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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Alckmin elogia carta de FH, mas refuta união de centro agora: 'Não vou procurar candidatos'


Tucano afirmou que reflexão proposta por Fernando Henrique foi direcionada aos eleitores

Por Cristiane Jungblut
O Globo

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, durante entrevista
Márcia Foletto / Agência O Globo


BRASÍLIA - Apesar de elogiar a “reflexão” proposta pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em carta divulgada nesta quinta-feira – quando propôs a união das forças de centro em torno da candidatura mais viável para deter a “marcha da insensatez” –, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, refutou a ideia de uma união de candidaturas neste momento da campanha. Segundo Alckmin, a carta de FH teria o objetivo de alertar os eleitores sobre o risco de polarização entre projetos radicais materializados na candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).


Sobre sua condição desfavorável nas pesquisas, Alckmin (o tucano está em quarto na disputa, com 9% dos votos no último Datafolha) argumentou que, em eleições passadas, a reta final da disputa registrou uma mudança no comportamento do eleitorado, o que pode lhe favorecer. O tucano defendeu a união dos partidos em torno de sua candidatura, mas disse que a carta de FH foi apenas “uma reflexão sobre o momento político”.

– A carta é uma boa reflexão. Para isso tem campanha eleitoral, para a gente dialogar, refletir sobre o que é melhor para o Brasil. Concordo plenamente com a carta. Ela não é pessoal, é uma reflexão sobre o momento político, dizendo que os extremismos não vão ajudar o Brasil a sair da crise. Não vou procurar candidatos, porque a ideia é uma reflexão junto ao eleitorado – disse o tucano.

OUTRA ELEIÇÃO

Apesar de rejeitar uma aliança no primeiro turno, Alckmin deixou claro que o segundo turno “é outra eleição” e qualquer negociação de apoio poderá vir a ocorrer em virtude da “situação delicada” que atravessa o país.

– (A carta) Ajuda porque temos uma eleição em dois turnos. O segundo turno é uma nova eleição. Pelas circunstâncias desta eleição, se foi para uma situação bastante delicada. O candidato Bolsonaro não tem a menor condição, numa situação dessas que estamos vivendo. Os últimos 15 dias são decisivos. E, no finalzinho, é que tiveram as grandes viradas. Então, estamos animados, estamos no bloco de 9% e 10%, e podemos crescer. Em São Paulo, a gente já percebe isso – disse Alckmin.

O tucano sabe que os adversários já rejeitaram a proposta de união das forças de centro elaborada pelo ex-presidente. Em entrevista de quase 30 minutos à "Rádio Jornal", de Pernambuco, Alckmin partiu para o ataque a Bolsonaro e, em tom irônico, disse que os desentendimentos entre o adversário e seu economista, Paulo Guedes, sobre a recriação da CPMF, mostram que o "Posto Ipiranga já pegou fogo".

– Como é que pode ter condição de governar alguém que diz o seguinte: eu não entendo nada de nada e quem vai mandar é o Paulo Guedes, ele é o Posto Ipiranga? Bom, já pegou fogo o Posto Ipiranga. Porque o Paulo Guedes diz que vai ter alíquota única de Imposto de Renda. E, bom, você (com isso) vai ferrar a classe média. Se a alíquota é única, quem paga menos vai pagar mais. Pela classe média. E a CPMF pega os pobres – disse Alckmin.

Na sequência, o tucano usou Bolsonaro para atacar o PT. Em sua avaliação, o ex-capitão do Exército só cresceu no imaginário popular por causa do ambiente de conflagração política criado pelos governos petistas.

– O Bolsonaro é muito culpa do PT. O Bolsonaro elege o PT, é o passaporte para o PT voltar. Quando você radicaliza de um lado, você cria radical do outro. Mas não é solução para o Brasil, o Brasil perde – disse.

Nesta sexta-feira, Alckmin passa por Recife (PE) e deve ir a Salvador, na Bahia. No sábado, retoma a agenda em São Paulo, o foco de sua campanha a partir de agora, onde pretende tentar recuperar o eleitorado perdido para Bolsonaro nas pesquisas.

– A eleição está aberta. Não vou perder. Vou ganhar falando a verdade.

21/09/2018


Um país na margem de erro


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"Brasileiro confia tanto em pesquisa que nem dá para entender por que ainda tem eleição.

