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sábado, 5 de novembro de 2011

Novo escândalo que VEJA vai denunciar poderá baixar recorde de esborrachamentos de ministro no governo Dilma.


Política & Cia

 O recorde atual, com a queda de Orlando Silva, é de um ministro caindo a cada 50,1 dias
Novais: queda implicou em recorde de um ministro caindo a cada 51,6 dias
Silva: queda implicou novo recorde de um ministro desabando a cada 50,1 dias

Amigos, meu querido amigo e irmão Augusto Nunes está anunciando, em seu magnífico blog, o seguinte (transcrevo só o primeiro parágrafo):

“Neste sábado, pela sexta vez em dez meses, a presidente Dilma Rousseff será confrontada com evidências contundentes da presença de outro prontuário de bom tamanho no primeiro escalão.

E terá de escolher: ou se livra imediatamente da abjeção ou cede à tentação de varrê-la para baixo do tapete ─ o que só servirá para retardar por alguns dias a despedida inevitável do morto-vivo.”

A coisa vai pegar fogo, amigos, quando a próxima edição de VEJA for às bancas e aos assinantes, em algumas horas mais.

O que Augusto denomina de “prontuário” atingirá um ministro que — aqui vai a pista — não é do PT, nem do PMDB.
E tem ONG no meio, tal como aconteceu com o decapitado Orlando Silva, do Esporte e do PC do B.

Se esse ministro cair, será o sétimo em 10 meses de governo Dilma.

A presidente completa, hoje, 301 dias de governo.

Se o ministro demorar 10 dias para cair, como aconteceu com Orlando Silva, terá se esborrachado no 311º dia da gestão da presidente.

A média estará em 44,4 dias.

Será batido o recorde anterior: com a queda do ministro comunista do B, o ritmo de desabamentos ministeriais ficou sendo de um a cada 50,1 dias, baixando o recorde anterior, estabelecido pela queda de seu antecessor em escândalo e em demissão, Pedro Novais, do Turismo: média de 51,6 dias por desabamento.

Nos seis casos anteriores a este novo e provável, apenas um não soçobrou por denúncias de roubalheira: Nelson Jobim, da Defesa.

O sexto andor da procissão dos despejados






Direto ao Ponto


Neste sábado, pela sexta vez em dez meses, a presidente Dilma Rousseff será confrontada com evidências contundentes da presença de outro prontuário de bom tamanho no primeiro escalão



E terá de escolher: ou se livra imediatamente da abjeção ou cede à tentação de varrê-la para baixo do tapete ─ o que só servirá para retardar por alguns dias a despedida inevitável do morto-vivo.

Os amigos da coluna estão com a sensação de que já leram esse texto?

Leram mesmo, com duas mudanças: “quinta” no lugar de sexta e “nove meses e meio” em vez de dez meses.

Assim começava o primeiro dos dois parágrafos que comunicaram, em 14 de outubro, a iminente agonia do ministro do Esporte.

O segundo parágrafo só requer a incorporação de Orlando Silva para ser repetido sem retoques:

Depois de Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais e Orlando Silva, sempre por envolvimento em bandalheiras, o ministério do Brasil Maravilha vai perder mais um.

O país que presta vai ganhar mais uma.

Para o poeta T. S. Eliot, abril é o mais cruel dos meses.

No Brasil, sábado costuma ser o pior dos dias para quem tem culpa no cartório.

Vem aí o sexto andor da procissão dos despejados por corrupção.

Carrega outro ultraje que Lula pescou no pântano e Dilma Rousseff manteve no emprego enquanto pôde.

Logo saberá que não pode mais.



04/11/2011

Campanha Olhos Abertos




Texto próprio de GermanoCWB sobre a Campanha Olhos Abertos dos magistrados tentando melhorar a imagem dos juízes perante a população.

Se eu for preso ligarei para os amigos pedindo para levarem cigarros, hehehehe


Frases ditas pelos magistrados no lançamento da campanha:

Olhos Abertos

- “Não se trata de querer que se coloque o juiz no Olimpo. Mas a população sempre teve muita confiança nos magistrados, e acreditamos que isso é importante”

- O jornal (Gazeta do Povo) também instiga a discussão ao interagir com leitores: a credibilidade dos juízes no Brasil está abalada?

Por quê?


- “Quem defende a nossa dignidade merece o nosso respeito”


-“Ressaltamos a profissão do juiz para a sociedade, como agente transformador e mais próximo do jurisdicionado. O estopim da campanha foi o assassinato cruel da juíza Patrícia Accioly. Isso deixou evidente a exposição de todos nós e decidimos enaltecer o trabalho do magistrado, comprometido com o seu tempo e dedicado a fazer justiça"



Meu comentário:

Com todo respeito que devo à pessoa e ao cargo ocupado pelos Exmos. Srs. Juízes, cabe-me, como cidadão, usar o direito de emitir comentários a respeito dessa Campanha "Olhos Abertos".


Para qualquer cidadão que tenha tido a infelicidade de precisar da justiça fica claro que V.Sas., ao contrário dos discursos no lançamento da campanha e dos slogans profissionais, não estão do lado do cidadão e dos seus interesses e direitos básicos, nem tampouco, defendem a dignidade de ninguém.

Tal campanha assemelha-se a mais uma propaganda enganosa, perpetrada dessa vez justamente por quem deveria combatê-la.
A melhor propaganda que V.Sas. poderiam oferecer para essa população sofrida seria a resolução das centenas de milhares de processos acumulados, dando fim ao sofrimento de milhares de famílias que esperam uma demora sem fim pelas respostas aos seus apelos.

Sem que se aproximem dos interesses da população, nenhuma campanha vai lhes melhorar a imagem de corporativa, ineficiente, morosa e injusta.

O cidadão precisa já da solução de seus problemas, e discursos pomposos e prolixos não ajudam em nada a população, bem como as desculpas esfarrapadas como a da falta de juízes.

O cidadão está totalmente descrente da justiça em face da roubalheira cotiadiana a que é submetida a cada passo que tenta dar, em qualquer direção, sem que obtenha qualquer asilo no judiciário.

Não adianta criar slogans como: "Quem defende a nossa dignidade merece o nosso respeito", se vemos diariamente a nossa dignidade ser jogada na lama, seja pela quase impossibilidade de acesso à justiça (algum dos senhores já tentou usar a justiça gratuita?

As exigências são tantas que qualquer um desiste antes de começar), seja pela cretinice nas Audiências de Conciliação, onde o cidadão é imolado a aceitar uma proposta imoral qualquer apresentada pelos criminosos contumazes e impunes de sempre (telefonia, tv por assinatura, bancos, planos de saúde, serviços públicos, etc. que diariamente nos lesam com o aval do judiciário), sempre sob os argumentos de que é melhor fazer acordo, porque senão vai demorar muito.

"É melhor um mau acordo do que uma boa demanda" é o que se diz sempre. Que piada de mau gosto, e que enlameia ainda mais a dignidade de qualquer cidadão e o nome do judiciário.

De nada adianta ao cidadão a aplicação de multas contra empresas desonestas se esse dinheiro sempre é destinado para algum fundo misterioso e indevassável, e nunca reverte nem para o lesado nem tampouco para o benefício da população, pois nada muda, nunca.

