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sábado, 26 de maio de 2012

Reportagem de VEJA revela a obscena ofensiva de Lula para subjugar o Supremo e livrar do castigo a quadrilha do mensalão



O ex-presidente Lula vem erguendo desde o começo de abril o mais obsceno dos numerosos monumentos à cafajestagem forjados desde 2005 para impedir que os quadrilheiros do mensalão sejam castigados pela Justiça

Direto ao Ponto


Por Augusto Nunes

Inquieto com a aproximação do julgamento, perturbado pela suspeita de que os bandidos de estimação correm perigo, o Padroeiro dos Pecadores jogou o que restava de vergonha numa lixeira do Sírio Libanês e resolveu pressionar pessoalmente os ministros do Supremo Tribunal Federal.

De novo, como informa a edição de VEJA, o colecionador de atrevimentos derrapou na autoconfiança delirante e bateu de frente com um interlocutor que não se intimida com bravatas.

A reportagem de Rodrigo Rangel e Otávio Cabral reproduz os momentos mais espantosos do encontro entre Lula e o ministro Gilmar Mendes ocorrido, há um mês, no escritório mantido em Brasília pelo amigo comum Nelson Jobim, ex-ministro do Supremo e ex-ministro da Defesa.




A conversa fez escala em assuntos diversos até que o palanque ambulante interrompeu o minueto para dar início ao forró do mensalão.

“Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar a VEJA.

Não é para menos.

“É inconveniente julgar o processo agora”, começou Lula, lembrando que, como 2012 é um ano eleitoral, o PT seria injustamente afetado pelo barulho em torno do escândalo.

Depois de registrar que controla a CPI do Cachoeira, insinuou que o ministro, se fosse compreensivo, seria poupado de possíveis desconfortos.

“E a viagem a Berlim?”, perguntou em seguida, encampando os boatos segundo os quais Gilmar Mendes e Demóstenes Torres teriam viajado para a cidade alemã num avião cedido por Carlinhos Cachoeira, e com todas as despesas pagas pelo meliante da moda.

Gilmar confirmou que se encontrou com o senador em Berlim.

Mas esclareceu que foi e voltou em avião de carreira, bancou todas as despesas e tem como provar o que diz.

“Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá”,
informou, antes da recomendação final: “Vá fundo na CPI”.
Lula preferiu ir fundo no palavrório arrogante.

Com o desembaraço dos autoritários inimputáveis, o ex-presidente que não desencarnou do Planalto e dá ordens ao Congresso disse o suficiente para concluir-se que, enquanto escolhe candidatos a prefeito e dá conselhos ao mundo, pretende usar o caso do mensalão para deixar claro quem manda no STF.


Alguns dos piores momentos da conversa envolveram quatro dos seis ministros que Lula nomeou:

CARMEM LÚCIA

“Vou falar com o Pertence para cuidar dela”. (Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF e hoje presidente da Comissão de Ética Pública, é tratado por Carmen Lúcia como “guru”).

DIAS TOFFOLI

“Ele tem que participar do julgamento”. (O ministro foi advogado do PT e chefe da Advocacia Geral da União. Sua mulher defendeu três mensaleiros. Mas ainda não descobriu que tem o dever de declarar-se sob suspeição).

RICARDO LEWANDOWSKI

“Ele só iria apresentar o relatório no semestre que vem, mas está sofrendo muita pressão”. (Só falta o parecer do revisor do processo para que o julgamento comece. Lewandowski ainda não fixou um prazo para terminar o serviço que está pronto desde que ganhou uma toga).
Os outros dois ministros nomeados por Lula são Joaquim Barbosa (considerado “um traidor”) e Ayres Britto, a quem Gilmar relatou na quarta-feira o encontro em Brasília.

O atual presidente do STF soube pelo colega que Lula pretende seduzi-lo com a ajuda do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, amigo de ambos e um dos patrocinadores da sua indicação.
Imediatamente, Ayres Britto associou o que acabara de escutar ao que ouviu de Lula num recente almoço no Palácio da Alvorada. “O ex-presidente me perguntou se eu tinha notícias do Bandeirinha e disse: ‘Qualquer dia a gente toma um vinho’”, contou o ministro a VEJA.

Na mesma quarta-feira, a chegada ao STF de um documento assinado por dez advogados de mensaleiros comprovou que Lula age em parceria com a tropa comandada pelo inevitável Márcio Thomaz Bastos.

“Embora nós saibamos disso, é preciso dar mostras a todos de que o Supremo Tribunal Federal não se curva a pressões e não decide ‘com a faca no pescoço’”, diz um trecho desse inverossímil hino à insolência.

A expressão foi pinçada da frase dita em 2007 pelo ministro Ricardo Lewandowski, num restaurante em Brasília, depois da sessão que aprovou a abertura do processo do mensalão.
Faltou completar a frase do revisor sem pressa:
“Todo mundo votou com a faca no pescoço. A tendência era amaciar pro Dirceu”.

O escândalo descoberto há sete anos se arrasta no STF há cinco, mas os dez doutores criticaram “a correria para o julgamento, atiçada pela grita”.

Eles resolveram dar lições ao tribunal por estarem “preocupados com a inaudita onda de pressões deflagradas contra a mais alta corte brasileira”.

O Brasil decente faz o que pode para manifestar seu inconformismo com o tratamento gentil dispensado pela Justiça a pecadores que dispõem de padrinhos poderosos e advogados que cobram por minuto.

São pressões legítimas.
Preocupante é o cerco movido a um Poder independente por um ex-chefe do Executivo.

Isso não é uma operação política, muito menos uma ação jurídica. É um genuíno caso de polícia.

Se os bacharéis do mensalão efetivamente se preocupam com pressões ilegais, devem redigir outro documento exigindo que Lula aprenda a comportar-se como ex-presidente e pare de agir como comparsa de um bando fora-da-lei.
26/05/2012

 
 
 
 

Os bons companheiros




De "caçador de marajás" Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas
 
Por Demétrio Magnoli
Estadão

Na CPI do Cachoeira seu alvo é Policarpo Jr., da revista Veja, a quem acusa de se associar ao contraventor "para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem".

Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar.

Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas - e quase tudo se encontra na internet.

Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira.

A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte - algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público.

Criminosos passam informações - verdadeiras ou falsas - com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos.

O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei.

Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo que sua divulgação seja do interesse circunstancial de uma facção criminosa.

Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística.

Informações vazadas por fontes diversas, até mesmo pela quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal.

Dilma Rousseff demitiu ministros com base nessas notícias, atendendo ao interesse público.

A revista em que trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira - uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte.

Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.

A vingança, porém, não é tudo.

O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo.

Na CPI opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista.

Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como "chefe da quadrilha", engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa - e, com ela, as informações que o incriminam.

