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sábado, 20 de fevereiro de 2010

A grande arca da TV Brasil - Diogo Mainardi

“A mandinga contra a ‘hegemonia cultural americana’ pode parecer ridiculamente antediluviana, mas os orangotangos e os patos do petismo se sentem reconfortados por ela

Por Diogo Mainardi

Deus passa o dia inteiro com a TV ligada. Ele só assiste à TV Brasil. Ninguém assiste aos programas do canal, segundo os dados do Ibope. Somente Ele. Deus é o único espectador da TV Brasil.

Como é que eu sei disso?

Lula contou.

Está lá, nas tábuas da lei do lulismo, o Dicionário Lula, de Ali Kamel:

“Deus me deu o segundo mandato para fazer a TV pública brasileira”.

Lula, como Noé, respondendo ao chamado do Onipotente, fez o que lhe foi ordenado.

Primeiro, ele construiu a grande arca da TV Brasil, revestindo-a de betume.

Em seguida, embarcou nela um casal de cada espécie - um orangotango e uma orangotanga, um pato e uma pata, um Franklin Martins e uma Dilma Rousseff - e conduziu-os por quarenta dias e quarenta noites até os montes Ararat do éter, a fim de que eles se multiplicassem incestuosamente e povoassem a “TV pública brasileira” com seus descendentes.

Agora Deus tem outro plano.

Ele decidiu destruir a TV a cabo.

Ele disse a Marco Aurélio Garcia:

“O fim de Law & Order é chegado perante mim”.
 

Marco Aurélio Garcia, coordenador do programa de Dilma Rousseff, lhe obedeceu.

Se Deus fizer com que Dilma Rousseff seja eleita, repetindo o que Ele já fez com Lula, “tudo o que há na TV a cabo expirará”.

Marco Aurélio Garcia é autor de alguns dos maiores mitos apócrifos do lulismo. O último deles foi comparar American Idol à Quarta Frota dos Estados Unidos.
 

Como sabemos que Deus elege o presidente do Brasil de olho na TV, escolhendo candidatos que lhe garantam programas como ABZ do Ziraldo, Dilma Rousseff já está eleita.

O Brasil seria poupado de um monte de aborrecimentos se, para trocar de canal, Deus simplesmente usasse o controle remoto.

O mesmo Deus que elege o presidente do Brasil pode matar o presidente dos Estados Unidos.

De uns tempos para cá, alguns pastores americanos passaram a imprecar para que Deus mate Barack Obama.

Eles entoam o Salmo 109:

“Sejam poucos os seus dias, e outro tome o seu ofício”.

Marco Aurélio Garcia entoa o Salmo 109 contra o doutor House e a Quarta Frota Naval dos Estados Unidos.

A mandinga contra a “hegemonia cultural americana” pode parecer ridiculamente antediluviana, mas os orangotangos e os patos do petismo se sentem reconfortados por ela.

Para Marco Aurélio Garcia e suas criaturas, reunidos no congresso do PT, o paraíso terrestre está localizado na central nuclear iraniana de Natanz.

Lula quer viver 950 anos, como Noé.

Por isso, em 16 de maio, ele visitará o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad (Salmo 109 nele!) e obterá seu apoio para a candidatura de Dilma Rousseff.

O apoio de Deus?

Esse ele já tem.


sábado, 20 de fevereiro de 2010

Chavismo é marca do programa de Dilma.

O PT aprovou o programa de governo chavista e bolivariano da candidata Dilma Rousseff.

Principais pontos:
  • Em homenagem à Igreja: liberação total do aborto (PNDH III)e proibição do uso de símbolos religiosos em locais públicos;
  • Em homenagem ao Judiciário: Fim da lei da anistia (PNDH III) e substituição dos tribunais por comissões compostas por movimentos sociais e outras representações populares;
  • Em homenagem ao Agronegócio: fim da reintegração de posse (PNDH III)
  • Em homenagem às Forças Armadas: instituição de uma Comissão da Verdade composta por terroristas, sequestradores e guerrilheiros anistiados (PNDH-III) para punir militares
  • Em homenagem aos Empresários: taxação de fortunas e redução da jornada de trabalho para 40 horas, sem redução de salário;
  • Em homenagem à Imprensa: restrições aos "monopólios" da comunicação
O texto ainda não está disponível no site do PT.

Comentário
“Quem espera que o diabo ande pelo mundo com chifres
será sempre sua presa.”

(Schopenhauer)

Schopenhauer estava certo no alerta da epígrafe.

O diabo costuma se vestir de forma altruísta.

Os chifres aparecem somente depois que a vítima vendeu-lhe sua alma.

Aí já é tarde demais..."

Liberdade e ordem - Olavo de Carvalho





Por Olavo de Carvalho

Quando, com a cara mais bisonha do mundo, o liberal proclama que "a liberdade de um termina onde começa a do outro", ele está reconhecendo implicitamente - embora quase nunca o perceba - que essa liberdade é apenas a margem de manobra deixada ao cidadão dentro da rede de relações determinada por uma ordem jurídica estabelecida.

O princípio aí fundante é, pois, o de "ordem", não o de "liberdade".

Sei que magôo profundamente os sentimentos de meus amigos liberais ao afirmar que nenhuma filosofia política séria pode tomar como princípios fundantes as idéias de "liberdade" e "propriedade" - precisamente as mais queridas dos corações liberais.

Mas, sinto muito, as coisas são mesmo assim.

Entendo por filosofia política séria aquela que não se constitui de meras justificativas idealísticas ou pragmáticas para ações que se inspiram, de fato, em razões de outra ordem, quer sejam estas ignoradas ou propositadamente escondidas pelo agente.

A missão da filosofia política não é dar uma aparência de racionalidade a opções e decisões pré-racionais.

É dar inteligibilidade ao campo inteiro dos fenômenos políticos,
possibilitando que ações e decisões tenham firme ancoragem na realidade dos fatos e na natureza das coisas.


Para isso é estritamente necessário que seus próprios conceitos tenham inteligibilidade máxima, para que não se caia no erro de explicar obscurum per obscurius.

A liberdade, embora clara e nítida enquanto vivência subjetiva, não se deixa traduzir facilmente num conceito classificatório que se possa aplicar à variedade das situações de fato.

A noção e a própria experiência da liberdade são de natureza essencialmente escalar e relativa. De um lado, é muito difícil dar um significado substantivo à noção de liberdade política sem ter esclarecido primeiro o da liberdade em sentido metafísico - uma questão das mais encrencadas.

De que adianta defender a liberdade política de uma criatura à qual se nega, ao mesmo tempo, toda autonomia real?

Se somos produtos do meio, de um condicionamento genético ou de um destino pré-estabelecido, é ridículo esperar que a mera promulgação de leis reverta a ordem dos fatores, assegurando-nos o direito de fazer aquilo que, de fato, não podemos fazer.

Lembro-me, sem conter o riso, de uma conferência em que o filósofo da hermenêutica, Hans-Georg Gadamer, negava toda autonomia à consciência individual, fazendo dela o efeito passivo de mil e um fatores externos, e logo adiante reclamava dos regulamentos da universidade alemã, que não concediam espaço suficiente à liberdade de expressão individual.

Com toda a evidência, ele exigia que a burocracia universitária revogasse mediante portaria a estrutura da realidade tal como ele próprio tinha acabado de descrevê-la.


