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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Jogo dos 7 erros: há algo errado nesta foto?


Adversários históricos, Lula e Maluf selam acordo para que PP apoie Haddad

Thais Arbex


O ex-presidente Lula, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, e o deputado federal Paulo Maluf: inimigos históricos na mesma aliança
(Brazil Photo Press/Folhapress)

Juntos, Maluf e Lula selam apoio do PP a Haddad

Adversários históricos, os dois políticos veteranos trocam a ideologia por tempo na televisão

É um momento antológico da política brasileira: Luis Inácio Lula da Silva e Paulo Maluf, antagonistas históricos, e dos mais renhidos, de mãos dadas para dar à luz o "novo homem" Fernando Haddad, candidato petista à prefeitura de São Paulo.

O encontro aconteceu na tarde desta segunda-feira, quando o Partido Progressista (PP) do deputado federal Paulo Maluf selou apoio à chapa encabeçada pelo PT nas eleições municipais deste ano.

“Foi por amor a São Paulo”, disse o deputado sobre a aliança. Lula, incomumente, não disse nada desta vez.

O evento, que começou por volta das 13 horas, aconteceu na residência de Maluf, no Jardim Europa, região nobre da capital paulista.

Estiveram presentes Fernando Haddad, vereadores e deputados do PT, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho.

Após ficar afastado de compromissos na semana passada por recomendação médica, Lula apareceu de surpresa à cerimônia.

Foi a primeira vez que o ex-presidente visitou a casa de Maluf.


Talvez pela proximidade com Lula, Maluf decidiu usar uma metáfora futebolística.

“Política é como futebol, quem é palmeirense não gosta do Corinthians, quem é corintiano não gosta do Palmeiras. Alguém pode não gostar de mim, mas ninguém pode dizer que não conheço os problemas de são Paulo”.

Em seguida, voltou à sua própria frequência de raciocínio politico: “Não devemos olhar pelo retrovisor, mas pelo para-brisa. Quem olha para trás não olha para frente”.
Irretocável.

O presidente estadual do PP afirmou que para ele não existe mais a divisão do mundo em esquerda e direita. “Se você vai a Paris e pergunta se é esquerda ou direita, eles vão pensar que você está falando em sinal de trânsito. O que importa é um governo eficiente”.

O pré-candidato Fernando Haddad, entretanto, discordou da tese ideológica de Maluf.

“Do meu ponto de vista existe sim direita e esquerda. Estamos fazendo um pacto pela cidade, não há correspondência entre todas as ideias que eu defendo na vida e o que o PP defende”, disse o petista.

“Existem muitas divergências em vários campos, mas isso não pode nos impedir de buscar convergências com os partidos da base do governo federal.”

O PP detém no governo Dilma o Ministério das Cidades.

Contorcionismos verbais à parte, as razões por trás do notável encontro desta tarde: o PP, de Maluf, dará à campanha de Haddad um minuto e quarenta e três segundos de tempo na propaganda eleitoral televisiva.

O PT terá agora cerca de 7min39s de propaganda gratuita - um minuto a mais que o tucano José Serra, seu principal adversário.

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