O mensalão, porém, não é tudo.

A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato.
Franklin Martins
foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do "controle social da mídia".

A sucessão, contudo, representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa.

Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais.

Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.

No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista Carta Capital.

A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito "200 ligações" telefônicas para Cachoeira.

Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos.

Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor.

Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas - não 200 - ligações com sua fonte.
A revista não se circunscreveu à mentira factual.

Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta "parceria Cachoeira-Policarpo Jr." como "bandidagem em comum".

Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro.

Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação da Carta Capital ocupava o cargo de editor de Veja, a publicação em que hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias.

Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da "eficiência" da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação "tranquilizava o povo".

O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio, sob a rubrica Quem foi quem na ditadura.
Na Veja de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim.

A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo.

Hoje Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr.

O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de R$ 1 milhão para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobrás (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).

Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula.

Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo - ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu.

A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.


* SOCIÓLOGO, É DOUTOR EM GEOGRAFIA HUMANA PELA USP. E-MAIL: DEMETRIO.MAGNOLI@UOL.COM.BR

ESCÂNDALO, ABSURDO E DEBOCHE: Lula sugere troca de favores a um ministro do STF e revela como tem pressionado outros membros da corte. Ex-presidente degrada as instituições




Caras e caros, o que vai abaixo é muito grave.

Espalhem a informação na rede, debatam, organizem-se em defesa da democracia.

O que se vai ler revela uma das mais graves agressões ao estado de direito desde a redemocratização do país.




Luiz Inácio Lula da Silva perdeu completamente a noção de limite, quesito em que nunca foi muito bom.

VEJA publica hoje uma reportagem estarrecedora.

O ex-presidente iniciou um trabalho direto de pressão contra os ministros do Supremo para livrar a cara dos mensaleiros.

Ele nomeou seis dos atuais membros da corte — outros dois foram indicados por Dilma Rousseff.

Sendo quem é, parece achar que os integrantes da corte suprema do país lhe devem obediência.

Àqueles que estariam fora de sua alçada, tenta constranger com expedientes ainda menos republicanos.

E foi o que fez com Gilmar Mendes.

A reportagem de Rodrigo Rangel e Otavio Cabral na VEJA desta semana é espantosa!

Lula, acreditem, supondo que Mendes tivesse algo a temer na CPI do Cachoeira, fez algumas insinuações e ofereceu-lhe uma espécie de “proteção” desde que o ministro se comportasse direitinho.

Expôs ainda a forma como está abordando os demais ministros.

Leiam trecho.

Volto em seguida.





(…)

Há um mês, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi convidado para uma conversa com Lula em Brasília.

O encontro foi realizado no escritório de advocacia do ex-presidente do STF e ex-ministro da Justiça Nelson Jobim, amigo comum dos dois.

Depois de algumas amenidades, Lula foi ao ponto que lhe interessava: “É inconveniente julgar esse processo agora”.

O argumento do ex-presidente foi que seria mais correto esperar passar as eleições municipais de outubro deste ano e só depois julgar a ação que tanto preocupa o PT, partido que tem o objetivo declarado de conquistar 1.000 prefeituras nas urnas.

Para espíritos mais sensíveis, Lula já teria sido indecoroso simplesmente por sugerir a um ministro do STF o adiamento de julgamento do interesse de seu partido.


Mas vá lá.


Até aí, estaria tudo dentro do entendimento mais amplo do que seja uma ação republicana.

Mas o ex-presidente cruzaria a fina linha que divide um encontro desse tipo entre uma conversa aceitável e um evidente constrangimento.

Depois de afirmar que detém o controle político da CPI do Cachoeira, Lula magnanimamente, ofereceu proteção ao ministro Gilmar Mendes, dizendo que ele não teria motivo para preocupação com as investigações.


O recado foi decodificado.

Se Gilmar aceitasse ajudar os mensaleiros, ele seria blindado na CPI.


(…) “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula”, disse Gilmar Mendes a VEJA.


O ministro defende a realização do julgamento neste semestre para evitar a prescrição dos crimes.

(…)



Voltei

Interrompo para destacar uma informação importante. Na conversa, Lula insinuou que Mendes manteria relações não-repubicanas com o senador Demóstenes Torres.

Quando ouviu do interlocutor um “vá em frente porque você não vai encontrar nada”, ficou surpreso.

Segue a reportagem de VEJA.

Retomo depois:

A certa altura da conversa com Mendes. Lula perguntou: “E a viagem a Berlim?”.

Ele se referia a boatos de que o ministro e o senador Demóstenes Torres teriam viajado para a Alemanha à custa de Carlos Cachoeira e usado um avião cedido pelo contraventor.

Em resposta, o ministro confirmou o encontro com o senador em Berlim, mas disse que pagou de seu bolso todas as suas despesas, tendo como comprovar a origem dos recursos.

“Vou a Berlim como você vai a São Bernardo. Minha filha mora lá”, disse Gilmar, que, sentindo-se constrangido, desabafou com ex-presidente: “Vá fundo na CPI”.

O ministro Gilmar relatou o encontro a dois senadores, ao procurador-geral da República e ao advogado-geral da União.



Retomando

Sabem o que é impressionante?

A “bomba” que Lula supostamente teria contra Mendes começou a circular nos blogs sujos logo depois.

O JEG — a jornalismo financiado pelas estatais — pôs para circular a informação falsa de que Mendes teria viajado às expensas de Cachoeira.

Muitos jornalistas sabem que o ex-presidente está na origem de boatos que procuravam associar o ministro ao esquema Cachoeira.



Ou por outra: Lula afirma ter o “controle político” da CPI e parece controlar, também, todas as calúnias e difamações que publicadas na esgotosfera.

Sigamos.


Lula deixou claro que está investindo em outros ministros da corte.

Revelou já ter conversado com Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão — só depende dele o início do julgamento — sobre a conveniência de deixar o processo para o ano que vem.

Sobre José Antônio Dias Toffoli, foi peremptório e senhorial: “Eu disse ao Toffoli que ele tem de participar do julgamento”.

Qual a dúvida?

O agora ministro já foi advogado do PT e assessor de José Dirceu; sua namorada advoga para um dos acusados.

A prudência e o bom senso indicam que se declare impedido.

Lula pensa de modo diferente — e o faz como quem tem certeza do voto.

Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo e um dos porta-vozes informais do chefão do PT, já disse algo mais sério: “Ele não tem o direito de não participar”.


A ministra Carmen Lúcia, na imaginação de Lula, ficaria por conta de Sepúlveda Pertence, ex-ministro do STF e atual presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República: “Vou falar com o Pertence para cuidar dela”.

Com Joaquim Barbosa, o relator, Lula está bravo. Rotula o ministro de “complexado”.

