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sábado, 5 de dezembro de 2009

Marcos Valério reaparece, envolvido no escândalo do DF



Felipe Recondo

Personagem que teve papel central nos esquemas de mensalão do PT e do PSDB, o empresário Marcos Valério aparece agora no escândalo que envolve o governo e a Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Uma gravação feita pelo ex-secretário do governador José Roberto Arruda, Durval Barbosa, mostra o deputado distrital e ex-presidente da Câmara Legislativa Benício Tavares confessando ter fraudado uma licitação para a contratação de agência de publicidade para beneficiar a empresa de Marcos Valério a pedido do ex-governador Joaquim Roriz (PMDB), apontado por Arruda como principal responsável pelo estouro do escândalo que envolve o DEM.

O deputado afirma na gravação que, quando era presidente da Casa, havia acertado a contratação de duas agências de publicidade. Mas recebeu um pedido do ex-governador Joaquim Roriz para beneficiar a SMP&B, empresa que tem como um dos sócios Marcos Valério e esteve envolvida com os esquemas do mensalão do PT, no governo federal, e do PSDB, na campanha de Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998.


"Não, nem chegamos a conhecer o Marcos Valério. Conhecemos o Cristiano Paz, o outro sócio", conta Benício Tavares na conversa.

O deputado diz que, por conta desse pedido, teve de mudar o acerto que havia feito, o que desagradou outro parlamentar.

Marcos Valério e Cristiano Paz são réus na ação aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) contra os envolvidos no mensalão petista e foi denunciado pelo Ministério Público no mensalão tucano.

Em outro vídeo, também divulgado ontem pelo site da revista Veja, o nome do vice-governador do DF, Paulo Octávio (DEM), aparece como destinatário de recursos repassados por Durval Barbosa.

No vídeo, um homem apontado pela revista como sendo Marcelo Toledo, tido por operador do governador José Roberto Arruda, entrega dois pacotes de dinheiro para Durval Barbosa, no valor total de R$ 50 mil, conforme indica a gravação.

Ao final da conversa, que dura 1 minuto e 54 segundos, Marcelo diz a Durval: "Paulo Octávio pediu para ver se o senhor manda alguma coisa para ele hoje".

O ex-secretário responde de imediato: "Hoje não".

Em outros vídeos, divulgados desde que descoberto o esquema, o nome do vice-governador já aparecia como destinatário de dinheiro cobrado de empresas com contratos com o governo.

De acordo com um dos documentos, Paulo Octávio ficava com 30% do valor que seria recolhido por Durval Barbosa.

Por intermédio de sua assessoria, o vice-governador afirmou que não autoriza ninguém a falar em seu nome como representante ou emissário. Ao contrário de Arruda, Paulo Octávio não responde a processo de impeachment na Câmara Legislativa e, por enquanto, não é ameaçado de expulsão pelo DEM.

Na prática, o partido até trabalha para mantê-lo no posto para poder trabalhar sua candidatura ao governo local em 2010.

Poder, dinheiro, corrupção e...

O governador de Brasília estrela um dos mais repugnantes espetáculos de corrupção já vistos na história.

Sem nenhum pudor, políticos foram filmados recebendo dinheiro de propina em meias, cuecas, bolsas e até via Correios.

Depois, ainda rezam, agradecendo a Deus a graça alcançada


Diego Escosteguy e Alexandre Oltramari



Celsio Junior/AE

DEPARTAMENTO DA PROPINA
José Roberto Arruda tinha um secretário encarregado exclusivamente de subornar aliados e achacar empresários

No dia 4 de setembro de 2006, no auge da eleição para o governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda encaminha-se até o escritório do delegado aposentado Durval Barbosa, então secretário do governo e seu coordenador de campanha.

Ele aperta a mão de Durval e lhe dá um tapinha nas costas: "Meu presidente!".

Arruda acomoda-se gostosamente no sofá, dá um profundo suspiro e pede um chazinho à secretária.

Tira do bolso um papelzinho e diz a Durval: "Queria ver quatro coisinhas com você. Só posso pedir para você porque é algo pessoal".

Arruda começa pela corrupção miúda, pedindo a Durval que consiga emprego para o filho dele numa das empresas que mantêm contratos com o governo.

Depois abusa um pouquinho mais e recomenda que o delegado "ajude" a empresa de um amigo. Finalmente pergunta sobre o financiamento para a campanha.

"Estou medroso com esse troço", diz Arruda. Durval tenta tranquilizá-lo: "A gente só não pode internalizar o dinheiro".

Ato contínuo, Durval abre o armário, pega um pacote com 50 000 reais e o entrega a Arruda. "Ah, ótimo", agradece o candidato.

Num lapso de 23 minutos e 45 segundos, com o equipamento do ladino Durval e a desfaçatez de Arruda, produziu-se o primeiro capítulo da mais devastadora peça de corrupção já registrada na história do país.

Talvez encantado com o espírito do Natal que se aproxima, Arruda veio a público na semana passada para dizer que, sim, ele recebeu o pacotão de dinheiro que aparece no vídeo - mas que, por nobreza de coração, usou os recursos na compra de panetones para os pobres que habitam a periferia de Brasília.

Nem Papai Noel acreditou. A burlesca cena protagonizada por Arruda está num dos trinta vídeos entregues por Durval aos promotores do Ministério Público do Distrito Federal, aos quais VEJA teve acesso na íntegra (assista a uma seleção dos vídeos exclusivos).

Ele também forneceu documentos e prestou um minucioso depoimento, expondo as vísceras do esquema de corrupção chefiado por Arruda e pelo empresário Paulo Octávio, vice-governador de Brasília.

Até o início da crise, o ex-delegado era secretário de Relações Institucionais - uma espécie de embaixador da corrupção do governo de Brasília.

Cabia à turma dele coordenar as fraudes nas licitações do governo, achacar os fornecedores e repassar o butim a Arruda e Paulo Octávio, distribuindo o restante da propina aos deputados da base aliada na Câmara Legislativa do DF.

Ou seja, uma versão brasiliense e democrata do mensalão petista.

A colaboração de Durval, que espera com isso receber um perdão judicial, resultou na Operação Caixa de Pandora, deflagrada há uma semana pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal, na qual se apreenderam, nos escritórios da quadrilha, documentos e cerca de 700 000 reais em dinheiro vivo.

Os promotores calculam que a quadrilha do panetone tenha desviado dos cofres públicos a formidável soma de 500 milhões de reais - de modo que os pobres de Brasília, graças quem sabe às orações da propina divulgadas por Durval, devem desfrutar um gordo Natal neste ano.

Inexiste quantia, contudo, que supere a força simbólica de uma imagem como a do governador Arruda recebendo um bem fornido maço de notas de 100 reais.

Não é à toa que as produções de Durval se tornaram hits instantâneos na internet e correram as televisões do mundo: nunca se registrou com tamanha precisão, muito menos de maneira tão límpida e pedagógica, a ilimitada capacidade dos políticos de ignorar os mínimos princípios de dignidade pública.

O sentimento de repulsa é inevitável.


Dida Sampaio/AE

IRMANDADE
O presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (à dir.), em reunião com o deputado ACM Neto (à esq.): relação fraternal com Arruda dificulta expulsão do governador

Essa indignação apareceu graças ao talento dramatúrgico do obstinado Durval. Durante anos, ele gravou com esmero as estripulias cometidas pelos maganos dessa máfia.

Além da participação especialíssima de Arruda, o Generoso, aparecem nos filmes deputados, empresários, jornalistas, lobistas, burocratas, assessores.

São filmes ricos em elenco - e, sobretudo, em conteúdo. Todos foram rodados nos escritórios do diretor Durval. O enredo é sempre o mesmo. Os personagens procuram o delegado em busca de dinheiro e favores.

O final é igualmente previsível. Como se descobriu nos últimos dias, os coadjuvantes sempre dão um jeitinho de sair de lá com dinheiro - seja nas meias, na cueca, na bolsa, no paletó (veja os quadros).

Antes de embolsarem o cachê, esses bufões da corrupção combinam negociatas e trocam confidências sobre os esquemas de cada um. Enquanto eles riem, só resta à plateia chorar: toda essa deprimente patuscada é paga com nosso dinheiro.

Leia mais aqui.
VEJA TAMBÉM

Só um santo vence a quadrilha em 2010. É um partido amoral, aético e absolutamente corrupto.

Na semana do "menino do MEP", do "boeing do Lulinha", do "mensalinho da Lurian", tudo foi esquecido porque explodiu o escândalo do Mensalão do DEM, guardado para a hora certa, que derrubou o seu único governador, o seu presidente de rabo preso e o próprio partido.

