótese?

Os partidos que hoje compõem a base aliada, incluindo o PT, se despediriam dos cargos e das benesses oferecidas pela máquina caso se decidisse moralizar a política pra valer?

ISSO É SIMPLESMENTE MENTIROSO.

O problema é outro: aqueles que vêm a lambança como parte do jogo não são meros teóricos do ilícito; são também beneficiários e usuários das práticas condenáveis.

Sim, eis uma contribuição genuinamente petista para o processo político brasileiro: a imoralidade como parte da estabilidade das instituições — instituições também elas aviltadas.

Sei que pouca gente dará bola à questão porque os políticos, os pensadores e boa parte da imprensa estão entorpecidos, mas a ministra Gleisi Hoffmann disse ontem uma coisa muito grave naquele seminário com título pseudo do TCU.

Chamou o RDC, o regime especial para contratar obras para a Copa do Mundo, de “lei alternativa” à Lei de Licitações.

Regime democrático com “lei alternativa”?

Definitivamente, nunca antes na história destepaiz.

Esse país não sai do lugar, não! Esse país é o do Enem que encheu de satisfação o ministro Fernando Haddad. O bom Brasil é outro.

É o da juíza Louise Vilela Figueiras Borer, que mandou parar as obras sem licitação do Aeroporto de Cumbica.

Não aceitou as justificativas para que se desse um peteleco na lei: urgência e Copa do Mundo.

Ora, Dilma foi a gerentona de um outro “governo de composição”, o de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ambos, então, como ela reconheceu no 4º Congresso do PT, prepararam, a quatro mãos, a trágica herança na infra-estrutura: portos, aeroportos, estradas…

E o PT vem coroar, agora, a sua obra jogando no lixo a Lei de Licitações e propondo, como diria Gleisi, “leis alternativas”?

Esse roubo consegue ser pior do que o outro: é um roubo de institucionalidade.

13/09/2011



terça-feira, 13 de setembro de 2011

O burguês segundo Marx



O burguês segundo Marx


Por Olavo de Carvalho
Artigos - Movimento Revolucionário

Toda a engenhoca explicativa do marxismo não foi concebida como pura filosofia, e sim como instrumento prático de destruição da sociedade burguesa.

Um dos mais queridos entretenimentos dos marxistas, desde há um século e meio, tem sido defender Karl Marx da acusação de economicismo.

Longe de reduzir tudo às causas econômicas, dizem eles, o autor de O Capital enxergava no processo histórico a ação simultânea de um complexo de fatores, incluindo o cultural e o religioso, onde a economia só viria a predominar "em última instância", cedendo frequentemente o passo às demais forças.

A imagem de um Karl Marx obsediado pela onipotência da economia é, alegam, uma redução pejorativa, criada para fins de propaganda pelos críticos burgueses. Há alguma verdade nisso.

Marx não era nenhum simplório, sujeito a deixar-se embriagar pela obsessão da causa única, mágica, universalmente explicativa.

Acontece, no entanto, que toda a engenhoca explicativa do marxismo não foi concebida como pura filosofia, e sim como instrumento prático de destruição da sociedade burguesa, e há nela uma nítida defasagem entre a teoria geral da História e a sua aplicação ao capitalismo em especial.


Ao descrever o funcionamento da sociedade burguesa, Karl Marx, alegando que assim procede por motivos de ordem metodológica, faz abstração dos demais fatores – culturais, políticos, éticos, religiosos, etc. – e reduz tudo à operação da mais-valia: o truque sujo mediante o qual o "valor" da mercadoria, definido como a quantidade de trabalho necessário para produzi-la, é subtraído aos trabalhadores e embolsado pelo burguês.

'Não interessa, aqui e agora, contestar a teoria da mais-valia. Eugen von Böhm-Bawerk já fez isso melhor do que jamais alguém poderá fazê-lo de novo. A Teoria da Exploração do Comunismo-Socialismo.

O importante é notar que, de tudo aquilo que veio ao mundo como elemento constitutivo da sociedade burguesa – o humanismo, a ética protestante, a democracia parlamentar, os direitos civis, a liberdade de imprensa, as eleições, o sistema judiciário independente, a previdência social, as leis de proteção às mulheres e crianças, a escolarização das camadas pobres, a aplicação universal da ciência e da técnica ao melhoramento da vida humana – não sobra, na definição marxista do capitalismo, nada. Capitalismo é exploração da mais-valia: ponto final.

Tudo o mais é elemento acidental e secundário, que a "força da abstração" (sic) deve desprezar para se concentrar no essencial.

Uma vez montado esse recorte metodológico e descrita na sua lógica interna a "essência do capitalismo", todos os elementos que foram inicialmente removidos para fora do foco são declarados retroativamente irrelevantes de fato e reduzidos a "superestruturas", aparências ou camuflagens ideológicas do mecanismo central que tudo absorve e explica.

