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sábado, 24 de maio de 2008

O que é a Unasul

Presidentes e representantes dos 12 países da América do Sul assinaram em Brasília, nesta sexta-feira, o tratado de criação da União das Nações Sul-americanas, a Unasul.

Entenda como o grupo surgiu e quais são seus principais objetivos.

O que é a Unasul?

A Unasul (União das Nações Sul-Americanas) reúne os doze países da América do Sul e visa aprofundar a integração da região.

Por suas riquezas naturais, a América do Sul é importante internacionalmente como um dos principais centros produtores de energia e de alimentos do planeta. Chile e Peru são ainda dois dos principais endereços da indústria mineradora no mundo.

Como a Unasul nasceu?

A iniciativa da criação de um órgão nos moldes da Unasul foi apresentada, oficialmente, numa reunião regional, em 2004, em Cusco, no Peru.

O projeto recebeu o nome de Casa (Comunidade Sul-Americana de Nações), mas o nome foi modificado para Unasul durante a Primeira Reunião Energética da América do Sul, realizada no ano passado na Venezuela.

O nome Unasul --Unasur para os países de língua espanhola-- surgiu depois de críticas do presidente venezuelano Hugo Chávez ao que ele chamou de lentidão da integração.

Quais serão os principais objetivos deste novo organismo?

Os principais objetivos serão a coordenação política, econômica e social da região.

Com a Unasul, espera-se avançar na integração física, energética, de telecomunicações e ainda nas áreas de ciência e de educação, além da adoção de mecanismos financeiros conjuntos.

O que se define em Brasília?

A partir desta reunião, a Unasul passa a ter personalidade política própria e, na prática, passará a ser um organismo internacional.

Ou seja, não se limitará mais a um fórum de debates, mas incluirá a possibilidade de serem adotadas medidas conjuntas.

Os presidentes assinam esta formalização nesta sexta-feira, mas para que Unasul comece a funcionar como organismo internacional o texto ainda precisa ser ratificado pelos congressos de nove dos doze países.

O que mais é discutido em Brasília?

Os líderes regionais estão discutindo também a criação do Conselho de Defesa da América do Sul. A idéia foi apresentada oficialmente pelo Brasil, mas é rejeitada pela Colômbia.

A iniciativa ganhou força no início deste ano, depois da crise envolvendo Venezuela, Colômbia e Equador, provocada por uma ação militar colombiana contra as Farc em território equatoriano.

Além do Conselho, que outras bases internas da Unasul poderão surgir?

Existe o plano de criação do Parlamento único da Unasul, mas não há nenhuma expectativa de que a idéia seja colocada em prática em um futuro próximo.

A Unasul terá ainda uma secretaria permanente que deverá ser em Quito, no Equador.

Qual o tamanho da Unasul?

Os países que farão parte do grupo têm cerca de 360 milhões de habitantes e, de acordo com dados da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), tinham um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,5 trilhões em 2006.

Ainda de acordo a Cepal, só o PIB do Brasil era de US$ 1,06 trilhão em 2006. Em 2007, o PIB do Brasil foi de US$ 1,3 trilhão.

Mas este é um grupo desigual, que conta com 180 milhões de habitantes do Brasil e três milhões do Uruguai, por exemplo.

Quais são os desafios da Unasul?

Num primeiro momento, os governos parecem ter expectativas diversas sobre os resultados reais da Unasul.

O ministro das Relações Exteriores do Chile, Alejandro Foxley, disse que seu país tem três principais interesses nessa integração: energia, infra-estrutura e uma política comum de inclusão social.

Por sua vez, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, afirmou que a Bolívia espera que a Unasul não se limite às questões comerciais e trate da "união dos povos".

Mas talvez o principal desafio da Unasul será colocar em prática suas medidas, como a integração energética, já que hoje o desafio entre quatro países --Brasil, Argentina, Bolívia e Chile-- ainda não foi resolvido.

Questões bilaterais --ou trilaterais-- também estão na lista de desafios da região.

Disputas territoriais entre Chile e Peru, da época da Guerra do Pacífico, no século 19, estão hoje no Tribunal Internacional de Haia. A Bolívia reivindica do Chile uma saída para o mar, perdida na mesma guerra do Pacífico.

Venezuela, Equador e Colômbia travam, desde março, uma disputa envolvendo as Farc (grupo guerrilheiro mais antigo do mundo, com mais de 40 anos) que ainda não teve conclusão.

Quais são os próximos passos?

No sistema de presidência temporária e rotativa, a próxima presidência caberia à Colômbia, que abriu mão do direito, que passará ao Chile.

Nos termos do Tratado, a Unasul terá como órgãos deliberativos um Conselho de Chefes de Estado e de Governo, um Conselho de Ministros de Relações Exteriores e um Conselho de Delegados.

Haverá reuniões anuais de chefes de Estado e de Governo e reuniões semestrais do Conselho de Ministros de Relações Exteriores.

MARCIA CARMO
da BBC Brasil, em Buenos Aires

Leia mais

União de Repúblicas das Bananas

União de Repúblicas das Bananas


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Não dá pra levar a sério essa história da Unasul. Se nem no Mercosul -- com quatro membros (sem contar a Venezuela, que ainda não teve a entrada aprovada) -- conseguimos consenso, imagine entre 12 países.
O mais absurdo é o início do funcionamento do bloco sem a aprovação mais um Parlamento.
dos respectivos Congressos. Lá vai nosso suado dinheirinho sustentar todo o aparato burocrático da criação de mais um Parlamento

Do blog do Guilherme Fiuza:

Lula disse que a América do Sul unida pode mover o tabuleiro do poder mundial.

Não há dúvida.

