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sábado, 15 de maio de 2010

"Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!" (Nicolau Maquiavel)



Coturno Noturno
Por O EDITOR

São Paulo tem quantos bairros?

Deve ser mais de uma centena.


No entanto, a Vox Populi pesquisa sempre os mesmos.


Nas três pesquisas que realizou em 2010, para medir as intenções de votos para presidente, ela repetiu os mesmíssimos bairros.


Excluiu apenas seis deles, ao que parece de bom poder aquisitivo.


Com a palavra, os paulistanos.


Afinal de contas, São Paulo deve estar ajudando, finalmente, a Dilma a passar o Serra na pesquisa da Vox Populi.

Sábado, Maio 15, 2010

Acabou, Lula. Chega. Fim. Xô... Diogo Mainardi

O Chamberlain de Macaé


Por Diogo Mainardi

“Um novo presidente será eleito daqui a cinco meses. Só ele poderá decidir sobre assuntos estratégicos. Em vez de atuar como um quinta-colunista da bomba nuclear iraniana, Lula deveria pensar apenas em esvaziar as gavetas de seu gabinete”

Lula foi ao baile funk de Mahmoud Ahmadinejad assim como Vagner Love foi à Rocinha.

Vagner Love confraternizou com os assassinos do Comando Vermelho?

Lula está confraternizando com os assassinos da Guarda Revolucionária iraniana.

Vagner Love faz trabalho humanitário no morro?

Lula, segundo Dilma Rousseff, faz trabalho humanitário no Golfo Pérsico.

Vagner Love foi festejar os dois gols que marcou contra o Macaé?

Lula está festejando os dois gols que marcou contra o Brasil.

O Brasil é uma espécie de Macaé do mundo. Isso é uma sorte. Se o Brasil fosse a Inglaterra, Lula já estaria consagrado como o nosso Chamberlain.

Sempre que alguém quer guerrear, surge algum pateta tentando ser intermediário da paz. Em 1938, o primeiro-ministro da Inglaterra, Chamberlain, viajou para a Alemanha para negociar olho no olho com Hitler.

Depois de alguns encontros, eles assinaram um tratado de paz, pelo qual Hitler se comprometia a ocupar apenas uma parte do território da Checoslováquia.

Chamberlain voltou à Inglaterra comemorando a paz. Seis meses mais tarde, Hitler atropelou Chamberlain e ocupou o resto da Checoslováquia.

Em seguida, ocupou a Europa inteira.

Se Lula  é o Chamberlain de Macaé, Mahmoud Ahmadinejad só pode ser o Hitler de Macaé.

Como Hitler, ele mata seus opositores. Como Hitler, ele persegue as minorias. Como Hitler, ele tem um plano para eliminar todos os judeus. Só lhe falta o poder de fogo, porque um Macaé, felizmente, é sempre um Macaé.

O papel de Lula é esse: dar-lhe algum tempo para que ele possa obter uma arma nuclear. Na semana passada, um articulista do Washington Post chamou Lula de “idiota útil” de Mahmoud Ahmadinejad.

O articulista está certo. Mas há outros “idiotas úteis”, além de Lula.

O G15, reunido neste domingo no baile funk iraniano, conta também com a Venezuela, de Hugo Chávez, com o Zimbábue, de Robert Mugabe, e com a Indonésia, de Susilo Bambang Yudhoyono, eleito pela Time, em 2009, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo.

Time
é uma espécie de VEJA de Macaé.

O apoio ao programa nuclear iraniano é o maior erro que o Brasil já cometeu na área internacional. Só a vaidade de Lula ganha com isso. Ao desafiar os Estados Unidos e a Europa, tornando-se cúmplice de Mahmoud Ahmadinejad, ele pode sentir-se um tantinho maior do que realmente é.

Trata-se da síndrome de Macaé.

Mas alguém tem de dizer a Lula que seu tempo já se esgotou.

Ele representa o passado.

A esta altura, sua autoridade é meramente protocolar.

Um novo presidente será eleito daqui a cinco meses.

Só ele poderá decidir sobre assuntos estratégicos.

Em vez de atuar como um quinta-colunista da bomba nuclear iraniana, Lula deveria pensar apenas em esvaziar as gavetas de seu gabinete.

Acabou, Lula.

Chega.

Fim.

Xô.


sábado, 15 de maio de 2010

quinta-feira, 13 de maio de 2010

É a utopia lulista: o mundo ficará mais seguro com a bomba iraniana. É assim que ele vai se cobrir de glórias!




Lula está na Rússia, faz uma parada de um dia no Catar até achegar àquela que é a sua real “missão”:


a visita ao Irã, nos das 16 e 17.

O presidente brasileiro vai fazer aquela reunião, como ele disse, “olhos nos olhos” com Mahmoud Ahmadinejad, tentando convencer o presidente do Irã a ser mais flexível nas relações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU.


A disposição de Ahmadinejad para um acordo é fabulosa. Ele discursou ontem a respeito. Referindo-se aos países, liderados pelos EUA, que discutem o programa nuclear iraniano, afirmou o “Zóio Junto”:

“Vocês devem saber que suas resoluções não valem um centavo. Se vocês acham que fazendo confusão e propaganda podem nos forçar a recuar, estão errados. A nação iraniana não irá recuar nem uma polegada da sua posição”.

É falsa a tese de Lula de que o sexteto — EUA, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Rússia e China — formado para negociar com o Irã se nega a conversar.

O governo daquele país é que resiste a qualquer acordo.

A usina secreta na cidade Qom, por exemplo, é um fato, não uma intriga dos inimigos do Irã. A tática dos iranianos tem sido admitir a existência de cada parte de seu programa que vai sendo descoberta. O Itamaraty deve achar que isso é gesto de boa vontade.


A idéia de que, “olhos nos olhos”, Ahmadinejad dirá a verdade a Lula, seja ela qual for, é uma piada estúpida.

O líder iraniano só tem uma coisa a fazer:

“Eu não quero a bomba, Lula!

Acredite em mim”.

E o nosso demiurgo dirá ao mundo:

“Não falei?

Ele não quer a bomba!

Está provado!”


O circo mais ou menos armado hoje é o seguinte: o Irã fará algum gesto irrelevante de boa vontade na conversa com Lula.

China e Rússia — que, no fundo, não estão se importando muito com a questão — retirarão o quase-apoio às sanções e não se importarão em atribuir a Lula o “sucesso da missão”.

A questão fica adiada, e o brasileiro se candidata a ser aquele que evitou uma guerra!

Enquanto isso, o Irã dá prosseguimento a seu programa nuclear, como vem fazendo nos últimos anos, e vai se aproximando da bomba.

É a utopia lulista: o mundo ficará mais seguro com a bomba iraniana.

É assim que ele vai se cobrir de glórias!


quinta-feira, 13 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

'Polícia é polícia, bandido é bandido'

Com ofício, efígie e nome de policial, Romeu Tuma Jr. age como rebento mimado da elite civil que paira sobre nossa democracia.