Não há que ter culpa em cartório e o DEM tem, como tem.

O lulo-petismo teve, após a crise de 2005, quatro anos para organizar todo o tipo de dossiês contra a oposição. 


Dona Ruth Cardoso o diria, se aqui estivesse, agredida sem dó e nem piedade no escândalo dos cartões corporativos.

Yeda Crusius, governadora gaúcha, pode dar o seu depoimento, vítima direta da máquina colocada a serviço de Tarso Genro, Ministro da Justiça, que deseja ser o novo governador gaúcho. 


José Fogaça, prefeito de Porto Alegre, e Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, estão na alça de mira do aparelho de estado montado por Lula e seus companheiros.

Não vamos contabilizar Eduardo Azeredo, o mensaleiro tucano que, se o partido tivesse vergonha na cara, já teria imolado em praça pública.


A pergunta é para frente: o que está reservado para José Serra e Aécio Neves?

Terão José Serra e Aécio Neves as suas próprias reservas para a guerra que se aproxima?

Ou com as suas luvinhas brancas e punhos de renda pensam que não serão vítimas de todo o tipo de armadilha?

Se para o governo do estado houve o Dossiê dos Aloprados, o que a turma do Berzô irá aprontar para 2010?

O projeto do PT é para algumas dezenas de anos.

É um partido amoral, aético e absolutamente corrupto.

Os mensaleiros estão de volta. Tiveram quatro anos para aprender a não errar. Estão no ataque, estão com a faca nos dentes.

Têm a máquina inteira nas mãos, desde os extratos bancários do Banco Central até os computadores da Receita Federal, desde os coletes pretos até os arapongas da ABIN, mais a máquina sindicalista, os movimentos sociais e os cofres abarrotados da Petrobras.

Neste contexto, se a oposição eleger o presidente, poderemos chamar o papa e canonizar.

O vencedor terá feito um milagre e será um santo.

Postado por ANÔNIMO

Charge do dia

Um diálogo interessante.


Caiu um forte raio em Brasília. Desses que o governo afirma que são capazes de causar um blecaute. Ele caiu justamente no Palácio do Planalto. Para espanto de alguns e alívio de outros, o raio deu de cair exatamente na cabeça da ministra Dilma Rousseff, que foi literalmente torrada. Sem nada o que fazer, ela se dirigiu ao Além.

Ela tinha certeza de que iria para o Inferno. Mas, como o capeta não veio buscá-la, resolveu tentar a sorte no Céu.

Já no portal, encontrou São Pedro com uma meia dúzia de assessores.

"Antes de entrar aqui, a senhora precisa passar por um julgamento", disse-lhe o guardião do Paraíso.

"Eu quero um advogado!"

"Não temos. Os advogados do tipo que a senhora precisa foram todos para o outro lado. A senhora vai ter de se defender sozinha."

"Está bem. Eu sei me virar!"

"Comecemos pela sua juventude. É verdade que a senhora foi guerrilheira?"

"Fui! Do Colina e da VAR-Palmares! E era líder! Pode perguntar lá embaixo que tem um montão de gente que confirma!"

"Eu não entendo. A senhora tem orgulho de ter sido terrorista?"

"No Brasil isso pega bem. Tem até um órgão do governo que paga indenizações."

"Consta aqui na sua ficha que a senhora se dedicava a tarefas que não têm nada que ver com uma guerra revolucionária. Roubar cofres, por exemplo."

"É, vai fazer o quê...? Nós expropriamos um que tinha nada menos que US$ 2 milhões!"

"E o que vocês fizeram com o dinheiro?"

"Uma parte nós repartimos com os companheiros dos outros grupos."

"E o resto?"

"Não tinha resto. Era para as nossas despesas. Era eu mesma que cuidava do dinheiro."

"Bom, vamos passar adiante. A senhora ficou alguns anos presa, depois tratou de estudar."

"Eu me graduei, depois fiz o mestrado e o doutorado. Pode ler na minha página na internet."

"Tem gente que diz que a senhora não fez nem uma coisa nem outra..."

"Eu vou lhe dar a mesma resposta que dei para a imprensa: fiz o curso de mestrado, mas não o concluí. Depois eu voltei para a escola, a Unicamp, para fazer o doutorado. Também não me formei porque virei ministra..."

"A Unicamp informou que a senhora nunca se matriculou lá..."

"Isso é mentira!"

"Hum, trata-se de uma carreira bem peculiar... Aqui, na sua ficha, consta também que em 1989 a senhora foi nomeada diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre e foi demitida pelo presidente da Casa porque chegava tarde ao trabalho."

"Isso é mentira!"

"A senhora é conhecida como a mãe do PAC. E há quem diga que é, também, madrinha do apagão."

"Isso é mentira! Só porque eu fui ministra da área energética por alguns anos, eu sou agora responsabilizada por tudo!"

"Dizem que foi a senhora que formulou o atual modelo de energia."

"Isso é mentira! Quando eu assumi, todas as usinas hidrelétricas já estavam lá!"

"A que a senhora - que entende do assunto - atribui o apagão?"

"Vou-lhe dar a versão oficial do governo: eram três linhões. Acontece que caíram três raios ao mesmo tempo, um em cada um. Os três entraram em curto-circuito e deu no que deu."

"É uma visão, no mínimo, curiosa... No governo passado houve racionamento de energia porque as chuvas não vieram e os reservatórios de água das usinas hidrelétricas ficaram vazios. Vocês eram da oposição na época e exploraram eleitoralmente o fato. E agora?"

"O apagão do FHC se deu por incompetência. Já o nosso foi devido ao clima, conforme eu já expliquei..."

"Já sei, três raios caíram simultaneamente nas três linhas... E vai por aí afora. Há quem diga que houve sobrecarga do sistema e ele caiu..."

"Isso é mentira! Os raios caíram nos linhões e o assunto está encerrado. Não se fala mais nisso."

"Escute, para a senhora, tudo é mentira."

"Isso também é mentira!"

"Vamos mudar de assunto. A ex-secretária da Receita Federal depôs no Congresso afirmando, com todas as letras, que esteve em seu gabinete, no Palácio do Planalto, e que a senhora lhe pediu para aliviar a barra num processo..."

"Isso é mentira! Nunca estive com essa mulher!"

"Ela disse, recentemente, que tem como provar o que falou... Além do mais, o prédio é inteiramente monitorado. Basta procurar a gravação que a questão fica resolvida."

"Vamos encontrar uma versão conciliatória. Eu admito que a recebi no meu gabinete, mas foi para tratar de outros assuntos."

"Quais?"

"Não me lembro mais. Como canta o Roberto Carlos, "são tantas emoções..."

"Bom, dona Dilma, sinto muito, mas a senhora não preenche os requisitos mínimos para entrar no Céu. Eu não entendi porque Satanás não se dispôs a recebê-la. Aguarde um momento que eu vou telefonar para ele."

São Pedro saiu da sala, pegou o seu celular e ligou diretamente para o "coisa ruim".

"Oi, Lúcifer, porque é que você não foi receber a Dilma Rousseff?"

"Eu não quero nem saber dessa mulher!", explicou o príncipe das trevas. "Se ela vier para cá, em dois minutos vai estar mandando em todo mundo. Essa mulher tem cabelo na venta, é nervosa, irritadiça e impaciente. Estou fora!"

"E o que é que eu faço com ela?!", desesperou-se São Pedro.

"Eu sei que foge dos regulamentos, não deixe o Chefão saber disso, mas o que se pode fazer é pedir desculpas e devolvê-la para o Ministério do Lula. Os dois se entendem bem porque, no fundo, se merecem..."

João Mellão Neto, jornalista, deputado estadual, foi deputado federal, secretário e ministro de Estado
 

Lulinha barrado pela justiça




Estadão


A juíza Luciana Novakoski de Oliveira, da 2ª Vara Cível de Pinheiros, na capital, indeferiu ação de indenização por danos morais movida por Fábio Luís da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula, contra a Editora Abril e o repórter Alexandre Oltramari, da revista Veja.

A juíza indeferiu ainda outra ação contra os mesmos réus, além do lobista Alexandre Paes dos Santos, que, em conversa com o repórter, cuja transcrição foi anexada a processo judicial, se referiu a Fábio Luís da Silva com termos ofensivos.

A primeira ação foi movida após publicação, pela revista, da reportagem O Ronaldo de Lula, sobre a atuação de Lulinha na empresa Gamecorp.

O texto, segundo a juíza, “traça um paralelo entre o sucesso profissional do autor (da ação), filho do presidente da República, com o jogador de futebol Ronaldo, já que ambos seriam considerados “fenômenos” em suas respectivas áreas”.

