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terça-feira, 6 de agosto de 2019

“Acabou o treino. O Senado precisa de uma chacoalhada”

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Por Diego Amorim
O Antagonista


Como antecipamos
, um grupo de senadores insatisfeitos com Davi Alcolumbre decidiu sair da toca.


Hoje, na reunião de líderes de logo mais, eles vão cobrar do presidente do Senado, por exemplo, a instalação da CPI da Lava Toga e a análise de pedidos de impeachment de ministros do STF.

“Acabou o treino. O Senado precisa de uma chacoalhada”, disse a O Antagonista o senador Eduardo Girão (Podemos), referindo-se ao fato de o grupo ser formado por uma maioria de parlamentares em seu primeiro mandato.

“No primeiro semestre, digamos, estávamos em um treino. Mas agora o jogo começa, o jogo republicano. Hoje, a reunião desse grupo teve 12 senadores, mas o número vai aumentar, é só o início. Estamos indignados, incomodados. Pautas importantes para a sociedade não estão recebendo a atenção devida no Senado, as coisas não estão acontecendo na velocidade que se esperava e que o país precisa”, acrescentou.



06.08.19

Lava Jato ronda governador do PT que beneficiou Grupo Petrópolis após doação de 1,9 milhão de reais


Resultado de imagem para Operação Rock City, o governador do Piauí, Wellington Dias
Wellington Dias (PT)

Por Diego Amorim
O Antagonista


Na semana passada, quando a Polícia Federal deflagou a Operação Rock City, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), ficou apreensivo. O alvo da 62ª fase da Lava Jato era o Grupo Petrópolis.


No primeiro mês de seu terceiro mandato como chefe do Executivo local, em 2015, Dias — considerado por Lula um “gênio político” — concedeu isenção fiscal ao fabricante da cerveja Itaipava por generosos 15 anos. Não foi um benefício qualquer: tratava-se da isenção de 90% do ICMS
(clique aqui para ver a íntegra do decreto).

O grupo de Walter Faria — empresário que se entregou ontem à PF para cumprir mandado de prisão preventiva (veja aqui) — tinha sido um dos principais doares da campanha do petista: 1,9 milhão de reais (veja imagem abaixo). Na época, o Grupo Petrópolis já era investigado por denúncias de favorecimento em empréstimos junto ao Banco do Nordeste.

Quando questionado sobre as doações de Walter Faria, o governador sempre se esquiva e nega a possibilidade de ter sido beneficiado pelo esquema da Odebrecht, que, segundo apontou a Lava Jato, usava o Grupo Petrópolis para pagar propina a candidatos e partidos políticos em forma doação eleitoral.

Naquele mesmo ano de 2015, Marden Meneses, um deputado estadual do PSDB, apresentou um requerimento pedindo explicações sobre a concessão de benefícios ao Grupo Petrópolis. Outro deputado, Robert Rios (PDT), tentou abrir uma CPI sobre o caso. As duas tentativas acabaram sendo barradas na Assembleia Legislativa, onde Dias tinha ampla maioria.

Em setembro do ano passado, às vésperas da reeleição — em primeiro turno — do governador do Piauí, Walter Faria esteve em Teresina para uma reunião com ele. A conversa foi intermediada por Ciro Nogueira, presidente do PP e senador piauiense, que também foi reeleito. No encontro, que não constou na agenda oficial dos políticos em plena campanha, o trio tratou da instalação de uma fábrica da Itaipava no estado.

A Lava Jato ronda o governador do Piauí.


06.08.19

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Controlador do Grupo Petrópolis e alvo da 62.ª fase da Lava Jato se entrega à PF


Foto: Facebook/Grupo Petrópolis



Vinicius Cordeiro
Paraná Portal



O controlador do Grupo Petrópolis, Walter Faria, se entregou nesta segunda-feira (5), por volta das 12h, em Curitiba. O empresário estava foragido desde quarta-feira (31), quando foi deflagrada a 62.ª fase da Operação Lava Jato e foi ouvido pela Polícia Federal (PF) hoje.

Nomeada de ‘Rock City’, a ação aponta que o Grupo Petrópolis é suspeito pela lavagem de R$ 329 milhões entre 2006 e 2014. De acordo com a apuração dos fatos, a empresa estaria diretamente envolvida em pagamento de propinas disfarçadas de doações eleitorais e operações de lavagem de dinheiro.
O QUE FARIA FALOU

Faria foi declarado foragido e chegou a ter seu nome encaminhado para a lista da Interpol. Agora, o empresário deve permanecer na PF por tempo indeterminado.

Em seu depoimento, ele disse que já prestou cerca de 12 depoimentos sobre o mesmo assunto inquérito, só que no Ministério Público do Rio de Janeiro e na PF de São Paulo e Brasília. Além disso, disse que está à disposição para juntar as respectivas cópias dos antigos esclarecimentos.

Vale ressaltar que o dono do grupo Petrópolis já era investigado em outras ações. Ele também reconheceu isso, dizendo que responde processo na Justiça Federal de Santos e na Justiça Estadual do Rio de Janeiro.

Segundo o MPF, Walter Faria atuou em larga escala na lavagem de centenas de milhões de reais em contas fora do Brasil e desempenhou substancial papel como grande operador de propina. Ele é suspeito, por exemplo, de usar conta na Suíça para intermediar o repasse de mais de US$ 3 milhões de propina relacionadas aos contratos dos navios-sonda da Petrobras.
Lava Jato encontra R$ 250 mil em espécie na casa de um dos executivos da Petrópolis

PRESOS

Além de Faria, a juíza Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, expediu outros cinco mandados de prisão temporária para executivos da Petrópolis. Três detenções foram efetuadas: Vanuê Faria, sobrinho de Valter, Silvio Antunes Pelegrini e Maria Elena de Sousa, Todos poderão deixar a cadeia amanhã, caso a prisão não seja convertida em preventiva.

Já o último, Naede de Almeida, também é considerado foragido.


5 de agosto de 2019