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sábado, 22 de junho de 2013

Ibope: 75% dos brasileiros apoiam os protestos


A grossa maioria da população brasileira, 75%, apoia a onda de protestos que se alastrou pelo país nas últimas duas semanas

Por Josias de Souza

É o que revela pesquisa feita pelo Ibope em 79 municípios de todo país e divulgada por Época em sua edição deste final de semana. Apenas 6% dos entrevistados disseram ter participado das passeatas. Porém, 35% dos que não foram informaram que iriam.


A sondagem captou um paradoxo: a despeito do apoio maciço às manifestações, 69% declaram-se satisfeitos com a vida que levam atualmente. Quanto às expectativas em relação ao futuro, a sociedade dividiu-se em partes iguais: 43% dizem estar otimistas; outros 43% informam que estão menos otimistas do que estavam há dois anos.

O nariz torcido dos brasileiros aparece no trecho da sondagem em que os entrevistados foram convidados a atribuir uma nota aos políticos. Para 54%, Dilma Rousseff situa-se no intervalo que vai de zero a 6. A maioria acha que estão nesse mesmo patamar o prefeito da sua cidade (65%), o governador do seu Estado (61%), os vereadores (77%), os senadores (78%), os deputados estaduais (77%) e os deputados federais (77%).




O Ibope quis saber qual é o principal motivo para os protestos. Foram mencionadas, pela ordem, as seguintes motivações: por melhor transporte público (77%), contra os políticos (47%), contra a corrupção (32%), por melhor saúde e educação (31%), contra a inflação (18%), por melhores serviços públicos (15%), por mais segurança (15%), contra a Copa no Brasil (11%), contra limites ao Ministério Público (6%) e contra a violência policial (3%).


Uma pesquisa feita pelo Datafolha apenas entre as pessoas que participaram dos protestos ocorridos em São Paulo na quinta-feira (20) acomodara os temas noutra ordem. Nessa sondagem, a corrupção ocupara o topo do ranking das motivações.

O Ibope também perguntou quais seriam hoje os maiores problemas do Brasil. Mencionaram-se: saúde (78%), segurança pública (55%), educação (52%), drogas (26%), combate à corrupção (17%), miséria (11%), geração de empregos (10%), custo de vida (9%), impostos e taxas (8%), salários (7%) e habitação (4%).

Aferiu-se também a opinião dos brasileiros sobre o grau de violência das passeatas. Entre os que apoiam os protestos, 82% avaliam que houve violência por parte dos manifestantes. Percentual muito próximo dois 85% que enxergaram violência também da parte da polícia. Quer dizer: o fato de haver violência dos dois lados não impediu que a maioria apoiasse os protestos.Noutro trecho, a pesquisa do Ibope fornece dados que ajudam a entender por que o futebol virou mote de passeata. Em plena Copa das Confederações, quase um terço dos entrevistados (31%) não apoia a realização do evento no país. Quanto à Copa do Mundo de 2014, 29% desaprovam a escolha do Brasil para sediar a competição

22/06/2013


Revoltados e atrasados


gmfiuza ÉPOCA Geral

O melhor diagnóstico até agora sobre as manifestações de rua veio do ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência. Ele disse que as revoltas são estaduais e municipais. Não deixa de ser um alívio. Quem quiser ficar a salvo da confusão, já sabe: refugie-se no Brasil federal.

Nada de ficar vagando pelo Brasil estadual e municipal, porque esse anda muito perigoso, cheio de gente insatisfeita e nervosa. No Brasil federal não, está tudo tranquilo.

Por sorte, Dilma Rousseff também está no Brasil federal, portanto a salvo do tumulto. Desse lugar calmo, sem culpa, a presidente disse que o que os manifestantes querem é o que o governo quer. São praticamente almas gêmeas. “O meu governo está ouvindo essas vozes pela mudança.

Está empenhado e comprometido com a transformação social”, informou Dilma. Disse que passeata é uma coisa normal, que ela mesma já fez muito. Parecia prestes a botar uma mochila nas costas e ir para a Avenida Paulista fazer a transformação social.

E mostrou sua visão de estadista: “Essa mensagem direta das ruas contempla o valor intrínseco da democracia”. Às vezes a presidente exagera na erudição. Vai acabar deixando Luís de Camões encabulado.

Ela já explicara que o combate à inflação “é um valor em si”, demonstrando conhecimento profundo sobre as coisas da vida e seus valores intrínsecos: “Essa mensagem direta das ruas é de repúdio à corrupção e ao uso indevido de dinheiro público”, acrescentou Dilma, praticamente uma porta-voz dos revoltosos contra tudo isso que aí está.

Olhando para o circo, só há uma conclusão possível: os revoltosos – os do passe livre, os dos 20 centavos, os do Ocupem Wall Street sucursal brazuca, os do turismo cívico e os do civismo vândalo – merecem Dilma Rousseff.

Repetindo: os revoltosos merecem Dilma Rousseff. Ou mais que isso: são cúmplices dela, pois estavam sentadinhos em casa enquanto a grande líder mulher brasileira perpetrava suas obras completas de explosão das finanças públicas – a céu aberto, para quem quisesse ver.

Agora a inflação está doendo no bolso? Tarde demais, meus queridos justiceiros.

Essa “presidenta” que vive lá na calmaria do Brasil federal com seus 40 ministérios (contando com o do marketing, de João Santana, o único essencial) presidiu, entre outras festas, a distribuição de dinheiro público para o milagre da multiplicação de estádios da Copa.

Em São Paulo, numa jogada comandada por Lula e seus amigos empreiteiros (que ele representa no exterior), o histórico Morumbi foi mandado para escanteio. Em seu lugar surgiu o Itaquerão, novinho em folha, presente do ex-presidente ao seu clube do coração.

Um mimo de 1 bilhão de reais.

Sabem de onde vem esse dinheiro, bravos manifestantes?

Exato: dos vossos bolsos. E onde estavam vocês quando nos esgoelávamos aqui da imprensa sobre essa gastança populista (protegida por índices lunáticos de aprovação da “presidenta”), avisando que a conta ia chegar?

Vocês não lêem jornal?

Onde estavam vocês quando a CPI do Cachoeira – com revelações da imprensa – estourou o esquema da Delta, a empreiteira campeã de obras superfaturadas do PAC?

Vocês sabiam que mais esse ralo de dinheiro público do governo popular ficou impune, porque a CPI foi asfixiada por Dilma e sua turma?

Por que vocês não saíram às ruas para gritar contra esse golpe?

Onde estavam vocês quando a “faxineira” asfixiou a CPI do Dnit e a investigação do maior foco parasitário de um governo que – no seu primeiro ano! – teve que demitir sete ministros suspeitos?

Vocês não desconfiaram de nada? Vocês não leram que o dinheiro de vocês estava escoando para ONGs de fachada em convênios fantasmas?

Vocês não viram essa praga espalhada por vários ministérios do governo popular, apesar de a imprensa esfregar o escândalo na cara do Brasil?

