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sábado, 26 de setembro de 2009

A vocação para a servidão

Retira-se a águia - coloca-se o pintinho bravo

Por Gracias a La Vida
Entende-se o empenho de Chávez. Está no papel dele.

Seu objetivo é recuperar o milionário investimento feito em Zelaya.

Mas o que levou o governo brasileiro a agir como coadjuvante do expansionismo chavista na América Latina?

Em que o interesse nacional brasileiro foi servido ao se abrirem as portas da missão ao fantoche de Chávez na América Central?

Em nada.

Apoiar Zelaya não significa defender a democracia.

Significa apoiar a ditadura de Chávez.

Concertar com Chávez a encenação da semana passada em Tegucigalpa serviu apenas aos interesses eleitoreiros do partido de Lula.

Como ocorreu com o regime militar, o lulismo também passará.

Ao Brasil, porém, sobrará, como em 1965, a duradoura e melancólica imagem de lacaio - desta vez não do Tio Sam, mas do Tio Chávez.

106 bi de juros

106 bi de juros
106bi
Esse foi o montante que o setor público consolidado (Banco Central, INSS, Tesouro Nacional, estados, municípios e estatais federais e estaduais) torrou este ano em pagamentos de juros.

Somente no mês de julho foram quase 19 bilhões de reais.

Também em julho foi produzido o maior superávit primário desde 1991.


Foram mais de 12 bilhões de reais que deixaram de ser investidos e foram desviados para o ralo do pagamento de juros da dívida.

Arremessado por Incendiário

Prefeituras do PT recebem mais dinheiro da Petrobras

Auditoria do TCU
O Globo


Uma auditor
ia do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que prefeituras do PT foram as que mais receberam verbas da Petrobras por renúncia fiscal para projetos de proteção da infância e da adolescência:

R$ 38,8 milhões de 2003 a 2008. 

Como mostra reportagem de Leila Suwwan publicada na edição deste domingo no GLOBO, fiscais do TCU compararam os valores recebidos por municípios que estão nas mãos de outros três grandes partidos: PMDB, PSDB e DEM.

Os petistas lideraram, mesmo com o menor número de prefeituras.



O relatório preliminar, porém, é cauteloso em falar sobre critério político, já que na comparação entre repasses e população o PT fica em último lugar, com repasse per capita de R$ 3,19. A Petrobras nega qualquer tipo de favorecimento.



Hoje, cabe à diretoria da estatal, loteada entre partidos aliados, decidir o destino dos recursos do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA).

Segundo os quesitos oficiais para receber os recursos, é preciso ter um conselho municipal temático, a situação de vulnerabilidade de crianças e jovens, a viabilidade da proposta e o Índice de Desenvolvimento Humano.

A fiscalização do TCU aconteceu entre abril e julho deste ano. Os auditores analisaram processos no valor de R$ 270,9 milhões distribuídos pelo FIA e por convênios. O tribunal comparou o total recebido pelos conselhos municipais e identificou qual partido governava a cidade a cada ano. O documento ainda será votado no plenário do TCU. 

Globo

Resumo da semana em que Chavez fez Lula de bobo

Resumo da semana em que Chavez fez Lula de bobo

Lula Marques/Folha


Até bem pouco, sabia-se que Lula dispunha de dois chanceleres. Havia o oficial, Celso Amorim. E o paralelo, Marco Aurélio Garcia.

Ganhou um terceiro: o plenipotenciário Hugo Chávez. Empurrou a diplomacia brasileira para o epicentro da crise institucional de Honduras.

Apeado do poder e expulso de seu país em junho, Manuel Zelaya retornou a Tegucigalpa graças a uma operação secreta financiada por Chávez.

Buscou refúgio na embaixada do Brasil, não na da Venezuela. Por quê? Esperteza do neochanceler Chávez.

Num primeiro momento, o governo brasileiro fez o que lhe cabia. Abriu as portas da embaixada para Zelaya. Depois, sobreveio a lambança.

Caberia ao Brasil:

1. Conceder a Zelaya, um presidente eleito e golpeado, o status de asilado político.

2. Requerer um salvo-conduto para que Zelaya pudesse viajar sem sofrer constrangimentos.

3. Recepcionar Zelaya no Brasil, com deferência, fidalguia e honrarias.

Deu-se, porém, coisa diversa. A diplomacia brasileira rendeu-se à trama urdida pelo pseudochanceler Chávez.

Em vez de asilado, Zelaya ganhou o inusitado status de albergado numa embaixada sem embaixador.

Além da mulher, Xiomara Castro e filhos, arrastou para dentro da representação diplomática brasileira mais de 300 sequazes (!!!). Alguns deles armados. Hoje, há 70 (!!).

Fez do prédio um palanque. Discursou para simpatizantes, deu uma entrevista atrás da outra. Numa palavra: açulou os ânimos.

Ou, por outra, converteu a embaixada do Brasil num misto de hospedaria e comitê político. À luz do direito internacional, uma flagrante ilegalidade.

O governo golpista de Roberto Micheletti respondeu com o inaceitável aos absurdos de Zelaya, consentidos pelo Brasil.

Submeteu a embaixada, um pedaço do território brasileiro em Honduras, a um cerco militar. Mandou cortar a água, a luz e o telefone. Rasgou a convenção de Viena.

Não restou a Lula e a Amorim senão subir o tom. Súbito, como idealizara Chávez, o Brasil estava metido no miolo de um insondável que já produziu dois cadáveres.

A julgar pelo que disseram Lula, o chanceler oficial Amorim e o paralelo Marco Aurélio Garcia o envolvimento brasileiro foi involutário.

O governo recorreu, em uníssono, ao velho bordão do “eu não sabia”. Por essa versão, Zelaya materializara-se na embaixada sem aviso prévio.

Em nota, o golpista Micheletti refutou. Citando entrevista em que Zelaya dissera ter consultado Lula e Amorim, acusou o Brasil de “intromissão” indevida.

E Lula, em timbre peremptório: "Vocês vão ter que acreditar num golpista ou em mim”.