Os Procons são uma piada à parte e praticamente inúteis. Ademais, essas empresas multi-bilionárias estão rindo das multas aplicadas e da cara do judiciário, pois roubam em segundos o valor que a justiça leva anos para condenar. E o cidadão lesado fica, novamente, só com a correria, a humilhação e o prejuízo.

Os Exmos. Srs. Juízes, evidentemente não estão ao lado da população quando dão asilo a facínoras procurados por crimes comuns em outros países; nem quando soltam criminosos irrecuperáveis para que voltem a cometer crimes contra o cidadão; nem quando não se mobilizam para mudar as leis prejudiciais ao cidadão, como as que permitem que políticos ladrões e bandidos ricos sempre fiquem impunes; nem quando uma ação trabalhista simplesmente não chega a termo porque o réu é irmão de um auxiliar do juiz; nem quando não obriga o Estado a devolver o dinheiro arrancado à força dos nossos bolsos a título de 'empréstimo compulsório' e que o Estado se nega a devolver, descumprindo o estipulado por ele próprio.

V.Sas. criminalizam e condenam à pena de morte a população e os comerciantes trabalhadores e honestos, quando defendem um ridículo desarmamento de pessoas de bem enquanto nada fazem para desarmar e prender para sempre os bandidos, bem como não se mobilizam para obrigar o Estado a prover segurança para o cidadão.
Como sei que escrevi coisas que não são prerrogativas dos Srs. juízes, e bem sei que a primeira atitude será a de 'tirar o corpo fora' como, de fato, é comum nos representantes do judiciário, que usarão a máxima:"Se é lei tem que ser cumprida. Se a lei é ruim, tem que ser mudada, e isso é prerrogativa do Legislativo".

Ora, isso é mesmo que dizer: - "Que se dane a população!

Querer que uma população de 80% de analfabetos funcionais analisem e peticionem contra leis vigentes é apenas reafirmar: - "Que se dane a população".

A campanha que se espera dos Srs. Juízes é a do trabalho rápido e justo em benefício eficaz da população. É facilitar o acesso ao judiciário a todos, gratuitamente. É usar termos e linguajar acessível aos cidadãos para não enganar e confundir, jogando no lixo o latim morto, inútil, arrogante e presunçoso, que deixa o cidadão sem saber se ganhou ou se perdeu a causa, ao ouvir a sentença.

É a mobilização para a renovação das legislações eliminando lixo e entulho, e criando e usando as jurisprudências, facilitando o andamento dos processos para que tenhamos julgamentos rápidos e eficazes, aumentando a confiança, a segurança e eliminando a impunidade.

O que se espera, Exmos Srs. Juízes é que abandonem essa postura arrogante de homens superiores a toda a humanidade, encastelados em escritórios e fóruns suntuosos que amedrontam e humilham o cidadão comum, como se fossem donos soberanos de todo o conhecimento e de todo o direito sobre a vida e morte de todo reles mortal, em sentenças proferidas em linguajar compreensível apenas pelos seus pares, décadas após o mal feito.

Quem sabe descendo do Olimpo, V.Sas. começariam a conhecer e compartilhar um pouco das necessidades da população, e então não precisariam de campanhas enganosas para tentar, inutilmente, melhorar Vossas imagens.

João Germano


Novembro. 2011

E ainda tem mais



Uma nova investigação na Justiça Federal envolve Agnelo Queiroz em desvios no Ministério do Esporte


MURILO RAMOS
ÉPOCA

A dinâmica dos escândalos em Brasília ensina que, quando o acusado deixa o governo, a situação arrefece.

O caso do Ministério do Esporte contraria essa lógica. Orlando Silva deixou o cargo, mas a crise que chegou a seu antecessor, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), está longe do fim.

Nos próximos dias, a Justiça Federal receberá um processo em que Agnelo é acusado de receber dinheiro desviado do Esporte para uma organização não governamental – prática denunciada em outros episódios envolvendo a pasta.

O caso expõe ainda mais o atual governador, depois de ÉPOCA ter revelado que ele ajudou o policial militar e ongueiro João Dias a montar uma farsa na defesa de um processo sobre desvios de R$ 2 milhões.

Agnelo nega a proximidade com Dias, mas foi desmentido pelo conteúdo de gravações telefônicas.



BATEU, LEVOU


O governador Agnelo Queiroz transferiu um dos delegados que o investigaram para um posto de menor prestígio

(Foto: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press)

No dia 27 de outubro, o juiz Omar Dantas Lima, de Brasília, determinou o envio do inquérito 018/2008 à esfera federal.

Segundo a polícia, o presidente do Instituto Novo Horizonte, Luiz Carlos Medeiros, desviou R$ 3,4 milhões recebidos dos ministérios do Esporte e da Ciência e Tecnologia.

De acordo com a testemunha Michael Vieira da Silva, Agnelo recebeu parte dos recursos desviados.

Michael diz ter presenciado conversas telefônicas em que Agnelo pedia dinheiro a Medeiros.

Diz ainda que Medeiros doou computadores e ajudou a financiar a campanha de Agnelo ao Senado em 2006, ao promover festas com garrafas de champanhe de R$ 300.

Um dono de ONG, acusado de desviar dinheiro público, promoveu festas para a campanha de Agnelo

“Tal contribuição foi decisiva para que Agnelo repassasse o convênio do programa Segundo Tempo para a ONG”, diz Michael.

Medeiros disse à polícia que Agnelo não teve participação na liberação dos recursos para sua entidade.

Em nota, Agnelo nega ter recebido dinheiro de Medeiros e diz que não facilitou o convênio. Afirma apenas que Medeiros apoiou sua campanha.

Apesar do testemunho, o delegado Fábio de Farias não citou Agnelo em seu relatório.

O promotor Mozar de Souza, porém, discordou e encaminhou a apuração à Justiça Federal. No governo Agnelo, o delegado Farias ganhou uma diretoria da Polícia Civil.
O delegado Giancarlos Zuliani, que mencionou o envolvimento de Agnelo com as ONGs de Dias, passou a um posto de menor prestígio.

Em meio aos diferentes interesses em jogo no Distrito Federal, a guerra de cargos continua.

Na semana passada, Agnelo exonerou 68 delegados da Polícia Civil após a TV Globo divulgar áudios que revelam sua proximidade com Dias.

04/11/2011


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Frase do dia



“Nós estamos no mesmo nível do Zimbábue, país que ocupou o último lugar no desenvolvimento humano do mundo em 2010”

Aloysio Nunes

DEM pedirá impeachment do governador Agnelo Queiroz



 Partido defende afastamento de petista do governo do Distrito Federal em razão das suspeitas de envolvimento no desvio de recursos do Ministério do Esporte
Rosa Costa
Agência Estado


O partido Democratas do Distrito Federal vai pedir o impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT) pela suspeita de envolvimento no desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 4, pelo líder do partido no Senado, Demóstenes Torres (GO), da tribuna da Casa.

Ex-ministro da pasta, Agnelo foi o antecessor de Orlando Silva, que deixou o cargo em razão das denúncias de corrupção.

O governador nega as acusações.


Nosso partido, que expulsou aqueles que não honraram a sua bandeira, inclusive o único governador eleito em 2006, "vai atrás dos outros", informou o líder, referindo-se ao escândalo da Caixa de Pandora, de 2009, investigado pela Polícia Federal, que levou o partido a expulsar o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.