Diário do Comércio
15 de fevereiro de 2010


continua no post abaixo

Liberdade e ordem - Olavo de Carvalho


Liberdade e ordem - 2


Por Olavo de Carvalho

De outro lado, a "liberdade" é, com freqüência, nada mais que um adorno retórico usado para encobrir a vigência de algum princípio totalmente diverso.

Quando, com a cara mais bisonha do mundo, o liberal proclama que "a liberdade de um termina onde começa a do outro", ele está reconhecendo implicitamente - embora quase nunca o perceba - que essa liberdade é apenas a margem de manobra deixada ao cidadão dentro da rede de relações determinada por uma ordem jurídica estabelecida.

O princípio aí fundante é, pois, o de "ordem", não o de "liberdade". Isso basta para demonstrar que a "liberdade" não é jamais um princípio, mas apenas a decorrência mais ou menos acidental da aplicação de um princípio totalmente diverso.

Compare-se, por exemplo, a noção de liberdade com a de "direito à vida". Esta é um princípio universal que não admite exceções nem limitações de espécie alguma.

Quando você mata em legítima defesa, ou para proteger uma vítima inerme, não está "limitando" a vigência do princípio, mas aplicando-o na sua mais plena extensão: a morte do agressor aparece aí como um acidente de facto, que em nada afeta o princípio, já que é imposto pelas circunstâncias em vista da defesa desse mesmo princípio.


Nenhum raciocínio similar se pode fazer com relação à "liberdade".

Quando você limita a liberdade de um para preservar a de outro, o que aí está sendo aplicado não é o princípio da "liberdade", mas o da "ordem" necessária à preservação de muitas liberdades relativas.

Do mesmo modo, não existe "propriedade absoluta", de vez que a propriedade é essencialmente um direito, portanto uma obrigação imposta a terceiros.

O mero poder de uso de uma coisa não é propriedade, é posse.

A propriedade só surge na relação social fundada pela "ordem".
O mero fato de que existam propriedades legítimas e ilegítimas mostra que a propriedade é dependente da ordem, portanto não é um princípio em si.

Só para fins de contraste, imaginem se pode existir um "direito à vida" meramente relativo. Esse direito é um princípio que está na base mesma da ordem, a qual se torna desordem no instante em que o nega ou relativiza.

A própria ordem, nesse sentido, não é um princípio (ao contrário do que imaginam seus defensores tradicionalistas e reacionários). Se, na hierarquia dos conceitos, toda ordem se coloca acima da "liberdade", como garantia da possibilidade de haver liberdade em qualquer dose que seja, nem por isso a noção de "ordem absoluta" deixa de ser impensável.

O primeiro dever de uma filosofia política séria é depurar os seus conceitos de toda contradição intrínseca e de toda confusão categorial. Sem isso, qualquer diagnóstico de um estado de fato ou todo fundamento que se possa alegar para ações e decisões é apenas um sistema de pretextos retóricos destinado a enganar não só o público, mas o próprio agente.

Infelizmente a maioria dos opinadores políticos, acadêmicos ou jornalísticos, está incapacitada para essas distinções, que lhes parecem demasiado abstratas e etéreas, quando, por uma fatalidade inerente à inteligência humana, nunca é possível apreender cognitivamente o fato concreto senão subindo no grau de abstração dos conceitos usados para descrevê-lo.


Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada - Edmund Burke

'Vamos continuar reaparelhando o Estado'

Dilma Roussef
discurso no 4° Congresso do PT

PT inclui 'controle de mídia' em plano de governo de Dilma

Congresso aprovou Conselho Nacional de Comunicação
e o 'combate ao monopólio do entretenimento'


Rodrigo Alvares

BRASÍLIA - Em um dos últimos atos do deputado Ricardo Berzoini (SP) como presidente do PT, a sigla começou a discutir nesta sexta-feira, 19, a definição das diretrizes do partido para um eventual governo Dilma Rousseff.

Um dos temas mais polêmicos, o 'controle de mídia', foi incluído no programa de governo.

O congresso aprovou o "combate do monopólio da comunicação e entretenimento, a reativação do Conselho Nacional de Comunicação e o direito de resposta coletivo, o fim da propriedade cruzada e proibição de sublocação" - temas debatidos na última Confecom (Conferência Nacional de Comunicação).

Também alvo de intensa polêmica, a redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salário - reivindicada pelas centrais sindicais - citada no primeiro esboço do programa - teve apoio maciço, assim como a inclusão da palavra "especialmente" no trecho sobre a taxação de grandes também tiveram apoio maciço, assim como a proposta de combate à corrupção e ao desperdício de recursos públicos.

Para a política de reforma agrária, o texto teve o acréscimo de termos como "controle do acesso à terra, eliminação dos juros compensatórios da desapropriação e fortalecer o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) com a realização de julgamento de reintegração de posse".

O PNDH-3 teve aprovação unânima dos congressistas.

Na Segurança Pública, foram incluídas a extensão do Programa Nacional nos 27 Estados da Federação e a criação de um fundo para instituir um piso salarial até 2016, quando os Estados serão responsáveis pelo pagamento dos policiais. A ampliação da reforma do sistema prisional, com prioridade de penas alternativas, também foi alterada. Leia mais aqui.

FRAUDE II - A NOVA SOCIEDADE CRIADA PELA FRAUDE DA ABERTURA DEMOCRATICA

A NOVA SOCIEDADE CRIADA PELA FRAUDE
DA ABERTURA DEMOCRATICA
II
Diante do caos da justiça que se instalou no país, nosso “modelo de democracia” e nosso sistema político-prostituído precisam ser reconstruídos através de uma ruptura organizada e irreversível. Somente desta forma – como conseqüência direta do silêncio das casernas – poderemos salvar nossos filhos e suas famílias das mãos dos sórdidos canalhas ignorantes e esclarecidos que aparelharam o poder público para  promover degeneração legal e moral do país à serviço da desgraça do petismo lulista.
No ano da próxima eleição presidencial qual é a realidade política e legal do país?
Os fatos são inequívocos: o país, findo o Regime Militar, foi sendo conduzido pelos desgovernos civis para se transformar em um paraíso da degeneração moral, com seus espúrios ritos judiciais subordinados, não às letras da Constituição e dos Códigos Legais que formalizam os procedimentos legais na operacionalização da ação do Poder Judiciário, mas tão somente reféns dos interesses ilícitos e apátridas do submundo da corrupção, da prevaricação e do corporativismo mais sórdido, que tem construído no topo do organograma dos poderes públicos, claros exemplos de remunerações aviltantes e a recorrente, sistemática e redundante prática do ilícito-prevaricador como forma de manutenção do poder e do enriquecimento à custa do sofrimento daqueles que trabalham mais de cinco meses por ano para sustentar um Estado-bandido.
Estamos próximos de termos como candidato a presidente – unicamente pela vontade do Retirante Pinóquio, uma “senhora” que já teve sua ficha criminal durante o Regime Militar, divulgada no Parlamento por um deputado, documento onde constam, oficialmente, os registros de sua cumplicidade ou autoria com seqüestros, assassinatos, roubo de bancos – sair vitorioso pelo mais omisso e covarde silêncio civil-militar, cúmplice da desgraça do petismo lulista, de uma sociedade subornada pelo assistencialismo comprador de votos e pelos canalhas esclarecidos lacaios do projeto de poder perpétuo do petismo.
O objetivo do PT é claro: ficar mais, no mínimo, 15 anos no poder.
É um projeto ditatorial para “ninguém botar defeito”, com a vantagem de não derramar sangue nas ruas por uma revolução comunista, mas apenas pela falta de reação de uma sociedade absolutamente omissa diante dessa desgraça chamada petismo lulista, e pela absurda cumplicidade dos esclarecidos canalhas.
Não pode haver melhor símbolo do que vai acontecer com o país do que esta foto desse monstro terrorista, no caso da demência coletiva que está tomando conta do país não ser estancada por uma ruptura necessária e urgente.
Dá nojo ver um político do porte cultural e educacional do Sr. Ciro Gomes em horário nobre, durante a propaganda política do seu partido, fazer entusiastas elogios a Lula, confiando na desastrada política de confiança na lealdade de Hitler, e favorecendo de forma descarada a indicação do presidente nas próximas eleições presidenciais –, o que demonstra o grau da prostituição política no país e o apodrecimento moral dos esclarecidos.