Zelaya estivera em Brasília no dia 12 de agosto. Voara em asas providas por Chávez. Estivera no Senado. Discursara em plenário, sob densa e irrestrita solidariedade.

Lula recebera-o em audiência. Dera-lhe respaldo moral. Estabelecera com ele um vínculo pessoal.

Àquela altura, Zelaya já cultivava a idéia de retornar a Honduras. Já havia empreendera duas tentativas, sem sucesso.

Admita-se, porque é de justiça, que Zelaya não tenha dito nada a Lula sobre o plano secreto que o devolveria a Honduras 40 dias depois.

Aceite-se como razoável a tese de que tampouco Chávez, mentor e provedor de Zelaya, tenha feito qualquer tipo de aviso ao companheiro Lula.

Nesse caso, ao dizer que “não sabia”, além de pronunciar uma verdade, Lula reivindica para si o papel de bobo.

Um bobo involuntário que, submetido à astúcia companheira de Chávez, permitiu que o Brasil migrasse da condição de nação solidária à de personagem da crise.

Meteu-se numa encrenca complexa, que cabe aos hondurenhos resolver. Ardem no caldeirão da crise um par de certezas.

Eleito, Zelaya foi deposto. Sem votos, Micheletti usurpou-lhe o cargo. Por qualquer ângulo que se olhe, é indubitável que houve em Honduras um golpe. Ponto.

Os adversários de Zelaya alegam que deram um contragolpe. Inspirado em Chávez, o presidente urdira um plebiscito para se perpetuar no poder.

Reeleição de presidente é coisa que a constituição de Honduras veda numa cláusula pétrea, imutável. O plebiscito fora proibido pela Justiça. Zelaya dera de ombros.

Diante de um enredo assim, tão desprovido de mocinhos, o ideal seria a celebração de um acordo.

No papel de mediador, o premio Nobel Oscar Arias esboçou uma proposta. Zelaya retornaria ao cargo. E o plebiscito iria ao arquivo.

Honduras escolheria seu novo presidente na eleição prevista para novembro. O Brasil ficaria mais bem posto na foto se houvesse mantido o distanciamento regulametar.

Mas Lula preferiu o papel de bobo.

Até aqui, a lambança diplomática produziu duas vítimas vítimas fatais e um punhado de feridos.

Torça-se para que não vire tragédia.

Como assim?


Charge do dia...


A cara do governo Lula...













Mundo animal....

De deixar tuiuiú eriçado
Cuidado com o governador de Mato Grosso do Sul: ele gosta de atacar como um jacaré de goela aberta


Fabio Portela na Veja

Imagem: Fabio Motta/AE

"Ele é v... e fuma maconha. Se viesse
aqui, eu ia correr atrás dele e estuprar
em praça pública."
André Puccinelli, governador de Mato Grosso do Sul,
sobre o ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente



Alan Marques/Folha Imagem

"O governador devia examinar com
carinho o homossexualismo que
existe dentro dele e aceitar isso
com mais razoabilidade."
Carlos Minc, em resposta a Puccinelli


Se o leitor é daqueles que acreditam que a política brasileira já produziu toda baixaria possível, engana-se.

Sempre surge alguém disposto a nos lembrar que o fundo do poço pode estar muito, muito mais embaixo.

Foi o que aconteceu na semana passada, em Mato Grosso do Sul.

O governador do estado, André Puccinelli, do PMDB, produziu a mais preconceituosa e destrambelhada declaração pública dos últimos anos.

Ele estava furibundo porque o governo federal limitou a área do Pantanal que pode ser ocupada por plantações de cana-de-açúcar.

A medida é boa para a preservação da natureza, mas, na visão de Puccinelli, atrapalhará a economia local.

Com a sutileza de um jacaré de goela aberta, ele atacou o responsável pela restrição, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

"Ele é veado e fuma maconha. Se viesse aqui, eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública", disse o governador a jornalistas, em seu gabinete.

Minc, que é casado desde 1974, mas se orgulha de defender todos os tipos de diversidade, tanto a vegetal quanto a sexual, não tolerou a ofensa calado.

Retrucou que a ameaça de estupro de Puccinelli revelava um gay enrustido.

O ministro começou com ironia:

"O governador tem uma visão interessante do homossexualismo: eu é que sou veado, mas ele é quem quer me estuprar".


Depois, enveredou pela psicologia:

"Freud explica que algumas pessoas que têm o homossexualismo enrustido tentam matar o homossexual que há dentro de si".


Por fim, soltou também o seu lado jacaré de goela aberta:

"O governador devia examinar com carinho o homossexualismo que existe dentro dele e aceitar isso com mais razoabilidade. Ele pode sair do armário que nós defendemos todos os homossexuais, assumidos ou enrustidos".


“República de bananas” ou “República bananeira”


Honduras - República de Bananas 

Por Merval Pereira

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e o protoditador venezuelano Hugo Chávez encarregaram-se em questão de poucas horas de desmontar a versão oficial de que as autoridades brasileiras nada sabiam sobre a sua estratégia de regressar ao país e abrigar-se na embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Falando à rádio Jovem Pan, o presidente deposto, Manuel Zelaya, disse que a escolha da representação diplomática brasileira foi uma “decisão pessoal”, depois de consultas feitas ao presidente Lula e ao chanceler Celso Amorim.

Já Chávez revelou, rindo, como “enganou” todo mundo, monitorando a viagem de Zelaya através de um telefone via satélite, e que quando todos esperavam que o presidente deposto estaria em Nova York, para a reunião da ONU, ele “se materializou” na embaixada brasileira.

A reboque da estratégia bolivariana, o governo brasileiro está participando de uma farsa política com ares de “república de banana”, só que dessa vez o papel de interventor não é dos Estados Unidos, mas do Brasil, conivente com a irresponsabilidade de Chávez.

Um advogado paulista, Lionel Zaclis, doutor e mestre em Direito pela USP, publicou no site “Consultor Jurídico” um estudo detalhado sobre o processo de destituição do presidente hondurenho, à luz da Constituição do país, e chegou à conclusão de que não houve golpe de Estado.

