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sábado, 4 de julho de 2009

OEA retoma Assembleia Geral para debater suspensão de Honduras

Suprema Corte de Honduras rejeita apelo da OEA para restituir presidente deposto

Organização exige a volta imediata de Manuel Zelaya ao poder.

Secretário-geral encontra-se com presidente interino em Tegucigalpa.

G1

Cardenal Oscar Andrés Rodrigues, pide a Zelaya que no regrese a Honduras

Vídeo

A OEA, essa organização falida, usa de dois pesos e várias medidasao lidar com os diversos países americanos. Por que não exigiram que outros ditadores americanos devolvessem o poder aos presidentes que haviam sido destituídos.

E cadê coragem para mexer com os irmãos ditadores e assassinos que há 50 anos fazsem sofrer o pobre povo cubano.

Aliás, como bem já foi dito, estão exigindo que Honduras se curve a um presidente que, embora eleito, rasgou a sua constituição.

Viva o povo hondurenho.

Fora OEA.
gilson daniel

Casa de tolerância!


Eu só queria entender...


Um presidente teve que deixar o cargo porque seu tesoureiro fez falcatruas!

Politicos renunciaram ou foram caçados por se beneficiarem de regalias excusas...

No Japão houve suicidio por vergonha

Em Portugal por gestos obscenos...

E no Senado?

Eu só queria entender...

Não é sem razão que o Brasil está se tornando Neverland do nosso Presidente...

"nunca antes neste pais....
Paulo

Sindicância livra senadores e culpa diretores por ato secreto Comissão, que não investigou congressistas, acusa Agaciel e Zoghbi de improbidade


Sindicância livra senadores e culpa diretores por ato secreto Comissão, que não investigou congressistas, acusa Agaciel e Zoghbi de improbidade

Sarney vai decidir na semana que vem se abre processo contra eles, que também são acusados de prevaricação; punição pode ser demissão

ANDREZA MATAIS
ADRIANO CEOLIN

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A comissão de sindicância do Senado que investigou a produção de atos secretos na Casa concluiu que os ex-diretores Agaciel Maia (Direção Geral) e João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos) cometeram crimes de improbidade e prevaricação.

Os senadores -que tiveram parentes nomeados e exonerados pelos atos- não foram alvo de investigação da comissão.

Na semana que vem, o presidente José Sarney (PMDB-AP) vai decidir se abre processo administrativo contra os dois, o que poderá levá-los a demissão com perda de aposentadoria.

A Folha teve acesso ontem ao relatório final da comissão. O documento é mais enfático que o apresentado pela comissão anterior, que encontrou 663 atos secretos produzidos nos últimos 14 anos, período em que Agaciel esteve no cargo, nomeado por Sarney.
O relatório diz que "não houve falha técnica, mas determinações expressas para que tal procedimento [a não publicação dos atos] fosse adotado".

"Essas determinações foram feitas, em sua esmagadora maioria, pelo gabinete da Diretoria Geral e, em alguns casos, pelo gabinete da Secretaria de Recursos Humanos", diz o relatório assinado pelos servidores Alberto Vasconcelos Filho, Gilberto Guerzoni Filho e Maria Amalia da Luz.

Segundo a comissão, "merece destaque o fato de que os servidores ouvidos foram unânimes em dizer que, em momento algum, receberam ordens de quaisquer parlamentares". De 10 pessoas ouvidas, 8 responsabilizaram Agaciel e Zoghbi pelos atos secretos.
A comissão conclui que os ex-diretores usaram "o cargo para lograr proveito pessoal" (improbidade) e retardaram ou deixaram de praticar "disposição expressa em lei para satisfazer interesse ou sentimento pessoal" (prevaricação).

No dia 23, Sarney instalou a comissão após a Folha publicar entrevista com o servidor Franklin Albuquerque Paes Landim, chefe do serviço de publicações do Senado. Ele confirmou em depoimento, com mais detalhes, o que havia dito à reportagem.

"A instrução de não disponibilizar era enviada por e-mail ou por telefone através do Celso [Menezes, chefe de gabinete de Agaciel], nunca pessoalmente, mas por algumas vezes recebia ordem direta do diretor-geral por contato telefônico; que também recebia instrução de não disponibilizar do então diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi".

Ex-chefe de gabinete de Agaciel, Celso Menezes admitiu a existência dos atos secretos e que as ordens para não publicá-los partiam de "seu superior".
Ele disse ainda que "os comandos solicitados ao Franklin para não circular foram repassados por determinação do seu superior, Agaciel Maia".

A comissão de sindicância concluiu que Menezes e Landim terão de responder a processo administrativo por não observarem normas legais e regulamentares e por cumprirem ordens superiores manifestadamente ilegais. Também foram responsabilizados a ex-chefe de gabinete de Zoghbi, Ana Lúcia Gomes, e Jarbas Mamede e Washington Reis, dois auxiliares de Franklin.