Ayres Britto, que vai presidir o julgamento se ele for realizado até novembro, estaria na conta do jurista Celso Antonio Bandeira de Mello, amigo de ambos, que ficaria encarregado de marcar a conversa.

Leia mais um trecho da reportagem


(…)
Ayres Britto contou que o relato de Gilmar ajudou-o a entender uma abordagem que Lula lhe fizera uma semana antes, durante um almoço no Palácio da Alvorada, onde estiveram a convite da presidente Dilma Rousseff.

Diz o ministro Ayres Britto: “O ex-presidente Lula me perguntou se eu tinha notícias do Bandeirinha e completou dizendo que, “qualquer dia desses, a gente toma um vinho”.

Confesso que, depois que conversei com o Gilmar, acendeu a luz amarela, mas eu mesmo tratei de apagá-la”.


Ouvido por VEJA, Jobim confirmou o encontro de Lula e Gilmar em seu escritório em Brasília, mas, como bom político, disse que as partes da conversa que presenciou “foram em tom amigável”.

VEJA tentou entrevistar Lula a respeito do episódio.

Sem sucesso, enviou a seguinte mensagem aos assessores: “Estamos fechando uma matéria sobre o julgamento do mensalão para a edição desta semana. Gostaríamos de saber a versão do ex-presidente Lula sobre o encontro ocorrido em 26 de abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, com a presença do anfitrião e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, no qual Lula fez gestões com Mendes sobre o julgamento do mensalão”.

Obteve a seguinte frase como resposta:

“Quem fala sobre mensalão agora são apenas os ministros do Supremo Tribunal Federal”.

Certo.

Mas eles têm ouvido muito também sobre o mensalão”.


Encerro

É isso aí. Não há um só jornalista de política que ignore essas gestões de Lula, sempre contadas em off.

Ele mesmo não tem pejo de passar adiante supostas informações sobre comprometimentos deste ou daquele.

Desde o início, estava claro que pretendia usar a CPI como instrumento de vingança contra desafetos — inclusive a imprensa — e como arma para inocentar os mensaleiros.


As informações estarrecedoras da reportagem da VEJA dão conta da degradação institucional a que Lula tenta submeter a República.

Como já afirmei aqui, ele exerce, como ex-presidente, um papel muito mais nefasto do que exerceu como presidente.

O cargo lhe impunha, por força dos limites legais, certos impedimentos.

Livre para agir, certo de que é o senhor de ao menos seis vassalos do Supremo (que estes lhe dêem a resposta com a altivez necessária, pouco impota seu voto), tenta fazer valer a sua vontade junto àqueles que, segundo pensa, lhe devem obrigações.

Aos que estariam fora do que supõe ser sua área de mando, tenta aplicar o que pode ser caracterizado como uma variante da chantagem.


Tudo isso para reescrever a história e livrar a cara de larápios. Mas também essa operação foi desmascarada.

Por VEJA!

Por que não seria assim?


Nem a ditadura militar conseguiu do Supremo Tribunal Federal o que Lula anseia: transformar o tribunal num quintal de recreação de um partido político.                 


Comentário


O desespero desse crápula e do Zé, seu sósia na imoralidade, é a maior confissão de culpa que o Brasil precisava.

Estão esperando o quê, para metê-los na cadeia?

Pressionar e ameaçar um desembargador do STF é crime?

Ou só o é para a plebe rude?

"Doutor honoris causa" em corrupção e megalomania não vai preso?

Qual terá sido a ameaça ao Cachoeira para fazê-lo mudo?

Claro que, se ele falar, não é só a casa que cai.

É Brasília toda.

Será um tsunami nacional.

Não sobrarão nem as cadeiras.



Ester Azoubel

26/05/2012

Quem governa?


 
Quem governa?

Aqueles em que votamos?

Que elegemos para dirigir os destinos do País e, portanto, o nosso?

Parece que não é tão simples assim


Maria Lucia Victor Barbosa


Dilma Rousseff ganhou a eleição presidencial, contudo, é o ex-presidente Lula da Silva que em larga medida ainda governa.

Mesmo porque, volta e meia ele se reúne com sua afilhada para orientá-la e teve o cuidado de indicar a maioria dos ministros que compuseram o ministério de Rousseff.

Não deu certo porque muitos ministros caíram, não porque foram faxinados pela presidente, mas porque se tornou inviável mantê-los depois da enxurrada de provas de corrupção que circularam pela imprensa.

Não é à toa que Lula sempre atacou a mídia e o PT sonha há tempos em acabar com a liberdade de expressão, algo recentemente ostentado claramente pelo presidente do partido, Rui Falcão.
Lula da Silva manda tanto que tem maquinado acertos eleitorais e, contrariando a presidente Rousseff que deve ter lá seus motivos para não ter querido a CPI do Cachoeira, ordenou que a Comissão fosse criada.

Seu intuito segundo jornais e revistas seria o de salvar companheiros envolvidos no escândalo do “mensalão”, especialmente o chamado chefe da quadrilha, José Dirceu; desmoralizar o PSDB por conta do suposto envolvimento do governador de Goiás, Marconi Perillo, com o bicheiro; desmerecer o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que denunciou os quadrilheiros do esquema e, de quebra; conseguir ganhar em São Paulo elegendo o desastrado ex-ministro da Educação, Fernando Haddad.
Entretanto, se Lula é tido como um gênio da política a jogada da CPI do Cachoeira não está dando certo.

A ida de Carlos Augusto de Almeida Ramos ao Congresso foi desmoralizante.

Afinal, os parlamentares sabiam de antemão que Cachoeira ficaria em silêncio por direito constitucional e por orientação de seu advogado, Márcio Thomaz Bastos que, curiosamente, foi ministro da Justiça de Lula da Silva. Mesmo assim, senadores e deputados aproveitaram a oportunidade para fazer da pantomima seu palanque com performances de indignação que não existiram, por exemplo, diante do silêncio de Delúbio Soares e Silvinho Land Rover em outra CPI que, como as demais, resultou em nada.

A senadora Kátia Abreu, outrora DEM agora PSB, portanto, da base aliada do governo, foi cortante: “Isso é ridículo. Estamos aqui perguntando para uma múmia. Não vou ficar aqui dando ouro para um bandido. Não vamos fazer papel de bobo para um chefe de quadrilha com cara de cínico”.
O deputado do PR-DF, Ronaldo da Fonseca, saiu-se com essa: “O senhor está com vontade de responder, seu Cachoeira, mas não responda agora não”.
A senadora bem que poderia ter pedido o encerramento não apenas da sessão, mas da grotesca CPI.

Afinal, se continuarem blindando a empreiteira Delta e seu dono, Fernando Cavendish, além de governadores e demais políticos envolvidos, a CPI não terá a menor serventia.

