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sábado, 27 de setembro de 2014

PAULO ROBERTO COSTA REVELA: PALOCCI PEDIU DINHEIRO DA QUADRILHA QUE OPERAVA NA PETROBRAS PARA A CAMPANHA DE DILMA



Segundo Paulo Roberto, em 2010, Palocci apelou ao esquema corrupto para financiar a campanha de Dilma

Por Reinaldo Azevedo

O engenheiro Paulo Roberto Costa, que está preso na Polícia Federal do Paraná, deve ser solto até segunda-feira. Será monitorado por uma tornozeleira eletrônica. A liberdade é parte do acordo de delação premiada. De saída, pode-se afirmar que a concessão só está sendo feita porque se considera que, até aqui, ele efetivamente está contribuindo para desvendar os meandros dos crimes cometidos pela quadrilha que operava na Petrobras. Há duas semanas, VEJA revelou parte do que ele disse à Polícia e ao Ministério Público, incluindo a lista de políticos que, segundo ele, se beneficiaram do esquema. Lá estão cabeças coroadas do Congresso e também o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Na edição desta semana, VEJA revela um conteúdo que compõe o núcleo atômico da denúncia. Paulo Roberto liga o esquema corrupto à eleição de Dilma Rousseff em 2010. É isso mesmo!

Costa, como se sabe, era diretor de Abastecimento da Petrobras. Por sua diretoria, passavam negócios bilionários, como a construção de refinarias, aluguel de navios e plataformas e manutenção de oleodutos. Ele chegou ao posto em 2004 — e lá permaneceu até 2012, já no governo Dilma — pelas mãos do PP, mas foi adotado depois pelo PMDB e pelo PT. As empreiteiras que negociavam com ele pagavam 3% de comissão, e o dinheiro era distribuído, depois, a políticos. Sim, Paulo Roberto pegava a sua parte. Só em uma de suas contas no exterior, há US$ 23 milhões.

Era íntimo do poder. Lula o tratava por “Paulinho” — o Apedeuta, como se sabe, é doce com os amigos… Pois bem: Paulo Roberto revelou à Polícia Federal e ao Ministério Público que, em 2010, foi procurado por Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff à Presidência. O ex-ministro da Fazenda, que já tinha sido membro do Conselho da Petrobras, precisava, com urgência, de R$ 2 milhões. Sim, vocês entenderam: pediu, segundo o engenheiro, que a quadrilha que traficava com o interesse público lhe arrumasse a dinheirama. Nota à margem: em 2010, Palocci era um dos três homens fortes da campanha de Dilma. Os outros dois eram José Eduardo Cardozo, hoje no Ministério da Justiça, e José Eduardo Dutra, hoje numa diretoria da Petrobras. Dilma os apelidou de seus “Três Porquinhos”. Palocci, um dos porquinhos, virou ministro da Casa Civil, mas teve de deixar o cargo porque não conseguiu explicar como ficou tão rico atuando como… consultor. Adiante.

Dilma tem feito o diabo para sustentar que não sabia da casa de horrores em que havia se transformado a Petrobras. Como notou um ouvinte de “Os Pingos nos Is”, o programa diário que ancoro na Jovem Pan, a “candidata Dilma” é aquela que finge saber tudo, e a “presidente Dilma” é aquela que nunca sabe de nada.

O dinheiro, afinal, foi parar no caixa dois da campanha de Dilma? A ver. Paulo Roberto operava por cima: negociava a propina com as empreiteiras, pegava a sua parte e depois deixava a cargo dos políticos. A sua diretoria pertencia à cota do PP — e foi a essa cota que Palocci pediu o dinheiro. A distribuição da bufunfa era feita pelo doleiro Alberto Youssef, que também fez um acordo de delação premiada. Ele poderá dizer se a dinheirama ajudou a financiar a campanha da agora presidente, que concorre à reeleição.

Embora adotado pelo PMDB e pelo PT, reitere-se, Paulo Roberto era o homem do PP. Os petistas, no entanto, tinham também o seu braço na estatal: Renato Duque, que ficou 10 anos na Diretoria de Serviços. Segundo Paulo Roberto, Duque operava exclusivamente para os petistas. Não percam isto de vista: de acordo com a denúncia, Palocci foi pedir R$ 2 milhões da cota do PP. Se mais pediu de outras cotas, eis uma possibilidade que tem de ser investigada.

Atenção! Paulo Roberto Costa só poderá ser beneficiado pelo estatuto da delação premiada se as informações que fornecer forem úteis à investigação. Se está prestes a sair da cadeia, é sinal de que a apuração está avançando.

Palocci e Dilma negam qualquer irregularidade e dizem não saber de nada.