Certamente, uma de suas maiores admiradoras, uma competente artista, está depositando os ovos das serpentes do socialismo genocida no meio onde trabalha, consolidando boa parte do meio artístico como cúmplice da destruição de nossos sonhos de liberdade e justiça social.
Os noticiários do caso do mensalão do DEM, muito menos grave do que o mensalão do PT, caso haja uma honesta comparação entre os envolvidos nas canalhices com os contribuintes, nos dois casos amplamente denunciados, deixam muito claro que as conseqüências legais dos atos deste corrupto sem-vergonha e governador de Brasília vão depender não da força das leis, mas sim do politicamente correto determinado pelo dono do país, o Retirante Pinóquio.
A questão da impunidade para os envolvidos no mensalão do PT é que todos eram amigos íntimos do presidente e cúmplices do seu projeto de poder perpétuo; no caso do mensalão do DEM o que está em jogo são as regras do jogo político prostituído que podem comprometer o Poder Executivo se as investigações forem muito mais profundas do que o “desejável” – a síndrome de Celso Daniel sempre vai perseguir o PT; vai acabar acontecendo o que desejar o presidente, sendo suas ordens enviadas pelos agentes do submundo do Estado-bandido.
O que o filho do presidente disse no contexto de uma discussão com os seguranças de uma platéia de um circo parece ser a mais pura verdade:

“meu pai manda nesse país”.
Como seu pai [declaro solenemente para esse bostinha], “Nenhum político do mundo jamais fez declarações [e um desgoverno] tão insultuosos à moralidade geral e à simples dignidade humana. Muito menos as fez e permaneceu no cargo. Lula não só permanecerá como fará tranquilamente a sua sucessora, porque a sociedade brasileira inteira já se acanalhou ao ponto de aceitar como decreto divino tudo o que venha do  “ Filho do Brasil” [FDPDB].

Todos preferem antes ser humilhados, achincalhados, envergonhados ante o universo, do que correr os riscos de uma crise política.

Sabem por quê?

Porque foram reduzidos a uma tal impotência que já não têm meios nem de criar uma crise política.” (O.C) [minhas alterações do texto original]
No desgoverno Lula, copy-paste-FHC no que diz respeito às políticas econômicas, estamos sendo testemunhas da transformação das relações públicas e privadas em um esgoto putrefato da definitiva falência moral do país: FHC, além do sucesso econômico do seu governo, plantou as sementes da definitiva destruição moral do país.
O petismo quando assumiu o poder, no maior estelionato eleitoral da história do país, irrigou essas sementes e conseguiu que o poder público fosse transformado em um covil de bandidos, que está promovendo a estatização na busca de empregos, deixando para a iniciativa privada uma opção para os ignorantes, os despreparados, e para os que ainda têm a honestidade e a dignidade como valores fundamentais, já que na iniciativa privada não existem filas para ganhar horas extras sem trabalhar, e nem se transformam impunemente organizações em verdadeiras “colméias” satirizadas: no poder público enquanto poucos trabalham duro o resto fica vira “asponi” voador.
No mundo privado existe uma coisa chamada falência – o único ladrão que geralmente sobrevive e dificilmente é preso, é o dono do negócio e seus cúmplices; esses já foram subornados pela degeneração moral nas suas relações de “negócios” com o poder público, isto é, os canalhas trabalham para fazer do ilícito o motor do crescimento de seus negócios e do enriquecimento dos habitantes do topo de suas pirâmides organizacionais.
No caso do poder público quem paga a conta da corrupção e da prevaricação é o otário e imbecil do contribuinte e, geralmente, todos os ladrões do seu dinheiro, de uma forma ou de outro, ficam impunes.
Chegamos ao fundo do poço do domínio do país pelo submundo da sociedade comandada pelos canalhas esclarecidos – públicos e privados – e seus cúmplices, que transformaram a honra, a dignidade, a honestidade, o respeito às leis, e o patriotismo, em defeitos inconciliáveis com os produtos do suborno, do assistencialismo calhorda, e do corporativismo público e privado, sórdidos valores que o petismo oferece a todos que permitirem que a nova desgraçada burguesia da geração do comuno-sindicalismo continue tomando conta do país.

Nossos sonhos de uma verdadeira democracia em um regime de livre iniciativa – refém dos códigos legais como normas de uma Justiça que mereça esse nome –, construídos pela força do mérito e do trabalho honesto, e não cúmplice do Estado-bandido, esses sonhos estão sendo conduzidos ao estertor de nossa capacidade de lutar por um país mais justo e mais digno.
Na era do lulismo o maior valor do “exercício da cidadania”, que está sendo cultivado pela desgraça do petismo, é o que está construindo as personalidades doentias fundamentadas no exercício da desonestidade, do suborno, da desonra, da degeneração moral, do relativismo apodrecido da justiça, e da covardia, como formas cada vez mais predominantes de lutar pela sobrevivência.
Como estamos conseguindo aceitar que a vontade pessoal do mais sórdido político da história do país, suas relações políticas com os canalhas e seus compromissos pessoais no submundo do crime organizado de um poder público transformado em um covil de bandidos, o timão para conduzir o país ao naufrágio moral, como conseqüência de uma não declarada, mas efetiva subordinação do Poder Judiciário – Tribunais Superiores  – ao projeto de poder perpétuo da desgraça “socialista” do petismo?
Para quem ainda tem alguma dificuldade de entender minhas mensagens enfatizo: o desgoverno petista é uma BOSTA, sendo bosta, nesse contexto, uma palavra representativa daquilo que é absolutamente desprezível – abjeto, vil, vergonhoso – e de qualidade inferior. É por isso que quando alguém me cita o nome desse calhorda, patife, mentiroso, leviano, ignorante, e traidor do país, digo: esse sujeito é um bosta, que está sendo mantido no poder pela união dos filhos das serpentes do comuno-sindicalismo, pelos canalhas esclarecidos, e pelos comandantes militares que já trocaram a bandeira do país pela do PT.
Essa gente sórdida, associada com a mais amestrada, omissa, covarde e subornada das mídias – a TV Globo –, não tem coragem de provocar a necessária crise política para livrar o país desses canalhas que transformaram o poder público em um covil de bandidos ao longo dos calhordas desgovernos civis.
O prêmio para esses desgraçados traidores do país – que curtem aparentes virtudes de política econômica copiadas de FHC, mas vinculadas à degeneração moral da sociedade – será viver em uma Cuba Continental correndo o risco de testemunhar seus próprios filhos e membros de suas famílias serem perfilados diante das covas coletivas do socialismo genocida disfarçado nessa desgraça de petismo lulista, e sem poder reclamar quando a bolha da dívida pública e do crédito irresponsável e inconseqüente estourar, sujando suas caras de paisagem-cínica dos respingos fétidos da bosta do petismo lulista.
 Geraldo Almendra
20/02/2010

