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sábado, 22 de outubro de 2011

Assessores de Orlando Silva ajudaram PM a burlar fiscalização



Escândalo no Esporte


Em gravações obtidas por VEJA, funcionários do ministério ajudam o PM a se livrar de ofício que o acusava de irregularidades



O PM João Dias, que narrou a VEJA os bastidores do esquema de corrupção operado no Ministério do Esporte
(Lula Marques/Folhapress)



A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz mais um capítulo do esquema de corrupção que transformou o Ministério do Esporte numa fábrica de dinheiro para o PCdoB - e também para políticos e entidades ligadas a ele.

Depois de relatar, na semana passada, denúncias do policial João Dias Ferreira contra o ministro Orlando Silva e seus comandados, VEJA teve acesso a novas provas da maneira como a máquina do Esporte se corrompeu.

São gravações de uma conversa de abril de 2008 entre João Dias e dois assessores próximos de Orlando Silva: Fábio Hansen, então chefe de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, que cuida do programa Segundo tempo, e Charles Rocha, então chefe de gabinete da secretaria executiva do ministério.




Foi o próprio João Dias quem registrou a conversa.

Militante do PCdoB e dirigente de uma ONG, ele havia sido pego de surpresa por um ofício do Ministério do Esporte, enviado à polícia militar, responsabilizando-o por irregularidades e desvios de dinheiro num convênio de sua entidade com o programa esportivo federal Segundo Tempo.

Em sua visita aos assessores de Orlando Silva, ele cobrava uma solução para o problema.

E a pressão surtiu efeito imediato.


A gravação demonstra que Hansen e Rocha se esmeraram para arquitetar uma fraude que livrasse João Dias da investigação.

"A gente pode mandar lá um ofício desconsiderando o que a gente mandou", propôs Charles Rocha.

E Hansen completou: "Você faz três linhas pedindo prorrogação de prazo." Ele ainda explicou que esses pedido de prorrogação deveria ter data falsa.

Nos dias seguintes, a operação foi realizada exatamente como programado.

Os dois ofícios enviados à PM - o original e o que pede que a investigação seja esquecida - foram reproduzidos pelo site de VEJA.

Alvejado pelas denúncias de João Dias, o ministro Orlando Silva passou a semana se explicando. Tentou desqualificar o acusador, qualificando-o de "bandido".

A gravação obtida por VEJA mostra que figuras graúdas do ministério não pouparam esforços para beneficiar o "bandido" com uma fraude.


Em depoimento no Congresso, Orlando Silva chegou a mencionar o vai-e-vem de ofícios entre o Esporte e a polícia militar, qualificando-o como procedimento administrativo regular. Também não é isso o que transpira das gravações.

Sim, é verdade que um terceiro documento, informando sobre a abertura de uma auditoria nos convênios do policial, foi enviado à PM pelo ministério.

Só que um ano e meio depois da inacreditável - e reveladora - reunião entre João Dias, Hansen e Rocha, que VEJA esmiúça na edição desta semana.

22.10.2011



"Saquei R$ 150 mil para Agnelo"


Principal testemunha da Operação Shaolin e ex-funcionário das ONGs que participaram das fraudes no Ministério do Esporte, Michael Vieira acusa o governador do DF e ex-ministro de ser o principal chefe do esquema e de ter recebido propina

Por Claudio Dantas Sequeira
ISTOÉ


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ENROLADO
Governador do DF teria comandado as fraudes no programa Segundo Tempo, de acordo com testemunha
Nos últimos dias, o escândalo dos desvios de verbas de ONGs ligadas ao Ministério do Esporte, detonado pelo policial militar João Dias Ferreira, atingiu em cheio o ministro Orlando Silva e colocou em xeque a administração de nove anos do PCdoB à frente da pasta. Agora, uma nova e importante testemunha do caso pode dar outros contornos à história, ainda repleta de brechas e pontos obscuros. O que se sabia até o momento era que os comunistas, além de terem aparelhado o Ministério do Esporte, montaram um esquema de escoamento de verbas de organizações não governamentais para abastecer o caixa de campanha do partido e de seus principais integrantes. Em depoimentos ao longo da semana, o PM João Dias acusou Orlando Silva de ser o mentor e principal beneficiário do esquema.

A nova testemunha, o auxiliar administrativo Michael Alexandre Vieira da Silva, 35 anos, apresenta uma versão diferente.

Em entrevista à ISTOÉ, Michael afirma que o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e ex-ministro do Esporte, hoje no PT, mas que passou a maior parte de sua trajetória política no PCdoB, é quem era o verdadeiro “chefe” do esquema de desvio de recursos do Esporte.

Até então, Agnelo vinha sendo poupado por João Dias.

Michael foi a principal testemunha da Operação Shaolin, deflagrada no ano passado pela Polícia Civil do DF e na qual foram presas cinco pessoas, entre elas o próprio soldado João Dias. Seu papel nesse enredo é inquestionável.

Michael trabalhou nas ONGs comandadas por João Dias, conheceu as entranhas das fraudes no Ministério do Esportes e, durante um bom tempo, esteve a serviço dos pontas-de-lança do esquema.

Sobre esse período, ele fez uma revelação bombástica à ISTOÉ:

“Saquei R$ 150 mil para serem entregues a Agnelo (então, ministro)”, disse ele na entrevista.
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COMPLICOU

Denúncias de desvios de verbas do Ministério do Esporte fragilizaram o ministro Orlando Silva e a administração comunista
Em 2008, Michael já havia denunciado todo o esquema das ONGs no Ministério do Esporte e, desde então, passou a colaborar secretamente com os investigadores.

Hoje, se mudou de Brasília e vive escondido.

Os depoimentos de Michael serão cruciais para o andamento inquérito 761 sobre o envolvimento de Agnelo, que corre no STJ e deverá ser remetido ao STF pelo procurador-geral da União, Roberto Gurgel.

Partícipe do esquema, Michael tem uma série de elementos para afirmar categoricamente que era Agnelo “quem chefiava o esquema”.

Durante o tempo em que trabalhou no Instituto Novo Horizonte, o auxiliar administrativo ficou sabendo de entregas de dinheiro e da liberação de convênios, por meio de Luiz Carlos de Medeiros, ongueiro e amigo do governador.

“Medeiros falava demais... Sempre comentava que estava cansado de dar dinheiro para Agnelo”, diz.

Sobre o ministro Orlando Silva, Michael afirma que ouviu seu nome uma única vez e por meio do delegado Giancarlos Zuliani Júnior, da Deco (Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado).

“Contei a Giancarlos sobre a existência de um cofre num depósito de João Dias, em que havia armas e documentos que poderiam incriminar algumas pessoas.