27/09/2014

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Mercado financeiro é eletrizado por boataria sobre nova bomba de Veja





A revista Veja eletrizou o mercado financeiro nesta sexta-feira, levando investidores a comprarem ações da Petrobras, que subiu quase 6%, com a especulação de que vem aí uma bomba capaz de abalar os alicerces da República: a revelação das primeiras falas da delação premiada de Alberto Youssef.

O outro delator do Petrolão, Paulo Roberto Costa, já falou tudo que sabia, parte do que disse acabou vazando e neste final de semana ele poderá ser posto em prisão domiciliar no Rio, com direito a tornozeleira eletrônica, benefício que conseguiu por ter contado detalhes da corrupão que ocorre na Petrobrás.

26 de setembro de 2014

Os postes







No meu primeiro livro, “O Voto da Pobreza e a Pobreza do Voto – A Ética da Malandragem”, editado por Jorge Zahar, escrevi: “É necessário que o candidato em seus discursos aborde problemas cotidianos e use uma retórica exaltada, eivada de ideologia cabocla de justiça social, pois é necessário ressaltar a diferença entre ricos e pobres e clamar por vingança contra os que no momento ou no passado não conseguiram satisfazer as aspirações populares”.

Focando na figura de Lula da Silva compreende-se que foi graças a tais artimanhas que ele, na quarta tentativa, chegou lá. De um lado agradou a maioria composta pela pobreza. De outro, convenceu aos que depois chamou de “zelite”, que não ia mexer no mercado ou desagradar banqueiros, empreiteiros, grandes empresários. Aquela linguagem revolucionária de esquerda era só de brincadeirinha.

No poder Lula deu migalhas aos pobres e agiu como “coronel”, daqueles do “voto de cabresto”. Aos ricos proporcionou lucros inimagináveis e eles, agradecidos, sustentaram suas campanhas e a de seus companheiros. A classe média, onde entre outras categorias se inserem artistas, intelectuais, universitários, profissionais liberais que costumam ostentar ser de esquerda, Lula provocou aquele embasbacar pueril que faz a alegria dos demagogos.

Lula fez da presidência da República seu palanque de politicagem no qual achincalhou a língua pátria e se deliciou ao utilizar pesada retórica onde não faltaram palavrões, impropriedades e estultices. Louvado pela obra de ficção descrita pelo marketing como o Brasil transformado em paraíso reinou absoluto sem nenhuma oposição, quer partidária, quer institucional.

O saldo do seu longo período é a herança maldita que se sente no caos econômico, na corrupção presente em escândalos que permearam seus oito anos de governo, mais os quase quatro de Rousseff em que ele foi o presidente de fato.

O último e mais estrepitoso escândalo está sendo escancarado pelo detento, Paulo Roberto da Costa, ex-diretor da Petrobrás, o companheiro Paulinho. Na tentativa de diminuir sua pena, Paulo Roberto está mostrando que se roubou não em milhões, mas em bilhões e dá nome aos poderosos que se locupletaram, sobretudo, aos companheiros do PT e aos amigões do PMDB e do PP. Lula e Rousseff durante anos não viram nada, não souberam de nada e se alguma coisa houve a culpa foi dos Estados Unidos, de Fernando Henrique e da crise internacional.

Mantém ainda Lula o mesmo poder? Seu primeiro poste, a criatura Rousseff, é um retumbante fracasso e tem conduzido o Brasil à bancarrota. Seu segundo poste, Fernando Haddad, eleito por Lula prefeito de São Paulo, tem uma das piores avaliações entre os prefeitos de todo o país. O terceiro poste, o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, amarga o último lugar na campanha ao governo de São Paulo.

O teste das urnas, que inclui outros candidatos do PT Brasil afora mostrará se Lula continua poderoso ou não. Para alegria dos petistas pesquisas do momento estão dando esperança ao PT, que estava sentindo medo. O chamado escândalo do pretrolão que fez empalidecer o mensalão não sensibilizou o povo. Inflação acelerada junto com inadimplência, indústria afundando, piora no emprego, o Brasil entrando em recessão, nada disto é notado pelos eleitores que continuam otimistas.

Se os brasileiros não ligam mais para seu bolso, que como dizem é a parte mais sensível do corpo, seria difícil imaginar a maioria assistindo ou entendendo a recente entrevista concedida por Rousseff ao Bom Dia Brasil. Naquela ocasião a governanta esbanjou prepotência, cinismo e total ignorância de dados do seu próprio governo e do panorama internacional.

A última da governanta se deu na ONU, dia 23, antes de seu discurso de autoelogio feito na abertura do evento. Não se sabe se por inspiração de Lula da Silva, que sempre defendeu a pior escória mundial ou se por instrução do chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia, Rousseff se posicionou contra os Estados Unidos e aliados, e a favor do Estado Islâmico. Uma aberração diplomática capaz de matar de vergonha os brasileiros que têm informações e senso das medidas.