"Não podemos tolerar que o PT, que naquela época fez um carnaval, se omita diante de provas consistentes quanto à participação do governador no escândalo em que não faltam testemunhas sobre a sua participação."

Para Demóstenes, o PT, escolhido por Agnelo depois de ele se desfiliar do PC do B, tem duas opções: rever sua posição de apoio ao governador ou se assumir de vez como "o partido da boquinha".

"Os petistas de brio, certamente, discordam da bandalheira.

É necessário conclamá-los à batalha pelo resgate da moralidade no DF, bandeira essa que o partido tanto empunhou nas administrações anteriores",
alegou.


04 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Justiça ordena ação de reintegração de posse na USP



Com decisão de juíza, Polícia Militar poderá ser acionada para desocupar à força o prédio da reitoria.
Universidade, contudo, tentará solução pacífica



Bruno Abbud


Alunos invadem prédio da reitoria da USP e estendem faixa com os dizeres
"Abaixo o convênio USP-PM"
(Rahel Patrasso/AE)

O Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu o pedido da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) para a reintegração de posse do prédio invadido por alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) na última terça-feira, dia 1º. A juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública, endossou a solicitação da reitoria e emitiu sua decisão às 18h40 desta quinta-feira.

A desocupação deve ser consumada no prazo de 24 horas, segundo a decisão. A Polícia Militar poderá ser acionada para desocupar à força o prédio da reitoria, onde manifestantes permanecem acampados. "Sem a desocupação, autorizo, como medida extrema, contando com o bom senso das partes e o empenho na melhoria das condições de vida no ‘câmpus’, o uso da força policial", diz o texto. Contudo, integrantes da Comissão de Negociação da Reitoria tentarão evitar ao máximo o conflito entre alunos e PMs. Os negociadores comunicarão a determinação aos manifestantes e tentarão articular uma saída pacífica.

Histórico ─ O prédio da reitoria da faculdade foi invadido por estudantes inconformados com a derrota em uma assembleia realizada na noite desta terça-feira, dia 1º, que decidiu ─ por 559 a 458 votos ─ pela desocupação do edifício da administração da FFLCH. A ocupação da FFLCH ocorrera na madrugada da última sexta-feira, 28 de outubro, depois que três estudantes de geografia foram flagrados por policiais militares fumando maconha dentro do campus. Os invasores pedem o fim do convênio entre a PM e a USP – firmado em setembro deste ano, que passsou a permitir a atuação de policiais dentro da Cidade Universitária – e a extinção de processos internos contra funcionários e estudantes.

Maconha ─ Na terça-feira, dia 1º, antes da invasão do prédio da reitoria, cerca de mil estudantes organizaram uma assembleia regada a maconha e cerveja para dar sequência aos protestos que pedem a retirada dos policiais do perímetro do câmpus. Enquanto alunos esgoelavam frases como "Fora PM! Abaixo a repressão!" num microfone conectado a caixas de som, outros sentavam-se no chão, bebiam e fumavam. Às 19h30 daquele dia, num gramado bem perto do lugar reservado aos oradores, e também nos mezaninos do prédio, dezenas de alunos esfarelavam maconha nas mãos, enrolavam cigarros e tragavam à vontade. A polícia não apareceu no local.

As lutas necessárias


Na última década os brasileiros estão assistindo centenas de mudanças que realmente, “nunca antes na história desse país”, haviam sido vistas

 Por João Bosco Leal


Apesar das divergências de opiniões, se a opção pela continuidade e ampliação dos programas econômicos e sociais do governo anterior, foi por mérito individual do último Presidente da República, ou de sua equipe econômica, em qualquer uma delas, seria hipocrisia não reconhecer que no governo do PT a população brasileira de baixa renda melhorou sua qualidade de vida e elevou bastante o seu padrão de consumo.

O governo, ou os governos, que promoveram essa melhoria acertaram dando condições salariais para que a população aumentasse o seu poder de compra, pois o consumo de uma população de 200 milhões de habitantes já é suficiente para a sobrevivência de milhares de empresas e a consequente geração de empregos.

As exportações, principalmente das commodities, estão gerando sucessivos lucros na balança comercial brasileira, proporcionando o crescimento do país em todos os sentidos e isso se deve principalmente ao agronegócio, atualmente responsável por 23% do PIB, 42% das exportações e 52% do superávit comercial.

Apesar dos números, enquanto a maioria dos países do mundo subsidia o agronegócio, os dois últimos governos brasileiros, do PSDB e do PT, por seu radicalismo ideológico, se esforçaram bastante para destruir o sistema produtivo nacional, com a falta de crédito generalizada para o meio, juros muito acima dos internacionalmente cobrados e o total desrespeito à propriedade privada.

Mostrando para a sociedade, de um lado “os latifundiários” e de outro os “sem terra”, esses governos implantaram no país um absurdo, destrutivo, violento, criminoso e fracassado projeto de reforma agrária, como também implantado – e fracassado -, em todos os países onde os socialistas ou comunistas assumiram o poder.

Bilhões foram gastos para assentar milhões de desempregados urbanos, sem nenhuma aptidão agrícola, em lotes só suficientes para a agricultura de subsistência, quando o mundo todo, para suprir do aumento populacional exponencial, caminha para a produção em larga escala, de alimentos ou de qualquer outro bem de consumo.

Nos assentamentos realizados, informa o IBGE, raríssimas são as famílias que conseguem sobreviver de seu lote e, além de receber a terra, tornaram-se dependentes eternos dos planos de vales e bolsas do governo, ou seja, do contribuinte, pois como são profissionalmente desqualificados, jamais poderão voltar para as cidades.

Os “sem terra” foram tratados por Lula como cidadãos superiores aos outros brasileiros, pois alegando não produzirem o suficiente para pagar a terra, a casa, os animais e as sementes que o governo lhes entregou acabam ganhando tudo, enquanto os cidadãos urbanos, que tomaram financiamentos para a casa própria, são despejados se não conseguirem pagar algumas parcelas do seu financiamento de décadas.

Falsamente informados, os brasileiros acreditaram na necessidade dessa reforma agrária, que agora percebem ideológica, fraudulenta, desnecessária e criminosa. Eleitos com falsas promessas, após assumirem, os membros desse partido demonstraram total falta de ética, moral e desrespeito com os bens públicos.

Nos governos do PT a corrupção é corriqueira, extremamente tolerada, praticada “como nunca antes na história desse país” e, mesmo nos casos mais escandalosos, quando as pessoas tiveram de ser exoneradas dos mais altos cargos, ninguém foi preso ou sequer devolveu um só centavo aos cofres públicos.

Por só aprendermos o que vemos, lemos ou nos ensinam, precisamos de uma imprensa livre, forte e independente, que mostre a realidade, os desmandos, roubos e assaltos aos cofres públicos cometidos pelos detentores dos poderes para, conscientes, lutarmos por uma verdadeira faxina, nos Três Poderes Constituídos.
As lutas são necessárias, em qualquer área ou fase da vida, fazendo a diferença entre vivê-la ou simplesmente passar por ela.