Aí ele me perguntou se eu sabia do envolvimento de Orlando Silva e da ONG Cata -Vento”,
lembra.

Na entrevista à ISTOÉ, Michael revela ainda que o esquema de fraudes com ONGs de fachada transcende as fronteiras do PCdoB e do Esporte.

Atingiria também, segundo ele, o Ministério da Ciência e Tecnologia, então na cota do PSB.

Ele conta que chegou a ser convocado pela CPI das ONGs para falar sobre o tema, mas seu nome foi retirado da lista de depoentes na última hora sem qualquer justificativa.

Sobre o envolvimento do Ministério de Ciência e Tecnologia, Michael diz que o Instituto Novo Horizonte chegou a assinar convênios com a Secretaria de Inclusão Social, subordinada à pasta, para a instalação de uma biblioteca digital em Natal, no Rio Grande do Norte, no valor de R$ 2 milhões.

Esses contratos, segundo Michael Vieira, teriam sido avalizados pelo então secretário, o atual deputado distrital Joe Valle (PSB), amigo de Medeiros e definido no grupo como laranja de João Dias no comando do Instituto Novo Horizonte.


Com todo esse arsenal de informações, entende-se por que a investigação sobre as fraudes do PCdoB no Distrito Federal foi deflagrada a partir de denúncia de Michael ao Ministério Público.

O que Michael contou à ISTOÉ, com riqueza de detalhes, também está registrado em outros 11 depoimentos que prestou em sigilo à Polícia, ao Ministério Público e à Justiça nos últimos três anos.

Michael e o policial João Dias participavam de um mesmo esquema enquanto Agnelo Queiroz ocupou o Ministério do Esporte.

Depois, tomaram rumos diferentes.

Agnelo se elegeu governador do Distrito Federal e o PM circula ao seu lado até hoje, mesmo sendo réu em um processo que apura desvio de dinheiro público.

No governo do DF, emplacou um afilhado político, Manoel Tavares, na BRB Seguros, a corretora do Banco Regional de Brasília, um dos cargos mais cobiçados do governo local.

Até bem pouco tempo atrás, o PM mantinha silêncio absoluto sobre as fraudes das quais participou, confiante de que sua relação com autoridades influentes lhe serviria de salvo-conduto.

“Ele fez isso por dinheiro e para se livrar das denúncias que fiz a seu respeito”, afirma Michael.

Ele assegura que João Dias tentou silenciá-lo, primeiro com ofertas financeiras, e depois com ameaças de morte.

Por causa do assédio, Vieira entrou no Programa de Proteção a Testemunhas.

Mas após alguns meses abriu mão da proteção para tentar retomar sua vida.

Hoje, Michael vive com mulher e filhos de pequenos bicos e da ajuda de amigos numa cidade do interior de outro Estado.

Não se arrepende de ter denunciado o esquema, mas passou a desconfiar de tudo e todos, especialmente depois que foi usado pelo ex-governador Joaquim Roriz para atingir Agnelo na campanha eleitoral do ano passado.

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LUXO

O PM (acima) que delatou o esquema mora numa mansão em Sobradinho (DF). Em sua garagem, um Volvo, um Camaro e uma BMW
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À ISTOÉ, Michael pediu que seu rosto não fosse inteiramente revelado. A decisão de romper o pacto de silêncio deve-se, segundo ele, à indignação com a postura de João Dias no episódio.

“Não posso aceitar que um cara como João Dias pose de bom-moço para a sociedade”.

O desabafo, no entanto, não invalida as denúncias a respeito do esquema no Esporte nem as desqualifica, afinal não se espera que pessoas escaladas para participar de fraudes sejam selecionadas num convento.

Mas é fato que João Dias tem uma ficha corrida para lá de complicada.

Levantamento da ISTOÉ encontrou nada menos que 15 ocorrências policiais contra o PM, que tem fama de truculento. Há acusações de lesão corporal, roubo e ameaças de morte. Brigas no trânsito, dentro de hospitais e até tentativa de golpe na locação de imóveis e na contratação de funcionários para atuar nos convênios do Segundo Tempo.

A trama policial tem contaminado o ambiente político em Brasília.

Até o final da semana, a presidente Dilma Rousseff, temendo precipitar uma crise com um importante aliado, o PCdoB, hesitava em mudar o comando do Ministério do Esporte.

Na quinta-feira 20, Dilma disse a assessores que não agiria sob pressão e reclamou publicamente do “apedrejamento moral” que o ministro do PCdoB estaria sofrendo.

Chamou os comunistas de aliados históricos.

“Temos de apurar os fatos, temos de investigar. Se apurada a culpa das pessoas, puni-las. Mas isso não significa demonizar quem quer que seja, muito menos partidos que lutaram no Brasil pela democracia”, afirmou.

Em Brasília, Orlando Silva reuniu-se por cinco horas com a cúpula do PCdoB.


Ao chegar de Angola na noite da quinta-feira 20, Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência com a coordenação política do governo.

No encontro, comentou que não tinha convicção sobre as denúncias contra Orlando Silva, mas admitiu que o desgaste político sofrido era irreversível.

Dilma também consultou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o andamento das investigações na Polícia Federal e no Ministério Público.

Na avaliação da presidente, as explicações que o ministro dos Esportes deu na Câmara e no Senado não foram suficientes para reverter o quadro.

Pesam também contra Orlando os embates com a Fifa e a CBF para a organização da Copa de 2014.

Dessa maneira, o mais provável é que a presidente aguarde os desdobramentos do caso para tomar uma decisão de cabeça fria.

Nas fileiras comunistas, caso o PCdoB não perca o ministério, o nome mais cotado para substituir Orlando Silva é o da ex-prefeita de Olinda (PE) Luciana Santos, hoje deputada federal.

Seu nome já havia sido sugerido por Dilma quando montou a equipe, mas Orlando acabou mantido por pressão do PCdoB – além de apoio aberto do ex-presidente Lula.

Caso a presidente resolva retirar a pasta das mãos dos comunistas, já há articulações para tentar emplacar no cargo o ex-ministro Márcio Fortes, hoje presidente da Autoridade Pública Olímpica.

Procurado por ISTOÉ, Agnelo estava fora do País e até o fechamento desta edição não havia se manifestado.

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CONTRATO

Empresa Personnalité, dirigida por uma pessoa ligada a João Dias, trabalha para o MP
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 22.Out.11

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Imagem do dia



ROUBAR VIROU ESPORTE!

Por Silsaboia

Opinião do Leitor




É a Nova Ordem Mundial em cena, a manipulação da opinião pública mundial, o direcionamento dos fatores de produção e da própria produção.

