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sábado, 14 de junho de 2014

A cretinice de Lula



Vamos falar de cretinice?

Por Rodrigo Constantino




O ex-presidente Lula é mesmo uma das pessoas mais cretinas deste país. Uso o termo aqui em seu sentido patológico: Lula tem uma compulsão pela mentira, pelo desrespeito à inteligência alheia, aos fatos, à coerência. O uso que ele fez do episódio do xingamento na abertura da Copa é algo da ordem do absurdo, mesmo já se esperando o pior vindo dele. É uma afronta a todos os brasileiros que têm Q.I. acima de 50 e conseguem somar 2 com 2.
Apelar para a vitimização é o que o PT sempre soube fazer. Mas Lula passa sempre de qualquer limite. Ele disse que as vaias foram “a maior vergonha que o país já viveu”. Aproveitando-se de forma extremamente oportunista da coisa, deu uma rosa branca à Dilma, mulher mais poderosa do país transformada imediatamente em símbolo do “sexo frágil” contra o machista. Foi um ato contra a “cretinice” dos torcedores do estádio. Para não deixar por menos, a presidente Dilma respondeu, “emocionada”:
Agradeço essa rosa e agradeço às mulheres do PT de Pernambuco. Hoje é um dia emocionante. Acho que esse gesto do presidente Lula e da Tereza Leitão [presidente do PT em Pernambuco] são simbólicos do que nós somos. Somos guerreiros. Temos essa tradição de militância guerreira. Temos valores, respeitamos a dignidade.
Guerreiros, sim. Lutam pelo comunismo há décadas. Valores? Respeito à dignidade? Nem aqui, muito menos em Cuba! Que valores o PT defende? Aqueles representados na figura de Paulo Maluf? Ou seria Sarney? O PT que defende criminosos presos na Papuda, julgados pelo STF cujos ministros o próprio PT apontou? São esses valores?
A dignidade do mensalão, que tentou comprar o Congresso todo? Ou seria a dignidade dos infindáveis escândalos de corrupção? O PT que destruiu a Petrobras, que a transformou em um duto de dólares ilegais para a Suíça, esse mesmo partido vem falar agora em valores e dignidade? Que tipo de idiota cai nessa?
Lula e Dilma esperam que seja o idiota totalmente alienado, pois é para ele o recado dos dois: tudo isso não passou de ingratidão da elite sem educação! Os ricos, brancos e de olhos azuis: são esses os responsáveis pela “maior vergonha do país”. Para Lula, quem quer ir de metrô até o estádio é “babaca” e quem vaia a presidente é “cretino”. Vejam o que disse Lula, após concluir que o público da vaia era formado por “gente bonita e que sempre comeu”:
Você viu que não tinha ninguém com a cara de pobre, a não ser você, Dilma. Não tinha nenhum pelo menos moreninho. Era a parte bonita da sociedade, que comeu a vida inteira e chegou ao estádio para mostrar que educação a gente aprende em casa, vem de berço. Eu duvido que um trabalhador desse país, que uma mulher ou que um homem tivesse coragem de falar 1% dos palavrões que eles destilaram, de uma cretinice fomentada por uma parte da imprensa brasileira.
Dilma tem cara de pobre? Pode ter cara de poste, de intragável, de arrogante, mas de pobre? Com aqueles cabelos que gastam milhares de reais todo mês para ficar daquele jeito? Não tinha ninguém “moreninho”? Isso não seria… racismo de Lula? Aliás: se o PT diz agora que só tinha elite ali, então ele assume que gastou bilhões do povo trabalhador para realizar um evento para as elites apenas? Isso é uma confissão?
Sim, educação vem de berço, e Lula claramente não teve uma decente. Lula duvida que um trabalhador tivesse coragem de falar 1% dos palavrões ditos ali? Há quanto tempo ele não convive mais com trabalhadores de verdade? Que figura é essa abstrata do “trabalhador” que o oportunista criou só para segregar ainda mais o povo brasileiro entre “trabalhadores” e “elite”? Conheço gente da elite, funcionários públicos e artistas ou empresários, que se venderam para o PT e defendem toda essa indecência de governo; e conheço gente pobre, humilde, trabalhadora, que abomina o PT. Como fica?
