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quinta-feira, 13 de maio de 2010

É a utopia lulista: o mundo ficará mais seguro com a bomba iraniana. É assim que ele vai se cobrir de glórias!




Lula está na Rússia, faz uma parada de um dia no Catar até achegar àquela que é a sua real “missão”:


a visita ao Irã, nos das 16 e 17.

O presidente brasileiro vai fazer aquela reunião, como ele disse, “olhos nos olhos” com Mahmoud Ahmadinejad, tentando convencer o presidente do Irã a ser mais flexível nas relações com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU.


A disposição de Ahmadinejad para um acordo é fabulosa. Ele discursou ontem a respeito. Referindo-se aos países, liderados pelos EUA, que discutem o programa nuclear iraniano, afirmou o “Zóio Junto”:

“Vocês devem saber que suas resoluções não valem um centavo. Se vocês acham que fazendo confusão e propaganda podem nos forçar a recuar, estão errados. A nação iraniana não irá recuar nem uma polegada da sua posição”.

É falsa a tese de Lula de que o sexteto — EUA, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Rússia e China — formado para negociar com o Irã se nega a conversar.

O governo daquele país é que resiste a qualquer acordo.

A usina secreta na cidade Qom, por exemplo, é um fato, não uma intriga dos inimigos do Irã. A tática dos iranianos tem sido admitir a existência de cada parte de seu programa que vai sendo descoberta. O Itamaraty deve achar que isso é gesto de boa vontade.


A idéia de que, “olhos nos olhos”, Ahmadinejad dirá a verdade a Lula, seja ela qual for, é uma piada estúpida.

O líder iraniano só tem uma coisa a fazer:

“Eu não quero a bomba, Lula!

Acredite em mim”.

E o nosso demiurgo dirá ao mundo:

“Não falei?

Ele não quer a bomba!

Está provado!”


O circo mais ou menos armado hoje é o seguinte: o Irã fará algum gesto irrelevante de boa vontade na conversa com Lula.

China e Rússia — que, no fundo, não estão se importando muito com a questão — retirarão o quase-apoio às sanções e não se importarão em atribuir a Lula o “sucesso da missão”.

A questão fica adiada, e o brasileiro se candidata a ser aquele que evitou uma guerra!

Enquanto isso, o Irã dá prosseguimento a seu programa nuclear, como vem fazendo nos últimos anos, e vai se aproximando da bomba.

É a utopia lulista: o mundo ficará mais seguro com a bomba iraniana.

É assim que ele vai se cobrir de glórias!


quinta-feira, 13 de maio de 2010

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