Alguém viu o Zé por aí ?
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Lula já tem medo que a “moda pegue”. E se pegar pode sobrar para ele e seus aliados mais chegados.
Lula teme que prisão de Arruda e provável intervenção no governo do Detrito Federal atrapalhem seu governo
Por Jorge Serrão
Pouco importa se o motivo parece “justo e perfeito”, mas a inédita prisão preventiva do governador José Roberto Arruda, um grande amigo pessoal do chefão Lula da Silva, confirmou que o Brasil vive um “período de exceção”.
Lula não ficou preocupado apenas porque um tsunami atingiu o mar de lama do Detrito Federal. Ele sabe que a ação contra Arruda, “vinda de fora”, pretende atingi-lo indiretamente, no curto prazo.
Além disso, o risco de intervenção no desgoverno do DF afeta Lula – que também fica impedido de governar normalmente enquanto durar a excepcionalidade.
O espanto de Lula foi porque toda a operação, na Procuradoria Geral da República e no Superior Tribunal de Justiça aconteceu fora do controle da sua máquina nazipetralha – que agora corre o risco também ser vítima de “surpresa” semelhante.
No suposto regime democrático pós-Constituição de 1988, foi a primeira vez que um governador é afastado e preso no exercício do mandato.
Lula já tem medo que a “moda pegue”.
E se pegar pode sobrar para ele e seus aliados mais chegados.
E se pegar pode sobrar para ele e seus aliados mais chegados.
Eis o motivo pela qual Lula avaliou que a prisão do governador não será boa para o País nem para a política brasileira. Ontem, assim que soube da ordem do STJ para prender Arruda – que acabou se apresentando espontaneamente à Polícia Federal -, Lula recomendou todo cuidado para não expor seu amigo.
A ordem expressa foi dada ao novo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e ao diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Correa.
Agora, o temor maior e imediato de Lula é com a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal permitir a intervenção no governo do DF.
Considerado fora do controle do governo Lula, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foi ao Supremo Tribunal Federal pedindo a decretação de intervenção federal no governo Arruda.
O pedido só deve ser julgado no plenário do STF depois do carnaval. Se for aprovado, o STF requisitará a Lula para indicar um interventor para o Distrito Federal.
Arruda passou a noite na cadeia.
Os advogados de Arruda reclamam que o governador está sendo submetido a um "constrangimento ilegal" porque a decisão do Superior Tribunal de Justiça de mandar prendê-lo foi "açodada" e baseada "em uma investigação inconclusa".
Envolvido no escândalo de um suposto esquema de pagamentos de propinas a políticos, Arruda foi preso sob acusação de tentar subornar uma testemunha do escândalo do “Mensalão do DEM”.
A descrição do procurador-geral Roberto Gurgel foi uma terrível constatação de como funciona o Governo do Crime Organizado:
"Nós temos no Executivo uma verdadeira organização criminosa encastelada no governo da capital da República e com indícios fortíssimos de um esquema criminoso de apropriação e desvio de recursos públicos.
No Legislativo, temos uma Câmara Distrital em que grande parte dos parlamentares está envolvida neste mesmo esquema", acrescentou, ponderando que em seu pedido de intervenção não fez nenhuma menção contra o Judiciário local".
É de estarrecer. Veja-se a que ponto nós chegamos!
Responsável pela decisão que reteve José Roberto Arruda na prisão, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, informa:
Não há prazo pré-determinado para que o governador do DF seja posto em liberdade.
Em entrevista ao blog, o ministro disse que a detenção de Arruda “pode se projetar um pouco no tempo”.
Explicou que, quando a prisão é preventiva, “ela dura enquanto perdurar o quadro que motivou a sua decretação”.
No caso de Arruda, a prisão foi decretada para impedir que o governador continuasse a lançar mão de seu poder para atrapalhar as investigações.
Segundo Marco Aurélio, “é de estarrecer” o conjunto de evidências reunidas no processo que analisou. Entre elas, a tentativa de subornar uma testemunha.
Caberá ao STJ, explicou o ministro, definir em que momento a prisão de Arruda poderá ser relaxada, sem prejuízo do andamento do inquérito do panetonegate.
Marco Aurélio disse que o STF, quando submetido a recursos que questionam a duração de prisões preventivas, “tem sido muito flexível”.
Lembrou que a 1ª turma do Supremo manteve na prisão um suspeito detido havia dois anos. Disse ter votado contra. “Fui voto vencido”.
O ministro ponderou:
O ministro ponderou:
“É claro que não se pode perpetuar uma prisão preventiva. Há que se chegar a um prazo que se subordine aos critérios da razoabilidade e da proporcionalidade”.
Vai abaixo a entrevista do ministro:

Sérgio Lima/Folha
Estou convencido.
- Por quê?
O trabalho da Polícia Federal nesse caso foi muito bem feito. A peça subscrita pelo procurador-geral [da República, Roberto Gurgel] e pela doutora Raquel Dodge [subprocuradora-geral da República] está, também, muito bem articulada. Em síntese, as instituições estão funcionando. Isso é importantíssimo no Estado de direito.
- Daí a sua convicção?
Exato. Quando as instituições começam a funcionar e não se varre mais certas mazelas para debaixo do tapete, a tendência é avançarmos. As pessoas ficam mais atentas às regras estabelecidas. E isso inibe certas práticas.
- Jamais se havia mandado à prisão um governador no exercício do mandato. Acha positivo o precedente?
Esse precedente tem uma face muito ruim, que é o desgaste. Mas tem outra face positiva. Mostra que o Estado é de direito. Em casos como esse, cada qual tem que fazer a sua parte. Se queremos deixar um Brasil melhor para os nossos filhos, temos que agir. A apatia não pode ser um mal da época que vivemos.
- É correto dizer que seu despacho denota surpresa em relação ao conteúdo dos autos?
Procede essa impressão. Há o flagrante da corrupção de testemunha. Há também os depoimentos.
- Refere-se ao vídeo que registra o entrega de dinheiro a uma testemunha?
Exatamente. Estou falando da entrega de uma sacola com R$ 200 mil para o jornalista [Edson Sombra]. É de estarrecer. Veja-se a que ponto nós chegamos! O objetivo era exatamente o de tumultuar a investigação.
- O sr. fala em depoimentos. Eles corroboram a tese de envolvimento do governador Arruda?
Sim, sim. O próprio interlocutor [do jornalista Edson Sombra] apontou em depoimento que tudo estaria sendo feito sob a batuta do governador.
- Está falando da pessoa que entregou os R$ 200 mil ao jornalista?