Segue um resumo de seu relato:

“De acordo com a Constituição de Honduras, como destacamos aqui ontem, o mandato presidencial tem o prazo máximo de quatro anos (artigo 237), vedada expressamente a reeleição. Aquele que violar essa cláusula, ou propuser-lhe a reforma, perderá o cargo imediatamente, tornando-se inabilitado por dez anos para o exercício de toda função pública.” 


“(...) Em 23 de março de 2009, o presidente Zelaya baixou o Decreto Executivo PCM-05-2009, estabelecendo a realização de uma consulta popular sobre a convocação de uma assembleia nacional constituinte para deliberar a respeito de uma nova carta política.”

“(...) Em 8 de maio de 2009, o Ministério Público promoveu, perante o ‘Juzgado de Letras Del Contencioso Administrativo’ de Tegucigalpa, uma ação judicial contra o Estado de Honduras, pleiteando a declaração de nulidade do decreto (...).”

“(...) E, como tutela antecipatória, que foi aprovada, requereu-lhe a suspensão dos efeitos, sob o fundamento de que produziria danos e prejuízos ao sistema democrático do país, de impossível ou difícil reparação, e em flagrante infração às normas constitucionais e às demais leis da República, para não falar dos prejuízos econômicos à sociedade e ao Estado, tendo em vista a dimensão nacional da consulta.”

“(...) Em 3 de junho, o Juizado proibiu o presidente Zelaya de continuar a consulta. Contra essa decisão, impetrou ele um Recurso de Amparo — similar ao nosso Mandado de Segurança — perante a Corte de Apelações do Contencioso Administrativo, o qual foi rejeitado em 16 de junho.”

“(...) Assim, o Juizado do Contencioso Administrativo expediu, no dia 18 de junho, uma segunda ordem contra o presidente, tendo uma terceira sido expedida nesse mesmo dia.

Em virtude dessa desobediência, o promotor-geral da República ofereceu, perante a Suprema Corte, denúncia criminal contra o presidente Zelaya, sustentando configurar sua conduta crimes de atentado contra a forma de governo, de traição à pátria, de abuso de autoridade e de usurpação de funções, em prejuízo da administração pública e do Estado.”

“(...) A Suprema Corte aceitou a denúncia em 26 de junho, com fundamento no art. 313 da Constituição e designou um magistrado para instruir o processo.
Foi decretada a prisão preventiva do denunciado, com o que foi expedido mandado de captura, cujo cumprimento ficou a cargo do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.”

“(...) No mesmo dia, o Juizado de Letras do Contencioso Administrativo deu ordem às Forças Armadas para suspender a consulta pretendida pelo presidente Zelaya e tomar posse de todo o material que nela seria utilizado.”

“(...) O presidente Zelaya, então, ordenou ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas que distribuísse o material eleitoral de qualquer modo, porém o último, invocando a ordem judicial, se negou a fazê-lo, ao que foi destituído, tendo, em seguida, impetrado junto à Suprema Corte um recurso de amparo para ser reconduzido ao cargo.”

“(...) Em 25 de junho a Suprema Corte cassou o ato do presidente Zelaya, sob o fundamento de que a remoção do chefe do Estado Maior das Forças Armadas constitui ato privativo do Congresso Nacional nos termos do artigo 279 da Constituição.” “Uma frase famosa na diplomacia brasileira é a do chanceler do governo Geisel Azeredo da Silveira, que vivia repetindo: “O Brasil não pode dar a impressão de que é uma Honduras”.


A preocupação tinha sentido:

Honduras é o país inspirador do termo “República de bananas” ou “República bananeira” cunhado pelo escritor americano O. Henry, pseudônimo de William Sydney Porter, que, no livro de contos curtos Cabbages and Kings, (Repolhos e Reis) de 1904, usou pela primeira vez a expressão, que passou a designar um país atrasado e dominado por governos corruptos e ditatoriais, geralmente na América Central.

O principal produto desses países, a banana, era explorado pela famosa United Fruit Company, que teve um histórico de intromissões naquela região, especialmente Honduras e Guatemala, para financiar governos que beneficiassem seus interesses econômicos, sempre apoiado pelo governo dos Estados Unidos.

A cláusula pétrea da Constituição de 1982 de Honduras tinha justamente o objetivo de cortar pela raiz a possibilidade de permanência no poder de um presidente, pondo fim à tradição caudilhesca no país.

O Globo

Lula quer garantir um candidato oficial no segundo turno. Mas quem?

O número 2 de Lula

Preocupado com a queda de Dilma Rousseff, o governo revê sua estratégia para 2010 e decide incentivar uma segunda candidatura chapa-branca – a do deputado Ciro Gomes
Otávio Cabral
                             

Fotos Sergio Dutti/AE

DIVISÃO DE TAREFAS
Dilma seguirá o roteiro de herdeira de Lula, enquanto Ciro se encarregará de atacar os tucanos: o compromisso fechado com o presidente é que não haja fogo amigo entre seus aliadosm Para o presidente Lula, eleger o sucessor em 2010 é uma obsessão. 

Ele é dono de índices espetaculares de aprovação, coleciona comendas mundo afora e está convicto de que a história do Brasil será dividida entre os períodos a.L. e d.L. – antes de Lula e depois de Lula.

A derrota nas urnas de um herdeiro político não cabe nesse currículo. 

Há mais de seis meses o presidente está em campanha apresentando nos palanques sua candidata, a ministra Dilma Rousseff. 

Até agora, porém, a fama de eficiente dela e a popularidade dele não têm se transformado em intenções de voto no volume esperado. 

O que parecia ser a receita correta para o continuísmo está se mostrando um fracasso na prática. 

Diante do quadro até agora desfavorável, Lula pôs em andamento um plano alternativo. 

O governo decidiu dividir as bênçãos da aprovação plebiscitária de Lula entre Dilma e um segundo nome identificado com a atual administração – o deputado Ciro Gomes, do PSB.
OBSESSÃO


Lula quer garantir um candidato oficial no segundo turno.