É a marina silva defendendo o “florestas lá (no Brasil) e plantações aqui (nos EUA)”; é a demarcação de nações independentes indígenas na amazônia; é a massiva divulgação de práticas homossexuais até entre crianças e a defesa do aborto livre; é a degradação dos conceitos de família, de pudor e de honestidade; é o avanço de esquerdopatias voltadas para o Poder Total e para o desvio total de dinheiro público; etc, etc, etc, e mais etc….



Os DONOS DO MUNDO estão vários passos acima dos quadrilheiros locais chinfrins (lulla-boca-de-esgoto, zé-pilantra-dirceu, chavez, castros, kadhaffi et caterva), e estão entronados e fortemente blindados no Instituto Tavistock.

Eles mandam e os falsos-líderes-mundiais-teleguiados executam suas ordens, sejam ocidentais, sejam orientais, sejam brancos, amarelos ou negros, sejam cristãos ou sejam islâmicos.

Todos obedecem a um Poder Único Mundial, que pode apresentar várias faces, de acordo com a situação e a localização geográfica.

Acima deles, só Deus, mas o Todo Poderoso não interfere diretamente no suposto livre arbítrio humano, né?

Daqui a alguns anos, Ele vai nos mandar um certo asteróide chamado Apophis, para cortar as asinhas e baixar a crista dos que se julgam donos do mundo e donos da vontade humana, e para começar novamente a colonização desta planetinha.

Quem sabe na Próxima Era as formigas sejam os seres dominantes do planeta?

Hoje estou bem otimista, né?


21/10/2011


Corrupção: modo PT de governar




Há razões de sobra para que o Ministério do Esporte sofra uma limpeza completa
Fonte: Instituto Teotônio Vilela

Também há motivos em profusão para que a relação entre poder público e organizações não governamentais (ONG) seja amplamente revista. Manter tudo do jeito que está apenas revela como a corrupção é pacificamente aceita como parte integrante do modo PT de governar.


No governo petista, há um padrão de conduta que não é exclusividade do PCdoB do ministro Orlando Silva. Todos os comensais agem da mesma forma, com pequenas variações de ímpeto. A regra instaurada e permitida pela gestão Lula, e preservada por Dilma Rousseff, é avançar sobre o butim do Estado. É parte, e preço, do jogo.

"As denúncias contra Orlando Silva terminaram reacendendo a disputa entre os partidos. É mais uma faceta da fisiologia, em que os embates não se travam em torno de projetos, mas em função do acesso ao dinheiro do já sufocado contribuinte", opina O Globo, em minieditorial.

Aqui e acolá, a presidente da República dá sinais de insatisfação com o desempenho de Silva. Mas, ao invés de fazer o que se espera de um estadista, ou seja, impor a ordem e afastar do governo quem tem conduta indevida, ela mantém intacto o feudo que destinou a um dos partidos que lhe dá sustentação no Congresso.

Sabe-se agora que Orlando Silva será afastado das negociações tocadas pelo governo brasileiro em relação à Copa de 2014 e à tramitação da Lei Geral da Copa no Congresso.

"A partir de agora, as decisões relativas à Copa ficarão centralizadas no Palácio do Planalto, nas mãos da presidente e da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann", informa hoje O Estado de S.Paulo em manchete.


Se, sob Orlando Silva, assim como o foi sob Agnelo Queiroz, o Ministério do Esporte não mostrou a que veio, por que manter o ministro na cadeira?

Por que Dilma continua a permitir que o PCdoB continue a pintar e bordar por lá, como o partido também faz na Agência Nacional do Petróleo, outra capitania hereditária dos comunistas desde Lula, envolvida na cobrança de propina para autorizar o funcionamento de distribuidoras de combustível?

Além da complacência com as malfeitorias, outra hipótese é que a presidente não sabe ao certo que rumo dar a seu governo - e não só ao Ministério do Esporte. "Só fará sentido trocar ministros se [Dilma] tiver uma missão clara a dar e a cobrar de cada um deles. Os integrantes do governo têm que se sentir ministros e não meros assessores", comenta Rosangela Bittar no Valor Econômico.

Na pasta comandada por Orlando Silva, os indícios de irregularidades continuam a prosperar.

Fala-se agora numa "central de propina" montada dentro da estrutura mantida pelo ministério, segundo O Globo.

Ali eram acertadas com as ONG o pagamento de comissões de até 20% sobre as verbas liberadas.

Parte disso teria sido usada pelo PCdoB para irrigar a campanha pela reeleição de Lula, para "melhorar o prestígio do partido junto ao ex-presidente".


Orlando Silva prefere defender atacando. Tenta desqualificar o autor das denúncias. Mas parece difícil explicar, por exemplo, por que, mesmo depois de ter irregularidades constatadas pelo ministério em seu primeiro convênio, uma das entidades do policial militar João Dias Ferreira ganhou um segundo contrato da pasta do Esporte.

Também é complicado esclarecer por que cinco dias depois de relatar à Polícia Militar do Distrito Federal - que havia aberto uma sindicância interna para investigar os negócios em que o policial estava envolvido - irregularidades nos convênios com entidades do soldado, o ministério de Silva recuou e emitiu ofício pedindo que o parecer fosse "desconsiderado".

Terá sido parte dos "acordos" de que o policial vem falando?

Ainda há muito a revelar.

Por isso, a necessidade de Ferreira ser ouvido no Congresso, assim como uma lista de pessoas ligadas ao ministro, ao ministério, a ONG e ao PCdoB - todas envolvidas em negociatas para desvio de verbas e acobertamento de mutretas.

Se isso não acontecer, ficará claro que ao governo só interessa manter tudo como está.

19/10/2011

LULA, DILMA E ORLANDO SILVA, O QUE ELES TÊM EM COMUM?





Por Manoel Pastana

O que o ex-presidente Lula, a presidente Dilma e o ministro dos esportes, Orlando Silva, têm em comum?

As justificativas fajutas.

Lula baixou atos normativos que proporcionaram fontes bilionárias de recursos ao MENSALÃO.

Ele se justificou alegando que “não sabia denada”, e ficou por isso mesmo.


Quando Dilma Roussef era ministra, foi publicado no site oficial da Casa Civil o seu curriculum, constando que ela era mestre em teoria econômica e doutoranda em economia monetária e financeira pela Unicamp. Negada tal informação pela Universidade, a nossa “presidenta” justificou-se alegando que teria havido “mal entendido” e ordenou que fosse "corrigido" o seu curriculum.

Dilma também negou que tenha providenciado a confecção do dossiê contra FHC, assim como negou que tenha tentado intervir na apuração sobre o filho do senador Sarney, fazendo solicitação à ex-secretária
da Receita Federal Lina Vieira.