Exato. Refiro-me a um senhor de sobrenome Bento [Antônio Bento da Silva, conselheiro da estatal que administra o metrô de Brasília, filmado pela PF no momento em que repassava o dinheiro a Edson Sombra].
- O sr. é visto como magistrado avesso à prisão de suspeitos antes da sentença de culpa definitiva. O que mudou nesse caso?
Nos julgamentos que se processam na turma de que faço parte no Supremo, se você pegar os precedentes julgados por mim, vai verificar que, quando há atos concretos tentando obstaculizar a sequência de inveetigações criminais, eu confirmo a prisão preventiva. Só não admito, como disse na própria decisão, a capacidade intuitiva. Imaginar-se que o investigado, por estar solto, pode vir a pressionar testemunhas, isso eu não admito. Agora, havendo ato concreto, todos os meus pronunciamentos tem sido nesse sentido de confirmar a prisão.
- No caso que envolve o governador, portanto, as evidências são sólidas.
Claro que sim. Houve a tentativa de corromper a testemunha e também de lograr-se um documento forjado, que seria uma falsa declaração, a falsidade ideológica.
- Por quanto tempo o governador pode ficar preso?
Quando a prisão é temporária, ela é implementada para que se possa investigar. Aí o prazo é de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Mas na prisão preventiva não vigoram esses prazos. Ela perdura enquanto perdurar o quadro que motivou a sua decretação.
- Pode demorar?
O Supremo tem sido inclusive muito flexível quanto ao excesso de prazo da prisão preventiva. Já tivemos caso na turma que eu integro de uma preventiva que vigorava há dois anos. E a turma, contra o meu voto, manteve o paciente na prisão. Fui voto vencido. Entendi que havia excesso no prazo.
- No caso do governador, a prisão pode ser longeva?
Ela pode se projetar um pouco no tempo. Isso vai depender da avaliação do relator do processo, o ministro Fernando Gonçalves [do STJ]. A qualquer momento, o STJ poderá relaxar essa prisão, levando a decisão, evidentemente, à Corte Especial [do STJ, que aprovou por nove votos a dois a prisão de Arruda].
- Não há, portanto, prazos pré-determinados.
Nesse caso, ainda em fase de inquérito, não. Mas é claro que também não se pode perpetuar uma prisão preventiva. Há que se chegar a um prazo que se subordine aos critérios da razoabilidade e da proporcionalidade.
- Receia que sua decisão possa vir a ser cassada, mediante recurso dos advogados do governador?
Não receio. Pode ser que eles resolvam impetrar um mandado de segurança contra o meu ato. Nesse caso, presumo, evidentemente, que será seguido o rito normal. Não estamos em recesso, mas em feriado. Eu me encontro em Brasília. O certo é que eventual pedido de reconsideração seja dirigido a mim.
13/02/2010
Patético...
MAIS ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES DE LULA AO APURO RETÓRICO NACIONAL
Abaixo, alguns trechos de falas presidenciais extraídos do Dicionário Lula, de Ali Kamel.
Agora entendo o que Marilena Chaui quis dizer numa entrevista ao afirmar que, quando Lula fala, o mundo se ilumina.
MERDA
Ou ao defender seu programa de saneamento básico:
Pense num “cabra” [o próprio Lula] que, um dia, saiu dessa rua Auriverde e foi morar na rua Verão, numa casa nova, com cheiro de tinta, em junho de 1963. E, em janeiro de 1964, acordou à meia-noite, com rato disputando espaço com barata, com merda boiando na ponta do nariz, com água batendo no colchão, e teve que se levantar à noite para levantar o colchão, para levantar a mãe, para tirar as irmãs. (12/7/07, Recife - PE. Lançamento do PAC nas áreas de saneamento e urbanização no estado de Pernambuco)
Ao defender o Programa de Aceleração do Crescimento:
Só é contra quem não sabe o que é carregar uma lata d’água na cabeça por quatro ou cinco léguas. Só é contra quem não sabe o que é pegar um pote d’água cheio de barro, de merda de animal, de caramujo, levar para dentro de casa, colocar para assentar e ficar tomando aquela água barrenta cheia de caramujo para pegar doença, para apodrecer os dentes, para pegar verminose. Então, quem tem água Perrier na geladeira pode até ser contra. (27/7/07, Natal - RN. Lançamento do PAC Saneamento e Urbanização no estado do Rio Grande do Norte)
COCÔ
Ou ao defender a transposição das águas do São Francisco:
Vou fazer porque sei o que é ir buscar água num açude e ficar separando cocô da água - cocô de cavalo, cocô de cabrito - para pegar água numa canequinha, colocar num pote, deixar assentar, para depois, no dia seguinte, tomar um metro de barro dentro da água com caramujo. Eu sei, porque eu já bebi; sei porque já fui buscar água em açude. (11/2/05, Caruaru - PE. Inauguração da Clínica Asa Branca, do Programa Brasil Sorridente)
FEZES
Ao defender a criação do Fundo de Habitação Social:Eu li um livro muito importante chamado Geografia da Fome, um livro produzido pelo Josué de Castro em 1946, se não me falha a memória, em que ele descreve a vida do cidadão que mora na palafita, em que ele comia as próprias fezes porque fazia um buraco, criava o caranguejo, defecava ali, o caranguejo comia e ele comia o caranguejo, a história é mais ou menos essa. (23/3/06, Brasília - DF. 16.ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social - CDES)
FEDENTINA, ESGOTO
Ao defender o seu programa de obras para baixa renda:
Quero dizer para vocês que essas obras que nós estamos aqui assinando contrato com o Governo e com a prefeitura certamente são o início da mudança da cara da periferia de Fortaleza. As mulheres pobres deste país não são obrigadas a levantarem todo dia, abrirem a porta e cheirar uma fedentina de esgoto a céu aberto de rios podres na frente das suas casas. (28/2/08, Fortaleza - CE. Assinatura de atos de saneamento e habitação do PAC)
RATOS, BARATAS
Ou ao defender o seu programa de combate à fome:
Eu me lembro de que, uma vez, no sindicato, nós denunciamos que os trabalhadores comiam rato na favela do Alves Dias. Foi um escândalo. A pessoa lia o jornal e achava que a gente era xiita: “Onde já se viu dizer que as pessoas comem rato?” E comiam. Em Quipapá, Pernambuco, quando fui pela primeira vez, com Jarbas Vasconcelos [governador de Pernambuco], Marcos Freire [político pernambucano, já falecido] e Cristina Tavares [política pernambucana, já falecida], entramos numa casa que tinha uma família comendo rato. E não era preá, era rato mesmo. (25/3/03, Brasília - DF. Discurso no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Consea)