Do alto da torre de que aprecia a planície cá embaixo, onde dá duro quem banca seus vencimentos atuais e seus proventos futuros, ele esbravejou sem requintes de vernáculo nem cerimônias ensejadas pelo cargo público que ocupa, de secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça:


"Podem tirar seu cavalinho da chuva que daqui ninguém me tira."

Por José Nêumanne
O Estado de S.Paulo

No lar em que foi criado, nas classes que frequentou e nos expedientes que deu em delegacias, aprendeu que manda quem pode e obedece quem tem juízo.

Neste reinado sob Lula, alguns ganham para mandar e quase todos pagam para obedecer.

Com os cavalos expostos aos eventuais temporais que já abandonaram São Paulo, mas vez por outra ainda perturbam o Rio de Janeiro, a resposta da plebe só pode ser: sim, é verdade!

Não podemos nós nem pode ele
.



Quem pode mesmo é Sua Majestade el-rey e presidente da nada serena República brasileira, de posse de todos os poderes conferidos e emanados do povo, com o povo e pelo povo.

E, sobretudo, bafejado por índices nunca antes alcançados por político algum de nenhum partido no para todo o sempre nestes tristes trópicos, onde mais que a lei imperam a chuva, o suor (o da canícula, não do próprio rosto) e a cerveja.

Ao Tuminha delegado, filho de cardeal da polícia política paulista, foi ensinado na escola e no ofício que no Brasil a lei, ora, a lei é relativa.

Poderosa só é a lei de Chico de Brito, como se diz no Agreste Pernambucano, do qual veio seu chefe e noço guia, Lula Único: elas são tantas que quem tem padrinho, além de não morrer pagão, passa incólume entre seus espinhos, que só alcançam e ferem os desvalidos da sorte.


Antigamente, no tempo em que os republicanos gaúchos amarraram seus pingos no obelisco do Rio de Janeiro, havia mais cerimônia com as formalidades. O dr. Getúlio, que havia liderado revolução e sido ditador antes de se consagrar presidente eleito pelo voto popular, meteu uma bala no peito, manchando de sangue o monograma do pijama, só para se livrar do opróbrio de renunciar por culpa das suspeitas que desabaram sobre um pródigo irmão chamado Beijo e o guarda-costas Gregório, que tinha a alcunha de Anjo Negro.

Hoje, não!

Hoje é diferente: basta se aboletar num cabide de altos coturnos para um delegado de polícia mandar a cidadania abandonar suas montarias às intempéries da natureza. E, se assim diz, é por estar a tanto autorizado, seja por omissão da chefia, seja pela notória certeza da impunidade sólida e certa.

Mas Sua Excelência o secretário nacional de Justiça foi além em seu desafio à cidadania preocupada com suas relações de amizade com um chefão da "máfia chinesa", ao garantir em alto e bom som que é amigo de quem quiser e não tem de dar satisfação a ninguém.

Aí a coisa muda de figura, pois, se é verdade que aqui funciona um Estado Democrático de Direito, quem manda não é o delegado Tuminha, nem o ministro da Justiça, nem mesmo ? suprema blasfêmia ? noço guia genial dos povos da floresta, do cerrado, da caatinga e do canavial.

A democracia, ensinam os clássicos da ciência política, é o "império da lei".

E onde impera a lei, a antiga musa da tirania cala, como já cantava outro Luís, o caolho Camões, quando inventou esta "última flor do Lácio, inculta e bela", ao mesmo tempo esplendor e sepultura.

E sob as ordens frias e impessoais da norma jurídica não é permitido a agentes da lei, pagos e merecedores da confiança da cidadania para mantê-la, conviver em intimidade com quem fora dela prospera.


Carcereiros não podem ficar amiguinhos de presidiários, não é sensato que juízes frequentem festas de traficantes, nem lícito que promotores recebam favores de acusados ou policiais obsequiem suspeitos.

Da mesma forma, não convém ao interesse público que o secretário nacional de Justiça seja amigo de mafioso.

O "passageiro da agonia" (título do livro de José Louzeiro e do filme de Héctor Babenco sobre ele) Lúcio Flávio Vilar Lírio dizia que "polícia é polícia, bandido é bandido".

O Estado Democrático de Direito não se deve permitir a inconveniência de fechar os olhos e atar as mãos ante a promiscuidade intolerável de um agente encarregado de preservá-lo se tornar íntimo de um fora da lei.

O delegado Tuma Jr. age no legítimo exercício da própria cidadania ao reclamar que seu depoimento, apesar de ter sido tomado, não foi incluído no inquérito em que foi citado na Polícia Federal (PF), da qual o Tuma pai foi diretor-geral e, segundo consta, ainda influi sobre um grupo de agentes.

Isso merece repúdio, por contrariar o mais elementar dos direitos da cidadania: o de defesa.

O delegado Romeu Tuma Jr. não é imune ao poder de polícia de seus colegas federais. Mas por que excluíram o depoimento dele no inquérito, se aceitaram ouvi-lo?

O secretário nacional de Justiça alegou, em defesa própria, que nenhum ilícito foi praticado sob o patrocínio dele. O fato de os pleitos de violação da lei pedidos a colegas e pilhados pela PF não terem sido atendidos, contudo, de nada o isenta.


No Brasil de mil novecentos e antigamente, incluindo a monarquia imperial, a República Velha dos coronéis, o Estado Novo, a democracia liberal de 1945 e a ditadura de 1964, o que ele admitiu ter feito já bastaria para sua defenestração.


Sua manutenção no cargo, desafiando o antiquíssimo conceito romano da "mulher de César", que não só deve ser como também precisa parecer honesta, é algo que "nunca antes ocorreu na História deste país".

A eventual barganha da moral pública por menos de um minuto e meio por dia do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em que o pai senador milita, no horário eleitoral gratuito é inaceitável, mesmo sob nossa "ética da conveniência".

Ainda que Paris tenha valido uma missa nos tempos de Henrique IV, não é o caso de vender agora a honra do País por 85 segundos diários para louvar a Dilma do Lula Único
.

JORNALISTA E ESCRITOR, É EDITORIALISTA DO "JORNAL DA TARDE

A pergunta que não quer calar...

Até quando...  até quando...???


Entrevista realizada por Jota Agostinho com o ex-Governador do Estado do Paraná, Roberto Requião.

Os pecados petistas segundo Sombra

Os pecados petistas segundo Sombra

Blog da Paola Lima


Jornalista Edson Sombra contou em seu blog nesta terça-feira (11) diversas histórias que presenciou ao longo de sua vida profissional que comprovariam as declarações de Durval Barbosa de que o PT-DF não seria tão ético como quer fazer parecer. No texto, prometido desde a semana passada, Sombra conta episódios suspeitos protagonizados como suposta cobrança de propina, pagamento para aprovação de projeto e mentiras contadas com convicção. Confira os principais trechos da denúncia - ou leia a reportagem completa
aqui:

“Após a aproximação com o PT, recebi de uma parlamentar da época a missão de ir à Secretaria de Administração do governo Cristovam. O objetivo era que eu conversasse diretamente com o então secretário da pasta e recebesse, pessoalmente, uma incumbência. Ao chegar lá, fui informado que o GDF tinha faturas atrasadas a acertar com empresas prestadoras de serviço e que poderia dar agilidade à liberação dos pagamentos para os empresários que pagassem porcentagem, em dinheiro, referente ao valor total da fatura.