Luiz LI e Marisa Antonieta

Vida longa à Nova República - 1

Nos 25 anos passados desde a redemocratização, a sociedade brasileira amadureceu, alcançou a estabilidade política e encontrou o rumo do crescimento

José Serra é governador de São Paulo e provável candidato do PSDB à Presidência da República


Carlos Namba

UM MARCO PARA O BRASIL
O comício das Diretas Já em São Paulo, em 1984, foi a senha de que
a Nova República estava prestes a vir à luz

A Nova República completa 25 anos em março, mês em que Tancredo Neves deveria tomar posse na Presidência. Há razões para sustentar que se trata da fase da história do Brasil com o maior número de conquistas de indiscutível qualidade política e humana.

Em primeiro lugar, o país nunca havia conhecido um quarto de século ininterrupto de democracia de massas. É nítido o contraste com a oligárquica República Velha, de eleições a bico de pena, sacudida por intervenções nos estados, revoluções e instabilidade.

O período supera igualmente a fase democrática após a queda de Getúlio Vargas, em 1945. E não só pela duração – o regime da Constituição de 1946 foi desfeito em menos de vinte anos pelo golpe que derrubou João Goulart. A Nova República vai muito além na expansão sem precedentes da cidadania e na eliminação quase total das restrições ao direito de voto, com o eleitorado praticamente se confundindo com o universo da população adulta.

Longe de acarretar maior instabilidade, a ampliação da participação das massas populares coincide com um período de completa ausência de conspirações, golpes militares, quarteladas, intervenções preventivas e epílogos políticos trágicos ou temerários.


Bem diferente do período anterior, que teve Aragarças e Jacareacanga, durante o governo de Juscelino Kubitschek; o movimento do marechal Lott, de 11 de novembro de 1955; o suicídio de Vargas, em 1954; e a renúncia de Jânio Quadros, em 1961.

Desde a Questão Militar do Império, passando pela primeira década da República, pela Revolta da Armada, pelo tenentismo, pela Revolução de 1924, pela de 1930, pela de 1932, pela insurreição comunista de 1935, pelo golpe de novembro de 1937 e pelo golpe de 1964, é a primeira vez que o fator militar desaparece da política brasileira, e a hipótese do golpe dos quartéis se torna na prática impensável.

Não se pode atribuir essa tranquilidade à ausência de fatores de desestabilização, que foram às vezes dramáticos: a doença e a morte inesperada do presidente eleito no momento mesmo da transição do regime militar para o civil, o processo de impeachment e afastamento de Collor.

Muito menos se pode alegar que tudo se deve a uma conjuntura econômico-social particularmente favorável. Ao contrário: boa parte dos últimos 25 anos se desenrolou sob o signo da aceleração da inflação, até atingir o limiar da hiperinflação, com o agravamento dos conflitos distributivos.

Em seguida, houve a fase das grandes crises financeiras mundiais (1994-1995, 1997-1998, 2007-2008). Convém não esquecer a coincidência também com as décadas perdidas em matéria de crescimento econômico.

Não faltaram reveses sérios que, em outras épocas, teriam abalado as instituições. Um dos maiores foi o fracasso do Plano Cruzado e dos inúmeros planos que se sucederam, alguns com medidas draconianas, como o confisco da poupança.



continua no post abaixo

Vida longa à Nova República - 2


Por José Serra

Não obstante tais obstáculos, a Nova República conseguiu completar com normalidade uma conquista que permaneceu fora do alcance dos regimes do passado. A alternância tranquila no poder de forças político-partidárias antagônicas provocava sempre a polarização e a radicalização da sociedade brasileira.

São exemplos os períodos de 1954-1955 e, com consequências mais graves, entre 1961 e 1964. Neste quarto de século, a alternância passou a fazer parte das conquistas adquiridas: já ninguém mais contesta a legitimidade das vitórias eleitorais, do processo democrático e do natural desejo dos adversários vitoriosos de governar sem perturbações.


"Neste quarto de século, a alternância de poder passou a fazer parte das conquistas adquiridas: já ninguém mais contesta a legitimidade das vitórias eleitorais, do processo democrático e do natural desejo dos adversários vitoriosos de governar sem perturbações"


O resultado é ainda mais impressionante quando se observa que uma dessas alternâncias aparentemente mais contrastantes foi a chegada ao poder do Partido dos Trabalhadores, encarado, a princípio, se não como força desestabilizadora, ao menos de comportamento radical e deliberadamente à margem na política nacional. Basta lembrar, como exemplo, a decisão do PT de punir seus deputados que votaram em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, e sua recusa em homologar a Constituição de 1988.

O PT, aliás, acabou por ser, por paradoxal que pareça, um dos principais beneficiários dos grandes erros históricos de julgamento que cometeu. Nos dois primeiros casos, porque a eleição do primeiro presidente civil e as conquistas sociais e culturais da Constituição foram os fatores-chave que possibilitaram criar o clima que eventualmente conduziria o partido ao poder. Outros erros históricos seguiram-se àqueles. O partido também se opôs à estabilização da economia brasileira, denunciando com estridência o Plano Real, o Proer e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas soube, posteriormente, colher seus bons frutos.

Este último exemplo, o da estabilização, é especialmente notável. Os governos militares, apesar dos 21 anos de poder discricionário em termos de elaboração de leis e normas, com elevado grau de repressão social e sindical, fracassaram por completo em liquidar a herança da inflação, acelerada na segunda metade dos anos 1950, mas que provinha do fim da II Guerra Mundial.

Pior do que isso: agravaram em muito o problema ao criar a indexação da moeda, que tanto iria complicar o combate à inflação. Ao mesmo tempo, conduziram o país para a gravíssima crise da dívida externa a partir de 1981-1982, dando início a quase uma década e meia perdida no que respeita ao crescimento econômico.

O Brasil, que, segundo os estudos do professor Angus Maddison, havia sido por mais de um século, entre 1870 e 1980, o país de maior crescimento médio entre as dez maiores economias do mundo – EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, China, Índia, União Soviética, Brasil e México –, esqueceu a fórmula do crescimento e passou até a menosprezá-lo, como, aliás, ainda o fazem alguns.

Pois bem, o período de um quarto de século da Nova República, sem repressão nem poderes especiais, conseguiu finalmente derrubar a superinflação. Fez mais: resolveu o problema persistente da dívida externa herdada e até deu começo a uma retomada promissora do crescimento econômico, e à expansão do acesso das camadas de rendimentos modestos ao crédito e ao consumo, inclusive de bens duráveis.

Duas observações acautelatórias se impõem a esta altura. A primeira é que as conquistas da Segunda Redemocratização não foram o resultado de milagres instantâneos. Custaram esforços enormes e, com frequência, só se deram depois de muitas tentativas e erros.