"O Brasil passou à condição de refém de Zelaya. Ele jamais quis nossa proteção, tudo o que quer é usar a embaixada como palanque eleitoral" disse o embaixador Marcos Azambuja

O pesadelo é nosso

Na contramão da tradição diplomática nacional, o Brasil se intromete na política interna de outro país e o faz da pior maneira possível:

como coadjuvante de Hugo Chávez


Edgard Garrido/Reuters

Lula tem na política o instinto matador que caracteriza os grandes artilheiros do futebol tão admirados por ele.
Na semana passada, essa habilidade abandonou o presidente da República.

Ele esteve em Nova York para discursar na abertura da 64ª Assembleia-Geral da ONU, palco privilegiado para fazer aquilo de que mais gosta e que faz como poucos: enaltecer o Brasil aos olhos do mundo.

Em sua fala, Lula assinalou os avanços no uso de energias limpas no Brasil e mesmerizou os burocratas internacionais com ataques à caricatura do mercado onipotente.



Ficou nisso.
A maior parte do tempo passado sob os holofotes foi dedicada por Lula a falar de um país estrangeiro, Honduras, uma nação paupérrima sem nenhuma relação especial com o Brasil.

Politicamente instável, Honduras vem de ejetar do posto e exilar um presidente, Manuel Zelaya, pela tentativa de desrespeitar a Constituição e, por meio da convocação de um plebiscito, perpetuar-se no poder.

Caso típico da contaminação ideológica patrocinada pelo venezuelano Hugo Chávez, Zelaya vendeu a Caracas seu pouco valorizado passado de latifundiário direitista.

De repente, começou a se pautar pela cartilha populista chavista de miséria moral e material, supressão de liberdades individuais, desrespeito às leis, aos costumes civilizados, associação com o narcotráfico e, claro, eternização no poder – receita que estranhamente passou a ser chamada de esquerda na América Latina.

Em uma operação comandada por Chávez, Zelaya foi conduzido de volta a Honduras e se materializou com numerosa comitiva na casa onde funciona a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Esse hóspede incômodo, de aparência bizarra e com sinais evidentes de distúrbios mentais – ele se diz vítima de ataques por radiação de alta frequência e gases tóxicos que ninguém mais percebe –, foi o grande assunto de Lula em Nova York.

O Brasil pode esperar outra oportunidade.

Zelaya é um problema dos hondurenhos que encurtaram seu mandato antes que ele o espichasse indefinidamente.

É um problema também de Chávez, que não se conforma em perder o investimento feito na conversão dele ao seu credo.

É um problema dos Estados Unidos pela proximidade geográfica e por estar na sua esfera de influência histórica.

Pois a semana acabou com Zelaya sendo um problema e constrangimento para o Brasil.

Golpe de mestre de Chávez, que evitou alojar Zelaya na Embaixada da Venezuela, ordenando a seus amigos na paradiplomacia brasileira chefiada por Marco Aurélio Garcia que o acolhessem na representação brasileira.

"Hoje, o Brasil tem um problema em Honduras e Chávez, que o produziu, não tem nenhum", diz Maristela Basso, professora de direito internacional da
Universidade de São Paulo.

Chávez age como o líder do subcontinente americano.

Faz troça dos Estados Unidos e ignora Lula.

Por Otávio Cabral e Duda Teixeira

Leia mais na Veja

Micheletti diz que pode renunciar, mas não entrega poder a Zelaya

Presidente de fato de Honduras concedeu entrevista nesta sexta-feira (25)
Micheletti afirma que solução é o país escolher um novo presidente.
Rafael Coimbra
Da Globo News



Se depender das palavras de Roberto Micheletti, que comanda Honduras desde a queda do então presidente Manuel Zelaya, o caminho para a solução da crise no país vai ser longo e difícil.

Segundo ele, a melhor solução é o país escolher um novo presidente. Micheletti afirmou que está disposto a renunciar, mas descartou completamente a volta de Zelaya, que permanece sitiado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, ao poder.

Em entrevista coletiva, Micheletti falou nesta sexta-feira (25), sobre as dificuldades econômicas que Honduras vem enfrentando, com o boicote comercial de vários países. O presidente de fato disse que já passou por situações piores e que vai conseguir sair de mais essa.

Micheletti comentou ainda o cerco à Embaixada brasileira. Segundo ele, o governo está apenas garantindo a vida das pessoas que estão lá, e também protegendo os que moram perto do prédio.

O presidente de fato também bateu duro em Hugo Chávez. Chamou o líder venezuelano de “ditador”, e disse que Chávez insultou Honduras.

No fim da entrevista, perguntado por qual motivo os jornalistas brasileiros não podem entrar na Embaixada, Micheletti foi evasivo. Disse que dependia apenas de uma autorização do governo brasileiro. Mas ao ser informado que os brasileiros não precisam de uma autorização especial para isso, ele encerrou rapidamente a entrevista.

Ou seja, Dilma é mesmo uma flor de pessoa. Para os de baixo, ela mostra os espinhos. Para os de cima, as pétalas.

A leoa mia conforme a necessidade


Dilma durona?

Sim, mas cercada de ‘homens meigos’

Nelson Rodrigues escreveu:


“Mais importantes são os ovários da alma. Os verdadeiros órgãos genitais estão na alma”.

Pois bem. Os ovários que Dilma Rousseff traz enterrados na alma são órgãos, por assim dizer, encrespados.

À menor contrariedade, a alma da ministra-candidata exala um tipo de ira que, por vezes, humilha o interlocutor.

Nesta sexta (25), um dia depois de o vice José Alencar ter dito que “o defeito da Dilma é ser brava”, a chefona da Casa Civil brincou com a própria fama.

Instada a dizer algo sobre a pecha de durona, Dilma ironizou: "Eu sou a única mulher no Brasil dura cercada por homens meigos".

O signatário do blog suspeita que o “defeito” de Dilma não é propriamente a brabeza. O problema é o caráter seletivo de sua ferocidade.

Dilma ruge para servidores que lhe devem subordinação. Mas mia para políticos que lhe cercam de lisonjas. Aos exemplos: Há coisa de três meses, Luiz Antônio Eira, à época secretário-executivo da pasta da Integração Nacional, ousou apartear Dilma numa reunião.