De fato, com bem disse uma autoridade israelense, somos um anão diplomático. Afinal, apoiamos terroristas fanáticos cujas ações contra os que consideram infiéis são a degola, a crucificação, o enforcamento, o estupro, a flagelação e o apedrejamento de mulheres. A governanta certamente ignora que pelas leis do EI é uma infiel e, que por isso, merece perder literalmente a cabeça ou no mínimo ser obrigada a usar burca.

Diante de tantos descalabros e ao ver o poste Rousseff subindo nas pesquisas, a pergunta a se fazer não é mais que país é esse, mas que povo é esse, que não se envergonha da incompetência e da corrupção internas e da repulsiva política externa. A resposta estará contida no teste de poder de Lula quando as urnas mostrarem os resultados.

(*) Maria Lucia Victor Barbosa é escritora e socióloga. (www.maluvibar.blogspot.com.br)

26/09/2014


Com nome de tesoureiro do PT na lista de Paulo Roberto Costa, despenca arrecadação do partido. É mesmo? Por quê?





Ai, ai…
Tremei, cofres públicos!

Por Reinaldo Azevedo


Leio no Painel, da Folha, que a arrecadação do PT despencou desde que se descobriu que João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT, está na lista de Paulo Roberto Costa como um dos beneficiários — em nome do partido, claro! — do esquema criminoso que vigorava na Petrobras.

Curioso, não é? Por que empresas temeriam fazer doações devidamente registradas, tudo conforme a lei? Ainda que Vaccari esteja mesmo envolvido naquele imbróglio, isso não tornaria ilegal uma doação legal. A queda de arrecadação só faria sentido se o dinheiro estivesse sendo recolhido por baixo dos panos, não é mesmo?


26/09/2014

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Os companheiros terroristas retribuíram os afagos de Dilma com mais uma degola



 

      


Por Augusto Nunes

Um dia depois dos afagos de Dilma Rousseff, que se solidarizou com o Estado Islâmico e propôs a troca dos ataques aéreos por diálogos entre os algozes democratas e os indefesos liberticidas, os companheiros terroristas retribuíram a manifestação de apreço e amizade da presidente com mais uma degola, Nesta quarta-feira, depois dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e do agente humanitário britânico David Haines, chegou a vez do turista francês Hervé Gourdel.

Como as anteriores, a quarta decapitação foi registrada num vídeo que circula pela internet. Aos 55 anos, pai de dois filhos, o refém sequestrado na Argélia foi morto pelo crime de ter nascido no país errado. Os carrascos haviam fixado um prazo de 24 horas para que a França rompesse a parceria militar com os Estados Unidos e caísse fora dos céus da Síria. Quando se ajoelhou com as mãos amarradas atrás das costas, rodeado por quatro carrascos, é provável que Gourdel nem soubesse do ultimato.

A reedição do espetáculo da barbárie não mereceu sequer uma palavra da presidente, que tampouco enviou meia dúzia de frases de consolo à família do assassinado. A política externa da canalhice determina que a chefe de governo deve chorar seletivamente. Dilma não tem lágrimas a perder com um turista francês.



24/09/2014



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A delação de Youssef: o pânico se espalha em certas áreas da política; há figurão que já começa a ter pesadelos com a cadeia




É grande o pânico no mundo político.

O doleiro Alberto Youssef resolveu aceitar a proposta de delação premiada.

Por Reinaldo Azevedo

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o notório Kakay, que adora um cliente complicado, anunciou ter deixado o caso porque se opõe à decisão. Ainda que quisesse, não teria como permanecer, não é mesmo? A chance de o doleiro implicar outros, digamos, nomes de sua carteira de defesas é imensa.

Como todo mundo já sabe, os benefícios da delação só são realmente concedidos se aquele que faz o acordo contribuir efetivamente para desvendar a ação criminosa. Assim, se Youssef quer mesmo se livrar de muitos anos de cana, terá de colaborar de verdade. Até onde pode ir? É o que se perguntam todos aqueles que fizeram negócios com ele — muitas cabeças coroadas da República. Há gente disputando governo de Estado por aí que, a esta altura, deve estar com medo de ir parar na cadeia.

Se Paulo Roberto Costa produziu um bom tremor de terra ao falar, Youssef, se quiser, causa um verdadeiro terremoto. A desenvoltura com que ele se infiltrou — ou foi infiltrado — no estado brasileiro é assombrosa. O caso do laboratório de fachada Lobogen ilustra a bandalheira. Uma empresa que se dedicava à lavagem de dinheiro, apontam a Polícia Federal e o Ministério Público, tinha celebrado um convênio com o Ministério da Saúde para a produção de remédios.