A juíza acrescenta que “a matéria insinua que tal sucesso decorre de sua filiação e das facilidades de acesso” a pessoas influentes.

“O fundo da reportagem é verdadeiro e aborda assunto de relevante interesse público”, diz ela.

As sentenças determinam que Lulinha arque com despesas processuais e honorários advocatícios de R$ 20 mil.

Cabe recurso.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A) 'VALERIODUTO'! B) OS DESVIOS DA PUBLICIDADE DOS GOVERNOS!



Ex-Blog do Cesar Maia
A) 'VALERIODUTO'!


B) OS DESVIOS DA PUBLICIDADE DOS GOVERNOS!

A.1) O valerioduto, chamado desta forma no caso "mensalão", foi um sistema sofisticado de aplicação de recursos em campanha eleitoral, que pretendia eliminar os riscos de identificação do caixa 2 das campanhas. A experiência da agência de publicidade SMP&B, em Minas, fascinou o principal deputado do PT do Estado, que levou o gestor e a metodologia para o PT nacional e o governo federal. De um esquema de crime "perfeito" em financiamento de campanhas, passou a ter abrangência maior, servindo para financiamento do partido e de seus parceiros. Foi pego pela imprevisão do fechamento na ponta final, do ciclo contábil.

A.2) Funcionava assim: Uma empresa queria repassar dinheiro a uma campanha (e depois ao partido). Ela contratava a SMP&B para prestar serviços de publicidade. A demonstração era simples, através de simples -e artificiais- expedientes de computação gráfica. A SMP&B retirava a sua comissão de agência. E disponibilizava os recursos legalmente, na boca do caixa de um banco, ao receptor. Este recebia com sua assinatura e documento. Tudo parecia perfeito. Mas faltava o elemento final, da simples demonstração de ativo e passivo, haver e dever, débito e crédito.

A.3) Os beneficiários -ingenuamente- não registravam o dinheiro recebido como despesa de campanha com origem, que até poderiam provar para seu partido, com os documentos bancários. Simplesmente gastavam os recursos. Para as empresas foi um achado, pois patrocinavam a política sem nenhuma relação com seu nome. Em toda a CPI dos Correios, nem por uma vez as empresas patrocinadoras foram identificadas, o que seria simples através de uma auditoria contábil de valores e tempos nas receitas da SMP&B. Sem registro contábil final ruiu o castelo de cartas e o crime deixou de ser perfeito.

B.1) O esquema na área de publicidade governamental é velho conhecido do mercado, e de auditorias e/ou CPIs estaduais. É comum que agências que trabalham em campanhas eleitorais venham a ser as agências do governo que ajudaram a eleger. Para disfarçar, os governos inventaram o pool de agências, onde a "preferida" aparece discreta no meio das outras. As agências beneficiadas fazem um plano de mídia técnica para os governos. Esses acertam uma sobremídia de forma a que a comissão da agência possa pagar seus serviços ao governo e anotar no rascunho, um crédito para a próxima campanha eleitoral.

B.2) Mas não basta, pois há que "reservar" recursos para a produção de materiais gráficos ou audiovisuais. Para tanto, a agência, além da criação faz a produção, não só de material para a mídia, mas para a comunicação direta por folders, tabloides, placas e cartazes. Além disso, como forma de orientar a publicidade, contratam pesquisas. Todo este conjunto é superfaturado e com isso se constitui uma "reserva técnica" para a próxima campanha eleitoral.

B.3) No caso dos ministérios e estatais federais até os patrocínios de eventos -esportivos, culturais, recreativos- são intermediados por agências de publicidade, que nada mais fazem que receber a sua comissão legal.

B.4) O contribuinte paga três vezes. Paga por excessos sobre a mídia técnica. Paga por campanhas inócuas para constituir fundos. Paga por superfaturamento nas produções. Tudo muito difícil de controlar, de identificar e demonstrar. Um crime quase perfeito. Quando identificado o foi pela fiscalização legislativa e não pelos controles externos e com isso colocaram-se panos quentes.

                                                    * * *



FESTIVAL DE POLÍTICA QUE ASSOLA O PAÍS!
              
1. Coincidência infeliz. No mesmo dia que o PSDB apresenta seu programa de 10 minutos o PT apresenta seus 10 comerciais de 5 minutos. Vantagem para o PT, cujos comerciais vem antes e depois do Jornal Nacional. Desvantagem para o PSDB que colocou o programa no meio do Jornal Nacional, recheado dos últimos casos.
              
2. Matérias em blocos do Jornal Nacional:

a) PMDB pode estar envolvido no mensalão do DEM. A conversa gravada entre o homem que denunciou o esquema e o dono de um jornal incluiu nomes da cúpula do PMDB entre os beneficiários do pagamento de propina.

b)  STF aceita denúncia contra SENADOR Azeredo do PSDB, por Valerioduto.

c) Delator do DEM tem passado comprometedor. Durval Barbosa já se envolveu em vários escândalos: denúncias de desvio de dinheiro público, corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude em licitações.
 

d) Arruda já tem 7 pedidos de impeachment.
              
3. Programa do PSDB dividido entre os dois pré-candidatos. De uma suavidade higiênica o que o torna menos realista.

Comerciais do PT. Tecnicamente muito bons. Quem estraga é a Dilma lendo o teleprompter, quase soletrando e não sabendo como suavizar a expressão, apesar das inúmeras tentativas do diretor de estúdio (certamente, pois não poderia ser tão ruim se este não desistisse depois de 18 tentativas).


MANIFESTO DE UM DEMOCRATA




OU PORQUE ABANDONEI O ESQUERDISMO

Não posso apoiar um movimento que flerta com o terrorismo, declarando-se "neutro" em relação aos narcobandoleiros das FARC, enquanto participa, ao lado destes, das reuniões do Foro de São Paulo.

Não posso apoiar um movimento que justifica a acolhida com tapete vermelho a genocidas financiadores do terrorismo e negadores do Holocausto como Mahmoud Ahmadinejad.

Não posso apoiar um movimento que, "para aproximar-se dos países árabes", fecha os olhos para o genocídio em Darfur.

Não posso apoiar um movimento que dá seu aval ao antissemitismo e à intolerância, apoiando um antissemita e queimador de livros para a direção da UNESCO.

Não posso apoiar um movimento que nega a Israel o direito de se defender e ignora o terrorismo do Hamas e do Hezbollah.

Não posso apoiar um movimento que se diz moderado, mas aplaude ditaduras como a dos irmãos Castro em Cuba e justifica os ataques de Hugo Chávez à liberdade de imprensa na Venezuela e suas investidas em outros países.

Não posso apoiar um movimento que vê golpe de Estado em Honduras e acolhe em sua embaixada o golpista bolivariano Manuel Zelaya, intervindo diretamente na situação interna de Honduras, ignorando suas instituições.

Não posso apoiar um movimento que substituiu o realismo em política externa pela megalomania e pelo terceiro-mundismo.

Não posso apoiar um movimento que, em nome dos direitos humanos, defende o refúgio político a assassinos e terroristas de esquerda condenados em seus próprios países, zombando de suas vítimas e das instituições democráticas.

Não posso apoiar um movimento que defende a revisão de uma Lei de Anistia para punir apenas um dos lados dos "anos de chumbo" da ditadura militar, isentando os terroristas de esquerda de qualquer culpa ou responsabilidade.

Não posso apoiar um movimento que falsifica despudoradamente a História, e que usa até livros didáticos e exame de estudantes para fazer propaganda oficial.

Não posso apoiar um movimento que transformou o marketing e o cinismo em supremas virtudes políticas.

Não posso apoiar um movimento que usa a máquina do Estado para fazer propaganda eleitoral antecipada e para aparelhá-lo com critérios unicamente partidários e ideológicos.

Não posso apoiar um movimento que age como se tudo o que veio antes não tivesse existido, apropriando-se de políticas que antes condenava e apresentando-se como fundador da Nação.

Não posso apoiar um movimento que transformou o assistencialismo, o clientelismo e o fisiologismo em sinônimos de "política social", aplicando na prática o que antes condenava com veemência.
Não posso apoiar um movimento que se converte ao mercado, mas não se confessa nem se arrepende do discurso socialista do passado (passado?).

Não posso apoiar um movimento que se diz democrata, mas investe quase diariamente contra a liberdade de imprensa e promove o culto à personalidade do presidente da República.

Não posso apoiar um movimento que aceita tranqüilamente, e até justifica, o assassinato de cem milhões de pessoas pelo comunismo no século XX.

Não posso apoiar um movimento que, a pretexto de combater o racismo, institui oficialmente a divisão racial, instaurando o racismo no País.