Ou ao defender a necessidade de investimentos nas regiões metropolitanas:
Então nós resolvemos, em vez de espalhar o dinheiro por todo o território nacional, centrar o dinheiro nas grandes cidades brasileiras, que é onde tem os maiores problemas, tem mais criminalidade, tem mais tráfico de droga, tem mais gente apinhada, às vezes crianças repartindo três metros quadrados com rato, com barata e com esgoto a céu aberto. (21/6/07, Belo Horizonte - MG. Visita às obras do projeto Vila Viva Aglomerado da Serra)
SARNA, PIOLHO
Ao defender a recriação da Sudene:
A Sudene que durante muito tempo foi responsável por 60% de todo o ICMS arrecadado no Nordeste brasileiro. E ela deixou de cumprir as suas funções para com o Nordeste quando os governantes deixaram de cumprir as suas funções com o Nordeste. Porque não é possível que uma mãe descubra que uma criança está com sarna ou com piolho e resolva jogar a criança fora, junto com a água. (30/4/08, Brasília - DF. Lançamento da carteira de trabalho informatizada e do Cartão de Identificação do Trabalhador)
BUNDA
Ao defender a criação de escolas técnicas:
O formado tem facilidade de arrumar emprego e tem facilidade de ganhar um salário melhor. O não formado bota a carteira no bolso da bunda, anda dias e meses atrás de um emprego e ninguém pega o emprego, e quando pega é para ganhar um salário mínimo ou, às vezes, só arruma emprego terceirizado. (9/5/08, Ilhéus - BA. Lançamento do Plano de Aceleração do Desenvolvimento e de Diversificação Agrícola na Região Cacaueira do estado da Bahia)
ÚTERO PERFURADO
Ao defender a atenção do Estado para o drama de adolescentes grávidas:
Eu conheço casos de meninas que perfuraram o útero com agulha de fazer tricô. Eu conheço casos, na Bahia e em outros estados do Nordeste, em que meninas colhiam fuligens no fogão de lenha, achando que aquilo poderia resolver o problema da sua gravidez. (7/5/07, Brasília - DF. Entrevista à Rede Católica de Rádio, no Palácio do Planalto)
Ao defender seu programa habitacional:
Quem mora numa grande cidade ou numa cidade média, fora do mangue, simplesmente não conhece o que é uma palafita. Mas eu já vi mulher com uma estaca de pau grudada na costela, que perfurou o seu útero e matou o seu filho. É o tipo de moradia mais degradante que pode existir. (11/3/03, Brasília - DF. Encontro com prefeitos - VI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios)
PONTO G
Ao falar de um possível acordo com George Bush em relação à rodada de Doha:
Nós já conversamos muito sobre a rodada de Doha ao longo desses últimos meses e nós estamos andando com muita solidez para encontrar a possibilidade, com o chamado ponto G, de fazer um acordo. (9/3/07, São Paulo - SP. Declaração à imprensa após almoço de trabalho sobre biocombustível com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush)
sábado, 13 de fevereiro de 2010 

Lula: Qual daqueles presidentes já viveu no meio da merda, comeu junto com os ratos e no meio do esgoto?",
por Aluizio Amorim
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva arrancou risos da plateia durante discurso nesta sexta-feira (12) ao dizer que o "Brasil é o país mais preparado do mundo para encontrar o ponto G". Segundo ele, o país é chamado para todos os "Gs" do mundo. "O Brasil faz parte do G20, do G7, do G8, G3. Enfim, qualquer G que fizerem tem que chamar o Brasil.
Somos o país mais preparado do mundo para encontrar o ponto G", discursou Lula durante a inauguração da Barragem João Leite, em Goiás. Ao falar da influência do Brasil no exterior, Lula voltou a falar que os brasileiros não podem se sentir inferiores em relação às pessoas de outra nacionalidade e citou seu exemplo.
"Qual daqueles presidentes [dos organismos internacionais] já viveu no meio da merda, comeu junto com os ratos e no meio do esgoto?", disse.
TCU
Nos últimos meses, o TCU tem aumentado sua fiscalização sobre os programas do governo, em especial ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e orientado a paralisação de algumas obras. Lula e ministros do governo reclamam da atuação do tribunal.
Comentário de Aluizio Amorim:
Lula disse que já viveu no meio da merda e que comeu com os ratos no meio do esgoto. Meia verdade. Lula continua comendo com os ratos no meio do esgoto em que transformou o Brasil.
Lula é o mais bem acabado emblema do esgotão denominado Brasil. Nunca antes na história deste país se viu uma autoridade sem o mínimo de respeito e educação.
Não só condeno a deletéria política de Lula. Tenho asco e nojo e, sobretudo, vergonha da desgraça que foi nascer no Brasil.
Argh!
Os colegas de Arruda deveriam estar numa cela. Estão no palanque.
A prisão de Arruda melhorou o Carnaval que seria perfeito com os mensaleiros na cela ao lado
Por Augusto Nunes
A agenda do homem público José Roberto Arruda foi atropelada pelo prontuário do delinquente José Roberto Arruda.
Governador do Distrito Federal desde 2006, já deveria estar no Rio nesta sexta-feira, pronto para brilhar na Marquês de Sapucaí.
Criminoso irrecuperável desde o berçário, cancelou passagens aéreas e reservas no hotel para hospedar-se involuntariamente na Polícia Federal. Em vez de desfrutar das noites cariocas, vai pensar na vida durante as madrugadas na cadeia.
Para os brasileiros honestos, a prisão de um corrupto da classe executiva é mais animadora que qualquer samba-enredo. Pelo menos não serão afrontados pelo sorriso do bandido no camarote, pago com dinheiro público, assistindo à passagem da Beija-Flor, que escolheu o 50° aniversário deBrasília como tema do enredo para que o governo pilantra pagasse a conta da festa.
É cedo, contudo, para festejar o fim da impunidade dos meliantes da primeira classe.
O primeiro pedido de habeas corpus foi rejeitado pelo ministro Marco Aurélio de Mello. Mas outros virão. E mesmo o mais delirante dos otimistas sabe que Arruda estará em liberdade antes da Sexta-Feira Santa.
Em países civilizados, o chefe da Turma do Panetone aprenderia o que acontece a quem rouba com a desfaçatez, a gula, e o cinismo documentados pelos vídeos inverossímeis.
Se fosse julgado por um tribunal americano, por exemplo, Arruda só voltaria a brincar no Carnaval num clube da terceira idade. Como isto aqui é o Brasil, expressões como “direito à ampla defesa” e “devido processo legal” prevalecem sobre o dever de impedir que criminosos exerçam o direito de ir e vir para dedicar-se à obstrução da Justiça, ao sumiço de provas e à intimidação de testemunhas.
