Zelaya foi deposto não por um "antiquado golpe militar latino-americano", mas de maneira "legal" e por ordem do Tribunal Constitucional de Honduras, depois que "agitou as ruas com protestos para poder modificar a Constituição do país".
Zelaya voltou a Honduras 86 dias após ser deposto e da chegada ao poder de Roberto Micheletti, e está refugiado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Para o "Wall Street Journal", que intitulou seu editorial como "A confusão hondurenha", se o governo americano não sabia que Zelaya voltaria a Honduras esta semana, deveria ficar "decepcionado" e deixar de apoiar o presidente deposto.
"Zelaya utiliza esse santuário diplomático para pedir que o restitua no poder e para agitar seus partidários nas ruas. É um momento perigoso e, se a violência começar, os Estados Unidos deveriam ter parte não pequena da culpa", afirma o jornal.
O "Wall Street Journal" censura, assim, a atuação dos EUA na crise em Honduras, uma atitude que, para o jornal, "só deu força a Zelaya para não se negar a voltar à Presidência do país, com toda a violência e instabilidade a que isso poderia levar".
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