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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Facebook retira do ar grupos e páginas de brasileiros por suspeita de comércio de curtidas e seguidores


Rede de 72 grupos, 50 contas e cinco páginas teria se envolvido na eleição do México e poderia reproduzir método no Brasil

Por O Globo

Logo do Facebook, em Washington
Karen Bleier/AFP/25-02-2013


RIO — O Facebook deletou, nesta quarta-feira, 72 grupos, 50 contas e cinco páginas mantidas por brasileiros na rede social após identificar evidências de que um grupo estava envolvido no comércio de curtidas e seguidores. Segundo a empresa, as contas foram derrubadas após uma investigação da Digital Forensic Research Lab, organização não-governamental que atua identificando “ameaças de abusos” e “campanhas de desinformação”, mostrar que o mesmo grupo participou de uma falsa ampliação de página políticas na eleição presidencial que ocorreu em julho, no México.


Durante uma investigação interna, o Facebook descobriu que a PCSD usou uma rede onde as pessoas podiam comprar e vender reações, seguidores e Páginas. Segundo a empresa, o grupo violou repetidas vezes os Padrões da Comunidade da rede social. As cinco páginas deletadas têm referências ao PCSD.

"Nós não permitimos um comportamento inautêntico coordenado e estamos banindo o PCSD de nossa plataforma."

Segundo o DFRLab, a rede teria potencial para reproduzir o que foi feito durante as eleições mexicanas nas eleições deste ano no Brasil. A organização e o Facebook dizem, no entanto, que não há nenhuma evidência de ligações políticas das páginas deletadas.

"Com a eleição no próprio Brasil, prevista para 7 de outubro, essa rede tem potencial para reproduzir suas operações no México muito mais perto de casa", afirma a DFRLab.

Em julho, o Facebook retirou do ar uma série de páginas e usuários que eram usados pelo movimento Movimento Brasil Livre (MBL) para disseminar conteúdo que incluia notícias falsas, como os perfis Jornalivre, Brasil 200 e O Diário Nacional. De acordo com a empresa, 196 páginas e 87 contas foram removidas com base no código de autenticidade da rede, porque "escondiam das pessoas a natureza e origem de seu conteúdo" e tinham o propósito de gerar "divisão e espalhar desinformação".

Essa não é a primeira ação da rede contra o MBL. Como revelado no início do ano pelo GLOBO, o Facebook já havia derrubado um aplicativo utilizado pelo movimento para disparar conteúdo automaticamente em centenas de páginas, mas essa foi a primeira vez que uma ação desse tamanho ocorreu no Brasil.

De com acordo com o Facebook a ação é parte de uma série de esforços da empresa para reprimir perfis enganosos antes das eleições de outubro. Como revelado pela Reuters, a rede de páginas era administrada por membros importantes do MBL, movimento que ganhou destaque por liderar protestos em 2016 a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff com um estilo agressivo de política online que ajudou a polarizar o debate no Brasil.



Apenas no primeiro trimestre deste ano, nós removemos 837 milhões de conteúdos de spam e derrubamos 583 milhões de contas falsas em todo o mundo – muito disso antes de qualquer denúncia da comunidade ao Facebook. Usando tecnologia como machine learninge inteligência artificial podemos detectar abusos da nossa plataforma e agir mais rapidamente.


15/08/2018

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