Discutia-se o cronograma da Transnordestina, uma obra do PAC. Luiz Eira fez uma observação sobre verbas. E Dilma, em timbre alterado: "Se o Ministério da Integração acha que vai dispor desses recursos, nem por cima do meu cadáver".

O interlocutor tentou argumentar. Dilma deixou-o sem eira nem beira. Levado à lona, Luiz Eira demitiu-se dias depois.

No auge da crise do Senado, José Sarney ameaçou renunciar ao cargo de presidente. Em viagem ao exterior, Lula delegou a Dilma a tarefa de acalmar o aliado.

A leoa virou gatinha. Miou para Sarney pelo telefone. Lambeu-lhe as chagas em reunião noturna e reservada. Tornou-se uma heroína do “Fica Sarney”.

Ou seja, Dilma é mesmo uma flor de pessoa. Para os de baixo, ela mostra os espinhos. Para os de cima, as pétalas.



 por Josias de Souza

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Eiiitaaa! Tá feia a coisa!


Leva esta mula.

Ontem o twitter da Nariz Gelado antecipou: 
 
" Lula, Lula, leva esta mula!", que era cantado pelos hondurenhos nas ruas de Tegucigalpa, tem tudo para também ser o slogan que os brasileiros vão entoar aqui dentro, durante 2010. 
 

E o Lula é 'o cara', hen? Imagine se não fosse....!

"Celso, você tem conseguido dormir?,"
diz Hillary.


E por que Obama não vem ao Brasil?

 
Hillary Clinton se reuniu agora de manhã com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em um evento para combater a violência contra as meninas.

Ao chegar, com a sua expressão de “Nice to meet you” e sendo fotografada por Annie Leibovitz, perguntou ao chanceler brasileiro – “Celso, você tem conseguido dormir?”

Em seguida, acrescentou a frase “circunstâncias estranhas”, mas não ficou claro o que quis dizer.

Mas o assunto era Honduras.

Os Estados Unidos parecem confiar no Brasil na questão hondurenha.

Independentemente de qualquer posição política, porém, o atual governo de Barack Obama parece ignorar a América Latina.

Sem falar na América do Sul.

Até agora, nenhuma uma autoridade de peso do governo visitou nosso continente. A mais alta autoridade foi o general Jim Jones, assessor de segurança internacional da Casa Branca, que vive no ostracismo.

Hillary Clinton, Robert Gates, Barack Obama, ninguém confirmou visita ao
Brasil ainda. Vamos ver se no G-20 Lula consegue receber uma resposta.
Perguntei ao chanceler brasileiro sobre esta despreocupação com o Brasil.


Ele disse que estes dirigentes possuem agenda ocupada. Tenho certeza que
sim, mas Hillary passou por mais de dez países africanos e asiáticos.

Obama falou no Cairo, Istambul e outros lugares.

Brasília?


Ninguém.
Aqui.

As pessoas de bem e que prezam o Estado de Direito e o império das leis estão estarrecidas diante de dois fatos ocorridos nos últimos dias

Brasil: opção preferencial pela ilegalidade

Graça Salgueiro


Com a indicação de José Antônio Dias Toffoli, um sujeito desprovido do "notório saber jurídico" (reprovado duas vezes em concurso para juiz) e sem uma "ilibada reputação (respondia a dois processos), Lula segue a estratégia comunista apontada pelo ex-agente da KGB Yuri Bezmenov: promover a total corrosão das instituições e a perversão todo e qualquer princípio moral universal.

As pessoas de bem e que prezam o Estado de Direito e o império das leis estão estarrecidas diante de dois fatos ocorridos nos últimos dias, não necessariamente conexos mas ambos pautados pelas deliberações do Foro de São Paulo e à implantação de um governo comunista em nosso país.

O primeiro caso tem como objetivo desmoralizar e destruir o último bastião que ainda tínhamos de moralidade no país, que é o Supremo Tribunal Federal (STF), a nossa Corte Suprema de Justiça, um dos mais importantes pilares de uma sociedade democrática. O segundo caso, ocorrido ontem (21.09), refere-se ao abusivo, ilegal e imoral acolhimento que a Embaixada do Brasil em Honduras ofereceu ao deposto presidente Manuel Zelaya, mas disso eu trato noutro artigo.

Em 1983, o ex-agente do antigo KGB (hoje FSB), Yuri Bezmenov, ofereceu uma palestra nos Estados Unidos onde relatou que, dentre outras atividades da agência estava a de desmoralizar e destruir todos os poderes constituídos, não com bombas ou ataques terroristas mas desde dentro, por meio da infiltração. Os agentes infiltrados tinham como função perverter conceitos como moral, ética, senso de justiça e todos os valores universais inerentes a tais instituições.

E assim se fez com a Igreja, com as Forças Armadas, com as Polícias, escolas e universidades, além de, naturalmente, os três poderes da República. Com o falecimento do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, o presidente Luiz Inácio indicou o advogado José Antônio Dias Toffoli para ocupar a vaga.

Ocorre que este senhor não tem a mais mínima condição de ocupar o cargo, uma vez que dentre as três únicas exigências ele só satisfaz uma, a idade.
A mais alta corte do país exige que o ocupante do cargo possua "notório saber jurídico" e "ilibada reputação". Toffoli respondia a dois processos no estado do Amapá, por "afronta à Lei de Licitações" e ao "princípio da moralidade administrativa".

Além disso, durante toda sua vida profissional - apenas como advogado, pois foi reprovado por duas vezes em concurso para juiz -, Toffoli só trabalhou para o PT e para o Sr. da Silva. O cargo ocupado na Advocacia Geral da União não foi por mérito, mas por indicação do "padrinho Lula".

Quando o STF julgou o processo de extradição de Cesare Battisti, no dia 10 pp., a votação estava em 4 x 3 para a extradição; faltavam votar os ministros Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes, que daria o voto de Minerva.