É a segunda vez que Youssef faz um acordo dessa natureza. O outro estava relacionado ao escândalo do Banestado. Ele colaborou, pagou uma multa e se livrou da cana. Mas voltou a delinquir e perdeu aquele benefício, razão por que acabou condenado a mais de quatro anos de cadeia.

Sem a delação, Youssef certamente ficaria muitos anos na cadeia. Se ela colaborar para elucidar e desmontar uma quadrilha que vive do assalto aos cofres, tanto melhor.

24/09/2014

Obama sobre o EI: “A única língua que assassinos entendem é a força”





Por Reinaldo Azevedo
VEJA.com


O presidente americano Barack Obama discursou logo depois de Dilma Rousseff nesta quarta-feira, na Assembleia Geral da ONU e deixou claro o motivo que levou os Estados Unidos a liderar ataques contra os terroristas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. “A única língua que assassinos entendem é a força”, afirmou, num recado claro aos críticos da ofensiva contra os jihadistas. Ontem, Dilma Rousseff disse “lamentar enormemente” a realização dos bombardeios. No discurso de hoje, a presidente condenou o ‘uso da força’ e as ‘intervenções militares’ como forma de resolver conflitos.

Obama voltou a ressaltar que os EUA não estão sozinhos na luta contra o terror e reafirmou que não pretendem enviar tropas para o Oriente Médio. “Em vez disso, vamos apoiar os iraquianos e os sírios a lutarem para retomar suas comunidades”. O democrata fez questão de enfatizar que o atual embate “não se trata de um choque de civilazações” e afirmou que “o futuro da humanidade depende de nós nos unirmos contra aqueles que querem nos dividir usando desculpas como tribos, crenças; raça ou religião”. O presidente americano também afirmou que o verdadeiro ensinamento do Islã é a paz e pediu a todos os povos, “especialmente as comunidades muçulmanas”, que rejeitem a ideologia pregada por grupos como a Al Qaeda e o EI.

Sobre a crise na Ucrânia, Obama afirmou que se a Rússia seguir o caminho da paz e da diplomacia, os Estados Unidos podem retirar as sanções aplicadas contra cidadãos e empresas do país. O presidente americano afirmou que as ações da Rússia “desafiam a ordem mundial” alcançada após o fim da II Guerra Mundial. Também acusou Moscou de promover “uma visão do mundo em que o poder se sobrepõe ao direito, um mundo em que as fronteiras de uma nação podem ser redesenhadas por outra, e as pessoas civilizadas não podem ser autorizadas a recuperar os restos mortais de seus entes queridos”. O Kremlin já anexou ilegalmente a Crimeia, península no sul da Ucrânia e apoia grupos separatistas no leste do país, onde um avião foi abatido por um míssil, deixando quase 300 mortos.

Acordo nuclear – No trecho do seu discurso em que mencionou a questão nuclear, Obama acenou com um futuro livre de armas atômicas e enviou uma mensagem direta para “o Irã e os iranianos”, afirmando que eles não podem deixar passar essa “oportunidade histórica” para um acordo. “Nós podemos chegar a uma solução que atenda às suas necessidades [do Irã] de energia garantindo ao mundo que seu programa nuclear é pacífico”. Nesta semana, o regime iraniano defendeu o fim das sanções contra Teerã em troca da cooperação do país na luta contra o terrorismo.

Finalmente, sobre o surto de ebola na África, o presidente americano pediu que muito mais países assumam compromissos concretos para combater a doença. Fazendo um mea culpa, Obama admitiu que os países ricos “não investiram adequadamente na capacidade da saúde pública dos países em desenvolvimento”.

24/09/2014

Dilma na ONU: nada comparável desde o sapato de Krushev. Ou: A estupidez como categoria de pensamento


 (Reprodução/ Youtube)

Por Reinaldo Azevedo

A presidente Dilma Rousseff certamente considerou que o ridículo a que submeteu nesta terça o país não era o suficiente. Resolveu então dobrar a dose. Como sabem, a nossa governanta censurou ontem, em entrevista à imprensa, os EUA e países aliados pelos ataques às bases terroristas do Estado Islâmico.

Dilma, este gênio da raça, pediu diálogo. Dilma, este portento da política externa, quer conversar com quem estupra, degola, crucifica, massacra. Dilma, este novo umbral das relações internacionais, defende que representantes da ONU se sentem à mesa com mascarados armados com fuzis e lâminas afiadas. Nunca fomos submetidos a um vexame desses. Nunca!

Nesta quarta, no discurso que abre a Assembleia Geral das Nações Unidas, uma tradição inaugurada em 1947 por Oswaldo Aranha, Dilma insistiu nesse ponto, para espanto dos presentes. Os que a ouviam certamente se perguntavam: “Quem é essa que vem pregar o entendimento e o diálogo com facinorosos que só reconhecem a língua da morte e da eliminação do outro?”.