28 de outubro de 2011

Imagens mostram estudantes invadindo reitoria da USP






Universidade de São Paulo divulgou imagens de seu circuito de segurança que mostram o momento em que estudantes invadiram sala da reitoria

 

Divulgação | USP



Capa melhor do que esta não há ...





Por Marcelo Prudente



Para alguns, uma capa do dia-a-dia.

Para quem ainda pensa sozinho e tem o mínimo de descência, 
FICA ENVERGONHADO DE VER TANTA HIPOCRISIA!
Palmas para o amigo Bruno, que pescou essa pérola incrível!!!! 

03.11.2011


Quando a democracia começa a incomodar o colunismo político, a democracia pode estar precisando do Sírio-Libanês ou do Einstein… O SUS não resolve!






Sempre que alguém decide agredir a democracia ou submetê-la à canga de um líder ou de um partido, eu sou tomado por uma obsessão, para usar uma palavra que é do gosto de Lula: reafirmar os valores democráticos.


Assim, eu lhes trago outro vídeo em que o então presidente da República fala sobre saúde.

Trata-se do discurso que ele fez há exatos dois anos, no dia 3 de novembro de 2009, no 9º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, em Olinda.

É aquele em que diz que vai tentar convencer Barack Obama a criar o SUS
.

V
ejam.

V
olto depois.


Voltei
Mais uma vez, antes de comentar o vídeo, algumas considerações importantes.

O Brasil vive já há alguns anos sob o signo de um misto de censura e mistificação.




E esse monstrengo antidemocrático é encarnado pela figura de Lula.

Só por isso algumas pardalocas desarvoradas chegaram a pedir censura na Internet para que as pessoas parassem de dizer aquela “coisa horrível”, “aquela baixeza”, “aquela canalhice”.

E o que era essa coisa tão terrível?

“Vai se tratar no SUS, Lula!”


Acho que o texto que escrevi ontem diz boa parte do que tem de ser dito a respeito.

“Fascistas” são aqueles que consideram “ofensivo” que se possa oferecer a alguém como Lula o que é oferecido ao povo.

Não!

Eu não acho que ele esteja moralmente obrigado a se tratar no SUS, reitero!



Afirmar, no entanto, que tal sugestão é uma “ofensa grave” — a maioria dos portais da Internet cortou comentários com esse teor! — corresponde a ignorar as palavras do próprio petista.

A estupidez foi longe!

Leio aqui e ali que Lula colaborou com a “transparência do poder” ao admitir a sua doença e permitir que os médicos concedessem uma entrevista coletiva.

Uau!

Definitivamente, o homem foi alçado à condição de condestável da República. Eu nem sabia que ele estava no poder!

Considerava, na minha santa inocência, que a presidente era Dilma Rousseff.

Para mim, o Apedeuta era só o seu antecessor.




Leia mais aqui.

03.11.2011

Era só o que faltava quererem processar essa maioria anônima que deseja que Lula faça tratamento no SUS.





A imprensa mostra o quanto está aparelhada ao tentar enfrentar um sentimento justo e legítimo que tomou conta das redes sociais, com centenas de milhares de pessoas pedindo para Lula ir fazer o seu tratamento no SUS


Por O EDITOR
Blog do Coronel

Esta maioria anônima tem, já teve ou terá alguém na fila do sistema de saúde esperando mais de 70 dias por uma sessão de quimioterapia e mais de 120 dias para uma sessão de radioterapia.

Jornalistas que não têm coragem de enfrentar a verdade e continuam mitificando Lula (segundo um dos maiores hoje estampou hoje, "no terceiro dia da quimio, Lula repousou") agora atacam o anonimato.

Querem saber o nosso nome por quê?

Por que estamos bem de vida?

Mesmo que fosse, 99% não teria recursos para pagar um tratamento que sairá no mínimo R$ 1 milhão.

E que será pago, no caso de Lula, por um plano de saúde, mas um plano de saúde pago por nós, pois faz parte das vantagens eternas dos ex-presidentes.

Vejam o que Ricardo Melo escreve hoje na Folha de São Paulo:

Entre os que acusam Lula de falar uma coisa e de fazer outra ao tratar o câncer no hospital Sírio-Libanês, existe uma parcela imensa que simplesmente destila ódios partidários, preconceitos ideológicos e ressentimentos pessoais. Não houve pesquisa a respeito, até porque essa turma adora a sombra do anonimato. Caso tivesse acontecido, provavelmente veríamos que a grande maioria está bem de vida. No íntimo, protestam por considerar Lula representante daquela gente diferenciada destinada a definhar em macas ao relento, longe do conforto de quartos individuais.

Mas há também quem, de forma sincera, embora confusa, externe uma frustração legítima. Muitos são eleitores que, ao votar no PT e conduzir um metalúrgico à Presidência, esperavam mudanças radicais após anos de descaso de gestões tucanas e assemelhadas diante da tragédia da saúde pública. Como qualquer cidadão civilizado, torcem pela recuperação de Lula, adoram que o ex-presidente seja bem tratado, mas se incomodam quando outros tantos são privados das mesmas atenções.



Só falta os Gilbertos Dimenstein e os Ricardos Melo quererem transformar em crime qualquer crítica à Lula.

E saírem à cata dos anônimos que ousam criticar um presidente que sempre mentiu a respeito da saúde pública no Brasil, de forma deslavada.

A Venezuela não é aqui.

Nem a Argentina.

Nem o Equador.

Pelo menos enquanto existirem anônimos exercendo o seu direito de manifestação, gostem ou não gostem estes esbirros do PIP, o Partido da Imprensa Petista.


3 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

LULA E O SUS: VAMOS PÔR A COISA NO SEU DEVIDO LUGAR. CONTRA A VONTADE DOS TOLOS








O texto ficou um tantinho longo. Leiam até o fim. Acho que vale a pena.Assistam a este vídeo. Volto em seguida.


 


Voltei

Não vou tratar do vídeo agora. Voltarei a ele mais tarde. Preciso fazer antes algumas considerações.

O cidadão Luiz Inácio Lula da Silva tem condições de ter o melhor plano de saúde que o dinheiro pode comprar.

Não está, entendo, moralmente obrigado a se tratar no SUS.

Esse é apenas um dos motivos. Há outros e já os expus aqui.
Tentar impedir, no entanto, que as pessoas lhe façam essa cobrança, tachando-as de “agressivas” por isso, e se manifestem segundo a linguagem que o próprio Lula sempre empregou em sua militância, aí, meus caros, estamos diante de uma patrulha asquerosa, antidemocrática.

Os ai-ai-ais e ui-ui-uis se espalham por todo lugar. A rede petralha e os ex-jornalistas a soldo fazem o de sempre: desqualificam quem não é da turma.

O PT deliberou, não faz tempo, que criaria grupos para patrulhar a Internet.

Pelo visto, já estão em ação.

Lamentável é que ecos em favor de uma censura informal, de matriz supostamente moral, tenham chegado também à grande imprensa — aquela que os petistas costumam acusar de “golpista”.

Encerro este parágrafo com indagações, que serão retomadas a partir do próximo.

Que político brasileiro dividiu o país em dois grupos: “nós” e “eles”?

Que político brasileiro dividiu o país entre o povo e a Dona Zelite?