Juntando-se o casal caloteiro que está levando a Argentina de novo para o buraco, com o cocaleiro desvairado que inflacionou o preço da energia no continente, aliado com o golpista venezuelano que inventou e está exportando seu método de chantagear a democracia, seguido pelas marionetes sub-bolivarianas paraguaia e equatoriana, reforçados pelo Padinho Ciço brasileiro, que acende uma vela aos demônios do mercado e outra aos santos guerrilheiros das Farc, não há como duvidar que a América do Sul vai dar trabalho.

Vai dar trabalho aos sul-americanos.

E certamente o tabuleiro do poder mundial vai se mover – para bem longe daqui.

* A charge veio lá do blog da Marta Bellini, professora da UEM.

Leia mais aqui.


QUANDO SE PERDE A VERGONHA



QUANDO SE PERDE A VERGONHA

A tropa governista perdeu a vergonha na cara (se é que ainda tinha algum resquício): fechou acordo para reeditar a maldita Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta no ano passado.

Pretexto: a Saúde precisa de dinheiro...

Se a oposição dormir, os cidadãos perderão 10 bilhões de reais em 2009.

Uma boa fortuna para a campanha eleitoral do lulismo...

enviada por Gracias

Contribuinte otário


Repelente contra o mosquito da dengue: 20 reais;

Plano de saúde particular para não depender dos hospitais estaduais falidos: 200 reais por mês;

Caixão modelo executivo para aquele parente vítima de bala perdida: 1500 reais;

Imposto pago pelo cidadão que mora no Rio de Janeiro: quase metade do salário anual.

Passear de bicicleta com mais de 30 aspones durante a milésima viagem a Paris com tudo pago pelo contribuinte otário: NÃO TEM PREÇO.

enviada por Gracias

IRRESPONSÁVEL GASTADOR



O presidente Lula da Silva gasta irresponsavelmente os recursos do país, mantém a peso de ouro duas dezenas de ministérios desnecessários e entrega bilhões do dinheiro dos impostos para o MST sair por aí espalhando o terror e cometendo ilegalidades com verbas públicas.

O presidente Lula faz isto mesmo sabendo que a inflação é o resultado da gastança do governo.

A inflação, infelizmente, voltou.

E o que faz Lula?

Em vez de reduzir custos públicos, diz que o culpado pela volta da inflação é o brasileiro que "compra e que vende".

Indignado com a injustiça e a irresponsabilidade, o deputado Paulo Bornhausen (SC) reage:

"A inflação tem nome e o nome é Lula, o presidente da República é o único culpado pelo descontrole dos gastos do governo", afirma. "

A solução é cortar despesas e não aumentar impostos.

Tem de haver prioridade.

Esse governo não tem prioridade, é um governo que só impõe mais custos ao povo trabalhador e que é tão irresponsável que patrocinou a volta da inflação", completa


A MÃO GRANDE DO PODER EXECUTIVO

por Maria Lucia Victor Barbosa

Nosso Executivo sempre prevaleceu sobre o Legislativo e o Judiciário e isso é fácil de demonstrar revendo um pouco da nossa história:

O Estado brasileiro foi organizado através do projeto constitucional elaborado pela Assembléia Constituinte de 1823.

Entretanto, os choques de poder entre Dom Pedro I e os parlamentares, notadamente os Andrada, levariam o imperador a dissolver a Assembléia Constituinte em 11 de novembro de 1823.

Dom Pedro, então, nomeia um grupo de dez notáveis para redigir um projeto constitucional, em tudo parecido com o anterior, exceto por um detalhe: ao lado dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, surge um quarto, o Poder Moderador, capaz de facultar ao Imperador atribuições, entre as quais, escolha de senadores, livre nomeação de ministros, vetos dos atos do Legislativo.

Até 1826 o imperador governará de forma absoluta apoiado pelo partido português.

Diante do que se passava, o povo, em sua quase totalidade, se quedava indiferente, distante anos luz dos bastidores do poder e achando muito natural os cargos públicos preenchidos por apaniguados, enquanto o governo abertamente favorecia os interesses que representava e o partido português manejava o poder a seu gosto.

Como se nota nosso Executivo já nasceu forte e assim permaneceu até hoje, apesar de que a “felicidade geral” e a “justa liberdade dos povos” sempre deixaram a desejar.

Tal realidade, contudo, jamais ensejou atitudes revolucionárias contra os poderes constituídos e o povo brasileiro seguiu pelos séculos de sua história demonstrando uma passividade raiando à submissão.

A explicação dessa passividade deve ser buscada em nossas origens, pois como bem enfatizou Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil:

“Entre nós, o domínio europeu foi, em geral, brando e mole, menos obediente a regras e dispositivos do que à lei da natureza”. “A vida parece ter sido aqui incomparavelmente mais suave, mais acolhedora das dissonâncias sociais, raciais e morais”. “Nossos colonizadores eram, antes de tudo, homens que sabiam repetir o que estava feito ou o que lhes ensinara a rotina”.

No entanto, é importante compreender que, por detrás da aparente brandura brasileira, da amenidade no trato social, esconde-se a violência que pode brotar a qualquer momento.

Ressalvando-se, porém, as organizações criminosas que aterrorizam a vida urbana e os ditos movimentos sociais, como o MST que faz o que bem entende sob a complacência e o estímulo governamentais, a violência do brasileiro é geralmente individualizada, desordenada, desorientada, originando-se da frustração, do desespero, do rancor, e não de uma consciência popular que exija seus direitos ou atitudes coerentes por parte do poder.

O fato é que desde os primórdios do Estado brasileiro, até hoje, nossa mentalidade não mudou.

No momento o Executivo concentra um enorme poder e a seu reboque seguem, como sempre, o Legislativo e o Judiciário.

