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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Congresso derruba veto e impõe voto impresso nas eleições


TSE era contra a impressão do voto, que gera despesa de R$ 1,8 bilhão

Por Cristiane Jungblut
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o presidente do Congresso, Renan Calheiros
Ailton de Freitas / Agência O Globo



BRASÍLIA - O Congresso derrubou veto da presidente Dilma Rousseff e estabeleceu a adoção do voto impresso nas eleições. Foi o segundo veto presidencial derrubado nesta quarta-feira. O outro veto derrubado estabeleceu prazo de 15 dias para os bancos oficiais repassarem a estados e municípios recursos de depósitos judiciais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é contra a impressão do voto, alegando que isso vai gerar um rombo de R$ 1,8 bilhão nas contas.

Na Câmara, 368 deputados votaram pela derrubada do veto e apenas 50 votaram pela manutenção, além de uma abstenção. No Senado, 56 senadores votaram pela derrubada do veto e apenas cinco votaram pela manutenção. Para derrubar um veto, são necessários pelo menos 257 votos na Câmara e 41 no Senado.

O PSDB era o principal defensor da derrubada do veto. Pela proposta agora aprovada, "até a primeira eleição geral subsequente à aprovação da Lei, será implantado o processo de votação eletrônica com impressão do registro do voto".

O governo era contra a geração de mais essa despesa, mas o PT ficou isolado tanto na Câmara como no Senado. O Palácio do Planalto queria a continuidade da sessão, e, por isso, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), acabou liberando a bancada a fim de agilizar a votação. O petista ficou irritado com o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), que insistiu na votação e que queria um quorum de 65 presentes no Senado.

Pouco antes, porém, o Congresso manteve o veto à doação empresarial na campanha eleitoral. Os dois itens — doação e voto impresso — estão na mesma lei da reforma política, mas foram votados separadamente para facilitar o entendimento.





Samarco admite risco de rompimento em mais duas das barragens



Estruturas ficam próximas à barragem de Mariana, que se rompeu no dia 5


Ronaldo Pereira, 31, observa no que se transformou o Rio Doce, no municipio de Rio Doce
Daniel Marenco / Agência O Globo

Por O Globo


RIO — A mineradora Samarco admitiu nesta terça-feira que há o risco de rompimento das barragens de Santarém e Germano, em Mariana (MG), vizinhas à barragem de Fundão, que se rompeu no último dia 5 afetando cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo. Em entrevista coletiva, representantes da empresa disseram trabalhar para diminuir o perigo de acidente.

— Tem o risco (de rompimento) e nós, para aumentar o fator de segurança e reduzirmos o risco, estamos fazendo as ações emergenciais necessárias — declarou o gerente-geral de projetos estruturais da Samarco, Germano Lopes.

A Samarco, cujos donos são a Vale e a anglo-australiana BHP, divulgou inicialmente que a barragem de Santarém também havia se rompido, mas a informação foi corrigida. A mineradora afirmou que houve, na verdade, um “galgamento”. Isso significa que ela transbordou com os rejeitos da barragem de Fundão. Apesar disso, a empresa garante que “o maciço remanescente está íntegro mesmo parcialmente erodido”.

O diretor de operações e infraestrutura da Samarco, Kléber Terra, explicou na entrevista coletiva que o fator de segurança na barragem de Santarém é de 1,37 numa escala de 0 a 2. Esse valor significa uma estabilidade de 37% acima do equilíbrio limite, que é 1. Na de Germano, o diretor afirmou que uma das estruturas, o dique Selinha, tem índice de 1,22, o menor em todo o complexo.

Já Germano Lopes explicou que o fator de segurança, estabelecido pela NBR 13028, prevê que, numa condição normal de operação, a estrutura deve ter o fator de segurança de 1,5, no mínimo. Em condições adversas, é admitido fator de segurança de 1,3. O índice igual a 1 representa que a estrutura está no limite de equilíbrio. De acordo com Lopes, antes do rompimento, a barragem de Fundão tinha fator de segurança de 1,58.


Professor de Recursos Hídricos da Unesp, Jefferson Nascimento de Oliveira concorda que existe o risco de rompimento das barragens. Ele também explica que essa escala de 0 a 2 tem esse valor porque as barragens são altas, com mais de 20 metros.

— Quanto mais alta a barragem, menor o fator de segurança e maior é o risco — afirmou o professor, dizendo que as chuvas na região podem piorar o cenário porque pode pode trazer mais peso às barragens. — Toda e qualquer barragem corre o risco de se romper. Barragem é um equipamento muito perigoso. Tem que ter um plano de ação emergencial e um monitoramento constante.

Santarém e Germano passam agora por obras emergenciais. Blocos de rocha estão sendo colocados de cima para baixo, para reforçar a estrutura. Este procedimento deve durar cerca de 45 dias em Germano e 90 dias na de Santarém. A Samarco planeja, na área das barragens, construção de diques à frente de Santarém para conter os rejeitos.

