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sábado, 11 de dezembro de 2010

Novas cédulas do real começam a circular segunda-feira

Com o real valorizado a falsificação da nossa moeda despertou o interesse de falsários internacionais.
Por isso o Banco Central resolveu modificar a nossa moeda, acrescentando itens de seguranças inovadores de padrão universal.

A Casa da Moeda investiu, para tanto, em tecnologia e equipamentos. Os deficientes visuais terão mais facilidades em reconhecer os valores das cédulas pelos tamanhos diferenciados e por um relevo especial aprimorado. As primeras a serem lançadas serão as notas de R$ 100,00 e R$ 50,00

Divulgação


A frente da cédula está visualmente mais limpa, mantida a efígie da República. Ganhou do lado direito, uma faixa com o valor da nota escrito e, do lado esquerdo, um grafismo com figuras do habitat de cada animal - a nota de R$ 100, por exemplo, que tem uma garoupa no verso, ganhou na frente figuras que remetem ao mar.

A nova família das cédulas do real será lançada na próxima segunda-feira, dia 13, inicialmente, apenas as notas de R$ 50 e R$ 100 chegarão aos bancos. Mesmo com a entrada em vigor das cédulas novas, as atuais continuam em circulação e serão gradativamente retiradas do mercado, conforme o desgaste natural das cédulas.

Para os demais valores, a previsão do BC é lançar as novas cédulas de R$ 10 e R$ 20 em 2011. Em 2012, será a vez das notas de R$ 2 e R$ 5. A principal novidade da nova família de cédulas do real são os tamanhos diferentes, que variarão conforme o valor de face da nota. O objetivo é reduzir o risco de falsificação, nos casos em que cédulas de menor valor são "lavadas" em processos químicos e reimpressas com valor maior.

Essa medida já é usada na Europa, onde a cédula do euro tem tamanho crescente, conforme o valor. No Brasil, essa característica será igual, com células maiores para valores maiores.

A nova família do real, no entanto, manterá as cores e os temas das notas atuais. Também serão mantidos os animais impressos no verso, como a onça pintada na nota de R$ 50 e a garoupa na cédula de R$ 100.
Divulgação


No verso, as figuras de animais foram modificadas e estão agora na horizontal. A nota de R$ 50, por exemplo, traz a mesma figura da onça pintada, agora deitada sobre uma pedra.
As novas notas têm impressão superior e elementos de segurança - como a marca d'água-- foram redesenhados de forma a facilitar a identificação pela população e dificultar a falsificação.

Nas notas de R$ 50 e R$ 100 foi incluída uma faixa holográfica com desenhos personalizados por valor, o que, de acordo com o BC, é um dos mais sofisticados elementos anti-falsificação existentes.

O projeto das novas cédulas vem sendo desenvolvido desde 2003 pelo Banco Central e pela Casa da Moeda do Brasil. As notas atenderão ainda a uma demanda dos deficientes visuais, já que poderão ser identificadas por seus tamanhos diferentes e terão marcas táteis em relevo aprimoradas em relação às já existentes.

A Casa da Moeda modernizou seu parque fabril para poder produzir as novas moedas. Com isso, de acordo com o Banco Central, o órgão tem tecnologia para imprimir hoje qualquer moeda existente no mundo, incluindo o dólar e o euro.

Agora só falta ganhar algumas dessas novas cédulas.
Divulgação

As novas notas mantiveram as mesmas cores das antigas e os mesmos animais. Os tamanhos serão diferentes, a de R$ 2 é a menor, a de R$ 5 um pouco maior, e assim sucessivamente.

Frase da semana


“O presidente Lula falhou na promoção de reformas para abolir a cultura política de corrupção, clientelismo e espoliação”.

Clifford Sobel, embaixador americano

Falta de respeito


Falta de respeito

"Beijódromo" é um estímulo à transformação da universidade em espaço lúdico-erótico onde um governo de vigaristas possa obter ganhos publicitários junto à população estudantil.

Por Olavo de Carvalho

Por que devemos consentir em continuar chamando de "Sua Excelência, o Senhor Ministro da Educação" um semianalfabeto que não sabe sequer soletrar a palavra "cabeçalho"?

Por que devemos continuar adornando com o título de "Sua Excelência, o Senhor Ministro da Defesa" um civil bocó que se fantasia de general sem nem saber que com isso comete ilegalidade?