Eu vou dizer qual é a maior vergonha que o país já viveu: ter Lula como presidente! Ter Dilma como presidente! Ter o PT no poder há 12 anos destruindo esse país! Ter tido o mensalão, Dirceu no ministério, petistas atacando o presidente do STF, inclusive com base em sua “raça”, só para defender criminosos. A volta da inflação elevada. O aparelhamento da máquina estatal por militantes vagabundos. Os escândalos de corrupção que nem a imprensa dá conta de acompanhar. Isso dá vergonha! O PT é uma vergonha para aqueles seres pensantes deste país!
Outra coisa que talvez seja a maior vergonha que esse país já viveu é justamente a tentativa de uso político do futebol, algo que o PT faz como ninguém, colocando no chinelo até os militares. Dilma usou uma prerrogativa de estado para fazer campanha eleitoral e se apropriar da paixão do brasileiro pelo esporte. Isso é indecente, muito mais do que alguns xingamentos no estádio. Mas Lula culpa os bodes expiatórios de sempre: as “elites” e a imprensa. Canalhice pura.
Merval Pereira, em sua coluna de hoje no GLOBO, comentou sobre as vaias:
Não havia apenas membros das elites brasileiras no estádio, não foram apenas as alas VIPs que xingaram a presidente, e não é nada desprezível o significado político do que aconteceu naquela tarde em São Paulo. A presidente Dilma tem um problema sério pela frente, pois é evidente a má vontade dos paulistas com seu governo e com o PT, provavelmente turbinado pela gestão medíocre do prefeito Fernando Haddad na capital paulista.
[...]
Dias antes, a presidente Dilma havia se aproveitado de seu cargo para, em cadeia nacional de rádio e televisão, num abuso de poder, defender-se das críticas a seu governo, sem que houvesse possibilidade de contestação. A conta chegou no jogo de estreia do Brasil, quando a multidão presente ao estádio soube distinguir perfeitamente o que é nacionalismo real daquele patriotismo forçado pelos políticos que fez o escritor e pensador inglês do século XVIII Samuel Johnson dizer que “o patriotismo é o último refúgio dos canalhas”.
A presidente Dilma havia mandado que sua imagem não aparecesse no telão do estádio, para não ficar exposta à ira dos torcedores. Mas, num gesto demagógico, colocaram-na no telão ao comemorar o gol de empate do Brasil, ao lado do vice Michel Temer. Foram impiedosamente vaiados.
O torcedor presente ao Itaquerão aplaudiu a bandeira do Brasil sempre que ela surgiu em campo, fosse na cerimônia de abertura ou na entrada dos times, cantou o Hino Nacional à capela num emocionante e espontâneo rasgo de patriotismo, e entoou cânticos populares exaltando o fato de ser brasileiro.
[...]
Essa exacerbação dos sentidos não ajuda a democracia, mas é preciso salientar que esse clima de guerra permanente foi instalado pelo PT, que não sabe fazer política sem radicalização e que precisa de um inimigo para combater. A prática do “nós contra eles” acaba levando a radicalizações como a de quinta-feira. A vaia é um problema da presidente Dilma e do PT.
Quem tem boca vai a Roma. E quem tem cérebro vaia o PT. Tentar tratar a vaia como uma implicância de uma elite sem educação e ingrata é algo tão absurdo, que só mesmo o PT ousaria fazer. Quando o assunto é cretinice, o partido é simplesmente imbatível, e Lula lidera a horda dos cretinos. Essa gente faz muito mal ao Brasil. Até quando?
PS: O que Lula tem a dizer sobre essa cretinice dos militantes petistas, incitados por José Dirceu, que atacaram não verbalmente, mas fisicamente um Mário Covas com câncer?





sexta-feira, 13 de junho de 2014

O coro da torcida mostrou à presidente escondida na tribuna do Itaquerão que os brasileiros já não aceitam ser tratados como otários pelos farsantes no poder






Por Augusto Nunes

A presidente Dilma Rousseff fez o possível para ser ignorada pela multidão presente ao jogo de abertura da Copa do Mundo. Não teve o nome citado pelo serviço de som, não fez uma única declaração e se refugiou na tribuna de honra. Mas o povo resolveu lembrar-se de Dilma.

