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sábado, 23 de junho de 2012

Por amor...


Por amor...




Quem já abraçou Fernandinho
Beira-Collor...



Quem anda de mãos dadas com Zé Sarney,
o Marimbondo de Fogo...



Vai ter medo de morrer abraçado com Maluf "por amor a
São Paulo"?!?

Escândalo dos 'aloprados' do PT ainda não foi totalmente esclarecido



Trapaça eleitoral resultou na denúncia contra um grupo de petistas rasos.


Apesar das evidências, não se descobriu de onde veio o dinheiro, muito menos quem foi o mandante da operação



Rodrigo Rangel e Otávio Cabral

Pressão - O delegado Edmilson Bruno, que prendeu os “aloprados”, disse que o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, telefonou para a delegacia e perguntou se o nome do presidente Lula havia sido citado pelos presos


(Tuca Vieira/ Folhapress; Dida Sampaio/ AE)


Na semana passada, a Justiça Federal abriu processo contra nove envolvidos no escândalo dos aloprados, aquele em que petistas foram presos em São Paulo, às vésperas das eleições de 2006, quando se preparavam para comprar um dossiê fajuto que serviria para enredar políticos do PSDB com a máfia que fraudava licitações no Ministério da Saúde.

A decisão sugere que mais uma jogada rasteira de petistas interessados em se perpetuar no poder à base de práticas escusas — entre as quais o mensalão desponta como exemplo mais degradante — será, depois de seis anos, finalmente punida.

Ledo engano.

Os aloprados levados às barras dos tribunais são militantes de baixo escalão e meros tarefeiros a serviço de próceres do partido. Eles vão responder a um processo manco, que não esclarece duas das principais dúvidas relacionadas ao caso: quem encomendou a trapaça eleitoral e de onde saiu o dinheiro que financiaria a operação.

Se essas questões não forem explicadas, restará a certeza de que compensa investir no vergonhoso vale-tudo que impera na política brasileira.

Afinal, como castigo, só uma arraia-miúda do PT ficará pelo caminho.


Os aloprados — como foram batizados pelo ex-presidente Lula depois de descobertos pela Polícia Federal — agiram em setembro de 2006 numa tentativa de implicar o tucano José Serra, ex-ministro da Saúde e então candidato ao governo de São Paulo, com a quadrilha que desviava recursos públicos direcionados para a compra de ambulâncias.

Os petistas portavam 1,7 milhão de reais para comprar papéis falsos destinados a macular a imagem do tucano. À frente da ação figuravam assessores próximos de Lula e do atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que à época disputavam, respectivamente, a reeleição presidencial e o governo paulista.

Essa operação para atingir os adversários foi um dos muitos tiros no pé disparados pelo partido, talvez o mais exemplar deles.

Em vez de ajudar o PT, o caso, ao ser revelado, contribuiu para que Lula fosse obrigado a disputar um segundo turno contra Geraldo Alckmin. Já Mercadante foi derrotado por Serra. As urnas foram as únicas penalidades impostas aos dois petistas.

O caso, porém, é mais um a reforçar a suspeita de que órgãos de investigação têm sido usados com fins meramente políticos — principalmente para livrar cardeais do PT de embaraços com a Justiça.


A PF concluiu o inquérito sobre o escândalo, ainda em 2006, com o indiciamento de sete pessoas. Não conseguiu apontar os mandantes do crime nem a origem do dinheiro que pagaria o dossiê fajuto.

Apesar de sobrarem evidências sobre a participação de integrantes do comitê central de campanha de Lula, o personagem mais graúdo entre os indiciados foi Aloizio Mercadante.

Os policiais concluíram que Mercadante seria o principal beneficiário do dossiê, que atingia seu rival direto na eleição de 2006. O indiciamento do petista foi derrubado posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal.

Restaram, então, só os militantes usados pelo partido para transportar a mala com notas de real e dólar e executar o plano. Os cérebros da empreitada ficaram de fora. No auge do episódio, a Polícia Federal foi acusada de montar uma operação limpeza para apagar os indícios que poderiam levar aos petistas graúdos.

Coube a um dos delegados que participaram da investigação, Edmilson Bruno, denunciar a trama. Em depoimento ao Ministério Público, ele acusou alguns de seus principais superiores hierárquicos de ter feito pressão para impedir que o caso chegasse ao núcleo da campanha de Lula.

Responsável pela apreensão do dinheiro num hotel vizinho ao Aeroporto de Congonhas, o delegado revelou que até o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tinha se empenhado pessoalmente no caso, indagando se os presos haviam citado o nome do presidente Lula.



Tuca Vieira/ Folhapress; Dida Sampaio/ AE

Pressão - O delegado Edmilson Bruno, que prendeu os “aloprados”, disse que o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, telefonou para a delegacia e perguntou se o nome do presidente Lula havia sido citado pelos presos


A investigação da Polícia Federal deixou mais lacunas que certezas. Seguir o caminho do dinheiro, procedimento básico em investigações desse tipo, foi uma das medidas deixadas de lado.

Graças a informações enviadas pelo FBI, a polícia federal americana, os agentes brasileiros souberam que os dólares que faziam parte da dinheirama apreendida foram impressos em Miami, circularam pela Alemanha e foram parar numa casa de câmbio do Rio de Janeiro.

Lá, foram comprados por pessoas humildes, os conhecidos laranjas.

A investigação parou por aí. Não se conseguiu sequer descobrir a mando de quem estavam esses laranjas. Já a origem dos reais nunca deixou o terreno das hipóteses, embora existissem duas pistas consistentes dentro do próprio inquérito. A primeira é que uma parte do dinheiro foi sacada em três bancos de São Paulo, provavelmente pela mesma pessoa.

Essa conclusão foi possível após os agentes perceberem nas planilhas da quebra de sigilo telefônico que um mesmo celular, em nome de Ana Paula Cardoso Vieira, era usado para falar com vários envolvidos no escândalo.

Ana Paula, na verdade, era Hamilton Lacerda, um dos aloprados petistas encarregados de executar a operação (o CPF da verdadeira Ana Paula foi usado pelo bando para habilitar o aparelho).

No dia da prisão, Hamilton "Ana Paula" Lacerda teria passado por três bancos diferentes.

"Tentamos várias formas de identificar a origem do dinheiro e não conseguimos", justifica-se o delegado federal Diógenes Curado, responsável pela conclusão do inquérito.


A outra suspeita, de que parte do dinheiro tinha origem na Bancoop, cooperativa controlada por grão-petistas e usada em outros rolos financeiros do partido, também foi deixada de lado.

