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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dilma rende-se à corrupção e Lupi fica

Desafiada por um racha no PDT, a presidente Dilma Rousseff concedeu sobrevida de tempo indeterminado ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

Ao detectar um movimento para torná-la refém da ala do PDT que quer derrubar o ministro e ocupar sua cadeira, Dilma resolveu pôr um freio de arrumação na 'faxina'.

O objetivo é sinalizar ao aliado que é ela quem decide a hora de tirar e nomear auxiliares.

Ex-integrante do PDT, partido que ajudou a fundar no Rio Grande do Sul, Dilma tenta resistir à política de conspiração levada a cabo por dirigentes da sigla.

Embora Lupi não tenha explicado quem pagou o avião King Air providenciado pelo empresário Adair Meira para ele viajar ao Maranhão, em dezembro de 2009, o governo avalia que sua situação não se complicou no depoimento prestado ontem à Comissão de Assuntos Sociais do Senado. Leia mais aqui.

Nem Lupi acreditava que Dilma iria se render à corrupção e aos malfeitos.

A sua agenda para hoje está vazia.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Lupi culpa Dilma: ‘Ela quer que eu fique’



O regresso ao picadeiro foi ainda mais bisonho que o numerito de estreia.



Parlamentares oposicionistas escancararam a fábrica de mentiras e ampliaram o acervo de bandalheiras.

Os companheiros do PT nem deram as caras, os parceiros da base alugada resolveram antecipar o fim de semana.

Dos três senadores do PDT, um desejou boa sorte ao presidente licenciado e dois recomendaram que caia fora do primeiro escalão federal.

Nesta quinta-feira, durante o depoimento no Senado, Carlos Lupi só foi consolado pela solidariedade silenciosa do ex-suplente Wellington Salgado, o Rapunzel de Bordel, e pela estridência velhaca do representante do PCdoB, Inácio Arruda.
O Clube dos Cafajestes e a Irmandade dos Órfãos da Albânia.
Tudo a ver.

Morto insepulto em adiantado estado de decomposição, o que anima o ainda ministro do Trabalho a apodrecer em público, perseguindo pateticamente a ressurreição impossível?


“Ela quer que eu fique”, disse no meio da discurseira.

Ela.

Dilma Rousseff
.

O que ouviu exatamente?, quis saber um senador. “Só posso me limitar a dizer que ela pediu que eu continuasse”, fez mistério o depoente, caprichando na pose de quem parou de tratar de assuntos íntimos na frente dos outros.

Há uma semana, na Câmara, o galã de bolerão acusou-se de amar a presidente da República.

Nesta quinta-feira, no Senado, o rufião de botequim acusou-a de querer que fique onde está.

A segunda revelação é mais constrangedora que a primeira.

Até agora, imaginava-se que a vassoura da faxineira de araque só saía do armário na hora de varrer sujeiras para baixo do tapete.

Graças a Lupi, descobriu-se uma segunda serventia: em situações de alto risco, é transformada na muleta que mantém de pé um entulho apaixonado.



17/11/2011

UMA CORRUPTOCRACIA DE RABO PRESO


Aquilo que escrevemos no final do primeiro mandato do chefe das gangs da corrupção aconteceu

POR GERALDO ALMENDRA

Na verdade já havia um senso comum de que o Covil de Bandidos, construído pela gang dos quarenta e um, dificilmente seria desfeito, principalmente pelo fato do país não ter mais uma “Justiça” que mereça esse nome levando seus Tribunais Superiores a se comportarem como lacaios dos que indicam seus togados.

O estelionato eleitoral que elegeu a presidente Dilma, com quase todos os ministros escolhidos pelo seu antecessor, entre outras centenas de cargos de confiança, foi uma comprovação final de que o Covil de Bandidos da política prostituída tem um chefe maior, um hábil controlador do jogo de forças para agradar a gregos, bandidos e troianos.

É evidente que a divisão do roubo dos contribuintes está ficando cada vez mais difícil e perigosa fazendo com que essa gente sórdida comece a andar no pântano da desmoralização total dos podres Poderes da República com o aval da “Justiça”.

O caso do Ministro do Trabalho consolida um entendimento, para quem ainda tinha alguma dúvida, de que uma complexa teia de corrupção tomou conta do poder público e das relações público-privadas.

Somente a presença desse desqualificado no quadro ministerial já define o poder público como algo que não tenha que ser levado a sério, não fosse o poder de polícia fascista que controla a sociedade, além do suborno, do assistencialismo e da cumplicidade de milhares de esclarecidos canalhas públicos e privados serem os pilares de sustentação de um projeto de destruição do país.