O vídeo divulgado pelo Instagram de VejaSP mostra que a presidente tinha sonoros motivos para tentar ser esquecida.

PF identifica depósitos feitos por fornecedores da Petrobras em conta de laranja do doleiro Youssef


Boca na botija

ucho.info


Engana-se quem pensa que chegaram ao fim as prisões decorrentes da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. De acordo com as investigações policiais, empresas que têm contratos com a Petrobras fizeram depósitos em contas bancárias abertas na Suíça em nome de um cítrico preposto do doleiro Alberto Youssef, que encontra-se preso em Curitiba. Entre as empresas que fizeram os tais depósitos estão a Sanko Sider e a empreiteira OAS, como provam documentos apreendidos pela PF.

Autoridades suíças bloquearam uma conta com saldo de US$ 5 milhões e que suspeita-se que tenha sido abastecida com dinheiro desviado da petroleira verde-loura. A criminosa lavanderia financeira comandada por Youssef teria movimentado aproximadamente R$ 10 bilhões.

A Sanko Sider é a maior fornecedora de tubos da Petrobras, enquanto a OAS mantém vários contratos com a estatal. Os depósitos foram feitos em contas de empresas sem qualquer tipo de operação e que integram o esquema de Alberto Youssef.

Vale lembrar que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, também preso em Curitiba, passou a prestar consultoria aos fornecedores da petroleira após deixar a empresa. Ele voltou a ser preso, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, por causa da possibilidade iminente de fuga e por manter na Suíça uma dúzia de contas bancárias com saldo total de US$ 23 milhões, montante devidamente bloqueado.

Em depoimento à CPMI da Petrobras, Costa negou que a empresa seja um balcão de negócios ou uma organização criminosa. De igual modo, o ex-dirigente afirmou que na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, não houve superfaturamento. Acontece que o custo inicial da refinaria pernambucana foi estimado em R$ 6 bilhões, mas já consumiu muito mais e a conta final deve chegar a R$ 42 bilhões.

Uma força-tarefa montada integrada pela Polícia Federal, Justiça Federal e Ministério Público, com servidores altamente capacitados e experientes em crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, está debruçada sobre o escândalo que vem tirando o sono de muitos dos frequentadores da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Isso porque Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa são verdadeiros arquivos vivos, assim como também deixaram rastros de suas lambanças.

O ucho.info vem acompanhando os desdobramentos da Operação Lava-Jato e já identificou que novas prisões podem acontecer em breve. Pessoas ligadas a Youssef que ainda não foram incomodadas pela PF estão acuadas e podem soltar o verbo a qualquer momento. A Polícia Federal vem monitorando diuturnamente o segundo escalão do esquema criminoso operado pelo doleiro. Fora isso, o site teve a cesso a informações bombásticas que ainda não foram repassadas às autoridades que investigam o caso.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Dilma na TV: se estivesse tão certa do que diz, falaria na quinta para o povo e não se esconderia na Rede Nacional de Rádio e TV



Na imaginação do lulo-petismo, esta quinta seria o dia da consagração do partido, de Lula e, claro!, de Dilma.

A presidente faria o discurso de abertura, e o estádio explodiria num grito de incontida alegria.

No luminoso do estádio, talvez brilhasse uma inscrição: “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

Afinal, nada mais parecido com a face mais tosca do regime militar do que o lulo-petismo, com os seus sonhos de um capitalismo rigidamente controlado pelo estado, com a substituição da antiga tecnoburocracia pela elite sindical de agora, os “burgueses do capital alheio”.



Por Reinaldo Azevedo

Mas deu tudo errado.