Apesar de ter assinado atos que não foram publicados, o ex-diretor-geral Alexandre Lima Gazineo foi considerado inocente. Segundo Menezes e Franklin, ele nunca deu ordens para esconder atos. Ao depor na comissão, Agaciel disse que "em nenhum momento foi avisado de que havia atos não sendo publicados".

"Não despachava atos há três ou quatro anos. Desde 2004, são assinados pelo diretor-geral-adjunto e tratados diretamente entre o chefe de gabinete e o setor de publicações."


Zoghbi culpou Agaciel pelos atos secretos. "Normalmente o diretor-geral passava o comando para publicar ou não diretamente para o servidor do setor de publicação; que eventualmente o comando de não publicar era passado ao depoente diretamente pelo então diretor-geral, Agaciel Maia".

Na última semana, senadores do PSDB, DEM e PDT se revezaram no plenário do Senado pedindo para Sarney se afastar da presidência enquanto as investigações estiverem em andamento. O argumento é que haveria maior isenção para investigar servidores como Agaciel, escolhido por Sarney há 14 anos para a Direção Geral. Sarney não aceitou a proposta.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ontem fui cobrir a queda do Sarney mas acabei caindo antes dele.

QUEDA NA DECADÊNCIA
Danilo Gentili

Ontem fui cobrir a queda do Sarney mas acabei caindo antes dele. Na verdade acabaram "me" caindo.

Na entrada do Coronel Sarney ao Senado fui recebido com empurrão e socos de um segurança. Ele impediu que eu caminhasse e disse: "O Sarney não quer responder". Eu disse "Tudo bem, mas eu quero perguntar". Consegui sair do primeiro segurança. Mas logo fui recebido por outro segurança com um gesto de dar inveja aos caras do NX-Zero: o cara me segurou forte por trás.

Após eu ser agarrado por trás fui jogado no chão. Quando eu estava lá embaixo consegui enxergar os princípios da política nacional. Pensei: "Ah...então é aí que você estava esse tempo todo! Nesse chão sujo".

Levantei preocupado, pois senti que tive meu cabelo despenteado. Mas consegui superar isso e me dirigi até o elevador. Falei antes que a porta fechasse: "Fizeram comigo o que querem fazer com o senhor. Me derrubaram".

No fim das contas a matéria repercutiu por aí e a Polícia Federal do Senado baseou sua defesa no argumento que ninguém me agarrou, pelo contrário, eu que me joguei. E de fato eles tem razão. Eu fiz isso logo após ter batido com minha canela na sola do sapato do segurança e logo após eu ter encaixado meu corpo nos braços do capanga. Quando se passa muito tempo defendendo mentirosos é aceitável que um dia você se defenda com a mentira.

Terminando com o velho discursinho, quero dizer que acredito que numa democracia eu tenho o direito de perguntar e você tem o direito de não responder. E o segurança tem o direito de me agredir. Digo... ele teria esse direito se ao invés de numa democracia vivessemos numa anarquia. E eu juro que simpatizo mais com a anarquia do que com a democracia. Porém quando a anarquia pode ser praticada só por um lado então não é anarquia. É tirania. Ou filho-da-putice, como chamam isso na minha rua.

O que eu posso dizer é que amo o que faço e fico feliz de saber que enquanto fizer humor político no Brasil jamais vai faltar matéria-prima de primeira pro meu trabalho.


por Danilo

""Erro técnico"

Sarney oculta da Justiça Eleitoral mansão de R$ 4 mi

Fábio Pozzebom e Janinie Moraes/ABr

Os liames que prendem José Sarney ao cargo de presidente do Senado tornaram-se mais frágeis nesta sexta-feira (3).

Descobriu-se que o morubixaba do PMDB escondeu da Justiça Eleitoral a posse de uma mansão avaliada em R$ 4 milhões.

O imóvel serve de residência para Sarney, em Brasília. Está assentado na Península dos Ministros, área mais valorizada do bairro do Lago Sul.

Deve-se a revelação a uma trinca de repórteres: Rodrigo Rangel, Leandro Cólon e Rosa Costa. Levaram a notícia às páginas do Estadão.


Eis o que descobriram:

1. Em 1997, Sarney comprou a mansão do banqueiro Joseph Safra. A transação foi feita por meio de um contrato de gaveta;

2. Desde então, Sarney disputou duas eleições, em 1998 e em 2006. Pela lei, todo candidato é obrigado a fornecer à Justiça Eleitoral uma declaração de bens;

3. Ao listar os seus bens, Sarney omitiu a posse da mansão brasiliense em 1998. Reincidiu na omissão em 2006;

4. Ouvido, o senador falou por meio da assessoria. Atribuiu a anomalia a um "erro do técnico que providencia a documentação [...] junto aos órgãos competentes";

5. Na resposta, feita por escrito, anotou-se que o imóvel consta das "declarações anuais de IR do presidente, entregues também ao TCU com frequência anual";