Quem assistiu à sessão pôde perceber que Gilmar Mendes votaria a favor da extradição, então, numa manobra claríssima para ganhar tempo para o Governo, Marco Aurélio pede "vistas ao processo" e a sessão foi adiada.

Já naquela altura se sabia da indicação de Toffoli para o STF mas, como ele ainda não havia assumido, se Marco Aurélio desse seu voto - nitidamente contrário à extradição, pela maneira como argüia - a questão seria resolvida ali, o fato estaria consumado e a derrota do Governo estaria sacramentada.

Ontem o juiz Mário Mazuk, titular da 2ª Vara Cível de Fazenda Pública de Macapá (AP), muito providencialmente suspendeu (ou recebeu ordens "superiores"?) a decisão dada por seu substituto Mário Cesar Kaskelis de condenar Toffoli e seu escritório a uma multa de R$ 700.000,00.

No dia 30 deste mês Toffoli será sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado mas, como a maioria dos senadores desta comissão é do PT ou da base aliada do Governo (o que dá na mesma coisa), nada daquilo que o povo brasileiro vê como uma afronta e um desrespeito às Leis será motivo bastante para impedir que o protegido do presidente ocupe a cadeira vitalícia do STF.

Rumora-se que, com a suspensão do processo que atestava claramente ser duvidosa a tal "reputação ilibada" do candidato lulista, a pseudo oposição perdeu o argumento mais forte que possuía para acabar com as pretensões deste senhor de se tornar, da noite para o dia e em troca de seus bons ofícios ao Partido-Estado, num dos homens mais poderosos do Brasil. Com sua nomeação para o STF, que já dou como favas contadas, seu voto contrário à extradição do criminoso Battisti é apenas o tempo que leva para a sua posse.

O Governo mata, desta forma, dois coelhos com uma só cajadada e deixa clara sua opção pela ilegalidade, ao mesmo tempo em que o trabalho meticuloso e paciente da implantação do comunismo no nosso país lança sua última pá de cal no que resta de democracia, justiça, prevalência das Leis.


Mídia Sem Máscara

Faz sentido...


“Lula, Lula, llevate esa mula”.

Honduras, Defendiendo nuestra Democracia!!!

HONDURAS:
O CRIME COMETIDO PELA FÚRIA BARULHENTA DOS CANALHAS E PELO SILÊNCIO DOS BONS






Não há ditador canalha e salafrário neste vasto mundo que não tenha sido paparicado por Lula em nome do pragmatismo.

Quando não é um tirano clássico, trata-se de um financiador do terrorismo e genocida em potencial como Ahmadinejad. 


O Brasil se torna, assim, uma espécie de formulador e patrocinador de soluções heterodoxas no que concerne à políti
ca.




O vídeo acima, visto, até agora, por 30.676 pessoas, tem, sem dúvida, aquela estética meio cafona muito própria das manifestações nacionalistas.

Não o publico aqui porque seja um exemplo de bom gosto artístico.

Mas acho que ele simboliza, sim, um pedido de socorro.

Um crime de dimensões históricas está sendo cometido em Honduras, um pequeno país esmagado pela fúria barulhenta dos canalhas e pelo silêncio dos bons.

Por mais que os autores do vídeo tenham selecionado as imagens que justificam o seu ponto de vista — nem poderia ser diferente —, aquelas milhares de pessoas existem e saíram às ruas repudiando Manuel Zelaya.

A imprensa do mundo — a brasileira também — ignorou o fato.

Segundo a Economist, apenas 25% dos hondurenhos defendem a volta do Aloprado ao poder.

A esmagadora maioria o quer longe do governo — e até do país.

Charge do dia...


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Manifesto Público

Brasileiros em Honduras lançam manifesto público à comunidade nacional e inernacional,contra a interferência estrangeira, especialmente a brasileira, em Honduras e o acolhimento, pelo governo brasileiro de Lula, do títere chavista Manuel Zelaya, que se encontra hospedado na embaixada brasileira em Tegucigalpa.



 Nós, brasileiros (as) que formamos com os nossos familiares residentes a colônia brasileira de San Pedro Sula, Honduras, à comunidade nacional e internacional, fazemos saber:


1) Que lamentamos e nos envergonhamos profundamente pela atitude do nosso ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, ao permitir a presença do Sr. Manuel Zelaya, na sede da Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.


2) Que rejeitamos enfaticamente todas as ações unilaterais do Itamarati que marcaram um retrocesso nas relações diplomáticas entre o Brasil e o digno povo e atual governo de Honduras.


3) Protestamos veementemente por todas as ações não diplomáticas que estão causando, não só que o Brasil seja impedido de cumprir a sua liderança para a resolução pacífica do conflito interno em Honduras, mas também coloca em risco a representação diplomática direta, a nós brasileiros residentes em Honduras, aos funcionários da embaixada, aos vizinhos da embaixada e aos cidadãos de outros países que realizam procedimentos comuns na nossa embaixada, porque eles armaram um escudo humano em torno da figura do Sr. Zelaya, que infelizmente foi "hospedado” pelo Itamarati em nossa Embaixada em Tegucigalpa.


4) Que repudiamos veementemente o apoio do governo brasileiro à agenda de Chávez contra este pais humilde, que nos abriu as suas portas para fazer bons negócios em um clima que até ontem era de paz, onde vemos os nossos filhos crescer com dignidade e em fraterna convivência com os hondurenhos.


5) Que fazemos diretamente responsável ao governo brasileiro pelas eventuais consequências negativas, pelas represálias ou ataques em nossas vidas, empresas, residências e propriedades que possam acontecer como resultado desse abuso de poder sem precedentes na política externa do Brasil.


6) Exigimos que tomem medidas corretivas o mais breve possível para o Sr. Zelaya não continuar usando nossa embaixada para atos de sedição e chamando à insurgência.


7) Que finalmente pedimos ao governo do Brasil que respeite e se apegue aos mais elementares princípios da neutralidade, não injerência e de cooperação para a resolução de conflitos internos desta nobre Honduras, nação que só quer se desenvolver em Paz, Ordem e Progresso.