O "burguês" pode então ser desenhado como o usurpador por excelência, o sanguessuga, o vampiro que engorda extraindo as últimas gotas de energia da classe trabalhadora, e que ainda tem o cinismo de adornar esse crime com as belezas enganosas da cultura moderna, da religião e da assistência social.

A obsessão economicista que não se pode imputar a Marx na sua compreensão geral da História é assim restaurada com força total no desenho odiento, monstruosamente unilateral e caricatural, que ele traça do capitalismo e do burguês.

Mas, como esse desenho e o rancor que ele despeja sobre a figura do burguês são declaradamente os objetivos finais da obra inteira de Karl Marx, toda a abertura que ele concede àultiplicidade dos demais fatores é apenas uma concessão provisória destinada a camuflar e preparar o economicismo brutal e cru com que ele fomenta a revolta contra a burguesia.

Marx não faz o mínimo esforço para demonstrar que a exploração da mais-valia é a causa substancial por trás de todos os benefícios trazidos à humanidade pela cultura da época burguesa.

Ao contrário, ele apela a um expediente que, pelo seu contágio, viria a se tornar endêmico entre hordas inteiras de praticantes das "ciências sociais": excluir do campo de enfoque pedaços enormes do objeto estudado e depois, sem a mais mínima razão, dar por demonstrado que são irrelevantes, ilusórios ou inexistentes.

O que era pura restrição de método torna-se, por um passe de mágica, uma afirmação objetiva sobre a estrutura da realidade. O efeito persuasivo não se obtém por nenhum acúmulo de provas ou demonstrações, mas pela concentração hipnótica no fator escolhido como "essencial", cuja longa e exaustiva análise ocupa o horizonte inteiro das consciências, removendo tudo o mais para uma distância onde se torna invisível.

Que a presença histórica de alguns fatores extra-econômicos tenha precedido de séculos o advento do capitalismo industrial é, portanto, algo que não precisa ser levado em conta, nem explicado.

Sem o protestantismo e o humanismo, que remontam ao século 16, nada de sociedade burguesa, mas para que remexer o passado?

As provas não só ficam ausentes, mas são criteriosamente evitadas: qualquer tentativa de examinar os elementos excluídos terminaria por trazê-los de novo para o centro do quadro, desfazendo em fumaça o efeito da concentração hipnótica.

Não espanta que isso tenha realmente sucedido a vários discípulos devotos, que, no empenho de provar a veracidade do marxismo, acabaram por dissolvê-lo numa variedade de enfoques causais que não têm de marxista senão o nome.

Isso já começa com Lênin: a teoria da "vanguarda" partidária que se antecipa ao proletariado e o cria depois da revolução suprime desde logo a ideia dos proletários como forças primordiais da transformação histórica e, de um só golpe, torna inviável qualquer tentativa de definir em termos econômicos as classes antagônicas.

Por essa via, o historiador marxista inglês E. P. Thompson chegou à conclusão de que é impossível, mediante critérios de pura economia, distinguir um proletário de um burguês.

Herbert Marcuse demite ostensivamente o proletariado da função de classe revolucionária, colocando em lugar dele os estudantes pequeno-burgueses e o Lumpenproletariat que Marx desprezava: bandidos, prostitutas, cantores de boate, drogados, bêbados e malucos em geral.

Antonio Gramsci prefere os intelectuais.

E Ernesto Laclau proclama que nem é preciso uma classe revolucionária existente: a mera força da propaganda cria a classe revolucionária do nada.

Uma teoria que, para conservar seu prestígio, tem de ser levada a dizer o contrário do que dizia não é, com efeito, teoria nenhuma: é apenas o símbolo unificador de um grupo de interesses heterogêneos, que se define, se indefine e se redefine conforme bem lhe interessa no momento, com a inventividade insana dos oportunistas, dos mitômanos e dos criminosos pegos em flagrante.


 12 Setembro 2011

O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), 81, usou dinheiro público para bancar o salário da governanta de seu apartamento em Brasília.



Ministro pagou governanta com verba pública por 7 anos

Por Andreza Matais e Dimmi Amora
Folha


O ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), 81, usou dinheiro público para bancar o salário da governanta de seu apartamento em Brasília.

O pagamento é irregular: foi feito de 2003 a 2010, quando Novais era deputado federal pelo PMDB do Maranhão.

A empregada Doralice Bento de Sousa, 49, recebia como secretária parlamentar na Câmara, nomeada por Novais.
A Folha apurou que ela não dava expediente no gabinete de Novais nem no escritório político no Estado de origem, precondições para o uso de verbas parlamentares para pagar assessores.

