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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dilma e os dados


Dilma Rousseff voltou a defender a comparação entre os governos de Lula e de Fernando Henrique.

Disse que é importante para a escolha do caminho a seguir.

E que está muito à vontade para comparar, porque “estamos vendo os dados”.

Seria importante a candidata de Lula esclarecer a quais dados está se referindo. Como se sabe, essa questão de dados é sensível para ela.

Em seu currículo acadêmico, por exemplo, surgiu um título biônico de doutora. Um dado preocupante.



Outro dado que deve preocupá-la é o das privatizações. O governo de FHC liquidou o Estado brasileiro, diz o refrão petista. O governo Lula, porém, mesmo criando uma série de novos cabides na máquina, não reestatizou nada.

Agora quer privatizar os aeroportos. Mas vai esperar a eleição passar.

Por que será?

Se privatizasse logo, a brincadeira perderia toda a graça. Não faria tanto efeito atirar pedras no bicho-papão do neoliberalismo. O povo, esse ente distraído, ia ficar confuso.

Os dados dizem que a classe C cresceu, e a pobreza diminuiu. Quanto disso se deve à privatização da telefonia, que democratizou o celular e a internet? Dilma Rousseff não deve ter tido tempo de fazer essa conta.

A agenda da ministra-candidata é apertada. Muito comício, muito dossiê, muita história para contar. E ainda tem a agenda secreta, reservada a encontros sombrios com figuras como Anthony Garotinho e José Dirceu – o homem proscrito, banido, sem mandato, sem cargo, sem lenço e sem documento que, misteriosamente, continua mandando no PT e em Dilma.

Fernando Henrique escreveu um artigo pedindo um mínimo de honestidade na comparação entre seu governo e o do sucessor. Deve se incomodar um pouco ao ver Lula se gabar para os americanos do Proer (o plano de FH de socorro aos bancos, que o PT chamou de tramóia financista).

Se a roda da história continuar nesse ritmo, logo o filho do Brasil vira pai do Plano Real.

O que o ex-presidente parece desejar não é muito: que os aprendizes de Stalin peguem leve no copidesque da história. Já viu que Dilma é capaz até de apagar as árvores de Natal da Lagoa e do Ibirapuera em 2002. Se ninguém checar, eles vão retocando tudo.

E ainda há os relatórios acadêmicos diligentes, como esse último da FGV sobre ascensão da classe média baixa, curiosamente partindo sempre do ano de 2003 – a nova data do descobrimento do Brasil.

“Estamos vendo os dados”, disse Dilma Rousseff.

Talvez seja o caso de alertá-la como se faz com criança em museu: olha, mas não mexe.

Neoliberalismo


Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia.

De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Características do Neoliberalismo
(princípios básicos):

- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismoAqui.

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