Houvesse uma lei que proibisse o uso de aparelhos públicos internacionais para fazer campanha eleitoral, Dilma teria, agora, de ser punida. Sua fala na ONU foi a de uma candidata — mas candidata a quê, santo Deus? A presidente do Brasil desfiou elogios em boca própria, exaltando, acreditem, suas conquistas na economia, no combate à corrupção e na solidez fiscal — tudo aquilo, em suma, que a realidade interna insiste em desmentir.

Não falava para os que a ouviam; falava para a equipe do marqueteiro João Santana, que agora vai editar o seu pronunciamento de sorte a fazer com que os brasucas creiam que o mundo inteiro se quedou paralisado diante de tal portento, diante daquele impávido colosso que insistia em dar ao mundo uma aula de boa governança. Justo ela, que preside o país que tem a pior relação crescimento-inflação-juros entre as dez maiores economias do mundo.

De tal sorte fazia um pronunciamento de caráter eleitoral e eleitoreiro que, numa peroração em que misturou dados da economia nativa com um suposto novo ordenamento das relações internacionais, sobrou tempo para tentar faturar com o casamento gay. Afirmou: “A Suprema Corte do meu país reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis daí decorrentes”. É claro que queria dar uma cutucadinha em Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, que o sindicalismo gay petista tentou transformar em homofóbica numa das vertentes sujas da campanha.

Sem ter mais o que pregar aos nativos; temerosa de que o eleitorado cobre nas urnas os muitos insucessos de sua gestão; sabedora de que boa parte da elite política que a cerca pode ser engolfada por duas delações premiadas — a de Paulo Roberto Costa e da Alberto Youssef —, Dilma elegeu a sede da ONU como um palanque.

Na tribuna, bateu no peito e elogiou as próprias e supostas grandezas, como fazem os inseguros e os mesquinhos. No discurso que abre a Assembleia Geral das Nações Unidas, tratou de uma pauta bisonhamente doméstica — e, ainda assim, massacrando os números. Quando lhe coube, então, cuidar da ordem internacional, pediu, na prática, que terroristas sejam considerados atores respeitáveis.

Desde 12 de outubro de 1960, quando o líder soviético Nikita Krushev bateu com o próprio sapato na mesa em que estava sentado — e não na tribuna, como se noticia às vezes — para se fazer ouvir, a ONU não presencia cena tão patética. Nesta quarta, Dilma submeteu o Brasil a um ridículo inédito.

24.09.2014


O autorretrato de Dilma





Editorial do Estadão

Por Reinaldo Azevedo 

Por ter chorado numa entrevista ao dizer que fora “injustiçada” pelo ex-presidente Lula, a candidata Marina Silva foi alvo de impiedosos comentários de sua rival Dilma Rousseff.

“Um presidente da República sofre pressão 24 horas por dia”, argumentou a petista. “Se a pessoa não quer ser pressionada, não quer ser criticada, não quer que falem dela, não dá para ser presidente da República.” E, como se ainda pudesse haver dúvida sobre a sua opinião, soltou a bordoada final: “A gente tem que aguentar a barra”.

Passados apenas oito dias dessa suposta lição de moral destinada a marcar a adversária perante o eleitorado como incapaz de segurar o rojão do governo do País, Dilma acabou provando do próprio veneno.

Habituada, da cadeira presidencial, a falar o que quiser, quando quiser e para quem quiser – e a cortar rudemente a palavra do infeliz do assessor que tenha cometido a temeridade de contrariá-la -, a autoritária candidata à reeleição foi incapaz de aguentar a barra de uma entrevista de meia hora a três jornalistas da Rede Globo, no “Bom dia, Brasil”.

A sabatina foi gravada domingo no Palácio da Alvorada e levada ao ar, na íntegra, na edição da manhã seguinte do noticioso. Os entrevistadores capricharam na contundência das perguntas e na frequência com que aparteavam as respostas. Se foram, ou não, além do chamamento jornalístico do dever, cabe aos telespectadores julgar.

Já a conduta da presidente sob estresse, em um foro público, por não ditar as regras do jogo nem, portanto, dar as cartas como de costume entre as quatro paredes de seu gabinete, é matéria de interesse legítimo da sociedade.

Fornece elementos novos, a menos de duas semanas das eleições, sobre o que poderiam representar para o Brasil mais quatro anos da “gerentona” quando desprovida do conforto dos efeitos especiais que lustram a sua figura no horário de propaganda e, eventualmente, do temor servil que infundiu aos seus no desastroso primeiro mandato. Isso porque os reverentes de hoje sabem que não haverá Dilma 3.0 em 2018 nem ela será alguém na ordem das coisas a partir de então.