Dora fazia tarefas no apartamento de Novais: cozinhava, organizava a casa e chefiava a faxina das diaristas.
 

Ela dormia com alguma frequência na casa de Novais e acompanhava a família ao Rio, onde o ministro tem um apartamento, e ao Maranhão. Aqui


3/09/2011

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Charges



As Torres nossas de cada dia - Silvane Saboia




Imagem de Silsaboia


AS TORRES NOSSAS DE CADA DIA
Silvane Saboia

Milhares de pessoas morrem de fome pelo mundo, neste momento.

A Somália é o maior exemplo disto.
Vários lugares pelo mundo gritam por socorro!
Sinos deviam tocar a cada criança que morre!
No interior de vários estados brasileiros pessoas percorrem kilômetros
para obter *água!
Óbvio que o 11 de setembro me chocou,
mas me faz medo o destino dos famintos,
as mortes nas filas dos hospitais,
das crianças na rua a se criarem no inferno de drogas
e sofrimento, gerando raiva, e ódio.
Tantas guerras inúteis, desperdício de dinheiro,
dinheiro este que salvaria tanta gente,
se os governantes
se unissem por um só ideal.

*O seu semelhante.*

De todos os credos, cores, simplemente semelhante.
Por onde anda o amor?
O simples ato de amar?
A palavra usada com sabedoria,
como um afago...
Vingança só gera mais violência!
Os nossos homens do poder ainda são meninos
que trocaram a bola pela bomba mais poderosa!
Por onde andam os olhos de paz?
Por onde eles passeiam?
Que cores o mundo atual enxerga?
Nunca aceitarei a morte de crianças em guerras
das quais elas nem entendem...
O que há?
Como falei antes em outros textos, é tão simples para mim.
A união, de todos no planeta!
Sou um boba poeta que desconhece os mil interesses
de uma guerra fabricada, minha mente não consegue acreditar
em tanta podridão.
Será que os gritos que ouço, não se espalham?
Ninguem escuta?
Estou errada, ou maravilhosamente certa!
Sou tão pequena diante dessa montanha.
Boba poeta...

Imagem de Silsaboia




Comissão de Ética descarta investigar Paulo Bernardo por uso de jatinhos



Órgão não viu provas de que ministro usou avião de empreiteira
Membros ainda decidiram arquivar pedido para apurar Gabrielli e Pimentel



Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília

A Comissão de Ética da Presidência decidiu nesta segunda-feira (12) não investigar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pelo uso de jatos particulares em 2009 e 2010, quando comandava o Ministério do Planejamento.


Segundo o presidente do órgão consultivo da Presidência, Sepúlveda Pertence, não há “provas” de que Paulo Bernardo tenha utilizado a aeronave de uma empreiteira beneficiária de contratos com o governo federal.

“Não só há o desmentido formal do ministro de que jamais utilizou aviões daquela empresa como da própria empresa”, disse Pertence.

O presidente da comissão também considerou suficientes as explicações sobre o uso por Paulo Bernardo de um jato particular durante lançamento de um programa do governo federal, em Guarapuava, Paraná.

“Segundo o ministro [Paulo Bernardo], o avião foi providenciado pela prefeitura interessada e não se desmentiu isso, nem se trouxe nenhuma prova da propriedade deste avião”, afirmou Pertence.

12/09/2011

MPF denuncia Edir Macedo por evasão de divisas




Líder da Igreja Universal e três dirigentes também foram denunciados por formação de quadrilha

Solange Spigliatti
estadão.com.br

O bispo Edir Macedo Bezerra, líder religioso da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), e outros três dirigentes da entidade foram denunciados nesta segunda-feira, 12, pelo Ministério Público Federal (MPF) por lavagem dinheiro e evasão de divisas, formação de quadrilha, falsidade ideológica e estelionato contra fiéis para a obtenção de recursos para a IURD.

Eles são acusados de pertencer a uma quadrilha usada para lavar dinheiro da IURD, remetido ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos por meio de uma casa de câmbio paulista, entre 1999 e 2005
.

Os quatro também são acusados do crime de falsidade ideológica por terem inserido nos contratos sociais de empresas do grupo da IURD composições societárias diversas das verdadeiras.

O objetivo dessa prática era ocultar a real proprietária de diversos empreendimentos, qual seja, a Iurd.


Os três dirigentes da igreja denunciados são o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição, e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa.

Segundo a denúncia, do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira, o dinheiro era obtido por meio de estelionato contra fiéis da IURD, por meio do "oferecimento de falsas promessas e ameaças de que o socorro espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem economicamente pela Igreja".


O Procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira também encaminhou cópia da denúncia à área Cível da Procuradoria da República em São Paulo, solicitando que seja analisada a possibilidade de cassação da imunidade tributária da IURD.