Indiferente aos jogos da ambição política, aos escândalos que sucedem com tal velocidade que os mais recentes fazem esquecer rapidamente os anteriores, a malversação dos recursos públicos, ao ônus que representa a pesada máquina burocrática governamental, ao peso da corrupção que impede nosso progresso, o povo se inclina ao paternalismo estatal sempre em busca de um líder magnânimo, de um salvador que lhe provoque reações emocionais.

Não importa se a mão grande do Executivo toma de forma exorbitante as migalhas dadas. Com indiferença a população aceita que tenhamos os impostos mais altos do mundo, que a nefasta CPMF em breve ressuscite, que a arrecadação federal tenha atingido novo recorde em abril, ou seja, R$ 59,7 bilhões, 11,4% a mais do que o mesmo mês de 2007.

Nem a inflação que já acelera, especialmente, para os mais pobres, incomoda.

E quando a mão grande do Executivo se fecha sobre entidades sociais que funcionam exemplarmente como o Sesc, o Sesi, o Senac e o Senai, entidades mantidas pelo empresariado, para surrupiar seus recursos, ninguém toma conhecimento.

Tão pouco não há reação quando a mão grande do Executivo interfere nos planos de saúde para atrapalhá-los. Afinal, toda vez que a enorme mão do Leviatã, através do Executivo, aparece, acaba danificando o que funciona.

Por isso termino esse pequeno artigo fazendo minhas as palavras de H. L. Mencken:

“O governo ideal de qualquer pessoa dada à reflexão, de Aristóteles em diante, é aquele que deixe o indivíduo em paz – um governo que praticamente passe despercebido”.

“Este ideal, acredito, se concretizará no mundo cerca de vinte ou trinta séculos depois de eu ter partido”.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, professora e escritora.

Seja criativo, Minc - por J.R.Guzzo

"A ministra Marina Silva teve o grande mérito de se demitir do governo por discordar do chefe, e não por ter roubado; poupou o presidente de dizer que botaria ‘a mão no fogo’ por ela.

É muita coisa, no Brasil de hoje. Mas está longe de ser o suficiente"

Ao receber na semana passada no Palácio do Planalto o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que deve assumir o cargo nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva forneceu ao público uma excelente pista para entender por que a questão da Amazônia, tida como o pior problema ambiental do país, está cada vez mais longe de uma solução razoável.


"Seja criativo, Minc", disse o presidente da República.

"A única coisa que você não pode fazer é não ter idéias."

Seja criativo, Minc

Fase de transição em que se encontra o Brasil.

Metade do corpo está no Primeiro Mundo, mas parte do Brasil ainda veste as calças curtas do subdesenvolvimento

O país tem um pé no Primeiro Mundo e outro no subdesenvolvimento, como mostram os cinqüenta exemplos que acompanham esta matéria.

Qual Brasil prevalecerá?

O das asas da Embraer ou aquele das asas do mosquito da dengue?

O do etanol de cana-de-açúcar ou o do trabalho escravo no campo?

O da abertura comercial ou o da fobia de importações?

O Brasil nunca teve tantas possibilidades de definir seu próprio futuro, afirmam os economistas Octavio de Barros, diretor de pesquisas macroeconômicas do Bradesco, e Fabio Giambiagi na apresentação de
Brasil Globalizado (Campus/Elsevier; 424 páginas; 79,90 reais), que chega às livrarias nesta semana:

"A primeira opção é limitar-se a acumular avanços econômicos e perpetuar a tensa coexistência entre o Brasil de Primeiro Mundo e o Brasil de Terceiro Mundo.

A outra, que nos parece mais atraente, é estreitar mais rapidamente a distância que o separa do Primeiro Mundo".

Organizado por Barros e Giambiagi, o livro recebeu a colaboração de 22 economistas (entre outros, Claudio Haddad, Affonso Celso Pastore e Luciano Coutinho), além da do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O livro parte do pressuposto de que o cenário raro de bonança mundial, por sua intensidade, proporcionou ao Brasil um bilhete de loteria premiado.

O país foi um dos maiores beneficiados pelo aumento da demanda – e do preço – de produtos como minério de ferro, soja e carne.

China, Índia e outros países de crescimento acelerado encontraram aqui um celeiro indispensável.

Uma nova espécie: o petano

Se der certo, a aliança PT e PSDB em BH vai criar o petano. Se der errado, o tucapeta
por Otávio Cabral

Fotos Nelio Rodrigues/1º Plano, Claudio Cunha/Encontro Imagens e Lailson Santos
O "social-democrata radical" Márcio Lacerda (no alto) e seus padrinhos, o petista Fernando Pimentel e o tucano Aécio Neves: experiência de olho em 2010

A alta popularidade do governo Lula, a falta de densidade da oposição e a perseguição incessante do poder estão produzindo um novo protótipo de político.

Ele não é petista, mas admira algumas características dos petistas.


Também não é tucano, mas elogia as virtudes do PSDB.

Manipulando os genes do que supostamente existe de melhor nos dois principais partidos do país, está nascendo o petano – criatura que não é uma coisa nem outra, mas surge para tentar representar as duas.

O primeiro exemplar da série chama-se Márcio Lacerda, um ex-militante de uma organização guerrilheira comunista.

Hoje milionário e convertido ao capitalismo, ele será lançado por petistas e tucanos como candidato a prefeito de Belo Horizonte, em uma experiência inédita que vai servir de laboratório para vôos mais ambiciosos em 2010.

Embora seja um processo ainda restrito ao universo político mineiro, é bom prestar atenção na novidade.

Tanto no PT como no PSDB há simpatizantes da hipótese de união entre os dois partidos para, quem sabe, apoiarem juntos um candidato de consenso à sucessão do presidente Lula.