Dilma não vai nem dizer “Boa tarde!”, ou o Itaquerão será inaugurado para o mundo com uma vaia como nunca antes na história “destepaiz”.

A presidente sabe o gosto que isso tem.

Como esquecer a “homenagem” que lhe prestou o estádio Mané Garrincha, em Brasília, na Copa das Confederações?

Impedida de falar por vontade expressa dos brasileiros, a presidente apelou a um instrumento sobre o qual o povo não tem controle nenhum: a Rede Nacional de Rádio e Televisão, onde ela pode dizer o que lhe dá na telha, certamente aplaudida pelos áulicos profissionais.

E Dilma fez, então, o seu discurso inaugural nesta terça, dois dias antes de o Brasil fazer o seu jogo de estreia, o primeiro da Copa do Mundo de 2014, contra a Croácia.

Começou exaltando a índole alegre do nosso povo, as nossas belezas naturais, vocês sabem, aquilo tudo que faz da gente um povo alegre e com samba no pé… Até aí, vá lá. Não se poderia esperar muitas coisa além de uma “Aquarela do Brasil” filtrada pela linguagem da antropologia burocrática. Mas Dilma decidiu ir além e responder a seus críticos. Respondeu aos “pessimistas” e acabou dizendo coisas estranhas aos fatos, que não correspondem à verdade.

Segundo a presidente, esses pessimistas “já saíram perdendo” (a pessoa que redigiu o discurso resolveu abusar da linguagem futebolística) porque suas previsões teriam falhado. E foi enumerado e tentando provar o contrário: “Disseram que não teríamos estádios, que não teríamos aeroportos, que não teríamos energia…”

Pra começo de conversa, ninguém disse que “não teríamos”. Teríamos e temos, mas incompletos, muito distantes do que foi combinado. O atraso na privatização dos aeroportos se deve ao fato de que Dilma governa com dois braços esquerdos, não é? A sua repulsa ao capital privado atraso as privatizações, e boa parte das obras será entregue depois da Copa. Isso é apenas fato, não boato. Praticamente não há estádio que tenha sido entregue conforme o que estava especificado. Alguns estão recebendo o acabamento enquanto escrevo este texto. A maioria das obras de mobilidade — estas, sim, poderiam trazer qualidade de vida à população — ficou no papel.

O que se disse é que haveria atraso: e houve. O que se disse é que não se cumpriria o prometido: e não se cumpriu. Pior: as obras realizadas só seguiram adiante porque se jogou no lixo a Lei de Licitações. A transparência nos gastos a que aludiu a presidente, infelizmente, é falsa. Qual é o controle que tem, por exemplo, o TCU?

A única parte procedente da crítica, mas dita de maneira inverossímil, é a resposta àqueles que sustentam que os gastos da Copa poderiam ter sido investidos no social. Dilma afirmou, e concordo neste particular, que essa conta não procede — e vocês sabem que jamais a endossei aqui. Nunca tive nada contra a ideia de o país realizar a Copa do Mundo. O que cobro — e também em relação à Olimpíada — é competência. O que critico é a megalomania. O que me causa asco é a exploração política vigarista de uma realização que, de fato, é de todo o povo brasileiro.

E, nesse caso, registro, então, que o governo Dilma, com seus atrasos constrangedores, com suas obras não-realizadas, é pior do que os brasileiros. Se estes fossem tão incompetentes como a gestão petista, estariam comendo grana em vez de ganhar a vida de modo digno — a maioria ao menos.

Exploração lamentável!

A fala faz uma exploração lamentável da Copa do Mundo, e tendo a achar que é contraproducente, gerando um efeito contrário ao pretendido. Ficou nítido que, em vez de um discurso de boas-vindas, Dilma estava respondendo a seus críticos, numa posição, convenham, um pouco covarde. E não me refiro à covardia pessoal, mas à covardia do governo. Afinal, os que contestam seus argumentos, numa questão com esse alcance público, não têm uma Rede Nacional de Rádio e Televisão para responder.

