Temos um governo, que se diz social, que promove os juros mais altos do mundo, e não por concidência tem proporcionado os maiores lucros da história dos bancos, não apenas "nestepaiz" mas também "nesteplaneta".Queremos estar presentes no Conselho de Segurança da ONU, e o guvernu se acha apto para isso, e no entanto não consegue evitar que facções de criminosos nos morros e periferias das cidades promovam uma guerra civil não declarada, sem que as "forças de segurança" sejam capazes de assegurar a segurança dos cidadãos.
Ou que grupos de criminosos com tática de guerrilha, invadam propriedades privadas e órgãos públicos, destruam ferrovias, cerquem rodovias, destruam centros de pesquisa, mantenham pessoas em cárcere privado!
Pretendemos ter "centros de excelência" de pesquisa científica em áreas complexas e sofisticadas, e no entanto, ao mesmo tempo, não conseguimos debelar a epidemia da dengue, da febre amarela, meningite, ou pior, conseguimos promover o retorno de doenças erradicadas como tuberculose e hanseniase, ou ainda, assegurar agua tratada a populações inteiras cujas crianças morrem de coisas prosaicas como infecção estomacal.
Somos todos prosa com os programas de "inclusão universitária" enquanto mais do que 60% da população é analfabeta funcional.
Temos um guverno que se diz o mais ambientalmente responsável desde a chegada de Cabral, que no entanto permitiu e permite a maior devastação do meio ambiente da história "destepaiz".
São exemplos, sacados da memoria falha mas que ilustram creio eu, o grande paradoxo do Reino da Banânia : seu povo se mostra orgulhoso desta nação ignorante, injusta, desigual, falsamente solidária, e sem horizontes!
Somos um país de leis, regulamentos, códigos, que são seguidamente produzidos, com a mesma velocidade com que são total e despudoradamente descumpridos.
Ao mesmo tempo, carecemos de valores civilizatórios entranhados na alma e no comportamento do povo, razão pela qual constam em lei, coisas prosaicas e "exóticas"como: é proibido cuspir no chão, jogar objetos pela janela do carro, urinar em locais públicos.
Àqueles que por ventura ousem se indignar, criticar, ridicularizar essa situação "Pirandeliana" restam os epítetos de preconceituosos, maus brasileiros, discriminadores da elite branca insensível e má!
Aliás, preconceito é aquela palavrinha mágica usada por todo aquele que sem argumentos lança para desqualificar seu interlocutor.
Nota-se por parte dessa figuras avessas à verdade e à crítica, certo renascer de um patriotismo mequetrefe, rastaquera, que dissimuladamente em suas colocações, no fundo, pergunta:
"E o que é que você está fazendo aqui", "por que você não vai embora"?
Esse espírito calhorda, bem ao estilo do golpe militar de 1964, em que críticas não eram admitidas, leva inevitavelmente ao fatídico
"Ame-o ou deixe-o"!
Chegaremos lá? Ou já estamos lá!
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