A presidente, que tão fielmente se autorretratou no Bom Dia, Brasil é, em essência, assim: não podendo destratar os interlocutores, maltrata os fatos; contestadas as suas versões com dados objetivos e ao alcance de todos quantos por eles se interessem, se faz de vítima como a Marina Silva a quem, por isso, desdenhou. Cobrada por não responder a uma pergunta, retruca estar “fazendo a premissa para chegar na conclusão (sic)”, ensejando a réplica de ficar na premissa “muito tempo”.

É da natureza dessas situações com hora marcada que o entrevistado procure alongar-se nas respostas para reduzir a chance de ser atingido por novas perguntas embaraçosas. Some-se a isso o apreço da presidente pelo som da própria voz – e já estaria armado o cenário de confronto entre quem quer saber e quem quer esconder.

Mas o que ateou fogo ao embate foram menos as falsidades assacadas por Dilma do que a compulsiva insistência da candidata, já à beira de um ataque de nervos, em apresentá-las como cristalinas verdades. Quando repete que não tinha a mais remota ideia da corrupção em escala industrial na diretoria de abastecimento da Petrobrás ocupada por Paulo Roberto Costa de 2004 (quando ela chefiava o Conselho de Administração da estatal) a 2012 (quando ocupava havia mais de um ano o Planalto), não há, por ora, como desmascarar a incrível alegação.

Mas quando ela afirma e reafirma – no mais desmoralizante de seus vexames – que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) não mede desemprego, mas taxa de ocupação, e não poderia, portanto, ter apurado que 13,7% dos brasileiros de 18 a 24 anos estão sem trabalho, é o fim da linha.

Depois da entrevista, o programa fez questão de convalidar os números da jornalista que a contestava. De duas, uma, afinal: ou Dilma, a economista e detalhista, desconhece o que o IBGE pesquisa numa área de gritante interesse para o governo – o que simplesmente não é crível – ou quis jogar areia na verdade, atolando de vez no fiasco. De todo modo, é de dizer dela o que ela disse de Marina: assim “não dá para ser presidente da República”.

24/09/2014

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

“É preciso restabelecer a decência no Brasil”, diz FHC





Por Reinaldo Azevedo
Por Luís Lima, na VEJA.com

Em almoço com empresários promovido pelo Grupo Lide nesta segunda-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) cobrou responsabilidade do governo federal em relação aos escândalos de corrupção na Petrobras. O ex-presidente manifestou indignação com as denúncias envolvendo diretores e partidos políticos — e a indiferença do governo federal em relação ao material revelado pela imprensa. “Ou (o governo) é conivente ou é incompetente”, disse o ex-presidente. “(O governo) Tem de ser cobrado, pela razão de que é preciso restabelecer a decência do Brasil. Acredito na decência da presidente Dilma Rousseff, mas isso não a exime de sua responsabilidade”, disse.

Questionado sobre possível apoio do PSDB a Marina no segundo turno, caso o tucano Aécio Neves não avance na disputa, FHC desconversou: “Uma coisa aprendi na política. Cada passo na sua hora. E o passo agora é Aécio”, afirmou. Depois de recuar ao longo do mês de agosto, o candidato tucano vem recuperando pontos nas pesquisas de intenção de voto. No últimolevantamento do Datafolha, Aécio tinha 17% das intenções, diminuindo a distância em relação á segunda colocada, Marina Silva, que se manteve com 30 pontos.

FHC também aproveitou a oportunidade para alfinetar Dilma Rousseff. Ele lembrou as críticas que a candidata à reeleição fez de que o governo FHC quebrou duas vezes por causa de ter pedido empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). “Dilma não sabe economia, por isso que não foi doutora pela Unicamp”, disparou.

O ex-presidente voltou a criticar o conhecimento de Dilma na área econômica. Questionado sobre a fala da presidente de que o Brasil não cresce tanto por conta do cenário de desaceleração da atividade econômica dos Estados Unidos, dada em entrevista à TV Globo na manhã desta segunda, ele afirmou: “Os EUA já estão se recuperando. Há cinco anos os EUA vão para frente e o Brasil vai para trás. Não sei como Dilma é economista”, rebatou.

Segundo FHC, o Brasil está, aos poucos “perdendo o rumo”, ou seja sua “visão estratégica”, e que o país já não sabe mais onde está. “No âmbito da política externa, perdemos a noção de que pertencemos a um lado, do Ocidente. Hoje, o país não sabe onde está”, afirmou. “Escolhemos o ‘sul’, mas não tem razão para escolher ficar de um lado só. Esquecemos o Ocidente e fomos nos isolando”, afirmou, exemplificando sua fala com a falta de acordos comerciais do Brasil. Ainda de acordo com FHC, hoje há um “mal marketing” por parte do governo, que pinta um cenário perfeito”O governo cria uma ilusão de que está tudo maravilhoso”, concluiu.

