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sábado, 12 de novembro de 2011

Vivemos uma farsa de democracia em que as raízes da discordância e dos protestos são podadas pelo assistencialismo aos ignorantes e o suborno dos canalhas esclarecidos.




POLÍTICOS PROFISSIONAIS BANDIDOS


Como livrar nossos filhos e suas famílias do caminho da prostituição moral ou física pela influência das cartilhas do petismo que estão sendo distribuídas por toda a sociedade a partir das escolas e universidades públicas?

Por Geraldo Almendra



Durante a Fraude da Abertura Democrática nossa sociedade foi gradualmente dominada pela classe dos políticos profissionais que fazem de uma carreira para servir a quem os elege e que paga seus absurdos salários e mordomias, um projeto de poder desonesto, visando, em sua maioria, a prática do ilícito moral e financeiro que tem feito milionários sem parar - os corruptos e seus cúmplices.

De estelionato em estelionato nos pleitos eleitorais, uma classe cada vez maior de corruptos, subornadores, subornados, prevaricadores e seus assemelhados, foram se afirmando como vereadores, deputados, senadores e presidentes da República, com uma sólida base de apoio nas relações públicas e privadas corrupto-corporativistas, para que as oligarquias e as burguesias de ladrões fizessem do poder público um covil de bandidos, e a política se transformasse em um instrumento do processo de absurda degeneração moral da sociedade.

Esse projeto criminoso e genocida assumiu contornos mais nítidos, de um caminho talvez sem volta, durante a Fraude da Abertura Democrática em que milhares de ratos da corrupção deixassem os porões mais escondidos em que estavam durante o Regime Militar e viessem à luz do dia iniciar um lento, mas persistente processo de destruição do país, através de suas infiltrações no meio jornalístico, acadêmico, estudantil e no meio artístico.

Infelizmente o DNA da formação social do país, desde o seu descobrimento, tem feito prevalecer o imoral, o aético, a leviandade, a mentira, a falsidade e todos os correlatos da canalhice dos esclarecidos, desgastando durante toda a nossa história o esforço e as tentativas feitas por poucos para evitar que o país chegasse ao ponto de se tornar um Paraíso de Patifes.

Após transformarem o poder público em um covil de bandidos a canalha da corrupção, simultaneamente, tratou de unir os podres Poderes da República com o Poder Executivo no comando direto ou indireto de gangues, que através da prostituição da política transformaram a capital do país em um bunker de bandidos da corrupção, que irradia sem controle suas teias de influência degenerativa das relações públicas e privadas pelo resto do país.

Vivemos uma farsa de democracia em que as raízes da discordância e dos protestos são podadas pelo assistencialismo aos ignorantes e o suborno dos canalhas esclarecidos.

Temos liberdade, menos a de lutar nas ruas, de maneira dura e organizada, para que o poder público não continue sendo um preferencial empregador – temporário ou efetivo – dos maiores canalhas que se tem notícia na história do país, um verdadeiro covil de bandidos próximo de garantir a impunidade da gangue dos quarenta e um, os bandidos que fizeram da casa do povo – o Congresso Nacional – um refém e aliado dos pulhas da política profissional que toma conta do país, e que recebem ordens de centenas de “disfarçados” emissários do Poder Executivo.

Estamos reféns dessa gente sórdida que continua humilhando as Forças Armadas – com o suborno moral ou financeiro já pautando inexplicáveis e inaceitáveis posturas de comandantes – e transformando a Justiça do país, principalmente através de seus Tribunais Superiores, em um instrumento de absurda impunidade dos que controlam ou trabalham para o covil de bandidos em que foi transformado o poder público.

Temos somente uma saída: a união patriótica de militares e civis com as bandas boas da polícia civil, militar e federal, para reverter a procriação dos filhotes do comuno sindicalismo corrupto que nos legou essa corruptocracia fascista civil que bate já às nossas portas, destruindo nossos sonhos de vivermos em um país decente, com um poder público que não seja mais um covil de bandidos, mas sim de homens e mulheres que cumpram com honestidade, ética e dignidade seus verdadeiros objetivos perante a sociedade que os sustentam.

As forças policiais e militares que estão invadindo guetos e favelas, prendendo ou matando as vítimas de uma sociedade feita covarde, corrupta e sem vergonha pela Fraude da Abertura Democrática, deveriam cercar Brasília para prender ou matar os verdadeiros bandidos, políticos profissionais e seus cúmplices, todos responsáveis diretos por milhares de mortes durante a Fraude da Abertura Democrática que ainda persiste.

O serviço sujo do petismo está quase completo a partir do fato de que as antigas caras-pintadas, que fingiam lutar contra a corrupção, hoje querem fazer dos campos universitários centros de livre consumo de drogas, além de palco para a prostituição de valores em todos os sentidos.

Com uma Justiça que garante a impunidade dos corruptos e seus cúmplices, sem promover o cerco a Brasília talvez não tenha nada mais a ser feito, além do que esperar o resultado final da invasão dos bárbaros do PT, e depois reconstruir, dos escombros de um sórdido e genocida projeto de poder, nossos sonhos de liberdade, justiça social e de uma verdadeira democracia.