Tão logo foi concluído pela PF, o inquérito seguiu para o Ministério Público Federal. Os procuradores poderiam ter solicitado diligências para sanar as deficiências da investigação original, mas os avanços foram pífios.

A abertura de processo na semana passada sugere o pleno funcionamento das instituições e alimenta a esperança de punição aos culpados.

Na prática, porém, fica a impressão de que, mais uma vez, tudo vai terminar na conta de um bando de inconsequentes — ou aloprados, como preferem alguns.



Colaborou Hugo Marques

Paraguai volta a ser uma terra com lei



Hoje, segundo o jornal ABC, as ruas amanheceram vazias e calmas. Cumprido o rito democrático do impeachament do presidente, por votação praticamente unânime, assumiu o vice-presidente eleito exatamente para isso: para ocupar o cargo, no impedimento do titular.

Fernando Lugo enfiou o país praticamente numa guerra civil entre produtores e sem-terra, da Liga Nacional dos Acampados.

A tragédia não ocorreu em larga escala apenas porque os produtores não aceitaram provocações e passaram estes últimos anos vendo o seu trabalho destruído e as suas propriedades invadidas, sempre buscando na Justiça a reintegração e a devida indenização.


Não houve uma só morte provocada pelos fazendeiros paraguaios. Não deram a eles o que eles procuravam: o morto para virar mártir.

No entanto, o episódio extremamente violento de Curuguaty, quando forças do governo entraram em confronto com os sem-terra gerando 17 mortos (11 acamapados e 6 policiais), mostrou que Lugo não tinha mais força política e isenção necessária para conduzir o país.

Várias vezes o presidente deposto recebeu oficialmente os sem-terra, dando-lhes visível e inaceitável apoio institucional. A constituição federal foi acionada. Impeachment e a vida continua.

Mesmo que, em volta, os bolivarianos que apoiavam os sem-terra com dinheiro e treinamento - inclusive o MST do Brasil! - berrem contra o rito democrático cumprido e acabado.

O engenheiro agrônomo Ramón Sanchez, presidente da União de Grêmios da Produção (UGT) desabafou, após o encerramento do processo de impeachment:

“Hoy podemos dormir tranquilos porque no tenemos ningún muerto en la mochila; Lugo en cambio carga con 17 en la suya”.

23 de junho de 2012



Charge





Chico:
“tempo de quadrilha dançar”

Dentro da lei por Merval Pereira




 Embora dentro das normas constitucionais, a deposição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pelo Congresso tem claros indícios de que foi o desfecho de uma disputa política que se desenrola praticamente desde que ele chegou ao poder, cerca de 4 anos atrás

Merval Pereira
O Globo

Já houvera antes uma tentativa de impeachment quando surgiram as denúncias sobre os vários filhos do ex-padre católico, dois dos quais ele já reconheceu. Há outros na fila.

O escândalo sexual não foi suficiente, no entanto, para que os opositores de Lugo conseguissem levar adiante a tentativa de impeachment, mas a tragédia recente, em que morreram 11 camponeses de um movimento sem-terra e seis policiais, fez com que forças políticas majoritárias se unissem para acusá-lo de “mau desempenho de suas funções”, o que possibilitou o processo de impeachment.

Os agricultores sem-terra da Liga Nacional de Acampados, que invadem propriedades e instalam-se em tendas, receberam o aval público de Lugo, que os recebeu diversas vezes no palácio do governo e na residência presidencial, até que, em 15 de junho, seis policiais desarmados foram mortos durante a desocupação de uma fazenda em Curuguaty, a 250km de Assunção.

A reação da polícia provocou a morte de 11 camponeses e a acusação de perda de controle pelo governo.

Mesmo que a motivação seja política, não é possível classificar de golpe o que aconteceu no Paraguai, sob pena de darmos razão ao hoje senador Fernando Collor de Mello que se diz vítima de um “golpe parlamentar”, e que, em entrevista, já chegou a reivindicar de volta seu mandato presidencial.

O interessante é que Collor foi impedido pelo Congresso brasileiro num processo que teve a liderança do PT, tanto na atividade parlamentar quanto na mobilização dos chamados movimentos sociais para apoiar a decisão dos políticos.

Cassado, Collor foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas, o que o leva a alegar que foi vítima de um golpe.

É uma incoerência completa, portanto, que o governo brasileiro acuse um processo congressual de ilegítimo, quando já tivemos essa experiência em nossa democracia recente.

A ameaça de expulsar o Paraguai do Mercosul, além de revelar uma leitura equivocada da cláusula democrática da instituição, pode servir aos interesses da Venezuela, que até agora não foi aceita como membro pleno justamente porque o Congresso do Paraguai não deu permissão, por considerar que a Venezuela não é um país democrático.

Essa aliás, é uma outra boa discussão, pois o governo brasileiro aceita todas as manobras feitas pelo governo de Hugo Chávez na Venezuela, alegando justamente que elas, ao serem aprovadas pelo Congresso, são, portanto, legítimas. Lula chegou ao cúmulo de dizer que havia na Venezuela “democracia demais”.

Todos os governos “bolivarianos” da região — Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua — já promoveram diversas alterações em suas Constituições para aumentar o poder dos respectivos presidentes, em golpes seguidos à democracia, mas utilizando-se de seus próprios instrumentos legais.

Aumentaram a composição da Suprema Corte, criaram obstáculos à liberdade de expressão, mudaram as regras eleitorais para favorecer o partido que está no governo, e alegam sempre que as alterações foram feitas com a aprovação do Congresso.

Mas quando o Congresso decide contra o governante “bolivariano”, desencadeia-se imediatamente um movimento regional de constrangimento a esses parlamentos, tentando usar a cláusula democrática como instrumento de pressão.

Agora mesmo, os chanceleres da Unasul foram a Assunção tentar parar o processo de impeachment de Fernando Lugo, que logo chamaram de golpe. O chanceler Antonio Patriota foi com a instrução da presidente Dilma para “falar grosso”.

No caso de Honduras, em 2009, chegou a ser escandalosa a intromissão do governo brasileiro nos assuntos internos daquele país, a ponto de ter tentado, com a cumplicidade de Hugo Chávez, criar um fato consumado com o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya ao país, abrigando-o na embaixada brasileira. De acordo com a Constituição de Honduras, o mandato presidencial tem o prazo máximo de quatro anos, vedada expressamente a reeleição.