É por isso que o período tem de ser analisado na sua integridade, êxitos e fracassos juntos, já que estes são partes inseparáveis do processo de aprendizagem coletiva, para o qual contribuíram numerosos dirigentes e cidadãos numa linha de continuidade, não de negação e ruptura.

A segunda é que nenhuma conquista é definitiva, nenhum progresso é garantido e irreversível. Assim como não somos escravos dos erros do passado, tampouco devemos crer que a eventual sabedoria dos acertos de ontem se repetirá invariavelmente hoje e amanhã.

É necessário destacar tal aspecto porque a estabilidade, o crescimento e os ganhos de consumo, no que concerne ao panorama econômico-social, ainda não têm garantidas as condições de sustentabilidade no médio e no longo prazos.


"As fases da história não podem ser arbitrariamente datadas a partir de um ou outro governante ao qual queiram alguns devotar um culto de exaltação. Elas só terão coerência se corresponderem a instantes decisivos de mudança institucional: a República, a Revolução de 1930, a Primeira Redemocratização, em 1945, o golpe de 1964, a Segunda Redemocratização ou Nova República"


Nosso dever é, por conseguinte, o de assumir com humildade e coragem a herança desses 25 anos, não para negar o passado, mas para superá-lo, a fim de fazer mais e melhor.

Não é apenas por uma coincidência deste momento com o aniversário dos primeiros 25 anos da Nova República que devemos reclamar essa denominação, injustamente esquecida devido talvez às decepções dolorosas dos primeiros anos, quando a história nos surpreendeu com o desaparecimento prematuro de Tancredo Neves, o galope da superinflação e a renitência do patrimonialismo na vida pública brasileira.
Mas o Brasil mudou para melhor.


A verdade é que os fatos alinhados acima, indiscutíveis na sua consistência e na sua imensa importância, atestam o discernimento e a sabedoria que deram perenidade à obra fundadora dos grandes responsáveis pela Nova República.

E aqui evoco os nomes de alguns que já nos deixaram, além de Tancredo: Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Leonel Brizola, Teotônio Vilela, José Richa, Mário Covas, Sobral Pinto, Raymundo Faoro e Celso Furtado.

O exemplo inspirador de Nelson Mandela está aí para nos mostrar que a grandeza do instante fundador não se esgota naquele momento da partida, mas continua a fazer diferença no futuro.

As fases da história não podem ser arbitrariamente datadas a partir de um ou outro governante ao qual queiram alguns devotar um culto de exaltação. Elas só terão coerência se corresponderem a instantes decisivos de mudança institucional: a República, a Revolução de 1930, a Primeira Redemocratização, em 1945, o golpe de 1964, a Segunda Redemocratização ou Nova República.

A razão não é difícil de compreender e já está presente em Maquiavel:

os fundadores de uma nova ordem na base da virtude em grande parte determinam como haverão de viver os homens e mulheres de acordo com as leis e a Constituição criadas.

O Brasil de hoje tem a cara e o espírito dos fundadores da Nova República: senso de equilíbrio e proporção; moderação construtiva na edificação de novo pacto social e político; apego à democracia, à liberdade e à tolerância; paixão infatigável pela promoção dos pobres e excluídos, pela eliminação da pobreza e pela redução da desigualdade.

É na fidelidade a esse legado que haveremos de manter e superar o que até aqui se tem feito e realizar mais e melhor para o crescimento integral do povo brasileiro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Faz sentido...

Quem será o novo presidente? Serra 45%, Dilma 26%, Ciro 7%, Marina 3%.

IBOPE: SERRA AUMENTOU VANTAGEM

IBOPE COM CIRO: SERRA AUMENTA VANTAGEM SOBRE DILMA!

1. Entre os dias 25 e 29 de janeiro, o Instituto Sensus realizou pesquisa, dando Serra 33,2%, Dilma 27,8%, Ciro 11,9% e Marina 6,8%.

2. O Diário do Comércio de SP divulgou pesquisa Ibope realizada entre 6 e 9 de fevereiro. Serra teve 36%, Dilma 25%, Ciro 11% e Marina 8%. (Agência Estado, 17). No Ibope, Serra amplia a diferença de 5,4 pontos do Sensus para 11 pontos, agora.

3. Na simulação de segundo turno, Serra teria 47%, crescendo 11 pontos, e Dilma 33%, crescendo 8 pontos.

4. A novidade são as altas taxas de rejeição anotadas pelo Ibope: Ciro 41%, seguido por Marina Silva com 39%, Dilma com 35% e Serra com 29%, o que pode significar uma rejeição aos políticos em geral, em função dos escândalos sequenciais que chocam a população.

5. Dos entrevistados, 34% querem continuidade, 29% querem continuidade com mudanças, 25% querem continuidade apenas de alguns programas com muitas mudanças, e 10% querem a mudança total do governo. Estes 35% que querem muitas mudanças ou mudança total, são na verdade a rejeição ao governo Lula, independente de simpatias pessoais por ele. É o número mais alto nesse sentido nos dois últimos anos. Os 34% sinalizam o teto futuro de Dilma.

6. Sem Ciro, Serra ganha no primeiro turno. Serra 41%, Dilma 28%, Marina 10%.

7. São 47% os que dizem ter pouco interesse ou nenhum interesse na eleição para Presidente.

8. Com Ciro, no Norte e Nordeste Dilma bate Serra: 30% a 28% e 33% a 28%.

9. Sem Ciro, Serra bate Dilma no Norte e Nordeste: 33% a 31% e 36% a 35%.

10. O voto pré-decidido: Com Certeza Votaria Nele: Serra 30%, Dilma 20%, Ciro 8%, Marina 6%.

11. Quem será o novo presidente? Serra 45%, Dilma 26%, Ciro 7%, Marina 3%.
FONTE: Ex-blog de Cesar Maia, publicado no link aí em cima

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Lula recusa o convite para o debate que FHC aceitou


O presidente Lula foi formalmente convidado, no dia 11, para um debate com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A resposta acaba de ser transmitida ao repórter Otávio Cabral, da sucursal de VEJA em Brasília, pelo ministro Franklin Martins, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

É a seguinte:

“O presidente Lula, quando deixar a Presidência e se tornar um ex-presidente, aceitará debater com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”.

Se Lula estivesse apenas presidindo o processo sucessório, como costumam fazer em países civilizados chefes de governo em fim de mandato, o convite nem teria existido.

Se tivesse apenas optado por uma candidatura, sem se envolver ostensivamente na disputa, a recusa até seria aceitável.

Como os fatos informam que o presidente se enfiou até o pescoço na campanha que antecipou ilegalmente, a rejeição do convite deixa de fazer sentido.

Sem que ninguém lhe pedisse, Lula decidiu que a candidata seria Dilma Rousseff, nomeou-se Primeiro Cabo Eleitoral, não desce do palanque há seis meses, ataca o antecessor em todos os comícios e repete diariamente que os brasileiros terão de escolher entre o governo FHC e o atual.

Garante que recebeu uma “herança maldita”.

FHC garante que a afirmação é falsa.

Um debate entre ambos seria o caminho mais curto para chegar-se à verdade.

Fernando Henrique topou.

Lula só quer debater em 2011.

A opção pelo monólogo ─ recomendada, aliás, por 10 em 10 militantes governistas que se manifestaram nesta coluna ─ confirma a suspeita de que foi descoberta a kriptonita do SuperLula.