Não posso apoiar um movimento que, em nome da tolerância e dos direitos das minorias, quer impor uma lei criminalizando o pensamento.

Não posso apoiar um movimento que se diz defensor dos direitos das mulheres e das minorias, mas não diz uma palavra sobre a repressão às mulheres e às minorias religiosas nos países islâmicos.

Não posso apoiar um movimento que se enche de indignação diante de qualquer manifestação de "intolerância" do papa contra os muçulmanos, mas ignora as passagens claramente intolerantes do Corão e justifica o terrorismo islamita como uma forma de "resistência contra o imperialismo".

Não posso apoiar um movimento que considera a democracia e os direitos humanos valores relativos, e não universais, e que, em nome do "multiculturalismo", justifica a perpetuação de formas despóticas de governo - embora desfrute de todas as facilidades da democracia.

Não posso apoiar um movimento que considera o aborto um direito maior do que o de livre expressão religiosa.

Não posso apoiar um movimento que se diz favorável a todas as religiões, menos à católica apostólica romana.

Não posso apoiar um movimento que, dizendo-se cumpridor das leis e defensor do estado de direito democrático, fecha os olhos para as depredações e violências do MST, um movimento revolucionário comunista, no campo.

Não posso apoiar um movimento que se recusa a se distanciar de um demagogo como João Pedro Stédile e de um bestalhão como Marco Aurélio Garcia.

Não posso apoiar um movimento que passou décadas batendo-se pela "ética na política" e terminou aliando-se ao que há de mais podre na política brasileira em nome do "realismo".

Não posso apoiar um movimento que, diante de revelações assustadoras de corrupção, limita-se a dizer que foi tudo uma "conspiração" e aposta na corrupção alheia para "zerar o jogo".

Não posso apoiar um movimento que rejeita o livre debate de idéias e considera qualquer crítica a ele dirigida como coisa de reacionários, vendidos, imperialistas, impatriotas, preconceituosos, racistas, homofóbicos ou fascistas.

No final de seu texto, Andrew Sullivan pergunta, retoricamente: "Isso faz de mim um esquerdista radical?". Ao que ele mesmo responde: "De forma enfática, não. Mas certamente me afasta da atual direita norte-americana".

Do mesmo modo, parafraseando Andrew Sullivan, eu pergunto: o que escrevi aí em cima me torna um extremista de direita? Certamente não. Mas me afasta dos que estão no poder no Brasil atualmente.

Finalmente: eu posso falar mal de Bush e de Ahmadinejad, assim como posso falar mal de Pinochet e de Fidel Castro, ou de Hitler e Stálin.

E os esquerdistas, podem?

ESCRITO POR GUSTAVO

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pegando carona no mensalão do DEM...quem diria!

Michel Temer, presidente do PMDB
e vice da Dilma, candidata do Lula!


Isto é deplorável!



"É deplorável!"


 
José Roberto Arruda foi "plantado" como o vice DEM do Serra, assim que estourou o escândalo.

Mera especulação.

E o Michel Temer que até noivou com a Dilma Rousseff, publicamente?

Como vai ficar o vice da Dilma?

Ontem, no mesmo dia, Temer apareceu em um vídeo do Mensalão do DEM e na lista dos beneficiários da Camargo Corrêa.

Bateu o recorde.

Seu nome está na Caixa de Pandora ou Caixa de Panetone.

E também no Castelo de Areia.

Aliás, o nome da operação deve ser uma homenagem à Dilma.

Um noivado de alto risco, este do PMDB e do PT.

Tanto pode a noiva ser abandonada na porta da igreja quanto ter que visitar o escolhido na penitenciária.

Como diria o Lula, "é deplorável!".

Se você não gosta de terroristas, você é um racista...


Olavo de Carvalho

Todo dia -- sem exagero, todo dia -- chegam novos exemplos de falsas pesquisas, imediatamente ecoadas pela mídia cúmplice como portadoras de "fatos científicos" definitivos e incontestáveis.

Prepare-se, caro leitor, e prepare seus filhos e netos, para viver num mundo de alucinações e fantasias desnorteantes, onde conhecer a verdade mesmo sobre coisas simples será um desafio que só pessoas investidas de uma coragem intelectual fora do comum poderão vencer. Prepare-se para viver no hospício do Dr. Mabuse, onde o mais louco dos pacientes faz a cabeça dos médicos e os coloca a serviço de seus planos malignos.
 

O uso maciço da fraude científica, em proporções jamais antes imaginadas, vem-se tornando o principal meio de imposição de novas políticas, a tal ponto que em breve a classe científica estará totalmente desaparelhada para servir de árbitro nas grandes questões da humanidade e se tornará uma militância política como qualquer outra, disposta a mentir até o último limite do descaramento e do cinismo, em favor de qualquer estupidez politicamente conveniente. Antigamente isso só acontecia nos regimes tirânicos onde o terror estatal reduzia os cientistas, pela força, a servidores da propaganda oficial.

Agora é a própria classe científica que, intoxicada por ideologias insanas, estimulada por patrocínios bilionários e excitada pela ambição de poder, se oferece para fazer o serviço, traindo o ideal da ciência e ludibriando a opinião pública.

O que antes seria um escândalo isolado tornou-se regra geral, e não escandaliza a mais ninguém. Mesmo aqueles que opõem alguma resistência à prostituição da autoridade científica lutam contra esse mal tão-somente na esfera dos debates acadêmicos, sem pensar em mover contra seus colegas corruptos a guerra judicial que merecem e que seria a última esperança de limpar o terreno.

As forças da degradação avançam a passo firme, organizadas, unidas, armadas até os dentes, sem ter de enfrentar senão alguma pedrada esporádica, desferida por mão preguiçosa e vacilante. Como sempre tem acontecido desde o advento da mentalidade revolucionária no mundo, "the best lack all conviction, while the worst are full of passionate intensity".

Todo dia -- sem exagero, todo dia -- chegam novos exemplos de falsas pesquisas, imediatamente ecoadas pela mídia cúmplice como portadoras de "fatos científicos" definitivos e incontestáveis. A coisa já virou hábito e moda, fazendo da "autoridade acadêmica" nada mais que uma superstição residual, na qual só se pode acreditar por um ato de fé, contra toda evidência.

Só nas últimas horas do dia em que escrevo recebi, por internet, duas novas amostras. Uma ostentava a redução dos casos de doenças cardíacas em alguns Estados americanos, desde a adoção de medidas drásticas contra o fumo em lugares públicos, como prova dos riscos mortíferos do "fumo passivo".

Bem escondidinho no meio dos dados estatísticos comprobatórios, quase invisível ao público leigo, vinha o autodesmascaramento da fraude: a incidência de doenças cardíacas tinha diminuído também entre os fumantes. Fumantes ativos, fornedores de sua própria dose de fumo passivo...

A segunda era mais admirável ainda: "Preconceito racial alimenta oposição aos planos de Obama", proclamava a revista da Escola Superior de Administração de Negócios da prestigiosa Universidade de Stanford. Na escassez geral de manifestações de racismo ostensivo da parte dos brancos, os sábios de Stanford apelaram ao recurso -- já tradicional no Brasil -- de cavoucar indícios de "racismo inconsciente".

Método adotado: selecionar umas quantas cobaias, pró-Obama e anti-Obama, e verificar se associavam evocações negativas ou positivas a "nomes típicos de brancos", como Brett, Jane, William, ou a "nomes típicos de afro-americanos", como Aisha, Jamal, Ahmed etc.

Os nomes eram apresentados numa lista misturada, sem alusões raciais, de modo que a população testada nem sabia que a pesquisa era sobre racismo. Tal como era de se prever, os "nomes de brancos" ganharam longe na preferência da turma anti-Obama. Daí, concluíam os autores da pesquisa, estava provado o "racismo sutil" que inspirava a oposição ao presidente americano.

Detalhe: Jamal, Aisha, Ahmed e outros nomes da mesma lista não são "nomes típicos de negros": são nomes islâmicos, tirados do Corão. Não evocam o negão do posto de gasolina, nem celebridades negras do show business como Michael Jackson, Denzel Washington ou Oprah Winfrey, ou do esporte como Eldrick "Tiger" Woods, nem intelectuais negros como Thomas Sowell, Alice Walker ou Langston Hughes. Evocam árabes com uma granada escondida no turbante ou uma carga de dinamite sob a djellabah.

É inviável esperar que os americanos, especialmente republicanos e conservadores, gostem desses personagens. O silogismo implícito que orientava as conclusões da pesquisa era, portanto: se você não gosta de terroristas, você é um racista.