Como é improvável, ao menos agora, que um petista se agarre a um tucano e vice-versa, um petano pode ser a solução para acabar com os constrangimentos.

Se der chabu, a experiência poderá, é claro, produzir um bicho menos benigno, o tucapeta.

Os últimos dias de Jefferson Péres no Senado

por Álvaro Dias

Nesta semana estava mais solto, alegre. Percebi que estava mais feliz! Seria o prenúncio de que estava por partir? Por libertar-se das suas decepções e do seu desencanto? Queria ir embora da vida pública. Porventura pressentia que estava partindo desta vida?

Na terça-feira, durante os depoimentos na CPMI dos Cartões, riu bastante e isso não era comum. Sentado do lado esquerdo, um pouco mais à frente de onde me encontrava, voltou-se para mim e, rindo ironicamente, debochou de algumas afirmações que ouvira incrédulo em meio a verdadeiro festival de mentiras. Percebi que queria me dar força.

Na quarta-feira, sua última participação na Comissão de Constituição e Justiça, onde despontava, sem dúvida, como a figura mais respeitada, em razão dos seus inegáveis conhecimentos jurídicos.

Relatou o projeto sobre nepotismo, aprovado pela maioria. Comentou meu parecer sobre a fixação de 2% do PIB para Ciência e Tecnologia. Brilhante como sempre, citou o exemplo de outras nações e votou favoravelmente, embora “discordasse do engessamento do orçamento”. A causa justificava a excessão à regra.

Senti-o realmente diferente nestes últimos dias. Provavelmente, a consciência tranqüila de quem sempre cumpriu o dever com correção e dignidade lhe porporcionava a sensação feliz de que tempos diferentes estariam por vir com os infindáveis mistérios da morte ou da vida (o que há depois da morte?).

Que possam ser, esteja onde estiver Jefferson Péres, “os melhores e mais sonhados tempos”…..
AD

Blog do Senador Álvaro Dias

"A não ser que o governante seja filho de chocadeira"

Jefferson Péres, que faleceu na sexta, sobre artigo do jornal The New York Times com a tese de que a Floresta Amazônica deve ficar sob jurisdição internacional.

Morre o senador Jefferson Peres

“Dizem que não pode falar mal do povo; eu falo”.

Senador José Jefferson Carpinteiro Peres


Morreu de enfarte, nesta manhã, em sua casa em Manaus, o senador Jefferson Peres.

Perde o país, perde o Congresso, perde seu partido.

Jefferson Peres era uma das últimas referências éticas do Congresso Nacional, num momento em que a ética parece ser artigo em extinção na política brasileira.

Homem sério, sisudo mesmo, econômico nos gestos e nas palavras, Jefferson Peres destoava da tendência à teatralidade que marca os políticos brasileiros.

Teve atuação destacada em CPIs, sempre moderado, sensato, porém sempre severo e intransigente na defesa da coisa pública.

Nos últimos tempos andava meio recolhido, já que seu partido passou a compor a base aliada do governo.

Recolhido também por constrangimento, porque nos últimos tempos o PDT só tem criado problemas. Primeiro com a insistência do ministro Lupi em desafiar a Comissão de Ética Pública -- Lupi resistiu o quanto pôde a abrir mão da presidência do partido.

A partir daí, o PDT passou a ser figurina carimbada nas páginas policiais. Seja porque ONGs ligadas ao partido e à Força Sindical passaram a receber vultosos recursos do Ministério do Trabalho -- sem licitação, naturalmente.

Seja porque o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, está no centro de um escândalo de grossa roubalheira de recursos do BNDES.

Pobre senador Jefferson Peres. Não merecia ter um fim de vida vendo seu partido arrastado na lama dessa maneira.

Pobre país!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Idiotia esquerdizante

Sim. As escolas são consideradas pelo esquerdismo botocudo como “aparelhos ideológicos”.

É lá que é instilado o “meme” da idiotia no cérebro dos jovens para torná-los adeptos das doutrinas esquerdizantes.

Isto causa um imenso prejuízo ao país.

Leva os estudantes ao equívoco e a considerar verdadeiro aquilo que é mera ideologia, palavreado vazio eivado de jargões.

Além do que esses professores palanqueiros desestimulam o alunado a estudar as áreas das engenharias, da matemática e da tecnologia.

Da área de ciências humanas salva-se apenas o curso de Direito.

O resto é perfumaria e locus da ação nefasta dos marxistas de orelha que inundam a academia.

por Aluízio Amorim

CÍNICO, AÉTICO E DIABÓLICO

A questão de ser comunista, meu caro - é o glamour.

Pega bem defender a igualdade absolutamente abstrata, posto que é impossível. Hoje o que temos é o COMUNISMO em sua ESSÊNCIA - cínica, (a) ética, (i) moral e criminosa.

ADMITO
, porém que seu texto pode ser desconsiderado com os velhos chavões - é mentira, é coisa da CIA, de fascista, direita (como se fosse crime), nazista ...

e até como diz o OLAVO DE CARVALHO com
o silêncio desdenhoso, faziam-no com desconversas levianas, com objeções céticas inteiramente apriorísticas, que dispensavam qualquer exame do assunto, com observações sapientíssimas sobre o meu estado de saúde mental ou com a zombaria mais estúpida e pueril que se pode imaginar ou ENTÃO com ignorância dolosa ou à mentira grotesca.

ALGUMA DÚVIDA? Confira o que 'se pasa' na 'República Bolivariana da Venezuela, na Bolíva, Equador - cujo experimento - 'se der certo' - será produto de EXPORTAÇÃO.


PORÉM REAFIRMO: “Transigir con un comunista es mil veces peor que transigir con un ladrón, sin que con esto quiera yo ofender a los ladrones...