Chama-se FHC.

A mentira...


Muito tempo há que a mentira se tem posto em pés de verdade, ficando a verdade sem pés e com dobradas forças a mentira.

 Fonte: "Obras Escolhidas"
Autor: António Vieira 

A imprensa está proibida de assistir aos debates do Congresso do PT.

Por Lauro Jardim

A imprensa está proibida de assistir aos debates do Congresso do PT. Os repórteres não puderam entrar no auditório nem mesmo durante a esplanação que Dilma Rousseff fez de manhã para delegações estrangeiras.

O secretário de Relações Internacionais do PT, Valter Pomar, partiu para o ataque ao ser perguntado, por uma repórter de O Globo, qual era o motivo da interdição:

- Porque eu estou mandando. Eu também não posso entrar nas reuniões editoriais do Globo. Então, por que vocês têm de entrar na do PT?

Quem é Pomar, o autor da comparação estapafúrdia? Um trecho do que o transparente Pomar já disse sobre o escândalo do mensalão:

- Não uso a palavra mensalão. Quando a expressão foi cunhada pelo Roberto Jefferson, isso dava a idéia de que o PT tinha feito uma grande transgressão.

Mas não houve isso. Houve caixa dois, tráfico de influência, várias coisas, mas não mensalidade para pagar deputado.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ex-ministro Delfim Neto: entrevista concedida ao Valor é ao mesmo tempo assustadora e irresponsável

Saiba o que pode acontecer com a economia em 2010

Por Polibio Braga

Pesquisa Focus (o que o mercado financeiro projeta para 2010)
do Banco Central:
- Inflação, 4,8% (o governo projeta 4,5%).

- PIB, 5,47% (o próprio mercado esperava 5,35%, na última pesquisa).

- Balança comercial – US$ 10 bilhões

- Déficit em conta corrente, US$ 50,5 bilhões.


Nota do editor – Esta entrevista concedida ao Valor, nesta quinta, pelo ex-ministro Delfim Neto, é ao mesmo tempo assustadora e  irresponsável, porque o otimismo revelado ao repórter João Villaverde tem bases tão consistentes quanto as promessas sobre os ganhos imediatos previstos para o pré-sal.

É caso para quem tem fé.

Vai em link pela importância do oráculo dos generais e, agora, do governo do PT.

Escreve o jornal, logo de cara:

“A política cambial brasileira é um desastre, mas sua consequência mais imediata - o aumento do déficit em transações correntes - não assusta.

O país pode crescer 7% ao ano com endividamento externo nos próximos cinco anos e, antes que se torne um problema, o déficit poderá ser resolvido com a entrada dos dólares oriundos das exportações do petróleo do pré-sal, que começarão a fluir a partir de 2015.

O que assusta nesse cenário otimista de crescimento elevado são os efeitos do câmbio valorizado sobre a indústria nacional.

Essa é a avaliação do economista Antônio Delfim Netto, professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e ex-ministro da Fazenda e do Planejamento”


CLIQUE AQUI  
para ler a longa entrevista

PAPA CONDENA NOVAMENTE A 'TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO'

NO DISCURSO DO PAPA BENTO XVI AOS PRELADOS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL DOS BISPOS DO BRASIL DOS REGIONAIS SUL 3 E SUL 4 EM VISITA
«AD LIMINA APOSTOLORUM», proferido em 05-12-2009,
o Papa BENTO XVI, volta a CONDENAR a ‘Teologia da Libertação’.

DESTACO:
Neste sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25 anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e metodologias provenientes do marxismo.

As suas seqüelas mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda, criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de forças vivas. Suplico a quantos de algum modo se sentiram atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução, acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo que «a regra suprema da fé [da Igreja] provém efetivamente da unidade que o Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de maneira independente» (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55).

Que, no âmbito dos entes e comunidades eclesiais, o perdão oferecido e acolhido em nome e por amor da Santíssima Trindade, que adoramos em nossos corações, ponha fim à tribulação da querida Igreja que peregrina nas Terras de Santa Cruz
.


CONFIRA AQUI:

PARA DEMOCRACIA, É VITAL SER CONTRA LULA

PARA DEMOCRACIA,

É VITAL SER CONTRA LULA

O presidente Lula da Silva pensa que popularidade é patente que consente tudo. Esta deve ser a razão que o leva a desrespeitar as leis eleitorais e usar dinheiro público a rodo para montar palanques ilegais pelo país afora com um só objetivo: sabotar a alternância de poder no Brasil.

Não podemos perder de vista que a operação levada a cabo para dar fim à rotatividade democrática, além de ilegal, é profundamente imoral. Fiel ao estilo de Chávez, Lula da Silva está minando o Estado de Direito, sem se importar com o destino do pais.

Nada desculpará os métodos deste governo e os danos que fazem ao Estado de direito. Para a democracia, é vital contrariar Lula da Silva e organizar a resistência democrática e republicana ao projeto do Governo de perpetuar-se no poder.

Blog DEM

Serra lidera a escalada ao Planalto

Ibope/DC:
Serra lidera a escalada ao Planalto

Sergio Kapustan
Diário do Comércio

A primeira pesquisa Ibope/Diário do Comércio deste ano revela o governador paulista, José Serra (PSDB), na liderança da escalada ao Palácio do Planalto. De acordo com os números, apesar de não se declarar sequer ser pré-candidato, o tucano venceria no primeiro e segundo turnos a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), sua adversária direta e em franca campanha.

Na simulação com três candidatos – Dilma Rousseff, Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV) – o tucano tem 36% das intenções de voto e a petista 25%. Em terceiro lugar está o deputado federal Ciro com 11%, seguido da ex-ministra do Meio Ambiente com 8%.

Na simulação sem Ciro, a situação para Serra melhora ainda mais. O governador tem 41% das intenções, Dilma 28% e Marina 10%. Os votos de Ciro migrariam para Serra (5%), Dilma (3%) e Marina (2%).

Nesse cenário, o candidato tem a maioria de votos – 41% contra 38% – e se elegeria no primeiro turno. No cenário com Ciro, haveria obrigatoriamente o segundo turno, mas a vitória também seria do tucano: 47% contra 33%.

De acordo com a legislação brasileira, o candidato eleito será aquele que somar 50% dos votos mais um, excluído os votos brancos e nulos.
Consolidação tucana

– Para a diretora executiva e de planejamento do Ibope, Márcia Cavallari, os dados da pesquisa revelam a consolidação da liderança do tucano, que mostra-se irredutível em se lançar candidato agora, e a probabilidade de a eleição acabar no primeiro turno.

A retirada da candidatura de Ciro Gomes causaria um efeito exatamente oposto ao que espera o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado socialista, que vem recebendo insistentemente a proposta de apoio do PT para se lançar candidato ao governo do Estado de São Paulo, para não prejudicar a candidatura de Dilma, vem se mantendo firme na decisão de disputar a Presidência da República.

E para subir nas pesquisas, o PSB aposta no programa eleitoral que irá ao ar hoje, no horário nobre, em rede nacional de televisão, em que Ciro Gomes é a atração principal.
Fator Ciro

– De acordo com a diretora do Ibope, o deputado do PSB é uma peça fundamental no jogo eleitoral, pois sem ele a eleição ficará restrita a Serra e Dilma, consolidando a polarização PSDB-PT, com vantagem para o tucano, como atestam os números do levantamento.