Lina afirmou que teve encontro com Dilma para tal fim, citando o dia e a hora. Curioso é que as imagens da câmera de vigilância que poderiam confirmar ou negar o encontro,
simplesmente desapareceram, e ficou por isso mesmo.

O ministro dos esportes, Orlando Silva, já pagou estada de hotel para esposa, babá e filha, assim como apreciou tapioquinhas, utilizando o cartão corporativo. Questionado, alegou que se confundiu, por isso utilizou o dinheiro público para quitar despesas particulares.

Agora, acusado de receber dinheiro de propina, primeiro ele disse que estava no México e continuaria cumprindo a agenda. Porém, logo em seguida, “mudou de ideia” e veio ao Brasil. Aqui, ele tenta desqualificar o acusador, alegando desconhecê-lo, apesar de ambos serem do mesmo partido – o PC do B - e ter liberado vultosos recursos para a ONG presidida pelo denunciante.

Diz que somente liberou os recursos porque atendeu ao pedido de Aguinelo Queiroz, atual governador do DF, o que é negado por este.

O ministro “corporativo” tenta demonstrar não ter culpa no cartório, requerendo à PF que investigue o caso. Ora, se ele é apontado como receptor de propina, para que haja investigação, é necessário que o próprio se dirija ao Supremo Tribunal Federal, onde tem foro privilegiado, e peça para que seja instaurado inquérito policial, abrindo mão, de pronto, já que diz ter interesse na apuração, do seu sigilo fiscal, bancário e telefônico.

Isso é o mínimo que se precisa para fazer uma investigação idônea, pois não adianta alardear, dizendo que requereu apuração, se ele permanece blindado pela prerrogativa de
foro.

Verifica-se pela sequência de fatos, com a queda de vários ministros, que algo no Brasil anda muito errado.

Antigamente, por bem menos, se via grande quantidade de pessoas nas ruas bradando: “Fora Sarney”, “Fora Collor”, “Fora FHC”.

Hoje não se vê nada disso. Poucos que se aventuram a fazer algum “protesto”, o fazem com tanta discrição que mais parece estarem participando de um velório.

Se não fosse uma parcela da imprensa, repito, uma parcela da imprensa, pois grande parte da mídia não vê nada, ninguém ouvia falar em corrupção, apesar de o país estar atolado nessa bandidagem, que se alastrou em todas as esferas governamentais após o episódio do mensalão.

Seria a fartura de recursos destinados à publicidade, ONGs, UNE, MST, Associação de Moradores, Associação de Pescadores, Associação de qualquer coisa, que tem garantido à corrupção o silêncio que não se via outrora?

Curioso é que faltam recursos para a Saúde (médicos ganham uma mixaria, faltam equipamentos hospitalares etc.); faltam recursos para a Educação (salário de professor é uma miséria.

No Rio Grande do Sul o Governo se recusa a pagar o piso salarial da categoria que é uma bagatela); faltam recursos para a Segurança (salário de policial dá dó), mas não faltam recursos para ONGs e outras entidades similares.

Até quando o Brasil aceitará justificativas fajutas?

Charge


bala de prata e bola de ouro

www.sponholz.arq.br


É IMPRESSIONANTE A FRIEZA DO MUNDO DIANTE DO ASSASSINATO DE MUAMMAR GADDAFI





Por Júlio Ferreira
Recife - PE

Quando vejo a humanidade indiferente aos mínimos preceitos de ética e moral, achando natural que os bons façam uso das más atitudes, para se igualar aos maus, a exemplo do que ocorreu na Líbia, quando homens que combatiam Muammar Gaddafi, exatamente pelas covardes violências que cometera contra o povo líbio, igualaram-se ao tresloucado ditador, ao cometerem o ato vil de assassinar um prisioneiro, já indefeso.

Ao que parece, a normalidade com que a imprensa e as autoridades internacionais tratam o frio assassinato perpetrado pelas forças insurgentes, vitimando o aloprado ditador, e outros membros de sua família, demonstra que o poeta Augusto dos Anjos estava absolutamente certo quando, ao criar o antológico poema "Versos Íntimos", foi taxativo:

"O Homem, que, nesta terra miserável, mora, entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera".



Assim está o mundo dito moderno!

Atitudes covardes como a que foi cometida pelos rebeldes líbios, que antes agrediam moral e éticamente o chamado "mundo civilizado", hoje passam a ser, pelo menos para a imensa maioria, encarados como "atos plenamente justificáveis".

O fato é que, independente dos crimes cometidos por Gaddafi, ele deveria, já que havia sido feito prisioneiro, ser tratado dentro de parâmetros legais, ao invés de ser "massacrado" por uma "turba de arruaceiros", que se hoje não respeitam as leis, não as respeitarão amanhã, quando forem tomados pelo veneno que comumente domina poderosos: a prepotência...

21.10.2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011




Lula foi chefe de governo e de um bando

Em janeiro, só deixou de chefiar o governo
Foi Lula quem propôs a Dilma Rousseff a permanência de Orlando Silva e Wagner Rossi, a nomeação de Antonio Palocci, a recondução de Alfredo Nascimento e a anexação do Ministério do Turismo ao latifúndio de José Sarney, um Homem Incomum.


Dilma conhecia todos muito bem.

(“Melhor que eu”, disse Lula mais de uma vez).

Apesar disso, ou por isso mesmo, a sucessora convocou os cinco prontuários para o primeiro escalão.

Proposta de chefe é ordem.

Quando se descobriu que o estuprador de contas bancárias também é traficante de influência, o ex-presidente baixou em Brasília para assumir o comando da contra-ofensiva dos pecadores. Como a mão estendida a Palocci acabou num abraço de afogado, foi para o exterior ganhar dinheiro com o ofício que inaugurou: é o único palestrante do mundo que cobra 100 mil dólares para repetir durante 40 minutos o que sempre disse de graça.

Escaldado pelo fiasco, o protetor de bandidos de estimação passou a agir sem dar as caras na cena do crime.

Se dependesse dele, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi e Pedro Novais ainda estariam infiltrados na Esplanada dos Ministérios.


Nesta terça-feira, numa conversa por telefone com Orlando Silva, Lula disse ao ministro pilhado em flagrante que os quatro despejados continuariam no emprego se tivessem seguido à risca as prescrições da Teoria do Casco Duro.

E recomendou ao companheiro que resista no cargo ao aluvião de provas e evidências.

O Código Penal, normas éticas, valores morais, o sentimento da honra, pudores, vergonha ─ nada disso tem importância para o inventor do Brasil Maravilha.

