Por Reinaldo Azevedo
Do tom politicamente correto, com sotaque universitário da Globo News (é a maior concentração de especialistas de terceiro grau do mundo mundial!), à peroração demagógico-bagaceira de Marcelo Rezende, na Record, passando por Datena, na Band, tinha-se a impressão, já afirmei aqui, de que se assistia à Queda da Bastilha.
As TVs, cada uma dentro do seu estilo, abandonaram qualquer compromisso com a objetividade.
A cobertura virou uma salada russa.
Na madrugada, tentarei caracterizar cada um dos componentes da mistureba.
Vocês vão entender, por exemplo, por que o Movimento Passe Livre está irritadinho: acha que a pauta está sendo desvirtuada.
Fica para depois.
Globo, GloboNews, Record, Band, a maioria dos sites noticiosos e portais…
Em uníssono, declararam a ilegitimidade das polícias para realizar qualquer tipo de intervenção.
Assim, consagra-se o sacrossanto direito à manifestação, pouco importa o local.
Aí, convenham, aumenta a possibilidade de que não haja confronto.
A se repetir o padrão de hoje em algumas cidades, fica consagrado o “direito” dos manifestantes de parar a cidade quando lhes der na telha.
Mas pergunto: eles têm mesmo esse direito?
E amanhã?
E depois de amanhã?
No Rio, a visão edulcorada, encantada, deslumbrada — CRETINA MESMO — da realidade começou a ceder espaço à verdade quando um grupo de mais ou menos 300 pessoas começou a atacar a Assembleia Legislativa, a promover quebra-quebra, a agredir policiais.
Pior: enquanto essa turma partia para o tudo ou nada, uma massa compacta, de milhares, atuava como uma espécie de cordão de isolamento.
Só aí o tom das TVs começou a mudar: “Ah, não, assim não!”. Ora, mas não é isso o que se fez em São Paulo em quatro manifestações?
Pois é.
Há 70 policias dentro da Assembleia, impedidos de sair.
Pelo menos 20 deles estão feridos.
Na rua, uma fogueira é alimentada, acabo de ver, com móveis e cadeiras de escritório. Não sei de onde foram retirados.
E agora?
Sei lá eu!
Acho que é o caso de convocar uma junta de jornalistas e professores universitários.
Já que a Polícia Militar nunca sabe o que faz, segundo esses valentes, eles próprios devem saber, certo?17/06/2013
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