Votar pra quê?

Chega de intermediários.
GUILHERME FIUZA
GAZETA DO POVO


Há mais de ano o Brasil sabe que Lula está no segundo turno. Como ele sabe? As pesquisas disseram. E não disseram uma vez, nem duas. Gritaram, reiteraram, vaticinaram sempre que o noticiário policial dava uma trégua ao ex-presidente.

O segundo turno de Lula hoje é o do carcereiro que toma conta dele à noite, mas não tem problema. Ele envia um representante, com procuração e tudo, para tomar conta do que é dele. O triplex do Guarujá, o sítio de Atibaia, a cobertura de São Bernardo e a fortuna incomensurável para pagar advogados milionários por anos a fio não são de Lula. O que é dele, e ninguém tasca, é o lugar cativo no pódio dos institutos de pesquisa.

A estratégia de trazer o comandante do maior assalto da história para o centro da eleição que deveria ser o seu funeral político não é um incidente. Como já escrito – mas não custa repetir ao eleitorado distraído – é uma estratégia. E uma estratégia tosca.

O Brasil viu – mas para variar não enxergou – a construção dessa lenda surrealista: Lula, o PT e sua quadrilha representam, na sucessão de 2018, “a salvação progressista contra o autoritarismo”. Contando ninguém acredita.

Uma imensa maioria de formadores de opinião e personagens influentes da elite branca (aquela mesma do refrão petista) vive de lamber esse herói bandido, fingindo defender o povo – esse mesmo povo roubado até as calças pelo meliante idolatrado por eles. Ou melhor: idolatrado de mentira, porque a única idolatria dessa elite afetada e gulosa é por grana, poder e aquele verniz revolucionário que rende até umas almas carentes em mesa de bar.

Então, aí está: a estratégia funcionou e os cafetões da ética imaginária conseguiram – milagre – chegar às portas da eleição defendendo sem um pingo de inibição o PT, exatamente o maior estuprador da ética que a história já conheceu.

Pode ser doloroso, mas é preciso constatar: a possível presença do PT no segundo turno será a canalhice brasileira saindo do armário. Sem meios tons.

Se o Brasil estivesse levando uma vida saudável, estaria agora dando continuidade à exumação da Era PT – e tomando as devidas providências para jamais errar de novo tão gravemente. Mas a margem de erro por aqui é um latifúndio – o país mora no erro, e eventualmente passa férias fora dele, como um marginal.

Tradução: o insistente culto ao fantasma petista fermentou as assombrações antipetistas – e o Brasil deixou de se olhar no espelho para ficar perseguindo morto-vivo com crucifixo na mão.

Fora desse fetiche mórbido, dessa tara masturbatória pelo falso dilema esquerda x direita, a reconstrução do Brasil parou. A saída quase heroica da recessão, com redução dos juros e da inflação, reforma trabalhista e recuperação da Petrobras – nada disso existe no planeta eleitoral de 2018.

Quem vai tocar isso adiante? Quem vai segurar o leme da economia com a perícia de Ilan Goldfajn, o presidente do Banco Central que nos salvou do populismo monetário de Dilma e seus aloprados?

A resposta contém o disparate: um desses aloprados (que tinha o leme nas mãos na hora do naufrágio), o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa foi expulso da campanha de Haddad, o gato (ligação clandestina no poste) – banido por outro náufrago ainda mais aloprado que ele, o economista Marcio Pochmann. Ou seja: a possível reencarnação petista no Planalto está nas mãos dessa militância pré-histórica que se fantasia de autoridade acadêmica para perpetrar panfletos que fariam Nicolás Maduro dizer “menos, companheiro”.

Adivinhe se esse tema aparece na campanha presidencial?

Adivinhou, seu danado. O Brasil está lá, boiando na margem de erro, lendo pesquisa e brincando de jogar pôquer com o 7 de outubro. Nem sabe quem é o economista do Haddad. Ou melhor: nem sabe quem é o Haddad – porque aquele ministro da Educação tricampeão de fraudes no Enem, que não sabia nem aplicar uma prova e mandava escrever “nós pega o peixe”, sumiu de cena. Não existe mais também o prefeito escorraçado ainda no primeiro turno por inépcia.