Antigamente, aliás, os negros chamavam-se Brett, Jane ou William como todo mundo, e até apreciavam especialmente nomes bíblicos como Moses, Aaron, Michael e Jonah. Os mais velhos ainda se chamam Thomas, como o economista Thomas Sowell, ou Alan, como o diplomata Alan Keyes, ou James, como o pastor James D. Manning -- três entre os mais ferozes opositores de Obama.

Foi só nas últimas décadas, quando as forças políticas do Islam se infiltraram no movimento de direitos civis, que nomes islâmicos começaram a aparecer entre cidadãos negros americanos, mas mesmo assim estão longe de ser os mais freqüentes ou típicos, pela simples razão de que a maioria da comunidade negra é cristã.

Uma retórica banal convidaria a chamar de "desonra" a associação da Universidade de Stanford a essa empulhação. Mas a desonra pressupõe a existência da honra, e as universidades americanas já venderam a sua faz muito tempo.  Aqui.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O governador do DEM amplia a bancada suprapartidária da bandidagem com imunidade



30 de novembro de 2009


A volta de José Roberto Arruda ao noticiário político-policial era tão previsível quanto a mudança das estações, a descoberta de outra mentira de Dilma Rousseff, a nomeação de mais parentes por José Sarney ou o assassinato do plural num improviso de Lula. Questão de tempo, sabia quem acompanha mesmo de longe a biografia que começou a ficar com cara de prontuário quando Arruda se diplomou no curso de bandidagem com imunidade do professor Joaquim Roriz.

O parlamentar tucano que, em 2001, renunciou ao mandato e à liderança da bancada do governo depois de enredar-se na violação do painel eletrônico foi a continuação do pecador-aprendiz adestrado por Roriz. O governador corrupto que finge enxergar uma distribuição de panetones onde se vê a distribuição de propinas é a continuação do senador que, uma semana depois de jurar inocência “pela vida dos filhos”, confessou-se culpado “por pensar nos filhos”.

O Arruda governador é a mesma entidade em nova embalagem, confeccionada por designers do DEM com o capricho reclamado pelo único candidato que o partido emplacou nas disputas estaduais de 2006. A diferença é que o canastrão desta vez entrou em cena como protagonista. Ele nasceu para decepcionar como coadjuvante.

Não vai falar nada do Arruda, nada sobre teu amigo do DEM?, cobraram em coléricas mensagens ao colunista, sitiado no interiorzão pelas carências da internet, devotos de Lula que convivem aos beijos e abraços com mensaleiros, sanguessugas, aloprados, punguistas de gravata, assaltantes vocacionais, sarneys, collors, renans e demais subespécies da grande tribo dos delinquentes federais. Também o comportamento da seita é previsível. Mas sempre útil: o brilho do olhar fanático ilumina pedagogicamente cabeças perturbadas.

As patrulhas companheiras dividem o Brasil em dois países. Um abriga os que estão com o governo e, portanto, com o povo, com a pátria e com a razão. O outro está infestado de reacionários golpistas, exploradores dos pobres e inimigos da nação. Rebanhos condicionados para seguir o sinuelo sem balidos de dúvida afundarão na perplexidade se admitirem a existência de milhões de brasileiros simplesmente democratas, providos de independência intelectual, prontos para raciocinar com autonomia de voo, dispostos a ver as coisas como as coisas são e exaustos da impunidade institucionalizada.

Esses exigem a punição de todos os corruptos, seja qual for o partido a que pertencem. E tratam com o mesmo desprezo indignado a turma de José Roberto Arruda, o bando do mensalão ou o PCC. Obediente ao que Lula ensinou, a companheirada acha que não há crime, nem haverá criminosos a punir, se o camburão estaciona diante da casa de algum companheiro. Fiel a princípios morais e códigos legais, o Brasil que presta acha que quem protege criminosos é cúmplice, que bandidos e comparsas merecem cadeia.

Se Arruda e parceiros pagarem pelos pecados cometidos, essa porção do país aguardará com mais confiança na Justiça, por exemplo, o desfecho do processo protagonizado pela quadrilha dos 40. 

Los textos secretos de Lula

MOISÉS NAÍM
29/11/2009

Éste es un memorando que los asesores del presidente de Brasil enviaron a su jefe: "Le recomendamos que reciba en visita de Estado a su colega iraní, Mahmud Ahmadineyad. Seguramente esta decisión será criticada, pero esa visita tendrá para usted y Brasil más beneficios que costos:

1) Su foto recibiendo al presidente iraní reafirmará ante el mundo que tenemos una política internacional independiente de Estados Unidos, al que no tememos ofender o irritar.

2) Como nuevo actor global, Brasil puede y debe desempeñar un papel protagónico en las principales negociaciones de estos tiempos. La que desarrollan EE UU, Europa, China y Rusia con Irán sobre su programa nuclear es muy importante, y Brasil no debe quedarse al margen. Podemos convertirnos en actores indispensables para disminuir las fricciones con Irán. Es más, nuestro país también puede mediar en Oriente Próximo. Brasil es grande, exitoso, no alineado y no tiene conflictos de interés en esa región donde los actores tradicionales carecen de ideas y credibilidad. Y usted, señor presidente, tiene prestigio. Podemos aportar una nueva perspectiva y ser vistos como paladines de la paz en el mundo. Esto nos daría más influencia en negociaciones relacionadas con nuestros intereses inmediatos.

3) Los esfuerzos para que Brasil llegue a ser miembro permanente del Consejo de Seguridad de la ONU se verían fortalecidos con el voto de Irán".





A FONDO Nacimiento: 27-10-1945 Lugar:Garanhuns





A FONDO Capital: Brasilia. Gobierno:República Federal. Población:191,908,598 (2008)





A FONDO Capital: Teherán. Gobierno:República Teocrática. Población:65,875,224 (est. 2008)



El presidente brasileño se ha equivocado en su apoyo a Irán

El presidente de Brasil estuvo de acuerdo e invitó a Mahmud Ahmadineyad, ofreciéndole una calurosa bienvenida. Días después de la visita, recibió esta carta de un buen amigo: 


"Querido Lula. Como sabes, no me gusta molestarte. Como también sabes, me siento muy orgulloso de ti. Pero hoy te escribo con el derecho que me dan los años que pasamos juntos luchando como líderes sindicales cuando, en este país, organizar a los trabajadores y oponerse al régimen militar era un delito.

Sentí una gran tristeza cuando te vi abrazando al presidente de Irán. ¿Pensaste en ese momento, viejo compañero, que si tú y yo hubiésemos estado hoy en Irán haciendo lo que hicimos en Brasil cuando éramos jóvenes -protestar contra la dictadura- ese presidente que tú abrazaste nos estaría condenando a muerte?

La televisión oficial iraní anunció las sentencias a muerte de ocho personas. ¿Su delito? Protestar contra el Gobierno y contra la que ellos consideran que fue una elección fraudulenta del presidente a quien recibiste con todos los honores. En otras palabras, Lula, van a morir a manos de tu huésped por ser hoy como fuiste tú cuando tenías su edad y, al igual que ellos, no podías soportar callado los abusos de la dictadura.

Además, en Irán, centenares de estudiantes y líderes políticos están en la cárcel y algunos seguramente estaban siendo torturados mientras tú ofrecías un banquete al responsable de estos hechos. 


No objeto que hayas invitado a este tirano: comprendo esos cálculos de Estado. Y espero que, en privado, le hayas hecho saber que a los brasileños no nos gustan los Gobiernos que matan a sus opositores. Pero me entristeció verte de la mano con él. Sus manos están manchadas de sangre, las tuyas no.

Estuve de acuerdo contigo cuando le dijiste al mundo que si un país como Irán desea tener un programa nuclear con fines pacíficos, debe poder hacerlo. Pero Irán no merece tu defensa. El primer ministro de India, Manmohan Singh, se opuso sin ambigüedades al programa iraní. Sin ambigüedades, Lula. 


Días después de tu espaldarazo, 25 países emitieron un voto de censura contra Irán. La comunidad internacional no cree a tu huésped de honor cuando dice que no está intentando producir bombas atómicas. Hasta China y Rusia, que tienen muchos más intereses que Brasil en Irán, respaldaron la resolución. 

¿Tus asesores no te alertaron del riesgo que corrías apoyando a un líder sangriento? Sé que la política internacional requiere maniobras y compromisos. Lo que no entiendo es que hayas estado dispuesto a ignorar tan públicamente los principios que te hicieron ser lo que eres. Sé que aún estás aprendiendo a ser un líder mundial. Pero recuerda que no vale la pena serlo si para eso debes dejar de ser quien eres".