Fiquei impressionado com a naturalidade com que o secretário tratou do assunto e resolvi visitar a empresa por ele indicada para verificar como funcionava o esquema. Ao conversar com o representante da referida empresa, confirmei o que suspeitava: as prestadoras de serviço tinham de pagar até 10% sobre o valor das faturas para que o governo pagasse a dívida atrasada. Isso em pleno governo do PT“.

(…)

“Ao ler este relato, a hoje ex-parlamentar deve lembrar muito bem do ocorrido. Foi a prova que tive que os esquemas de corrupção não são exclusividades de partidos, mas sim de grupos que estão dentro deles. E vale mencionar: não foi a única experiência desse tipo com integrantes do Partido dos Trabalhadores. Logo após esse episódio, fui procurado novamente pela mesma parlamentar petista, que manifestou interesse em regularizar a situação da Academia de Tênis, tradicional clube da cidade que foi acusado de ter invadido áreas públicas. A idéia da deputada era a seguinte: ela apresentaria o projeto para legalizar a área e eu, como assessor do deputado João de Deus, convenceria o parlamentar a assumir a relatoria da matéria. Em troca, receberíamos uma quantia de R$ 100 mil, dividida igualmente entre nós dois. Por motivos óbvios, a investida da parlamentar não vingou.

Tempos depois o tal projeto foi, de fato, apresentado na Câmara Legislativa, mas com um detalhe: o relator foi o então deputado distrital Adão Xavier, que mais tarde trocou o nome para Carlos Xavier. E a autoria do projeto foi da referida parlamentar à época.”

(…)

“Logo após a cassação do ex-senador Luiz Estevão, denunciei na Câmara Legislativa a venda de uma ata da reunião do Partido dos Trabalhadores por um irmão de um candidato a distrital do PT, hoje ainda deputado pelo mesmo partido, pela quantia de R$ 20 mil. A venda dessa ata de governistas para a oposição da época tinha dois objetivos específicos: prejudicar o projeto de reeleição de Cristovam Buarque e, com o dinheiro arrecadado, turbinar a campanha do irmão do tal negociador, que conseguiu à época ser eleito para a Câmara Legislativa. Vale esclarecer que esses negociadores faziam parte de um grupo contrário ao governo Cristovam, embora fossem do Partido dos Trabalhadores.”

(…)

“Lembro que coloquei à disposição do partido um depoimento feito ao Ministério Público pelo senhor Alberto, ex-funcionário do escritório político de Arruda, localizado na 502 Sul, para entrar no programa de Tv da campanha do PT ao Buriti. Neste depoimento, o senhor Alberto, que já havia feito a denúncia do esquema da Codeplan ao MP, contava como se fazia o caixa dois na 502 Sul para a campanha do então candidato Arruda. O programa não foi ao ar, segundo o próprio Chico, porque a candidata Arlete Sampaio teria afirmado que se tivesse que ganhar a eleição daquela forma, ela preferia não vencer. O tempo provou que ela estava errada. Tanto que hoje está aí o resultado das investigações de parte dos fatos que estavam contidos naquele depoimento: a Caixa de Pandora.”

(…)

“Ainda em 2006, tive - para minha surpresa -, no edifício Liberty Mall, um encontro com um parlamentar do PT que, junto com integrantes do PMDB e do PSDB, visava cooptar a então também candidata ao governo do DF, Maria de Fátima Passos (PSDC). O objetivo era pagar uma quantia em dinheiro à candidata para que ela utilizasse o tempo de televisão para atacar José Roberto Arruda. Só que o grupo do então democrata foi mais eficiente e acabou desarticulando a operação, pagando, segundo me foi relatado, R$ 200 mil para que Fátima Passos não atacasse Arruda durante a campanha, dinheiro este oriundo dos cofres da Codeplan. Isso tudo que estou relatando faz parte de uma história até então não contada. Muitos, talvez, tentem negar. Mas é a pura verdade.”

(…)

“Não posso esquecer e estarei pronto a revelar os conteúdos das conversas e tratativas com o senhor Agnelo sobre a campanha deste ano que, embora não envolvam dinheiro, revelam que para chegar ao poder, eles fazem acordo até com o diabo, desde que o diabo seja vice. Isso ocorreu na época que o deputado federal Geraldo Magela queria se cacifar para ser lançado pré-candidato do PT ao governo do Distrito Federal.

Me mantive calado até este exato momento. Mas eu e Agnelo sabemos quais os motivos que o levaram a assistir os vídeos na sala do ex-secretário de Relações Institucionais e pivô da crise do GDF, Durval Barbosa, meu amigo pessoal. Agnelo não deve ter esquecido de nosso encontro na Torteria di Lorenza no Sudoeste, a mesma que foi palco do flagrante da prisão do ex-conselheiro do Metrô, Antonio Bento, que tentava me subornar.

Na presença de um colega de partido, o deputado Chico Leite, de mim e de uma jornalista, Agnelo tentou negar que teria visto os vídeos. É o mesmo Agnelo que, em outra conversa, admitiu receber apoio no passado para sua campanha ao Senado de um importante nome do governo Arruda. É o mesmo Agnelo, inclusive, que ao sair da sala de Durval Barbosa, à porta do elevador do 10º andar, levou consigo dois CDs com áudios que tratam da comercialização de lotes no Pró-DF, programa do GDF de incentivo ao desenvolvimento econômico, e que nada fez a respeito. Dias depois, o próprio Agnelo me devolveu todo o material.”

“Esse mesmo Agnelo é o que no ano passado demonstrava nos bastidores a intenção de ter encontros com o senhor Joaquim Roriz, chegando até a pensar em propor ao mesmo que sua filha, Jaqueline Roriz (PMN), fosse escolhida vice na chapa do PT. Isso porque, naquela época, Arruda seria imbatível na reeleição. Cheguei a tratar sobre esse encontro com pessoas ligadas ao ex-governador Roriz e só não ocorreu porque houve vazamento e foi matéria do Correio Braziliense.”

(…)

“Por diversas vezes, nos últimos dias, eu e Chico Vigilante conversamos – e ele sabe bem disso – sobre algumas pessoas que, filiadas ao PT, hoje ostentam sinais exteriores de riqueza. Parlamentares petistas se encontravam às escondidas com o ex-governador José Roberto Arruda. Autoridades do PT, que embora criticassem a gestão do ex-democrata – tinham cargos indicados no governo“.