As declarações do ministro bola da vez, e seus discursos eivados de mentiras, leviandades e patifarias – publicamente comprovadas –, sem que o mesmo tenha ainda sido demitido pela presidente – o que não vai acontecer–, mostra como os políticos bandidos sobrevivem e ficam ricos com o usufruto da apodrecida máquina do Estado ao longo de suas carreiras sórdidas.

Como todos os outros, o ministro denunciado pela jornalismo ainda não subornado pelo PT vai acabar pedindo demissão, assim que seus crimes puderem ser postos para debaixo do tapete do esquecimento de uma sociedade feita de idiota e imbecil todos os dias.

Se as ameaças de botar a boca no trombone forem muito latentes sua saída se dará apenas com a reforma ministerial, livrando a presidente de pagar um preço muito alto por desagradar o chefe geral do Covil de Bandidos e provocar um risco de desabamento do castelo de cartas da corrupção petista.

O aparelhamento dos podres Poderes da República do Retirante Pinóquio pelos partidos da base aliada, fundamentado na troca corrupta de favores corporativistas, construiu uma estrutura de poder em que todos protegem todos para que o país não entre em convulsão no momento em que a parcela da sociedade ainda não vendida, não subornada e não corrompida, acordar para o cerne criminoso-genocida do projeto petista de desgoverno.

A rigor a presidente Dilma não demitiu ninguém e foi sempre obrigada a deixar o submundo corrupto-corporativista decidir a hora dos ministros denunciados pedirem afastamento de seus cargos, contando ainda com a manutenção do respeito da presidente sempre publicamente verbalizada a cada queda consumada.

A herança maldita – uma estrutura de ministérios afundados em esquemas de corrupção – que a presidente recebeu por imposição do seu antecessor também a fez de refém da mesma teia de corrupção e tráfico de influência que limita suas supostas ações de moralização do poder público, se é que alguma vez, de fato, essa vontade política existiu.

O jogo ficou difícil, pois a bandidagem da corrupção impera no poder público fazendo com que o controle das ambições ilícitas fique cada vez mais difícil e vai acabar faltando dinheiro roubado dos contribuintes para distribuir para tantos canalhas, provocando o início de um motim no navio dos corruptos com seu capitão tendo um sério risco de ser jogado aos tubarões.


17 de novembro de 2011

Charges



emprego garantido

Já passou da hora

A presidente Dilma Rousseff perdeu dois consecutivos "momentos ótimos"
para demitir o ministro do Trabalho,
Carlos Lupi
O Estado de S.Paulo
O primeiro foi na quarta-feira da semana passada, quando, atingido pela denúncia de que assessores diretos seus chantagearam ONGs conveniadas com a pasta, o ministro afrontou a autoridade da presidente.

"Duvido que a Dilma me tire, ela me conhece muito bem",
desafiou.

"Para me tirar, só abatido à bala."

A segunda ocasião surgiu quando ele tentou consertar a fanfarronada da antevéspera com uma tirada cafajeste, que não há de ter passado em branco para alguém, como a sua chefe, atenta para o que se convencionou chamar sexismo.

"Presidente Dilma, desculpe se eu fui agressivo",
apelou. "Eu te amo."

No trato com os subordinados, ela é conhecida por ser fulminante no gatilho.

Na remoção de membros de sua equipe afogados em escândalos, porém, só parece agir quando percebe, na vigésima quinta hora, que a inação ameaça se transformar em desmoralização.

Perto disso, o eventual benefício de se guardar de problemas com as legendas dos ministros desmascarados e, conforme o caso, com o seu patrono Lula não compensa o custo do desgaste diante da opinião pública.

Assim foi com Alfredo Nascimento, titular dos Transportes, do PR; Wagner Rossi, da Agricultura, e Pedro Novais, do Turismo, ambos do PMDB; e Orlando Silva, do Esporte (PC do B).

Só foi diferente com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que caiu não por corrupção, mas por incontinência verbal.

(O primeiro a cair, o chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ainda não era ministro quando fez a fortuna escondida que o levaria ao pelourinho.)

É verdade que, apesar de ir a reboque da imprensa na descoberta das falcatruas, primeiro, e de esperar demais, depois, para tirar das denúncias as suas inevitáveis consequências, Dilma tem sido recompensada pela aprovação nas pesquisas.

Mas se algo desgasta a sua imagem de presidente despachada não é a sempre citada relação sem precedentes entre o seu tempo de casa e o número de auxiliares demitidos.

É a sua convivência com o malcheiroso interregno entre a crise aberta com a exposição das maracutaias ministeriais e o seu costumeiro desfecho.