Estos textos ni son secretos, ni son verdaderos. Los he inventado yo. Pero si bien son sólo producto de mi imaginación, su mensaje central refleja una realidad que hoy le es obvia hasta al propio Lula: se equivocó.

mnaim@elpais.es
El Pais

Aécio reafirma compromisso com o PSDB

Governador garante que estará ao lado de Serra em 2010
Paula Sholl

Governador Aécio Neves
Belo Horizonte (26) - O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, reafirmou o seu compromisso com o PSDB e disse, nesta quarta-feira, que não retiraria sua pré-candidatura à Presidência da República em favor do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Aécio garantiu que, nas eleições do próximo ano, estará com o governador de São Paulo, José Serra, também do PSDB.

"Não retiraria a candidatura. Eu tenho um compromisso com o PSDB. Ele é absolutamente claro. Serra e eu estaremos juntos", reafirmou o governador que, desde a colocação das duas pré-candidaturas, tem reforçado sua disposição de lutar pela eleição do candidato do partido.

Sobre o deputado Ciro Gomes, que se dispôs a eventualmente retirar a sua candidatura se Aécio for escolhido como candidato do PSDB, o governador disse que agradece "a gentileza e generosidade do companheiro Ciro. Ele é sempre muito bem-vindo a Minas Gerais, seja eu governador, esteja eu sem mandato", afirmou e ainda agradeceu, de público, as declarações de Ciro.

Sobre a pressão de partidos aliados ao PSDB para que Serra defina sua candidatura à Presidência, Aécio disse que o momento é de diálogo e que 30 dias a mais ou a menos na definição não vão fazer diferença.

"Acho que não é o caso de pressão. O governador Serra é um homem público experimentado. Ele tem a sua estratégia. Ele não tem escondido essa estratégia. Ele tem a tornado pública e temos que respeitá-lo", disse Aécio.

Fonte: Agência Tucana com agências

Aceitar pleito no Irã e rejeitar em Honduras é ‘dupla moral’, diz Árias

Árias pediu que as eleições hondurenhas sejam reconhecidas
Jair Rattner
De Lisboa para a BBC Brasil

O presidente da Costa Rica, Oscar Árias, disse nesta segunda-feira que rejeitar as eleições presidenciais em Honduras, feitas neste domingo, e reconhecer as eleições iranianas, realizadas em junho, representa uma "dupla moral".

O governo brasileiro é um dos que não reconhece o pleito hondurenho - dizendo que aceitá-lo seria "legitimar um golpe" - e que reconheceu o resultado das eleições no Irã, criticadas por supostas fraudes.

Árias, Prêmio Nobel da Paz em 1987, disse que as eleições em Honduras podem ser o caminho para a volta da normalidade ao país.

"A história das últimas eleições mostra que em Honduras havia cada vez maior abstenção nas eleições presidenciais. Estas tiveram maior participação e até agora não houve queixas significativas de fraudes", disse ele durante a 19ª Cúpula Ibero-Americana, realizada em Estoril.

"Acho que é uma dupla moral reconhecer as eleições iranianas, que não foram limpas e onde houve uma série de casos, e até um candidato resolveu desistir do segundo turno, e não reconhecer as hondurenhas", afirmou o costa-riquenho.

Árias atuou como mediador nas negociações para o acordo de San José, que tentou resolver a crise política em Honduras.

Divisão

As eleições de Honduras dividem os líderes presentes na cúpula em Portugal entre os que se aproximam da posição americana, de acatar os resultados da eleição, e a posição brasileira, de não reconhecer o pleito.

Os americanos procuram utilizar as eleições em Honduras para considerar a questão resolvida. O Brasil não aceita soluções que não passem pela volta do presidente deposto, Manuel Zelaya, ao poder.

Árias disse que em muitas ditaduras latino-americanas foram os próprios ditadores que organizaram eleições que acabaram com esses regimes. Citou o caso do general João Baptista Figueiredo, que governou o Brasil de 1979 a 1985, do general Augusto Pinochet, do Chile, e de líderes militares da Argentina.

O presidente da Costa Rica disse que esteve com os dois principais candidatos hondurenhos antes das eleições. "Eles foram escolhidos antes do golpe. Perguntei a eles se queriam continuar a campanha e eles disseram que sim."

O pleito deste domingo foi vencido por Porfírio "Pepe" Lobo, candidato conservador e opositor do presidente deposto Manuel Zelaya.

Tentativa global de controle da opinião pública por meio do recorte premeditado do noticiário.


Por Olavo de Carvalho

Se o prezado leitor deseja entender algo do mundo atual, o mínimo indispensável de prudência recomenda que se atenha às seguintes regras no julgamento das informações que lhe chegam:

Regra 1: O que quer que venha rotulado como consenso da opinião mundial, aprovado unanimemente por vários governos, pelos organismos internacionais, pela grande mídia, pela indústria do show business e pelos intelectuais públicos mais em moda, ou seja, pela quase totalidade dos "formadores de opinião", é suspeito até prova em contrário.

Sei que ao dizer isso pareço contrariar um dos preceitos tradicionais do pensamento aristotélico-escolástico, segundo o qual, embora a opinião humana seja falível e o argumento de autoridade seja o mais fraco dos argumentos, a espécie humana tomada na sua totalidade dificilmente se equivocará em questões essenciais, sendo portanto arriscado contestar aquilo em que "todos, em toda parte, sempre acreditaram" (quod ubique, quod semper, quod ab omnibus creditum est).

Mas é só aparência. Na perspectiva escolástica, o valor da opinião unânime depende inteiramente da sua permanência temporal imutável nas mais diversas circunstâncias culturais, religiosas e sociopolíticas.

Em vez de identidade, há uma diferença radical - para não dizer uma oposição insanável - entre a universalidade da opinião humana ao longo dos tempos e um consenso repentino, surgido como que do nada e imposto urbi et orbi como se fosse a coisa mais óbvia e inegável do mundo; consenso que, ademais, não é consenso nenhum, visto que há tanta resistência a ele por toda parte fora dos círculos interessados.

Por "círculos interessados" entendo, de um lado, a elite - financeira, política e burocrática - empenhada na instauração de um governo mundial estatista, invasivo e controlador de tudo (vale a pena consultar a respeito o site de Daniel Estulin, aqui ); de outro, a militância inumerável espalhada em ONGs e universidades por toda parte, pronta a ecoar as palavras-de-ordem ditadas pela elite.

Entre as duas, a classe jornalística, os intelectuais ativistas e o beautiful people das artes e espetáculos formam uma espécie de camada intermediária incumbida de formatar como modas elegantes as propostas mais revolucionárias de mutação sociocultural, tornando-as palatáveis à população maior, gerando, pela variedade das formas e canais, a impressão enganosa de unanimidade espontânea, e encobrindo assim a unidade estratégica que a circulação de dinheiro entre os três níveis comprova da maneira mais contundente (v. a documentação exaustiva aqui e aqui).

O que quer que venha por esses três canais ao mesmo tempo - não necessariamente o que venha só de um deles em particular - não é quase nunca informação confiável (o termo "quase" não é usado aqui para atenuar a regra, mas apenas para assinalar aquela dose mínima de veracidade modesta sem a qual nenhuma mentira ambiciosa teria jamais credibilidade alguma e para dar o devido relevo a eventuais falhas e até rombos do sistema, sempre inevitáveis).

A rigor, não é informação de maneira alguma: é estímulo pré-calculado para produzir no público, aos poucos, as desejadas mudanças de atitude, segundo pautas de engenharia social elaboradas com uma antecedência, em geral, de décadas.

A continuidade da ação histórica de longo curso, aí, garante parcialmente a sua própria invisibilidade, transcendendo o horizonte de visão tanto da população imediatista, que nada enxerga, quanto dos "teóricos da conspiração" que crêem enxergar para além do que enxergam realmente e acabam inflando a imagem de poder dos "controladores" até dimensões quase míticas.

Este último fenômeno é, aliás, um caso característico de "paralaxe cognitiva", já que o próprio número de denúncias, proliferantes na internet e nas livrarias, evidencia os erros, debilidades e fracassos de um controle universal "secreto" que aí se descreve, no entanto, como quase onipotente.

Regra 2: Quando a unanimidade é negativa, isto é, quando não consiste em alardear alguma história inventada (como o aquecimento global, a epidemia de gripe suína ou os riscos mortíferos do fumo passivo), mas em suprimir fatos e em achincalhar ostensivamente quem deseje ao menos investigá-los, então já não se trata de mera suspeita, mas da probabilidade altíssima de estarmos em presença de uma tentativa global de controle da opinião pública por meio do recorte premeditado do noticiário.