Ora, se Dilma está tão certa de tudo o que diz, que o diga, então, na quinta-feira. Que tome o microfone — e sua posição lhe faculta essa licença — e exalte as maravilhas de sua gestão para mais de 60 mil pessoas — e olhem que boa parte desse púbico é composta de convidados.

Se eu fosse conselheiro de Dilma, recomendaria que não apelasse a um instrumento que deveria servir apenas ao trabalho de informação para fazer um discurso que não tem como não soar autoritário. É incrível como os petistas têm errado a mão nessas coisas. E olhem que são especialistas na manipulação da opinião pública. Não que tenham mudado de texto. Continua o mesmo. É que Lula sempre foi um ator bem mais competente do que Dilma.

Ela não é amadora apenas como gestora. Também é bisonha como atriz.

PS – Ah, sim: a presidente disse que seus críticos passaram “o ridículo” (sic) de prever um surto de dengue. Bem, o Brasil passa por um surto de dengue. Sim, é verdade, é o surto de sempre. É que, em países atrasados, com governos atrasados, os surtos se tornam crônicos.


10/06/2014

Congresso reage e dá prazo para Dilma revogar decreto bolivariano


Presidentes da Câmara e do Senado cobraram que o Palácio do Planalto desista da medida; PMDB já anunciou que trabalhará para derrubar o texto

Por Marcela Mattos, de Brasília
Veja.com

PRESSÃO – Partidos dão prazo para Dilma revogar decreto (Reuters)

A mobilização que começou nas bancadas de oposição se espalhou pelos partidos governistas, e o Congresso Nacional decidiu reagir ao Decreto 8.243/2014, assinado pela presidente Dilma Rousseff. A medida institui, numa canetada, a participação de “integrantes da sociedade civil” em todos os órgãos da administração pública e indireta num ataque à democracia representativa.

Pressionados por líderes de partidos, os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediram pessoalmente à presidente, que hoje compareceu ao Congresso para a Convenção Nacional do PMDB, que desista do decreto. Conforme antecipou a coluna Radar on-line, Alves já havia procurado o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) para pedir a revogação do texto.

Alves foi particularmente bombardeado por ter se recusado a colocar em votação um decreto legislativo da oposição para anular os efeitos do decreto de Dilma. Nesta terça, porém, mudou o discurso e vocalizou o sentimento hoje majoritário no Congresso: “Se até amanhã o governo não atender, nós vamos votar a favor da derrubada do decreto”. Segundo aliados, dois fatores pesaram para a mudança de atitude do deputado: a pressão do próprio PMDB contra o decreto e a irritação pessoal com a desistência de última hora de Dilma em participar da inauguração do aeroporto potiguar de São Gonçalo do Amarante. Alves é candidato ao governo do Estado e espera ter Dilma em seu palanque. “Ainda não pautei o projeto para, ao meu estilo, tentar a retirada do decreto”, justificou-se.

Em plenário, Renan também pediu que o Palácio do Planalto recue: "Sempre defendi a ampliação da participação popular, mas não é aconselhável que se recorra a um decreto para tal. Quem representa o povo é o Congresso Nacional e, por este motivo, o ideal – eu falei isso para a presidente e queria repetir aqui – é que a proposta seja enviada através de um projeto de lei ou mesmo através de uma medida provisória, para que sejam aqui aprimorados, para que possam receber as insubstituíveis colaborações e aprimoramentos dos deputados e dos senadores".

O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse que o partido vai apoiar a derrubada do texto caso Dilma não recue da decisão. Cinco partidos já anunciaram obstrução às votações na Câmara: DEM, PSDB, PPS, PSD e Solidariedade.

Nesta terça-feira, a sessão da Câmara voltou a ser tomada por críticas ao decreto de Dilma. O texto foi classificado de “autoritário” e “ditatorial” por deputados da oposição. “Se a presidente revogar a matéria, será um recuo salutar. É um ato de humildade”, argumentou o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).
10.06.2014

Revolucionários e reacionários



Se Sarney é conservador, se defender a volta dos militares é conservadorismo, então fica realmente difícil defendê-lo.