6. O conteúdo de dois documentos põe em dúvida a versão oficial. São papéis oficiais, levados pelo próprio Sarney ao TRE do Amapá;

7. Num dos documentos, apresentado na eleição de 2006, Sarney listou os seus bens. Nem sinal da mansão;

8. No rodapé desse documento, Sarney escreveu, de próprio punho, que aquela lista reproduizia a declaração de rendimentos que entregara à Receita Federal;

9. Eis o teor do manuscrito de Sarney: "De acordo com minha declaração de bens à Receita Federal em 2006". Segue-se a assinatura do senador;

10. O segundo documento refere-se à eleição anterior, de 1998. Sarney anexou ao pedido de registro de sua candidatura uma cópia da própria declaração de IR;

11. De novo, nenhuma menção ao imóvel que adquirira no ano anterior;

12. Um outro mistério tisna a transação feita entre Sarney e Joseph Safra: entre a efetivação do negócio e o registro em cartório decorreram dez anos;

13. A mansão foi comprada em 1997 por meio de um "instrumento particular de promessa de venda e compra, não levado a registro";

14. De acordo com o Banco Safra, Sarney pagou R$ 400 mil. Liquidou a dívida no ano seguinte, 1998;

15. Curiosamente, a transferência efetiva do imóvel só foi feita no ano passado, 2008, quando a escritura foi lavrada no cartório de imóveis de Brasília;

16. Por que essa demora de uma década? “Desconhecemos” o motivo, informou o Banco Safra. Sarney não quis responder à pergunta.

17. De acordo com a escritura, o banqueiro Joseph Safra transferiu o imóvel a Sarney e a um dos filhos dele, o deputado federal Zequinha Sarney (PV-MA);

18. O documento atribui a cada um os direitos sobre 50% do imóvel. Diferentemente do pai, Zequinha reportou a sua metade à Justiça Eleitoral;

19. No papel, o valor atribuído à mansão – R$ 400 mil — não condiz com as cifras de mercado;

20. Mesmo no ano da compra, 1997, o valor estimado pelo governo de Brasília para efeitos de cobrança do IPTU era maior: R$ 593,6 mil;

21. Hoje, segundo estimativa da Câmara de Valores Imobiliários de Brasília, um teto como o que foi adquirido pelos Sarney não sai por menos de R$ 4 milhões;

22. A renda e o patrimônio dos brasileiros são protegidos pelo sigilo fiscal. Sarney assegura que a mansão consta do seu IR. Há controvérsias. Que não serão dirimidas senão por meio da divulgação das declarações levadas ao fisco.

23. Em março passado, Sarney vira-se compelido a exonerar o então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, por conta de uma querela imobiliária;

24. Agaciel ocultara atrás de um irmão, o deputado federal João Maia (PR-RN), a posse de uma mansão avaliada em R$ 5 milhões, no mesmo Lago Sul;

25. Agora, é o próprio Sarney quem se vê enredado numa transação de má aparência;

26. A presidência de Sarney balançara depois depois da descoberta de que um neto dele, filho de Zequinha, intermediara empréstimos a servidores do Senado;

27. O DEM abandonou Sarney sob o pretexto de que os negócios do neto assemelham-se aos malfeitos atribuídos ao ex-diretor João Carlos Zoghbi;

28. A permanência de Sarney no cargo passou a depender do apoio do PT. Já não estava fácil. Agora talvez fique ainda mais difícil.

Frase

No jogo bruto da política, o país acabou descobrindo uma vocação irrefreável de Lula: seu apetite para entrar no jogo alheio, sempre pelo lado errado, permanentemente atraído pelas causas piores.

Luiz Cláudio Cunha

Cuidado, santinho! Por Reinaldo Azevedo

Por Reinaldo Azevedo

Vocês certamente já leram a nota que está no Painel, da Folha. Segue o registro em azul. Comento em seguida:

Santinho!!!

Destratado por Dilma Rousseff em reunião sobre a Transnordestina, o secretário-executivo da Integração Nacional, Luiz Antonio Eira, pediu demissão em caráter irrevogável. A cena, presenciada por empresários e pelo governador Eduardo Campos (PSB-PE), se deu quando Eira ponderou que, diante do novo cronograma ali acertado (a ferrovia não ficará mais pronta em 2010), seria necessário ajustar também os desembolsos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, hoje todo comprometido com a obra.
“Se o Ministério da Integração acha que vai dispor desses recursos, nem por cima do meu cadáver”, gritou Dilma. Eira tentou se explicar. Os gritos aumentaram, e os termos pioraram. Quem viu descreve a atitude da ministra como “grosseira” e “desrespeitosa”.

Assim não dá. “Ou respondia a ela na hora, ou deixava o cargo”, disse Eira a um colega da Casa Civil. Consultor legislativo, ele retornará à Câmara. O episódio criou mal-estar com o PMDB, partido do ministro da Integração, Geddel Vieira Lima, e objeto do desejo de Lula para formar chapa com Dilma em 2010.