É o que Arruda vinha fazendo desde a divulgação das gravações cafajestes ─ e voltará a fazer depois da escala na cadeia, só que menos ostensivamente.
Foi preso não por corrupção, mas por ansiedade.
Deveria ter esperado que os vídeos caíssem no buraco negro da desmemória brasileira para tentar subornar uma testemunha.
Mesmo para os padrões do Judiciário, foi demais.
Ironicamente, a primeira prisão de um governador corrupto, ao escancarar a solidão de Arruda na paisagem absurdamente despovoada de colegas de profissão, transformou-se numa prova contundente de que o Brasil não prende ladrões com bons advogados e amigos influentes.
Larápios infestam os três Poderes, a procissão de escândalos não para, falta espaço aos jornais para tantos patifes.
Mas só Arruda está na gaiola.
“A prisão do Arruda deve ser servir de exemplo”, disse Lula nesta sexta-feira.
“É um absurdo a gente constatar que, em pleno século 21, isso ainda acontece no Brasil”.
O Padroeiro dos Pecadores Companheiros tem tanto compromisso com a seriedade quanto um vadio profissional com o trabalho. Não lhe basta afrontar o país que presta com a absolvição liminar dos cafajestes amigos, com a mão estendida aJosé Sarney , com o tratamento de comparsas dispensado aos mensaleiros.
A declaração desta sexta-feira não rima com as anteriores.
“As imagens não falam por si”, resolveu Lula depois de confrontado com gatunos enfiando montes de cédulas nos bolsos, nas meias e na cueca.
Como não conseguiu livrar do camburão outro patife de estimação, o presidente faz de conta que a corrupção no Brasil foi inaugurada por Arruda.
Os cofres públicos nunca foram assaltados com tanta cupidez quanto nos últimos sete anos. Lula não conseguiu enxergar nenhum ladrão. Acaba de ver o primeiro.
Parece ficção.
Uma peça de ficção tão obscena quanto a reação da companheirada que topa qualquer safadeza porque os fins justificam os meios.
”Não vai falar do Arruda?”, excitam-se as patrulhas petistas, como se homens de bem pudessem ser indulgentes com um fora-da-lei só por não estar homiziado no PT.
Como são assim, os patrulheiros precisam acreditar que todos sejam. Aqui se disse do governador do DF. desde o primeiro vídeo, o que se diz agora: merece cadeia.
O rebanho dos devotos de Lula dividem o mundo em branco e preto.
Quem apoia o chefe está certo, mesmo que seja um Sarney.
Quem não apoia está, além de errado, vinculado a todos os não-companheiros.
Fanáticos não conseguem admitir a existência de gente simplesmente honesta, pronta para exigir a punição de quem não é ─ pouco importa o nome do bandido, pouco importa a filiação partidária.
Sem Arruda na rua, o Carnaval ficou mais animado.
Ficaria muito melhor se a população carcerária fosse engrossada também pelos 40 companheiros da organização criminosa sofisticada chefiada por José Dirceu.
Se fossem eternizadas em vídeo, as cenas que exibem pais-da-pátria carregando malas da grife Marcos Valério, líderes da base alugada dividindo o produto do roubo, quantias astronômicas pousando em bancos na Suíca e outros lances pornográficos lembrariam, comparadas à chanchada da Turma do Panetone, um épico hollyoodiano.
Enquanto o escândalo do mensalão se arrasta no Supremo Tribunal Federal, os quadrilheiros desmascarados em 2005 saboreiam a liberdade imerecida.
Alguns estão de volta à direção do PT e cuidam da campanha de Dilma Rousseff.
São aplaudidos pelas mesmas matilhas que pedem a forca para o governador que, perto da turma do mensalão, fica com cara de punguista aprendiz.
Os colegas de Arruda deveriam estar numa cela.
Estão no palanque.
Governador do Distrito Federal desde 2006, já deveria estar no Rio nesta sexta-feira, pronto para brilhar na Marquês de Sapucaí.
Criminoso irrecuperável desde o berçário, cancelou passagens aéreas e reservas no hotel para hospedar-se involuntariamente na Polícia Federal. Em vez de desfrutar das noites cariocas, vai pensar na vida durante as madrugadas na cadeia.
Para os brasileiros honestos, a prisão de um corrupto da classe executiva é mais animadora que qualquer samba-enredo. Pelo menos não serão afrontados pelo sorriso do bandido no camarote, pago com dinheiro público, assistindo à passagem da Beija-Flor, que escolheu o 50° aniversário de
É cedo, contudo, para festejar o fim da impunidade dos meliantes da primeira classe.
O primeiro pedido de habeas corpus foi rejeitado pelo ministro Marco Aurélio de Mello. Mas outros virão. E mesmo o mais delirante dos otimistas sabe que Arruda estará em liberdade antes da Sexta-Feira Santa.
Em países civilizados, o chefe da Turma do Panetone aprenderia o que acontece a quem rouba com a desfaçatez, a gula, e o cinismo documentados pelos vídeos inverossímeis.
Se fosse julgado por um tribunal americano, por exemplo, Arruda só voltaria a brincar no Carnaval num clube da terceira idade. Como isto aqui é o Brasil, expressões como “direito à ampla defesa” e “devido processo legal” prevalecem sobre o dever de impedir que criminosos exerçam o direito de ir e vir para dedicar-se à obstrução da Justiça, ao sumiço de provas e à intimidação de testemunhas.
É o que Arruda vinha fazendo desde a divulgação das gravações cafajestes ─ e voltará a fazer depois da escala na cadeia, só que menos ostensivamente.
Foi preso não por corrupção, mas por ansiedade.
Deveria ter esperado que os vídeos caíssem no buraco negro da desmemória brasileira para tentar subornar uma testemunha.
Mesmo para os padrões do Judiciário, foi demais.
Larápios infestam os três Poderes, a procissão de escândalos não para, falta espaço aos jornais para tantos patifes.
Mas só Arruda está na gaiola.
“A prisão do Arruda deve ser servir de exemplo”, disse Lula nesta sexta-feira.
“É um absurdo a gente constatar que, em pleno século 21, isso ainda acontece no Brasil”.
O Padroeiro dos Pecadores Companheiros tem tanto compromisso com a seriedade quanto um vadio profissional com o trabalho. Não lhe basta afrontar o país que presta com a absolvição liminar dos cafajestes amigos, com a mão estendida a
A declaração desta sexta-feira não rima com as anteriores.
“As imagens não falam por si”, resolveu Lula depois de confrontado com gatunos enfiando montes de cédulas nos bolsos, nas meias e na cueca.