Essas tentativas jamais alcançam sucesso absoluto, mas também nunca são desmascaradas no todo e de uma vez para sempre: no mínimo, resta a possibilidade de um eficiente gerenciamento de danos, transmutando-se a negação peremptória em aceitação atenuada, anestesiante, como ocorreu - para dar um exemplo brasileiro - no caso do Foro de São Paulo, que passou da categoria de inexistente à de irrelevante tão logo desmoralizado o dogma da sua inexistência.

Embora não tendo a menor idéia de onde nasceu Barack Obama, não hesito em incluir nesse gênero de tentativas a ocultação geral, sistemática, histérica e obstinada de praticamente todos os documentos essenciais para o estudo da biografia do presidente americano, a começar pela sua certidão original de nascimento.

Quando a grande mídia dos EUA em peso chama de desequilibrados e loucos aos que cobram de Obama a exibição desses documentos, o que ela está proclamando é que o normal, o saudável, o obrigatório para a razão humana, consiste em acreditar, sem perguntas, que um cidadão gastou quase dois milhões de dólares com um escritório de advocacia para ocultar seus papéis sem que houvesse neles nada digno de ser ocultado.

A inversão da lógica e da distinção entre o normal e o patológico é aí tão flagrante, que vale como uma prova: uma prova do contrário daquilo que se desejaria impingir à opinião pública.
25 Novembro 2009

Nem todos os políticos merecem a segunda chance


Outra vergonha nacional.

E mais outra, antes de outra.

Tem sido assim e as explicações se multiplicam, na razão direta dos escândalos e na razão inversa da lógica e do bom senso. "Perseguição política e inveja do nosso bom governo" são as frases de defesa. Chavões, nada mais. Mario Amato, então na Fiesp, há anos, fez a pergunta com a voz rouca do povo brasileiro: "Somos, então, todos corruptos?"

Pela corrupção sistemática, com certeza chegaremos a essa triste conclusão. O que falta, apenas, é a famosa ocasião, ela que faz o ladrão, conforme o dito popular. De A a Z, os maiores partidos políticos do Brasil experimentaram o modelo batizado de mensalão. Ninguém pediu que o cálice da oferta vergonhosa fosse afastado.

Os políticos são corruptos, dirão muitos.

Mas só eles?

E quem os elege?

Vota-se em quem tem o nome conhecido, não importa por qual motivo, inclusive o desvio de verbas públicas ou propinas dadas e guardadas das maneiras mais esdrúxulas e até hilárias, cuecas e, agora, meias.

Todos são filhos do Brasil, inclusive os políticos larápios, mas eles merecem uma segunda chance?

Claro que não.

Porém, quem poderá afirmar, realmente, que eles, os envolvidos, nas próximas eleições, não estarão concorrendo e vencendo pleitos, lépidos e faceiros? Roberto Arruda foi envolvido em denúncias no caso do painel do Senado, em 2001, mas voltou ao Parlamento como o deputado mais votado de Brasília.

Os parlamentares sabem que basta renunciar antes da cassação para que tudo seja zerado no tribunal da opinião pública e mesmo da Justiça. Em 2006, Arruda foi eleito governador.


Filmes contando a vida de pessoas são comuns. Depois de Os filhos de Francisco, sobre a história de Luciano e Zezé de Camargo, que fez o Brasil chorar, temos agora Lula, um filho do Brasil. Realmente, quem é Lula todos sabem.

Barack Obama o classificou como "o cara", simbolizando alguém que está com muito prestígio. Pela internet circulam inúmeras piadas, algumas grosseiras, ridicularizando Lula da Silva e o seu português.

Ele andou errando em algumas afirmações e o seu palavreado não é o que se poderia adjetivar de castiço. O presidente disse que para ser um bom administrador do Brasil ninguém precisava ter curso superior e nem falar inglês.

Certo, mas que ajuda, ajuda.

Foi uma direta ao seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, com quem não evitou as tradicionais rusgas. Mas Lula da Silva tem seus méritos e o filme mostra a ascensão pessoal, profissional e de líder sindical adversário do capitalismo, antes da política.



Com um curso técnico de torneiro-mecânico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), ironicamente mantido pelas empresas patronais, Lula transformou-se de um pobre e anônimo retirante nordestino trazido pela mãe, junto com os irmãos, todos abandonados pelo pai, até São Paulo, em um líder.

Nada diferente do que ocorreu e ainda acontece com milhares de brasileiros que fogem da seca. Daí em diante, todos nós conhecemos a história do político que chegou à presidência. Tem méritos, o principal é não fazer quase nada do que pregava quando na oposição.

Esbanja perspicácia, tenacidade, força de vontade e objetivos comuns com os do povo.

O seu partido tenta amealhar um pouco dos 80% de prestígio daquele que fala errado, mas se comunica magistralmente com os que também têm menos letras.

Teve dois mandatos e filho sobre o qual circulam versões nada lisonjeiras em negócios. Porém, Lula da Silva paira, acima de tudo, no limbo, tal e qual um anjo barbudo, tocando a sua harpa que seduz pelo menos 3/4 dos brasileiros.

Se todos os políticos nacionais devem ter uma segunda chance, como Roberto Arruda, só Deus e os eleitores sabem.

Polícia Federal desmonta versão panetone

Perícia da Polícia Federal conclui que Arruda forjou recibos para justificar os R$ 50 mil recebidos de Durval
ANDREI MEIRELES
 Reprodução 
Pressionado por lobista, Arruda inventou a compra de panetones

Flagrado em vídeo recebendo R$ 50 mil em dinheiro vivo de seu ex-secretário Durval Barbosa, o governador de Brasília José Roberto Arruda disse que eram recursos para a compra de panetones, que depois teriam sido distribuídos em comunidades carentes.

A investigação da Polícia Federal mostra que a versão de Arruda também seria uma fraude.

Segundo apurou a PF, há 20 dias o empresário Roberto Cortopassi Júnior, um dos donos da empresa da WRJ Engenharia, chamou para uma conversa o lobista Renato Malcotti – apontado pelos federais como um dos principais operadores financeiros do governador – num café no Shopping Liberty Mall.

Cortopassi chegou com um laptop e exibiu para Malcotti um fragmento do vídeo em que Arruda recebe o dinheiro das mãos de Durval.

Malcotti teria feito uma ameaça: se Arruda não determinasse ao Banco de Brasília, um banco estatal, a suspensão da cobrança de uma dívida milionária de sua empresa, ele iria divulgar o vídeo.

Diante da ameaça, o governador foi aconselhado por advogados a ter uma explicação para o destino do dinheiro.

A compra de panetonecrime eleitoral, uma acusação que três anos depois das eleições teria pouca conseqüência prática. Há 10 dias, Durval foi chamado à residência oficial do governador, em Águas Claras, onde Arruda lhe teria pedido para assinar recibos sem datas que justificariam os gastos com os panetones.

Na ocasião, Durval indagou: “E como eu vou explicar a origem do dinheiro?”.

Um dos assessores de Arruda apontou uma saída:

“Diz que foi uma vaquinha entre amigos”.

A reunião em Águas Claras foi monitorada pela PF. “Esperto, Durval assinou os recibos com um tipo de caneta que facilita a identificação de quando foi usada”, disse a ÉPOCA um investigador da Operação Pandora.

De posse de cópias dos recibos, Durval foi direto da casa oficial do governador para a Polícia Federal.

Ali, ele entregou os papéis para serem submetidos a uma perícia do Instituto Nacional de Criminalística.

A conclusão foi de que a assinatura era recente.

“A tinta ainda estava fresca”
, diz um dos investigadores. 

QUEM É REALMENTE LULA DA SILVA?






QUEM É REALMENTE LULA DA SILVA?

¿O revolucionário terceiromundista empenhado em destruir o primeiro mundo e substituí-lo por um planeta socialista regido por caudilhos valentões da corda, ou é um social democrata moderado, dedicado ao desenvolvimento de uma economia de mercado?

Dentro e fora do Brasil existe uma crescente desconfiança sobre as verdadeiras intenções políticas Lula da Silva. O recente convite do país ao presidente Mahmoud Ahmadinejad é um sintoma ruim. O ministro da Defesa iraniano, Ahmad Vahidi, é reivindicado pela Argentina. Ele organizou o atentado terrorista contra a AMIA judaica em Buenos Aires em 1994. Matou 85 pessoas e feriu mais de 300. Além do mais, Ahmadinejad nunca retificou sua ameaça de varrer Israel do mapa. Por Carlos Alberto Montaner

¿Por que esse empenho brasileiro em servir aos iranianos em meio dos esforços de Teerã (junto com a Venezuela) para coordenar a estratégia diplomática de países hostis ao Ocidente, e de construir armas atômicas?