Aquele que violar essa cláusula, ou propuser-lhe a reforma, perderá o cargo imediatamente, tornando-se inabilitado por dez anos para o exercício de qualquer função pública.

Foi exatamente o que Zelaya fez, tentando mudar a Constituição através da convocação de plebiscito. A cláusula pétrea da Constituição de 1982 de Honduras tinha, justamente, o objetivo de cortar pela raiz a possibilidade de permanência de um presidente no poder, pondo fim à tradição caudilhesca no país.

A preocupação tinha sentido: Honduras é o país inspirador do termo “República de bananas” ou “República bananeira” cunhado pelo escritor americano O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, que, no livro de contos curtos Cabbages and Kings, (Repolhos e Reis) de 1904, usou pela primeira vez a expressão, que passou a designar um país atrasado e dominado por governos corruptos e ditatoriais, geralmente na América Central.

O principal produto desses países, a banana, era explorado pela famosa United Fruit Company, que teve um histórico de intromissões naquela região, especialmente em Honduras e Guatemala, para financiar governos que beneficiassem seus interesses econômicos, sempre apoiada pelo governo dos Estados Unidos.

Mesmo com toda a pressão do governo brasileiro e dos demais países “bolivarianos”, que conseguiram até mesmo expulsar o país da Organização dos Estados Americanos (OEA) — como ameaçam fazer agora com o Paraguai, no Mercosul — Honduras promoveu nova eleição e o presidente Porfirio Lobo está no governo, já tendo sido reconhecido por todos os demais países e retornado à OEA.

O ex-presidente paraguaio Fernando Lugo parece estar agindo com mais bom senso do que os governos da Unasul, aceitando a decisão do Congresso.

Unasul faz papel de boba na crise do Paraguai

  
 
                          Por Claudio Humberto

A União das Nações Sul-Americanas (Unasul), reunida com o Brasil em Assunção, vê “ruptura democrática” no pedido de impeachment do presidente Fernando Lugo, com a habitual arenga dos “companheiros” Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, e ameaça “aplicar as cláusulas democráticas do Mercosul”, mas esqueceu que o Congresso paraguaio ainda não ratificou o protocolo de Ushuaia II.

Exército da salvação

O protocolo, assinado por Lugo, estabelece medidas drásticas, como fechamento de fronteiras, em caso de “ruptura democrática”.

Congresso soberano

Qualquer medida “contra o golpe” seria um golpe na democracia paraguaia: o pedido de impeachment foi aprovado por maioria na Casa.

Desforra

O fanfarrão Hugo Chávez também não engole o Congresso paraguaio, que barrou a entrada da Venezuela no Mercosul. O Brasil topou.


Filme velho


Breve, na embaixada do Brasil em Assunção, Paraguai: “O asilo de Fernando Lugo”.


Aliança Lula-Maluf põe Suplicy em saia justa


Eduardo Suplicy enfrentou saia justa ao entrar no avião de Brasília para São Paulo, quinta. Na primeira fileira, Paulo Maluf exclamou: “Eduardo, estamos juntos!” Mais atrás, o ex-deputado Flávio Bierrenbach, que foi ministro do Superior Tribunal Militar, levantou a voz: “Que vergonha, Suplicy! Os fins justificam os meios?” Constrangido, o senador balbuciou curto e confuso discurso tentando justificar a aliança PP-PT.


Indigesto


Lula esquece o ditado “esperteza demais engole o dono”: tal qual os almoços, também não existe “Maluf grátis”.


Convenção


Candidato em Natal, Hermano Moraes (PMDB) lançará candidatura no dia 30 contra a prefeita Micarla Sousa (PV), que tem 82% de rejeição.

Quentão


O ministro Ricardo Lewandovski deveria entregar o relatório do mensalão hoje, quando é grande o número de quadrilhas dançando.

Lugo, o mala


Muitos dos que reclamam do impeachment do paraguaio Fernando Lugo jamais se importaram com suas vítimas de assédio sexual, inclusive menores, nas quais o então bispo fez incontáveis filhos.

A tragédia de duas vidas


O drama de Marco Archer Moreira, 50, que será fuzilado na Indonésia por tráfico de drogas, esconde outro: a morte há dois anos da mãe, d. Carolina, que ia muito a Jacarta. Certa vez ela disse comovida à coluna confiar que o Brasil conseguiria o perdão do presidente indonésio.


Nem aí para a Rio+20


Enquanto a Rio+20 discutia o sexo dos anjos, os grandes poluidores se divertiam: o presidente chinês Hu Jitao passeava nas Ilhas Canárias e a chanceler Angela Merckel assista Alemanha x Grécia, pela Eurocopa.


Óleo +20


Em plena Rio+20, o Ministério Público capixaba investiga suposto dano ambiental da Petrobras e Transpetro no terminal em Linhares, área de proteção a tartarugas marinhas. As coitadas engolem óleo todo dia.


Não encaixa


Como recompensa por suas denúncias contra o ex-governador do DF José Roberto Arruda, o delator Durval Barbosa obteve perdão judicial por comprar sua mansão com dinheiro público desviado. Curiosamente, o crime é de 2006, no governo de Joaquim Roriz, inimigo de Arruda.


Nasce uma estrela


A atuação do embaixador na Austrália, Rubem Barbosa, promovendo a aproximação dos dois governos como nunca houve, explica por que os brasileiros estão entre os diplomatas mais respeitados do mundo. Ele assessorou Dilma e Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia.


Raquetada no bom senso


No Galeão, em nome da “segurança”, a estupidez perdeu o limite na Rio+20. Quem embarcava para um torneio de tênis na Bahia teve a raquete apreendida. A menos que fosse despachada como bagagem.


Década de 70


O jornalista Antonio de Pádua Gurgel lança no dia 28, em Brasília, seu livro “Jornal da Década de 70”, resgatando o papel e a importância da imprensa alternativa na capital, entre 1968 e 1979, ano da anistia.

Pensando bem...


... “Até Lugo, Fernando”.




sexta-feira, 22 de junho de 2012

Charge



luguinho e lulinha
www.sponholz.arq.br

Federico Franco faz juramento e assume como presidente


Senado paraguaio aprovou nesta sexta-feira o impeachment de Fernando Lugo
Federico Franco
(Jorge Saenz/AP)

O ex-vice de Fernando Lugo, Federico Franco, fez seu juramento de posse e já é o novo presidente do Paraguai
O Senado do país aprovou nesta sexta-feira o impeachment do presidente Fernando Lugo, por 39 votos favoráveis, contra 4 (e duas abstenções). Considerado culpado por deputados e senadores, Lugo foi automaticamente afastado do cargo. Franco, que já se consolidava como um dos mais duros críticos de seu antecessor, deve permanecer no posto até a realização de eleições gerais previstas para abril de 2013.