Esse Haddad aí é outro: é o super-homem das pesquisas, que voa por cima de todo mundo com a criptonita do Lula e faz a imprensa companheira lutar por uma foto dele com a camisa aberta e a grife do presidiário explodindo no peitoral.

Vai nessa, Brasil. As pesquisas colecionam erros clamorosos em todas as eleições, mas dessa vez talvez até acertem, porque num país exilado na margem de erro qualquer chute é gol – mesmo no campeonato dos detentos."


setembro 21, 2018


quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Ibope: Em São Paulo, Bolsonaro se isola com 30% das intenções de voto

 
Veja números da corrida presidencial em São Paulo nas eleições 2018

Daniel Bramatti
O Estado de S.Paulo


Pesquisa Ibope/Estado/TV Globo feita apenas com eleitores paulistas e divulgada nesta quarta-feira, 19, mostra que o candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, se isolou na liderança da corrida presidencial em São Paulo, com 30% das intenções de voto, tendo crescido sete pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior, divulgado no dia 10. O petista Fernando Haddad subiu seis pontos e, com 13%, ficou com a mesma taxa do tucano Geraldo Alckmin, que caiu cinco pontos.

Os 13 candidatos à Presidência da República.
Foto: Infográfico

Ciro Gomes (PDT) oscilou para baixo, de 11% para 8%, assim como Marina Silva (Rede), de 8% para 6%.

Os movimentos de ascensão de Bolsonaro e Haddad, e de enfraquecimento dos adversários, já haviam sido captados pela pesquisa nacional do Ibope, divulgada na terça-feira, 18.

No levantamento anterior em São Paulo, Bolsonaro e Alckmin estavam empatados tecnicamente, quase no limite da margem de erro (23% a 18%), que é de três pontos porcentuais. Agora, o candidato do PSL abriu 17 pontos de vantagem sobre o tucano.


Haddad e Ciro também estão empatados no limite da margem – o petista pode ter 10%, no mínimo, e o pedetista, 11%, no máximo. Mas a linha de tendência favorece Haddad, que quase dobrou sua taxa de intenção de votos em pouco mais de uma semana.

A pesquisa foi realizada entre os dias 16 a 18 de setembro. Foram entrevistados 1512 votantes. A margem de erro máxima de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O registro no Tribunal Superior Eleitoral foi feito sob o protocolo BR‐01526/2018.



19 Setembro 2018


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

CNT/MDA: Bolsonaro tem 28%, duas vezes e intenção de voto em Haddad e Ciro



Veja.com

O candidato do PSL Jair Bolsonaro lidera a corrida eleitoral para a Presidência da República, com 28% das intenções de voto, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira. Ele é seguido por Fernando Haddad (PT), com 17,6%, e Ciro Gomes (PDT), com 10,8%.


O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, está em quarto lugar, com 6,1%, seguido por Marina Silva (4,1%), da Rede, João Amôedo (2,8%), do Novo, Alvaro Dias (1,9%), do Podemos, e Henrique Meirelles (1,7%), do MDB. Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto. Outros 13,4% disseram que votariam branco ou nulo e 12,3% afirmaram ainda estarem indecisos.

Esta é a primeira pesquisa CNT/MDA desde a substituição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, por Haddad. Também é o primeiro levantamento do instituto após o ataque a faca contra Bolsonaro em um ato de campanha em Juiz de Fora (MG).

A última pesquisa CNT/MDA foi divulgada em 20 de agosto. Na ocasião, Lula liderava com 37,3% das intenções de voto; Bolsonaro estava em segundo, com 18,8%. Os resultados, porém, não podem ser comparados com o levantamento divulgado hoje. Isso porque, no mês passado, o instituto não considerou o cenário com o nome de Haddad.

A pesquisa, registrada no TSE como BR-04362/2018, foi realizada entre os dias 12 e 15 de setembro. Foram feitas 2.002 entrevistas. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo turno

O instituto também mostra que Bolsonaro só perderia uma disputa de segundo turno para Ciro Gomes, que somou 37,8% contra 36,1% do presidenciável do PSL.

O capitão venceria Fernando Haddad (39% contra 35,7%); Henrique Meirelles (38,6% contra 25,7%); Geraldo Alckmin (38,2% contra 27,7%) e Marina Silva (39,4% contra 28,2%). O pedetista também levaria a melhor sobre todos os outros concorrentes.


17.09.2018