Lula só consegue enxergar duas espécies de viventes: os integrantes da seita que conduz e o resto.

Os primeiros são absolvidos liminarmente de todos os crimes que cometem e das abjeções que protagonizam. Os outros são inimigos ─ e como tal devem ser tratados.

O informante do Caso Watergate que ficou famoso como Deep Throat avisou que a dupla de repórteres do Washington Post chegaria à verdade caso seguisse o dinheiro.



Para chegar-se à fonte da impunidade que afronta o Brasil decente, basta seguir os afilhados em apuros.

Todos levam ao mesmo padrinho.

Durante oito anos, Lula acumulou a chefia do governo e a chefia de um bando. Em janeiro, só deixou de chefiar o governo.


Charges






Ex-ditador Muamar Kadafi está morto, afirmam forças líbias


Mundo islâmico

O tirano tentava escapar em um comboio que foi atacado por forças da Otan.

O novo governo anunciou que ele ficou ferido.

Pouco depois, confirmou a morte



Imagem de celular divulgada pela agência de notícias France-Presse mostra Kadafi ensanguentado na Líbia
(Philippe Desmazes/AFP)

Entenda o caso

• A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.

• No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.


• Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.


• A caça ao coronel continuava intensa. Logo após ele divulgar uma mensagem em que diz que resistirá 'até a vitória ou a morte', os rebeldes ofereceram uma recompensa para quem o capturar - vivo ou morto.

Depois de 42 anos, a era Muamar Kadafi terminou de vez nesta quinta-feira. O novo governo da Líbia anunciou que o ex-ditador, que tomou o poder em 1969 e estabeleceu uma brutal tirania no Norte da África, morreu pouco depois de ser capturado, oito meses depois do início de uma mobilização popular contra seu regime.

De acordo com fontes líbias, ele ficou ferido na ação para prendê-lo.

Uma foto divulgada pela agência de notícias France-Presse mostra Kadafi coberto de sangue.


De acordo com um comandante do Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNT), Kadafi foi capturado pelas forças rebeldes em sua cidade natal, Sirte. A informação foi revelada pela primeira vez pela emissora de televisão local Libya lil Ahrar, citando como fonte o Conselho Militar de Misrata. Pouco depois, a rede Al Jazira revelou ter informações de que Kadafi tinha sido morto. A informação foi confirmada em seguida pelo Conselho Nacional de Transição (CNT).

Galeria de fotos: imagens do ditador


Abdel Majid Mlegta, do CNT, afirmou à agência de notícias Reuters que Kadafi foi atingido durante um ataque de forças da Otan contra um comboio de forças do antigo regime. Kadafi tentava fugir escondido no comboio. Ele foi ferido nas duas pernas e também atingido na cabeça. Essa fonte já dava como confirmada a morte de Kadafi. "Houve muitos disparos contra seu grupo e ele morreu", informou Mlegta. Um combatente do CNT disse que, ao ser capturado, Kadafi gritou:

"Não atirem, não atirem."


Leia também: 'A guerra na Líbia acabou', diz Berlusconi ao saber da captura de Kadafi


Ao fazer o anúncio da prisão de Kadafi, o comandante do CNT disse que ele tinha sobrevivido, mas confirmou que ele tinha sido ferido. "Ele foi capturado e está muito ferido, mas ainda está respirando", afirmava Mohamed Leith.

O representante do CNT afirmou que chegou a ver Kadafi e que o ex-ditador estava vestido com um uniforme cáqui e um turbante.


Também nesta quinta-feira, um médico afirmou que Aboubakr Younès Jaber, ministro da Defesa do regime deposto de Kadafi, foi morto.


O médico Abdou Raouf afirmou ter identificado o corpo do ex-ministro Jaber, levado na manhã desta quinta para o hospital de campanha de Sirte.

A notícia da captura de Kadafi chega depois do
anúncio da completa queda de Sirte, a última região que as forças fiéis ao ex-líder ainda controlavam.

O Tribunal Penal Internacional está investigando sua detenção. Os Estados Unidos e a Otan afirmam estar aguardando informações sobre o destino do ex-tirano.


O fim de Kadafi é espetacular e ao mesmo tempo anticlimático. Quanto mais demorasse, mais complicado o esforço de uma transição para alguma coisa na Líbia. Vamos por ora, neste minuto, saudar o fim de um carrasco.

Para alguma coisa a primavera árabe serviu. Muitas esperanças estão murchando. Sabemos dos perigos óbvios, que coisa ruim pode ser substituída por coisa ruim ou até pior.

Mas no “big picture” até que a Líbia tem chances: tem petróleo e tem menos problemas étnicos e religiosos que outros países da região. Tem também o apoio ocidental.

É hora de sair, companheiros


Planalto avisa ao PCdoB que partido deve entregar logo o Esporte, e ministro, o cargo


Gerson Camarotti
e Maria Lima
oglobo

BRASÍLIA e MAPUTO (Moçambique) - Sem conseguir conter a crise política que envolve o ministro do Esporte, Orlando Silva, e seu partido, o Palácio do Planalto já emitiu sinais de que seria melhor o PCdoB entregar logo o cargo e conduzir o processo de saída do ministro.

Segundo interlocutores da presidente Dilma Rousseff, quanto mais demorar essa solução, mais o PCdoB e o governo ficarão fragilizados.

Dilma chega nesta quinta-feira à noite da viagem à África e pode se encontrar ainda nesta quinta-feira com Orlando e com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo.

Dirigentes do partido já admitiam reservadamente que podem ficar sem o Ministério do Esporte, tamanho o desgaste político.

O desgaste atinge não só o ministro, que está no foco de denúncias de irregularidades, mas todo o partido, uma vez que o PCdoB comanda a pasta há quase nove anos, desde o primeiro ano do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E desgasta a imagem do governo da presidente Dilma, que manteve o partido à frente do Esporte mesmo ciente dos desvios no programa Segundo Tempo nos últimos anos - a Controladoria Geral da União (CGU) apontou irregularidades em 67 convênios e o governo cobra mais de R$ 49 milhões em recursos desviados por ONGs, prefeituras e governos estaduais desde 2006.

Enquanto estava em Moçambique, nesta quarta-feira, a presidente Dilma foi informada por auxiliares do Palácio do Planalto que o tiroteio contra Orlando se intensificou, apesar das explicações do ministro e da avaliação política de que ele teve bom desempenho nos depoimentos na Câmara e no Senado. Já é reconhecido no núcleo do governo de que o ministro do Esporte está extremamente fragilizado, e que, se ficar no cargo, será uma espécie de "fantasma" até sua substituição definitiva na reforma ministerial que deve ocorrer em janeiro.