(…)

“O PT cobra ética dos demais partidos, mas não se pronunciou até hoje sobre o nome do ex-deputado Chico Floresta (PT) ter aparecido numa lista do Arruda como suposto beneficiário do esquema de corrupção. O PT não cobrou explicações ao senhor Cabo Patrício por ter apresentado um projeto de lei que beneficiava empresas do ex-presidente da Câmara Legislativa e ex-deputado Leonardo Prudente (sem partido). O PT que não cobrou do senhor Benício Tavares (PMDB) os nomes dos 14 deputados que ele revelou na gravação realizada no gabinete de Durval Barbosa e que, segundo o próprio Benício, teriam se beneficiado do dinheiro dos empresários de transporte para aprovarem a famosa Lei do Passe Livre para pessoas com deficiência.”

(…)

“Quero frisar que não poderia deixar ser taxado de mentiroso em troca de uma imagem já falida do Partido dos Trabalhadores. Além disso, não poderia abandonar uma pessoa que teve a coragem de se incriminar, de se separar dos seus próprios filhos, de se expor e revelar o maior escândalo de corrupção já descoberto no Brasil, que é Durval Barbosa. Não poderia fazer isso em troca de uma amizade com um político, mesmo sendo essa amizade verdadeira e até mesmo mais antiga.

Por esses fatos que expus acima, e com todos os detalhes que estarei pronto para esclarecer nos fóruns cabíveis, estou encaminhando a íntegra deste relato às autoridades competentes. Acredito que a verdade tem um preço. E a amizade também tem. Mas entre a amizade e a verdade, escolho a verdade. E nem que para isso eu seja retirado do hall de amigos de Chico Vigilante. Não tenho opção. Se esse é o preço da verdade, pagarei por ela. Seja política ou juridicamente.”

Brasília, 12 de Maio de 2010
paola@blogdapaola.com.br

terça-feira, 11 de maio de 2010

Tuma Jr. sai em férias, mas, desde já, avisa: volto já

Tuma Jr. sai em férias, mas, desde já, avisa: volto já

Por Josias de Souza

Rodeado de suspeição, o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., decidiu tirar férias.

Aproveitará o tempo livre para se defender da acusação de envolvimento com o contrabandista chinês Li Kwok Kwen, o Paulo Li.


Amigo de Li, Tuma Jr. teve conversas captadas por grampos da Polícia Federal. E foi levado ao inquérito em posição constrangedora.


Dias atrás, o filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP) aconselhara aos que o queriam fora do governo que amarrassem o cavalo sob a chuva.


Súbito, horas depois de uma conversa com o ministro Luiz Paulo Barreto (Justiça), Tuma Jr. alterou o tom.


Em entrevista a José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, disse, nesta terça (11):


“Eu pretendo tirar alguns dias de férias, sim. Mas você pode ter certeza de que eu vou voltar com a alma lavada e com a honra restabelecida".


A julgar pelo que se ouve nos subterrâneos do Planalto, as férias de Tuma Jr. podem durar mais de 30 dias. A depender da evolução do caso, o secretário talvez não volte.

LULA: QUEM É MESMO IMBECIL E ELITISTA?


LULA:
QUEM É MESMO IMBECIL E ELITISTA?

Antes de ler o texto abaixo, gostaria que vocês assistissem de novo ao vídeo abaixo.

Assistiram?


Agora leiam o que vai na Folha, por Simone Iglesias, da Folha Online:


Ao discursar na abertura de conferência Brasil-África sobre combate à fome, nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que seu governo fez “milagres”. Citou o resultado de políticas sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família, que, segundo ele, foram criticados por adversários, mas distribuíram renda e alçaram as classes D e E a consumidoras.


“A capacidade de consumo dos pobres fez a economia brasileira resistir à crise dos países ricos. Esse é um dos milagres que aconteceram nesse país”, disse, citando ainda o controle da inflação e o aumento do poder de compra do salário-mínimo.


Lula reclamou das críticas que sofreu “da elite brasileira” ao lançar o Fome Zero e, posteriormente, o Bolsa Família.


“Diziam que dar dinheiro a pobre era proselitismo, compra de votos, todos os adjetivos que vocês podem imaginar. Diziam que se desse R$ 100 para o pobre ele não iria mais trabalhar, iria virar vagabundo”, disse a uma plateia de ministros da Agricultura do continente africano.


O presidente criticou ainda candidatos que se aproximam dos pobres nas eleições, ganham seus votos mas, depois de eleitos, governam para ricos. “Em campanha eleitoral, todo mundo defende o pobre, até o rico. O problema é que na hora de governar, o pobre sai da agenda e o rico fica na agenda. São eles [ricos] que escolhem ministros, assessores e até as políticas que você tem que fazer”, afirmou.


Lula disse que para mudar essa realidade, é preciso que os orçamentos priorizem o combate à fome e à pobreza. Segundo ele, os pobres não conseguem se articular em categorias para pressionar os políticos e acabam não tendo acesso a quase nada.


“O Orçamento é feito para as pessoas que estão organizadas e fazem pressão (…) Quem não tem sindicato, quem não faz passeata, não tem direito de protestar (…) Se a gente esperar sobrar dinheiro [para os pobres] no Orçamento nunca vai sobrar porque quem tem acesso ao orçamento são gananciosos e não sobra nada para os pobres”, afirmou.


Lula disse que quem tem fome não vira “revolucionário”, mas subserviente e humilhado.


Comento
Lula foi condecorado hoje, durante a conferência sobre segurança alimentar, combate à fome e desenvolvimento rural, o “Campeão Mundial na Luta Contra a Fome”.

A distinção foi concedida pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas.


Muito bem.


Poderia estar satisfeito por tudo o que fez.


MAS NÃO ESTÁ. SE ELE NÃO ASSALTAR A BIOGRAFIA ALHEIA, NÃO BASTA.


Lula não reconhece os esforços alheios, não reconhece a mobilização da sociedade, não reconhece nada que esteja fora do seu controle e do controle do seu partido.


Digam-me uma única força política que tenha atacado o Bolsa Família.


Não houve!


Também faz história vagabunda.


O programa Fome Zero foi para o lixo com menos de um ano de uso.


Em seu lugar, entrou o Bolsa Família, o que significou a retomada dos programas instituídos no governo FHC.


O mérito do governo Lula?


Foi grande, sim: estendeu o atendimento de 5 milhões de famílias para 11 milhões.


Quem é que dizia que programas de transferência de renda eram proselitismo e compravam a consciência dos eleitores, impedindo-os de votar ideologicamente?


Voltemos ao vídeo que abre este post.


Temos Lula em dois momentos: no ano passado e no já longínquo 2000, na pré-campanha de 2002, quando seria eleito presidente da República.


Segundo aquele pensador, “o alto grau de empobrecimento do Brasil” fazia com que a pessoa escolhessem um candidato “pelo estômago, não pela cabeça”.