Mas o que é, afinal, o conservadorismo?



Rodrigo Constantino

Ninguém sofre mais preconceito no Brasil do que o conservador. É o grande pária da sociedade, visto como um ser primitivo, reacionário e saudosista. Há muita confusão acerca do que significa o conceito. Se Sarney é conservador, se defender a volta dos militares é conservadorismo, então fica realmente difícil defendê-lo. Mas o que é, afinal, o conservadorismo?

Para responder a essa questão, João Pereira Coutinho escreveu o excelente livro “As ideias conservadoras”, da editora Três Estrelas. Ele resgatou em Edmund Burke, o “pai” do conservadorismo moderno, os principais valores defendidos pelo movimento político conservador. Trata-se de leitura altamente recomendável, capaz de elucidar muitas dúvidas existentes e até compreensíveis, quando se mistura conservadores “de boa estirpe” com reacionários.

Para começo de conversa, o conservadorismo é reativo, ou seja, ele nasce para combater ameaças revolucionárias provenientes de utopias paridas por pensadores que amam a abstrata Humanidade, mas não se importam muito com o próximo. Burke escreveu suas clássicas reflexões justamente para reagir à Revolução Francesa, e fez alertas antes de ela descambar para o sangrento terror de Robespierre.

Ao preferir o familiar ao desconhecido, o testado ao nunca testado, o conservador tende a ser cético com mudanças muito radicais, especialmente aquelas derivadas de utopias, com propostas para uma “solução final” para os complexos problemas da vida em sociedade.

Mas não são apenas os revolucionários que representam uma ameaça. Os reacionários são igualmente perigosos. São “revolucionários do avesso”, que desdenham da mesma forma do presente e sonham com uma utopia, só que existente no passado idealizado e romantizado.

Tanto os revolucionários como os reacionários acreditam em um mundo harmonioso, estático, “onde os homens, porque dotados de uma natureza fixa e inalterável, desejam necessariamente as mesmas coisas”. Ambos demonstram desprezo pela realidade e acabam se mostrando intolerantes, dispostos a meios condenáveis para atingir seu sonho de perfeição.

Isso não quer dizer, naturalmente, que o conservador será contrário a qualquer mudança. Ele apenas adota postura mais prudente, assume conduta mais moderada, respeitando as tradições que sobreviveram aos “testes do tempo”. Ele será favorável a reformas que possam ajudar no processo de evolução continuada da sociedade, mas sempre levando em conta nossas limitações e imperfeições. Isso exige maior cautela e humildade, assim como respeito aos aspectos circunstanciais do momento.

Os “engenheiros sociais”, que pretendem remodelar nossas almas, criar um mundo novo do zero ou regressar a um inexistente, terão no conservadorismo um obstáculo. Tendo o homem um intelecto limitado, o conservador irá alertar para as consequências não planejadas ou intencionais, reforçando sempre aquilo que nós não conhecemos. Prudência é a palavra-chave aqui.

“Um conservador entende que a realidade é sempre mais complexa, e mais diversa, que a simplificação apaziguadora das cartilhas ideológicas”, escreve Coutinho. Alguns valores básicos, ou “primários”, terão de ser sempre respeitados, se quisermos preservar a civilização. Mas, fora isso, deverá haver tolerância e respeito para com a diversidade. Os “progressistas” falam em pluralidade, mas se mostram, na prática, os mais intolerantes com divergências; os conservadores praticam a verdadeira tolerância, dentro dos limites necessários para a sobrevivência da própria civilização e da tolerância.

Respeitar tradições, o legado dos que vieram antes de nós, e também se preocupar em preservar e deixar um legado positivo para os que ainda virão, tudo isso é parte da mentalidade conservadora, que reconhece que somos parte dessa “herança coletiva”. O estadista jamais irá encarar a sociedade como uma tela em branco na qual pode pintar o que lhe aprouver. Terá responsabilidade por saber que fazemos parte de um processo interminável, e que devemos respeito aos mortos e aos que estão para nascer.