(“Transigir com um comunista é mil vezes pior do que transigir com um ladrão, sem que com isto queira eu ofender aos ladrões.”

José I. Rivero
, periodista cubano).


E CONCLUO COM SÓCRATES (e, claro com o Ruy) que dizia que a ignorância é a raiz de todos os males;

com GOETHE (Johann Wolfgang Von GOETHE) peremptório:

“Nada é mais terrível do que uma ignorância ativa”;


e com SANTO AGOSTINHO lapidar:


Errare humanum est, perseverare autem diabolicum -


"Errar es humano; perseverar en el error es diabólico - errar é humano, perseverar, diabólico.

RIVADAVIA ROSA

Ponte do Brooklyn faz 125 anos

Belíssima...

(Foto: Reuters)

Fogos podem ser vistos atrás da Ponte do Brooklyn durante o 125º aniversário de inauguração, em Nova York, na noite de 22 de maio.

A ponte liga Manhattan ao Brooklyn.

Marta Suplicy é vaiada durante Marcha para Jesus

Ministra teve discurso interrompido pelo público
que acompanha evento.
Na saída, ela falou sobre o respeito do povo brasileiro,
mas não comentou vaias.

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, foi vaiada durante se discurso na 16ª edição da Marcha para Jesus, realizada nesta quinta-feira (22) em São Paulo. Convidada pelo deputado estadual Bispo José Bruno (DEM), a ministra começou a falar sobre a manifestação da fé e “homenagem ao povo de Deus”, quando acabou sendo interrompida por vaias.

A organização do evento iniciou, em seguida, uma oração, acabando com o discurso da ministra.

Na saída, ela falou rapidamente sobre sua presença no evento.
Ela ressaltou o respeito do povo brasileiro, mas não comentou as vaias. “Não é a primeira vez que participo da marcha, vim em 2002. O nosso povo respeita muito as expressões religiosa
Eu f

ico feliz que o Brasil seja realmente um país onde nós brasileiros podemos expressar toda a fé da maneira que nós gostamos”, disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também discursou.

Além de falar contra as drogas, bebidas e violência, ele saiu do palco com a promessa de levar o pedido para a criação do dia do evangélico para ser avaliado no colégio de líderes da Câmara.

“Vou fazer o possível para que isso aconteça”, afirmou.

Ele saiu bastante aplaudido.


Alarmes falsos???

Avião de Tony Blair é interceptado pela aviação israelense

Da EFE

Londres, 23 mai (EFE).- Aviões de combate israelenses decolaram para interceptar o aparelho no qual viajava o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, porque a tripulação não se identificou, informa hoje a imprensa em Londres.

Blair, enviado especial do Quarteto para o Oriente Médio, viajava a Israel da localidade egípcia de Sharm el-Sheikh, onde participou de uma reunião do Fórum Econômico Mundial (FEM), quando seu avião foi interceptado, na quarta-feira passada.

A tripulação teve de explicar em uma comunicação por rádio que o ex-chefe do Governo viajava no avião, depois de as aeronaves israelenses adotarem uma posição de ataque.

A imprensa britânica lembrou hoje que o sistema de defesa aérea de Israel é um dos mais rigorosos do mundo e os aviões de guerra desse país decolam muitas vezes em razão de alarmes falsos. EFE


Para a polícia, "Paulinho" é o deputado Paulo Pereira da Silva.

Mensagens eletrônicas reforçam suspeitas contra Paulinho
em desvios de verba no BNDES

Novos documentos apresentados pela Polícia Federal à Justiça esta semana reforçam a suspeita de envolvimento do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), presidente da Força Sindical, no desvio de verbas do BNDES.

Em troca de mensagens eletrônicas entre o dono da consultoria Progus, Marcos Mantovani, e sua filha e assistente, chamada apenas de Carol, Mantovani diz que parte do dinheiro recebido pelo grupo deve ser guardada para P.A. e que a sigla significa "Paulinho".

Para a polícia, "Paulinho" é o deputado Paulo Pereira da Silva.

É o que mostra reportagem de Tatiana Farah e Ricardo Galhardo nesta sexta-feira em 'o Globo'.

(Já há elementos para processo de perda de mandato contra Paulinho?)

O Globo Online

Funcionária da Casa Civil formatou o dossiê tucano

Maria Soledad, chefe de gabinete da secretária-executiva de Dilma, criou a planilha
PF deve concluir que houve atropelo às normas da administração pública na confecção da planilha com gastos do governo FHC

Foi a funcionária da Casa Civil Maria de la Soledad Castrillo quem abriu a planilha em Excel e deu formato ao dossiê de gastos do governo FHC.

Conhecida como Marisol, ela é a diretora de Recursos Logísticos e chefe de gabinete de Erenice Guerra, a secretária-executiva e principal assessora da ministra Dilma Rousseff.

O documento foi criado no sistema de computadores do Palácio do Planalto já com as características que a própria ministra havia apontado como fora do padrão do sistema oficial de despesas:

a edição sem ordem cronológica, a organização em colunas e os comentários com viés político.

A coluna "observações", apontada por Dilma como indício de que o documento revelado em março pela imprensa podia ser uma montagem, existia desde a primeira versão do arquivo.


"No almoço... ele [José Aparecido] estava transtornado com a coisa e só falava: foi a Erenice [Guerra] que preparou um banco de dados seletivo"

ANDRÉ FERNANDES
assessor do senador Álvaro Dias (PSDB)


MONTEIRO LOBATO.... um Profeta ???

Paranóia ou progressismo?

