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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

MANIFESTO DE UM DEMOCRATA




OU PORQUE ABANDONEI O ESQUERDISMO

Não posso apoiar um movimento que flerta com o terrorismo, declarando-se "neutro" em relação aos narcobandoleiros das FARC, enquanto participa, ao lado destes, das reuniões do Foro de São Paulo.

Não posso apoiar um movimento que justifica a acolhida com tapete vermelho a genocidas financiadores do terrorismo e negadores do Holocausto como Mahmoud Ahmadinejad.

Não posso apoiar um movimento que, "para aproximar-se dos países árabes", fecha os olhos para o genocídio em Darfur.

Não posso apoiar um movimento que dá seu aval ao antissemitismo e à intolerância, apoiando um antissemita e queimador de livros para a direção da UNESCO.

Não posso apoiar um movimento que nega a Israel o direito de se defender e ignora o terrorismo do Hamas e do Hezbollah.

Não posso apoiar um movimento que se diz moderado, mas aplaude ditaduras como a dos irmãos Castro em Cuba e justifica os ataques de Hugo Chávez à liberdade de imprensa na Venezuela e suas investidas em outros países.

Não posso apoiar um movimento que vê golpe de Estado em Honduras e acolhe em sua embaixada o golpista bolivariano Manuel Zelaya, intervindo diretamente na situação interna de Honduras, ignorando suas instituições.

Não posso apoiar um movimento que substituiu o realismo em política externa pela megalomania e pelo terceiro-mundismo.

Não posso apoiar um movimento que, em nome dos direitos humanos, defende o refúgio político a assassinos e terroristas de esquerda condenados em seus próprios países, zombando de suas vítimas e das instituições democráticas.

Não posso apoiar um movimento que defende a revisão de uma Lei de Anistia para punir apenas um dos lados dos "anos de chumbo" da ditadura militar, isentando os terroristas de esquerda de qualquer culpa ou responsabilidade.

Não posso apoiar um movimento que falsifica despudoradamente a História, e que usa até livros didáticos e exame de estudantes para fazer propaganda oficial.

Não posso apoiar um movimento que transformou o marketing e o cinismo em supremas virtudes políticas.

Não posso apoiar um movimento que usa a máquina do Estado para fazer propaganda eleitoral antecipada e para aparelhá-lo com critérios unicamente partidários e ideológicos.

Não posso apoiar um movimento que age como se tudo o que veio antes não tivesse existido, apropriando-se de políticas que antes condenava e apresentando-se como fundador da Nação.

Não posso apoiar um movimento que transformou o assistencialismo, o clientelismo e o fisiologismo em sinônimos de "política social", aplicando na prática o que antes condenava com veemência.
Não posso apoiar um movimento que se converte ao mercado, mas não se confessa nem se arrepende do discurso socialista do passado (passado?).

Não posso apoiar um movimento que se diz democrata, mas investe quase diariamente contra a liberdade de imprensa e promove o culto à personalidade do presidente da República.

Não posso apoiar um movimento que aceita tranqüilamente, e até justifica, o assassinato de cem milhões de pessoas pelo comunismo no século XX.

Não posso apoiar um movimento que, a pretexto de combater o racismo, institui oficialmente a divisão racial, instaurando o racismo no País.

Não posso apoiar um movimento que, em nome da tolerância e dos direitos das minorias, quer impor uma lei criminalizando o pensamento.

Não posso apoiar um movimento que se diz defensor dos direitos das mulheres e das minorias, mas não diz uma palavra sobre a repressão às mulheres e às minorias religiosas nos países islâmicos.

Não posso apoiar um movimento que se enche de indignação diante de qualquer manifestação de "intolerância" do papa contra os muçulmanos, mas ignora as passagens claramente intolerantes do Corão e justifica o terrorismo islamita como uma forma de "resistência contra o imperialismo".

Não posso apoiar um movimento que considera a democracia e os direitos humanos valores relativos, e não universais, e que, em nome do "multiculturalismo", justifica a perpetuação de formas despóticas de governo - embora desfrute de todas as facilidades da democracia.

Não posso apoiar um movimento que considera o aborto um direito maior do que o de livre expressão religiosa.

Não posso apoiar um movimento que se diz favorável a todas as religiões, menos à católica apostólica romana.

Não posso apoiar um movimento que, dizendo-se cumpridor das leis e defensor do estado de direito democrático, fecha os olhos para as depredações e violências do MST, um movimento revolucionário comunista, no campo.

Não posso apoiar um movimento que se recusa a se distanciar de um demagogo como João Pedro Stédile e de um bestalhão como Marco Aurélio Garcia.

Não posso apoiar um movimento que passou décadas batendo-se pela "ética na política" e terminou aliando-se ao que há de mais podre na política brasileira em nome do "realismo".

Não posso apoiar um movimento que, diante de revelações assustadoras de corrupção, limita-se a dizer que foi tudo uma "conspiração" e aposta na corrupção alheia para "zerar o jogo".

Não posso apoiar um movimento que rejeita o livre debate de idéias e considera qualquer crítica a ele dirigida como coisa de reacionários, vendidos, imperialistas, impatriotas, preconceituosos, racistas, homofóbicos ou fascistas.

No final de seu texto, Andrew Sullivan pergunta, retoricamente: "Isso faz de mim um esquerdista radical?". Ao que ele mesmo responde: "De forma enfática, não. Mas certamente me afasta da atual direita norte-americana".

Do mesmo modo, parafraseando Andrew Sullivan, eu pergunto: o que escrevi aí em cima me torna um extremista de direita? Certamente não. Mas me afasta dos que estão no poder no Brasil atualmente.

Finalmente: eu posso falar mal de Bush e de Ahmadinejad, assim como posso falar mal de Pinochet e de Fidel Castro, ou de Hitler e Stálin.

E os esquerdistas, podem?

ESCRITO POR GUSTAVO

2 comentários:

Anônimo disse...

Apoiado cem por cento. José Francisco Gomes, de Recife. Aspessoas precisam tomar coragem e apoiar cem por cento essas palavras!

Anônimo disse...

Apoiado cem por cento. José Francisco Gomes, de Recife. Aspessoas precisam tomar coragem e apoiar cem por cento essas palavras!