Como não conseguiu livrar do camburão outro patife de estimação, o presidente faz de conta que a corrupção no Brasil foi inaugurada por Arruda.
Os cofres públicos nunca foram assaltados com tanta cupidez quanto nos últimos sete anos. Lula não conseguiu enxergar nenhum ladrão. Acaba de ver o primeiro.
Parece ficção.
Uma peça de ficção tão obscena quanto a reação da companheirada que topa qualquer safadeza porque os fins justificam os meios.
”Não vai falar do Arruda?”, excitam-se as patrulhas petistas, como se homens de bem pudessem ser indulgentes com um fora-da-lei só por não estar homiziado no PT.
Como são assim, os patrulheiros precisam acreditar que todos sejam. Aqui se disse do governador do DF. desde o primeiro vídeo, o que se diz agora: merece cadeia.
O rebanho dos devotos de Lula dividem o mundo em branco e preto.
Quem apoia o chefe está certo, mesmo que seja um Sarney.
Quem não apoia está, além de errado, vinculado a todos os não-companheiros.
Fanáticos não conseguem admitir a existência de gente simplesmente honesta, pronta para exigir a punição de quem não é ─ pouco importa o nome do bandido, pouco importa a filiação partidária.
Sem Arruda na rua, o Carnaval ficou mais animado.
Ficaria muito melhor se a população carcerária fosse engrossada também pelos 40 companheiros da organização criminosa sofisticada chefiada por José Dirceu.
Se fossem eternizadas em vídeo, as cenas que exibem pais-da-pátria carregando malas da grife Marcos Valério, líderes da base alugada dividindo o produto do roubo, quantias astronômicas pousando em bancos na Suíca e outros lances pornográficos lembrariam, comparadas à chanchada da Turma do Panetone, um épico hollyoodiano.
Enquanto o escândalo do mensalão se arrasta no Supremo Tribunal Federal, os quadrilheiros desmascarados em 2005 saboreiam a liberdade imerecida.
Alguns estão de volta à direção do PT e cuidam da campanha de Dilma Rousseff.
São aplaudidos pelas mesmas matilhas que pedem a forca para o governador que, perto da turma do mensalão, fica com cara de punguista aprendiz.
Os colegas de Arruda deveriam estar numa cela.
Estão no palanque.
12 de fevereiro de 2010
Este é um Senhor Nada que passará à história como um vilão a mais.
De Luciano Fernando Delakaye, comentarista de notícias do El Nuevo Herald, sobre retaliações econômicas contra os Estados Unidos, anunciadas hoje por Lula:
É gordo e de pernas curtas.
Recordo aquela vez quando abraçou nosso bravo ex-presidente George W. Bush. Cínico, em suas costas vi as asas do abutre. Em seu olhar gelado e hipócrita, em seu passo, só vi baixezas escondidas.
Sua mente é anã, tapando com véus as ditaduras às quais tem apoiado sempre. Em sua presidência teve que aceitar a mesa econômica que lhe serviu outro presidente: o liberalismo do capital.
Digam-me, vocês brasileiros, se este senhor tivesse trabalhado com políticas monopolistas no Brasil, o que aconteceria?
Primeiro, não conseguiria, segundo, essa nação, a estas alturas, necessitaria três muletas para sobreviver. Essa é a derrota política de Lula. No mais, as mesquinhas sombras das suas obras têm bloqueado a transparência da democracia na América Latina.
Apoiando, degeneradamente, a ditadura de Cuba, confabulando-se com Chávez para introduzir o totalitarismo em Honduras, violando protocolos internacionais de maquiavélicas formas. Se esperava Zelaya na ONU, enquanto ele e Chávez conspiravam para trair a Constituição e o território de Honduras. Essa é uma das baixezas maiores de Inácio Lula da Silva.
No caminho de Long Branch em Nova Jersey existe uma granja onde existem muitos porcos. Tem um que quando olho, um porco marrom com pintas brancas, acho completamente parecido com ele.
Se verão as repercussões no futuro, da pirataria de uma lei confusa que rouba patentes e direitos e viola o espaço das entidades. Os Estados Unidos deverão tomar ações profundas. O ódio deste homem à nossa maneira de viver, aos destinos de nossa democracia, não tem precedente.Quando ele criticou os desamandos de Chávez, sua falta de respeito ao Tribunal Supremo, suas confabulações com narcoterroristas e guerrilheiros sequestradores?
Quando Lula se levantou com atitude moral para defender os destinos da América Latina?
Este é um Senhor Nada que passará à história como um vilão a mais. Este inimigo da verdadeira democracia do homem, para mim, não representará nada no futuro.
Ele pertence ao caminho destas porcarias que são Daniel Ortega, Evo Morales, Rafael Correa, o néscio venezuelano Chavez, e o abutre contaminante de Cuba, Fidel Castro Ruiz.
Estas são as apóstemas cheias de vilania e maldade que têm sobrevivido com o mandamento da mentira em nosso hemisfério, junto com a conspiradora OEA e o silêncio discreto do réptil de duas cabeças, o chileno Miguel Insulza.
Foi desta porcaria que a Europa se enamorou, como um semi-deus. Certa vez, nesta mesma Europa, na França, foi exposto um retrato enorme de outro Messias maligno, Fidel Castro, com um Rolex em seu pulso.
Hoje ele é uma múmia esquecida, depreciada e castigada pela maioria dos europeus por seus crimes, seus complôs com terroristas, por suas promessas descumpridas, pela sua falta de palavra ante às organizações internacionais, por sempre querer cumprir com a mentira de Lênin.
Para este apóstolo da mentira que tem desrespeitado as liberdades civis, políticas e os direitos humanos, onde está a crítica de Inácio Lula da Silva?
Deste, Lula é amigo.
E a cada dia se aproxima mais dos traidores prostíbulos destes tempos em nossa Humanidade. Hoje, cerceio Lula destruindo sua hipocrisia.
Ideologia: "Nunca subestimem a estupidez humana" Tente Caracas, senhor "Lost Garcia"
Na ilha de Lost
Tente Caracas, senhor "Lost Garcia"
Tente Caracas, senhor "Lost Garcia"
O ideólogo petista, assessor de Lula e coordenador do programa da candidata Dilma Rousseff, tem medo de navios de guerra americanos e de TV a cabo, mas é fã de uma ilha tropical parada no tempo – que não é a do seriado
Jerônimo Teixeira
e Marcelo Marthe
e Marcelo Marthe
Montagem com fotos de Andre Dusek/AE e Divulgação

HAJA GRAMSCI...