Médico cardiologista e cirurgião, o novo presidente, com quase 50 anos, é casado com a deputada Emilia Alfaro e tem quatro filhos.

Em seu primeiro discurso como chefe de estado, Franco assegurou que a transição do governo "de nenhuma maneira põe em risco a vigência de princípios democráticos no país" e pediu cooperação: "O Paraguai vive um momento difícil. Seguir adiante somente será possível com a ajuda de todos".

O novo presidente - que foi muito aplaudido no Congresso Nacional - disse também que assume como uma vontade irrestrita de respeitar o estado de direito, a vigência dos direitos humanos, assim como os compromissos e dívidas assumidas pelo governo anterior.

"Não venho com ressentimentos ou ódios",
declarou, aproveitando para citar as mortes de policiais no confronto armado ocorrido há uma semana - fato considerado o estopim do processo que levou à destituição de Lugo.

"A melhor maneira de honrar nossos policiais mortos é iniciar um verdadeiro desenvolvimento rural sustentável."

Com a posse de Franco, o Paraguai traz os liberais radicais de volta à Presidência do Paraguai - há 70 anos o Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) estava longe do cargo.

A sigla do novo presidente se uniu ao movimento Aliança Patriótica para a Mudança (APC), com movimentos sociais, partidos de esquerda e organizações civis buscando terminar com seis décadas de hegemonia do Partido Colorado no comando do país.

Desde antes da abertura do processo de impeachment contra Lugo, Franco já procurava se distanciar da crise ao criticar ações do governo.

Ele acusava o então presidente de marginalizar seu partido e excluí-lo dos principais cargos e decisões.
De 2003 a 2008, Franco atuou como governador do Departamento Central do país, além de ter sido prefeito da cidade de Fernando de Mora, de 1996 a 2001.

Ele se afiliou ao PLRA aos 14 anos e se manteve fiel à legenda desde então.

Educado em escolas católicas, ele se mostrou surpreso quando, em abril de 2009, Lugo reconheceu como filho um menino concebido quando ainda era bispo.

Durante seu governo, o ex-presidente foi acusado de ser pai de quatro crianças e já reconheceu duas delas.

Franco pretendia concorrer à Presidência no próximo ano.
Cinco acusações contra Lugo

A comissão de acusação apresentou documento com cinco argumentos contra o presidente:

1. Massacre de Curuguaty
2. Protesto de grupos socialistas na sede das Forças Armadas, com a aprovação de Lugo - considerado um desrespeito à ordem nacional
3. Assinatura arbitrária de um controverso protocolo, o que foi visto pelos opositores como um atentado à soberania da República
4. Incapacidade do presidente em conter a insegurança que assola o país
5. Instabilidade causada no campo, especialmente em Ñacunday, devido às invasões de terras - que teriam sido facilitadas por Lugo

Impeachment - Aprovado a toque de caixa, o processo de impeachment de Lugo durou pouco mais de 24 horas: da manhã de quinta-feira, quando a Câmara aprovou o pedido de julgamento político por 76 votos contra 1 (da deputada do partido de esquerda Frente Guazú), até o fim da tarde desta sexta, quando o Senado - a quem cabia a decisão final - decidiu cassar o chefe de estado.
Lugo é acusado de "mau desempenho de suas funções" de presidente, após a morte de 17 pessoas, entre policiais e camponeses, em confronto armado durante uma reintegração de posses há uma semana.

Em seu discurso oficial após a decisão, Fernando Lugo acusou o Legislativo de "ferir profundamente" a democracia, que, segundo ele, foi "traída covarde e traiçoeiramente" pelo Senado.

O ex-presidente afirmou ainda que a Casa transgrediu todos os direitos de defesa e reiterou que sempre atuou de acordo com a lei.

"Hoje, não é Fernando Lugo que recebe um golpe, é a história paraguaia e sua democracia", declarou, afirmando também estar disposto a responder por suas ações como ex-mandatário.


O advogado mais caro do Brasil e um bandido barato ameaçam o Estado de Direito






Por Augusto Nunes

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Executivo com a compra de governadores.

Prosseguiu a ofensiva com a contratação de Márcio Thomaz Bastos, um advogado disposto a tudo para livrar de castigos o chefe da quadrilha desbaratada pela Polícia Federal que vivia elogiando nos tempos de ministro da Justiça do governo Lula.

E completou o serviço quando o Planalto ordenou à maioria governista que transformasse a CPI batizada com o apelido do delinquente goiano em mais um monumento à impunidade.

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Legislativo com o arrendamento de parlamentares, entre os quais o senador Demóstenes Torres ─ hoje reduzido a uma caricatura carnavalesca do personagem de ficção que funde Dr. Jekyll e Mr. Hyde.

A ofensiva prosseguiu na CPI, com a debochada performance produzida e dirigida pelo doutor em truques de tribunal.

E será consumada com o naufrágio anunciado de uma comissão de inquérito administrada por cúmplices dos investigados.

Carlinhos Cachoeira começou a captura do Poder Judiciário com o aluguel de comparsas disfarçados de juízes.

A ofensiva prosseguiu com a mobilização de desembargadores decididos a condenar os xerifes, libertar os bandidos e enterrar no mausoléu dos absurdos jurídicos o colosso de provas colhidas pelos detetives.

As ameaças de morte que afastaram do caso o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela prisão do comandante da quadrilha e seus generais, informam que Cachoeira está pronto para completar a desmoralização da Justiça.

“Não é o juiz quem tem de se afastar em nome de sua segurança, mas o Estado que precisa lhe garantir a vida, prender os autores das ameaças e assegurar condições para o desbaratamento dessa máfia”, adverte a jornalista Dora Kramer no artigo reproduzido na seção Feira Livre.

“Qualquer coisa diferente disso equivale a transferir aos bandidos um poder de decisão que não lhes pertence e pôr de antemão o juiz (ou juíza) substituto sob suspeita ou risco de morte”.

A operação concebida por Cachoeira (e aperfeiçoada por um ex-ministro da Justiça) para a captura dos três Poderes tem de ser neutralizada já. Ou as instituições cumprem seu dever sem delongas ou ou formalizam publicamente a rendição vergonhosa. Nada justifica a libertação prematura dos quadrilheiros. Não se pode conceder o direito de ir e vir a quem pretende usá-lo para obstruir investigações, destruir provas, silenciar testemunhas, submeter desembargadores e intimidar magistrados.