Vocês não notaram que a tecnologia do mensalão (privatização partidária do dinheiro público) nunca saiu de cena, de Dirceu a Rosemary?

Vocês chegaram tarde, meus caros revolucionários.

Quando o bolso dói é porque o estrago nas contas públicas já é grande.

Bem, antes tarde do que nunca. Mas prestem atenção: entendam logo o que vocês estão fazendo nas ruas, senão suas passeatas em breve estarão no mesmo museu dos escândalos que vocês não viram.

Tudo que uma médica BRASILEIRA, que trabalha no interior, quer falar pra "Presidenta" hoje:




 Dilma, deixa eu te falar uma coisa!

Fernanda Melo, médica, moradora e trabalhadora de Cabo Frio, cidade da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro.

Este ano completo 7 anos de formada pela Universidade Federal Fluminense e desde então, por opção de vida, trabalho no interior. Inclusive hoje, não moro mais num grande centro. Já trabalhei em cada canto...

Você não sabe o que eu já vi e vivi, não só como médica, mas como cidadã brasileira. Já tive que comprar remédio com meu dinheiro, porque a mãe da criança só tinha R$ 2,00 para comprar o pão.

Por que comprei?

Porque não tinha vaga no hospital para internar e eu já tinha usado todos os espaços possíveis (inclusive do corredor!) para internar os mais graves.

Você sabe o que é puxadinho?
Agora, já viu dentro de enfermaria? Pois é, eu já vi. E muitos. Sabe o que é mãe e filho dormirem na mesma maca porque simplesmente não havia espaço para sequer uma cadeira?

Já viu macas tão grudadas, mas tão grudadas, que na hora da visita médica era necessário chamar um por um para o consultório porque era impossível transitar na enfermaria?

Já trabalhei num local em que tive que autorizar que o familiar trouxesse comida ( não tinha, ora bolas!) e já trabalhei em outro que lotava na hora do lanche (diga-se refresco ralo com biscoito de péssima qualidade) que era distribuído aos que aguardavam na recepção.

Já esperei 12 horas por um simples hemograma. Já perdi o paciente antes de conseguir um mera ultrassonografia. Já vi luva descartável ser reciclada. Já deixei de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque eu não tinha um exame complementar que justificasse o pedido.

Já fui ambuzando um prematuro de 1Kg (que óbvio, a mãe não tinha feito pré natal!) por 40 Km para vê-lo morrer na porta do hospital sem poder fazer nada. A ambulância não tinha nada...

Tem mais, calma! Já tive que escolher direta ou indiretamente quem deveria viver. E morrer...

Já ouvi muito desaforo de paciente, revoltando com tanto descaso e que na hora da raiva, desconta no médico, como eu, como meus colegas, na enfermeira, na recepcionista, no segurança, mas nunca em você.

Já ouviu alguém dizer na tua cara: meu filho vai morrer e a culpa é tua? Não, né? E a culpa nem era minha, mas era tua, talvez. Ou do teu antecessor. Ou do antecessor dele...

Já vi gente morrer! Óbvio, médico sempre vê gente morrendo, mas de apendicite, porque não tinha centro cirúrgico no lugar, nem ambulância pra transferir, nem vaga em outro hospital?

Agonizando, de insuficiência respiratória, porque não tinha laringoscópio, não tinha tubo, não tinha respirador?

De sepse, porque não tinha antibiótico, não tinha isolamento, não tinha UTI?

A gente é preparado pra ver gente morrer, mas não nessas condições.

Ah Dilma, você não sabe mesmo o que eu já vi! Mas deixa eu te falar uma coisa: trazer médico de Cuba, de Marte ou de qualquer outro lugar, não vai resolver nada!

E você sabe bem disso.

Só está tentado enrolar a gente com essa conversa fiada. É tanto descaso, tanta carência, tanto despreparo...

As pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e quando procuram os hospitais, despejam em nós todas as suas frustrações, medos, incertezas...

Mas às vezes eu não tenho luva e fio pra fazer uma sutura, o que dirá uma resposta para todo o seu sofrimento!

O problema do interior não é falta de médico. É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara. Na tua cara e dessa corja que te acompanha!

Não é só salário que a gente reivindica. Eu não quero ganhar muito num lugar que tenha que fingir que faço medicina. E acho que a maioria dos médicos brasileiros também não.

Quer um conselho?

Pare de falar besteira em rede nacional e admita: já deu pra vocês!


Eu sei que na hora do desespero, a gente apela, mas vamos combinar, você abusou!

Se você não sabe ser "presidenta", desculpe-me, mas eu sei ser médica, mas por conta da incompetência de vocês, não estou conseguindo exercer minha função com louvor!

Não sei se isso vai chegar até você, mas já valeu pelo desabafo!

O MOVIMENTO PASSE LIVRE ESTÁ MORTO!



O Movimento Passe Livre não fará mais atos em São Paulo porque aqui acabaram atraindo manifestantes de outras causas as quais o grupo não apoia.

Como bem explicou Carlos Vereza num filmete na internet, os líderes do MPL são 4, e estão diretamente ligados ao gabinete da presidência da república...e as causas que eles não apoiam, e que são exaustivamente cobradas nas manifestações em São Paulo e em todo o Brasil, são: Brasil sem corrupção, mensaleiros na cadeia, fim do roubo do erário, compostura no trato da coisa pública, fim da impunidade, fim da violência, maioridade penal reduzida, não à aprovação da PEC 37, entre outras.

Estas causas, segundo ele, são da "direita" com a qual eles não se identificam.

Pois bem, se eles acharam que sem eles não haveria mais manifestações em São Paulo, hoje, sábado à tarde , 22/06, a Paulista está cheia de manifestantes que também não rezam pela cartilha do MPS mas não precisaram dele para se organizar.

Portanto, aqui em São Paulo, MPL é página virada!




Boa parte do PT já dá como certo que Lula será o candidato do partido em 2014. Se isso acontecer, Campos está fora da disputa



Ouçam as vaias no Mané Garrincha dirigidas contra Dilma.

Ouçam os protestos contra a gastança com a Copa do Mundo.

Ouçam o silêncio ruidoso do Apedeuta.

Por Reinaldo Azevedo

Anotem aí: é crescente o número de petistas — e de não petistas também — convictos de que será Lula o candidato do PT à Presidência da República em 2014.

Na cúpula do partido, há quem considere que “o governo de Dilma acabou”.

Há ocorrências curiosas em curso — ou nem tanto. Mesmo depois de ter ficado claro que os protestos estão caindo no colo da presidente — e só por isso ela teve de vir a público —, aparelhos sindicais solidamente dominados pelo partido estão estimulando a ida das pessoas às ruas.

Desencanto com o petismo?
Não!

A VEJA desta semana traz uma reportagem sobre os funcionários de Gilberto Carvalho que participaram da organização de um protesto, em Brasília, no sábado passado, dia da abertura da Copa das Confederações.

Dilma, como vocês devem se lembrar, tomou não uma, mas três vaias estrepitosas no estádio.