Por que devemos honrar sob a denominação de "Sua Excelência, o Senhor Ministro da Cultura" um pateta sem cultura nenhuma? Por que devemos curvar-nos ante a magnificência presidencial de um pervertido que se gaba de ter tentado estuprar um companheiro de cela e diz sentir nostalgia do tempo em que os meninos do Nordeste tinham – se é que tinham – relações sexuais com cabritas e jumentas?

Essas criaturas, é certo, têm o direito legal a formas de tratamento que as elevam acima do comum dos mortais, mas até quando nossos nervos suportarão o exercício supremamente antinatural e doentio de fingir respeito a pessoas que não merecem respeito nenhum, que só emporcalham com suas presenças grotescas os cargos que ocupam?

Respeito, afinal de contas, é noção hierárquica: sem o senso da distinção entre o melhor e o pior, o alto e o baixo, o excelso e o vulgar, não há respeito possível.


Nietzsche já observava: Quem não sabe desprezar não sabe respeitar.

Se um sujeito que só merece desprezo aparece envergando um uniforme, ostentando um título, exibindo um crachá que o diz merecedor de respeito, estamos obviamente sofrendo uma agressão psicológica, um ataque de estimulação contraditória, ou dissonância cognitiva, que esfrangalha o cérebro mais vigoroso e reduz ao estado de cãezinhos de Pavlov as mentes mais lúcidas e equilibradas.

Um povo submetido a esse regime perde todo senso de gradação valorativa, todo discernimento moral.
Prolongado o tratamento para além de um certo ponto, a sociedade entra num estado de desmoralização completa, de apatia, de indiferentismo, onde só os mais cínicos e desavergonhados podem sobreviver e prosperar.

Mas não é só nas pessoas que o encarnam que o presente governo é uma usina de estimulações desmoralizantes.

Impondo a sodomia como o mais sacrossanto e incriticável dos atos, as invasões de terras como modalidade superior de justiça fundiária, o abortismo como dever de caridade cristã, a distribuição de pornografia às crianças como alta obrigação pedagógica, Suas Excrescências estão fazendo o que podem para sufocar, na alma do povo brasileiro, toda capacidade de distinguir entre o bem e o mal e até a vontade de perceber essa distinção.

Nunca, na história de país nenhum, se viu uma degradação moral tão rápida, tão geral e avassaladora.


Os crimes mais hediondos, as traições mais flagrantes, os escândalos mais intoleráveis são aceitos por toda parte não só com indiferença, mas com um risinho de cumplicidade cínica que, nesse ambiente, vale como prova de realismo e maturidade.

Em cima de tudo, posam as personalidades mais feias e disformes, ante as quais mesmo homens sem interesses obscuros em jogo se sentem obrigados a debulhar-se em louvores e rapapés.

Num panorama tão abjeto, destacam-se quase como um ato de heroísmo as manifestações de desrespeito ostensivo com que os estudantes da Universidade de Brasília saudaram, na inauguração do "beijódromo", o presidente da República, seu ministro da Incultura e o reitor José Geraldo Souza Júnior.

Que é um "beijódromo", afinal?

Idéia suína concebida na década de 60 por Darci Ribeiro, um dos intelectuais mais festeiros e irresponsáveis que já nasceram neste País, então deslumbrado com a doutrina marcusiana da gandaia geral como arma da revolução comunista, o "beijódromo" é um estímulo à transformação da universidade em espaço lúdico-erótico onde um governo de vigaristas possa obter ganhos publicitários explorando calhordamente os instintos lúbricos da população estudantil, assim desviada dos deveres mais óbvios que tem para consigo mesma e para com o País.

Meu caro amigo Reinaldo Azevedo assim resumiu o caso: "Um estado totalitário reprime o tesão. Um estado demagogo o estatiza."

Peço vênia para discordar. Excetuados os países islâmicos, só alguns regimes autoritários, de natureza transitória, ousaram impor a repressão sexual.

A exploração estatal do erotismo é característica inconfundível dos regimes totalitários e revolucionários.


Quem tenha dúvida fará bem em percorrer as 650 páginas do estudo magistral de E. Michael Jones, Libido Dominandi: Sexual Liberation and Political Control (St. Augustine’s Press, 2000).