Em nenhuma das situações mencionadas apareceu um "fato novo" que jogasse a favor dos ministros encalacrados.

O normal é o contrário - e não está sendo diferente com o bravateiro Lupi.

Desde que, no começo do mês, a revista Veja revelou o esquema da suspensão dos repasses a ONGs contratadas pelo Trabalho e sua reativação mediante pagamento de pedágio, vieram à luz, entre outras coisas, o aparelhamento da pasta pelo PDT do ministro, em Brasília e nos Estados; o favorecimento de correligionários nos convênios para treinamento de pessoal; o acúmulo de irregularidades nesses negócios; o aval à criação de sindicatos patronais fantasmas, ou seja, que não representam nenhum setor de atividade; e, por fim, a prova do contubérnio do ministro com o dono de uma ONG beneficiada com R$ 13,9 milhões em contratos. Há uma semana, no mesmo depoimento à Câmara dos Deputados em que declarou seu "amor" pela presidente, Lupi negou que conhecesse o empresário Adair Meira, da ONG Pró-Cerrado, e que tivessem viajado juntos pelo Maranhão a bordo de um King Air alugado por ele.

Fez também chegar a negativa ao Planalto.

Desmentido por outra reportagem da Veja, por imagens que o mostram desembarcando do táxi aéreo seguido pelo empresário e pela confirmação dele ao Estado de que viajara com Lupi "num trecho" do Maranhão em dezembro de 2009, o ministro se tornou para Dilma o que ela permitiu que se tornasse ao mantê-lo na Esplanada: um fator de desmoralização.

Não resiste a um sopro o argumento de que, fadado a cair na reforma do Gabinete prevista para o início do ano, a sobrevida do mentiroso por um punhado de meses seria "administrável" pela presidente sem danos adicionais.

Sim, Lupi manda e desmanda no PDT, de que é presidente licenciado apenas no papel, o que dificultaria mais uma substituição de um correligionário por outro.

Ainda assim, Dilma tem de se livrar dele, a que custo for. Tentar varrer a crise para debaixo do tapete será pior - para ela e o seu governo.


17 de novembro de 2011

Versão de Lupi para voo é implodida pelo próprio PDT



Desmentido quatro vezes pelos fatos - e ontem por seu próprio partido, o PDT -,
o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, não apresentou à presidente Dilma Rousseff provas materiais sobre o custo e pagamento do voo ao lado de um empresário dono de ONG que mantém convênios com a pasta que comanda e começou a ser abandonado por correligionários

AE - Agência Estado

O presidente interino do PDT, André Figueiredo (CE), aconselhou o ministro a deixar o cargo.

O Planalto aguarda novas versões que o ministro apresentará hoje, em depoimento ao Congresso, para avaliar quando ele será substituído.

Uma das versões de Lupi foi implodida pelo próprio PDT. O ministro dissera que o voo com o empresário Adair Meira, da ONG Pró-Cerrado, com negócios suspeitos com o Trabalho, fora pago pelo PDT do Maranhão.

Mas o orçamento da viagem do ministro não está na prestação de contas do PDT maranhense. O presidente estadual da partido, Igor Lago, negou que o diretório regional tivesse dinheiro em caixa para bancar o aluguel de aeronave e disse que o partido quer apenas "ajudar a esclarecer todos os fatos".

Com a prestação de contas do partido em mãos, Igor Lago afirmou que o PDT maranhense não tem responsabilidade pelo aluguel de qualquer aeronave para deslocamento do ministro no Maranhão.

"Ontem mesmo recebi a declaração de contas, que está registrada no Tribunal (de Contas do Estado).

Não consta nada sobre transporte aéreo, o diretório regional não arcou com esta despesa"
, disse.

E emendou: "O PDT não tem condições financeiras para arcar com os custos de uma viagem dessas.

Portanto, PDT não pagou os voos utilizados pelo ministro".



17 de novembro de 2011



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Exclusivo: Vídeo desmente declarações de Carlos Lupi

Imagens mostram ministro do Trabalho a poucos metros do presidente de ONGs Adair Meira durante viagem ao Maranhão, em dezembro de 2009

Daniel Pereira
e Luciana Marques


Veja Online

Em sua edição desta semana, VEJA revelou que Adair Meira, dono de três ONGs que têm contratos milionários com o Ministério do Trabalho, providenciou um avião King Air, de prefixo PT-ONJ, para que o titular da pasta, Carlos Lupi, cumprisse agenda oficial em sete municípios do Maranhão.