Que político brasileiro expropriou dos adversários a sua história, o seu passado e as suas conquistas para se pôr como o marco inaugural de uma civilização?

Seu nome é Luiz Inácio Lula da Silva.


Foi ele quem estabeleceu que os que são seus aliados ou a ele se subordinam politicamente merecem a chancela de “povo” — e os adversários seriam a execrável Dona Zelite, inimiga das massas.

No vídeo gravado ontem, sobre o qual escrevi, em que mistura miseravelmente a sua doença com o proselitismo político, vê-se, uma vez mais, a desqualificação dos opositores.

Só há um jeito de torcer pelo Brasil: apoiar Dilma.

Ora, o que aquele discurso tem a ver com o seu câncer?

O pior é que ele não é neófito nessa prática.

Já chego lá.

É Lula, pois, quem faz uma aposta permanente na divisão do Brasil, REIVINDICANDO PERMANENTEMENTE PARA SI A CONDIÇÃO DE HOMEM E DE REPRESENTANTE DO POVO — ELITES SÃO SEMPRE OS OUTROS.


E o que é que milhares de pessoas estão lembrando de modo claro — e isso está sendo chamado de “ataque” por alguns babacas?

Ora, povo, meu caro Lula, se trata no SUS, não no Sírio-Libanês!

Alguém pode me dizer o que há de mentira nisso?

A pergunta que segue agora não é dirigida aos que são pagos para me xingar.

Esses estão trabalhando, ainda que um trabalhinho sujo.

Pergunto aos idiotas que me xingam de graça: SUGERIR O SUS É UMA OFENSA PORQUE AQUELE É LUGAR DE POVO, É ISSO?

Qual é, afinal, o lugar de Lula no discurso?

Então os leitores/eleitores estão proibidos de confrontá-lo com as suas próprias palavras simplesmente porque ele é quem é?


Lula e Obama
Os candidatos a censores da opinião alheia hão de me perdoar — e, se não o fizeram, não dou a mínima —, mas é absolutamente legítimo, ainda que eu não concorde, que um cidadão brasileiro lhe sugira que recorra ao SUS porque ele próprio declarou o sistema “perto da perfeição”.

Em novembro de 2009, ao abrir o 9º Congresso Brasileiro de Saúde Pública, em Olinda (PE), anunciou que, quando falasse com o presidente dos EUA, Barack Obama, iria lhe dar um conselho: “Obama, faça um SUS. Custa mais barato, é de qualidade e é universal.”

Fazer o quê?

Lula é assim mesmo, não?

Hiperbólico quando se trata de exaltar qualidades que acredita ter.

E implacável com eventuais conquistas de adversários, das quais faz tabula rasa.

O molde é sempre o mesmo: “nós X eles”, “povo X elite”.

Será que os que agora, de modo um tanto irônico, sugerem que procure o SUS estão mesmo lhe fazendo um “ataque”?

Há, a propósito, esta dimensão que está sendo ignorada: trata-se de… ironia!

Nada além!
Todos sabem que ele não aceitará a sugestão.
Agora o vídeo e as promessas criminosas das UPAs

Então vamos voltar ao vídeo que abre o post. Diz Lula:

Eu tava visitando a UPA, e eu tava dizendo que ela tá tão bem organizada, ela tá tão bem estruturada, que dá até vontade de a gente ficar doente para ser atendido aqui”.
Essa fala está correndo na Internet. Em uma reportagem, a Folha de ontem a tomou como exemplo dos “ataques” que Lula vem sofrendo.

Ataque?

Por quê?

Cumpre lembrar as circunstâncias.

O então presidente inaugurava, em Recife, no dia 27 de janeiro de 2010, uma das poucas Unidades de Pronto Atendimento que fez em seu governo e falou aquela batatada.

Ocorre que, logo depois, passou mal, teve uma crise hipertensiva e foi internado no Hospital Português, considerado o melhor de Recife e um dos melhores do Brasil.

Sim, este escriba que lhes fala escreveu a respeito.

O post está aqui. Vamos ver se Tio Rei é coerente. Permitam-me transcrever um trechinho em azul:

Tenho horror ao populismo. Digo com todas as letras: não acho que um presidente da República ou governador do Estado devam se tratar em unidades públicas de emergência, que não podem mesmo contar com todos os recursos que a medicina pode oferecer. Não porque eles “não sejam homens comuns” (como disse Lula a respeito de Sarney), mas porque uma doença grave de um governante ou mesmo a sua morte podem ter repercussão negativa na vida de milhões de pessoas.

Assim, é correto que o mandatário tenha à disposição o que há de melhor no setor. E é uma tarefa sua, indeclinável, fazer o possível para elevar as condições de atendimento na saúde pública - QUE VIVE UM CAOS NO BRASIL. Ponto parágrafo. É preciso parar de tratar o povo como idiota ou como tutelado. A UPA, se e quando funcionar bem, será um benefício para os pobres. E Lula nunca botará os pés ali como paciente.

“Ah, Reinaldo, ele estava brincando…” É? Sem essa! Nos palanques, Lula divide o país entre “eles” (as elites) e “nós” (o povo). Chama “elite” a seus inimigos, ainda que mais pobres e menos poderosos do que ele próprio; chama “povo” a seus amigos, ainda que sejam alguns potentados da economia - muitos mamando nos subsídios e desonerações fiscais.

Ele pode perfeitamente bem inaugurar uma unidade popular de saúde sem o apelo barato de que gostaria de ser atendido ali. Porque ele pertence à categoria dos que jamais serão atendidos ali. Quem recorre a essa linguagem não fala com o povo, mas com a platéia.


Volto a hoje

E então?

O que lhe parece?



Leia mais aqui.

02/11/2011

Opinião do Leitor

 


COMENTÁRIO

de  Akhenathon Akhton

Jornalistas estabelecidos levaram um tremendo susto com a web, principalmente quando abriram seções de comentários em suas colunas.

Descobriram que não eram deuses e que os leitores não eram mata-borrões, mas sim pessoas independentes e com idéias próprias.
Ficaram totalmente perdidos.

Nosso amigo Ricardo Noblat até hoje não sabe o que faz, Dimenstein está perdido, e agora dona Catanhêde resolveu agredir os leitores.


Assuma uma posição, seja coerente.

Em resumo:

DESÇA DO MURO.





Coluna de 02.11.2011

de eliane cantanhêde

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lula grava vídeo em que mistura sua doença com política. Silenciem os covardes a respeito, mas é um mau momento do doente e do político






O ex-fotógrafo oficial da Presidência Ricardo Stuckert gravou um vídeo, com a assinatura do Instituto Lula, em que o ex-presidente fala sobre a sua saúde e sobre política.

Assistam a vídeo.

Volto em seguida.




Voltei

Eu não tenho motivo nenhum para alterar uma linha do que escrevi no meu primeiro post a respeito da doença do ex-presidente, ainda no sábado. Recomendando serenidade aos leitores, expressei a minha convicção:

“O câncer não é instrumento de vingança política, não é uma lição de vida, não é um livro didático! Ele só ensina que é preciso vencê-lo. Nada mais!”