O "beijódromo" é a cristalização mais patente de um totalitarismo em gestação.

Os gritos e insultos com que Lula foi recebido por estudantes que querem algo mais que pão, circo e orgasmo refletem um fundo de sanidade que ainda resta na alma popular: nem todos os cérebros, neste País, estão perfeitamente adestrados na arte de bajular o que não presta.
Esse protesto impremeditado, espontâneo, sem cor ideológica definida, traz a todos os brasileiros a mais urgente das mensagens: no estado de degradação pomposa a que chegamos, só uma vigorosa falta de respeito pode nos salvar.

Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O menino que queria ser padre, quem diria, virou sacristão de missa negra.



O menino que queria ser padre converteu-se ao PT e virou sacristão de missa negra

Poucas ramificações da nação dos ressentidos são tão detestáveis quanto a tribo dos ex-radicais convertidos ao polo oposto. Há o ex-stalinista que exige a forca para todos os comunistas, o ex-padre que sonha com a incineração de todas as igrejas, o ex-fumante que não admite menos que a prisão perpétua para todos os tabagistas, o ex-alcoólatra que discursa em praça pública contra a presença de licor em bombom ─ e há o ex-seminarista que faz questão de cometer todos os pecados, do pecadilho da futrica aos sete pecados capitais.

É o caso de Gilberto Carvalho.

Nascido em Londrina em janeiro de 1951, casado pela segunda vez, pai de cinco filhos, o secretário de Lula e futuro secretário-geral da Presidência da República saiu ao encontro de Deus aos 12 anos, quando se internou no seminário da Ordem dos Palotinos.

Achou que estava no caminho certo aos 13, ao rezar pela derrubada do governo João Goulart na Marcha da Família com Deus pela Liberdade e ver suas preces prontamente atendidas pelos generais de 1964.

A procura incluiu dois anos de reclusão voluntária (trajando batina de noviço), uma temporada num seminário em Curitiba e estudos de teologia.

Terminou em 1978, quando conheceu Lula, deu por encontrado o seu senhor, abdicou dos valores cristãos, converteu-se à seita do PT e passou a colecionar motivos para ser reprovado no Dia do Juízo Final.

Os mais recentes estão na entrevista publicada pelo Estadão deste 4 de dezembro, que começa com o elogio da vassalagem.

“Ele é duro, muito duro”,
disse com voz de coroinha culpado ao comentar o convívio com Lula.

Às vezes fico com pena dos ministros que recebem certos telefonemas dele. Fico com pena de mim mesmo. Acho que fui o cara que mais apanhou nestes oito anos aqui”.

Pelo tom animado, Gilberto Carvalho acha que o suplício purifica, sobretudo quando infligido pessoalmente pelo salvador da pátria.

De Lula ele sempre aceita tudo, do pito de sinhozinho à bronca de botequim. Sempre cumpriu com dedicação de jesuíta e discrição de comparsa todas as missões que lhe foram confiadas. No fim da entrevista, por exemplo, atendeu a outra encomenda do chefe que não esquece as duas derrotas no primeiro turno: ressuscitar uma das várias infâmias forjadas para vingar-se do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A chance para a execução do serviço sujo apareceu quando a conversa estacionou no escândalo do mensalão. “Lula quer fazer, fora da Presidência, uma análise detalhada do que foi, de fato, aquele processo”, fantasiou.

“Quando fala em farsa do mensalão é porque está convencido de que nunca foi dado dinheiro para alguém votar com o governo”, preparou-se para o golpe baixo a mão miúda de avarento: “Lula sempre disse: ‘Quem comprou voto foi Fernando Henrique na reeleição’”.

A resposta de FHC, publicada nesta quarta-feira pelo Estadão e reproduzida pela seção Feira Livre, desmonta a farsa mais uma vez. Mas o texto é sublinhado pela elegância que um Gilberto Carvalho não merece. Fernando Henrique dispensou-se de escancarar ao menos um dos muitos itens sombrios do alentado prontuário. Poderia ter lembrado, por exemplo, que o entrevistado se tornou, em janeiro de 2001, secretário de Governo do prefeito de Santo André, e estava no cargo quando Celso Daniel foi assassinado um ano depois.