De uma vez por todas: Não houve Golpe

Deposição de Zelaya se baseia na Constituição



Desde o dia da deposição de Zelaya, o governo que assumiu o poder em Honduras tem dito que a ação foi baseada na Constituição do país, que proíbe qualquer tentativa de reeleição pelo presidente. Em Buenos Aires, o correspondente Carlos de Lannoy ouviu cientistas políticos sobre essa questão.

A crise política em Honduras começou quando o presidente Manuel Zelaya tentou fazer uma consulta popular para permitir a convocação de uma Assembléia Constituinte. Por duas vezes, a Justiça considerou ilegal essa consulta.

Opositores de Zelaya dizem que ele queria mudar a Constituição do país para tentar se reeleger. Isso porque a Constituição hondurenha estabelece que o período presidencial é de quatro anos, sem direito à reeleição. O artigo 239 prevê que qualquer governante que faça uma proposta de reformar a Constituição para tentar se reeleger deve perder o mandato de forma imediata e se ficar inelegível por 10 anos.

Mas a Constituição não diz como essas punições devem ser aplicadas, nem tampouco que o proponente deve ser expulso do país, de pijamas, como ocorreu com Zelaya. Um outro artigo, o 42, afirma ainda que quem promover a reeleição do presidente perde a cidadania hondurenha.

No dia 28 de junho, depois que as Forças Armadas levaram Manuel Zelaya para a Costa Rica, o Congresso de Honduras leu uma suposta carta de renúncia de Zelaya e deu posse ao então presidente da Câmara, Roberto Micheletti. E a Corte Suprema hondurenha declarou que os militares tinham agido por decisão da Justiça.

Já Zelaya nega que tenha escrito uma carta de renúncia. O analista político Rosedo fraga, que mora em Buenos Aires, afirma que, pela Constituição Hondurenha, se o presidente tenta a reeleição, ele já está cometendo um delito. E que a prisão de Zelaya foi uma decisão da Suprema Corte, que tem o papel de interpretar o que diz a Constituição.


Casa Civil deu cargo à mulher de Toffoli



Casa Civil deu cargo à mulher de Toffoli

Indicado por Lula ao STF diz que não recomendou Mônica Ortega Toffoli para a vaga e que na época eles já estavam separados

Em 2003, Toffoli ocupava posto de chefia no órgão; Mônica, que ficou no cargo por cerca de um ano, diz que tinha qualificações exigidas

RANIER BRAGON

FERNANDA ODILLA

Nove meses depois de José Antonio Dias Toffoli assumir um posto de chefia na Casa Civil da Presidência da República, em 2003, sua mulher à época, Mônica Ortega Toffoli, foi nomeada como assessora na mesma pasta, tendo permanecido no cargo por cerca de um ano.

Toffoli, que hoje é advogado-geral da União e foi indicado neste mês pelo presidente Lula para ocupar vaga de ministro no STF (Supremo Tribunal Federal), havia assumido no início de 2003 a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

Em agosto daquele ano saiu no "Diário Oficial da União" a nomeação de Mônica para o cargo de assessora da Diretoria-Geral da Imprensa Nacional, órgão que pertence à estrutura da Casa Civil.

O salário, na época, era de R$ 4.900.

Em agosto de 2008, o STF proibiu situações como essa ao editar a súmula vinculante número 13, a chamada "súmula antinepotismo", que declarou inconstitucional a nomeação nos três Poderes e em todos os âmbitos -municipal, estadual e federal- de parente até o terceiro grau da pessoa que nomeia ou de servidor do órgão em cargo de chefia, direção ou assessoramento.
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Agressões


Chávez ofende a Igreja Católica da Venezuela com todo tipo de agressões baixas.



Difícil acreditar que nossa diplomacia tenha sido capaz de cometer tantos erros em tão pouco tempo. O estrago diplomático já foi feito

A derrapagem brasileira em Honduras


POR JORGE ZAVERUCHA

Difícil acreditar que nossa diplomacia tenha sido capaz de cometer tantos erros em tão pouco tempo. O estrago diplomático já foi feito

O ITAMARATY acelerou demais e derrapou na curva da diplomacia internacional. Difícil acreditar que nossa diplomacia tenha sido capaz de cometer tantos erros em tão pouco tempo.


Transformar a remoção de Manuel Zelaya em um golpe de direita contra a esquerda é simplificar o ocorrido. O acontecido é muito mais complexo, e há brechas legais passíveis de serem exploradas por qualquer um dos lados para justificar suas posições.

Curiosamente, Zelaya é patrocinado por Hugo Chávez, que, por duas vezes, tentou golpear o governo constitucional da Venezuela. E agora reclama de golpe contra seu aliado, que nada tem de socialista. Mas que gosta de permanecer no poder.

Por outro lado, o governo de fato hondurenho alega que Zelaya violou a Constituição do país. Contudo, ao expulsá-lo do país à ponta de baionetas, sem o devido processo legal, o governo violou o artigo 102 da própria Constituição de Honduras:

"Nenhum hondurenho poderá ser expatriado nem entregue pelas autoridades para um Estado estrangeiro".



Portanto, não estamos assistindo a uma disputa entre democratas, mas, simplesmente, a uma contenda entre autoritários de esquerda e de direita que se fantasiam com vestes pseudoconstitucionais.

O Brasil vinha se posicionando a favor da volta de Zelaya ao poder. Contudo, não enfatizava que ele era parte importante do projeto de poder bolivariano. Sua volta a Honduras foi patrocinada por Hugo Chávez, o arquiteto desse imbróglio.

Dados o prestígio internacional do Brasil na região e a "neutralidade positiva" em relação a sua pessoa, Zelaya fez uma jogada esperta e audaciosa. E o Itamaraty acabou derrapando no projeto bolivariano.

Às vésperas da eleição presidencial e do término do governo provisório hondurenho, Zelaya resolveu agir. As negociações lideradas por Óscar Arias estavam empacadas. A OEA, sem força militar para impor uma decisão, também nada resolvia. O tempo trabalhava contra Zelaya. Então, ele arriscou tudo, pois nada tinha a perder.