Os integrantes da organização criminosa têm de aguardar engaiolados a merecidíssima condenação a longas temporadas na cadeia.

Se ocorrer o contrário, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, o Estado Democrático de Direito terá sido algemado pela parceria que juntou o advogado mais caro do Brasil e um bandido barato, mas com dinheiro de sobra para pagar o que for preciso para continuar em ação.

Os R$ 15 milhões que estimulam a inventividade de Márcio Thomaz Bastos, por exemplo. Ou propinas que amansam figurões do Executivo, do Legislativo e do Judiciário.
 


22/06/2012



As cinco acusações que levaram ao pedido de impeachment de Lugo





Uol

Mau uso de quartéis militares


A primeira acusação é o ato político ocorrido, com a autorização do Lugo, no Comando de Engenharia das Forças Armadas em 2009. Grupos políticos da esquerda se reuniram no local, usaram bandeiras e cantaram hinos ideológicos.


Segundo o deputado José López Chávez, no ato, as Forças Armadas foram humilhadas, além de terem sido hasteadas outras bandeiras, num desrespeito a um símbolo nacional.


Confronto em Curuguaty

Num dos piores incidentes sobre a disputa de terras no Paraguai, Lugo mandou 150 soldados do Exército para desocupar uma propriedade rural numa área de fronteira com o Brasil.

No confronto com agricultores, ocorrido na última sexta-feira (15), ao menos 17 pessoas morreram. Das vítimas, sete eram policiais.


Ñacunday

Outro ponto está relacionado às invasões de terras na região de Ñacunday, distrito localizado no departamento (equivalente a Estado) do Alto Paraná, a 95 quilômetros da fronteira do Brasil com o Paraguai.

O deputado Jorge Avalos Marín acusa Lugo de gerar instabilidade entre os camponeses na área ao incentivar os próprios “carperos”, como são chamados os que acampam sob lonas pretas, as ditas “carpas”, encarregados da demarcação de terras.

Os sem-terra estão há mais de dez anos na região e, desde então, vivem em conflito com os brasiguaios, brasileiros que se mudaram para o país vizinho para plantar e trabalhar entre as décadas de 60 e 70.

Nos últimos meses, o embate tomou contornos críticos.


Insegurança

Os parlamentares acusaram ainda o presidente Lugo de não ter sido eficaz na redução da insegurança que assola o país, embora o Congresso Nacional tivesse aprovado mais recursos financeiros.

Além disso, eles criticam os gastos com a procura por foragidos do grupo criminoso EPP (Exército do Povo Paraguaio).

Segundo o deputado, nunca na história o EPP (Ejercito del Pueblo Paraguayo), o braço armado do Partido de Izquierda Patria Libre, fez tantas vítimas entre integrantes da Polícia Nacional.

Apesar disso, a conduta do presidente teria permanecido inalterada, o que teria dado mais poder ao grupo.


Assinatura do Protocolo
de Ushuaia II

A assinatura do polêmico documento Protocolo de Ushuaia II é visto como um atentado contra a soberania da República.

Segundo a acusação dos parlamentares, o presidente não foi transparente sobre a assinatura desse documento já que até a presente data não havia encaminhado uma cópia do Congresso.

A oposição a Lugo afirma que a assinatura do protocolo poderia resultar no corte do fornecimento de energia ao Paraguai, além de atentar contra a população e ter um claro perfil autoritário.

Eles alegam ainda que Lugo tentou incluir medidas para fechar as fronteiras.
                      

                         22.06.2012





A era PT começará, para o bem do país, seu melancólico final


As falcatruas de Lula e de seu PT, espalham-se pelo país como uma mancha de óleo



Por Giulio Sanmartini
O principal escândalo que recebeu o nome de “mensalão”, surgiu em 2005.

Tratou-se de um esquema para comprar votos de parlamentares, mas também serviu para enriquecer criminosamente elementos direta e estreitamente ligados ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A maioria dos escândalos vindos depois desse primeiro, nada mais são que uma tentativa desesperada de invalidá-lo e até de negar sua incontestável existência.

O ex-presidente está pintando e bordando pois se crê imune a qualquer lei, chegou ao ponto de tentar extorquir o ministro do Supremo Tribunal Federal (ST), Gilmar Mendes e por delirante onipresença, não percebeu o perigoso clamor público está aumentando dia a dia.

Ontem (21/6) o ministro do Supremo Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, voltou a reiterar a promessa de entregar seu voto, que dará começou ao julgamento (1° d e agosto), no final desse mês.

Ao PT restara somente uma carta na manga, o “ex petista”, hoje ministro do STF, José Antônio Dias Toffoli.

Mas parece que esse trunfo não vai funcionar, pois os Procuradores da República estão trabalhando no sentido que ele seja considerado impedido.

Entre os pontos destacados pelos procuradores está a atuação de Toffoli como advogado do PT à época em que ocorreram os primeiros fatos denunciados — os empréstimos feitos por Marcos Valério para saldar dívidas do PT.

Depois de ser advogado do partido, Toffoli foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em uma sala contígua à do então ministro José Dirceu, hoje réu no processo.

O terceiro fator de suspeição seria a atuação da namorada do ministro, a advogada Roberta Rangel, na defesa de réus do processo do mensalão.

Os procuradores apontam “vastas provas da ligação visceral de Toffoli com José Dirceu e outros réus também integrantes da cúpula.“

De todos os ministros indicados por Lula para o Supremo, Toffoli é o que tem mais proximidade política e ideológica com o presidente e o partido.

Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista”.

Caso, como parece, ele seja impedido, a era PT começará, para o bem do país, seu melancólico final.

Charges



big mac malufeliz

chapa puro-sangue

www.sponholz.arq.br

A pergunta que não quer calar...



Por Villa

Observe o link: http://www.stf.jus.br/portal/agendaMinistro/listarAgendaMinistro.asp

O ministro Lewandowski não disponibiliza sua agenda de trabalho.

Terminou a semana.

E continuamos aguardando o relatório.


22/06/2012

Quando a bandeira na UNE não cobre a malversação de dinheiro público, está endossando a repressão, a violência e a morte. Faz sentido!



Vejam esta foto

ira-enforcamentos

                       Por Reinaldo Azevedo

No post anterior, vocês leram que um grupo de esquerdistas foi tomar café da manhã com Mahmoud Ahmadinjead, o ditador terrorista e sanguinário (parece caricatura do Casseta & Planeta, mas é tudo verdade).