Integrantes do PCdoB receberam o recado do Planalto. Procurado pelo GLOBO, o presidente do partido, Renato Rabelo, reagiu à possibilidade de conduzir a saída de Orlando. Disse que conversaria com a presidente Dilma para avaliar a situação, mas adiantou que não aceita fazer acordo para a substituição do ministro.

- Pela boa relação que temos, vou conversar com a presidente Dilma e ouvir a opinião dela. Quando Dilma chegar, vou deixar claro que o ministro é dela. Ela é que decide.

Neste caso, a dinâmica (para desgastar os ministros) se repete. Mas o PCdoB reage diferente. Há uma tentativa de desidratar o ministro e dizer que ele é politicamente inviável - disse Rabelo. - Foi criada a seguinte situação: "Como vou manter um ministro que está com desgaste?".

Mas o PCdoB não vai piscar primeiro, não fazemos acordo assim.

Vou falar para a presidente: "O ministro é seu".

Nas conversas de bastidores, setores do PCdoB apostavam na conversa com a presidente para tentar reverter o quadro, embora já admitindo que, se não receberem uma manifestação clara de apoio político de Dilma, a permanência no governo ficará inviável.

- Na luta política, não adianta só o que é justo. Depende muito da capacidade de reunir forças. E sem o governo do nosso lado, não teremos forças - reconheceu um líder do PCdoB.

Uma outra preocupação, essa mais pragmática, rondava nesta quarta-feira o PCdoB: os ataques ao ministro Orlando começam a atingir outros membros da legenda, com potenciais prejuízos eleitorais nas eleições municipais do ano que vem.

Poderão respingar, principalmente, em nomes do partido que vão disputar eleições majoritárias em 2012.

É o caso das deputadas Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), para a prefeitura de Porto Alegre; Perpétua Almeida (PCdoB-AC), de Rio Branco; o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB-MA), para a prefeitura de São Luís; e o prefeito de Olinda Renildo Calheiros, que deve disputar a reeleição.

Os comunistas também constatavam que, se fosse na gestão do ex-presidente Lula, o ministro Orlando Silva já estaria blindado - o ministro até já recebeu um telefonema de solidariedade do ex-presidente, no fim de semana.

De forma mais discreta, Lula tem defendido a permanência de Orlando, segundo relato de petistas.


Do outro lado, no governo, avalia-se que, apesar de Orlando Silva ter reagido rapidamente às acusações, o ministro e o PCdoB erraram na condução da crise ao partir para o ataque contra o governador Agnelo Queiroz (PT-DF). O PCdoB responsabilizou Agnelo pela proximidade com o soldado João Dias, pivô do escândalo envolvendo denúncias contra o programa Segundo Tempo.

- Não é inteligente colher inimigos entre os aliados, comentou um palaciano.

Diante disso, o PCdoB decidiu mandar emissários para tentar fazer uma reconciliação com o governador petista e, com isso, evitar o fogo cruzado com o aliado histórico.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi lacônico ao ser questionado se o ministro tinha o apoio dos partidos da base aliada:

- Do PT, até o momento, sim - afirmou Rui Falcão sobre Orlando.

Entre os aliados, mesmo depois do depoimento de Orlando no Senado, o clima é de espera por fatos novos para definir se sustentam ou não sua permanência no cargo.

- A condição política do ministro não é boa, embora seja inquestionável que ele está sendo firme, partindo para cima de seu delator. Mas não ajuda o fato de ele aparecer todo dia nas páginas em denúncias de corrupção, e não para falar da Copa ou das Olimpíadas. Ele terá o apoio até que tudo seja esclarecido. Mas se acontecer um fato novo, ninguém segura - disse um cacique peemedebista.

Orlando Silva de Jesus Júnior


Orlando Silva



Foto:Fabio Pozzebom/ABr

Ministro do Esporte do  Brasil
Mandato3 de abril de 2006
até atualidade
Antecessor(a)Agnelo Queiroz

Vida

Nascimento27 de maio de1971 (40 anos)

Salvador
Bahia
CônjugeAna Cristina Petta
PartidoPCdoB


Dilma monitora passos de Orlando

Da África, onde está desde a manhã de segunda-feira, a presidente Dilma está monitorando todos os passos de Orlando Silva e a repercussão política da crise, tendo avaliado nesta quarta-feira que os esclarecimentos feitos por ele no Congresso foram adequados, porém não suficientes para afastar a pressão política pela sua saída.

Nem serviram para eliminar de vez as suspeitas que recaem sobre ele. Quando voltar a Brasília, ela deverá tratar pessoalmente do assunto.

Nesta quarta-feira, Dilma chegou a Maputo, onde se encontrou com empresários brasileiros do setor de mineração e da construção civil e depois teve reunião com o presidente Armando Guebuza.

Para tentar minimizar o clima de apreensão na comitiva presidencial na África, o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, repetia nesta quarta-feira o discurso inicial da presidente Dilma, de que o governo continua se valendo da presunção de inocência.

E criticou as denúncias sem provas do soldado da PM do Distrito Federal João Dias Ferreira, ex-filiado do PCdoB:

- Ele (João Dias) não tem currículo, ele tem prontuário. Quero ver como ele vai sair dessa.

Além dos depoimentos do ministro e de outras denúncias sobre irregularidades em convênios do Ministério do Esporte, Dilma acompanha atentamente, da viagem, as providências e apurações da Controladoria Geral da União (CGU).

O comando do órgão tem mantido a presidente informada sobre a existência ou não de comprometimento do ministro em desvios já constatados.

19/10/2011


Rebeldes anunciam captura de Gaddafi em Sirte, dizem agências





O ditador líbio, Muammar Gaddafi, foi capturado e está ferido, anunciaram as forças do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes, nesta quinta-feira, citadas por agências de notícias e emissoras de TV


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
FOLHA



Segundo a emissora de TV britânica BBC, Gaddafi foi detido pelos rebeldes enquanto tentava escapar de Sirte, sua cidade natal, em um comboio.

Um combatente do CNT declarou que ao ser capturado Gaddafi gritou: "Não atirem, não atirem."

A rede qatariana Al Jazeera informou que há relatos de que o ditador está morto, mas ainda não há confirmação da informação. Por outro lado, um site de notícias pró-regime desmentiu até mesmo a captura de Gaddafi.

"Ele foi capturado. Ele está ferido nas duas pernas...Ele foi levado pela ambulância", disse o oficial de alta patente do CNT Abdel Majid à Reuters por telefone.

Outro comandante rebelde, Mohamed Leith, confirmou a informação à agência de notícias France Presse. "Ele foi capturado. Ele está muito ferido, mas ainda está respirando", afirmou. O comandante disse que viu Gaddafi, vestido com um uniforme cáqui e um turbante.