Culpem, então, a senhora que serve cafezinho na Delta, o office-boy da Veja e apressem o que já se sabe irá acontecer: o impeachment do senador Demóstenes.

Feito isso, desmontem o picadeiro.

Quanto ao deputado Ronaldo, foi impróprio para maiorais. Imagine-se se Cachoeira resolvesse falar. Não ia sobrar muito gente.

Na verdade, a CPI ficou desmoralizada quando o deputado petista, Cândido Vaccarezza, enviou um SMS para o governador peemedebista do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, grande amigo de Lula da Silva e de Fernando Cavendish, com os seguintes dizeres na mais pura versão da “Flor do Lácio”: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe. Você é nosso e nós somos teu”.

Aqui se volta à pergunta inicial:

Quem governa?

Além daqueles que elegemos para cargos do Executivo e do Legislativo, tudo indica que fomos governados também por Carlinhos Cachoeira tal seu poder de influência.


Ele possuía uma impressionante rede de relações no Judiciário, na Polícia, no Ministério Público, no Executivo, no Legislativo, no mundo dos negócios. Cavendish, dono da empreiteira mais agraciada com obras pelo governo federal, pelo governo do Rio de Janeiro e de outros Estados, foi chamado de “sócio oculto” do contraventor.

Além disso, Cachoeira nomeava pessoas, influía nas emendas ao Orçamento da União. Se isso não é governar não sei mais o que é.

Esse imenso poder paralelo não impede o imperial comando de Lula da Silva.

O processo do “mensalão” que se arrasta há quase sete anos corre o risco de não dar em nada se Lula insistir na tese de que o “mensalão” não existe.

Se isso acontecer será a pá de cal no Estado Democrático de Direito e o PT continuará a reinar junto com os que também mandam no País: os Cachoeiras e o poder paralelo dos traficantes e de outros tipos de bandidos que afrontam impunemente a população.

Afinal, sem o cumprimento das leis um país não é civilizado.

Prevalece o “estado de natureza” de que falou Hobbes, “onde não há teu nem meu, mas o que eu puder tomar, pelo tempo que puder conservar”.


Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Alexandre, Alexandre, quae te dementia cepit?


Alexandre Vidal Porto



Alexandre Vidal Porto é um diplomata atualmente lotado, é assim que se diz?, na Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

É aquela pasta de Maria do Rosário.

Maria do Rosário é aquela ministra que considera descabido debater direitos humanos em Cuba.

A sua frase, que entra para o lixo da história é esta:


“A marca de Cuba não é a violação de direitos humanos, e sim ter sofrido uma violação histórica, o embargo americano”.


Vidal Porto é, portanto, um funcionário público, que exerce um cargo de governo — o que, entendo, lhe impõe algumas restrições ditadas pelo decoro quando participa do debate público. Também é militante gay — mas contra “a caricatura”. Sei. E isso, claro!, é um direito seu. Pois bem. Esse senhor me envia o seguinte comentário:


“Quanto mais leio o que você escreve, mais apelativo e oportunista o acho. Seus raciocínios são distorcidos e simplórios. Como não quero crer que você seja burro, acho que se trata mesmo de má-fé, que você utiliza para manipular a cambada de — estes sim — ignorantes que elogiam em comentário as tolices virulentas que você escreve.”

Volto

Alexandre, Alexandre, quae te dementia cepit?, para repetir aquele pastor que resolveu se engraçar com um efebo… Comigo, não, violão!

Nesse tipo de coisa, rapaz, é preciso ter a vara mais longa na hora de cutucar. Pois eu acho que você, apesar da pose de pensador alternativo, é burro e de má-fé. Logo, o meu juízo a seu respeito é pior do que o seu a meu.

Entendeu?

Vamos ver por que ele está bravo comigo. Reproduzi no clipping, anteontem, trecho de reportagem da Folha que trata do encontro do petista Fernando Haddad, candidato à Prefeitura de São Paulo, com a militância gay do PT. A reportagem informa:

“o grupo propõe uma campanha de incentivo a professores transgêneros nas salas de aula, além da adoção do kit gay (…)”
Dei o seguinte título para o post:

“Haddad se encontra hoje com militância gay do PT: ela quer ‘kit gay’ nas escolas e travestis dando aula”

Vidal Porto resolveu saltar das tamancas. Ele poderia dizer o que há de errado com o título, mas não diz. O texto, por óbvio e como se informa, não é meu. Mas, suponho, ele acha que eu deveria aderir à mesma linguagem militante a que ele aderiu e chamar “travesti” de “transgênero”.

Não vou!

A palavra não foi incluída na mais recente edição do “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”.

Ele ficou irritado porque puxei para o título o que é a essência da notícia. Desde que Haddad se fez candidato, tenta driblar esse tema.

Autorizou o kit gay quando ministro, começou a distribuí-lo e agora nega a responsabilidade.

A dita “comunidade gay”, da qual Vidal faz parte, nunca se conformou com isso. O que este senhor não suporta é a clareza.
Mas volto a seu comentário malcriado. “Quanto mais leio o que você escreve…” Então me lê? É uma obsessão? Fá-lo por algum prazer mórbido? Procure o texto de um outro já que a obra deste escriba não o satisfaz, ora essa! Como naquele bolero de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, cantarolo pra você, Vidal:

Que queres tu de mim
Que fazes junto a mim
Se tudo está perdido amor

Que mais me podes dar
Se nada tens a dar
Que a marca de uma nova dor


Eu nunca o li, por exemplo. A gente pode manter uma relação que, no Itamaraty, chamariam de “reciprocidade”.

Que tal, hein?

Você faz comigo o que eu faço com você.

Huuummm?

Eu não o leio, você não me lê?


Meus raciocínios são “distorcidos e simplórios”?

É mesmo?

E os seus são os de um militante, que acredita que os que não comungam de suas teses ou não pensaram o suficiente ou são movidos a má-fé — o que é um juízo tipicamente totalitário.

Quanto a chamar os leitores deste blog de “cambada”…

Eles terão com você a elegância que você não teve com eles.


Deixe que lhe diga algumas coisas, rapaz: eu e meus leitores, pouco importa o que pensemos (e cada um pensa por si mesmo), não o fazemos patrocinados pelo dinheiro público.

Faltam-lhe, para ser um servidor do estado, moderação, isenção, equilíbrio e vergonha na cara.

Eu sou um dos milhões de brasileiros que pagam o seu salário, seu bobalhão!

Dobre a sua língua!


Na sua função, é uma obrigação respeitar o ponto de vista de todos os brasileiros, guardados os parâmetros da legalidade.

Numa república verdadeiramente democrática, esse seu comentário deveria lhe render demissão sumária. Mas não na Repúbica dos Companheiros, que abriga a boçalidade militante, a sua inclusive.