O malaise já estava no ar, não é?

Tentem responder: por que cargas d’água funcionários da burocracia petista, subordinados ao homem mais poderoso no partido depois de Lula, atuariam na organização de um protesto que, caso se generalize, como ameaça acontecer, atinge o governo em cheio?

Notem: a equação “hospitais” X “estádios da Copa” não é verdadeira, mas é verossímil quando se conhecem as deficiências da saúde.

No pronunciamento desta sexta (ver abaixo), a presidente tentou negar o óbvio: há, sim, dinheiro público nos eventos esportivos.

Estádios que são verdadeiros elefantes brancos, que permanecerão ociosos depois do grande acontecimento, foram erguidos para despertar o ufanismo, o clima de “Brasil pra frente”, de “ninguém segura este país”.

Há uma ameaça real de que acabe acontecendo o contrário.

Se o Brasil chega à final da Copa das Confederações, Dilma terá de aparecer no Maracanã. Seu nome será fatalmente anunciado pelo serviço de alto-falantes.

Segundo o protocolo, vai discursar.

Pelo menos 300 mil pessoas foram às ruas na capital fluminense.

Há gente séria falando em mais de 500 mil.

O Rio, mais do que São Paulo, resolveu mostrar a sua insatisfação.

Uma vaia monumental espreita a presidente.

A esta altura, há gente torcendo para que a Seleção Brasileira fique pelo caminho. Seria mais um duro golpe depois da confusão dos últimos dias.

A eventual transformação da Copa das Confederações e da Copa do Mundo num peso seria um desastre para Dilma.

E isso está no horizonte.

Os subordinados de Gilberto Carvalho, um lulista fanático, resolveram se meter justamente nessa área. Certamente não é para fortalecer a presidente como candidata do partido em 2014.

Biruta torta
Sei não… Ou a biruta da marquetagem entortou ou está havendo um trabalho deliberado para empurrar Dilma para o abismo, abrindo espaço para o “salvador”.

Convenham: não é inteligente, em meio a toda essa confusão, abordar o financiamento das obras da Copa ou a forma correta de os brasileiros tratarem os estrangeiros.

Ao fazê-lo, num clima de hostilidade que pode ser ainda crescente, a coisa pode ficar com cheiro de provocação.

Esse pareceu-me um dos erros elementares cometidos pelos “çábios” ontem.

Há outro.

Como vimos, os que criticam os estádios monumentais da Copa pedem uma educação e uma saúde melhores.

Para a primeira, Dilma promete 100% dos royalties do petróleo; para a segunda, “trazer de imediato (sic) milhares de médicos estrangeiros…

De imediato?

Milhares?

Sei não…

Há o risco de Dilma ter contratado já uma desfile de homens e mulheres de branco na Paulista.

Está abrindo uma guerra com a categoria. E não em razão de uma reação corporativista, não. Até onde sei, não faltam médicos no país. Eles estão é mal distribuídos porque o estado não oferece as condições mínimas necessárias para que se fixem no interior do país.

Também nesse caso, parece ter faltado sensibilidade. Vem confusão por aí.

O país não vive o seu melhor momento, mas não houve um agravamento de crise que justificasse, por si, as manifestações de rua, que degeneraram em violência como regra, não como exceção (escreverei mais a respeito).

A perplexidade toma conta do governo, do partido e, sejamos claros, até da oposição.

A minha explicação não coincide com nada que tenha lido. Fica para outro post.

O mal-estar, no entanto, se instalou, e Dilma não parece muito equipada politicamente para enfrentá-lo.

O PT e o governo farão uma inflexão à esquerda. Vai adiantar? Não sei. Os mais céticos são os próprios petistas.

Acham que Dilma não aguentará os embates e que é preciso devolver a bola a Lula. Até porque, nessa hipótese, Eduardo Campos, governador de Pernambuco (PSB) se retira da disputa.

É gigantesco o risco de que as ruas tragam, sem querer, o Apedeuta de volta à cena.
PS – Este blog estabeleceu nesta sexta um novo recorde de visitas num único dia: 364.314. Obrigado!


22/06/2013



Debate na VEJA.com nesta sexta: o que dizem as ruas?



Manifestações: no que isso vai dar?

Por Reinaldo Azevedo
22/06/2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

'Maioria silenciosa do Brasil parece ter encontrado sua voz', diz editorial do 'The New York Times'



Para o jornal americano, protestos que se espalham pelo País não deveriam causar surpresa

Clarice Cudischevitch
O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Um editorial publicado no jornal norte-americano "The New York Times" na quinta-feira, 20, intitulado "Despertar social no Brasil", afirma que os protestos que se espalham pelo País não deveriam causar surpresa.

Segundo o texto, apesar de o Brasil ter conquistado muitas realizações nas últimas décadas, como uma economia mais forte e eleições democráticas, "ainda há uma grande distância entre as promessas dos governantes políticos de esquerda e as duras realidades do dia a dia fora da elite política e empresarial".

O editorial ressalta que o Banco Mundial lista o Brasil como a sétima maior economia do mundo, mas que o País tem uma das piores classificações em rankings de igualdade de renda e de habilidades de leitura e matemática.

Além disso, menciona que seus principais políticos foram flagrados em esquemas de desvios de dinheiro público.
"Não é de se admirar que a taxa de transporte público aumente a indignação das classes pobre e média, que estão sobrecarregadas por um sistema tributário regressivo", afirma o texto.

"Não é de se admirar que os gastos esbanjados em estádios de futebol para a Copa do Mundo, enquanto a educação pública continua gravemente subfinanciada, tornaram-se um grito de guerra."

O editorial destaca que a presidente Dilma Rousseff tem tentado responder aos manifestantes, declarando que o desejo de mudança é bem-vindo, e que alguns governantes reverteram o aumento das passagens.

"A maioria silenciosa do Brasil parece estar encontrando sua voz política", finaliza o texto.

"Srta. Rousseff, que concorre à reeleição no próximo ano, terá que enfrentar novas demandas com conteúdo, bem como simpatia."


21 de junho de 2013

O LADO MAIS FRACO...



Sabe quem são os vândalos que hoje não respeitam o patrimônio público nem a polícia?


Por Mara Montezuma Assaf


 São os mesmos marginais que há tempos nos atormentam e que já não temem a lei porque ela é frouxa, ela deixa que assassinos hediondos respondam processo criminal em liberdade mediante pagamento de fiança...conforme lei 12.403 sancionada por Dilma em 2011, feita para esvaziar as cadeias superlotadas.

Sabem quem são os menores delinquentes que metem o porrete e a pedrada nas portas envidraçadas de bancos e lojas?

São os menores capazes de colocar fogo numa vítima ainda viva...e que são protegidos pelo ECA; e sobre este assunto o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo deixou bem claro que a cláusula que os protege é pétrea e não passará sequer por revisão.

Sabe porque estes delinquentes estão arrasando e detonando sem parar?