10/11/2011

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Letras - USP







 10/11/2011

Uma lição tardia (4): o reino do ódio





No Brasil, a deformidade congênita da "imaginação esquerdista" descrita por Lionel Trilling tornou-se obrigação legal, critério de veracidade na mídia, mandamento número 1 da moral e princípio fundador da educação

Por Olavo de Carvalho
Artigos - Cultura

No artigo anterior falei do zelo devoto com que a matilha do programa "Roda Viva" defende a honra e o prestígio do movimento comunista, atacando seus inimigos a dentadas e habituando o público a dar por pressuposto que ninguém pode ser anticomunista por motivo moralmente respeitável ou intelectualmente relevante.

Nenhuma apologia do comunismo é mais eficaz e penetrante do que essa.

Discursar em favor da estatização da economia, argumentar pela teoria da luta de classes, enaltecer o futuro brilhante da humanidade no jardim das delícias do socialismo – nada disso tem a força persuasiva da prática reiterada, tanto mais sedutora quanto mais implícita, de atribuir aos comunistas e seus parceiros o monopólio do bem e da virtude, reduzindo seus adversários e criticos à condição de delinquentes pérfidos movidos por interesses egoístas.
A propaganda comunista ostensiva colocaria o seu praticante na difícil contingência de ter de defender o indefensável: o genocídio, a tirania, o trabalho escravo, a miséria.

Muito mais prático é contornar o assunto, evitar até mesmo a palavra "comunismo", omitir cuidadosamente as comparações e em vez disso concentrar as baterias no "trabalho do negativo": a demonização constante e sistemática dos inimigos, donde resulta, por irrefreável automatismo mental, a canonização dos amigos, reforçada aqui e ali por alguma louvação discreta e comedida o bastante para não dar impressão de sectarismo.


Toda argumentação explícita em favor de alguma ideia ou partido desperta irresistivelmente o impulso da contestação.

A devoção tácita e indireta, consagrada em hábito inconsciente, inibe e paralisa a discussão, dando ao objeto de culto aquele poder mágico cuja conquista Antonio Gramsci considerava o objetivo supremo da propaganda comunista: "a autoridade onipresente e invisível de um imperativo categórico, de um mandamento divino".

Tal tem sido o objetivo estratégico e a única razão de ser da TV Cultura desde há muitos anos, e especialmente o de um programa cujo nome já é, por si, um dos emblemas consagrados da autobeatificação mitológica da esquerda como vitima santa da maldade direitista.


Chamarei a essa devoção "fanática"?

O termo é inexato.


O fanatismo supõe uma crença formal, positiva, declarada.

Os homens do "Roda Viva", como em geral os esquerdistas brasileiros, não necessitam de nada disso.

O esquerdismo que os unifica, que lhes garante o sprit de corps, não consiste em nenhuma fé, em nenhuma doutrina, em nenhum projeto de sociedade explícito o bastante para poder ser discutido e, eventualmente, impugnado, mas unicamente no ódio ao inimigo – um inimigo que ao mesmo tempo não querem conhecer nem compreender, do qual só querem saber, com seletividade obstinada, o que podem dizer contra ele.


No Brasil, a deformidade congênita da "imaginação esquerdista" descrita por Lionel Trilling tornou-se obrigação legal, critério de veracidade na mídia, mandamento número 1 da moral e princípio fundador da educação.

No fundo, todo esquerdismo, hoje em dia, é isso e nada mais que isso.


Há muito tempo os comandantes do processo já desistiram de impor ao movimento revolucionário a unidade da vulgata marxista-leninista que dava aos militantes de outrora uns ares de "intelectuais populares" não desprovidos de certa nobreza.


Hoje preferem dirigir as massas na base de slogans e palavras de ordem puramente emocionais, sem um arremedo sequer de conteúdo sociológico ou filosófico.

Um marxista às antigas chamaria a isso "irracionalismo", mas racionalismo e irracionalismo só existem no plano da discussão teórica.

Esta foi substituída pela engenharia comportamental, e, nessa clave, nada pode ser mais racional que a manipulação científica da irracionalidade alheia.


Os arruaceiros de Nova York acreditam combater a alta finança internacional, mas seguem as ordens de George Soros, que é a própria alta finança encarnada, apoiam o governo Obama, que é um pseudópodo de Wall Street, clamam por uma moeda mundial, que é a menina dos olhos da elite bancária globalista, e bradam de ódio a Rupert Murdoch, homem de indústria totalmente alheio a especulações financeiras.


Se não têm a menor ideia de contra quê estão lutando, tanto melhor: sua fúria pode ser canalizada contra qualquer alvo que o comando revolucionário escolha.

A unidade da esquerda militante hoje em dia é simplesmente a do ódio – um ódio que se torna tanto mais radical e intolerante quanto mais vagos e indefinidos os objetos contra os quais se volta e as metas que nominalmente o inspiram.