Há pouco mais de um mês, a denúncia do Ministério Público aceita pela juíza Ana Lúcia Xavier Goldman acusou o ex-seminarista de ter integrado a quadrilha que, acampada na prefeitura, tungou dos cofres públicos pelo menos R$ 5,3 milhões. “Gilberto Carvalho concorreu de qualquer maneira para a prática dos atos de improbidade administrativa na medida em que transportava o dinheiro (propina) arrecadado em Santo André para o Partido dos Trabalhadores”, diz a denúncia, que o acusa de repassar o dinheiro a José Dirceu, então presidente do PT.

O secretário do presidente divide o banco dos réus com Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, acusado de mandante do assassinato de Celso Daniel, o ex-secretário de Transportes Klinger Luiz de Oliveira Souza e o empresário Ronan Maria Pinto.

”O valor arrecadado era encaminhado por Ronan ao requerido Sérgio e chegava, em parte, nas mãos de Gilberto Carvalho, que se incumbia de transportar os valores para o Partido dos Trabalhadores”, sustenta a denúncia.

“A responsabilidade de Klinger e Gilberto Carvalho decorre da sua participação efetiva na quadrilha e na destinação final dos recursos.”

Somada às gravações das conversas em que os quadrilheiros procuram impedir o esclarecimento do assassinato de Celso Daniel, a denúncia confirma a real vocação de Gilberto Carvalho.

O menino que queria ser padre, quem diria, virou sacristão de missa negra.


 Direto ao Ponto


08/12/2010

Deve ser mesmo comovente imaginar que, em menos de um mês, não haverá mais plateias simpáticas como essa para ajudá-lo a acreditar no que ele quiser.





Destaque:Em 2003, recém-empossado, Lula recebeu no Palácio da Alvorada a visita dos humoristas do Casseta & planeta, para uma sessão do primeiro filme do grupo. Bussunda, que era fã de Lula, se fixou numa cena: o presidente estava numa cadeira de rodas, por causa de uma torção no pé.

Enquanto era empurrado pelos corredores palacianos, um ministro caminhava a seu lado segurando um cinzeiro, para que o chefe batesse a cinza do charuto que fumava.
Por Guilherme Fiúza
 Revista Época

É claro que isso não ia acabar bem.

Um presidente da República que vê seu cargo, acima de tudo, como fator de ascensão social está condenado à frustração.


O elevador que o levou ao topo um dia desce - e esse dia está chegando.

Luiz Inácio da Silva terá de se acostumar a parar de chamar seus interlocutores de "meu filho", entre outros tratamentos irritadiços.

Enquanto manda e desmanda no ministério da sucessora - seu último ato senhorial -, o ex-operário não disfarça a agonia de sua volta à planície.

Perguntado se estava no Maranhão para retribuir o apoio da oligarquia Sarney Lula respondeu que o repórter tinha de "se tratar". De acordo com o presidente, a pergunta demonstrava falta de evolução da imprensa, e em particular daquele repórter:

"Você não evoluiu nada. É uma doença.


O repórter repreendido por Lula não deve se abater. De fato, é difícil evoluir tão rápido, a ponto de compreender todos os avanços proporcionados ao país pela família Sarney. A resistência a essa modernização vertiginosa foi resumida por Roseana, a governadora dos novos tempos: "É preconceito contra a mulher".

Também deve ser preconceito contra a mulher a reação de alguns ao projeto de compra do AeroDilma.

O avião de meio bilhão de reais, que deverá substituir o AeroLula, é fundamental, segundo o presidente, para que o Brasil não se humilhe nas viagens oficiais.

Tem toda razão. Chega de humilhação. Já basta o que os líderes do governo popular gastam de sola de sapato por aí, em anos e anos de comícios nos fins de mundo brasileiros.

Uma vez eleitos, o mínimo a que têm direito é um salão de baile a 10.000 metros de altura - sem escalas enfadonhas.


Da altitude do poder, é possível esculhambar repórteres que fazem perguntas indesejáveis. Também é possível reescrever a história.

No discurso de despedida do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social - criado em 2003, e que se tornou muito importante por institucionalizar o bate-papo presidencial em horário de expediente -, Lula se emocionou.

Disse que foi vítima de uma tentativa de golpe em 2005 (o ano do mensalão) e agradeceu aos conselheiros que permaneceram a seu lado naquele momento difícil.