E avisei que coibiria manifestações agressivas ou que fizessem votos de que Lula fosse malsucedido em sua batalha. Fui ainda mais claro:

“Em síntese: Lula não está doente porque quer, não está doente porque merece, não está doente para ter uma lição de vida. Estará hoje nas minhas orações. Doenças não tornam a gente nem melhor nem pior. Elas só nos ensinam que é preciso vencê-las.”

Continuo a acreditar nisso.

Mas também expressei o temor, naquele texto, de que o próprio PT usasse politicamente a doença de Lula, como usou a de Dilma. Não deu outra. A exploração está em curso.

Se o câncer não existe para punir ninguém, também não existe para paralisar a inteligência e a crítica.

Lula vem a público, com a simpatia e o carisma habituais, para dizer que vai lutar para superar a doença, falando como indivíduo. É, sem dúvida, louvável. Na hora em que usa a doença para fazer exortações de natureza política, aí ele faz aquilo que os petistas acusam o antilulismo de fazer: recorrer à doença para fazer proselitismo político. Por que os críticos dos críticos de Lula não aparecem agora? Cadê o Gilberto Dimenstein para dizer que está “envergonhado”? Vamos analisar trechos da fala:


“Não foi a primeira e não será a última batalha que eu vou enfrentar”

Que se saiba, Lula nunca enfrentou uma séria “batalha” de saúde. Esta, de fato, é a primeira. As outras todas foram políticas. Logo, ele está falando sobre política, certo?

“Eu acho que a gente precisa continuar acreditando no Brasil, botando fé nesse país; Será inexorável a caminhada do país para se transformar numa grande economia, na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. E a gente fazer o que tem de ser feito: acreditar na nossa presidenta, ajudá-la, sabe?, porque é assim que o Brasil vai pra frente.”

O que isso tem a ver com o câncer?

Leia mais aqui.


01/11/2011

Alguém tem dúvida disso?






Lulla, faça o tratamento do câncer pelo SUS!

Júlio Ferreira

Recife - PE

Não sei o porquê do fato de alguns brasileiros, exercendo o seu direito de opinião, lançarem uma campanha para que o presidente Lulla faça o tratamento do câncer pelo SUS, possa ser entendido como algo tão ofensivo.

Será que finalmente vai haver o consenso sobre a tese de que ser pobre nesse país Tiririca, e depender dos serviços públicos de saúde, educação e segurança, é um castigo?

O fato é que nos discursos dos políticos, principalmente depois que o Brasil foi "redescoberto" pelo PT, os serviços públicos são "pintados" como "coisa de primeiro mundo", embora quando eles passem à condição de usuários, não ficam constrangidos em abrir mão dessas "maravilhas", optando imediatamente pelo que de melhor pode ser oferecido pela iniciativa privada, tal como agora está fazendo o presidente Lulla, que "na hora do aperto", não titubeou em buscar tratamento no Hospital Sírio-Libanês, um dos mais conceituados e luxuosos centros hospitalares do mundo.


Não seria essa uma boa oportunidade para Lulla prestar um grande serviço aos brasileiros, dando visibilidade, através do seu tratamento, aos extraordinários recursos que os governistas garantem disponibilizar através do SUS?


Na verdade, deveria haver uma norma legal obrigando os políticos e gestores públicos, independente de partido e/ou viés ideológico, a usar os serviços governamentais.

Com certeza, caso as "otoridades" tivessem de fazer uso, por exemplo, dos hospitais públicos, em caráter compulsório, haveria menos roubo e mais eficiência administrativa.


Alguém tem dúvida disso?


Lula serve de inspiração para campanha ‘Lula no SUS’






Fotos: Ricardo Stuckert/Instituto Cidadania
e Antônio Cruz/ABr


“Se é tão bom, se beira a "perfeição", se serve de pretexto para homenagear o Alencar, queremos o Lula no SUS!”

Além do câncer, Lula enfrenta um ataque que se propaga como uma metástase nos comentários de blogs e nas redes sociais. Alastra-se pela internet uma campanha para que o ex-soberano realize no SUS o tratamento contra o câncer de laringe diagnosticado no sábado.

Principal antagonista político de Lula, Fernando Henrique Cardoso apressou-se em defendê-lo: "Não endosso isso", disse, na noite passada. Para FHC, Lula não deve ser alvo senão de "solidariedade nesse momento de dificuldade".

Declarou que deseja que o rival "se restabeleça prontamente." Realçou que é imperioso "respeitar a saúde."



Em meio à polêmica, o ministro petê Alexandre Padilha (Saúde) veio à boca do palco para enaltecer a "qualidade" da assistência oncológica provida pelo SUS. Jactou-se de ter elevado em 22% o investimento no combate ao câncer. Em 2010, a pasta da Saúde aplicara R$ 1,8 bilhão. Vai fechar 2011 com R$ 2,2 bilhões.

Em texto veiculado no blog do ministério, Padilha disse que cresce o número de procedimentos oncológicos realizados na rede hospitalar pública. Em 2003, ano inaugural do primeiro reinado de Lula, contabilizaram-se 19,7 milhões de intervenções contra o câncer. Em 2011, estima-se que chegarão a 27,8 milhões.

O número de cirurgias contra o câncer saltou de 67 mil em 2003 para 94 mil em 2011. Curiosamente, Padilha forneceu matéria prima para a campanha ‘Lula no SUS’. Inquirido sobre o tratamento de Lula, a quem serviu como ministro das Relações Institucionais, Padilha falou de “preconceito”.

Referiu-se à reação emocional que o câncer costuma atear nas pessoas. Não falou do 'pé atrás' que levou o ex-chefe a tomar distância dos leitos públicos: “O presidente Lula, que já enfrentou tantos outros preconceitos, da forma como ele está lidando com o tratamento, vai superar mais um preconceito, sobre o cancer. Às vezes, as pessoas têm até medo de falar o nome da doença. O câncer tem cura.”

O ministro voltou a pegar em lanças pelo SUS: “Mais de 2,5 milhões procedimentos para o tratamento de câncer são feitos por mês no Sistema Único de Saúde. São quase 30 milhões de procedimentos por ano. Muitas pessoas estão se tratando de câncer no país e se curando.”

No miolo da notícia que a assessoria de Padilha pendurou no blog da Saúde, anotou-se: “O tratamento ao qual o ex-presidente está sendo submetido também pode ser realizado pela população em geral no SUS.” Será?

O Tribunal de Contas da União realizou inspeção no sistema público de tratamento oncológico. O resultado fulmina o lero-lero do ministro e ajuda a compreender as razões que levam Lula a fugir do SUS.

O TCU reforçou um diagnóstico conhecido: no SUS, o tratamento de câncer chega tarde e é ineficiente. Verificou-se que, em 2010, pelo menos 58 mil pacientes pobres foram privados de sessões de radioterapia na rede pública. Cerca de 80 mil pessoas deixaram de realizar cirurgias oncológicas requeridas pelos médicos.

Nos hospitais públicos, a fila da quimioterapia sujeitou a clientela a uma espera média de 76 dias. Apenas 35% dos pacientes foram atendidos no prazo mínimo estipulado pelo Ministério da Saúde: 30 dias. Na fila da radioterapia, o suplício é maior: espera de 113,4 dias. Registraram-se escassos 16% de atendimentos no primeiro mês pós-diagnóstico.