Porque o governo do PT, na figura do ministro da Justiça, obrigou a PM de São Paulo a permanecer manietada diante da violência , diante dos vândalos, diante da desordem...automaticamente deixando a população de São Paulo refém desta corja de bandidos!

Os motivos das manifestações são mesmo difusos, e são tantos que é muito difícil elencá-los .

Basta que saibam que são esses sapos que o PT nos vem obrigando a engolir calados há mais de 10 anos que de repente estão sendo vomitados !

Agora aguentem!

Puxaram demais a corda e ela estourou ...maravilha...estourou do lado mais fraco!

Essa foi a grande descoberta da população brasileira...o lado mais fraco não somos nós, são elles!

Nem todo um exército de cientistas políticos e especialistas em comportamento de massas vai conseguir descobrir uma saída medianamente digna para o governo!
21.06.2013

Partidarismo rejeitado



O fato de militantes petistas com suas bandeiras terem sido rechaçados nas manifestações em diversos estados do país ontem é um bom indício de que o movimento que chegou aos corações e mentes da classe média não se deixou contaminar por partidarismos
Merval Pereira
O Globo
Por Ricardo Noblat

Depois de uma reunião da presidente Dilma com o ex-presidente Lula em São Paulo, onde estranhamente estavam presentes o presidente do PT Rui Falcão e o marqueteiro da presidência João Santana, ficou estabelecido que o prefeito Fernando Haddad deveria reduzir os preços das passagens, e o partido entrar nas manifestações ao lado dos movimentos sociais que controla — ONGs de diversos tipos, o MST a CUT, a UNE.

Uma reunião partidária, como se vê, com a presidente da República recebendo instruções de seu tutor político, numa clara demonstração de que depende dele para se posicionar em situações de crise.

A desorientação petista é tamanha que há correntes dentro do partido que pressionam o governo a dar uma guinada à esquerda para supostamente se sintonizar com esses movimentos.

Já há movimentos dentro do PT a exigir do governo que deixe de fazer superávit primário para pagar a dívida e use esse dinheiro para investimentos em saúde e educação.

Ou então para que o PT deixe de lado as coalizões partidárias com o PMDB e que tais e faça uma ligação direta com as massas. Renasce em alguns setores da esquerda o sonho da democracia direta, tão em voga nos regimes bolivarianos da América Latina.

É difícil saber no que vai dar tudo isso. Não há como definir o que vai prevalecer nessas manifestações. Assim como há baderneiros infiltrados e toda uma gama de manifestantes dispostos ao vandalismo, que consideram a depredação a melhor maneira de enfrentar os governos, há também no próprio movimento do Passe Livre uma predominância de pensamento de esquerda radical.

Agora que conseguiram a redução do preço das passagens, querem a tarifa zero e outras reivindicações que não estão na pauta da maioria que foi às ruas.

A tarifa zero é uma utopia do bem, que se pode tentar alcançar, e seria boa para todo mundo, embora me pareça impossível em cidades grandes como São Paulo e Rio. Mas há outras reivindicações que nada têm a ver com a grande massa que participou das manifestações, como o protesto contra o “latifúndio urbano”.

E querem introduzir na pauta também a reforma agrária, uma reivindicação bastante discutível hoje no Brasil onde o agronegócio é um dos sustentáculos da economia brasileira e o latifúndio improdutivo praticamente desapareceu.

Um processo de modernização agropecuária que, hoje, caracteriza o capitalismo no campo, fez com que nos últimos 30 anos o latifúndio se transformasse em grande empresa rural, tornando-se produtivo.

A maioria não está nem com os baderneiros nem com essa politização que, embora não seja partidária, é política, de grupos que lideram os movimentos.

A maioria está nas ruas por causa da melhoria do dia a dia, quer que o dinheiro público seja gasto com transparência e com prioridades claras, esse é o foco central da maioria. E é por isso que as manifestações contra o aumento de ônibus cresceram se ampliaram.

Houve a adesão de um grupo grande da classe média que está sentindo os efeitos da inflação, dos péssimos serviços públicos, da opressão do Estado, que viu nessas manifestações um caminho para extravasar suas frustrações e exprimir suas reivindicações.

E eles sabem porque a vida não é melhor: porque o dinheiro público é desperdiçado, roubado; os governos de maneira geral têm projetos imediatistas de poder e não projetos de longo prazo para o país.

Quem quiser levar os protestos para caminhos radicais, vai perder apoio.

21.06.2013 

Charge





MILITÂNCIA DO PT É VAIADA POR MANIFESTANTES EM SÃO PAULO SOB O AÇOITE DO REFRÃO: "FORA PT, LEVA A DILMA COM VOCÊ!"





Por Aluizio Amorim 

Os militantes petistas seguiram as ordens de Lula e decidiram se incorporar aos protestos em São Paulo nesta quinta-feira.

Inclusive, segundo algumas fontes, o ministro sem pasta da Dilma, o celebérrimo marketeiro João Santana (o mesmo que fez a campanha fraudulenta de Nicolás Maduro na Venezuela), já estava nas redondezas com a sua equipe de filmagem para obter cenas que seriam utilizadas na campanha da Dilma à reeleição.


Deu tudo errado.

Quando a petezada apareceu com as fatídicas bandeiras vermelhas foi surpreendida por uma gigantesca vaia dos manifestantes ao mesmo tempo em que era entoado o refrão:

Fora PT, leva a Dilma com você! Fora PT, leva a Dilma com você!...



Vejam. O vídeo é imperdível!



6/21/2013 

Com os nervos à flor da pele, Dilma convoca reunião de emergência e acompanha racha no PT


Ditadura encastelada
(Foto: André Dusek - Estadão)

Por admin

Acuada diante da inesperada propagação dos protestos por mais de cem cidades brasileiras, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência para a manhã de sexta-feira (21).

O encontro, marcado para as 9h30 no Palácio do Planalto, servirá para a presidente discutir com seus assessores as medidas a serem adotadas para minimizar o estrago.

Um pronunciamento oficial de Dilma Rousseff, em cadeia de rádio e televisão, não está descartado.

Independentemente da decisão a ser tomada em palácio, a grande questão está no racha que se instalou na cúpula petista.

Muitos integrantes o “oficialato” do partido estão criticando duramente a decisão tomada pela direção de aderir aos protestos.

Em São Paulo, militantes do PT e de outras legendas foram encurralados pelos manifestantes e tiveram as bandeiras incendiadas.

No Rio de Janeiro, foram agredidos por grupos de manifestantes que insistem em manter o caráter apartidário do movimento.

Governador da Bahia, o petista Jaques Wagner é um dos críticos da decisão anunciada pelo presidente do partido, Rui Falcão, e que surgiu do encontro de Dilma, Lula e o marqueteiro João Santana, em São Paulo.

“É correto o PT não hostilizar nem criminalizar o movimento. Agora, precisa saber como entra. Não pode engrossar uma coisa difusa. Tenho medo dessa glamourização”, disse Jaques Wagner ao criticar o adesismo de última hora do PT.

Dilma Rousseff tem sido duramente criticada por companheiros de partido que discordam da sua postura fechada e da falta de interlocução com setores da sociedade.