O canal de TV "Libya lil Ahrar" também informou a detenção do ditador. Segundo a emissora, ele foi detido com o filho Muatasim; Mansur Dau, chefe dos serviços de segurança interna; e Abdullah Senusi, diretor do serviço de inteligência líbios.
De acordo com a France Presse, Aboubakr Younès Jaber, ministro da Defesa do regime, foi morto em Sirte hoje. O médico Abdou Raouf afirmou ter "identificado o corpo", levado nesta manhã para o hospital de campanha local.

A Al Jazeera afirmou que a Otan, a aliança militar do Ocidente, e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos informaram que ainda não podem confirmar os relatos da captura de Gaddafi, cujo paradeiro era desconhecido desde que os rebeldes ingressaram em Trípoli, capital líbia.

"Vimos relatos na mídia que não podemos confirmar", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado Beth Gosselin à Reuters.

Forças rebeldes da Líbia anunciam tomada de Sirte




FOLHA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Forças rebeldes da Líbia disseram nesta quinta-feira que capturaram as últimas posições mantidas pelos partidários de Muammar Gaddafi em Sirte, cidade natal do ditador.

Onda de Revoltas
"Sirte foi liberada. Não há mais forças de Gaddafi", disse o coronel Yunus Abdali, chefe de operações na parte oriental da cidade.

"Agora estamos caçando seus combatentes, que estão em fuga".
Outro comandante da linha de frente confirmou a captura da cidade costeira no Mediterrâneo, que era o último bastião de importância de combatentes pró-Gaddafi.
A ofensiva final contra a cidade natal do ditador começou por volta das 8h no horário local e durou cerca de 90 minutos antes de os soldados leais ao regime fugirem.
Pouco tempo antes, cerca de cinco veículos de combatentes gaddafistas tentaram escapar da cidade, mas os passageiros foram mortos pelos soldados do CNT (Conselho Nacional de Transição), órgão político dos rebeldes.


Ahmad Al-Rubaye/France Presse
Soldado rebelde se protege durante combate com forças leais a Gaddafi na cidade de Sirte


Soldado rebelde se protege durante combate com forças leais a Gaddafi na cidade de Sirte

Os rebeldes realizavam uma grande operação de busca na cidade, revistando prédios e residências na tentativa de encontrar algum combatente leal ao regime que pudesse estar escondido.
Mais cedo, um comandante do CNT já havia afirmado que a queda de Sirte era iminente, depois que suas forças entraram no último bairro da cidade que não estava sob seu controle.
"É o último dia da batalha, dentro de algumas horas anunciaremos a queda de Sirte", declarou o tenente-coronel Hussein Abdel Salam, da Brigada Misrata.

A captura de Sirte é considerada pelos rebeldes essencial para a consolidação da queda do regime de Muammar Gaddafi, há 42 anos no poder.

O CNT afirmou que só começará a instauração de uma democracia na Líbia quando todo o território estivesse sob seu controle.

FUGA

Pessoas ligadas a autoridades do regime de Gaddafi fugiam da cidade de Sirte desde segunda-feira (17), entre elas a mãe e o irmão de Mussa Ibrahim, porta-voz de Gaddafi, informou um comandante do CNT.
"São parentes de autoridades do regime. A mãe e o irmão de Musa Ibrahim estão entre eles", afirmou Wissam ben Hamidi.

Esam Al-Fetori /Reuters
Carro de luxo é visto estacionado em casa danificada pelos combates entre rebeldes e gaddafistas em Sirte
Carro de luxo é visto estacionado em casa danificada pelos combates entre rebeldes e gaddafistas em Sirte

Quase 150 combatentes do novo regime se reuniram ao redor dos veículos, o que provocou cenas de confusão, antes que as famílias fossem retiradas rapidamente do local. De acordo com Hamidi, comandante das operações na frente leste de Sirte, alguns ocupantes dos veículos eram pessoas procuradas pelos rebeldes, mas nenhuma era considerada importante.
BANI WALID

A cidade líbia de Bani Walid, que era um dos últimos redutos fiéis a Gaddafi, a 170 km ao sudeste de Trípoli, foi "totalmente libertada" na segunda-feira (17), segundo anúncio de Ahmed Bani, um dos chefes militares do CNT.
De acordo com moradores, homens leais a Gaddafi recuaram devido ao avanço das forças rebeldes. Segundo relato do morador Moammar Warfali, combatentes do governo de transição cercaram o centro, um hospital e vários edifícios que eram usados por franco-atiradores leais a Gaddafi para impedir o avanço.
Bani Walid é a terra da tribo Warfalla, a maior e uma das mais influentes do país. A cidade está sitiada há semanas, e as autoridades negociavam uma rendição com os líderes tribais.
20/10/2011 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Golpes, ONGs e a mala de dinheiro






Em 28/05/2010 a Revista Época já avisava:

Agnelo Queiroz, candidato do PT ao governo de Brasília, é acusado de receber R$ 256 mil desviados de programa do Ministério do Esporte

murilo ramos e
marcelo rocha


O ex-ministro do Esporte e candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, terá um caminho duro até as eleições de outubro.

Um obstáculo difícil será superar o adversário Joaquim Roriz (PSC), político popular que ficou quase 14 anos no poder e está na dianteira das pesquisas eleitorais realizadas até agora.

Antes, porém, Agnelo terá de se defender de denúncias que o relacionam a desvios de verbas do Segundo Tempo, principal programa do Ministério do Esporte no governo Lula
.

Uma investigação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal no início de abril, batizada de Operação Shaolin, prendeu cinco pessoas, apreendeu documentos e colheu depoimentos sobre o destino de quase R$ 3 milhões repassados pelo ministério a duas associações de kung fu de Brasília.

O relatório final da operação compromete Agnelo com um golpe milionário e sugere o envio das informações ao Ministério Público Federal (MPF) para que a investigação seja aprofundada.

Os desdobramentos do caso dirão se o ex-ministro terá condições de se livrar das graves acusações ou se ele aumentará a lista dos políticos de Brasília flagrados com a mão no dinheiro público
.




ACUSAÇÃO

No inquérito, o delegado afirma que Agnelo “teria se valido da condição de ex-ministro” para ser favorecido pelo esquema de corrupção.
Agnelo nega.

ÉPOCA teve acesso ao relatório da Polícia Civil.

“Os indícios preliminares colhidos sugerem que Agnelo Queiroz teria se valido de sua condição de ex-ministro do Esporte para se beneficiar de um suposto esquema de desvio de recursos pertencentes a associações que receberam verbas do programa Segundo Tempo”, afirma, no documento, Giancarlos Zuliani Junior, o delegado responsável pela investigação.