Padrão. O desfecho é inédito, mas as cenas de Dilma, não. Recentemente, a ministra falou cobras e lagartos para o presidente da Funasa, Danilo Forte. Em público.

Comento
Para quem não entendeu o título da nota principal, relembro uma explicação que já dei aqui. Quando está irritada, não a ponto de ter essa explosão de ira que se relata acima, a ministra chama o interlocutor de “santinho” ou “santinha”. Escolham aí um vocativo pejorativo qualquer: o significado é exatamente esse. É o tratamento que ela dispensa, por exemplo, a jornalistas — geralmente tentando dar um pito neles e ensinando como é que se faz… jornalismo. A sapientíssima é fogo! E há quem adore…

Deve ser herança da sua militância na VAR-Palmares. As organizações guerrilheiras e terroristas eram e são, onde ainda existem, estruturas militarizadas no pior sentido. Digo “no pior” porque se tratava de grupos civis que mimetizavam da ordem militar apenas a rigidez e a obediência devida, mas não o espírito de solidariedade que une os soldados. Exemplifico: num Exército regular, jamais deixa de existir a hierarquia, especialmente num campo de batalha. Mas é impensável a hipótese, por exemplo, de se entregar um soldado raso ao inimigo para proteger o chefe. Ao contrário: se preciso, o que de mais alta patente lidera o risco. Nas organizações de extrema esquerda, entregar boi de piranha sempre foi prática corrente. É claro que esse espírito acaba conformando uma moral profunda, né?

Dilma é bastante áspera — às vezes, deseducada mesmo — até com seus parceiros de ministério. Mansidão mesmo só com o presidente Lula, que é “o chefe”. Definitivamente, a ministra não está preparada para lidar com o contraditório.

Lula não chega a ser um flor de delicadeza com os subordinados, mas nunca foi um esquerdista autêntico, não tem aquele misto de rigidez e pragmatismo com os “inferiores” que caracteriza alguém com a formação de Dilma — que Zé Dirceu já chamou, certa feita, de “companheira de armas”. Há até quem diga que, com Lula, o Brasil experimenta o melhor PT. Caso Dilma vença as eleições de 2010, o país conhecerá, então, o pior.

Cuidado, santinho!

Cada machadada, uma minhoca!

Sarney oculta da Justiça Eleitoral
casa de R$ 4 milhões

Em nenhuma das 2 eleições disputadas por ele depois da compra o imóvel foi incluído nas declarações de bens

Rodrigo Rangel, Leandro Colon e Rosa Costa
Estado de S. Paulo

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ocultou da Justiça Eleitoral a propriedade da casa avaliada em R$ 4 milhões onde mora, na Península dos Ministros, área mais nobre do Lago Sul de Brasília.

De acordo com documentos de cartório, o parlamentar comprou a casa do banqueiro Joseph Safra em 1997 por meio de um contrato de gaveta.

Em nenhuma das duas eleições disputadas por ele depois da compra - 1998 e 2006 - o imóvel foi incluído nas declarações de bens apresentadas à Justiça Eleitoral.

Leia mais.

A saia justa do PT

A saia justa do PT

O Partido dos Trabalhadores tenta fazer do limão uma limonada.

Depois de passar alguns dias como baratas tontas – não foi a primeira vez, nem será a última –, os senadores petistas tentam agora transformar a avalanche de escândalos que joga na lama o Senado Federal em responsabilização dos Democratas.

A estratégia acertada na reunião da bancada do PT foi colocada em prática durante a sessão do Senado desta quinta-feira.

O senador Aloizio Mercadante foi à tribuna exercer aquilo em que ele ficou especialista: o contorcionismo verbal, a defesa do indefensável.

Justificou o apoio a José Sarney, procurou envolver todos os senadores, inclusive da oposição, num projeto de recuperação do Senado.

E responsabilizou o Democratas, dono há várias legislaturas, da Primeira Secretaria da Mesa, responsável pela administração da casa.

É evidente que os Democratas, desde quando eram PFL, têm muita responsabilidade nos desmandos que diariamente vêm à luz no Senado. Mas não é disso que se trata.

A estratégia petista era de "toma, que o filho é teu".

Aparteado pelos senadores de seu partido, que fizeram coro com suas acusações, o senador Mercadante tentou – e conseguiu, em parte – esquivar-se de discutir o apoio à permanência de José Sarney na presidência do Senado.

É compreensível a aflição dos senadores petistas. Dos 81 senadores, 54 terão que renovar seu mandato em outubro de 2010.

Entre os 12 senadores petistas, nove estão nessa situação: Aloizio Mercadante (SP); Augusto Botelho (RR); Delcídio Amaral (MS); Fátima Cleide (RO); Flávio Arns (PR); Ideli Salvatti (SC); Marina Silva (AC); Paulo Paim (RS) e Serys Slhessarenko (MT).

