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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Ministro do TSE nega pedido para Lula participar de debate na 'RedeTV!'



Sérgio Banhos entendeu que seria 'interferência indevida' na Justiça Federal


Por André de Souza
O Globo



O ex-presidente Lula participa de comemoração do aniversário do PT em São Paulo
Miguel Schincario/AFP/22-02-2018


BRASÍLIA — O ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Sérgio Banhos negou pedido do PT para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe do debate da "RedeTV!" entre os candidatos à Presidência da República, previsto para ocorrer na sexta-feira. Condenado na Lava-Jato, Lula está preso em Curitiba. Em razão da condenação, ele também poderá ser barrado pela Lei da Ficha Limpa, mas, por enquanto, seu registro de candidatura ainda não foi analisado.


Sérgio Banhos lembrou que a prisão de Lula foi decidida pela Justiça Federal, que não integra a Justiça Eleitoral. Assim, não cabe a ele permitir que Lula saia da prisão para ir presencialmente ao debate, ou para autorizar a instalação de equipamentos na carceragem da Polícia Federal que tornassem possível a participação por videoconferência. Segundo Banhos, esses pedidos feitos pelo PT, se aceitos, significariam "indevida interferência da Justiça Eleitoral na esfera de competência do juiz da execução da pena".

O partido tinha pedido ainda, como uma última alternativa, que fossem autorizados vídeos pré-gravados de Lula para levar ao debate. Mas Banhos destacou que isso "seria incompatível até mesmo com a já conhecida dinâmica desses debates".

Os advogados de Lula alegaram que a condenação dele não é definitiva, uma vez que ainda cabem recursos aos tribunais superiores. Argumentaram também que "Lula goza de todos os direitos inerentes aos candidatos ao cargo de presidente da República, não podendo ser prejudicado no exercício de tais direitos, em razão da execução antecipada da pena, situação excepcional, e que tolhe sua liberdade de ir e vir".

Em janeiro deste ano, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), com sede em Porto Alegre, condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP). Em abril, ele começou a cumprir pena em Curitiba.


16/08/2018



quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Facebook retira do ar grupos e páginas de brasileiros por suspeita de comércio de curtidas e seguidores


Rede de 72 grupos, 50 contas e cinco páginas teria se envolvido na eleição do México e poderia reproduzir método no Brasil

Por O Globo

Logo do Facebook, em Washington
Karen Bleier/AFP/25-02-2013


RIO — O Facebook deletou, nesta quarta-feira, 72 grupos, 50 contas e cinco páginas mantidas por brasileiros na rede social após identificar evidências de que um grupo estava envolvido no comércio de curtidas e seguidores. Segundo a empresa, as contas foram derrubadas após uma investigação da Digital Forensic Research Lab, organização não-governamental que atua identificando “ameaças de abusos” e “campanhas de desinformação”, mostrar que o mesmo grupo participou de uma falsa ampliação de página políticas na eleição presidencial que ocorreu em julho, no México.


Durante uma investigação interna, o Facebook descobriu que a PCSD usou uma rede onde as pessoas podiam comprar e vender reações, seguidores e Páginas. Segundo a empresa, o grupo violou repetidas vezes os Padrões da Comunidade da rede social. As cinco páginas deletadas têm referências ao PCSD.

"Nós não permitimos um comportamento inautêntico coordenado e estamos banindo o PCSD de nossa plataforma."

Segundo o DFRLab, a rede teria potencial para reproduzir o que foi feito durante as eleições mexicanas nas eleições deste ano no Brasil. A organização e o Facebook dizem, no entanto, que não há nenhuma evidência de ligações políticas das páginas deletadas.

"Com a eleição no próprio Brasil, prevista para 7 de outubro, essa rede tem potencial para reproduzir suas operações no México muito mais perto de casa", afirma a DFRLab.

Em julho, o Facebook retirou do ar uma série de páginas e usuários que eram usados pelo movimento Movimento Brasil Livre (MBL) para disseminar conteúdo que incluia notícias falsas, como os perfis Jornalivre, Brasil 200 e O Diário Nacional. De acordo com a empresa, 196 páginas e 87 contas foram removidas com base no código de autenticidade da rede, porque "escondiam das pessoas a natureza e origem de seu conteúdo" e tinham o propósito de gerar "divisão e espalhar desinformação".

Essa não é a primeira ação da rede contra o MBL. Como revelado no início do ano pelo GLOBO, o Facebook já havia derrubado um aplicativo utilizado pelo movimento para disparar conteúdo automaticamente em centenas de páginas, mas essa foi a primeira vez que uma ação desse tamanho ocorreu no Brasil.

De com acordo com o Facebook a ação é parte de uma série de esforços da empresa para reprimir perfis enganosos antes das eleições de outubro. Como revelado pela Reuters, a rede de páginas era administrada por membros importantes do MBL, movimento que ganhou destaque por liderar protestos em 2016 a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff com um estilo agressivo de política online que ajudou a polarizar o debate no Brasil.



Apenas no primeiro trimestre deste ano, nós removemos 837 milhões de conteúdos de spam e derrubamos 583 milhões de contas falsas em todo o mundo – muito disso antes de qualquer denúncia da comunidade ao Facebook. Usando tecnologia como machine learninge inteligência artificial podemos detectar abusos da nossa plataforma e agir mais rapidamente.


15/08/2018