Por Alcino Leite Neto

O escritor Monteiro Lobato numa rua
de São Paulo. (foto)


Na ficção científica "O Presidente Negro", Monteiro Lobato vislumbra a disputa entre um negro e uma mulher para a Presidência dos EUA em 2228
A disputa entre os senadores Barack Obama e Hillary Clinton pela vaga democrata nas eleições presidenciais norte-americanas de 2008 tira lá do fundo poeirento dos sebos um livro estranho, polêmico e esquecido de Monteiro Lobato: "O Presidente Negro" (reeditado agora pela Brasiliense) -ou "O Choque das Raças", o outro nome dado à obra, classificada assim pelo escritor: "Romance americano do ano 2228".

Sim, trata-se de uma ficção científica, coisa rara nas letras brasileiras, e muito influenciada por H.G. Wells (1866-1946), de quem Lobato foi um dos primeiros tradutores no país. Publicada em 1926, inicialmente na forma de um folhetim que durou três semanas e 20 capítulos nas páginas do jornal
"A Manhã", viria a se tornar o único romance do escritor, conhecido no entanto por sua prolixidade.

Romance popular, diga-se, com um know-how respeitável do "timing" do folhetim, feito de suspenses calculados, de crescendos dramáticos, de fantasias mirabolantes e pontuações sentimentais. Romance também satírico, com um humor feroz e irresistível.

E fortemente polêmico, bem mais que politicamente incorreto: escorado em idéias racistas e até protonazistas -o que deve ter contribuído para mantê-lo até agora no canto embolorado dos alfarrábios, apesar de suas projeções provocativas.

Entre elas, por exemplo, a de um sistema de comunicação que lembra muito a internet.

No delírio futurista de Lobato, a imprensa em papel deixou de existir nos EUA de 2228. As notícias são "radiadas" e aparecem imediatamente impressas "em caracteres luminosos num quadro mural existente em todas as casas".

Também chegou ao fim a "era dos veículos". Os instrumentos de rodas foram parar no museu, e os homens preferem andar a pé, usufruírem do ócio e trabalharem em suas próprias casas, de onde transmitem seus serviços ao escritório utilizando o "rádio-transporte".

As guerras igualmente foram extintas, tão logo os Ministérios da Guerra foram trocados pelos da Paz. Apesar disso, os EUA estão prestes a mergulhar no caos e no sangue às vésperas da eleição de seu 88º presidente, de tal forma o pleito cindiu a população.

De um lado, estão agrupados os milhões de eleitores pretos, que apóiam Jim Roy, da Associação Negra. De outro, as mulheres brancas que seguem a candidata do Partido Feminino, miss Evelyn Astor. E, por fim, há os homens brancos, que preferem a reeleição de Kerlog pelo Partido Masculino, que fundiu o Democrata e o Republicano.

Eis o essencial da trama: não apenas um choque de raças, mas também uma guerra de sexos. Os homens brancos, a fim de embranquecer os EUA, planejam enviar os negros para a Amazônia, que já não é parte do Brasil. Nosso país foi dividido em dois, independentes: o Norte, de atávica malemolência, e o Sul bem-sucedido, a "grande República do Paraná", que engloba ainda a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.

Votação por rádio

As mulheres brancas, "mamíferas rebeldes", seguem as teorias expostas por miss Astor em "Simbiose Desmascarada", segundo o qual o Homo sapiens roubou as fêmeas de seu rival biológico, de outro gênero, o que explicaria o equilíbrio sexual impossível entre mulheres e homens. "Sabotemos o gorila!", gritam as feministas.

Os negros, por sua vez, vivem preocupados com esticar seus cabelos e clarear o rosto por meio da "despigmentação", que os deixa com a pele "horrivelmente embranquiçada" (como a de Michael Jackson, alguém diria).

Com o acirramento da disputa, tanto o Partido Feminino quanto o Masculino buscam o apoio do líder negro. O sistema social é conduzido por práticas eugenistas (como a eutanásia de bebês nascidos com problemas), mas a política representativa continua intocada.

Acontece a eleição -com os votos enviados por ""rádio" da casa dos eleitores-, e ganha o candidato negro.

As mulheres brancas se apavoram com a perspectiva de um governo de negros e, arrependidas, correm aos braços dos homens brancos, revendo sua teoria evolutiva: "Peludas que éramos ainda, e lá no fundo das idades já o ajudávamos [aos machos] a afiar o machado de sílex com que nos amparou da agressões do Ursus spelaeus. Comemos juntos bifes crus de megatérios", exclamam elas (e a escrita lobatiana se delicia e nos delicia com os disparates femininos).

O líder negro -o único ao qual Lobato, paradoxalmente, dá estatura de herói- prepara-se para assumir a Presidência, diante de seus iguais, estupefatos com a conquista: "Nem um negro imaginara tal hipótese. Mas a perturbação foi se desfazendo, e à medida que se ia desfazendo, iam se iluminando as aras com um sorriso novo no mundo".

Os brancos reagem com muito maquiavelismo, num complô articulado supermodernamente entre política, ciência e ideologia, o qual é melhor não revelar, deixando algumas surpresas para o leitor que por acaso resolva ler a obra.

A questão do racismo de Lobato inflama os estudiosos. Muitos deles chegaram a apontar preconceitos embutidos até mesmo nos livros infantis. "O Presidente Negro" coloca muita lenha na fogueira da polêmica. Há passagens escandalosas no livro, que mesmo um escritor de extrema direita pensaria mil vezes antes de publicar nos dias de hoje.

Lobato as coloca todas na boca dos personagens, como a sapiente miss Jane Benson, filha do inventor inglês que descobriu o "porviroscópio", por meio do qual se avista o futuro, ou o narrador meio idiota do livro, Ayrton Lobo, funcionário da firma de contabilidade Sá, Pato & Cia., que por acaso cai nas graças da família de cientistas ao se acidentar nos arredores de Friburgo.