Na montagem, Marco Aurélio Garcia e o elenco do seriado Lost:
"Nunca subestimem a estupidez humana"
"Nunca subestimem a estupidez humana"
No seriado Lost, sobreviventes da queda de um avião descobrem-se em uma ilha esquisita, onde o próprio tempo parece ter parado. Assessor especial da Presidência e coordenador do programa de governo da ministra Dilma Rousseff, Marco Aurélio Garcia habita um mundo semelhante.
Seu relógio ideológico parou lá pelos anos 70, quando críticos culturais esquerdistas denunciavam a suposta pregação capitalista de programas de TV americanos como Vila Sésamo ou das páginas do Pato Donald.
Num discurso na sede do PT em Brasília, no sábado 6, Garcia acusou a ameaça aos interesses do Brasil representada pelos pouco mais de cinquenta canais por assinatura que exibem produções estrangeiras.
"Os canais de televisão a cabo realizam, de forma indolor, um processo de dominação muito eficiente.
Despejam esterco cultural", afirmou o ideólogo petista.
"Garcia precisa atualizar seu arsenal teórico. A última vez que eu ouvi essa bobagem falada a sério foi na década de 70", diz o sociólogo Demétrio Magnoli, que identifica duas matrizes para a paranoia do "imperialismo cultural".
A primeira viria do líder bolchevique Vladimir Lenin, que falava do imperialismo como um "estado avançado do capitalismo", no qual as disputas entre nações reproduziriam em escala internacional a luta de classes.
A contribuição mais recente viria do marxista francês Louis Althusser, influente nos anos 60 e 70, que caracterizava o estado e as instituições públicas e privadas de comunicação como um sistema coordenado de dominação cultural.
Suas teorias foram diluídas em um libelo que já foi popular em faculdades de comunicação: Para Ler o Pato Donald, lançado em 1971 pelo chileno Ariel Dorfman e pelo belga Armand Mattelart.
Agora as esquerdas seguem a cartilha de esterilização cultural proposta pelo italiano Antonio Gramsci, um revolucionário comunista que ordenou à militância que trocasse as armas pelo lento, silencioso e constante envenenamento do manancial de ideias livres da nação que se tenta subjugar.
A luta gramsciana não é travada contra as ideias passadas por produções culturais de gosto duvidoso ou de baixa qualidade.
Não.
A luta é contra ideias que fujam do controle do partido.
Isso explica a raiva de "Lost Garcia" contra a TV a cabo, pois nem nos Estados Unidos a televisão é um veículo de propaganda do capitalismo.
Criativa, plural, independente, a produção de televisão americana em seus melhores momentos faz a demolição constante e impiedosa de tudo o que "Lost Garcia" odeia, como bem sabe quem já assistiu a Os Sopranos ou Os Simpsons (que, apesar de seu claro alinhamento com a esquerda, já foi censurado na Venezuela de Hugo Chávez, patrono espiritual de Garcia).
Qualificá-la em bloco como "esterco cultural" revelaria preconceito e desinformação – mas é apenas cálculo político. Está-se diante da tentativa de abrir uma nova frente de combate no objetivo marxista permanente de dominação, controle e vigilância da mente dos brasileiros.
Essa ideia fixa petista vem sendo tentada de diversas maneiras há sete anos – sempre rechaçada pelas pessoas bem-intencionadas de todos os matizes ideológicos.
Agora se tenta via controle da TV a cabo.
Se não funcionar – e tudo indica que não vai funcionar –, um novo ataque virá com o objetivo de esterilizar outro quadrante da atividade pensante.
O certo é que virá.
Sem a supressão da capacidade de indignação, do poder de crítica e da liberdade de expressão, o projeto bolivariano chavista não tem como avançar.
Tente Caracas, senhor "Lost Garcia".
Na Veja
FHC: "nem paz, nem amor": Se o PT quiser ir para o pau, nós vamos para o pau"
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso inaugura o estilo
"nem paz, nem amor": diz que topa "ir para o pau" com o PT, chama Dilma Rousseff de "autoritária" e impõe ao PSDB a defesa de seu legado na disputa presidencial deste ano
"nem paz, nem amor": diz que topa "ir para o pau" com o PT, chama Dilma Rousseff de "autoritária" e impõe ao PSDB a defesa de seu legado na disputa presidencial deste ano
Fábio Portela
Valeria Gonçalvez/AE

"O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades.
Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos."
Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos."
"A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês...).
Por que seríamos o inimigo principal?
Porque podemos ganhar as eleições."
"Dilma não é líder.
É reflexo de um líder."
Porque podemos ganhar as eleições."
"Dilma não é líder.
É reflexo de um líder."
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República (PSDB)
Há quem o ame e quem o odeie. Mas uma coisa é indiscutível: no mundo da política, ninguém fica indiferente a ele. Quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fala, os outros escutam. Foi o que ocorreu na semana passada, quando FHC assinou em sua coluna quinzenal no jornal O Estado de S. Paulo um artigo intitulado "Sem medo do passado".
Com o texto, ele entrou de vez na campanha eleitoral – e, pelo visto, não sairá dela tão cedo. Em dois movimentos, fez o que a oposição foi incapaz de fazer nos últimos sete anos: enfrentou duramente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusando-o de "enunciar inverdades" e "distorcer" fatos para inflar as realizações do PT, e defendeu vigorosamente as conquistas econômicas e sociais do seu próprio governo (1995-2002), enfileirando estatísticas que revelam que o desempenho dos tucanos no poder foi muito mais positivo do que tenta fazer crer a propaganda oficial.
FHC entrou nessa briga depois de o Palácio do Planalto alardear que tentaria reduzir a eleição a um processo plebiscitário, orientado a partir da comparação do governo dele com o de Lula.
"O PT fica ameaçando o tempo todo comparar os governos, como se isso amedrontasse o PSDB. Isso é conversa. Com o artigo, mostrei ao nosso pessoal que é possível defender o que foi feito com toda a tranquilidade. Temos resultados para mostrar. Se o PT quiser ir para o pau, nós vamos para o pau", diz Fernando Henrique.
O discurso belicoso do ex-presidente elevou o moral da tropa.
Tucanos que andavam ressabiados diante do crescimento nas pesquisas da candidata do PT, Dilma Rousseff, voltaram a bater as asas, e FHC passou a semana recebendo telefonemas de congratulações.
"O presidente Fernando Henrique colocou em brios pessoas que ajudaram a transformar o país durante seu mandato. Parecia que a gente estava com vergonha de afirmar o legado do PSDB só porque o Lula está bem nas pesquisas. Isso não tem sentido", diz Arthur Virgílio, líder tucano no Senado.