De fato, não sou burro.

Mas você é.


Por que não usa a sua fúria contra a sua chefe, essa grande defensora de Cuba, aquele país que perseguiu e persegue os homossexuais, como você?

Esqueça este Reinaldo e vá ler outro, o Arenas.

Eu vou lhe dizer por que você não o faz: porque é covarde; porque não tem coragem de ir à luta; porque prefere ser um militante de uma causa abrigado no conforto que lhe confere o estado.

Sei bem qual é a sua. Você tem uma agenda. E prefere que ela vá sendo aplicada à socapa, na base de eufemismos.

O fato é que um grupo do partido ao qual você presta vassalagem quer o kit gay nas escolas — com todos os seus absurdos, dos morais aos pedagógicos, passando pelos matemáticos — e travestis (sim!) dando aula.

É a palavra que está disponível no “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa”.

Ou, em breve, assistiremos a uma edição extra, revisada por Vidal Porto?


Não posso obrigá-lo a não me ler, é claro!

Mas fica aqui o convite, com sugestão de trilha sonora.

E convido-o também a ler o Código de Conduta dos servidores públicos. Aprenda a ser mais decoroso com o dinheiro público, rapaz!

E melhor fará se me tirar do seu radar.

Até porque nem me assusto nem me intimido com militância organizada.

Na verdade, isso até me anima.

Comentários — Atenção, minha querida “cambada”. Nada de chutar os países baixos de Vidal Porto. Vamos incentivá-lo a procurar páginas na Internet que satisfaçam seus anseios.



25/05/2012


* Que loucura o tomou, senhor?




quinta-feira, 24 de maio de 2012

REDUÇÃO DE IPI; NÃO É POR AÍ !!!




desabafo e charge
www.sponholz.arq.br


Nenhum país do mundo combate crise econômica vendendo carros, exceto o nosso.

Incentivar a compra de veículos para o transporte individual através da redução de impostos e de financiamentos com juros baixos e prazos longos para atender ao lobby de montadoras em detrimento ao transporte coletivo, é medida demagógica, inconseqüente e criminosa com nossas cidades e conseqüentemente com seus cidadãos.

Desde a sua invenção, a propaganda glamourizou o uso do automóvel dando-lhe a falsa conotação com o status social. Daí a estúpida paixão do brasileiro pela máquina de quatro rodas que substitui duas patas.

Hoje o maior problema de nossas cidades é o tráfego. Nossas ruas não mais comportam o excessivo número de veículos que a cada dia nelas são despejados.

Nossas vias interurbanas transformaram-se em campos de batalha onde, a cada ano, morrem mais de quarenta mil brasileiros e outros tantos sofrem danos físicos irreparáveis.

A solução?

Uma só: transporte coletivo eficiente, com canaletas exclusivas, com conforto, com rapidez...

Mas priorizá-lo e subsidiá-lo parece não ser a vontade deste governo.

Sua vontade é fazer com que o brasileiro atole-se em dívidas, seja o campeão da inadimplência, deixe de construir um quarto para abrigar um novo filho construindo uma garagem para abrigar um carro novo ou um novo carro.

E ainda falam em "mobilidade urbana".

Ora tenham vergonha!!!

Pensar momentaneamente e emergencialmente (devido a copa do mundo), em "mobilidade urbana" para meia dúzia de cidades, esquecendo-se das mais de cinco mil e quinhentas outras que também precisam de "mobilidade urbana" é, no mínimo, desrespeito e escárnio.

Enfim, lá vamos nós enfrentar o tráfego nosso de cada dia que o governo nos dá hoje.

Triste país este.

_Roque Sponholz
Arquiteto e Urbanista


Charges

Novo alvo da CPI, Delta nacional levou R$ 718,2 mi com negócios em 18 Estados





Levantamento identificou pagamentos de governadores da base e da oposição à construtora


Alfredo Junqueira

O Estado de S. Paulo

RIO - Principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e protagonista do terremoto político provocado pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal, a Delta Construções também faturou alto em contratos diretos com 18 administrações estaduais.

Levantamento feito pelo Estado nos bancos de dados dos governos identificou pagamentos que somam R$ 718,24 milhões no ano passado.

O total arrecadado pela construtora nos Estados equivale a 83,3% dos R$ 862,43 milhões que a empresa faturou em obras e serviços prestados ao governo federal no mesmo período.

Ou seja, somente em 2011 a Delta Construções recebeu R$ 1,58 bilhão em recursos públicos federais e estaduais.

A capilaridade da empresa, que está presente em quase todo o País, explica a reduzida disposição inicial da CPI instaurada no Congresso Nacional de investigar as atividades da empresa para além da Região Centro-Oeste - onde o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, se estabeleceu como uma espécie de sócio oculto da construtora.

Na terça-feira, 22, no entanto, a comissão anunciou que pretende focar todos os negócios.

A revelação de que Cláudio Abreu e Heraldo Puccini Neto, diretores da empresa indiciados pela Operação Saint-Michel, do Ministério Público do Distrito Federal, tinham procuração para movimentar contas nacionais da construtora deve forçar a CPI a ampliar suas investigações. E os parlamentares terão farto material de análise nas administrações estaduais.

Além de obras, reparos e manutenções, os tesouros estaduais também contrataram a empresa, que pertencia a Fernando Cavendish, para prestação de serviços de limpeza (R$ 92,45 milhões com o Distrito Federal) e locação de veículos para a área de segurança pública (R$ 16,54 milhões com Mato Grosso), por exemplo.

O maior faturamento da Delta nos Estados ocorreu no Rio de Janeiro, sede da matriz da empresa.

Só em 2011, a empreiteira recebeu R$ 302,8 milhões da administração fluminense
- a maior parte veio do Departamento de Estradas de Rodagem local (DER-RJ): R$ 98,7 milhões.

Amigo íntimo de Cavendish, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) tornou-se um dos potenciais alvos da CPI depois que o ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) publicou em seu blog fotos e vídeos de festas, shows e jantares com o peemedebista, o empresário e suas respectivas mulheres na França e em Mônaco.
Nos cinco anos e cinco meses de gestão de Cabral, Cavendish faturou R$ 1,49 bilhão no Rio.

A relação de amizade colocou Cabral na berlinda e pode levá-lo a prestar esclarecimentos à CPI, apesar das manobras de integrantes da comissão para blindar os governadores.

Terra natal. Depois do Rio, o tesouro estadual que mais pagou à Delta foi o de Pernambuco, Estado de origem da empreiteira, fundada em 1961 por Inaldo Soares - pai de Cavendish.

No ano passado, o governador Eduardo Campos (PSB) assinou pagamentos à construtora que totalizaram R$ 105 milhões.