Há no PT um grupo que cobra uma ampla e imediata reforma ministerial, o que colocaria o governo da neopetista na rota do abismo.

A falta de convergência de opiniões no momento de grave crise política confirma o descontrole que tomou conta do País.

Depois de 72 horas da primeira grande manifestação nacional, ocorrida na última segunda-feira (17), Dilma Rousseff faz apenas uma citação sobre os protestos.

Ou seja, o imobilismo de Dilma e o racha no PT são o combustível que faltava para que o Brasil seja incendiado pelo desejo de mudança.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

É uma humilhação para Dilma e Agnelo Queiroz! Esplanada dos Ministérios em pandarecos!



A Esplanada dos Ministérios está em petição de miséria, depredada de ponta a ponta.

Por Reinaldo Azevedo


É uma humilhação para a presidente Dilma e para o governador Agnelo Queiroz (PT), que não anda muito popular no Distrito Federal.

A área é uma das mais bem-guardadas do país. Dilma está especialmente furiosa porque vê coincidência demais entre as manifestações e a Copa das Confederações, que atraiu os holofotes para o Brasil.

Com a imprensa mundial dando plantão aqui, o país assiste a manifestações inéditas desde o impeachment de Collor.

Pois é…
20/06/2013

A ‘onda vermelha’ acabou sem ter sido sequer marolinha: os 150 milicianos do PT já caíram fora da Avenida Paulista




Pouco depois das sete da noite, consumou-se a capitulação dos 150 milicianos que, atendendo à convocação do ex-jornalista Rui Falcão, apareceram no fim da tarde na Avenida Paulista para embarcar no ato de protesto e mostrar que amam Lula, Dilma Rousseff e o PT.

Acuados pela multidão, preferiram arriar as bandeiras vermelhas e cair fora da zona de perigo.

“A hostilidade estava aumentando”, disse um dos desertores.

Como atesta o vídeo abaixo, a derrota dos oportunistas foi festejada pelos vitoriosos com gritos de “Brasil! Brasil”.

A “onda vermelha” acabou sem ter sido sequer marolinha.



20/06/2013

Que bom, Mayara Vivian, que você nunca me enganou! Líder do Passe Livre se preocupa com baderneiros presos, mas não perdoa os fetos. É uma gigante moral!


Raramente eu me deixo enganar por certo tipo de gente. Muito raramente! Quantos foram os apelos feitos aqui para que eu cedesse aos encantos do Movimento Passe Livre, um grupo supostamente sem ideologia?! Quantas foram as mensagens a me acusar de estar cego, com os olhos fechados para a realidade?! Seria o povo, finalmente, acordando para a realidade do lulo-petismo!
E eu nada de mudar! Parecia estar mais surdo e mais cego do que o faraó, não é? E, fosse assim, não me restaria alternativa que não ser engolido pelas águas da minha própria teimosia.
É que eu fui procurar as origens do Movimento Passe Livre, um dado que desapareceu na imprensa. Encontrei, lá na raiz, uma espécie de incubadora de movimentos sociais, com financiamento do Ministério da Cultura, acesso à Lei Rouanet e patrocínio, para um dos projetos, da Petrobras. Seu comandante se diz partidário da “democracia líquida”. A “democracia líquida” é um conceito que elimina do horizonte os entraves da democracia representativa. O mundo é de quem pode mais, de quem grita mais, de quem se impõe.
Boa parte da imprensa tentou atribuir à turma do Passe Livre e a seus associados uma agenda que eles nunca tiveram. Tentou, sim, dar uma endireitada em seu pensamento torto; tentou se apropriar de seu ideário, mudando-lhe, em alguns casos, o vetor.
Mayara Vivian, a sedizente estudante de geografia da USP, vem a público para botar as coisas no seu devido lugar. Em entrevista ao UOL, ela ataca a dita “pauta conservadora” de algumas pessoas que participaram do movimento. Reproduzo, em vermelho, um trecho: (…)
Mesmo dizendo que o MPL não é contra a participação de legendas nos protestos, Mayara criticou diversas faixas e slogans gritados durante as manifestações dos últimos dias.
“Tem gente que não consegue nem mobilizar dez pessoas e leva uma faixa com dizeres horríveis, como coisas contra a legalização do aborto e outras. O MPL é anticapitalista e contra qualquer forma de opressão. Repudiamos várias das reivindicações feitas nos atos.”. Nos protestos desta semana, alguns manifestantes levaram faixas pedindo a redução da maioridade penal e contra o aborto.
Presos por vandalismo Os representantes do MPL se comprometeram a prestar auxílio jurídico a todos os manifestantes detidos e que respondem a processo – cerca de 60, segundo o movimento . Quanto ao caso de pessoas presas por saques e roubos, Mayara afirmou que “fica difícil saber se a pessoa realmente cometeu o crime do qual é acusada. Na terça-feira (18), após os saques, a PM prendeu manifestantes aleatoriamente.” O movimento afirmou que analisará caso a caso para identificar quem poderá ajudar e quais casos serão encaminhado à Defensoria Pública.
“A questão do encarceramento em massa de pessoas pobres é muito grave. O MPL não é juiz para dizer quem cometeu ou não cometeu um crime, mas somos contra vandalismo seja de manifestantes, seja do Estado”, afirmou. (…)
Voltei Então um movimento “sem líderes”, segundo importantes setores da nossa imprensa, vai prestar “auxílio jurídico” a delinquentes que foram presos depredando e saqueando? Que coisa bonita! Para vagabundo que sai roubando pela cidade, ela quer ajuda. Mas não perdoa quem não pode correr: os fetos, por exemplo. Notem: ela é contra até mesmo a que alguém erga um cartaz se manifestando contra o aborto. Acha isso “horrível”.
Mayara Vivian se coloca como juíza das reivindicações feitas nos atos. Ela é a senhora da pauta e deixa muito claro: eles são contra o capitalismo e “outras formas de opressão” — e se entende, assim, que o capitalismo é, por definição, uma forma de opressão. Logo, não havendo uma terceira opção, ela só pode ser a favor da libertação socialista. E isso não é dedução ou conjectura. O MPL se diz socialista, sem meias palavras.
Mayara se refere ainda a um suposto “encarceramento” de pessoas pobres que estaria em curso no Brasil — e toca no assunto quando se refere à canalha que foi presa em atos de vandalismo.
A imprensa que está flertando com essa gente está alimentando a Besta. Os que acham que esse movimento que privilegia a desordem e a afronta à legalidade democrática pode ser ruim para o lulo-petismo não está entendendo nada! Nessa matéria do UOL, Mayara deixa claro que também se opõe àqueles que criticaram a presença de partidos políticos nas manifestações. E dá piscadelas explícitas ao PT, que já ajustou a sua chave ao “movimento”. Em essência, o Passe Livre é o petismo sem a responsabilidade de governar.
Bem-vindos à realidade, senhores liberais do miolo mole! Bem-vindos à realidade, senhores nefelibatas! Em muitos aspectos, literais e metafóricos, a imprensa livre está cercada por essa gente. Os que resolveram brincar de Al Jazeera caipira cobrindo a Primavera Árabe estavam — e estão — flertando com a corda em torno do próprio pescoço.
A foto que vai lá no alto está no site da BBC, que destacou uma frase lapidar dita por esta moça: “Achei um absurdo termos que negociar com o secretário de segurança pública [e não com a Secretaria de Transportes]. O povo tem direito à cidadania e à tarifa zero”. Ela queria paralisar a cidade, como paralisou, mas achou um absurdo ter de negociar com quem responde pela segurança de 11,5 milhões de pessoas. E, como se vê, transformou a tarifa zero num direito natural.
Vão lá brincar com eles, liberais bobões!
Vão lá balançar o berço do bebê-diabo!
Chamem o Polanski. A imprensa brasileira vive a sua fase Rosemary.