O PT teve enorme trabalho para se livrar do escândalo do mensalão. Os 40 réus no STF não conseguiram prejudicar os senadores petistas. O mensalão bateu mais forte na Câmara dos Deputados.

E agora? Como vão se apresentar diante do eleitorado com este fardo: sustentaram a permanência de Sarney na presidência do Senado. Aliaram-se ao que existe de mais arcaico, patrimonialista e clientelista na política brasileira.

Alguém que privatizou o Senado Federal para seus interesses, de seus familiares e apaniguados.

Do alto de sua popularidade, o presidente Lula se dá ao luxo de apoiar Sarney, beijar as mãos de Jader Barbalho, passar a mão na cabeça de Severino Cavalcanti, apoiar Renan Calheiros.

A evolução da crise e o processo eleitoral de 2010 vão mostrar se o PT, ao obedecer à ordem de Lula para apoiar Sarney a todo custo, conseguirá recuperar-se a tempo, sem colocar em risco a reeleição de seus nove senadores.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Em Honduras, a não re-eleição é cláusula pétrea.

Zelaya descarta 2º mandato,
mas reafirma plano de mudar Constituição

Nações Unidas, 30 jun (EFE).- O presidente derrubado de Honduras, Manuel Zelaya, disse hoje que não pretende se candidatar à reeleição quando seu mandato terminar, em 27 de janeiro, mas afirmou que seguirá adiante com seu projeto de mudar a Constituição do país.

"Eu volto à vida civil, à vida cidadã, não à política", afirmou Zelaya na entrevista coletiva que concedeu após discursar na Assembleia Geral da ONU.

O presidente deposto destacou que a legislação hondurenha proíbe a reeleição presidencial e que qualquer reforma constitucional beneficiaria os próximos governantes.

Ressaltou ainda que, quando o mandato acabar, retomará a vida de empresário agrícola que deixou após ser eleito em novembro de 2005.


"Em Honduras não há reeleição. Não há nenhuma possibilidade, sob nenhum conceito", insistiu.
Nações Unidas, 30 jun (EFE)
COMENTÁRIO

Em Honduras, a não re-eleição é cláusula pétrea. A ninguém é dado alterar esta disposição da carta magna do país. Eis a prova:

ARTICULO 239.- El ciudadano que haya desempeñado la titularidad del Poder Ejecutivo no podrá ser Presidente o Designado. El que quebrante esta disposición o proponga su reforma, así como aquellos que lo apoyen directa o indirectamente, cesarán de inmediato en el desempeño de sus respectivos cargos, y quedarán inhabilitados por diez años para el ejercicio de toda función pública.


“O cidadão que tenha desempenhado a titularidade do Poder Executivo não poderá ser presidente ou indicado. Quem transgredir essa disposição ou propuser a sua reforma, assim como aqueles que o apoiarem direta ou indiretamente, perderão imediatamente seus respectivos cargos e ficarão inabilitados por dez anos para o exercício de qualquer função pública”


O artigo da constituição hondurenha reza que quem tentar reformar a constituição para que se permita a re-eleição e tiver cargo público perderá IMEIDATAMENTE este cargo. Portanto, não há processo, não há julgamento.

O Zelaya incorreu neste artigo e perdeu, imediatamente, o cargo.

Simples assim.

Todo o resto é "jus esperneandi"
Por Sergio Varuzza Filho

O EXEMPLO DE HONDURAS - Nivaldo Cordeiro*


O EXEMPLO DE HONDURAS
Nivaldo Cordeiro*
Um espectador engajado


Como entender a brusca mudança de poder político em Honduras?

Confesso-lhe, caro leitor, que fiquei surpreendido, mas desta vez positivamente. Os fatos ainda não estão muito claros, mas já permitem uma análise desde o estrangeiro. É isso que pretendo fazer aqui.

Começo sublinhando as declarações da deputada hondurenha Marta Lorena Alvarado, transcritas na Folha de São Paulo de hoje:

“Aqui paramos Chávez e sua agenda. Isso é mais importante do que qualquer coisa, inclusive do que o reconhecimento internacional".

Um fato desses é auspicioso e precisa ser acompanhado atentamente e apoiado pelos democratas de todo o mundo. Enfim alguém se dispôs a dar um basta à expansão da maré vermelha no continente.

E o que vemos? A covardia Urbi et Orbi. O novo governo hondurenho não recebeu apoio de ninguém. A razão principal, além do fato de que os Estado Unidos estão nas mãos da esquerda mais radical, dentro do espectro político daquele país, é que, depois de décadas de revolução grasmciana em toda a parte, o senso de perigo e o instinto do Bem e da ética em política perdeu-se.

Vive-se diante da mística eleitoreira, como se qualquer aventureiro, porque formou uma maioria de votos em algum momento, tivesse a licença para fazer o que bem queira para se perpetuar no poder, inclusive negando a ordem constitucional que lhe deu o poder.