"A probabilidade de a eleição acabar no primeiro turno aumentou", reforça a especialista, lembrando que o pleito está em aberto.

Uma pesquisa anterior do Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em novembro do ano passado, mostrou Serra com 38% das intenções de voto, seguido de Dilma Rousseff com 17%, Ciro Gomes com 13% e Marina Silva com 6%.

Ao comparar os dois levantamentos, Márcia Cavallari observa que Serra mostrou-se estável e Dilma mostrou crescimento.

"Houve uma subida da Dilma, mas a oscilação de Serra está dentro da margem de erro, de 2%, e ele ainda é o favorito. Sem fazer campanha, a candidatura Serra está estável", reforça.

O Ibope registrou também o potencial de crescimento de votos dos principais candidatos. Serra registrou 64% e Dilma 49%.

Este porcentual é calculado somando os entrevistados que disseram votar, com certeza, em um dos candidatos e os que responderam que poderiam votar. Um total de 29% responderam não votar em Serra de jeito algum e 35% que não votariam em Dilma.

A pesquisa foi realizada com 2.002 eleitores a partir dos 16 anos entre os dias 6 a 9 de fevereiro, em 144 municípios de todo o Brasil.

O intervalo de confiança estimado é de 95% e a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Esta pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral, sob o protocolo nº 3196/2010.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O novo simbolo do PT

As revelações de Jair Krischke

As revelações de Jair Krischke
Page 1

Enviado por Depoimento a Henrique Júdice Magalhães Veterano lutador contra o terrorismo de Estado na América do Sul, Jair Lima Krischke preside o Movimento de Justiça e Diretos Humanos (MJDH), sediado em Porto Alegre.


Ex-funcionário do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), ele teve atuação decisiva no deslinde do sequestro dos uruguaios Universindo Díaz e Lilian Celiberti por militares do país vizinho em conluio com autoridades brasileiras, ocorrido em 1978, na capital gaúcha.

De lá para cá, investigou e registrou vários casos semelhantes, compondo, a partir deles, um valioso arquivo. No início de junho, Jair recebeu a reportagem de AND para uma conversa na sede o MJDH, no centro de Porto Alegre, dando origem à primeira de uma série de reportagens. Eis seu teor.

1. Os mentores brasileiros da Operação Condor

"A Operação Condor foi criada, oficialmente, em uma reunião realizada em Santiago, em novembro ou dezembro de 1975. Nessa reunião, estavam presentes representantes dos governos da Bolívia, Paraguai, Chile, Uruguai e Brasil."

"Os mentores eram os brasileiros.

O embaixador do Brasil em Santiago, Antonio Câmara Canto, era amicíssimo de vários oficiais chilenos, como o general Sérgio Arellano Stark (Nota do Autor: comandante da chamada "Caravana da Morte", estopim da prisão de Pinochet no Chile, ocorrida em 2006).

Camara Canto deixou a embaixada, por causa da saúde, em setembro de 1975 e foi acompanhado até o aeroporto por um cortejo de militares chilenos. É impossível que não tivesse participado da preparação desse encontro."

Precedentes

"A reunião de 1975 serviu, na verdade, como uma formalização do que já havia. Em 1971, por exemplo, houve aquele plano do governo militar brasileiro de invadir o Uruguai — a "Operação 30 Horas", denunciada pelo Paulo Schilling (NA: economista e jornalista, então colaborador de Leonel Brizola) e pelo coronel do Exército Brasileiro Dickson Grael.

A Operação 30 Horas só não aconteceu porque o resultado das eleições uruguaias acabou sendo favorável aos interesses dos autores do plano (NA: mediante fraude eleitoral, que levou ao governo Juan Maria Bordaberry em lugar do legitimamente eleito, Wilson Ferreira Aldunate, que, embora não fosse o alvo principal das ambições intervencionistas do regime de 64 — que recaíam, antes de tudo, sobre a possibilidade de vitória do candidato da Frente Ampla, general Líber Seregni — tampouco era palatável aos interesses que comandaram os golpes de 1964, no Brasil, e 1973, no Uruguai).

Anos depois, um general brasileiro, Ruy de Paula Couto, disse que aquele plano havia sido elaborado a pedido dos uruguaios..."

"Sobre a Operação 30 Horas, existem documentos norte-americanos desclassificados que contam tudo. Médici foi a Washington D.C. na época e entrevistou-se com Nixon e Kissinger sobre o assunto."

"No dia 11 de setembro de 1973, a embaixada brasileira em Santiago — um prédio muito bonito — amanheceu em festa, com as luzes acesas. O embaixador Camara Canto foi um dos homens-chave na preparação do golpe no Chile e era chamado por alguns "o quinto homem da junta" (NA: ao lado dos quatro comandantes militares — Pinochet, Leigh, Merino e Mendoza).

Antes mesmo do golpe, o SNI operava clandestinamente no Chile, acobertado pela embaixada, infiltrando-se entre os exilados e empreendendo ações para desestabilizar o governo Allende.

Naquela época, havia mais de 5 mil brasileiros exilados no Chile. Nos primeiros dias do golpe, havia uns cem brasileiros presos no Estádio Nacional e há relatos de que militares brasileiros participavam das torturas que ocorriam ali."

Militares visados

"Além disso, há vários casos em que se adotava já, desde muito antes de 1975, o modus operandi típico da Operação Condor.

O coronel brasileiro Jefferson Cardim Osório (NA: ligado a Leonel Brizola, o coronel Cardim Osório havia comandado uma tentativa de levantamento guerrilheiro no interior do Rio Grande do Sul, em 1965) foi sequestrado em Buenos Aires junto com seu filho; os dois foram levados, clandestinamente, para o Rio de Janeiro num avião da FAB (Força Aérea Brasileira). Isto em 1970."

"Outro caso foi o do major Joaquim Pires Cerveira (NA: ex-membro do Partido Comunista, à época militante da Frente de Libertação Nacional).

O major Cerveira foi sequestrado em Buenos Aires junto com um estudante, João Batista Rita Pereda, em dezembro de 1973, e entregue ao embaixador brasileiro. Morreram sob tortura, no DOI-CODI do Rio."

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24 January, 2010
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"A menção às patentes de Cardim e Cerveira não é casual. Os militares que se opuseram ao regime de 64 eram especialmente visados."

Passando recibo

"Outro nome importante nos precedentes da Operação Condor é o do embaixador Pio Corrêa, que representou o Brasil no Uruguai e na Argentina no fim da década de 1960 e foi o chefe de um serviço secreto clandestino que havia sido criado no Itamaraty.

Corrêa recebia pessoalmente, das mãos de agentes do Estado argentino, brasileiros sequestrados e colocava-os em aviões da FAB, que iam buscá-los no aeroporto de Ezeiza para levá-los ao Brasil.
O embaixador passava até recibo da entrega dos prisioneiros."

2. Assassinatos seletivos

"Entre 1976 e 77, num curto espaço de tempo, várias lideranças políticas importantes, opositoras aos regimes militares de seus países, morreram em circunstâncias misteriosas: João Goulart, Juscelino Kubitschek, Orlando Letelier (NA: chileno, ex-chanceler de Allende), Zelmar Michelini (NA: uruguaio, ex-presidente do Senado), Héctor Gutiérrez Ruiz (NA: uruguaio, ex-presidente da Câmara dos Deputados), general Juan José Torres (NA: boliviano, ex-presidente de seu país).