Rosemary nina “o troço” no berço do mal. Ela tinha sido incubada pelo “coisa- ruim”
20/06/2013

Apupos e desespero político


De: Ucho Haddad – Para: Dilma Rousseff – Assunto: Apupos e desespero político

(*) Ucho Haddad 

Dilma, ao longo da vida conheci pessoas ridículas, mas você com certeza supera qualquer expectativa. Ouso dizer que você é a personificação do ridículo. Você deve estar estranhando o tom menos cavalheiresco desse colóquio, mas é que a situação passou dos limites. Vocês, magnânimos petistas, são como carro velho e enguiçado. Só funcionam no tranco. De tal modo, o tormento redacional que lhe dirigido regularmente será marcado por solavancos, o que vez por outra compromete a minha elegância.

Seu desempenho como governante é tão pífio, que por mais que tenha forçado a memória não consegui pinçar um período político tão descontrolado do Brasil como agora. Isso faz do palavrório insensato e chicaneiro de Lula uma profecia: “nunca antes na história deste país”. Você é a protagonista desse apocalipse, enquanto nós, brasileiros de bem, as vítimas.

Sem um grama de talento para ser chefe de Estado, você não soube assimilar os apupos que lhe foram dirigidos no Estádio Mané Garrincha e continuou com a máquina palaciana de sandices acionada. Dilma, sua soberba é tão agigantada que impede que você enxergue o óbvio. O Brasil está desmoronando por causa da sua incompetência e a de Lula, mas você continua afirmando que aqui é a filial do paraíso. É a primeira vez em pouco mais de meio século de existência que vejo alguém querendo travestir o inferno com a cangalha do paraíso.

Dilma, coloque a mão na consciência, se é que você tem e sabe como funciona, e reflita. É possível acreditar que o Brasil está muito melhor do que há uma década? Não se avexe em reconhecer a verdade, pois se isso acontecer – o que duvido – você entrará para a história do País pela porta da frente e com direito a pompa e circunstância. É a chance derradeira para deixar um bom exemplo, principalmente ao seu neto, se é que você o tem em boa conta. Assim ele terá orgulho de no futuro dizer, sem qualquer nesga de medo, sou neto da Dilma.

No segundo turno da corrida presidencial de 2010, Dilma, você conseguiu arrancar das urnas pouco mais de 55 milhões de votos, o que não é pouco e a transformou na primeira mulher a chegar à principal cadeira do Palácio do Planalto. Na última segunda-feira, 17 de junho, 230 mil manifestantes nas ruas de várias cidades brasileiras fizeram você amarelar. Viu só, Dilma, como você é ridícula? Não adianta ficar de mau humor, me xingar ou pensar em colocar a tropa petista no meu encalço. Já chega a patrulha que rotineiramente aturo, sem contar um companheiro que você detesta e que prometeu eliminar-me. Mas não se preocupe, pois esse tipo de atitude é coisa de gente ridícula, desqualificada e covarde. Típico de Lessie metida a pitbull.

Voltando à sua essência ridícula… Diante das ruidosas manifestações, você e sua horda de aduladores alegaram não entender o movimento. Tudo bem, Dilma, você combateu a ditadura militar, integrou organizações terroristas e patrocinou atentados contra os adversários apenas porque é tola e ingênua? Tudo bem, essa farsa de quinta faz parte da liturgia do cargo, mas não queira que todo o Brasil acredite nessa sua inocência de ocasião, que sequer convence uma noviça na clausura.

Sua incompetência é de tal forma atroz, Dilma, que você gastou quase R$ 100 mil para viajar às pressas a São Paulo para submeter-se aos devaneios totalitaristas de Lula e aos conselhos pirotécnicos do marqueteiro do PT. Na minha terra, Dilma, isso atende pelo nome de desespero político. Seja sincera ao menos uma vez na vida. Tenho ou não razão para perder a elegância de sempre? Dilma, nem mesmo no mais absurdo dos sonhos você tem capacidade para estar na presidência.

Sob a desculpa de salvar o companheiro Fernando Haddad, você torra o suado dinheiro do contribuinte para se sujeitar às ordens de um lobista-fugitivo, responsável pelo período mais corrupto da história nacional, aceitando se reunir em um hotel? Para não ultrapassar a minha lhaneza, dou-me por satisfeito classificando-a de ridícula. Além desse limite que ora estabeleço, minha mãe, que lê diariamente o que escrevo, me contemplaria com uma carraspana, apesar do deleite de ver a presidente dentro de uma saia justa.

Dilma, pense no absurdo que você cometeu! Submeteu os destinos da nação a um bandoleiro político e a um marqueteiro partidário. Dilma, você foi eleita para presidir o Brasil, não Lula e João Santana. É verdade que essa dupla deve tramar contra você diuturnamente, mas o seu papel foi de pequenez assustadora.

A vida, Dilma, tem seus oximoros, mas há situações inexplicáveis. Pego-me imaginando os antagonismos que marcam sua existência. Um dia você está no Vaticano como se fosse o maior milagre de todos os tempos, em outro se reúne em um hotel com o namorado da Marquesa de Garanhuns. Um dia você está em Paris querendo ensinar os europeus a enfrentarem a crise, em outro se submete aos palpites de um sujeito que se especializou na produção de engodos eleitorais. Reconheça, Dilma, chamá-la de ridícula é um elogio e tanto. Uma descomunal reverência que lhe faço.

Confesso, Dilma, que em algum momento pensei que pudesse ser injusto com você, mas a última pesquisa de opinião tirou esse eventual peso da minha consciência. Em nova rodada, sua popularidade despencou oito pontos, mais uma vez. Seus estafetas de plantão entendem que essas pesquisas nada representam, mas, convenhamos, é uma ducha de água fria para quem sofre de hidrofobia. Dilma, sua situação só não é pior porque pesquisas de opinião no Brasil são tão confiáveis quanto uma cédula de R$ 3, além de refletiram as opiniões de apenas 0,001% da população do País. Ou seja, é melhor acreditar em você do que nas pesquisas.