Até o governador de São Paulo, José Serra, candidato do partido à Presidência, enviou a FHC um e-mail dizendo que ele havia sido "muito feliz" nas suas considerações.
Fernando Henrique se animou.
Afinal de contas, nas duas últimas campanhas presidenciais, o PSDB parecia tentar esconder o governo dele – que, se cometeu alguns erros, colecionou acertos em número muito superior.
FHC, então, decidiu aumentar o bombardeio ao inimigo.
Em São Paulo, disse que a ministra Dilma não é boa candidata por não ser, sequer, uma líder. Ao jornal americano Miami Herald, classificou-a de "autoritária" e "dogmática" e acres-centou que ela poderá se aproximar do venezuelano Hugo Chávez caso vença a eleição.
Os petistas estrilaram com a saraivada, mas sua candidata, desacostumada de sofrer ta-manho bombardeio, limitou-se a dizer que se orgulha do governo ao qual pertence e que seu líder é o presidente Lula.
Dida Sampaio/AE

"Nós temos orgulho do nosso governo e temos orgulho do líder que nos lidera neste governo, que é o presidente Lula."
Dilma Rousseff, pré-candidata a presidente (PT)
A nova fase "nem paz, nem amor" de FHC anima a militância, mas embute dois riscos para o PSDB.
O primeiro é que as críticas do ex-presidente acabem, involuntariamente, aumentando a estatura política de Dilma. Por esse raciocínio, FHC deveria se confrontar apenas com Lula, que ocupa o cargo que já foi dele um dia – e não com Dilma, figura comparativamente menor, que jamais recebeu um voto na vida.
O segundo risco é que, se o PSDB entrar na campanha determinado a comparar exaustivamente os resultados dos governos anteriores, estará desperdiçando um tempo precioso.
Mais importante do que falar sobre o passado, é discutir o futuro.
O Brasil precisa debater o que o próximo presidente da República vai fazer – e não comparar o trabalho dos que já passaram. Essa armadilha preocupa alguns tucanos, mas FHC é o primeiro a dizer que a defesa de seu governo não deve ser, nem de longe, prioridade de campanha: "Entrei nessa discussão para dar um basta às ameaças do PT.
Não podemos ter receio de fazer comparações, mas é óbvio que a campanha do PSDB não é essa.
Seria um erro eleitoral ficar discutindo o passado.
Temos de olhar para a frente e discutir o que o Serra e Dilma podem oferecer ao país.
É aí que vamos ganhar a eleição".
OPOSIÇÃO NECESSÁRIA

OPOSIÇÃO NECESSÁRIA
Maria Lucia Victor Barbosa
Nos totalitarismos ou nas ditaduras, naturalmente oposições inexistem, pois são características dos regimes democráticos.
Segundo C. J. Friedrich e Z. Brzezinski (Totalitarian Dictatorship and Autocracy) o totalitarismo pode ser definido por seis critérios:
“ideologia imposta,
partido único,
terror exercido por política secreta,
monopólio das comunicações,
monopólio das armas,
centralização da economia”.

O totalitarismo se encarrega totalmente do indivíduo e abole as fronteiras entre o político e o social.
Ditadura é considerada geralmente como sinônimo de totalitarismo, pois significa o poder absoluto de um homem ou de um grupo que concentra em si todos os poderes.

Para explicar melhor, Hitler reinava sobre toda a sociedade, Getúlio Vargas sobre o Estado.
A tentação totalitária ou ditatorial sempre existe no exercício da autoridade e isso aparece na análise clássica dos autores liberais como Locke e Montesquieu, sendo que este escreveu no O Espírito das Leis:
“Qualquer homem que dispõe de poder é levado a abusar desse poder; irá até onde encontrar limites”.
Justamente nos regimes democráticos é que se encontram esses limites, na medida em que a democracia pressupõe, além da igualdade de oportunidades, a rotatividade de poder através de eleições livres;
o multipartidarismo;
as liberdades políticas e sociais;
a oposição dos grupos de interesse e de pressão;
a oposição partidária ao governo que pode compor-se de coalizões;
o componente normativo que chamamos de Constituição, lembrando que só através das leis é possível coibir excessos dos governantes e dos cidadãos.
Hoje vemos curiosos sistemas que simulam democracias pelo fato de neles haver eleições. É o caso da Venezuela, onde uma constituição feita por Hugo Chávez à sua imagem e semelhança o torna ditador de fato, apesar de ter sido eleito. Chávez pode-se dizer, instalou no seu país uma democradura.
Quanto a Mahmoud Amadinejad, tornou-se presidente do Irã através de eleições fraudadas e preside uma teocradura, na qual opositores são presos, torturados e mortos.
Este perigoso déspota tem contra si quase o mundo inteiro, menos alguns países, entre eles o Brasil que dá todo apoio ao plano do persa de obter a bomba atômica.
Só falta Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim dizerem que Ahmadinejad almeja destruir o planeta com fins pacíficos. De todo modo, regimes antidemocráticos acabam acumulando erros e falhas de gestão por não aceitarem ser esclarecidos pela crítica livre e criativa.
No Brasil se pode notar uma nítida tendência ditatorial ou autoritária do governo, bem expressa recentemente no Programa de Direitos Humanos elaborado por ministros de Lula da Silva, e que foi transformada em decreto devidamente assinado pelo presidente.
Entre outras coisas, esse esboço de Constituição de Dilma Rousseff, a candidata do Lula da Silva, atenta contra a liberdade de expressão e a propriedade privada.
A tendência ditatorial do governo petista vai se estendendo com facilidade sem oposições partidárias e institucionais. O mínimo esboço de oposição, como foi o caso do artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, publicado no O Estado de São Paulo (07/02/2010) causou comoção nas hostes do PT.
No entanto, diferente dos petistas, FHC critica com luvas de pelica, punhos de renda e maneiras diplomáticas, que diferem dos palavrões e ataques virulentos desferidos por Lula da Silva e seus companheiros.

Entretanto, as estatísticas do IBGE já demonstram que a melhora dos índices sociais e econômicos brasileiros é fruto de um processo de anos, iniciado ainda no governo Itamar Franco com o advento do equilíbrio fiscal e inflacionário.
Tudo mudou depois dos ajustes do Plano Real.
Quanto ao esboço do Programa “Bolsa Família” deu-se em Campinas em gestão do PSDB e seu desenvolvimento foi capitaneado, tempos depois, pela primeira dama Ruth Cardoso.
O PT se apropriou dessa bandeira, inflando de forma brutal o “Bolsa Família”. O mesmo aconteceu em relação ao “Orçamento Participativo”, iniciado em Belo Horizonte pelo governo Pimenta da Veiga, na década de 80, o qual o PT também apresenta como realização sua.
