Fotos Nelio Rodrigues/1º Plano, Claudio Cunha/Encontro Imagens e Lailson Santos |
O "social-democrata radical" Márcio Lacerda (no alto) e seus padrinhos, o petista Fernando Pimentel e o tucano Aécio Neves: experiência de olho em 2010 |
A alta popularidade do governo Lula, a falta de densidade da oposição e a perseguição incessante do poder estão produzindo um novo protótipo de político.
Ele não é petista, mas admira algumas características dos petistas.
Também não é tucano, mas elogia as virtudes do PSDB.
Manipulando os genes do que supostamente existe de melhor nos dois principais partidos do país, está nascendo o petano – criatura que não é uma coisa nem outra, mas surge para tentar representar as duas.
O primeiro exemplar da série chama-se Márcio Lacerda, um ex-militante de uma organização guerrilheira comunista.
Hoje milionário e convertido ao capitalismo, ele será lançado por petistas e tucanos como candidato a prefeito de Belo Horizonte, em uma experiência inédita que vai servir de laboratório para vôos mais ambiciosos em 2010.
Embora seja um processo ainda restrito ao universo político mineiro, é bom prestar atenção na novidade.
Tanto no PT como no PSDB há simpatizantes da hipótese de união entre os dois partidos para, quem sabe, apoiarem juntos um candidato de consenso à sucessão do presidente Lula.
Como é improvável, ao menos agora, que um petista se agarre a um tucano e vice-versa, um petano pode ser a solução para acabar com os constrangimentos.
Se der chabu, a experiência poderá, é claro, produzir um bicho menos benigno, o tucapeta.
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