A origem das irregularidades foi o repasse de R$ 2,9 milhões para a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e para a Associação João Dias de Kung Fu.


O maior convênio, de R$ 2 milhões, foi assinado em 2005 pelo então secretário executivo da pasta e atual ministro, Orlando Silva, com a Febrak.

A federação teria de desenvolver atividades desportivas com 10 mil alunos da rede pública de ensino enquanto não estavam em sala de aula.

O segundo convênio, de R$ 920 mil, foi firmado com a associação em 2006, quando Agnelo não era mais ministro do Esporte.

Segundo a polícia, as associações, presididas pelo policial militar, professor de kung fu e suplente de deputado distrital João Dias (PCdoB), se apropriaram de R$ 2 milhões dos convênios sem prestar os serviços combinados.

A investigação sustenta que as ONGs de Dias forjavam a compra de materiais que seriam usados durante as atividades com as crianças, tais como quimonos, jogos de xadrez, damas, varetas e alimentos.

As associações teriam atuado em conluio com empresas que forneciam notas fiscais frias para driblar a fiscalização do ministério.
reprodução/Revista Época

De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006.

Fernando Soutello


O INÍCIO

Então secretário, o atual ministro Orlando Silva assinou com João Dias o contrato com a Febrak.

Segundo uma testemunha, desse convênio teriam saído R$ 256 mil para Agnelo

Uma testemunha disse ao delegado Giancarlos Zuliani que sacou entre os dias 7 e 8 de agosto de 2007 o equivalente a R$ 335 mil em uma agência do Banco de Brasília, o BRB.

Essa testemunha não será identificada na reportagem porque, segundo um envolvido nas investigações, ela ainda não está sob proteção da polícia.

A mesma testemunha disse que colocou R$ 256 mil numa mochila e seguiu até a cidade-satélite de Sobradinho, acompanhada de Eduardo Pereira Tomaz, principal assessor de João Dias nos projetos do Segundo Tempo.

Chegando ao local indicado, o estacionamento de uma concessionária de motos, um Honda Civic de cor preta, diz a testemunha, estacionou ao lado do carro onde estava com Eduardo.

Eduardo, prossegue o relato, entregou a mochila com o dinheiro ao passageiro do carro preto.

A testemunha diz ter identificado o homem que pegou a mochila. “O local onde ocorreu a suposta entrega possuía boa iluminação, razão pela qual o declarante pode afirmar com convicção que Agnelo Queiroz foi a pessoa que recebeu a mochila contendo R$ 256 mil”, diz o relatório da polícia.

O depoimento fornece detalhes do encontro em Sobradinho. O ex-ministro teria despejado o dinheiro no chão do carro para conferir os valores e, ao final, tirado R$ 1.000 e dado como gorjeta para Eduardo e para a testemunha.

reprodução/Revista Época

Eduardo e João Dias foram presos temporariamente durante a Operação Shaolin. Um manuscrito encontrado na casa de Dias chamou a atenção dos policiais. Trata-se de um bilhete que relaciona o número “300.000” ao nome “Agnelo”.

O papel foi submetido a perícia, que identificou João Dias como o autor do manuscrito

Gravações telefônicas autorizadas pela 3ª Vara Criminal de Brasília, segundo os investigadores, interceptaram ligações realizadas por Ana Paula Oliveira, mulher de Dias, para Agnelo Queiroz na manhã de 5 de abril, logo após a prisão de João Dias Ferreira.

De acordo com a investigação, Ana Paula tentou falar três vezes com Agnelo para “solicitar a indicação de um advogado para defender seu marido na situação relacionada ao Segundo Tempo”.

Em outro momento, segundo a polícia, Dias quis auxílio de Agnelo para se defender em uma ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal.


Adriano Machado


O IMÓVEL

A casa de João Dias em um condomínio nos arredores de Brasília

Dias comprou-a enquanto recebia dinheiro do Ministério do Esporte
A polícia indiciou sete pessoas, entre elas João Dias e Eduardo Pereira Tomaz. Além de sugerir o envio das informações para o MPF, Zuliani pede que seja feito um rastreamento dos telefones celulares usados por Agnelo e pelos outros envolvidos na suposta entrega de dinheiro em Sobradinho.

Propõe, também, que sejam pedidos os extratos telefônicos que contêm as chamadas geradas e recebidas pelas linhas usadas pelos suspeitos, inclusive Agnelo.

Agnelo nega ter recebido dinheiro proveniente das associações ligadas a João Dias. Diz não ter havido o encontro em Sobradinho descrito pela testemunha e ataca os investigadores.

“Esse é um inquérito ilegal e clandestino, arquitetado por uma facção da Polícia Civil do Distrito Federal que estava sob o comando dos meus adversários e que tinha na linha de frente o ex-governador José Roberto Arruda”, afirma.

“Esse dossiê, travestido de relatório final de um inquérito, produzido por um grupo da Polícia Civil do Distrito Federal que não tem competência legal para fazê-lo, está sendo usado por meus adversários políticos do momento para tentar equiparar a minha biografia ao prontuário policial deles.”

Indagado sobre sua relação com João Dias, Agnelo afirma que foram “correligionários” no PCdoB na eleição de 2006, mas nega que tenha recebido pedido para ajudá-lo na defesa contra a denúncia do MP.

“A investigação obedeceu a todas as condições técnicas e foi concluída”, afirma o diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, Pedro Cardoso.

“O relatório foi encaminhado pelo delegado constituído para a Justiça.”

reprodução/Revista Época


João Dias nega o envio de pacotes de dinheiro para Agnelo.

“Não existe possibilidade de qualquer tipo de benefício direto ou indireto ao ex-ministro Agnelo. Nunca houve nenhum tipo de ajuda financeira”, disse Dias a ÉPOCA.

Dias afirma que não escreveu o bilhete e se compromete a fazer novos exames grafotécnicos para provar que a letra não é dele. De acordo com o Ministério do Esporte, os convênios com as associações de kung fu foram firmados obedecendo a critérios técnicos.

O ministério diz que o dinheiro desviado, avaliado em R$ 4 milhões em valores atuais, foi cobrado dos representantes das ONGs. Eduardo Tomaz nega o encontro de Sobradinho e a entrega do dinheiro relatada pela testemunha no inquérito.

Diz uma lei não escrita, estabelecida há meses na política do Distrito Federal, que não vence as eleições quem tiver mais votos, mas quem conseguir sobreviver a denúncias de corrupção.

Para Agnelo, o maior desafio agora não é enfrentar uma disputa com Roriz, mas provar que as acusações contra ele são inconsistentes.