Conclui o TCU: o SUS "não está suficientemente estruturado para assegurar atenção oncológica adequada para toda a população que dela necessita."

Como se vê, a campanha inaugurada contra Lula na web, além de impiedosa, é injusta. O ex-soberano revela-se um sábio ao socorrer-se no Sírio Libanês. Nenhum brasileiro com a saúde financeira e mental em dia faria diferente.

Ironicamente, deve-se a Lula a inspiração que embala a nefasta cruzada anti-Lula que contagia o cristal líquido dos computadores. Na Presidência, Lula dissera que o SUS estava muito próximo da “perfeição”. Ao inaugurar uma unidade de pronto atendimento em Pernambuco, declarara que as instalações eram tão convidativas que dava vontade de ficar doente.



Fora do cargo, Lula brincou com a mãe de Caetano Veloso, que internara-se num hospital privado de Salvador para tratar-se de uma crise respiratória. Em visita a dona Canô, Lula disse, entre risos, que ela deveria ter chamado o SAMU, serviço de atendimento emergencial móvel do SUS.

Abalroado pelo câncer, Lula esqueceu a “perfeição” do sistema público. Chamar o telefone do SAMU? Nem pensar. Melhor correr para o Hospital Sírio Libanês, um dos mais bem aparelhados da América Latina.

Há três meses, Dilma Rousseff, outra paciente ilustre do Sírio, mudou o nome de um hospital público de São Paulo.

O Instituto Nacional de Câncer passou a chamar-se José Alencar. Homenagem ao ex-vice-presidente e ex-cliente do mesmo Sírio.

Declarações como as do Lula pré-câncer e gestos como o de Dilma pós-linfoma, combinados à trava que o governo impõe no Congresso ao projeto que regula os investimentos no SUS, movem a turba da internet.

A rapaziada sente-se como que compelida a gritar: “Se é tão bom, se beira a "perfeição", se serve de pretexto para homenagear o Alencar, queremos o Lula no SUS!”


01/11/2011


USP – Não há divisão nenhuma! Maioria quer polícia no campus


A palavra é forte, mas não há outra: é MENTIRA!

A USP não está dividida coisa nenhuma!

A esmagadora maioria dos alunos é favorável à presença da PM.


Uma reportagem sobre a USP na Folha desta terça começa assim:

“Dois atos marcados para hoje ilustram como a comunidade da USP está dividida em relação à presença da Polícia Militar no campus. De um lado, às 17h, um evento organizado por redes sociais pretende reunir estudantes que apóiam a PM. De outro, no mesmo horário, estudantes que invadiram um prédio da FFLCH convocaram uma assembléia para decidir se devem ou não deixar o local.”
A palavra é forte, mas não há outra: é MENTIRA! A USP não está dividida coisa nenhuma! A esmagadora maioria dos alunos é favorável à presença da PM. Quem se opõem são as correntes minoritárias de extrema esquerda, que reúnem alguns gatos-pingados entre os alunos, e a direção do Sintusp, também dominado por sectários. Além dos traficantes.
Quem provocou o confronto com a polícia, aliás, foi o sindicato. Ontem, a Congregação da FFLCH se reuniu e criticou a presença da PM no campus, afirmando que ela “extrapólou”. É uma ignomínia, um acinte à verdade, uma mentira descarada. A POLÍCIA FOI AGREDIDA POR BANDIDOS!
Manifestações

Uma das Malfaldinhas uspianas — publico só o primeiro nome: Amanda — me enviou ontem um comentário, tentando ser desafiadora, como se eu desconhecesse o movimento estudantil:

“Reinaldo, vc viu amanhã vai haver um ato pró-PM na USP? É a vez de por em xeque seu argumento de que são minorias que se manifestam. Pensa: se os que são a favor não passar de 300 na manifestação como ficará o seu recorrente argumento de que na manifestação tinha 600 alunos esquerdistas, o que respresenta 0, 0… da comunidade USP. Pensa!”
Assim como o “pensamento”, a língua em que ela se expressa também é de sua inteira responsabilidade. Vamos ver. Amanda, preste atenção porque eu só vou explicar uma vez. Maiorias e minorias, querida, não se medem entre os que estão nas praças e avenidas da USP, compreende?. O cotejo tem de ser dar entre os que estão nas salas de aula, estudando e se esforçando, e os que estão vagabundeando, tentando fazer a “revolução socialista”, depois, claro!, de comer sucrilho e tomar Toddynho comprados pelo papai reacionário…
A maioria que quer aula — e que assiste às aulas — nem mesmo reconhece o fórum de vocês por uma razão óbvia, correta e legítima: é uma instância manipulada, em que vigora  a vontade da… minoria! Amandinha, em que outro lugar do mundo, por exemplo, gente que se diz marxista ainda domina aparelhos sindicais? Só na USP! Em Pequim, nem sindicatos existem…
Eu não sei se haverá 10, 15, 20 ou 20 mil alunos favoráveis à PM. O que sei, moça, é que a maioria silenciosa quer estudar. E estuda! Até acho uma pena que ela não goste de sair às ruas de vez em quando. Só para que você soubesse o que é, realmente, uma maioria.
01/11/2011

Esperava-se uma comoção nacional






Não há notícias de romeiros chegando a São Bernardo do Campo.
 
Não espoucaram novenas nas missas dominicais e nem romarias aos santuários populares.


 
Nem mesmo a tag "Força Lula" decolou no twitter, mesmo disseminada por políticos de primeira grandeza e por jornalistas e blogueiros chapa-branca. Nem mesmo o papa mandou uma carta, mas apenas um recado educado de pleno restabelecimento através do embaixador.

Ao contrário: a exigência nas redes sociais que não podem ser censuradas por uma imprensa cínica foi que Lula seja tratado como um comum mortal, agora ainda mais mortal, recebendo o seu tratamento em algum hospital do SUS, onde, segundo ele, " a saúde é quase perfeita" ou em alguma UPA tão fantástica que "até da vontade de ficar doente para usar".

O clamor foi tão grande que a imprensa reagiu, tratando o fato como covardia, desumanidade, insanidade, creditando tais manifestações aos instintos mais selvagens de uma minoria de trogloditas virtuais.

Censurou as manifestações e deu espaço apenas para a análises comportamentais equivocadas.

A verdade tirada do episódio é que Lula não é a unanimidade que pregam.

Também é verdade que Lula está pagando o preço da sua gabolice e arrogância ao fazer afirmações mentirosas sobre a Saúde no Brasil, verbalizadas na forma de tiradas de efeito para obter dividendos políticos e eleitorais.

Mais verdade ainda é que a imprensa e a militância petista esperavam e desejavam uma comoção nacional.


Ela não houve e talvez a maioria silenciosa até concorde com os que se manifestam pelo tratamento de Lula no SUS, sintetizando nesta metáfora a revolta contra o político e também contra o homem que sempre usou a aura de pobrezinho para tornar-se um dos mais ricos homens públicos do Brasil.

A verdade, a grande e inquestionável verdade, é que Lula está tendo um caríssimo tratamento pago pelos contribuintes cancerosos anônimos que esperam mais de 70 dias por quimioterapia e mais de 120 dias por radioterapia nas filas do SUS.
Sabe o que é revoltante?

É ver uma imensa junta médica dizendo que Lula vai se salvar porque houve um rápido diagnóstico e o tratamento começou imediatamente.