A minha amiga Graça Salgueiro, em artigo oportuno publicado no Mídia Sem Máscara, mostrou que a ação militar de deposição do presidente chavista foi um gesto legal, amparado constitucionalmente e ordenado pelo Poder Judiciário. Nem haveria que se falar em quebra da ordem constitucional, vez que as formalidades da transmissão de poder foram integralmente cumpridas.

O que sublinho aqui é que, ainda que essas formalidades não tivessem sido cumpridas, os homens de bem, conscientes de seus deveres, deveriam ter agido da mesma forma e pôr o golpista para correr. Quero render a minha homenagem ao chefe do Poder Judiciário, que determinou, e ao comandante militar, que fez cumprir a grande ordem.

O formalismo eleitoreiro não pode ser biombo para esconder as trapaças da esquerda revolucionária, que ocupa posições em toda parte, encontrando terreno livre pela omissão daqueles que poderiam barrar o seu caminho.

A pequena república de Honduras deu um exemplo ao mundo. Desde que a esquerda aprendeu a dominar o jogo eleitoral, sujeitando-o aos seus projetos revolucionários, ela mesma deixando de lado o golpismo à moda de Fidel Castro, vemos o uso hipócrita esse discurso que exige a omissão daqueles que podem lhe obstar o caminho. O uso da força para conter o mal é legítimo.

Meu temor é que a reação da esquerda em escala mundial acabe por fazer abortar a reação vitoriosa. Se ao menos os Estados Unidos apoiassem, o novo governo teria a chance de se consolidar, fazendo vingar a contra-revolução chavista. Mas nem isso nós temos, então tudo pode acontecer.

Torço para que as convicções nacionalistas e democráticas do povo hondurenho o levem a cerrar fileiras com seus governantes, homens egrégios que tiverem que escolher o caminho mais difícil.

*Nivaldo Cordeiro é economista e empresário livreiro.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Lula não tém princípios, só fins

A escala lulista de valores

EDITORIAL DE O ESTADO DE S. PAULO -


O presidente Lula é um político que não tem princípios. Tem fins. Dele só se poderia esperar, portanto, que saísse em defesa do presidente do Senado, José Sarney, engolfado pela onda de escândalos na instituição que comanda pela terceira vez.

É notório que Lula deve a alma, como se diz, a Sarney, seu aliado firme desde a campanha de 2002, e conta com ele e a sua patota para adquirir em 2010 a adesão do PMDB à candidatura da ministra Dilma Rousseff - a "sacerdotisa do serviço público", como o senador a endeusou em um comício. Além disso, desde que alcançou o Planalto, Lula tem demonstrado uma coerência impecável: sempre que se viu obrigado a escolher entre a ética e a conveniência, jamais desapontou os que apostavam que ficaria com esta em detrimento daquela.

Ainda há pouco, quando rebentou na Câmara a história da farra das passagens aéreas, Lula deu de ombros. "Sempre foi assim", desdenhou, como que repetindo o comentário, no auge da crise do mensalão, em 2005, de que o caixa 2 é "usado sistematicamente" por todos os partidos.


Mesmo que novamente ele tenha confirmado o retrospecto, suas palavras chamam a atenção por desnudar uma vocação insanável para a desmoralização das instituições. Se as posições do presidente não surpreendem, os termos que lhe ocorrem para manifestá-las retratam uma mentalidade à qual pode se aplicar, no sentido mais raso, o que já considerou "a evolução da espécie humana" (para justificar a teoria de que, com a idade, os esquerdistas migram para o centro).

Na política, ele não perde para ninguém em matéria de capacidade adaptativa. Vinte anos atrás, quando fazia questão de se exibir como o demolidor de "tudo isso que está aí", dizia que Sarney era "grileiro" e "grande ladrão".

Hoje, quando inebriado pelas delícias do poder só pensa em desfrutá-las pelo maior tempo possível, ensina que "Sarney tem história suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum". Pelo visto, na atual escala lulista de valores, as pessoas incomuns devem desfrutar de um salvo-conduto que lhes permita afrontar, se não a lei, o decoro pelo qual, dada a sua condição, deveriam ser as primeiras a zelar.


O presidente fez coro com o senador bom companheiro que foi à tribuna invocar a "correção de uma vida austera, de família bem composta" como uma espécie de manto protetor contra críticas e notícias constrangedoras - como o recebimento indevido, meses a fio, de R$ 3.800,00 de auxílio-moradia (o que primeiro negou e depois disse desconhecer) ou o fato de ter sete parentes e dois afilhados políticos incluídos por baixo dos panos na folha de pagamento do Senado.

Lula também ecoou a versão sarneyana de que é vítima de "setores radicais da mídia" e outros supostos interessados em enfraquecer o Legislativo, ao desqualificar como "denuncismo" a exposição objetiva de indecências que os políticos e seus parceiros na alta burocracia do Congresso escondiam nos porões.