É sabido que Lobato se envolveu vivamente com idéias eugenistas, muito comuns na época do livro, e que na juventude teve um culto enviesado por Nietzsche e seu super-homem. Também se manifestou repetidas vezes contra a miscigenação brasileira e chegou a defender Mussolini.

Democrata ferrenho

Por outro lado, fez elogios a Lênin e foi um ferrenho democrata à americana, defensor da modernização da política, da economia e dos costumes no Brasil encalacrado em seus arcaísmos coloniais. Promoveu também uma revolução na indústria editorial, democratizando a leitura no país.

Sua obra infantil é um verdadeiro projeto de "iluminismo" para as crianças. E, num tempo em que isso não era comum, criou um dos mais comoventes personagens negros da literatura brasileira, Negrinha, do conto do mesmo nome (1920).

Quem fala, de fato, em "O Presidente Negro": Lobato ou os protagonistas? Será o livro um manual ideológico fascista para uso da elite paulista que lia "A Manhã"? Uma brincadeira de mau gosto em que o escritor deixa aflorar descontroladamente o seu racismo e o seu antifeminismo?

Um alerta provinciano contra a eugenia, que naqueles mesmos anos 20 florescia com tanto vigor nos EUA, como relata o ótimo livro "A Guerra Contra os Fracos", de Edwin Black? Ou uma fábula futurista que leva ao paroxismo as contradições embutidas na democracia americana?

É difícil responder. Documento de uma época fervilhante e confusa -os anos do entreguerras- e de uma imaginação exuberante e contraditória -a de Monteiro Lobato-, "O Presidente Negro" é uma pedra muito espinhosa no sapato da literatura brasileira.

Caderno "Mais!", da "Folha de S. Paulo"

Alcino Leite Neto

É jornalista, editor de "Trópico" e editor de Moda da "Folha de S. Paulo", jornal onde já exerceu as funções de correspondente em Paris, editor do "Mais!", da "Ilustrada" e de "Especiais".

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ataque selvagem...

"O Engenheiro Paulo Fernando Rezende, coordenador dos estudos de Belo Monte, foi ferido, hoje à tarde, durante evento em Altamira, no Pará, organizado pela Arquidiocese de Altamira, Instituto Sócio Ambiental (ISA) e por várias outras organizações não governamentais.
Paulo Fernando teve atendimento médico, passa bem e já fez os registros policiais necessários.

O Engenheiro da Eletrobrás foi à Altamira, convidado pelos organizadores do evento, para apresentar os estudos que estão sendo feitos sobre aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte. "

Leia mais: Eletrobrás.

Com a palavra o Ministro Tarso Genro

terça-feira, 20 de maio de 2008

Wellington, o dos cabelos longos e idéias curtas

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), o dos cabelos longos e idéias curtas, com óculos moderninhos, começou a falar.

Primeira declaração: “Eu gosto de ser da base do governo”. Nem diga.


Fingindo independência, afirma que é difícil, para ele, entender que o e-mail tenha saído do computador de José Aparecido sem que ele próprio tenha mandado. Huuummm...


Aí indagou se o envio do e-mail com os gastos do governo FHC para o assessor de um tucano seria uma traição.

A sugestão é a seguinte: dossiê sobre tucano passado para tucano não seria crime.


Wellington também quis saber por que se deu a “separação” (sic) entre André e José Aparecido.

Até Aparecido riu: “Separação da amizade”.

O “Degoste” de um certo Manato

Continuamos com Kubrick. A civilização ainda na fase do osso.
Fala agora um tal de deputado Manato, do PDT do Espírito Santo.
Confesso que eu nunca tinha ouvido falar dele.
Se cruzasse com ele na rua, não conseguiria distingui-lo de um pterodáctilo. Indagou se mais alguém tinha a senha do computador de José Aparecido.

Diante da negativa, especulou, tentando ser engraçado, se um “Degoste” teria tido acesso ao arquivo.

“Degoste”?

Demorei alguns segundos para entender.

Ah, “ghost”, fantasma: “the ghost”...


Quá...quá...quá...quá...quá...!!


Pensa que acabou????


Luiz Sérgio, inquiridor, quer saber: “O que é ‘SDS’”?

Luiz Sérgio matador!

O relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), fez uma pergunta definitiva para José Aparecido.

Revelou que os e-mails trocados ele e André Fernandes terminavam com estas três letras: “SDS”.

Astuto, o petista quis saber o que significa “SDS”.

Até José Aparecido ficou espantado:

— Acho que quer dizer “saudações”.

— Então não é nenhum código?

É o osso, amigos!

É o osso...



O desmemoriado...

Aparecido diz que, se enviou "e-mail" com dossiê, foi involuntariamente
[Foto:]

José Aparecido Nunes, ex-secretário de Controle Interno da Casa Civil acusado de vazar o dossiê com gastos considerados sigilosos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, disse, em depoimento à CPI dos Cartões Corporativos, "não ter memória nem consciência" de que anexou o arquivo em formato Excel com os dados para André Fernandes, assessor do senador Alvaro Dias (PSDB-PR).

- Não admiti nem admito ter enviado o e-mail - disse.

Ele frisou ter enviado um texto em Word chamado "Supervisor Ministerial", e insinuou ter adicionado o outro arquivo de forma acidental.

- Não houve neste ato dolo ou ma-fé, não fiz de maneira premeditada. Foi um engano ou um descuido, um erro humano - afirmou, acrescentando que "todo mundo na vida em algum momento já passou um e-mail errado".

Ele negou ter repassado os dados à imprensa, como se aventou, e afirmou que André Fernandes nunca o informou a respeito do recebimento desses dados.