Ele ganhou até uma bandeira da UNE de presente. A partir de agora, o símbolo da entidade estudantil brasileira foi convertido na corda que enforca os esquerdistas iranianos, os cristãos iranianos, os democratas iranianos, os homossexuais iranianos, todos aqueles, enfim, que o regime mandou e manda ainda para a morte em nome daquele “Deus Único” que o ditador exaltou em seu discurso na “Rio+20″.

Um delinquente que toca um programa nuclear secreto e que tem o declarado intuito de varrer um outro país do mapa ser convidado para um evento como esse diz muito, lamento, da seriedade do encontro.

Sigamos.
Que estranho mundo este, não é mesmo? Posts abaixo, publico duas fotos da manifestação que pastores evangélicos organizaram contra a presença de Admadinejad no Brasil. Eles cobram do presidente do Irã a libertação de Yousef Nadarkhani, condenado à morte por ter-se convertido ao cristianismo. A iniciativa é do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, atacado por certos “progressistas” porque crítico da tal PL 122, a lei que pune a homofobia.

Não porque pregue discriminação contra homossexuais, é evidente, mas porque entende o óbvio: o texto pratica uma espécie de discriminação às avessas (não vou entrar nesse mérito agora porque já escrevi bastante a respeito).
No Irã, homossexuais são enforcados em praça pública. Seus corpos são pendurados em guindastes para servir de exemplo. É o que se vê na foto lá do alto.

Oficialmente, e Ahmadinjad declara isso, não há gays no país — a não ser aqueles que se deixam seduzir pelas ideias erradas do… Ocidente!

Entenderam?

Também não há comunistas. A revolução islâmica os liquidou a todos. A esquerda iraniana ajudou a depor o xá Reza Pahlevi e foi parte ativa da revolução islâmica, mas seus representantes lideraram a fila das execuções.

A tara dos esquerdistas pela tirania religiosa iraniana é antiga. Um delinquente intelectual muito influente como Michel Foucault, ainda apreciado na periferia intelectual do complexo PUCUSP, cantou as glórias de aiatolá Khomeini e seus bravos de maneira miserável.

Se vocês quiserem detalhes, leiam o livro “Foucault e a Revolução Iraniana”, de Janet Afary e Kevin B. Andersonh, publicado no Brasil pela editora “É Realizações”.

O livro reproduz trechos de uma entrevista que ele concedeu a dois jornalistas franceses do Libération. Num dado momento, tomado do que costumo chamar de “estupidez dialética”, observou sobre a revolução islâmica:

“Havia demonstrações, verbais pelo menos, de um antissemitismo virulento. Havia demonstrações de xenofobia, e não apenas contra os americanos, mas também contra trabalhadores estrangeiros que tinham ido trabalhar no Irã.

O que dá ao movimento iraniano sua intensidade tem sido um registro duplo. De um lado, uma vontade coletiva que tem sido muito fortemente expressada politicamente, e, de outro, o desejo de uma mudança radical na vida comum.

Mas essa afirmação dupla só pode ser baseada nas tradições, instituições que carregam uma carga de chauvinismo, nacionalismo, exclusivismo, que eram uma atração muito poderosa para os indivíduos”.

Viram só? Foucault, o homem que estudou a microfísica do poder”, o pensador que buscava decupar as estruturas autoritárias vigentes no regime democrático burguês, via com olhos mais do que benevolentes — verdadeiramente entusiasmados — as balizas reacionárias da revolução iraniana.

Foucault (1926-1984) era gay, o que nunca admitiu claramente, e morreu de AIDS em 1984. No Irã, teria morrido muito antes, vítima da “revolução” cujas glórias cantou. Não foi o único cretino ocidental a se encantar com a tirania religiosa, mas foi o mais festivo, o mais entusiasmado, o mais ousado na estupidez.
Os bastardos brasileiros que foram ouvir o ditador e que lhe fizeram salamaleques pertencem, de algum modo, à mesma cadeia de equívocos que foi integrada por Foucault.

Veem em Ahmadinejad o líder de um país que, oh!!!, teria ousado enfrentar o imperialismo e, quem sabe?, os “preconceitos da razão” do mundo ocidental.

Também eles devem achar que do antissemitismo, do chauvinismo e da xenofobia se pode fazer algo de interessante…

Vergonha

Sinto por esses caras a vergonha que eles não têm. Tivesse um mínimo de pudor, essa gente estaria protestando contra a perseguição a que Ahmadinejad submete a esquerda em seu país. O PT não promoveria tal ato porque parceiro do asqueroso, mas cadê os “psois” da vida? Onde estão os movimentos de homossexuais do Brasil para se juntar a Malafaia — sim, junta-se a Malafaia nesse caso! — para protestar contra a brutalidade de que são vítimas seus iguais no Irã?

Cadê o buliçoso deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ)?

Cadê a manifestação dos oposicionistas brasileiros, tucanos e democratas especialmente, que têm o dever moral de expressar seu repúdio, dada a intimidade do petismo com o facinoroso? Nada!
Quanto à UNE, que deu uma bandeira de presente a Ahmadinejad, dizer o quê?

Quando aquele pano não está cobrindo a malversação de dinheiro público, está endossando a repressão, a violência e a morte.

Alguém esperaria muito mais, ou menos, dessa gente?

                     22/06/2012

Ministra Izabella Teixeira em um barraco ambiental



Estado de nervos

                                                                                                            
Por Míriam Leitão

Era um evento que tinha tudo para ter conteúdo sustentável.

Até que virou um insustentável barraco. Discutiria economia com o BNDES, Banco Mundial, ministros da Alemanha, Noruega. O tema era o que o Brasil tem feito de combate ao desmatamento.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, não gostou quando uma pessoa da plateia levantou um cartaz com um desenho de uma motoserra.

Ela passou dez minutos aos gritos para a perplexidade dos estrangeiros.

Mostro no vídeo abaixo apenas os dois minutos finais.

Há um momento em que até o tradutor de libras (linguagem dos sinais) desiste. Não tinha mãos para traduzir toda aquela eloquencia.

Estavam lá o presidente do BNDES, Luciano Coutinho;

Maria A. Barton-Dock, diretora do Departamento de Meio Ambiente da Rede de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial;

Dirk Niebel, ministro da Cooperação e Desenvolvimento Econômico da Alemanha;

Bård Vegar Solhjell, ministro do Ambiente da Noruega;

Tasso Azevedo, consultor ambiental.