Deve ser mesmo comovente imaginar que, em menos de um mês, não haverá mais plateias simpáticas como essa para ajudá-lo a acreditar no que ele quiser.

Da altitude do poder, é possível esculhambar repórteres que fazem perguntas indesejáveis

Em 2003, recém-empossado, Lula recebeu no Palácio da Alvorada a visita dos humoristas do Casseta & planeta, para uma sessão do primeiro filme do grupo. Bussunda, que era fã de Lula, se fixou numa cena: o presidente estava numa cadeira de rodas, por causa de uma torção no pé.

Enquanto era empurrado pelos corredores palacianos, um ministro caminhava a seu lado segurando um cinzeiro, para que o chefe batesse a cinza do charuto que fumava.

O humorista achou que havia algo errado com a conquista do palácio pelo povo.

Pareceu-lhe que o povo era quem tinha sido conquistado pelo palácio.


Lula foi conquistado pelo poder. E este lhe foi mesmo cativante. Foram oito anos vendo o Banco Central governar, surfando na conjuntura econômica generosa e distribuindo bolsas, repetindo bordões fáceis como PAC e pré-sal, engordando o mito do filho do Brasil.

Nem convencer o povo de que Dilma é Lula deu trabalho - e aí, realmente, não se pode querer outra vida. Este 1º de janeiro vai ser mesmo difícil para o operário que chegou lá, e enfrentará seu maior desafio: sair de lá.

Essa outra vida promete ser estranha.

Certas delícias vão desaparecer, como ignorar por oito anos a segurança pública e poder declarar, diante da ofensiva da polícia carioca contra o tráfico, que "ocupamos o Morro do Alemão".
Mas nem tudo está perdido.

Talvez a máquina de arrecadação do PT lhe consiga alguém para segurar seu cinzeiro.

E não há de faltar convite para um passeio no AeroDilma.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Fundador do WikiLeaks se entrega e é preso em Londres

Julian Assange é procurado por estupro na Suécia
Reuters
Estadão

Assange nega as acusações de estupro feitas pela Justiça sueca.

LONDRES - O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, foi preso nesta terça-feira, 7, informou a polícia metropolitana de Londres. A detenção foi realizada com base em uma ordem de prisão emitida na Suécia, onde o australiano é acusado de estupro.
Um representante legal de Assange havia dito na segunda-feira que ele e seu cliente estavam em negociações para que ele se apresentasse à polícia britânica. O australiano se entregou acompanhado de Mark Stephens e Jennifer Robinson, seus advogados britânicos. Sua rendição foi feita sem alarde para evitar a aglomeração de repórteres na delegacia. Seu paradeiro não havia sido divulgado anteriormente.

Um vídeo de Assange será divulgado ainda nesta terça, embora não haja detalhes sobre seu conteúdo. Segundo o comunicado da Polícia Metropolitana, Assange deve comparecer ao tribunal de magistrados de Westminster ainda nesta terça-feira. Há fotógrafos e jornalistas posicionados perto do local.

Em um artigo publicado no jornal The Australian antes de sua prisão, Assange critica a forma como os EUA têm lidado com os vazamentos. No texto, ele diz que os americanos julgam os documentos de formas contraditórias, alegando que eles colocam vidas em perigo, mas que ao mesmo tempo eles não são significativos.

O australiano, de 39 anos, cujo site recentemente causou constrangimento aos EUA por divulgar mais de 250 mil documentos diplomáticos sigilosos, nega as acusações de crime sexual. Os crimes pelos quais ele é acusado teriam sido cometidos em agosto deste ano, em Estocolmo e Enkoping, 80 quilômetros a noroeste da capital sueca.

Promotores suecos abriram, suspenderam, e depois reabriram a investigação sobre as alegações. O crime de que ele está sendo acusado é o menos grave de três categorias de estupro. A pena máxima prevista é de quatro anos na prisão.

Se um juiz aprovar, sua extradição será autorizada e não irá violar seus direitos. Então, o juiz ordenará a extradição do fundador do WikiLeaks, apesar de ele ainda poder recorrer contra a decisão em instâncias mais elevadas.

O advogado sueco de Assange disse que seu cliente lutaria contra a extradição e que acredita que as potências estrangeiras estão influenciando a Suécia.
07 de dezembro de 2010


Charges

Alunos da UnB vaiam Lula e o chamam de “demagogo” na inauguração do… beijódromo!!!