Questionado pelo relator da CPI, deputado Luiz Sérgio, ele também negou ter tido participação na elaboração do dossiê, disse "não ter digitado uma única linha", mas se lembrou de ter indicado dois funcionários para ajudar no trabalho de compilação dos dados.

Quanto cinismo!!!

Os homens certos no lugar certo 1

Os homens certos no lugar certo

por Olavo de Carvalho
Inconfidência (Belo Horizonte), 19 de maio de 2008

Chamar o sr. Tarso Genro de terrorista e mentiroso, como o fez o deputado Jair Bolsonaro no memorável dia 15 de maio, é uma simples questão de rigor histórico.

Quanto ao primeiro desses qualificativos, o ministro, que participou ativamente de uma organização dedicada a atentados e homicídios – sob a desculpa de lutar contra uma ditadura que ele chamava de assassina mas colocando-se a serviço de outra ditadura incomparavelmente mais assassina –, continua alardeando sua fidelidade ao marxismo, doutrina explicitamente terrorista.

Por definição, o porta-voz de uma doutrina terrorista é terrorista, mesmo depois que a idade e as circunstâncias o dispensaram da parte mais grosseira e suja do serviço.

Se o sr. Genro afirma que as práticas terroristas já não se justificam no presente quadro, é manifesto que tem em vista a mera questão da oportunidade tática, excluindo in limine qualquer condenação moral ao terrorismo em si; e é igualmente claro que mesmo sua restrição tática só se aplica ao Brasil, não a outros países da América Latina, de vez que até o momento nem ele, nem o governo que ele representa, nem o partido que os colocou no poder abjuraram jamais da declaração de apoio aos métodos terroristas das Farc, assinada em 2002 no Foro de São Paulo pelo sr. Lula da Silva, declaração que, para cúmulo de cinismo, rotulava de “terrorista”, isto sim, o combate movido contra a narcoguerrilha pelo Exército da Colômbia.

A qualificação de “ex-terrorista”, que a mídia adotou para embelezar a folha corrida de indivíduos como o sr. Genro, é artificiosa e descabida como o seria a de “ex-assassino”.

Uma organização terrorista, por definição, não se compõe só dos paus-mandados que colocam bombas em locais onde elas inevitavelmente matarão transeuntes inocentes; nem só dos pistoleiros que armam tocaias para balear gente pelas costas; nem só dos heróicos assaltantes que, de metralhadora em punho, fazem tremer pálidas funcionárias de bancos.

Uma organização terrorista é uma hierarquia camuflada e sutil que sobe desde esses bas-fonds até os altos postos da administração, da mídia e da diplomacia, de onde se estende sobre ela o manto protetor das meias-palavras e das desconversas, exatamente como os agentes políticos do Foro de São Paulo em Brasília fazem com as Farc, o MIR chileno e outras gangues de assassinos, seqüestradores e narcotraficantes.

Se um soldado é dispensado da batalha, mas removido para posto administrativo, ele não foi para a reserva: está na ativa. Não é um ex-soldado, é um soldado.

Se um terrorista já não tem de dar tiros e soltar bombas, mas continua mesclado à rede política que dá proteção ao terrorismo, não é um ex-terrorista: é um terrorista. Servindo ao governo do Foro de São Paulo, o sr. Genro é uma das peças fundamentais da mais imensa máquina terrorista que já existiu no continente.

E é claro que por dentro ele se orgulha disso, desprezando e odiando aqueles que vêem aí algum motivo de desonra.

continua

Os homens certos no lugar certo 2

Os homens certos no lugar certo

por Olavo de Carvalho

Inconfidência (Belo Horizonte),
19 de maio de 2008

Quando ele foi obrigado a ouvir calado as palavras verazes do deputado Bolsonaro, foi de cabeça baixa, mas não de vergonha, e sim de raiva, que ele se submeteu a esse humilhante ritual democrático do qual, como membro ilustre da Nomenklatura , estaria dispensado em Cuba ou na Coréia do Norte.

E a raiva mal contida explodiu logo no dia seguinte, fazendo desabar sobre a pessoa do coronel Brilhante Ustra todo o insaciável desejo de vingança, todo o ressentimento insano que os terroristas de Brasília têm contra os militares que preferiram continuar servindo ao Brasil em vez de alistar-se nas tropas revolucionárias de Cuba.

Quanto ao qualificativo de mentiroso, qual outro caberia ao representante de um governo que, tentando ceder um Estado inteiro da Federação aos poderes internacionais, o faz não somente contornando como um ladrão furtivo a autoridade soberana do Congresso, mas usando como pretexto “científico” para a doação um laudo antropológico falso, assinado com nomes de pessoas que nem mesmo sabiam da sua existência?

O pronunciamento do deputado Bolsonaro só pecou por incompletude, que a brevidade explica. Primeiro, não é só o ministro Genro que é terrorista e mentiroso.

O governo Lula está repleto deles.

Segundo, esses indivíduos não são só terroristas e mentirosos: são traidores do Brasil, mercadores da soberania nacional.

Subiram ao poder para doar Roraima aos globalistas, a Petrobrás à Bolívia, Itaipu ao Paraguai, as favelas do Rio às Farc e, por toda parte, terras produtivas à Via Campesina.

Nenhum brasileiro lhes deve respeito.

O simples fato de alguém como o general Heleno, o deputado Bolsonaro ou até um zé-ninguém como eu lhes dirigir a palavra já é honra que não merecem.

Não digo que o lugar deles seja a cadeia, onde há delinqüentes recuperáveis.

Nem o cemitério, onde repousam defuntos virtuosos.

Nem o lixo, que pode ser reciclado.

Não, não há no mundo um espaço apropriado para eles.

Talvez somente o inferno os abrigasse.

Foi por isso que criaram o Foro de São Paulo.

Cada um deles é agora o homem certo no lugar certo.