A Noruega é a financiadora do Fundo Amazônia.


A ministra representava o Estado brasileiro num debate dos muitos dos eventos paralelos da Rio+20.
Pelo visto, o estado de nervos.


                COMENTÁRIO DO LEITOR




DESCLASSIFICADA, AUTORITÁRIA.

DE CERTA FORMA, REFLETE O IGUAL CARÁTER DE SUA CHEFE, A PRESIDENTE DILMA.

E QUE ESSE CARÁTER AUTORITÁRIO É VENDIDO PELA MÍDIA AOS BRASILEIROS COMO FIRMEZA.


Nome: Emilson Nunes Costa
22/6/2012 - 16:03




Banho de sol e visita íntima






Por Lauro Jardim


Veja como anda movimentada a vida do bicheiro Carlinhos Cachoeira atrás das grades.

Depois de conseguir um habeas corpus revogando sua prisão federal, na semana passada, Cachoeira passou a ser considerado um preso da Justiça do Distrito Federal (que também havia pedido sua prisão) e por isso teve que ser transferido da ala federal do Complexo Penitenciário da Papuda para a ala de presos comuns.

Ontem à noite, ao fazer o exame de corpo de delito para a transição, o bicheiro acabou afrontando um agente penitenciário federal, o que lhe rendeu mais problemas: ele passa a responder a um processo na Justiça por desacato à autoridade.

A notícia boa
para Cachoeira é que, uma vez transferido para a ala dos presos comuns, ele teria direito a dois grandes privilégios da vida de detento: banho de sol e visita íntima.

A notícia ruim
– para Cachoeira, claro – é que o STJ revogou o habeas corpus e ele poderá voltar a qualquer momento para a ala federal da Papuda.

                                                           22.06.2012

Por um café da manhã: O fã clube brasileiro de Ahmadinejad



Professores universitários, lideranças estudantis e políticos de partidos como PSB, PCdoB e PT - além da UNE, claro - tomam café com o ditador.

E adoram



Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad durante A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio +20

"É como se enquanto estamos aqui, tomando esse café da manhã, os Estados Unidos estivessem roubando os nossos bolsos", disse o iraniano, para delírio dos antiamericanos

O que você faria se fosse convocado para um encontro com um ditador que odeia judeus, mulheres adúlteras, jornalistas, homossexuais e sabe-se lá mais o quê?

Um grupo de destemidos brasileiros aceitou o convite para um café da manhã com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que está no Brasil para a Rio+20.

E a surpresa: os 70 comensais saíram satisfeitos, achando simpático o sujeito “de fala mansa” que enfrenta bravamente o imperialismo americano.


O encontro aconteceu no Hotel Royal Tulip, em frente à Praia de São Conrado, na quinta-feira - apenas um dia após o anfitrião ter trocado abraços com o amigo Lula, ao fim de seu
 discurso na plenária da ONU.





Os laços entre Ahmadinejad e o Brasil estreitaram-se durante o governo Lula.

E essa influência ficou bem clara diante da lista de convidados do iraniano, formada majoritariamente por intelectuais de esquerda, professores universitários, lideranças estudantis e políticos de partidos como PSB, PCdoB e PT - todos, é verdade, já com alguma simpatia prévia pelo anfitrião.

A plateia tinha nomes como:

João Vicente Goulart, filho mais velho do ex-presidente João Goulart;

o sociólogo Emir Sader;

Tilden Santiago, ex-embaixador do Brasil em Cuba;

Roberto Amaral, vice-presidente nacional do PSB;

Ricardo Zarattini, ex-deputado federal pelo PT;

e Haroldo Lima, ex-diretor geral da ANP
.
22.06.2012


Artigo do "Financial Times" sobre Rio+20 questiona estrutura de Brasil para eventos esportivos



Redação Portal IMPRENSA

Nesta sexta-feira, o artigo "Gargalos representam golpe para Rio+20", publicado no jornal britânico Financial Times, questiona sobre a capacidade de o Brasil, em especial do Rio de Janeiro, de garantir a infraestrutura necessária à Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos, informou o portal da BBC Brasil.

"Engarrafamentos entupiram a cidade, apesar de o governo ter declarado feriado escolar durante o evento", e delegações oficiais da Rio+20 "foram confrontadas com preços de hotel extorsivos", diz o jornal, sobre a conferência da ONU.

A publicação coloca as tarifas de hotel como uma das causas da redução do número de líderes presentes à cúpula de 131 para 95. Há depoimentos de altos funcionários da ONU, que não se identificaram, fazendo críticas à capacidade de organização da cidade.

Um deles disse que as autoridades brasileiras "insistem em dizer que está tudo bem, quando não está".

No entanto, o embaixador André Corrêa do Lago, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, principal negociador do Brasil na Rio+20, diz ao jornal que "nenhum dos planos de infraestrutura no Rio de Janeiro foi feito para esta conferência.

Está tudo planejado para 2014 e 2016, portanto, ainda há tempo"
.

22/06/2012


O endividamente das famílias já se encontra no limite máximo






Editorial


As autoridades imaginaram que, ao aumentar o volume de crédito baixando as taxas de juros, haveria uma redução da inadimplência e uma queda do endividamento, que levariam ao aumento da demanda doméstica no segundo semestre.

Quando se observa que as duas primeiras previsões não aconteceram, temos o direito de duvidar de que a terceira se apresente na segunda parte do ano, uma vez que a maior alta das rendas aconteceu em janeiro, com o reajuste de 14% do salário mínimo.

O que aconteceu é que o índice de inadimplência aumentou 6,2% entre abril e maio, e na cidade de São Paulo o porcentual de famílias endividadas passou de 45,7%, em maio do ano passado, para 53,24%, em maio de 2012.

Fato que não devemos estranhar, pois a soma da maior oferta de crédito com a redução do seu custo é a receita ideal para aumentar o endividamento, ainda mais quando, ao mesmo tempo, o salário mínimo é aumentado.

Não se pode esquecer ainda de que estamos assistindo a um forte crescimento dos empréstimos habitacionais.

Mesmo que as prestações sejam modestas, elevam fortemente o comprometimento das famílias, que, ao dispor da sua unidade de habitação, se veem na obrigação de realizar novos gastos para equipar a nova casa.

O erro, certamente, foi o de oferecer todas essas facilidades ao mesmo tempo, sem levar em conta que as operações de crédito sob todas as formas e no seu conjunto podem acusar uma queda, mas são escandalosamente caras quando se trata de crédito pessoal.