Foi justamente em 2000 que se criou o Bolsa Escola; no ano seguinte, vieram o Bolsa Alimentação e o Auxílio-Gás.


Lula tomou como seus todos esses programas e os reuniu no Bolsa Família.


O PT, saibam, classificava o Bolsa Escola de assistencialista, tanto que a então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, negava-se a implementá-lo em São Paulo.


Só deu início ao processo sob pressão.


Lula é, sem dúvida, um “case” para os especialistas em política.


Mas certamente merece uma abordagem também psicanalítica.



Ele acusa os adversários de fazer rigorosamente o que ele faz.

Em 2000, era ele, então, o perfeito “imbecil” que ele viria a acusar em 2009 e a “elite” (no seu caso, sindical) que ele censura em 2010.

Parece piada, mas é assim.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Charges do Sponholz

só dá dunga....haja!!!



afogando o ganso



Conta tudo, delegado!

“Estão mexendo com a válvula do botijão de gás”.


Romeu Tuma Jr., secretário nacional de Justiça, ao saber que o presidente Lula gostaria de vê-lo afastar-se “espontaneamente” do cargo, insinuando que nem notou as bandidagens do amigo Paulinho Li porque preferiu manter sob estreita vigilância os bandidos no governo, e que se perder o empregão vai ter tempo e disposição para contar tudo.

11 de maio de 2010 

Deputados Contra a Ficha Limpa


Por Graziela Tanaka

Veja a lista dos deputados que votaram a favor dos destaques (emendas) para enfraquecer o texto da Ficha Limpa.

Deputados que tentaram retirar o período pelo qual um político se tornaria inelegível por compra de votos ou abuso de poder econômico:


Alagoas

Joaquim Beltrão (PMDB)

Bahia

José Rocha (PR)
Marcelo Guimarães Filho (PMDB)

Maurício Trindade (PR)

Veloso (PMDB)



Ceará

Aníbal Gomes (PMDB)

Arnon Bezerra (PTB)

Zé Gerardo (PMDB)


Espírito Santo

Camilo Cola (PMDB)


Maranhão

Davi Alves Silva Júnior (PR)

Waldir Maranhão (PP)


Minas Gerais

João Magalhães (PMDB)

Marcos Lima (PMDB)


Mato Grosso

Eliene Lima (PP)


Mato Grosso do Sul

Antonio Cruz (PP)


Paraná

Chico da Princesa (PR)

Dilceu Sperafico (PP)

Giacobo (PR)

Nelson Meurer (PP)

Odílio Balbinotti (PMDB)

Ricardo Barros (PP)


Pará

Asdrubal Bentes (PMDB)

Gerson Peres (PP)

Wladimir Costa (PMDB)


Rio de Janeiro

Alexandre Santos (PMDB)

Dr. Paulo César (PR)

Eduardo Cunha (PMDB) - autor do destaque

Leonardo Picciani (PMDB)

Nelson Bornier (PMDB)

Solange Almeida (PMDB)


Rondônia

Marinha Raupp (PMDB)



Roraima

Neudo Campos (PP)


Rio Grande do Sul

Afonso Hamm (PP)

Paulo Roberto Pereira (PTB)

Vilson Covatti (PP)


São Paulo

Aline Corrêa (PP)

Beto Mansur (PP)

Celso Russomanno (PP)

Paulo Maluf (PP)

Vadão Gomes (PP)


Tocantins

Lázaro Botelho (PP)


Votaram pela manutenção do segundo destaque da noite, que, na prática, acabava com a proposta do ficha limpa:


Beto Mansur (PP-SP)

Edinho Bez (PMDB-SC)



Abstiveram-se:

Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Leonardo Piccianni (PMDB-RJ)


Autor do destaque: Jovair Arantes (PTB-GO) - não votou

A lista dos convocados de Dunga



Goleiros: Júlio César, Gomes, Doni

Laterais: Maicon, Daniel Alves, Gilberto, Michel Bastos

Zagueiros: Juan, Lúcio, Luisão, Thiago Silva

Meias: Gilberto Silva, Felipe Mello, Josué, Kléberson, Elano, Ramires, Kaká, Júlio Baptista

Atacantes: Luís Fabiano, Nilmar, Robinho, Grafite

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Frigideira quente

Nota do Ministério da Justiça sugere que Tuma Júnior já está demitido

Delegado de polícia licenciado e secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior parece ter entrado por um caminho sem volta.

É essa a conclusão a que se chega ao ler o curto comunicado enviado pelo Ministério da Justiça ao ucho.info.

De acordo com a nota, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, “recebeu, na noite da última sexta-feira (7), ainda em Buenos Aires, as informações pedidas à Polícia Federal.

Na tarde desta segunda-feira (10), informações complementares foram entregues ao ministro, que se reunirá ainda hoje com o secretário Tuma”.

Se não fosse para ao menos afastar temporariamente Tuma Júnior do cargo, não haveria necessidade de divulgar um comunicado meteórico e recheado de suspense.

Até porque, se as informações complementares fornecidas pela PF são capazes de inocentar Romeu Tuma Júnior, o Ministério da Justiça demorou para abreviar o calvário de um eventual inocente.

Ou seja, Tuma Júnior, acusado de envolvimento com contrabandistas chineses, já pode procurar uma delegacia em São Paulo para retomar a labuta como delegado.
10.05.2010 - 7:04pm | Seção: Política

Grosserias de Dilma Rousseff levaram maquiadora a pedir demissão

Pavio curto

Enquanto o mentor político é especialista no afago popular, a pupila parece que não desenvolveu o traquejo em lidar com o público em plena campanha eleitoral.

A presidenciável Dilma Rousseff (PT) já foi chamada de “dama de ferro” e de “sargentão” pela rádio corredor do Palácio do Planalto e pelos próprios aliados.

Na garagem do edifício do poder central, motoristas e coronéis levaram carraspanas impublicáveis.

Até mesmo assessores do alto escalão sentiram o peso do tratamento da ex-ministra, como o secretário de uma importante pasta ministerial, que mais tarde foi demovido a rever o seu pedido de demissão.

A mais nova vítima foi a maquiadora da pré-candidata, que se demitiu da função. Dois dias depois voltou ao trabalho para, talvez, evitar um escândalo político.


Dilma Rousseff não tem se relacionado bem com a equipe de trabalho do publicitário João Santana.

Evita até mesmo cumprimentá-los.

Ela gostaria mesmo de trabalhar com Duda Mendonça, o mesmo que em 2002 embolsou R$ 10 milhões do caixa dois do então candidato à Presidência da República, Lula da Silva.
10.05.2010 - 12:06am | Seção: Política

Desde novembro do ano passado, alguns “analistas” prevêem uma grande crise na “campanha” (qual?) do agora pré-candidato tucano à Presidência, José Serra.

SERRA LEVANTA A BOLA, E DILMA CORTA. OU: OBSESSÕES RETÓRICAS FORA DE HORA


Desde novembro do ano passado, alguns “analistas” prevêem uma grande crise na “campanha” (qual?) do agora pré-candidato tucano à Presidência, José Serra.