Ou: estatizando o tesão!


Leiam o que vai abaixo. Volto em seguida.

Por Simone Iglesias
Folha Online
A inauguração do Memorial Darcy Ribeiro, batizado de “beijódromo”, foi marcada por manifestação dos alunos contra o reitor da UnB (Universidade de Brasília), José Geraldo Sousa Júnior e contra a obra.

O presidente Lula também foi alvo dos manifestantes.

Enquanto discursava, o reitor foi vaiado e teve que ouvir gritos dos manifestantes, que são estudantes da universidade.

“UnB sucateada”, “chega de mentira” e “fora repressão”
foram algumas das expressões gritadas em coro pelos alunos.

Quando foi discursar, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, pediu um acordo com os manifestantes, que parassem de gritar em respeito a Lula e Mujica.

“A hora é de saudar o mestre Darcy Ribeiro”, afirmou Ferreira, que desistiu de discursar por causa do calor. Disse que publicará seu discurso no site do Ministério da Cultura. Os manifestantes ensaiaram vaiar o ministro e não suspenderam a manifestação.

O beijódromo custou cerca de R$ 8,5 milhões e ficou pronto em poucos meses. Por conta da rapidez das obras, os alunos criticavam o fato de a Casa do Estudante não ter ficado pronta como foi prometido pela reitoria. A cerimônia foi realizada ao lado do memorial e a cobertura montada pela organização do evento era de plástico transparente, o que deixava vazar o sol para os convidados.
DEMAGOGO
Ao começar a discursar, Lula também foi alvo dos manifestantes. Enquanto falava da biografia de Darcy Ribeiro, os alunos gritavam “demagogo”.

O presidente pareceu irritado e o volume do microfone foi aumentado, abafando a voz dos manifestantes que foram barrados pela segurança e ficaram do lado de fora das grades que separavam o palco e convidados dos alunos da universidade.

“Ô Lula, deixa a galera entrar”, gritaram, durante boa parte do discurso presidencial.
Comento
Você não entendeu direito, leitor amigo?

Eu tento explicar o que tem explicação.

O “Beijódromo” é um centro de vivência que também abriga o museu Darcy Ribeiro, primeiro reitor da UnB, que tinha, entre seus delírios tidos como poéticos, a criação de um troço assim…

E aconteceu, como se vê

. Ao custo de R$ 8,5 milhões.

Quase R$ 9 milhões para os estudantes poderem dar um ralo, como se precisassem desse tipo de estímulo, não é mesmo?

Um estado totalitário reprime o tesão.

Um estado demagogo o estatiza.

Não é o fim da linha porque Tiririca está errado, e pior sempre pode ficar.

Havia, não sei há ainda, uma turma na UnB que sempre achava um pretexto para ficar pelada.

Se o beijódromo era uma ousadia na década de 60, qual será a transgressão possível no segundo decênio do século 21?

Já sei!

A heterossexualidade monogâmica, hehe…

Dá pra levar a sério?

Pobre UnB! A universidade viveu o seu auge sob o comando de José Carlos de Almeida Azevedo, que morreu, aos 78 anos, no dia 23 de fevereiro deste ano.

Ocupou o cargo de 1976 a 1985. Era mestre em física, engenharia e arquitetura naval, e engenharia nuclear pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts). Ex-oficial da Marinha, era visto como o “interventor” da ditadura na Universidade.

Na gestão Azevedo, criaram-se muitos cursos de graduação e pós-graduação, construíram-se bibliotecas, contrataram-se professores de renome internacional, e a Editora da UnB se tornou uma referência na publicação de livros acadêmicos.

Aí começou a fase da “democratização” da universidade, entenderam? Em 1985, Cristovam Buarque foi eleito para o cargo. É o senador que quer incluir na Constituição a garantia da felicidade. Hoje, ela é dirigida por José Geraldo Souza Júnior, grande expoente do “direito achado na rua”. Ele entrou na Universidade quando Azevedo estava deixando a reitoria. A coisa tem seu simbolismo.


É improvável que se faça um prédio em homenagem a Azevedo. Caso acontecesse, não poderia ser um beijódromo, mas um centro de pesquisa, coisa impensável para uma universidade…
06/12/2010