A reportagem assinalou que o próprio Meira fazia parte da comitiva - o que torna ainda mais patente a mistura de interesses públicos e privados que uma autoridade como Lupi teria a obrigação de coibir.

Confrontado com as informações da revista, o ministro negou tudo.

Em nota oficial publicada no sábado, afirmou que a viagem tinha sido feita apenas em aviões Sêneca, providenciados pelo diretório regional de seu partido, o PDT.

A  versão do ministro começou a ser desmontada ontem, quando fotos do ministro desembarcando do King Air vieram à tona.

Vídeo obtido com exclusividade pelo site de VEJA termina esse desmonte ao mostrar o ministro e Adair Meira no local da aterrissagem, com o avião ao fundo.
Assista às imagens aqui.

O ministro mentiu ainda ao dizer, em depoimento no Congresso Nacional, que não conhecia Meira e que nunca havia viajado em avião alugado por ele. "Nunca andei em jatinho de Adair, não o conheço. Não tenho nenhum tipo de relação com ele", disse.
(Veja o vídeo)

Inicialmente, Adair Meira negou a VEJA ter embarcado na aeronave. Depois voltou atrás, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo: "Eu viajei com o ministro num trecho, isso eu confirmo”.
Procurada pela reportagem do site de VEJA, a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho informou que o ministro não comentará as novas imagens.

Carlos Lupi está no Rio de Janeiro e deve retornar a Brasília nesta quarta-feira.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Confirmações de grajauense à VEJA complicam ministro do Trabalho


Agora, a presidente Dilma quer explicações convincentes do ministro para não tirá-lo da pasta imediatamente


O grajauense, Ezequiel Nascimento (PDT) candidato a deputado distrital nas eleições do ano passado e ex-secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, pode deixar a situação do ministro Carlos Lupi numa saia ainda mais justa.
Desde a semana passada Lupi se encontra em maus lençóis por conta da existência de um esquema de arrecadação de propina operado por integrantes do PDT, seu partido, lotados na pasta do Ministério do Trabalho.
De acordo com a reportagem de VEJA desta semana, o grupo agia em duas frentes: “Numa delas, extorquia ONGs às voltas com irregularidades na execução dos contratos e que, por isso mesmo, ficavam sem receber dinheiro da União”. Na outra, por sua vez, “fazia vista grossa a malfeitorias cometidas por ONGs amigas”.
Com o título “O voo cego do ministro do Trabalho”, a reportagem de VEJA desta semana destaca uma viagem do Ministro Lupi feita no dia 13 de dezembro de 2009, ao Maranhão, num pequeno avião alugado por um dos principais acusados de desviar dinheiro de convênios com o ministério. E o acusado estava entre os passageiros.
Segundo afirmações do grajauense Ezequiel Nascimento, o avião King Air branco com detalhes em azul, de prefixo PT-ONJ, de propriedade do dono da ONG Pró-Cerrado, Adair Meira, ficou à disposição do ministro e dos pedetistas do Maranhão em uma viagem cujo objetivo era lançar um programa de qualificação profissional em sete municípios do Maranhão. VEJA indagou Ezequiel sobre quem disponibilizou a aeronave e ele respondeu: “O Adair”.



Estavam na aeronave, além do ministro, os pedetistas, deputado federal Weverton Rocha, Ezequiel Nascimento, o ex-governador maranhense Jackson Lago (falecido) e Adair Meira, dono do avião.
Questionado sobre sua relação com Meira, o ministro do Trabalho disse nem conhecê-lo. “Eu não tenho relação nenhuma, absolutamente nenhuma, com o – como é o nome? – seu Adair”, afirmou à Revista.



VEJA denunciou que no fim de 2010, um ano após a viagem, a Fundação Pró-Cerrado  e a Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Intregração (Renapsi), duas ONGs de Adair, receberam do Ministério do Trabalho, numa solenidade em Brasília, o Selo Parceiros da Aprendizagem, concedido  a entidades consideradas de excelência na formação profissional. Ainda em 2010 a Renapsi, segundo VEJA, foi escolhida pelo ministério como parceira num projeto para qualificar trabalhadores no Maranhão – "isso apesar de ter credenciais nem de longe abonadoras", afirmou outro trecho da reportagem.
Agora, a presidente Dilma quer explicações convincentes e consistentes sobre a viagem do ministro ao Maranhão, para não tirá-lo da pasta imediatamente. No jogo de tramóias, o ministro Lupi se esqueceu de combinar com seu ex-assessor, o grajauense Ezequiel Nascimento de ficar de bico calado quando a bomba estourasse.

Agora é tarde demais.




14/11/2011