Em manobra ousada, conseguiu usar a embaixada brasileira como escudo para avançar seus interesses.

Por que o Brasil permitiu que Zelaya entrasse na embaixada sem ser na qualidade de asilado político?

Se já é difícil explicar juridicamente a situação de Zelaya, o que dizer das dezenas de membros de sua comitiva?

Quem são eles?

Quantos são?

Quais são os direitos deles que estão em risco?

O governo brasileiro, que tanto criticou a ilegalidade da remoção de Zelaya, está contribuindo para violar claramente leis internacionais.





Em nenhum momento a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961, estipula ser uma das funções de missão diplomática dar "abrigo humanitário" a quem está fora do Estado acreditado (artigo 3º).

Não importa discutir se Zelaya é vítima ou vilão, mas respeitar regras institucionais aceitas internacionalmente. Ignorando-as, como pode o Brasil reivindicar um assento no Conselho de Segurança da ONU?

A embaixada brasileira deveria receber Zelaya na qualidade de asilado.

Mas é isso exatamente o que Zelaya não quer, pois implicaria sua saída de Honduras.

O que Zelaya ambiciona é ficar em território hondurenho protegido pelos privilégios e pelas imunidades dos diplomatas brasileiros. Seu objetivo é transformar a Embaixada do Brasil em escritório político e lá ficar o máximo possível.

Por quanto tempo?

Isso interessa ao Brasil?

O peruano Haya de la Torre ficou na embaixada colombiana em Lima, entre 1949 e 1954, só que como asilado político. Portanto, a comparação não procede.

A ação de Zelaya é um meio para obter seu fim.

Mas que o governo brasileiro dê guarida aos seus atos é outra história.

E mais: de dentro da embaixada, Zelaya passou a fazer comício contra o atual governo hondurenho e disparou ligações telefônicas para seus aliados. Ou seja, está imiscuindo-se em assuntos internos de Honduras, e isso não tem respaldo no direito internacional (vide artigo 41 da Convenção de Viena).



Nova derrapagem do Itamaraty.

O estrago diplomático já foi feito.

Está na hora de o Brasil rever seu comportamento.

O Congresso Nacional precisa discutir realisticamente o ocorrido.
 

O assunto é muito sério para deixá-lo apenas nas mãos do Poder Executivo.


JORGE ZAVERUCHA , doutor em ciência política pela Universidade de Chicago (EUA), é coordenador do Núcleo de Estudos de Instituições Coercitivas e da Criminalidade da Universidade Federal de Pernambuco. É autor de "FHC, Forças Armadas e Polícia: Entre o Autoritarismo e a Democracia", entre outras obras.

Dois aviões Rafale caem no sudoeste da França



Daniela Fernandes  
De Paris para a BBC Brasil

Dois aviões Rafale da Marinha francesa caíram nesta quinta-feira no mar Mediterrâneo, nos arredores de Perpignan, no sudoeste da França, enquanto realizavam uma missão de teste.

As causas do acidente ainda são desconhecidas. Segundo um comunicado, o ministro francês da Defesa, Hervé Morin, pediu a abertura de investigações para apurar o que poderia ter provocado as quedas.



O Rafale é um dos três finalistas da licitação para a renovação da frota de caças da Força Aérea Brasileira.

O presidente Lula já declarou preferir o Rafale, fabricado pela Dassault, alegando que a França teria feito a melhor proposta em relação a transferência de tecnologia do avião.



Até hoje, a França nunca conseguiu exportar o Rafale, considerado um avião com tecnologia moderna.

Várias concorrências internacionais foram perdidas para a americana Boeing, que também disputa a venda de 36 aviões para o Brasil.

Apesar de o governo brasileiro ter anunciado, durante a visita ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, em 7 de setembro, a intenção de adquirir 36 aviões Rafale, o processo de licitação ainda não foi concluído.

“O acidente, que pode ter sido causado por falha humana ou técnica, pode alimentar a maldição do Rafale, que ainda nunca foi exportado”, escreve o jornal Le Parisien em seu site.

O governo interino de Honduras afirmou nesta quinta-feira que houve 'evidente intromissão' do Brasil 'nos assuntos internos' do país


Honduras diz que volta de Zelaya foi promovida pelo Brasil
Leia íntegra

da Folha Online

O governo interino de Honduras afirmou nesta quinta-feira que houve 'evidente intromissão' do Brasil 'nos assuntos internos' do país na acolhida do presidente deposto Manuel Zelaya na embaixada brasileira em Tegucigalpa e que, por isso, o governo brasileiro é responsável não só pela segurança do hondurenho como pela de todas as pessoas e propriedades que estiverem envolvidas no caso. Veja o comunicado original.

Leia a íntegra da nota, em português:

"A Secretaria de Relações Exteriores comunica às opiniões nacional e internacional:

Que o presidente do Brasil, senhor Luiz Inácio Lula da Silva, e seu chanceler expressaram aos meios de comunicação, nas Nações Unidas, que o seu governo não teve conhecimento prévio da entrada do senhor José Manuel Zelaya Rosales --foragido da Justiça hondurenha-- nas dependências que o governo do Brasil ainda mantém em Tegucigalpa.

Que essas afirmações foram categoricamente desmentidas pelo principal beneficiário e protegido, senhor José Manuel Zelaya Rosales, que no dia de ontem declarou dos escritórios do Brasil em Tegucigalpa que 'foi uma decisão pessoal e foi consultada com o presidente Lula e com o chanceler Amorim, igual com o encarregado de negócios aqui de Tegucigalpa'.

Que, à luz destas declarações, fica evidente a intromissão do governo do senhor Lula da Silva nos assuntos internos de Honduras.

Que sendo a presença do senhor Zelaya na Missão do Brasil em Tegucigalpa um ato promovido e consentido pelo governo do Brasil, recaem sobre este a responsabilidade pela vida e segurança do senhor Zelaya e pelos danos à integridade física das pessoas e das propriedades derivadas da permissão de que se converta essa Missão em plataforma de propaganda política e concentração de pessoas armadas que ameaçam a paz e a ordem públicas internas de Honduras."