Para tentar recuperar espaço na corrida, o PSDB tem lançado mão do discurso de indignação, sobretudo em relação aos acontecimentos envolvendo a Petrobras e outros escândalos de corrupção no governo. Sobre isso, o ex-presidente disse que é preciso dramatizar alguns fatos para que a população entenda o que está acontecendo no âmbito do poder. “O que acontece na Petrobras é passível de dramatização. Ela exemplifica o que acontece em muitos outros lugares (da política). A gente, que está informado da vida pública, sabe disso. Então é preciso mais indignação”, disse.

Para o ex-presidente, ou o Brasil passa a limpo casos como o da estatal, ou os mesmos erros se repetirão no futuro. “Pessoalmente não gosto de atacar ‘A’, ‘B’ ou ‘C’, mas é o Brasil que está em jogo. Houve um assalto aos cofres públicos”, disse. Segundo ele, os recursos desviados da estatal estão sendo usados, no mínimo, para fins político-partidários, e, na pior das hipóteses para fins pessoais. Ele lembra que Dilma foi presidente do conselho da Petrobras e ministra de Minas e Energia e disse que ela também deve se mostrar indignada com o caso. “Tem que apurar, se não passa para história uma dúvida”, finalizou.

Em coletiva após o evento, FHC foi questionado sobre a importância da “dramatização” no discurso, como forma de captar a atenção do eleitor. “Não sou marqueteiro, eu não sei. A dramatização é um modo de comunicação, que é importante”, afirmou, usando como exemplo a resposta de Marina ao PT sobre um possível fim do Bolsa Família. Em propaganda veiculada desde a semana passada na TV, a candidata falou sobre ter passado fome quando criança. “Por que o Aécio não pode também? Pode!”, disse.

22/09/2014


Vem pesquisa ruim aí…



Por Rodrigo Constantino

A Bolsa não é um grande cassino como alguns dizem, e sim um instrumento de antecipação de expectativas de milhares de investidores atentos. A especulação é parte da vida: especular é tentar antecipar o futuro, nada mais. Uma empresa que investe em estoque está especulando num eventual aumento da demanda. Quem sai de casa com um guarda-chuva está especulando que vai chover.

Claro que os investidores e especuladores podem errar, e erram feio com frequência. O futuro, afinal, é incerto. Mas é inegável que são pessoas bem preparadas, que investem muito tempo e dedicação no esforço de antecipar eventos importantes para o preço dos ativos, e de cuja remuneração o acerto das previsões depende. Se falar é barato, apostar seus recursos e o dos clientes no cavalo errado pode custar muito caro.

Por isso mesmo as variações dos preços dos ativos costumam ser bons indicadores antecedentes. Se uma determinada ação começa a despencar “do nada”, provavelmente alguém já sabe de algo que virá à tona depois. É assim que funciona. Os especuladores tendem a antecipar notícias relevantes.

Toda essa introdução é para chegar ao mercado de hoje, com forte queda das principais ações brasileiras. O Ibovespa, índice das principais empresas brasileiras, já cai mais de 2% agora, enquanto as estatais caem entre 3 e 5%. O dólar disparou e já sobe 1%, chegando perto de R$ 2,40. “Alguém” sabe de algo que nós ainda não sabemos. E certamente é ligado às pesquisas eleitorais.


Dólar em reais. Fonte: Bloomberg

Os investidores sabem muito bem que mais quatro anos de PT seriam terríveis para nossa economia e, por consequência, para nossos ativos, que perderiam valor. Por isso, quando sentem que aumenta a chance de Dilma vencer, vendem suas ações e compram dólares. É justamente o que está acontecendo hoje em peso, e nos últimas dias em geral.

O mercado está nos dizendo que a tática pérfida do PT de bater pesado em Marina surtiu efeito. Para piorar, o próprio candidato tucano fez coro aos ataques, ainda que de forma mais civilizada. O período de “desconstrução” de Marina Silva, somado aos boatos espalhados e ao terrorismo eleitoral, acabou por reduzir sua chance de vitória.

Petrobras. Fonte: Bloomberg

Se antes a “onda verde” foi motivo de euforia, pelo simples fato de trocar a equipe econômica e tirar o PT do poder, agora é motivo de apreensão. Os investidores temem a permanência de Dilma no poder. O price action do mercado hoje nos diz que vem pesquisa ruim aí, e que aumentou a probabilidade de vitória da presidente.