O Distrito Federal, de Agnelo Queiroz (PT), outro cotado para depor na CPI por causa das relações de ex-assessores com Cachoeira, aparece em terceiro na lista, com R$ 92,8 milhões.

Logo após, com R$ 51,9 milhões, vem Goiás, do tucano Marconi Perillo - governador em situação delicada por causa de sua relação pessoal com o contraventor.

Os contratos em vigor podem fazer com que os valores pagos à Delta por algumas administrações estaduais se multipliquem nos próximos anos.

Apesar de constar com apenas R$ 3,16 milhões em desembolsos no ano passado, o governo do Amazonas, administrado por Omar Aziz (PSD), por exemplo, assinou quatro contratos no valor total de R$ 143,8 milhões no último trimestre de 2011.

O governo está auditando os processos e admite rescindi-los.

O mesmo ocorre no Espírito Santo, do governador Renato Casagrande (PSB), que pagou R$ 3,8 milhões à empresa no ano passado, mas que tem ainda outros contratos, que totalizam R$ 90 milhões com a construtora.

Gravações feitas pela PF na Operação Monte Carlo revelaram que Cachoeira e a Delta cobiçavam entrar em Estados como Santa Catarina e Paraná, cujos portais de transparência das administrações estaduais informam não terem feito nenhum pagamento à construtora no ano passado.

A Região Sul ainda era um local inexplorado pelo esquema, pois no Rio Grande do Sul também não há registro de contratos com a empresa.

As assessorias do Amapá, da Bahia, de Minas Gerais, da Paraíba e de Rondônia também afirmaram que não fizeram pagamentos à Delta.
23 de maio de 2012


O rei do Rio perdeu o trono, a pose e a voz




Direto ao Ponto

Surpreendido pela cachoeira que engoliu a Delta e o deixou com água pela cintura, o governador Sérgio Cabral permanece refugiado no Palácio Guanabara.

Longe dos jantares com a Turma do Guardanapo, das festas bancadas pelo amigo Fernando Cavendish, dos jatinhos emprestados por Eike Batista e das margens do Sena, Cabral tem de consolar-se com os torpedos de Cândido Vaccarezza.

As mensagens tão melosas com o destinatário quanto cruéis com o idioma são insuficientes para devolver ao governador a alegria de viver e, sobretudo, a loquacidade dos tempos em que, fantasiado de Rei do Rio, batia boca até com menino de morro.

O vídeo reprisado pela seção História em Imagens ressuscita o Cabral dos tempos em que era de Lula, não de Vaccarezza.

23/05/2012

Carlinhos Cacheira: silêncio revelador



Márcio Thomaz Bastos fez Carlinhos Cachoeira perder a voz para garantir a impunidade de clientes mais ilustres





Augusto Nunes

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dilma foi torturada? Eu não acredito!






Vale lembrar que o comunista, advogado e ator Mário Lago, descaradamente, aconselhava todos os esquerdistas que foram presos a dizer que foram torturados


Por Félix Maier
Artigos - Governo do PT
MSM

A jornalista Mírian Macedo, no texto
A verdade: eu menti”, confirma essa prática sistemática da esquerda


O general Luiz Eduardo Rocha Paiva, em entrevista à jornalista Miriam Leitão, em março de 2012, colocou em dúvida a afirmação de Dilma Rousseff, antiga terrorista da VAR-Palmares, de que tenha sido torturada, como ela já afirmou inúmeras vezes.

Eu também tenho dúvidas a respeito.

Afinal, por que acreditar em uma mentirosa compulsiva, como Dilma?


A propósito, a foto distribuída à imprensa, quando Dilma compareceu ao tribunal militar, mostra uma garota sapeca, em pleno vigor físico e nada lembra que tenha sofrido maus tratos quando esteve confinada na Torre das Donzelas...

Por que eu afirmo que Dilma é uma mentirosa compulsiva?

Vejamos.

Quando Dilma era Chefe da Casa Civil, postou no site daquele órgão uma mentira, de que tinha concluído cursos de mestrado e doutorado na Unicamp. Denunciada pela revista Piauí e pelos jornais, a mentira foi rapidamente apagada do site.

Quando surgiram as denúncias sobre o uso indiscriminado dos cartões corporativos, em que a petralhada fez a festa - teve até um ministro, o da tapioca esportiva, que fez uso do LullaCard para comprar aquele quitute -, a Casa Civil elaborou um dossiê anti-FHC e Dona Ruth (esposa de FHC), para colocar todos no mesmo nível, como são de praxe as ações dos petralhas. Inicialmente, Dilma disse que valores de "suprimento de fundos" haviam sido pedidos pelo TCU. Como este órgão desmentiu a maracutaia petista, Dilma disse que se tratava apenas de um "banco de dados" interno - embora tenha sido divulgado aos quatro ventos, para todo o Brasil tomar conhecimento.

Outra mentira de Dilmandona foi o caso da secretária da Receita Federal, Lina Vieira, que foi chamada à Casa Civil por Dilma, para "acelerar" as investigações que estavam sendo feitas contra um filho de José Sarney.

Dilma afirmou que a secretária nunca esteve no Palácio. Quando a imprensa solicitou informações sobre filmagens das câmaras de vigilância do Planalto, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Jorge Félix, disse que não havia back up, que as imagens haviam sido apagadas.

O sistema de segurança e vigilância do Palácio do Planalto, criado em 2004, custou em torno de R$ 4 milhões - segundo me informou um militar que lá trabalhou -, e está diretamente subordinado ao GSI, sem interferência da rede de informática do Palácio, para evitar acesso indevido ao sistema.

Esse sistema de vigilância é muito potente, podendo gravar durante 6 meses, ininterruptamente, sem necessidade de back up para reutilização das unidades gravadoras.

A pergunta básica é: por que não foram preservadas as imagens, para futuras auditorias - e para, no caso, comprovar quem estava mentindo?

Este fato funesto prova que o general não trabalhou em prol da república brasileira, mas em favor de um partido político, o do Mensalão e de tantos atos criminosos, que acabou elegendo a atual presidente.

O coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra dá um importante testemunho sobre terroristas que dizem que foram torturados: “Onde estão esses depoimentos originais?

Estão todos no Superior Tribunal Militar, no processo de cada um desses presos. Qualquer pessoa bem intencionada que leia os depoimentos, facilmente vai chegar à conclusão de que aqueles documentos [manuscritos pelos presos] nunca foram redigidos enquanto o autor estivesse sendo torturado, ou sob pressão.

A maneira como a pessoa descreve, como escreve; a letra, a letra firme, a maneira como aborda as questões.