E os que não a previam juravam que ele não seria candidato…


Em fevereiro, dizia-se, Dilma Rousseff, a pré-candidata do PT, passaria seu adversário nas pesquisas.


E aí… Bem, isso ainda não aconteceu, com se sabe. O PT aposta tudo no programa partidário do dia 13, que já tem um compromisso marcado com a ilegalidade, a exemplo das inserções curtas que foram ao ar — um insulto descarado à Lei Eleitoral.

Será a hora ao menos do empate?

Vai depender de algumas coisas: os institutos farão pesquisa dois dias depois ou não?


Qual é o quadro de agora?


Desde o lançamento oficial das pré-candidaturas (uma jabuticaba que só existe no Brasil), Serra navega em boas notícias, ao contrário de sua adversária petista, colhida pelas vagas da própria inexperiência e pelo excesso de cardeais petistas dando pitaco na candidatura.


Todo mundo diz o que a pobre Dilma tem de fazer. Qualquer que seja a dica, o sentido é um só: “Seja menos Dilma”, o que, convenham, é tarefa difícil. E os petistas ficam à espera de Godot — que, nesse caso, existe: é Lula. A questão é saber se ele vai mesmo operar a reversão.


A fase virtuosa que vive a candidatura Serra se deve, em boa parte, a seu desempenho pessoal. Está notavelmente à vontade, lembrando o candidato à Prefeitura de São Paulo em 2006. A máquina tucana à sua disposição chega a ser ridícula se comparada ao gigantismo da petista.


O dinheiro que falta de um lado abunda de outro; de um lado, um exército de tarefeiros; de outro, ainda uma armata Brancaleone. Biografia e experiência, nesta fase, estão fazendo a diferença.


A depender do andar da carruagem, podem definir, sim, a eleição.


O noticiário está, como sempre, sedento.

E está devidamente “pré-pautado” para transformar a eleição de 2010 naquilo que ela não é: um confronto entre os governos Lula e FHC.

Por enquanto, não tem funcionado. Desconfio até que, quanto mais Lula canta as próprias glórias, mais chama a atenção para o fato de que “ela não é ele” — vale dizer:

Dilma não é Lula.

Adiante.

Até agora, parece que a maioria do eleitorado compara Serra a Dilma, não FHC a Lula.

Um confronto entre os candidatos, não entre passados, é preferível para Serra — e, creio, para a democracia e para o futuro do Brasil, já que Lula é dono da história e a conta como quer. Os erros e acertos dos candidatos têm contado bastante.
Saudades da crise

Com algum humor, eu diria que Serra pode estar com saudade de uma certa adrenalina da crise. O petistas estão doidinhos para carimbar no tucano a pecha de “intervencionista” e para caracterizá-lo, notem a ironia, como um “risco à estabilidade”.

Na oposição, o PT pregava a “esperança contra o medo”; do outro lado do balcão, não vê problema em pregar “o medo contra a esperança”.
E Serra faz o quê?


Cai, se isto é possível, de forma deliberada na armadilha.

O que é “cair de forma deliberada na armadilha”?

É saber que faz um discurso que pode ser explorado pelo adversário. Em entrevista à rádio CBN, disse que 0 “Banco Central não e a Santa Sé” e que a taxa de juros deveria ter sido reduzida no passado. Entendo.

A quantos eleitores ele está falando?

A bem pouco, mas com um bom poder de fogo. O eleitor não tem a mais remota noção dos mistérios da taxa Selic. Indagado sobre a relação do BC com a sociedade, defendeu a sua autonomia, mas afirmou que, se houver “erros calamitosos, o presidente tem de fazer sentir sua posição”.

Vamos ver: nem Serra nem Dilma defendem, não até agora, um Banco Central com mandato, cujo presidente seja aprovado pelo Congresso, com a obrigação de cumprir certas metas, sob a supervisão de uma comissão do Parlamento. Isso seria independência. O Brasil tem-se contentado com a chamada “autonomia”.

Quantas e quais foram as interferências dos presidentes FHC e Lula nas decisões do BC?

Nunca ninguém saberá. E é bom que assim seja. Justiça se faça: os que recomendavam a Lula, nos idos de 2003, que interferisse no BC de olho na opinião pública estavam lhe dando um mau conselho.

E era a pior banda do PT que o fazia. O maior acerto de Lula ainda é ter resistido.
E se Serra ganhar?


O que vai acontecer com o BC, com os juros, com o câmbio etc. caso Serra vença a eleição? A minha resposta: NADA! As coisas vão continuar como estão, e, assim como não se conhecem hoje os movimentos internos que pressionam a política monetária, não os conheceremos no futuro governo, pouco importa o titular. E é bom que os critérios não sejam mesmo expostos. Trata-se de matéria delicada.

Então para que dar respostas ambíguas, quando não pela metade? Se o tucano acha que teria sido preferível enfrentar a crise com menos juros e e não com mais isenções, escolhendo aquela maneira de aquecer a economia e não esta, então tem de deixar claro. Eu, pessoalmente, acredito que especular sobre esse assunto corresponde a fazer campanha para o adversário — no caso, a adversária.
Dilma aproveitou

E não deu outra. Dilma é inexperiente, mas não é burra. Num seminário, no Rio, aproveitou a janela de oportunidades aberta pelo adversário:

“Defendo a autonomia operacional do Banco Central. Acho que relações institucionais têm de se pautar pela maior tranqüilidade possível, pela serenidade. Sempre tivemos uma relação muito tranqüila com o Banco Central, de muito pouca turbulência, de muito pouca confusão (…)”

E sobre a oportunidade supostamente perdida de ter baixado antes os juros?

“É uma coisa muito complicada a gente raciocinar no ’se’. O Banco Central tem um registro de cuidado e cautela. Ele teve isso durante a crise. Não vou deixar de reconhecer aqui a quantidade de acertos, de muitos acertos, que o Banco Central teve no enfrentamento da crise. A forma como ele se comportou com o compulsório, a forma como o Banco Central liberou crédito. É muito relativa essa discussão do ’se fizesse isso, se fizesse aquilo’…”

Desde o lançamento das pré-candidaturas, Dilma não fazia um gol. Fez um hoje. Por conta do quê? De uma questão que, a esta altura, não vai além da retórica. Serra foi lá e pôs a bola na marca do pênalti para ela chutar.

Na CBN, Serra também afirmou que, “do ponto de vista de uma análise convencional”, é “de esquerda”.

Então o Brasil vive uma realidade não-convencional.

Explico-me: eleitores que, de fato, militam na esquerda votam na candidata que têm o apoio das esquerdas: Dilma Rousseff.

Quantos são os esquerdistas do Brasil?

Devem lotar o Pacaembu, aqui em São Paulo, mas não lotariam o Maracanã, no Rio.