O Caso. O Ministério público investiga desde 2003 o envio para o exterior cerca de R$ 5 milhões por mês entre 1995 e 2001 em remessas supostamente ilegais feitas por doleiros da casa de câmbio Diskline, o que faria o total chegar a cerca de R$ 400 milhões.

Na ocasião, revelação foi feita por Cristina Marini, sócia da Diskline, que depôs ontem ao Ministério Público Estadual e confirmou o que havia dito à Justiça Federal e à Promotoria da cidade de Nova York.

Cristina e seu sócio, Marcelo Birmarcker, aceitaram colaborar com as investigações nos dois países em troca de benefícios em caso de condenação, a chamada delação premiada.

Cristina foi ouvida por três promotores paulistas. Ela já havia prestado o mesmo depoimento a 12 promotores de Nova York liderados por Adam Kaufmann, o mesmo que obteve a decretação da prisão do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), nos Estados Unidos - ele alega inocência.

Ela afirmou aos promotores que começou a enviar dinheiro da Igreja Universal para o exterior em 1991.

As operações teriam se intensificado entre 1995 e 2001, quando remetia em média R$ 5 milhões por mês, sempre pelo sistema do chamado dólar-cabo - o dono do dinheiro entrega dinheiro vivo em reais, no Brasil, ao doleiro, que faz o depósito em dólares do valor correspondente em uma conta para o cliente no exterior.

Cristina disse que recebia pessoalmente o dinheiro.

Subterrâneo. Na maioria das vezes, os valores eram entregues por caminhões e chegavam em malotes.

Houve ainda casos, segundo a testemunha, que ela foi apanhar o dinheiro em subterrâneos de templos no Rio.

Cristina afirmou que mantinha contato direto com Alba Maria da Silva Costa, diretora do Banco de Crédito Metropolitano e integrante da cúpula da igreja, e com uma mulher que, segundo Cristina, seria secretária particular do bispo Edir Macedo, fundador e líder da igreja.

De acordo com a testemunha, ela depositou o dinheiro nos EUA e em Portugal.

Uma das contas usadas estaria nominada como "Universal Church". Além dela, os promotores e procuradores ouviram o depoimento de Birmarcker.

Ele confirmou a realização de supostas operações irregulares de câmbio para a igreja, mas não soube informar os valores.

12 de setembro de 2011

Bush, recebido com mais entusiasmo que Obama

Ex-primeira-dama Laura, ex-presidente George W. Bush, primeira-dama Michelle e presidente dos EUA,
Barack Obama, ouvem hino durante cerimônia
em Nova York do 11/09 - IG


Por Alvaro Fagundes

e Luciana Coelho


Nova York homenageou ontem as vítimas do 11 de Setembro com a abertura do memorial no local em que ficavam as Torres Gêmeas, em cerimônia que reuniu políticos democratas e republicanos, fato raro nos últimos tempos.

Nos dez anos dos ataques de terroristas da Al Qaeda, familiares das 2.733 vítimas do World Trade Center visitaram pela primeira vez o local, uma espécie de piscina com espelho d’água em que estão gravados os nomes dos parentes.

No memorial, aberto hoje ao resto do público, muitos gravaram em papel com giz de cera os nomes inscritos no monumento.

Outros deixaram flores e recordações (como capacetes de bombeiro). O monumento também tem os nomes das vítimas dos aviões que caíram na Pensilvânia e no Pentágono naquele dia, além das seis que morreram no atentado de 1993 no World Trade Center.

Alguns corpos nunca foram encontrados nesses dez anos, e o memorial, disseram alguns familiares, tem significado ainda mais especial.

O evento, que durou mais de quatro horas, reuniu pela primeira vez em mais de ano e meio o presidente Barack Obama e seu antecessor, George W. Bush.

Acompanhados das respectivas mulheres, eles ficaram protegidos por vidro à prova de balas.

Obama leu o Salmo 46, que fala que “Deus é nosso refúgio e nossa fortaleza”.

Já Bush, recebido com mais entusiasmo que Obama em uma cidade democrata, leu carta do presidente Abraham Lincoln (1809-65) para uma mãe que perdeu cinco filhos na Guerra de Secessão (1861-65). Aqui



12/09/2011

domingo, 11 de setembro de 2011

11 de setembro de 2011

World Trade Center Memorial


O que mais assusta nesta data é que, muito provavelmente, ela ficará na História como a fronteira entre um tempo em que o mundo ia mudando pela força do pensamento dos homens e um outro bem mais obscuro, em que os homens mudam o pensamento pela força do mundo.



Robert Peraza, que perdeu seu filho Robert David Peraza, abraça o nome de seu filho na Piscina Norte do Memorial 11/09 durante as cerimônias do décimo aniversário no local do World Trade Center no 11 de setembro de 2011, em New York City