(...) Depois, ele ia para o inquérito policial, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), e confirmava o que havia dito no DOI. Posteriormente, era levado para a Auditoria. Na Auditoria, negava tudo. Negava e, se lembrado do que declarara antes, no DOI, alegava que falava sob tortura.

E por que faziam isso?

Bom, primeiro, porque na Auditoria procuravam negar, é claro, para ver se a pena que iriam receber não seria tão grande.

Segundo, tinham que justificar perante a esquerda, perante seus companheiros por que, no interrogatório do DOI, haviam entregado a organização, denunciado seus companheiros, confessado a localização dos seus aparelhos.

E, terceiro, porque tinham certeza de que jamais seriam reconhecidos
.

Não conseguimos nunca testemunhas oculares. Assaltavam bancos, os bancários viam, sabiam quem eram, mas, quando chamados, não os reconheciam, não sabiam de nada, por quê?

Porque os primeiros bancários que fizeram o reconhecimento foram assassinados; ameaçados, sabiam que todos aqueles que reconhecessem os assaltantes teriam o mesmo destino.

Nunca mais ninguém neste País quis depor contra os terroristas. (...)

Bem, como conclusão a respeito da tortura, posso dizer que a mídia explora a tortura com estardalhaço e sensacionalismo. Os ex-terroristas procuram justificar o que confessaram, dizendo que falavam sob tortura. Hoje o curriculum vitae de uma pessoa é bastante valorizado quando afirma que foi torturada na época da ditadura, como dizem.

Excessos condenáveis devem ter sido cometidos pela repressão, mas foram muito poucos, uma exceção”
(História Oral do Exército, 1964,Tomo 5, pg. 228-232).

“Torturador” é, sem sombra de dúvida, a palavra logomáquica mais utilizada pela esquerda brasileira, para satanizar os integrantes das Forças Armadas brasileiras que combateram os terroristas, especialmente o coronel Ustra.

Não que a esquerda seja contra a tortura, pois nunca repudiou a tortura ainda existente em Cuba e na China, ou na antiga União Soviética, nem teve remorsos em trucidar a golpes de coronhadas de fuzil o crânio do tenente Alberto Mendes Júnior, da PM de São Paulo.

Nem em torturar psicologicamente seus reféns, como o embaixador americano Charles Elbrick. Infelizmente, a tortura é combatida apenas da boca para fora, porque todos os países a utilizam, principalmente em situação de guerra, como os EUA contra os terroristas islâmicos. Aliás, a tortura continua sendo praticada no Brasil, como afirmam relatórios anuais da ONU.


A propósito, vale lembrar que o comunista, advogado e ator Mário Lago, descaradamente, aconselhava todos os esquerdistas que foram presos a dizer que foram torturados.

O mesmo esquema ocorre hoje em dia, quando bandidos comuns, mesmo presos em flagrante delito, dizem ao juiz, instruídos pelos advogados, que confessaram o crime sob tortura, para abrandamento da pena.

A jornalista Mírian Macedo, no texto “
A verdade: eu menti”, confirma essa prática sistemática da esquerda.

Além de querer alcançar a “hegemonia” em todos os setores da sociedade, pregada por Gramsci, o
“fascismo gay” brasileiro quer também alcançar o monopólio da tortura.

Repito o que disse o general Rocha Paiva: por que alguém deve acreditar em Dilma Rousseff, de que foi torturada, se ela é uma mentirosa compulsiva?

Eu também não acredito!

22 Maio 2012

Prisioneiro do ressentimento






Editorial
O Estado de S.Paulo

Mais velho, mais sofrido - e nem por isso mais sábio -, o ex-presidente Lula levou para a Câmara Municipal de São Paulo, onde receberia na segunda-feira o título de Cidadão Paulistano, as suas obsessões e os seus fantasmas: as elites e o mensalão.

Ao elogiar no seu discurso a gestão da prefeita Marta Suplicy, ele se pôs a desancar a "parte da elite" de cujo preconceito ela teria sido vítima "porque ousou governar para os pobres".

Marta fez os CEUs (centros educacionais unificados), exemplificou, para acolher crianças de favelas, algo inaceitável para aqueles que não querem que os outros sejam "pelo menos iguais" a eles.

O ressentimento de que Lula é prisioneiro o impede de aceitar que, numa megalópole como esta, há de tudo para todos os gostos e desgostos - e não apenas no topo da pirâmide social.

Os que nele se situam, uma população que o tempo e as oportunidades de ascensão de há muito tornaram heterogênea, não detêm o monopólio do preconceito de classe.

Durante anos, até eleitores mais pobres, portadores, quem sabe, do proverbial complexo de vira-lata, refugaram a ideia de votar em um candidato presidencial que, vindo de onde veio e com pouco estudo, teria as mesmas limitações que viam em si para governar o Brasil.

Lula tampouco admite, ao menos em público, que dificilmente teria chegado lá se o destino não o tivesse levado a viver na mais aberta sociedade do País - que também abriga, repita-se, cabeças egoístas e retrógradas, mas onde o talento, o trabalho e a perseverança são os mecanismos por excelência de equalização social.

Em 1952, quando a sua mãe o trouxe com alguns de seus irmãos para cá, estava em pleno andamento, aliás, a substituição das tradicionais elites políticas paulistas por nomes que expressavam as mutações por que vinha passando desde a 2.ª Guerra Mundial o perfil demográfico da capital.

Pelo voto popular, chegaram ao poder descendentes de imigrantes e outros tantos cujas famílias, vindas de baixo, prosperaram com a industrialização, educaram os filhos e os integraram, à americana, na renovada estrutura política.

O curso natural das coisas, pode-se dizer, consumou a metamorfose na pessoa do carismático torneiro mecânico pau de arara ungido presidente da República.

No Planalto, é bom que não se esqueça, ele vergastava as elites nos palanques e se acertava na política com o que elas têm de pior.

Lula se amancebou com expoentes do coronelato do atraso, do patrimonialismo e da iniquidade - o mesmo estamento oligárquico que contribuiu para confinar à miséria incontáveis milhões de nordestinos.


Elas não lhe faltaram no transe do mensalão - "um momento", repetiu pela enésima vez o mais novo cidadão paulistano, "em que tentaram dar um golpe neste país".


Na sua versão da história, as elites, a oposição e a mídia só desistiram de destituí-lo de medo de "enfrentarem o povo nas ruas".


Falso.

Lula ainda não havia completado o trajeto da contrição - "eu não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós temos que pedir desculpas" - à ameaça de apelar ao povo, quando a oposição preferiu não pedir o seu impeachment para não traumatizar o País pela segunda vez em 13 anos.
Pelo menos um dos homens do presidente, ministro de Estado, procurou os líderes oposicionistas para dissuadi-los da iniciativa.

O estopim foi o depoimento do marqueteiro de Lula, Duda Mendonça, na CPI dos Correios, em agosto de 2005.