“De um ponto de vista convencional”, deixarei isso para outra hora, boa parte dos eleitores de Lula seria considerada “de direita” ou “conservadora” em qualquer país democrático do mundo.

Eu gosto de fazer debate ideológico aqui.

Aliás, eu reconhecidamente o faço e considero que as ideologias existem e são relevantes. Numa campanha eleitoral, no entanto, esse é outro abismo retórico.

Ao se declarar de esquerda, Serra certamente não conquista os votos dos esquerdistas do Leblon, no Rio, ou dos Jardins, em São Paulo.

E os direitistas da Baixada Fluminense, no Rio, ou de Guaianazes, em São Paulo, não estão nem aí.
segunda-feira, 10 de maio de 2010

Vai se queixar ao bispo...


Isolado, incapaz de se movimentar para qualquer lado, o ex-ministro Tarso Genro irá nesta terça-feira se queixar ao bispo.

Ele agendou reunião com Lula.

O “novo” Reino Unido


Petar Pismestrovic, «Kleine Zeitung»

por JN,
em Maio 8, 2010

O Partido Conservador foi o vencedor das eleições no Reino Unido — ou pelo menos foi o que elegeu mais deputados — mas ficou aquém da maioria absoluta necessária para formar um governo.

Com 647 dos 650 lugares da Câmara dos Comuns já declarados até este momento, o Partido Conservador elegeu 304 deputados, o Partido Trabalhista 258, os Liberais-Democratas 57 e outros partidos 27. São necessários pelo menos 326 deputados para formar um governo.
O líder dos conservadores e o provavelmente o futuro primeiro-ministro, David Cameron, disse que Gordon Brown “perdeu o seu mandato para governar“.

No entanto, na ausência de uma maioria no Parlamento e devido à particular lei britânica, o ainda primeiro-ministro Gordon Brown não assumiu a derrota nem se demitiu e tem direito a uma primeira tentativa para formar um governo de coligação.

Para o conseguir, ele precisa obter o apoio dos Liberais Democratas de Nick Clegg, que se saíram pior do que as sondagens haviam previsto — talvez os grandes derrotados destas eleições.

Se o Sr. Brown falhar na sua tentativa de formar um governo, David Cameron também poder procurar formar uma coligação, quer com os Liberais Democratas ou com a ajuda de parceiros regionais na Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales que podem exigir em troca “protecção” contra cortes no orçamento para as sua regiões.


Olle Johansson

Nick Clegg, embora com resultados piores do que esperava, é afinal o homem que vai decidir que é o próximo primeiro-ministro do Reino Unido e David Cameron não perdeu tempo a oferecer-lhe um acordo de poder que descreve como “grande, global e aberto” e, inclusive, uma reforma do sistema eleitoral que prejudicou bastante os Liberais Democratas.

O que se vai passar nos próximos dias com as negociações de bastidores vai ditar o futuro do Reino Unido mas, como escreve Jeremy Warner no Telegraph deve ser David Cameron o escolhido.
A última vez que o Reino Unido teve um Parlamento minoritário (hung Parliament) foi em 1974.

Na altura foi impossível formar um governo de coligação e poucos meses depois novas eleições ocorreram.

Michael Sontheimer, na Der Spiegel, escreve que este resultado eleitoral é pouco britânico e que o Reino Unido, pelo menos no sistema político, finalmente juntou-se à Europa, onde situações destas são mais do que comuns:
[...] With these election results, the British finally have a fractured party political landscape just like the rest of Europe. As in France and Germany, the major British parties are increasingly incapable of reflecting the ever more differentiated interests of the electorate. The result could be a reform of the British first-past-the-post electoral system, which currently favors the two largest parties.
Trying to form a government in London will be a protracted yet exciting process. [...]

Patrick Corrigan, «The Toronto Star»

Frase...

“Os governos nunca quebram;
por causa disso, eles quebram as nações.”


Kenneth Joseph Arrow
(Nova Iorque, 23 de Agosto de 1921) é um economista estadunidense.

O Itamaraty tanto fez que conseguiu. E Lula também! Já se começa a suspeitar mais agudamente do programa nuclear brasileiro.



O Itamaraty tanto fez que conseguiu. E Lula também! Já se começa a suspeitar mais agudamente do programa nuclear brasileiro. E não sem razão — aos menos a lógica. O raciocínio exposto por Lula é este: quem tem arma nuclear não pode exigir que o outro não tenha. Na entrevista ao El País, de que falo acima, chegou a mostrar ao jornalista o trecho da Constituição que trata do assunto: ela nos proíbe de ter a bomba e dá ao Congresso a palavra final sobre energia nuclear.

E daí?

No Irã — e, tudo indica, o mundo começa a voltar os olhos para o Brasil —, o que se teme é o programa nuclear secreto.


Leiam texto de Hans Rühle publicado na revista alemã Der Spiegel, intitulado “O Brasil está desenvolvendo a bomba?”.

Publico a tradução abaixo.

Volto em seguida.
 
* Em outubro de 2009, a renomada revista americana “Foreign Policy” publicou um artigo intitulado “As futuras potências nucleares com as quais você deve se preocupar”

(The Future Nuclear Powers You Should Be Worried About).

Segundo o autor, Cazaquistão, Bangladesh, Mianmar, Emirados Árabes e Venezuela são os próximos candidatos — depois do Irã — a membros do clube das potências nucleares. Apesar de suas interessantes evidências, o autor deixou de mencionar a potência nuclear virtualmente mais importante: o Brasil.

Hoje em dia, o Brasil é visto com alta estima pelo resto do mundo. Seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, se tornou um astro no cenário internacional.


“Esse é o cara”, disse certa feita o presidente dos EUA, Barack Obama, em um elogio ao parceiro. Lula, como se sabe, pode até mesmo receber o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com todas as honras, numa demonstração de apoio a seu programa nuclear, em razão do qual o Irã enfrenta o ostracismo no resto do mundo.

A autoconfiança de Lula é um indicativo da reivindicação do Brasil de assumir o status de grande potência — inclusive em termos militares. A reivindicação militar está refletida na Estratégia Nacional de Defesa, que foi apresentada no fim de 2008. Além do domínio do ciclo completo do combustível nuclear — que já foi conquistado —, o documento trata da construção de submarinos nucleares.


Perto de construir a bomba

Pode soar inofensivo, mas não é, porque o termo “submarino nuclear” poderia ser, de fato, uma fachada para um programa de armas nucleares. O Brasil já teve três programas nucleares secretos entre 1975 e 1990, cada uma das Forças Armadas buscando seu próprio caminho.

A atuação da Marinha provou ser a mais bem-sucedida: usa centrífugas importadas de alta performance para produzir urânio altamente enriquecido, a partir de hexafluoreto de urânio, para poder operar pequenos reatores para submarinos. No momento certo, a capacidade nuclear recém-adquirida do país seria revelada ao mundo com uma “explosão nuclear pacífica”, seguindo o exemplo já dado pela Índia. Um poço de 300 metros para o teste já tinha sido perfurado.