O caso escabroso dos atos administrativos secretos, já na casa dos 650, por exemplo, foi revelado por dois repórteres deste jornal que tiveram acesso às descobertas de uma comissão de sindicância do próprio Senado.


Impermeável à realidade e com a sua famosa quase-lógica, Lula perguntou retoricamente "o que ganharia o Senado em ter uma contratação secreta, se tem mais de 5 mil funcionários transitando por aqueles corredores".

Talvez ele devesse procurar a resposta com o notório Agaciel Maia, que recentemente teve de se demitir da direção-geral da Casa para a qual foi nomeado por Sarney há 14 anos. Lula atacou a imprensa por "todo dia arrumar uma vírgula a mais" no noticiário da esbórnia. Para ele, com o seu amoralismo, pode parecer uma vírgula. Para a opinião pública, é um ponto de exclamação. Ressalte-se que nada do que se veiculou sobre as mazelas das Casas do Congresso foi desmentido, o que torna dispensável a advertência do presidente sobre o risco de a imprensa ser "desacreditada".

Ele se disse preocupado com as denúncias, porque "depois não acontece nada". Não venha o presidente do mensalão ofender a sensibilidade dos brasileiros ao sugerir que, em razão da impunidade - assunto sobre o qual ele pode falar de boca cheia -, melhor faria a mídia se o imitasse, compactuando, nesse caso pelo silêncio, com os abusos dos poderosos.

enviada por Gracias a La Vida

O acordo secreto do Brasil com o Irã

Itamaraty ajuda Ahmadinejad a burlar as sanções impostas pelos Estados Unidos e pelo Conselho de Segurança da ONU

Claudio Dantas Sequeira

No dia 2 de abril, em Londres, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apertava a mão de Barack Obama, prometia US$ 10 bilhões ao FMI e ouvia que ele "é o cara", sob os holofotes da mídia internacional, a diplomacia brasileira negociava em Brasília uma forma de ajudar o governo de Mahmoud Ahmadinejad a burlar as sanções americanas contra o regime iraniano.

As linhas mestras de um acordo entre Brasil e Irã, que seria assinado durante a visita de Ahmadinejad em maio que acabou adiada, foram delineadas uma semana antes num encontro a portas fechadas no Itamaraty, no dia 25 de março. ISTOÉ obteve a ata da reunião em que o chanceler Celso Amorim e seu colega iraniano Manoucherch Mottaki, acompanhados de assessores, protagonizaram uma cena capaz de abalar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos.

À revelia das sanções dos EUA e das advertências do Conselho de Segurança da ONU, contrário às transações com instituições financeiras iranianas, Amorim e Mottaki firmaram os termos de uma ampla cooperação entre os sistemas bancários brasileiro e iraniano.

O que deixou o ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia de cabelos em pé: "Não se pode ignorar uma recomendação do Conselho de Segurança da ONU. Essa negociação com o Irã é como uma pescaria em águas turvas."

O Itamaraty, no entanto, não está nem aí. E em sua ênfase atual nas boas relações com o mundo árabe abriu negociações com o Export Development Bank of Iran (EDBI), que entrou para a "black list" (lista negra) do Departamento do Tesouro americano no final de 2008, ao lado de suas subsidiárias, a corretora EDBI Stock Brokerage Company, a empresa de câmbio EDBI Exchange Company, sediadas em Teerã, e o Banco Internacional de Desarollo, com sede em Caracas, na Venezuela.

Além de congelar os ativos dessas empresas em território dos EUA, as sanções proíbem cidadãos americanos de negociar com elas. Não se aplicam, portanto, aos brasileiros.

Mas, na opinião de diplomatas e especialistas ouvidos por ISTOÉ, ao furar a barreira o Brasil põe em xeque a política externa dos Estados Unidos.

Amorim tem defendido abertamente a equidistância e o pragmatismo nas relações internacionais. Mas o fato de o Itamaraty ter mantido silêncio sobre as negociações com o Irã não corresponde ao histórico da diplomacia brasileira, que normalmente trombeteia qualquer acordo ou negócio com outros países.

DEM pede o licenciamento temporário de José Sarney

G1 A bancada do Democratas no Senado decidiu no início da tarde desta terça (30) pedir o licenciamento temporário do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), enquanto durarem as investigações de irregularidades administrativas no Senado.

A decisão foi consensual da bancada do DEM e deverá ser comunicada a Sarney em reunião, assim como divulgada em plenário.
O partido não quis prever um prazo durante o qual Sarney ficaria licenciado, mas o senador José Agripino (RN), líder do DEM, disse esperar que, "em um espaço de tempo curto, se chegarão a conclusões".

"A posição é partidária e consensual de propor que o presidente Sarney se licencie da presidência pelo prazo em que as investigações que correm sob a responsabilidade de funcionários do Senado, acompanhadas pelo Ministério Público e pelo TCU [Tribunal de Contas da União] se encerrem. Propomos isso para garantir perante a sociedade a isenção das investigações e a credibilidade da instituição Senado", disse o senador.