A mineradora informou ainda que vai utilizar floculantes, como deve ocorrer no Rio Doce. O uso de floculantes, que fazem com que os detritos sólidos se aglomerem e precipitem para o fundo do rio, foi uma das medidas sugeridas pelo Ibama para diminuir o impacto do desastre. Os sedimentos serão retirados por meio de equipamentos chamados dragas e colocados em “ecobags”, um tipo de tecido que funciona como filtro, por meio do qual o sólido é retido.

O maciço — que é o corpo principal — desta última barragem está preservado, segundo a mineradora, embora haja danos no ponto mais alto, chamado de crista, e em parte do vertedouro, estrutura que permite a saída de água.

— A barragem de Santarém está com volume de 5,5 a 6 milhões de metros cúbicos retidos nela de sedimentos. A barragem de Fundão, para a gente comparar, estava com 55 milhões de metros cúbicos. A gente está falando de uma escala 10 vezes menor — disse Terra.

A Samarco informou na semana passada que a barragem de Germano está exaurida, mas não divulgou o volume atual e a capacidade da estrutura. Terra disse que é feito um monitoramento contínuo e que não foi percebida nenhuma movimentação das barragens.




Funcionários do Instituto Estadual do Meio Ambiente coletam amostras de água na foz do Rio Doce, em Linhares, ES

Daniel Marenco / Agência O Globo



A lama formada com o rompimento da barragem chegou na segunda-feira ao município de Baixo Guandu, no Espírito Santo. Moradores foram até a ponte Mauá para ver a água turva chegar. A cidade passou a fazer a captação do Rio Guandu, suspendendo o uso da água do Rio Doce. As atividades da Usina de Mascarenhas foram suspensas com a chegada da lama. A previsão do Serviço Geológico do Brasil é que a água turva chegue ao município de Colatina (ES) hoje e, em dois dias, em Linhares, onde o rio se encontra com o mar.


Nesta terça-feira, o governo de Minas Gerais decretou situação de emergência na região na Bacia do Rio Doce e nos municípios afetados pelo rompimento das barragens no município de Mariana. Com isso, as cidades atingidas podem ter mais agilidade na execução de obras emergenciais. A situação de emergência vai vigorar pelos próximos 180 dias.

Os protestos contra a Vale continuam. Na noite desta terça-feira, manifestantes se reuniram em Vitória em frente à portaria da Vale. A portaria da empresa foi pichada e teve os vidros quebrados. A Polícia Federal abriu hoje inquérito para investigar o acidente na barragem de Fundão. A Polícia Civil também investiga a tragédia. Moradores dos distritos atingidos começaram a ser ouvidos.


17/11/2015

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Ataques em Paris: Hollande promete 'destruir EI'


Presidente francês prometeu investimento em forças de segurança e intensificação de operação na Síria

Foto: Reuters

O presidente francês François Hollande prometeu "destruir" o grupo autodenominado "Estado Islâmico", que assumiu a autoria dos ataques que deixaram pelo menos 129 mortos em Paris na última sexta-feira.

Falando ao Parlamento, Hollande afirmou que o país vai intensificar suas operações na Síria – onde os ataques "foram decididos e planejados", segundo ele – e sugeriu uma mudança na Constituição para dar às autoridades o poder de expulsar mais rapidamente estrangeiros que apresentem risco à ordem pública.

"Acredito que devemos modificar nossa Constituição para que possamos nos permitir lutar de maneira eficiente contra o terrorismo", afirmou.

Segundo o presidente, o Parlamento se encontrará na quarta-feira para discutir a extensão do estado de emergência vigente no país por mais três meses.

Ele afirmou ainda que as forças de segurança francesas receberão esforços adicionais, para que voltem aos níveis de 2007. São eles:
Mais 5 mil policiais nos próximos dois anos;
Mais 2,5 mil vagas no sistema prisional e judiciário francês;
Mais 1 mil funcionários para o controle em aeroportos e fronteiras;
Nenhum corte nas forças armadas até 2017;
Mais computadores e recursos de informação para a Defesa.


No domingo, aeronaves francesas atacaram alvos do "EI" na cidade de Raqqa, no norte da Síria, considerada a capital do grupo. O governo francês disse que um posto de comando e um campo de treinamento foram destruídos.

Nesta segunda-feira, o "Estado Islâmico" divulgou dois novos vídeos de propaganda de militantes no Iraque, comemorando os ataques em Paris e ameaçando Washington, capital dos Estados Unidos.

De acordo com o BBC Monitoring, equipe de monitoramento da mídia internacional da BBC, os vídeos mostram trechos de uma mensagem de setembro de 2014 do líder do "EI", Abu-Muhammad al-Adnani, incitando os chamados ataques de "lobos solitários" (pessoas que trabalham sozinhas) em países que fazem parte da coalizão militar contra o grupo.

Combatentes do "EI" falando nos vídeos reiteram a incitação à violência e dizem que os ataques em Paris aconteceram por vingança pelo fato de "o governo francês matar muçulmanos".

16.11.2015



domingo, 15 de novembro de 2015

Coragem, Paris!