Por fim, nem todos os conservadores admiram a “sociedade comercial”, juntando-se aos esquerdistas nos ataques ao capitalismo. Coutinho busca em Thatcher, e no próprio Burke, uma visão alternativa, que reconcilia o conservadorismo com o livre mercado, uma “ordem espontânea” que preserva as liberdades individuais. A defesa conservadora do capitalismo é mais ética do que utilitarista: precisamos respeitar as escolhas dos indivíduos, possíveis apenas em um ambiente de trocas voluntárias.

Rodrigo Constantino é economista e presidente do Instituto Liberal

10/06/2014

Ibope: Dilma cai para 38%, e Aécio sobe para 22%


A menos de um mês do início da campanha, pesquisa do Ibope mostra queda de Dilma e aumento das chances de a eleição ser resolvida no 2º turno
Dilma Rousseff, Eduardo Campos,
e Aécio Neves

( Reuters e Folhapress e AFP)

Veja.com

Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostra que a presidente Dilma Rousseff oscilou negativamente em relação ao último levantamento. No cenário mais provável, que inclui candidaturas de partidos nanicos, a presidente saiu de 37% das intenções de voto em abril para 40% em maio, e agora recuou para 38%. O pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, saiu de 14% em abril para 20% em maio, e agora alcançou seu maior patamar, com 22%. Eduardo Campos (PSB) soma 13% das intenções de voto, ante 11% em maio e 6% em abril.

No mesmo cenário, pastor Everaldo (PSC) manteve 3% das intenções de voto. José Maria (PSTU), Magno Malta (PR) e Eduardo Jorge (PV) têm 1% cada. Outros nanicos somam 1%. Brancos e nulos são 13% e indecisos, 7%. No levantamento de maio, brancos e nulos somavam 14% e indecisos, 10%.

A pesquisa foi contratada pela União dos Vereadores do Estado de São Paulo. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 142 municípios entre 4 e 7 de junho. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais. O levantamento foi registrado sob o protocolo BR-00154/2014 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo a Agência Estado, o Ibope testou cenários com diferentes vices para Aécio (José Serra, Tasso Jereissati e Aloysio Nunes), além de colocar Marina Silva (PSB) na chapa de Campos e Michel Temer (PMDB) na de Dilma. Marina é a única vice que provoca alterações significativas no panorama. Com seu nome associado ao dela, Campos fica com 17% a 18% das intenções de voto, a depender do cenário. A inclusão de Serra na chapa de Aécio faz com que o tucano marque 23%.

Segundo turno – No cenário comparável com as pesquisas anteriores, os concorrentes de Dilma somam 42%, quatro pontos a mais do que a petista. Isso indica que aumentou a chance de segundo turno. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 40%, e os adversários, 36%.

Em um eventual disputa com Aécio, a vantagem de Dilma caiu de 19 para 9 pontos porcentuais – em menos de um mês, o placar passou de 43% a 24% para 42% a 33%.

No cenário de confronto direto contra Campos, a petista também viu sua vantagem diminuir, de 20 pontos (42% a 22%) para 11 (41% a 30%).

A pesquisa também mostra que aumentou a rejeição à candidatura da presidente: a parcela do eleitorado que afirma que não votaria nela de jeito nenhum subiu de 33% para 38%.
(Com Estadão Conteúdo)

10/06/2014


O medo da trinca informa: Lula, Dilma e Ricardo Teixeira já perderam a Copa




Por Augusto Nunes



Lula verá os jogos da Copa enfurnado em casa. Não dará as caras sequer no Itaquerão, que não existiria sem a intervenção do mais influente torcedor do Corinthians: foi o camelô de empreiteira quem agenciou a entrada no negócio da Construtora Odebrecht e induziu o BNDES a bancar a obra bilionária. Passou anos sonhando com as ovações que ouviria ao irromper nas arenas das 12 subsedes. O medo da vaia o obrigou a descobrir que nada combina mais com futebol que transmissão pela TV e cerveja da geladeira na cozinha.