Só nos resta torcer para que seja algo passageiro e que a oposição ao PT volte a crescer. Caso contrário, essas quedas de hoje serão apenas o começo…

22/09/2014

Irritada, Dilma nega tática do medo e dispara contra Marina



Ao 'Bom Dia Brasil', presidente afirmou que a adversária tem posição favorável aos bancos. Questionada sobre economia, discutiu e disparou:
'Assim é difícil'
Carolina Farina
Veja.com

Dilma: irritação no Bom Dia Brasil
(Reprodução / TV Globo/VEJA)

A presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) voltou nesta segunda-feira a mirar sua artilharia na adversária do PSB, Marina Silva. “Ela tem uma posição favorável aos bancos. Eu não”, afirmou, justamente após ser questionada sobre a campanha do medo que seu partido promove na televisão. Dilma participou da série de entrevistas com os candidatos ao Planalto do jornal Bom Dia Brasil, da Rede Globo. A presidente não disfarçou a irritação ao longo de toda a entrevista – abordada sobre temas espinhosos, chegou a disparar um “assim é complicado”, ao ser questionada sobre os dados em que baseava suas respostas.

Sobre as peças publicitárias que associam Marina ao fim da comida no prato dos mais pobres, a presidente foi categórica: “Estou alertando, não provocando o medo”. Disse que tudo o que sua campanha afirma está no programa de governo da adversária, como a independência do Banco Central. “Tornar o BC independente é criar um quarto poder. A Praça dos Três Poderes terá de se chamar Praça dos Quatro Poderes”, afirmou. Sobre a redução do papel dos bancos públicos, Dilma afirmou que programas do governo seriam colocados em risco. "O governo coloca subsídio entre 90% e 95% (no Minha Casa, Minha Vida). Passa isso para banco privado e nunca esse país vai ver uma casa para os mais pobres", afirmou. “E eu é que provoco o medo?", prosseguiu. Dilma disse ainda que não basta dizer que quer reduzir o papel dos bancos públicos, "tem que explicar para quanto quer reduzir". "Ela tem um alinhamento claro: tem uma posição favorável aos bancos. Eu não", afirmou. Na sequência, disse que os "bancos são importantíssimos". A petista ainda defendeu suas medidas protecionistas e afirmou que “não é a favor do desmame da indústria”.

Dilma teve também de responder sobre o megaesquema de corrupção instalado na Petrobras e voltou a utilizar o discurso do “eu não sabia”. Sobre o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, delator do petrolão, afirmou: “Foi uma surpresa. Se eu soubesse que ele ela corrupto, estaria imediatamente demitido”. Questionada sobre o fato de Costa ter ocupado o cargo por oito anos – dois deles quando Dilma já estava no Planalto, disse que a indicação dele não foi sua responsabilidade e que o ex-diretor era funcionário de carreira da estatal, portanto, tinha credenciais para o cargo. “O que eu escolhi é responsabilidade minha (referindo-se a diretores nomeados em seu governo). No meu caso, não houve indicação política”. Indicado pelo PP ao posto, Costa assumiu a Diretoria de Abastecimento em 2004, no governo Lula. Não à toa Dilma apressou-se a completar: “E não foi também no caso do Lula”.

A petista voltou a questionar o papel da imprensa na investigação de esquemas de corrupção. Disse que reportagens não produzem provas que possam ser analisadas pela Justiça. E afirmou que a investigação cabe à Polícia Federal e ao Ministério Público. “Quem descobriu esse esquema fomos nós. A PF está subordinada ao Ministério da Justiça, que integra o meu governo”, afirmou. Ainda assim, disse que não tinha conhecimento dos desmandos de Costa na estatal: “Crimes de corrupção não são praticados à luz do dia”. Ainda que imersa em escândalos e sustentando resultados preocupantes – a dívida não para de crescer mesmo após a capitalização de 120 bilhões de reais em setembro de 2010 – a Petrobras vai muito bem na visão da presidente. “A Petrobras já se recuperou”, afirmou Dilma. “Será um fator imenso de crescimento para o Brasil. A produção de petróleo é importantíssima para o país”, completou, para encerrar: “A investigação não impede o crescimento da produção de petróleo”.

Foi justamente ao tratar de economia que a irritação da presidente se tornou mais evidente. Ela discutiu com os jornalistas acerca dos números com os quais era questionada. "Não concordo com essa avaliação da situação internacional", afirmou, ao ouvir que países como Chile e Bolívia apresentam crescimento maior do que o brasileiro. Afirmou que a redução do ritmo do crescimento chinês também atrapalha o Brasil. E que a melhora significativa da situação depende dos rumos da economia americana. "A situação no mundo é extremamente problemática", continuou. Ao apresentar dados negativos sobre a Europa, foi abordada com números diferentes, ao que respondeu: "É complicado, fica me cortando".



22 de setembro de 2014