Ele revelou ter recebido em conta que precisou abrir no paraíso fiscal das Bahamas, a conselho de Marcos Valério, o publicitário que viria a ser o pivô do mensalão, a soma de R$ 10 milhões pelos serviços prestados três anos antes à campanha presidencial do petista e ao partido.
Afinal, parcela da bolada já estava no exterior e outra sairia do caixa 2 da agremiação - os famosos "recursos não contabilizados" que Lula admitiria existir na reunião ministerial que convocou para o dia seguinte da oitiva de Duda.

Tecnicamente, o PT poderia ter o seu registro cassado, e o presidente poderia ser afastado, se as elites quisessem levar a ferro e fogo o combate político.

Se conspiração houve, em suma, foi para "deixar pra lá".

23 de maio de 2012

 

Cachoeira emudeceu na CPI por ordem de um ex-ministro da Justiça especializado em impedir que se faça justiça





Por Augusto Nunes


Vários integrantes da CPI do Cachoeira pareceram à beira de um ataque de nervos com a estratégia do silêncio adotada pelo pivô do escândalo da vez.

Por ter recorrido ao direito constitucional de permanecer calado para não produzir provas que possam incriminá-lo, o delinquente Carlos Augusto Ramos foi acusado de insultar o Congresso e debochar dos representantes do povo.

Como pode um chefe de quadrilha tratar parlamentares com tamanho atrevimento?, ergueram a voz inquisidores coléricos.

Todos os parlamentares sabem que o cliente de Márcio Thomaz Bastos emudeceu por ordem do advogado a seu lado.

Carlinhos Cachoeira fez exatamente o que fizeram na CPI dos Correios, também por determinação do ministro da Justiça reduzido a chefe do serviço de socorro jurídico aos mensaleiros, os depoentes Delúbio Soares, Marcos Valério, Sílvio Pereira e outros protagonistas do escândalo descoberto em 2005.

Mas ninguém ousou perguntar ao doutor, na sessão desta tarde, até quando pretende afrontar os brasileiros honestos com reedições do espetáculo da mudez malandra.

Como registrou o post agora republicado na seção Vale Reprise, o anjo-da-guarda da bandidagem federal mostra a falta que faz um Sobral Pinto.

Em vez de cobranças, Márcio Thomaz Bastos foi contemplado por deputados e senadores por um buquê de cumprimentos reverentes e elogios derramados.

Enquanto se cria uma comissão da verdade para apurar crimes do passado, o presente é deformado por mentiras e trapaças patrocinadas por um ex-ministro da Justiça que se especializou em impedir que se faça justiça.


22/05/2012

Comissão Parlamentar Muda de Inquérito



                                                  Por Claudio Humberto

Mensalão: advogados sugerem regras para o julgamento no STF

Advogados de réus do mensalão subscreveram uma petição, entregue ontem ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, com sugestões para o julgamento do caso, como limitar a apenas a três, por sessão, as sustentações orais da defesa, a fim de não tornar o julgamento enfadonho para os ministros. Também pediram que as sessões não prejudiquem o funcionamento normal do STF, que às terças, por exemplo, julga pedidos de habeas corpus de réus presos.

Eles assinaram

Assinaram a petição advogados como Márcio Thomaz Bastos, José Carlos Dias, Arnaldo Malheiros e Antonio Carlos de Almeida Castro.

Estes também

O STF informou que as sugestões e os pedidos dos advogados serão analisados pelo relator do processo, ministro Joaquim Barbosa.

Pedido ao STF

Os advogados dos mensaleiros que moram fora de Brasília querem ser informados de sessões de julgamento com antecedência de trinta dias.

Recado

Sugestivo o resultado do bicho no Rio, ontem, dia do vexame do depoimento do bicheiro Cachoeira na CPI: burro.

CPI avalia que as testemunhas serão mais úteis

Esperava-se que Carlos Cachoeira ficasse calado, na CPI, mas a atitude deu a certeza que os demais indiciados na Operação Monte Carlo utilizarão estratégia idêntica. Isso deve fazer a CPI reorientar sua ação. O deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), membro da CPI, disse que importante agora é concentrar nas testemunhas, como a ex-mulher e o ex-cunhado do bicheiro, que serão obrigadas a depor sob juramento.

Segredo revelado

Uma coisa se descobriu de Cachoeira, que envelheceu anos em dois meses de cadeia: ele pintava o cabelo. Agora tem têmporas grisalhas.

Língua presa

Orientado pelos caríssimos advogados, Carlos Cachoeira botou banca: tentou fazer da CPMI uma Comissão Parlamentar Muda de Inquérito.

Na tipoia

O senador petista Humberto Costa (PE) apareceu no Congresso com o braço esquerdo engessado, na tipóia. Caiu da bicicleta.

Destino traçado

Experiente em CPIs, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) acha que o destino de Cachoeira está traçado na 11ª Vara Federal de Goiânia: “Ele dificilmente escapará de uma condenação de 20 ou 30 anos de prisão”.

Produção de provas

Advogados do ex-governador José Roberto Arruda ficaram animados com a notícia de que o atual governo petista do DF estaria “produzindo provas” contra seu cliente. Isso pode motivar a nulidade do processo.

Ciúmes de você

Arquiinimigo do governador do Rio, Sérgio Cabral, Anthony Garotinho (PR-RJ) ironizou Cândido Vaccarezza (PT-SP), ao encontrá-lo: “A Adriana (mulher de Cabral) deve ter ciúmes de suas mensagens...”

Bem longe

Membros da CPI de Cachoeira em vaga cedida pelo PSDB, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Benedito de Lira (PP-AL) preferiram o plenário do Senado a perder tempo no não-depoimento de Cachoeira.

Não dá tréguas

Mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça respondeu baixinho a perguntas e provocações, ontem, na CPI. Até corrigiu um deputado que chamou Adriano Aprígio de cunhado do bicheiro: “é ex-cunhado”.

Sem interesse

O presidente do Senado, José Sarney, garante não estar nem um pouco interessado na CPI mista de Cachoeira: “Nem acompanhei o depoimento. Ainda estou me recuperando da saúde”, justificou.

Acertou no milhar

A marca de simulador de estande de tiros Virtra, com um só representante no Brasil, ganha hoje (23) a licitação de R$ 1 milhão da Secretaria de Segurança do Rio. Custa US$ 80 mil nos EUA.

Renegociação sem IOF

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pediu ao ministro Guido Mantega (Fazenda) o apoio a sua emenda à medida provisória 567, eliminando IOF nas operações de renegociação de dívidas. Mantega concordou.

Pensando bem...

...repetindo o “direito constitucional de ficar calado”, Cachoeira foi por água abaixo.
                   
                          23/05/2012