Pode-se dizer que a taxa média de juros ao consumidor é a menor desde 1995.

Já a taxa para cartão de crédito, que representa 77,2% da dívida das famílias, é de 10,69% ao mês ou 238,67% ao ano, sendo a operação de menor custo a de financiamento de automóveis, com 24,6% ao ano, o que, aliás, torna preferencial a compra de automóveis.

Admite-se como razoável um endividamento equivalente a 30% da renda mensal, mas em São Paulo chega em média a 42,95%. As famílias com um endividamento desse porte, terão, primeiro, a tentação de recorrer às operações com o custo mais elevado, o que aumentará seu endividamento, e chegarão a um momento em que, com 50% de sua renda mensal comprometida, não terão mais capacidade de compra, ao contrário do que espera o governo com sua previsão de aumento da demanda no segundo semestre.

Isso explica a cautela das empresas para aumentar sua capacidade de produção.

Junho 22, 2012

Lugo recorre à Justiça para adiar julgamento; votação de impeachment segue o previsto na Constituição paraguaia


Por Reinaldo Azevedo

O governo do Paraguai anunciou na madrugada que o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, recorrerá nesta manhã à Justiça para tentar impedir que o Senado vote ainda hoje o seu impeachment.

Entrará com uma “ação de inconstitucionalidade” afirmando que, em razão do tempo exíguo, está tendo cerceado o seu direito de defesa.

Vamos ver.

É boa a chance de que consiga, até porque a Justiça deve levar em conta a forte pressão dos países da Unasul, cuja presidência rotativa está justamente com o Paraguai.

Sustentar que está em curso um golpe no Paraguai é conversa de tolos ou de oportunistas.

O governo brasileiro entrou nessa.

Segundo qual critério?

Reconhece os termos da Constituição daquele país e os poderes do seu Parlamento ou não?

Mais tarde, voltarei ao tema.

Os ditos “governos populares” da América Latina agora deram para chamar as instituições democráticas de “golpistas” quando elas lhes põem freios.
Os militares de antigamente rasgavam as leis no continente em nome da ordem.

Os populistas pretendem rasgá-las em nome do povo.


É até desejável que Lugo ganhe mais tempo para a sua defesa.

Mas que fique claro: o Parlamento não está transgredindo uma só linha da legalidade.

Quem o fez, infelizmente, foi o presidente ao tolerar a ação de bandidos disfarçados de camponeses que lutam por terra.

Segue o texto que escrevi às 21h05 de ontem.
*

A Unasul, com o Brasil à frente, se mobiliza para tentar impedir o impeachment do presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

O governo brasileiro, como é regra em matéria de política externa desde a gestão de Celso Amorim, está indo além de suas sandálias.

É até provável que o impedimento do ex-padre, que sempre foi muito pouco pio, não seja a melhor coisa para o país. O risco de aumentar a instabilidade é grande.

Mas é evidente que o governo brasileiro erra e exagera ao chamar a possibilidade de impeachment de “golpe”.

Não é!


A abertura de um processo de impeachment foi aceita pela Câmara por 76 a 1 (!!!), e agora cabe ao Senado conduzir o julgamento político, conforme estabelece a Constituição do país.

O impedimento pode ser aprovado ou recusado.

Caso se dê a primeira hipótese, assume o vice.

Cadê o golpe?


Não há, até agora, a menor evidência de que se tenha negado ao presidente o direito de defesa.

Impeachment, afinal de contas, já houve no Brasil, não é mesmo? Tirou do poder o presidente Fernando Collor de Mello.


Aliás, fosse a Constituição paraguaia igual à nossa, Lugo já teria sido afastado.

Por aqui, basta que se abra o processo na Câmara para afastar o mandatário.

É compreensível que os países da Unasul se mobilizem, acompanhem o processo, verifiquem se o direito de defesa está sendo respeitado etc. Mas não mais do que isso.

Países têm as suas leis.

O Brasil resolveu enroscar, com justa razão, com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que pediu a suspensão da construção de Belo Monte.

Não aceita esse tipo de ingerência.

É descabido que tente dar um murro na mesa e decidir o destino de Lugo em lugar no Congresso paraguaio.

Isso, sim, seria um “golpe”.

E dado por país estrangeiro!

Lugo, o desastrado

Um confronto entre sem-terra paraguaios e as forças de segurança deixou 17 mortos na sexta-feira passada em Curuguaty, a 250 km de Assunção. Policias desarmados foram garantir a reintegração de posse de uma área invadida e foram recebidos a bala. Seis policiais desarmados foram assassinados pelos ditos sem-terra. Na reação, as forças de segurança mataram 11 homens que lutavam ao lado dos invasores.

A exemplo do que acontece no Brasil, os sem-terra paraguaios pertencem a uma organização paraoficial. Lugo mantém estreita ligação com os líderes do movimento, que cobram dele, no entanto, ações mais radicais em favor do que entendem ser a reforma agrária necessária.

Querem o que chamam “fim do latifúndio” e a divisão das propriedades produtivas.

A Via Campesina — que ajudou a depredar o estande da CNA na Rio+20 — está lá, com os “companheiros paraguaios”.

Lugo não endossa explicitamente a violência dos sem-terra, mas também tem sido frouxo na repressão às ações do grupo.

Os chamados “brasiguaios” — agricultores brasileiros que prosperaram no Paraguai — estão entre os alvos da turma.

Já se detectou a presença de “sem-terra” brasileiros lutando contra os brasiguaios.

No Paraguai, o sonho de muitos dos nossos extremistas se realizou: os sem-terra se armaram para valer e travam suas disputas a bala.

O prolífico ex-padre (Lugo já reconheceu dois filhos, concebidos na vigência de seu voto de castidade), que se dividia entre o púlpito e o leito pouco casto com impressionante desenvoltura, sonhou fazer a mesma coisa na política: foi eleito para defender as leis e a Constituição, mas deu guarida a um movimento violento, que invade propriedades produtivas, mata e pratica atos explícitos de terrorismo para fazer “justiça social”.

O resultado se conta em mortos.

Cá no meu tribunal pessoal, merece o impeachment por ser o responsável último pela elevação de tensão no campo e por ter usado o espaço legal e institucional de que dispõe para solapar a legalidade e a institucionalidade.
Mas é o Senado paraguaio que vai decidir.

E vai decidir segundo a Constituição.

A menos que Dilma Rousseff, por intermédio de Antônio Patriota, dê um golpe no Parlamento do país.
22/06/2012