Wilson Ferreira Aldunate também estava marcado para morrer junto com Michelini e Gutiérrez Ruiz, mas escapou a tempo. Houve também o atentado contra o ex-vice-presidente chileno Bernardo Leighton, ocorrido em Roma, em 1976."

"Todos esses casos estão no âmbito da Operação Condor.

É coincidência demais que todas essas figuras, que representavam ameaças reais aos regimes militares da época, tenham morrido em tão curto espaço de tempo, todas de forma mal-explicada. Se alguém ainda tem dúvida disso, é porque as pessoas nem sempre analisam os fatos em seu devido contexto. Pode até ser que, tomando cada caso desses isoladamente, ainda desse para ter dúvida. Olhando o conjunto, não."

"O que acontece é que esses regimes militares haviam sido instaurados e faziam tudo com o apoio dos americanos e, em 1976, é eleito o Carter, com um discurso contrário a tudo isso.

Então, eles ficam preocupados com o que poderia acontecer e resolvem agir rápido para limpar o terreno. Imagine se João Goulart volta ao Brasil, o que poderia acontecer..."

"Todos esses líderes eram monitorados dia-e-noite.

Houve uma reunião em Buenos Aires, em 1976, entre Jango, Torres e Michelini, que está rigorosamente descrita num documento do serviço secreto uruguaio. Eles infiltravam agentes."

Os tentáculos da P-2

"O assassinato do Letelier, que ocorreu em Washington D.C., território americano, teve a participação decisiva dos gusanos (NA: a máfia cubana de Miami) e de ex-marines. Causou um grande mal-estar, porque os americanos permitem que se faça isso tudo, mas não no território deles. Eles querem a sujeira lá longe."

"No caso do atentado contra o Bernardo Leighton, houve colaboração da ultradireita italiana e estamos investigando a provável participação da P-2 (NA: loja maçônica integrada por proeminentes membros do mundo político e empresa rial italiano, envolvida em episódios como o sequestro e assassinato do primeiro-ministro da Itália, Aldo Moro, em 1978; a misteriosa morte do papa Albino Luciani, conhecido como João Paulo I, ocorrida no mesmo ano; e a falência fraudulenta do Banco Ambrosiano, pertencente à Santa Sé, em 1982).

O Massera (NA: Emilio Massera, almirante, membro da junta militar argentina de 1976) era membro destacado da P-2. Sabe-se que a P-2 tinha interesses financeiros na América do Sul, que passavam por uma agência do Banco Ambrosiano que havia em São Paulo".


3. Os crimes da "abertura"

"Em 1980, houve dois casos de sequestro de argentinos em território brasileiro — um no Rio de Janeiro, outro em Uruguaiana (RS). Horacio Campiglia e Monica Pinus de Binstock foram sequestrados no aeroporto do Galeão, em 12 de março de 1980 — preste bem atenção na data — e entregues à ditadura argentina. Quando um juiz italiano pediu a extradição dos envolvidos no caso, o ministro Tarso Genro, imediatamente, saiu falando em anistia.
 

Acontece que a anistia foi em 1979 e não abrange crimes cometidos depois dela; ela não se projeta para o futuro. Aí o ministro falou em prescrição.
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24 January, 2010


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Só que também não tem prescrição, porque é sequestro, e está em curso: eles estão desaparecidos, os corpos não foram encontrados, não estão oficialmente mortos. Então é sequestro, e ainda em andamento."

"Em 1983, nós demos um jeito de trazer o Wilson Ferreira Aldunate e o filho dele, o Juan Raúl, a Porto Alegre, para facilitar a comunicação deles com seus aliados uruguaios. Inventamos um seminário e ele veio com um convite da Assembléia Legislativa.

Pois bem: o Wilson foi monitorado o tempo inteiro durante essa visita.

Os arquivos do serviço secreto uruguaio têm até a transcrição das conversas dele no hotel; eles usavam escuta ambiental. Ora, militares só agem em outro país autorizados por seus pares. O regime militar uruguaio não combinou isso com o delegado Pedro Seelig, assim como não foi com ele que combinaram o sequestro do Universindo e da Lilian. Ele era só um elemento subalterno. A autorização veio de cima, era uma conversa entre exércitos e entre governos."

Os arquivos do terrorismo de Estado

"Eu tive acesso a esses documentos no Uruguai, junto ao ministério das Relações Exteriores de lá. Ali consta tudo. E consta inclusive uma coisa muito interessante. Dizem que no Brasil não existem mais documentos da Operação Condor, que foram queimados.

Pois é mentira.

Existe um padrão internacional: nenhum serviço secreto, por mais vagabundo que seja, queima suas informações. Essa história é mentira e eu provo!

Os arquivos do DOPS gaúcho supostamente foram queimados em 1982, não é? (NA: nesse ano, o governo do RS anunciou que havia eliminado esses arquivos)

Pois nesses documentos do serviço secreto uruguaio — que são de 1983 — consta a cópia da ficha do Régis Ferretti (NA:militante comunista gaúcho, recentemente falecido) no DOPS, inclusive com anotações de 83.

Isso mostra que os uruguaios tiveram acesso às fichas do DOPS e que os arquivos não foram queimados. Queimaram as fichas, mas está tudo em microfilme. Está no Comando Militar do Sul, no 5º andar."


O último crime?

"O último caso típico da Operação Condor é o do (Eugenio) Berrios.
O Berrios era um químico da DINA (N do A: polícia política chilena), que foi encarregado de produzir gás sarin para o assassinato do Letelier.

Como ele não conseguiu, usaram o método tradicional mesmo: uma bomba.

Em 1993, ele foi sequestrado em Buenos Aires e levado a Montevideo, onde foi mantido confinado num apartamento, sob custódia de dois oficiais chilenos.

O Berrios era considerado por eles o elo fraco; era alcóolatra, podia abrir a boca de uma hora para outra. No Uruguai, ele conseguiu fugir e foi a uma delegacia de polícia dizendo que o Pinochet queria matá-lo.

Os chilenos disseram que ele era louco; o delegado mandou ele fazer um exame e o médico disse que não era louco coisa nenhuma. Então, os chilenos telefonaram para um coronel uruguaio que tira o Berrios da delegacia. Ele nunca mais foi visto, até que, dois anos depois, durante uma escavação para uma obra nos arredores de Montevideo, encontram uma ossada e o seu relógio."

"Não se sabe o que aconteceu exatamente com a estrutura da Operação Condor após o fim dos regimes militares.

Os brasileiros eram mestres em não deixar digitais. Sabe-se que o aparato de informações da Operação Condor continua existindo; isto está numa ata de uma das últimas reuniões dos exércitos americanos, ocorrida em Mar del Plata."

"Sabe-se também que ainda há relações de colaboração entre órgão de segurança. A DEA (Drugs Enforcement Administration) norte-americana paga a alguns agentes da Polícia Federal brasileira mais que a própria Polícia Federal para que eles não deixem a droga ir para lá.

A formação e os critérios de atuação das polícias brasileiras ainda são aqueles estabelecidos na repressão: as PMs são consideradas forças auxiliares do Exército e têm o serviço reservado, a PM2 — isto é, a Doutrina de Segurança Nacional ainda está presente."


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