Questionado se a decisão significava um "abandono" do partido ao presidente do Senado, Agripino disse que o partido se preocupou com a credibilidade da Casa.

"O Democratas foi fundamental para a eleição do presidente Sarney. A atitude que toma, toma não por gosto, toma por interesse em sintonizar com a opinião pública e por absoluto compromisso com a legalidade e a credibilidade da instituição a qual nós pertencemos, que é o Senado da República."


O líder do partido ressaltou que o objetivo da proposta de afastamento é garantir a credibilidade das apurações.

"Propomos que ele se licencie até para que a apuração dos fatos seja acreditada. E para que, se ele for entendido como inocente, ele possa voltar. E se as investigações resultarem em que ele tenha culpa, evidentemente que ele arcará com a responsabilidade da culpa que for imputada por uma investigação isenta feita por um Senado que terá credibilidade porque terá feito a investigação sem a tutela presumida de autoridade nenhuma."


PSDB, PMDB e PT também fazem reuniões nesta terça para discutir a crise no Senado.

No início da tarde, o PSOL protocolou dois pedidos de investigação pelo Conselho de Ética do Senado. Um deles é direcionado ao presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), e outro contra o ex-presidente Renan Calheiros (PMDB-AL).


No caso de Sarney, o pedido lista os parentes do senador que teriam sido nomeados por meio de atos secretos

DEM, PSDB e PDT pedem afastamento de Sarney; PMDB apoia peemedebista

MÁRCIO FALCÃO

O pedido de afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), do cargo -- defendido pelo DEM e PSDB -- ganhou nesta terça-feira o reforço do PDT. Minutos depois do senador Valdir Raupp (PMDB-RR), representando a bancada do PMDB, utilizar a tribuna para defender a permanência de Sarney, o líder do PDT, Osmar Dias (PR), anunciou que o partido apoia a licença temporária do peemedebista do comando do Senado.

Dias afirmou que o afastamento é importante para dar credibilidade às investigações. "O PDT tomou essa posição porque também fazemos parte desse Senado queremos recuperar a imagem dessa instituição. Há uma sucessão de erros administrativos nos últimos anos que mostram que o descontrole com que esta Casa está sendo administrada.

Não podemos responsabilizar quem assumiu a cinco meses, mas podemos cobrar medidas para corrigir os ilícitos. Estamos defendendo uma investigação livre de qualquer influência para que ela tenha crédito perante o Senado e a sociedade", disse.

A defesa de Sarney foi feita pelo senador Valdir Raupp (RO). O líder da bancada, Renan Calheiros (AL), principal aliado do presidente da Casa estava em plenário, mas não leu o documento.

A nota do partido afirma que medidas administrativas estão sendo tomadas para tentar contornar a crise que arranha a imagem da instituição. No documento, os peemedebistas dizem que há um esforço de Sarney para corrigir "erros administrativos".

"Os senadores do PMDB têm consciência das suas responsabilidades e apoiam as ações que estão sendo realizadas. Esse é o momento de grandes mudanças e por isso mesmo está apoiando o presidente Sarney e a Mesa Diretora", afirma o documento.

Segundo Raupp, o afastamento é uma injustiça e os partidos deveriam dar um prazo de 60 dias para Sarney apresentar resultados. "Nós estaríamos fazendo um pré-julgamento, sem direito de defesa. P que não inverter e dar 60 dias para que o senador José Sarney possa se defender e comprovar sua inocência já que as investigações estão fora do Senado Federal", afirmou o senador.

Folha Online

Honduras: Novo governo promete retaliar se vizinhos fecharem fronteiras

O novo governo das Honduras, instituído após o derrube, no domingo, do Presidente eleito Manuel Zelaya, anunciou que retaliará contra El Salvador, Guatemala e Nicarágua, se estes países lhe fecharem as fronteiras.

"Se os vizinhos nos fecham as fronteiras, nós também lhes fecharemos as nossas", disse à Agência EFE o novo responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros, Enrique Ortez, empossado na segunda-feira pelo novo Presidente, Roberto Micheletti, designado domingo pelo Parlamento, mas que ainda não obteve o reconhecimento de qualquer Estado ou organização.

Ortez disse que esta terça-feira distribuirá instruções para que as Honduras adoptem medidas de "reciprocidade" relativamente à decisão da Nicarágua, El Salvador e Guatemala, cujos governantes anunciaram na segunda-feira em Manágua o encerramento das fronteiras durante 48 horas.

As medidas de pressão para a devolução do poder a Manuel Zelaya incluem a suspensão de empréstimos às Honduras por parte do Banco Centro-Americano de Integração económica (BCIE).
Tegucigalpa, 30 Jun (Lusa) - OM.

Lusa/fim