Ricardo Teixeira verá os jogos da Copa enfurnado em Miami. Andou circulando pelo Rio na semiclandestinidade, mas nem esperou o apito inicial para refugiar-se de novo no suntuoso esconderijo na Flórida. “Ele não quer se expor a manifestações de hostilidade”, confessou um amigo do ex-supercartola que sonhava com o trono da Fifa antes de entrar na lista dos prováveis convocados para a seleção da Interpol.

Dilma Rousseff imaginou que a Copa de 2014 seria a penúltima e mais gloriosa etapa da campanha para um segundo mandato tão inevitável quanto a mudança das estações. No momento, tenta criar coragem para participar da cerimônia de abertura. Mas já avisou que nada no mundo fará com que se arrisque a abrir a boca diante da multidão. Medo de vaia nunca fez bem a cordas vocais.

“Milhões de brasileiros têm sido tratados como se fossem todos patriotas de galinheiro ou otários profissionais”, constatou um trecho do post reproduzido na seção Vale Reprise. Se lhes restasse algum juízo, os embusteiros teriam levado em conta a advertência resumida no título: “A farra bilionária dos vigaristas que forjaram o conto da Copa vai acabar acordando a multidão de lesados”.

Deu no que deu. Ninguém sabe se a Seleção vai ou não ganhar o hexa. O que o pavor da trinca já deixou claro é que Lula, Ricardo Teixeira e Dilma perderam a Copa que nem começou.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Metroviários de SP decidem suspender a greve


Categoria marcou nova assembleia para quarta-feira, véspera da abertura da Copa do Mundo.

Sindicato quer que governo volte atrás nas demissões

Veja.com

Tropa de choque na estação Ana Rosa do metrô, em 09/06/2014 - Reuters

Os metroviários de São Paulo decidiram suspender a greve por 48 horas. A categoria vai fazer uma nova assembleia na quarta-feira para decidir se volta a trabalhar ou realiza uma paralisação no dia da abertura da Copa do Mundo. "A volta da greve no dia 12 vai depender da decisão do governo sobre a readmissão dos 42 funcionários demitidos. Essa é a nossa nova prioridade", disse Altino dos Prazeres, presidente do Sindicato dos Metroviários.

O encontro de cerca de trinta minutos foi tenso. Houve princípio de tumulto entre quem era a favor e contra a continuidade da greve.

A decisão veio depois da reunião de conciliação entre o governo de São Paulo e o Sindicato dos Metroviários terminar sem acordo. "Não há acordo na readmissão de 42 funcionários. A greve já está acabando, 70% do metrô está funcionando", disse o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. Pela manhã, o governo paulista havia anunciado que 61 seriam demitidos, mas o secretário corrigiu o número para 42 – sem explicar o motivo.

"Para a categoria, isso é muito caro e difícil. Poderíamos renegociar desde que houvesse a readmissão dos 42", disse o presidente do sindicato, Altino dos Prazeres. Segundo ele, a proposta era que o Metrô abrisse um procedimento interno para apurar a conduta dos grevistas em vez de demiti-los por justa causa.

De acordo com o Metrô, cinquenta das 65 estações abriram nesta segunda-feira.

A greve foi considerada abusiva pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O julgamento concluiu pela autorização do desconto pelos dias parados, além de não assegurar a estabilidade dos grevistas, e multa de 500.000 reais por dia ao sindicato da categoria. O Ministério Público do Trabalho protocolou pedido de execução da multa.

O governo paulista endureceu a resposta aos grevistas, que causam transtornos aos paulistanos pelo quinto dia consecutivo – a paralisação afeta 4 milhões de usuários do metrô diariamente e provoca caos no trânsito. Pela manhã, houve confusão e treze funcionários foram detidos na Estação Ana Rosa – onze são agentes operacionais e dois administrativos. A equipe de VEJA São Paulo acompanhou a confusão, confira no vídeo a seguir:





09.06.2014