Para não ser intransigente, Dilma, algo que o seu partido cultiva como se fosse a mais fina e frágil flor, deixo aqui duas propostas. A primeira não exige doses extras de tutano, mas requer coragem: dentro de uma caixa colocamos pequenos papeis com os nomes das 27 capitais. Sorteamos dez e vamos juntos para esses destinos. Você embarca no avião presidencial, eu, em aeronave de carreira. Não que sua companhia seja demasiadamente indesejável, mas a carga negativa que deve ter nesse Aerolula é capaz de coisas absurdas. Nessas capitais caminharemos juntos, porém disfarçados. Eu estarei fantasiado de Dilma, você, atrás de uma máscara qualquer. Com a promessa de ficar calada e de não imitar o andar do John Wayne. Ouviremos a voz rouca das ruas, a mesma que você garantiu que escuta e é legítima. Gravamos tudo e depois revelamos aos brasileiros. Se a maioria dos depoimentos for favorável a você, farei um imediato mea culpa. Do contrário, você assume que fracassou como inquilina do Palácio do Planalto.

A segunda proposta exige tutano, que,creio, está em falta no almoxarifado palaciano. De novo sem querer ser intransigente, aceito que você esteja acompanhada de assessores e tenha em mãos as anotações que quiser. Sugiro até que convide o Lula e o João Santana, que poderão ajudá-la no desafio. Fazemos um debate em ordem, como costumo dizer, sobre qualquer tema que envolva o Brasil e depois apuramos o resultado através da opinião pública. Eu, Dilma, irei ao encontro com a cara, a coragem e a coerência. Você, se quiser, pode levar tudo e quem quiser. Inclusive a empáfia, que será a primeira a cair.

(*) Ucho Haddad é jornalista político e investigativo, analista e cometarista político, cronista esportivo, escritor e poeta.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

São Paulo e Rio cedem, reduzem tarifa de transporte e pedem diálogo





Pressionados, governantes recuaram do reajuste das passagens após enfrentarem uma onda de protestos


São Paulo - Um dos líderes do Movimento Passe Livre, Matheus Preis, de 19 anos, durante o protesto contra o aumento da tarifa do transporte público - Felipe Frazão
Veja.com
Depois de uma inédita onda de protestos que tomou as ruas do país, as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro anunciaram na tarde desta quarta-feira a redução das tarifas de metrô, ônibus e trens, revogando o reajuste em vigor desde o início do mês. Nesta semana, outras quatro capitais - Cuiabá (MT), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e João Pessoa (PB) - também recuaram do reajuste das passagens.

Na capital paulista, as tarifas recuarão de 3,20 centavos para 3 reais a partir de segunda-feira. No Rio, o preço cairá de 2,95 reais para 2,75 reais a partir desta quinta-feira.

O anúncio em São Paulo foi feito em conjunto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo prefeito Fernando Haddad (PT) após uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. O pronunciamento foi feito simultaneamente à fala do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). Todos eles resistiam em recuar, mas acabaram cedendo devido ao crescimento dos protestos - foram seis na capital paulista e três no Rio -, que deixaram um rastro de destruição nas ruas e um custo político de dimensões ainda incertas. Também pesou a avaliação de que novas reivindicações estavam sendo agregadas ao cardápio dos manifestantes - e que as passeatas estavam ganhando adesões a cada dia.

Em pronunciamento conjunto, tanto Alckmin quanto Haddad frisaram que o ajuste dos preços nas catracas causará impacto nos investimentos. “É um sacrifício grande. Vamos ter de cortar investimentos”, disse o governador paulista. “Precisamos abrir a discussão sobre as consequências. O investimento fica comprometido por causa dessa medida”, afirmou o prefeito.

Haddad afirmou que apesar de o aumento das tarifas em São Paulo e no Rio de Janeiro ter sido feito em porcentagem abaixo da inflação, graças a desonerações de tributos negociadas com o governo federal, o recuo visava "favorecer o diálogo com a cidade".

Sintonia - Eduardo Paes e Fernando Haddad estão em contato permanente desde terça-feira. Ao longo desta quarta-feira, os dois conversaram e acertaram a estratégia de divulgação simultânea das revogações dos aumentos. Durante a entrevista na sede da prefeitura, Paes avisou que o governador Sérgio Cabral (PMDB) também determinou a redução de tarifas de transporte urbano.

A suspensão do aumento representa, segundo Paes, impacto de 200 milhões de reais por ano no orçamento do município.

“Venho hoje, depois de refletir muito, e mostrando que os 20 centavos de aumento não foram por desejo do município, anunciar que vamos suspender o aumento", disse Paes. Segundo o prefeito do Rio, o reajuste estava previsto em contrato. "O aumento, concedido dezoito meses depois do último, é fruto de contrato e planilha pública que acontece pela segunda ou terceira vez no Rio de Janeiro e leva em conta o aumento do custo de vida na cidade. Não é algo concedido aleatoriamente”, defendeu.

“Destaco que temos dado muito ouvido àqueles que fazem manifestação colocando seus pontos como devem ser colocados. Jamais daremos ouvidos a quem de utiliza pleitos legítimos para praticar atos de vandalismo e violência. Essas pessoas não sabem conviver em ambiente democrático e de respeito”, disse Paes, marcando posição contra a violência nas manifestações.

Rio - O governo do estado do Rio informou, em nota, que será publicado no Diário Oficial desta quinta-feira a medida que anula os reajustes de trens, barcas e metrô. Voltarão a valer, a partir de sexta-feira, os valores praticados antes do reajuste. O metrô, que havia subido para 3,50 reais, voltará a custar 3,20 reais; os trens recuam de 3,10 reais para 2,90 reais; as barcas, com bilhete único, passam de 3,30 reais para 3,10 reais. Já sem o bilhete único, a travessia de barcas, que havia passado para 4,80 reais, voltará a ser de 4,50 reais.

(Com reportagem de Jean-Philip Struck, Felipe Frazão, João Marcello Erthal e Cecília Ritto)




Passe Livre e as manifestações




Passe Livre e as manifestações

A reunião do quarteto Lula-Dilma-Santana-Haddad vai produzir medidas de efeito.

O Pedro Malasartes de São Bernardo do Campo, como de hábito, vai querer tirar alguma vantagem.

Certamente avaliou que 20 centavos não é nada frente ao impacto político das manifestações.

Vai propor o fim do aumento e tentar capitalizar a “vitória” para Haddad e Dilma, pouco se lixando de onde vai vir o dinheiro.

O importante, para ele, nunca foi o interesse público.

Depois de fazer a manobra, Lula vai ser elogiado pela imprensa e tratado como gênio da política.

Aguardem.
junho 19, 2013


terça-feira, 18 de junho de 2013

Dilma e Lula acertam em São Paulo os últimos detalhes de um remendo político para salvar o PT


Contra o relógio




Por admin

A presidente Dilma Rousseff tem revelado de maneira reiterada sua vocação para o humorismo. Cercada por assessores palacianos assustados com o desdobramento dos protestos que ocorrem várias capitais, Dilma tenta mostrar a opinião pública uma calma que só pode ser classificada como mentirosa. Depois de acompanhar pela televisão os protestos que focaram também a paralisia de um governo de incompetentes, Dilma rumou para São Paulo, onde reúne-se com o ex-presidente Lula e o prefeito paulistano Fernando Haddad.

