SOB AS ASAS DA GAUTAMA
ZULEIDO VERAS Dono da construtora Gautama é apontado como chefe do "sofisticado grupo criminoso"
1. José Reinaldo Ex-governador do Maranhão Acerto de R$ 1,4 milhão em troca das construções de pontes no Estado. Notas frias para receber o dinheiro
2. Silas Rondeau Ex-ministro de Minas e Energia Propina na agenda. Foi enquadrado em crimes como desvio de recursos, gestão fraudulenta e corrupção
3. Teotônio Vilela Governador de Alagoas Os procuradores do MPF o acusam por formação de quadrilha, peculato e corrupção passiva
4. Jackson Lago Governador do Maranhão Acusado de diversos crimes, o MPF constatou que ele recebeu 8% de propina das obras da construtora no Estado Hugo Marques
Apontado como chefe daquilo que o MPF chama de "sofisticado grupo criminoso" que atuou em seis Estados, o dono da construtora Gautama, o empresário Zuleido Veras, provocou um rombo de R$ 153 milhões nos cofres públicos, através de contratos superfaturados, direcionamento de licitações e pagamento de propinas a servidores públicos.
A denúncia do MPF confirma o que ISTOÉ antecipou nas suas edições de 30 maio de 2007 e de 27 de fevereiro deste ano. E mancha a carreira de políticos importantes.
Estão na lista de denunciados os governadores Jackson Lago (PDT), do Maranhão, e Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas, além de dois exgovernadores, José Reinaldo Tavares (PSB), do Maranhão, e João Alves (DEM), de Sergipe, e do ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau (PMDB).
Uma das partes mais incisivas da denúncia é o capítulo sobre os desvios de recursos públicos e o pagamento de propinas em Alagoas. O MPF pede o enquadramento de Teotônio Vilela por formação de quadrilha, peculato e três vezes por corrupção passiva, crimes que podem somar uma condenação máxima de 63 anos de cadeia para o governador.
A partir das apreensões de agendas, interrogatórios e escutas autorizadas da investigação da Operação Navalha, o MPF concluiu que Vilela recebeu R$ 500 mil de Zuleido Veras em propinas. Foram dois pagamentos de R$ 200 mil e um de R$ 100 mil.
As liberações de recursos da Secretaria da Fazenda, que viriam a beneficiar o esquema, foram feitas em "datas próximas às das propinas recebidas pelo governador", conforme a denúncia.
A "casinha amarela" onde a PF fotografou encontros dos responsáveis pelo pagamento de propinas em Alagoas é de propriedade da esposa de Vilela e ali foi instalado seu escritório político.
"Não tenho participação. Isso é um mal-entendido que vou esclarecer", diz Vilela. "Tenho completa consciência de que não tenho nada a ver com isso. Abomino qualquer ato de corrupção."
Fonte: IstoÉ
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