É contra isso que as pessoas estão revoltadas, por ver o pretenso pai dos pobres ser tratado como um imperador.

Esperava-se uma comoção nacional.

Há motivos para que ela não tenha ocorrido, por mais que colunistas, blogueiros e jornalistas não aceitem investigar com isenção e sem preconceitos os motivos que despertaram este sentimento de justiça e de igualdade expresso por boa parte da população brasileira.

É mais fácil censurar e ficar perplexo ante a "maldade" de certas pessoas do que investigar o que existe por detrás deste desejo de que Lula tenha um tratamento isonômico para o seu câncer, igual ao de um Silva qualquer.

As pessoas não estão sendo más.

Elas estão sendo apenas justas nesta país cada vez mais injusto.


1 de novembro de 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

República destroçada



Vivemos numa República bufa

A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário.

Basta ler o Estadão todo santo dia.

As notícias são desesperadoras.

A falta de compostura virou grife.

Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor.

Os corruptos já não ficam envergonhados.

Buscam até justificativa histórica para privilégios.

O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional – e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar – proclamando aos quatro ventos seu “direito” de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada.

Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido “Triste Bahia”.

Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu): triste Brasil.

Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: “Pobre te vejo a ti”.

É a melhor síntese do nosso país.
Trecho do artigo "República destroçada", de Marco Antonio Villa, O Estado de S.Paulo

Leia abaixo:



República destroçada

Marco Antonio Villa - O Estado de S.Paulo

Em 1899 um velho militante, desiludido com os rumos do regime, escreveu que a República não tinha sido proclamada naquele mesmo ano, mas somente anunciada. Dez anos depois continuava aguardando a materialização do seu sonho. Era um otimista. Mais de cem anos depois, o que temos é uma República em frangalhos, destroçada.
Constituições, códigos, leis, decretos, um emaranhado legal caótico. Mas nada consegue regular o bom funcionamento da democracia brasileira. Ética, moralidade, competência, eficiência, compromisso público simplesmente desapareceram. Temos um amontoado de políticos vorazes, saqueadores do erário. A impunidade acabou transformando alguns deles em referências morais, por mais estranho que pareça. Um conhecido político, símbolo da corrupção, do roubo de dinheiro público, do desvio de milhões e milhões de reais, chegou a comemorar recentemente, com muita pompa, o seu aniversário cercado pelas mais altas autoridades da República.
Vivemos uma época do vale-tudo. Desapareceram os homens públicos. Foram substituídos pelos políticos profissionais. Todos querem enriquecer a qualquer preço. E rapidamente. Não importam os meios. Garantidos pela impunidade, sabem que se forem apanhados têm sempre uma banca de advogados, regiamente pagos, para livrá-los de alguma condenação.
São anos marcados pela hipocrisia. Não há mais ideologia. Longe disso. A disputa política é pelo poder, que tudo pode e no qual nada é proibido. Pois os poderosos exercem o controle do Estado - controle no sentido mais amplo e autocrático possível. Feio não é violar a lei, mas perder uma eleição, estar distante do governo.
O Brasil de hoje é uma sociedade invertebrada. Amorfa, passiva, sem capacidade de reação, por mínima que seja. Não há mais distinção. O panorama político foi ficando cinzento, dificultando identificar as diferenças. Partidos, ações administrativas, programas partidários são meras fantasias, sem significados e facilmente substituíveis. O prazo de validade de uma aliança política, de um projeto de governo, é sempre muito curto. O aliado de hoje é facilmente transformado no adversário de amanhã, tudo porque o que os unia era meramente o espólio do poder.
Neste universo sombrio, somente os áulicos - e são tantos - é que podem estar satisfeitos. São os modernos bobos da corte. Devem sempre alegrar e divertir os poderosos, ser servis, educados e gentis. E não é de bom tom dizer que o rei está nu. Sobrevivem sempre elogiando e encontrando qualidades onde só há o vazio.
Mas a realidade acaba se impondo. Nenhum dos três Poderes consegue funcionar com um mínimo de eficiência. E republicanismo. Todos estão marcados pelo filhotismo, pela corrupção e incompetência. E nas três esferas: municipal, estadual e federal. O País conseguiu desmoralizar até novidades como as formas alternativas de trabalho social, as organizações não governamentais (ONGs). E mais: os Tribunais de Contas, que deveriam vigiar a aplicação do dinheiro público, são instrumentos de corrupção. E não faltam exemplos nos Estados, até mesmo nos mais importantes. A lista dos desmazelos é enorme e faltariam linhas e mais linhas para descrevê-los.
A política nacional tem a seriedade das chanchadas da Atlântida. Com a diferença de que ninguém tem o talento de um Oscarito ou de um Grande Otelo.

Os nossos políticos, em sua maioria, são canastrões, representam mal, muito mal, o papel de estadistas. Seriam, no máximo, meros figurantes em Nem Sansão nem Dalila. Grande parte deles não tem ideias próprias. Porém se acham em alta conta.
Um deles anunciou, com muita antecedência, que faria um importante pronunciamento no Senado. Seria o seu primeiro discurso. Pelo apresentado, é bom que seja o último. Deu a entender que era uma espécie de Winston Churchill das montanhas. Não era, nunca foi. Estava mais para ator de comédia pastelão. Agora prometeu ficar em silêncio. Fez bem, é mais prudente. Como diziam os antigos, quem não tem nada a dizer deve ficar calado.
Resta rir. Quem acompanha pela televisão as sessões do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e as entrevistas dos membros do Poder Executivo sabe o que estou dizendo.

O quadro é desolador.

Alguns mal sabem falar.

É difícil - muito difícil mesmo, sem exagero - entender do que estão tratando.
 
Em certos momentos parecem fazer parte de alguma sociedade secreta, pois nós - pobres cidadãos - temos dificuldade de compreender algumas decisões.

Mas não se esquecem do ritualismo.

Se não há seriedade no trato dos assuntos públicos, eles tentam manter as aparências, mesmo que nada republicanas.
 
O STF tem funcionários somente para colocar as capas nos ministros (são chamados de "capinhas") e outros para puxar a cadeira, nas sessões públicas, quando alguma excelência tem de se sentar para trabalhar.
Vivemos numa República bufa. A constatação não é feita com satisfação, muito pelo contrário. Basta ler o Estadão todo santo dia. As notícias são desesperadoras. A falta de compostura virou grife. Com o perdão da expressão, mas parece que quanto mais canalha, melhor. Os corruptos já não ficam envergonhados. Buscam até justificativa histórica para privilégios. O leitor deve se lembrar do símbolo maior da oligarquia nacional - e que exerce o domínio absoluto do seu Estado, uma verdadeira capitania familiar - proclamando aos quatro ventos seu "direito" de se deslocar em veículos aéreos mesmo em atividade privada.
Certa vez, Gregório de Matos Guerra iniciou um poema com o conhecido "Triste Bahia". Bem, como ninguém lê mais o Boca do Inferno, posso escrever (como se fosse meu): triste Brasil. Pouco depois, o grande poeta baiano continuou: "Pobre te vejo a ti". É a melhor síntese do nosso país.
HISTORIADOR, É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS(UFSCAR)

30.10. 2011