De acordo com sua assessoria, Dilma informou que viajou para São Paulo para, junto com Lula, encontrar uma solução que não comprometa a administração do companheiro Fernando Haddad. Nada pode ser mais acintoso e mentiroso do que a justificativa apresentada por Dilma para sua repentina viagem à capital paulista.

O objetivo do encontro com Lula é desenhar a quatro mãos uma resposta aos protestos que têm levado milhares de manifestantes às ruas. Por estar no olho do furacão, Dilma deixou a capital federal, quando o correto seria o inverso, considerando que o prejudicado, segundo a presidente, é Fernando Haddad.

A estratégia traçada por Dilma e Lula é usar o prefeito paulistano como massa de manobra. Haddad já sinalizou com a possibilidade de reduzir as tarifas de ônibus na cidade de São Paulo, o que ocorreria com o anúncio de uma ajuda por parte do governo federal. Com isso, o PT tenta novamente colocar o governador Geraldo Alckmin em uma sinuca política, pois a redução da tarifa do metrô e do trem metropolitano é quase impossível.

Dilma e Lula já avaliaram o estrago que esses protestos causarão no PT e principalmente na tentativa de reeleição da presidente. No afã de preservar o projeto totalitarista de poder, em marcha desde 2003, Lula, Dilma e Haddad estão ensaiando uma enorme farsa, que deve ser prontamente rechaçada pelos manifestantes. Vale lembrar que os protestos ganharam nova dimensão e o tema das tarifas de transporte é coisa do passado. Que a população incauta não caia nessa esparrela que está sendo combinada às pressas.
18/06/2013

Uma cineasta brasileira desmontou em seis minutos a vigarice bilionária forjada pelos organizadores da Copa da Ladroagem



Por Augusto Nunes
Nascida em São Paulo e residente na Califórnia, a cineasta Carla Dauden presenteou o Brasil decente com um vídeo que, em 6:10, reduz a farrapos a fantasia triunfalista costurada nos últimos seis anos.

Desde que ficou oficialmente decidido que o País do Futebol seria o anfitrião da Copa do Mundo de 2014, o governo federal, a Fifa e a CBF agem em cumplicidade para vender como empreitada patriótica o que sempre foi uma conjunção de negociatas bilionárias com pilantragens eleitoreiras.

Nesta segunda-feira, enquanto multidões de brasileiros incluíam o oceano de obras superfaturadas entre os alvos dos atos de protesto, Carla postou seu vídeo no YouTube.

Passadas 24 horas, o número de acessos vai chegando a 600 mil. A menos de 12 meses do apito inicial, a fraude foi implodida.

E o mundo começou a descobrir o que fizeram, fazem e pretendem continuar fazendo os governantes e supercartolas que arquitetaram a Copa da Ladroagem.

Assustada com a crise, Dilma corre para São Paulo em busca da proteção de Lula


A charge ao lado mostra uma Dilma bem assustada com a crise. Como a presidente não tem valor político e eleitoral próprios, percebe que sua base de apoio poderá deixá-la no mais completo isolamento, disposto até mesmo a sacrificá-la no altar mor da Pátria, desde que isto possa conter a voz cada vez menos roucas das ruas.

O País vive uma crise de grandes proporções, inédita e de resultados imprevisíveis, porque os objetivos vão se refinando a cada hora e se materializando nas más ações do governo e do seu Partido.


O site Brasil247, geralmente alinhado com as posições do PT e do governo Lula, informou esta tarde que a presidente Dilma Rousseff partiu para São Paulo para encontrar o ex-presidente Lula e debater a onda de protestos pelo país.

Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que parece ser muito mais mentor do que mediador nos conflitos,  "seria pretensão achar que a gente compreende o que está acontecendo".

Ontem, Lula comentou os protestos de São Paulo pelo Facebook: "Tenho certeza que dentre os manifestantes, a maioria tem disposição de ajudar a construir uma solução para o transporte urbano".

18 de junho de 2013

Dilma tenta se descolar de protestos e elogia país forte




Dilma tenta se descolar de protestos e elogia 'grandeza' das manifestações pelo país
Presidente embarcou nesta terça-feira para uma reunião com Lula;

Planalto teme que protestos causem danos à popularidade de Dilma

Laryssa Borges, de Brasília Veja.com

São Paulo - Manifestantes ocupam Marginal Pinheiros para protestar contra o aumento das passagens do transporte público - Eduardo Biermann

Um dia depois do protesto que levou milhares de brasileiros às ruas, a presidente Dilma Rousseff adotou um tom ufanista e tentou se descolar das manifestações desta segunda-feira como se o seu governo não fosse responsável por boa parte do cardápio de reivindicações - como melhorias nas áreas de saúde, educação, transportes e o fim da corrupção na gestão pública.

“O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia, a força da voz das ruas e o civismo da nossa população. É bom ver tantos jovens e adultos, o neto, o pais, o avô juntos com a bandeira do Brasil cantando o hino nacional, dizendo com orgulho ‘eu sou brasileiro’ e defendendo um país melhor. O Brasil tem orgulho deles”, disse a presidente, após anunciar o envio de projetos de lei ao Congresso sobre o novo marco regulatório da mineração.

Nas últimas semanas, auxiliares que articulam a campanha à reeleição de Dilma, comandados pelo marqueteiro João Santana, começaram a traçar uma estratégia para tentar reverter a onda negativa que ronda o governo e já afeta os índices de opularidadeda presidente.

Agora, a preocupação é que as manifestações pelo país não piorem o cenário. No início da tarde desta terça, Dilma embarcou para uma reunião - não prevista em sua agenda - com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo.

Diante de problemas na economia e turbulências na sua base política, Dilma tem intensificado o anúncio de medidas de apelo popular, passou a viajar mais pelo país, aumentou sua exposição nas cadeias de rádio e TV e passou a discursar mais vezes, e por mais tempo, em eventos da Presidência - o que garante exibição no noticiário.

Vandalismo
- A presidente também criticou episódios de vandalismo e depredações que marcaram algumas passeatas pelo país nas últimas semanas - nesta segunda, especialmente no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e Belo Horizonte. “Sabemos, governo e sociedade, que toda violência é destrutiva, lamentável e só gera mais violência. Não podemos aceitar jamais conviver com ela. Isso, no entanto, não ofusca o espírito pacífico das pessoas que ontem foram às ruas democraticamente pedir pelos seus direitos”, disse.

Dilma afirmou ainda que “essas vozes das ruas precisam ser ouvidas” porque são apartidárias. “Todos nós estamos diante de novos desafios. Quem foi ontem às ruas quer mais.

As vozes das ruas querem mais. Mais cidadania, mais saúde, mais educação, mais transporte, mais oportunidades”
, concluiu.