Fizeram o mesmo com o equilíbrio fiscal e com o controle monetário, chegando a cooptar o deputado do PSDB, Henrique Meirelles, que figura como o maior sustentáculo da política do governo Lula da Silva, no Banco Central.
Entretanto, durante todo o governo de FHC o PT foi oposição implacável contra todas as políticas que depois imitou e chamou de herança maldita. Mas o PSDB calado e tímido sustentou Lula da Silva não deixando que sofresse o impeachment quando do escândalo do “mensalão”.
Tucanos, com honrosas exceções, foram omissos como oposição.
E não contamos com nenhuma liderança, nenhum partido, nenhuma instituição, nenhum dos Poderes para se opor às deturpações, à corrupção, ao culto da personalidade de caráter autoritário do governo Lula da Silva. Estamos necessitando urgentemente de oposição, sem ela periga nossa frágil democracia.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
É bom querer punir os maus. Mas é melhor ainda que isso seja feito segundo o devido processo legal.
Vamos lá, leitor!
O objetivo declarado deste post é um só: não ficar alimentando aquela conversa demagógica de que os bons mandam prender, e os maus mandam soltar. Isso é demagógico porque, no geral, quem entra nessa acha justa a prisão de adversários e injusta a de aliados.
O que eu, Reinaldo, penso a respeito, como questão de gosto e torcida, já está mais do que claro. Por mim, Arruda passaria o resto da vida jogando dominó com José Dirceu na Papuda.
Por que essa introdução?
Porque vêm duas coisas pela frente que vão mobilizar as pessoas e submeterão dois ministros do Supremo — ou os 11 — a uma severa patrulha.
Patrulha, nesse caso, salutar.
É bom querer punir os maus.
Mas é melhor ainda que isso seja feito segundo o devido processo legal.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entrou com um pedido de intervenção federal no Distrito Federal. Gilmar Mendes, presidente do STF, vai definir, depois do Carnaval, se arquiva o pedido ou o submete ao plenário.
Se aprovado, cabe a Lula decidir o interventor.
Aceitar a intervenção significaria acatar o argumento de Gurgel: Executivo e Legislativo estariam irremediável e totalmente corrompidos, e não existiria solução local. Isso sem que se concluísse o devido processo legal.
Acho difícil que o tribunal escolha esse caminho. Faço tal observação porque, em momentos assim, o clamor público costuma ganhar do muito pouco estimado “devido processo legal” — sem o qual não se tem estado de direito.
Mendes pode arcar sozinho com o arquivamento ou pode dividir a decisão com seus pares.
Vamos ver.
Habeas corpus
Também o ministro Marco Aurélio de Mello está com uma batata quente na mão. Os indícios de que Arruda tentou criar obstáculos à investigação são bastante fortes, mas qualquer criminalista — a começar da estrela máxima da área no Brasil, Márcio Thomaz Bastos — diria que não se trata de uma prisão incontroversa. O site Consultor Jurídico reproduz parte dessa controvérsia, levantada por Nilson Naves, decano da casa e ministro muito respeitado no meio jurídico — o que também é o caso de Fernando Gonçalves, diga-se, que relatou o caso, acatando a petição de prisão.
Vamos a um trecho do Consulto (em azul):
A questão levantada pelo ministro Nilson Naves gerou bastante polêmica. Naves argumentou que, não sendo o STJ competente para iniciar a ação penal contra o governador, não pode, portanto, determinar prisão preventiva, pois o inquérito presidido nesse Tribunal já foi concluído. Foi acompanhado pelo ministro Teori Zavascki, que alegou pouco tempo para refletir sobre o assunto, mas que não entendia qual a necessidade de um governador ser preso nessa fase do processo.
Zavascki abriu uma pequena lista de ministros que seguiu a questão levantada pelo decano do STJ, enumerando vários habeas corpus julgados no Supremo Tribunal Federal, onde ficou decidido que é indispensável ouvir o Legislativo local para processar o governador. “Vamos ter de enfrentar a questão de constitucionalidade”, argumentou Teori Zavascki. Os ministros João Otávio de Noronha e Castro Meira também votaram pela incompetência do STJ de determinar a prisão do governador nessa situação.
A luz da discussão veio com questão levantada pela ministra Eliana Calmon. Ela buscou no site do STF e encontrou o HC 89.417, relatado pela ministra Cármen Lúcia, que relativizou a necessidade de se ouvir o Legislativo local para decretar prisão de governador. Eliana Calmon convenceu pelo menos dois dos que estavam contrários à prisão de Arruda. João Otávio Noronha e Castro Meira se renderam aos fatos relatados pelo ministro Fernando Gonçalves, e, embora vencidos na preliminar, acompanharam a decisão de decretar a prisão de José Roberto Arruda. Teori Zavascki votou a favor somente da prisão preventiva dos secretários do governador relacionados pelo Ministério Público.
O ministro Nilson Naves não se convenceu. “Não consigo me livrar da questão constitucional, não vejo necessidade de se impor prisão de governador”, afirmou o decano do STJ. Para ele, não seria possível decretar a prisão nem dos secretários. “A regra para mim é a liberdade, a exceção é a prisão, pois presume-se que a pessoa é inocente até a sentença condenatória”, afirmou o ministro Naves.
Nilson Naves entende que a denúncia de que o governador estaria coagindo testemunhas e impedindo o andamento do processo não é suficiente. Para ele, o Ministério Público “tem meios para evitar que isso continue acontecendo”. O ministro Luiz Fux argumento que “a prisão preventiva não pressupõe o recebimento da denúncia ou o recebimento da ação penal, mas pressupõe exatamente coligir os elementos para a propositura da ação penal”. Já a ministra Eliana Calmon foi mais incisiva e considerou que a prisão preventiva ocorre quando há flagrante. “É um caso de formação de quadrilha, em que o flagrante é permanente”, afirmou.
Para decidir pela prisão preventiva de José Roberto Arruda, vários ministros alegaram que não decretar seria “uma homenagem à impunidade”.
Encerrando
Não estará.
Estará, isto sim, amplamente amparado na lei.
Quanto ao argumento de que se deve prender para não se fazer uma “homenagem à impunidade”, bem, eis algo para ser pensado com cuidado.
Prisões, julgamentos etc não são atos exemplares disso ou daquilo.
São decisões instruídas PELA LEI.
Isso vale para Arruda e para Dirceu, por exemplo.
Submetidos ao mesmo rigor e mesma proteção, quem sabe chegue o dia em que joguem dominó juntos…
Submetidos ao mesmo rigor e mesma proteção, quem sabe chegue o dia em que joguem dominó juntos…
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
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