“Esta é outra prova da duplicidade moral de Lula”, disse um diplomata venezuelano que não quis ser identificado. Ao qual acrescentou uma observação irrefutável: “Em 1990, Lula da Silva e Fidel Castro criaram o Foro São Paulo para revitalizar a corrente comunista latinoamericana, totalmente desmoralizado depois da queda do Muro de Berlim. Nesta família política estão os narcoterroristas das FARC e o ELN até o Movimento V República de Hugo Chávez. Eles foram reagrupados para continuar a luta. A única constante ideológica de Lula é sua rejeição ao Ocidente''.

No entanto, dentro das fronteiras brasileiras, Lula da Silva desfruta de uma popularidade notável porque não se apartou do prudente comportamento econômico traçado por Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente. No Brasil, ele atua como um democrata empenhado em promover um modelo de desenvolvimento baseado no mercado e no controle privado dos meios de produção, apoiando a integração cada vez maior de seu país nos mecanismos internacionais do capitalismo global.

Quem é realmente Lula da Silva? O revolucionário terceiromundista determinado em destruir o primeiro mundo, e substituí-lo por um planeta de caudilhos provocadores da corda coletivista, como sonham Hugo Chávez e outros delirantes catalisadores dessa família política, ou é um social-democrata moderado, dedicado ao desenvolvimento de uma economia de mercado, semelhante à que impera nas 30 nações mais ricas e felizes da Terra?

Eu temo que seja simultaneamente as duas coisas, como sonhou (literalmente sonhou) Robert Louis Stevenson em 1886, quando escreveu ‘O estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde’, para explicar a dualidade moral de um cientista bondoso que se transformava em um ser agressivo e odioso depois de tomar uma poção que o tornava outra pessoa. Para Stevenson, o romance era uma metáfora que revelava a luta entre o bem e o mal que existia na natureza de todos os seres humanos.

Estamos diante do Dr. Lula e do Mister Chávez. Quando o presidente brasileiro raciocina com a cabeça, temos o Dr. Lula, um homem afável e com um sentido comum que conhece seus limites e os de seu país, ele se comporta de acordo com a lei e respeita as liberdades individuais. Quando o patrão é o coração, órgão que está à esquerda (como muitas vezes afirma Marco Aurélio Garcia, o principal conselheiro de Lula, procedente do Partido Comunista) comparece o Mister Chávez, o “companheiro revolucionário”, um tipo convencido de que a pobreza do terceiro mundo é devido à rapina dos EUA e das nações imperialistas, à ganância dos capitalistas nacionais e estrangeiros, aos injustos termos de intercambio, e ao resto dos diagnósticos vitimistas desta seita ideológica.

Quando Lula manda com o coração e se torna Mister Chávez, incita seu Partido dos Trabalhadores, talvez sob a influência de seus assessores MA Garcia e José Dirceu - um ex-guerrilheiro adestrado em Cuba e ex-membro dos serviços secretos cubanos – a que colabore com as narcoguerrilhas colombianas, como revelaram os computadores de Raúl Reyes, o comandante das Farc morto em 2008 por militares colombianos. Quando é o mister Chávez, ele entrega ao seu amigo Fidel Castro os três pobres boxeadores que haviam pedido asilo no Brasil, ou se conluia irresponsavelmente com Mel Zelaya para abrigar o presidente deposto em um recinto diplomático brasileiro em Tegucigalpa, negando (infantilmente) que havia dado autorização.

No romance de Stevenson, Dr. Jekyll se suicida incapaz de sofrer por mais tempo a dor de ser, também, Mr. Hyde. ¿Como terminará Lula da Silva? Eu suponho que como um estadista respeitado, embora secretamente golpeado pela angústia de não saber qual dos dois personagens ele realmente é.


Tradução de Arthur para o MOVCC

Juntando as meias com as cuecas


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Honduras venceu Hugo Chávez e a diplomacia megalonanica.




Cinco meses sob uma pressão que ouso dizer inédita em tempos modernos, e Honduras deu a volta por cima e realizou eleições limpas e transparentes, endossadas por centenas de observadores internacionais. A democracia vence no país, apesar do governo brasileiro — que hoje lidera, com mais estridência do que Hugo Chávez, os protestos delinqüentes contra a vontade inequívoca das urnas e das instituições. “Manuel Zelaya também foi eleito!”, grita o petralha, ousando tirar do chão os membros dianteiros. Mas tentou fraudar a Constituição, a exemplo do que fazem os bolivarianos e amigos. E foi posto pra fora. Honduras recusou o chavismo. Que as instituições fiquem atentas porque a canalha não vai sossegar.

Até quando escrevo este post, com mais de 60% dos votos apurados, Porfírio Lobo (foto) , do Partido Nacional, liderava com 55,9% dos votos; já é o virtual presidente eleito. As eleições transcorreram numa clima de calma. Em San Pedro Sula, cerca de mil zelaystas entraram em confronto com a polícia, o que não altera o clima geral da eleição. Para quem prometia guerra civil…

Sim, leitores, cinco meses durou uma farsa de dimensões verdadeiramente planetárias contra aquele pequeno país. Vocês conheceram cada passo dessa história, nos mais de 130 posts deste escriba a respeito. Nem as nações mais delinqüentes da Terra — cujos governos financiam o terrorismo, matam por empresa, esfolam os adversários, calam a Justiça, fecham o Congresso, ameaçam outros países — foram alvo da pressão que se abateu sobre Honduras. E tudo assentado numa mentira básica, essencial, escandalosa, que procurava negar que a deposição de Zelaya tivesse sido constitucional, legal, democrática. Já está provado hoje, evidenciado pela ONG Human Rights Foundation, que a Organização dos Estados Americanos, presidida por José Miguel Insulza, era uma espécie de co-patrocinadora do golpe que Zelaya pretendia dar no país.


Mas Honduras venceu, realizando eleições limpas e respeitando a Constituição, o exato oposto do que fazem vândalos da democracia como Hugo Chávez, Rafael Correa e Evo Morales. Honduras venceu e expôs de modo dramático, vexatório, escancarado, a ruindade da diplomacia brasileira e a vigarice de sua política externa. Nas várias declarações que deram a respeito, autoridades do Brasil trataram Honduras como um não-país, como um quintal de suas ambições ridiculamente subimperialistas. E agora o megalonanico Celso Amorim resta com um Manuel Zelaya na mão e palavras indecorosas voando por aí. Não custa lembrar que o tal Ruy Casaes, embaixador do Brasil no OEA, chamou o presidente legal de Honduras de “palhaço” — termo que, na diplomacia, não se dispensa nem a inimigos.

O emblema da bufonaria brasileira foi receber um bandido internacional como Ahmadinejad, que tem um ministro diretamente envolvido com um atentado terrorista ocorrido na vizinha Argentina, enquanto atacava a solução democrática encaminhada em Honduras. Isso diz muito dessa gente que está no poder e deixa claro com quem estamos lidando.



As Fadas Sininho de Lula, devidamente pautadas pelo jornalismo franklinstein, agora antevêem uma lenta mudança de posição do Brasil e são capazes de escrever que o Brasil perdeu, sim, mas teria sido uma perda que depõe a seu favor, que honra seu apego à democracia. Não é o caso mesmo de esperar pudor dessa gente — por que o teriam agora? Não! O governo brasileiro perdeu porque a democracia ganhou. O governo brasileiro perdeu porque se alinhou com um notório golpista, que agia contra a Constituição, e os democratas venceram. Não há matizes nem lado positivo na opção feita pelo Itamaraty. A escolha, como Ruy Casaes deixou claro numa entrevista, era mesmo de natureza ideológica.

Zelaya, segundo a imprensa hondurenha, pode pedir asilo na Nicarágua. Talvez se junte a outro golpista, o orelhudo Daniel Ortega, e tente, de lá, desestabilizar a democracia de Honduras. Chávez também não vai se conformar. E cumpre ficar atento ao comportamento do Brasil. Na surdina, como vimos, o país se meteu na conspirata que instalou o maluco Manuel Zelaya na embaixada. Não tenham qualquer receio de esperar o pior de Amorim e seus aloprados.

Por enquanto, façamos um brinde simbólico à democracia. Honduras venceu Hugo Chávez e a diplomacia megalonanica. E, por que não?, brindo também a saúde mental e moral deste blog — o inmcluo vocês, os leitores, nesta sanidade. Folgo em saber que jamais, mesmo quando tudo parecia perdido, abstivemo-nos de dizer a coisa certa. Um brinde também a nós, bravos! Sozinhos, sim, por um longo tempo. Mas convenham, dada a realidade de então, quem precisava de companhia?