Segundo declarações do ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, em 1990, os militares brasileiros estavam prestes a construir uma bomba.

Mas isso nunca aconteceu. Durante a democratização do Brasil, os programas nucleares secretos foram efetivamente abandonados. Segundo a Constituição de 1988, as atividades nucleares ficaram restritas a “usos pacíficos”.

O Brasil ratificou em 1994 o Tratado de Proibição de Armas Nucleares na América Latina e Caribe e, em 1998, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e o Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares. O flerte do Brasil com a bomba aparentemente havia terminado.

Sob Lula, entretanto, este flerte volta a predominar, e os brasileiros estão se tornando cada vez menos hesitantes em brincar com sua com sua própria opção nuclear. Poucos meses depois da posse de Lula, em 2003, o país retomou oficialmente o desenvolvimento de um submarino nuclear.

Já durante a campanha eleitoral, Lula criticou o Tratado de Não-Proliferação, chamando-o de injusto e obsoleto. Apesar de o Brasil não ter denunciado o tratado, tornou evidentemente mais difíceis as condições de trabalho dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A situação se tornou tensa em abril de 2004, quando foi negado à AIEA acesso ilimitado a uma instalação de enriquecimento recém-construída em Resende, perto do Rio de Janeiro.

O governo brasileiro também deixou claro que não pretendia assinar o protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação, o que permitira a abertura para inspeção de instalações não previamente declaradas.

Em meados de janeiro de 2009 — durante uma reunião do Grupo dos Fornecedores Nucleares, seis países que trabalham pela não proliferação por intermédio do controle da exportação de materiais nucleares —, os motivos dessa política restritiva ficaram claros: o representante do Brasil fez de tudo para combater as exigências que tornariam transparente o programa do submarino nuclear.



Aberto à negociação

Por que todo esse sigilo?

O que há para esconder no desenvolvimento de pequenos reatores para mover submarinos, sistemas que vários países possuem há décadas? A resposta é tão simples quanto perturbadora. Também o Brasil, provavelmente, está desenvolvendo algo mais do que declarou: armas nucleares.

O vice-presidente José Alencar apresentou uma razão quando defendeu abertamente a obtenção de armas nucleares pelo Brasil, em setembro de 2009. Para um país com uma fronteira de 15 mil quilômetros e ricas reservas de petróleo em alto-mar, disse Alencar, essas armas não seriam apenas uma ferramenta importante de “dissuasão”, mas também dariam ao Brasil os meios para aumentar sua importância no cenário internacional.

Quando se lembrou que o Brasil tinha assinado o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares, Alencar reagiu calmamente, afirmando que era um assunto aberto à negociação.

Como exatamente o Brasil poderia produzir armas nucleares? A resposta, infelizmente, é que isso seria relativamente fácil. Uma precondição para a fabricação legal de pequenos reatores para os motores de submarino é que o material nuclear regulado pela AIEA seja aprovado.

Como o Brasil define suas instalações para a construção do submarino nuclear como áreas militares restritas, os inspetores da AIEA não têm acesso a elas. Em outras palavras: assim que o urânio enriquecido fornecido legalmente passa pelo portão da instalação onde os submarinos estão sendo construídos, ele pode ser utilizado para qualquer propósito, incluindo a produção de armas nucleares.

E como quase todos os submarinos nucleares funcionam com urânio altamente enriquecido, o mesmo utilizado nas armas, o Brasil pode facilmente justificar a produção de combustível nuclear altamente enriquecido.

Mesmo sem nenhuma prova definitiva das atividades nucleares do Brasil (ainda), eventos passados sugerem que é altamente provável que o Brasil esteja desenvolvendo armas nucleares. Nem a proibição constitucional nem o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares impedirão que isso aconteça. Bastaria a Lula dizer que o EUA não têm o direito do monopólio das armas nucleares nas Américas para obter uma autorização do Congresso.

Se isso acontecesse, a América Latina não mais seria uma zona livre de armas nucleares — e a antevisão de Obama de um mundo livre de armas nucleares estaria acabada.


Voltei

Não estou endossando o texto da Der Spiegel. Nem acho que seria tão simples obter do Congresso a tal autorização. O fato é que as declarações do governo brasileiro sobre esse tema não poderiam ser mais infelizes.

Essa desconfiança sobre o Brasil não é recente. Ela cresce por causa da posição estúpida do país em relação ao Irã. De resto, não custa lembrar de novo: a argumentação de Lula — ou todos têm a bomba ou ninguém — conduz o mundo a uma corrida nuclear.

É o nosso pacifista em ação.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Chávez está interferindo de maneira descarada e desabrida no processo eleitoral colombiano


CHÁVEZ PATROCINOU CRISTINA KIRCHNER E AGORA INTERVÉM DESCARADAMENTE NA COLÔMBIA!

1. Chávez está interferindo de maneira descarada e desabrida no processo eleitoral colombiano.

Acusou Santos de ser "mafioso", tendo acrescentado que, "se Santos por desgracia es electo presidente de Colombia, bueno eso se convierte en una amenaza no sólo para Venezuela sino para medio continente".

"Ojalá que en Colombia haya un Gobierno decente y cuando digo decente creo que pudiera ser (uno de) cualquiera de los demás candidatos, menos el señor Santos, el señor de la guerra, el 'pitiyanqui' número uno de Colombia", ressaltou.

2. Revelou ter mantido um debate com Uribe na reunião de cúpula de Cancun, quando, na presença de outros mandatários, "lo mandé largo al carajo; no señor, usted conmigo se equivocó".

Na presença de outras pessoas, "parecía un torito", mas, "en privado, el gobernante colombiano optó por no enfrentarlo".

"Yo voy a orinar y voy saliendo y él (Uribe) entrando al baño, solito los dos. Cogió para la izquierda, apuradito", prosseguiu, sugerindo uma conduta de suposta covardia, mas sempre num linguajar incompatível com suas responsabilidades de Chefe de Estado.
Ex-Blog do Cesar Maia

10 de maio de 2010

Política é feita com a cabeça, não com o fígado.

Política é feita com a cabeça, não com o fígado.

José Serra(PSDB) está dando uma aula, ao não atacar Lula diretamente.

Lula não é candidato e tem quase 80% de aprovação, em função do governo populista e marqueteiro que implementou.

A candidata, no entanto, é Dilma Rousseff(PT).

E esta diferenciação terá que ser marcada o tempo inteiro.


E quem é Dilma?

Nada melhor do que o eleitor do Lula, que será massacrado por todo o tipo de mensagem para votar na Dilma, possa fazer uma comparação entre os dois.

Um quem é Lula x um quem é Dilma.


Tem uma idéia pronta no cartaz acima, que o Blogs pela Democracia recebeu por e-mail.

É campanha feita com a cabeça, não com o fígado.

Tem um amigo, um colega, um conhecido petista?

Manda para ele!

BLOGS PELA DEMOCRACIA