Como explicar, fora dessa perspectiva, o fato de que a esquerda internacional lute, ao mesmo tempo, pelo império do gayzismo e pelo triunfo do mais estrito moralismo islâmico, sem que surja, no seu seio, a mais mínima discussão a respeito, o mais leve sentimento de desconforto ante uma contradição intolerável?

É aí que se deve buscar também a raiz da facilidade com que uma militância inflada de retórica autobeatificante se acomoda, sem escrúpulo de consciência, aos interesses do narcotráfico e do banditismo organizado em geral.

Quando os sentimentos morais prescindem de qualquer deferência para com os dados da realidade e se condensam no puro ódio a um objeto indefinido, é inevitável que já não haja mais distância entre a presunção de santidade e o mergulho na treva mais funda do crime e da maldade.


Isso é a esquerda, hoje em dia: a síntese militante das ambições mais altas com os sentimentos mais baixos.


A tensão insolúvel entre os dois pólos traz como consequência incontornável a redução da vida psíquica aos seus mecanismos mais toscos e elementares, o enrijecimento numa atitude de permanente autodefesa paranoica, a produção obsessiva de novos pretextos de ódio e, portanto, a supressão de toda compreensão humana, trocada por uma autopiedade cada vez mais exigente e rancorosa.


Em muitos países esse fenômeno está limitado às massas militantes, mas, no Brasil, onde a hegemonia esquerdista reina sem contraste, ele se tornou o padrão e a norma da cultura nacional.


Eis o motivo pelo qual a lição de Lionel Trilling já não pode ser aprendida nesta parte do mundo.

Uma esquerda civilizada, capaz de apreender os sentimentos morais de seus adversários (condição sine qua non da alternância democrática no poder), não tem razão de existir, nem possibilidade de vir a existir, num ambiente onde esses adversários se tornaram tão pequenos e inofensivos que a esquerda não precisa mais compreendê-los: pode inventá-los como bem lhe interesse.

Publicado no Diário do Comércio.

10 Novembro 2011


Dilma, a faxineira infiel. Ou: Quem tem Lupi deve ter medo. Ou coragem.




Eu já disse que há uma coisa que realmente distingue as falcatruas do Ministério do Trabalho das outras, de outras pastas: elas são mais evidentes!


Não obstante, Dilma está tentando acomodar.
Até agora, seguia fazendo a tal faxina, um pouco na esteira de fatos que não são da sua escolha, mas fazia. Agora, nota-se, está tentada a ser uma faxineira infiel.

Carlos Lupi falou grosso, isso é inegável.

Só sai a bala.

O Planalto usou a imprensa para informar: a presidente não gostou do tom.

Huuummm… Lupi, hoje, na Câmara, rasgou-se todo: “Me desculpe, Dilma, eu te amo…”

É patético
!

Instada a comentar os rompantes do ministro, a Rainha na Inglaterra achou o assunto plebeu demais: “Vocês acreditam mesmo que eu vou responder nessa altura do campeonato?”

Heeeinnn?

Como assim?


Não vai responder por quê?

Não é assunto, por acaso, que diga respeito à República?

Não se trata, afinal, de tema de interesse público?

A roubalheira constatada pelo próprio governo federal no Ministério do Trabalho deve ser deixada de lado, como coisa ligeira?

Dilma também resolveu tomar emprestada a frase de alguém: “Um líder gaúcho disse o seguinte: ‘o passado, passou’”.

Epa! Não passou, não!


Isso pode valer para amores não-correspondidos, e olhem lá…

Isso pode valer para amizades agravadas, e olhem lá…

Isso pode valer até para traições políticas, e olhem lá…


Quando o assunto é desvio de dinheiro público, o passado não passa, “presidenta”!

Quem tem Lupi deve ter medo.

Ou coragem.

A “presidenta” decide.


10/11/2011

Público de manifestação no Rio se “enrola” para explicar o que são royalties


Clima era de revolta, mas também de expectativa pela presença de artistas

Sérgio Vieira
do R7 no Rio


Sérgio Vieira/R7

Manifestação deve reunir 100 mil pessoas no centro do Rio na tarde desta quinta-feira


A manifestação que espera reunir 100 mil pessoas nas ruas do centro do Rio de Janeiro ocorria em clima de show no início da tarde desta quinta-feira (10).

O motivo era protestar contra o projeto de lei que determina uma nova divisão dos royalties do petróleo, em discussão no Congresso.

No entanto, parte do público desconhece o que significa a nova divisão dos royalties ou mesmo o que é o tributo.

O clima era de espera pelos artistas que devem subir ao palco montado na Candelária durante a tarde.


Royalties são os tributos pagos pelas empresas que exploram petróleo. Esse dinheiro é dividido entre a União, Estados e municípios.


Com a cara pintada, o vendedor Alex Soares, de 33 anos, trazia o discurso de que “ninguém pode pegar nosso petróleo”, mas ele não soube explicar o quanto o Estado deve perder com a nova distribuição dos tributos pagos pelas empresas que exploram petróleo.

- Aderi à manifestação porque ninguém pode pegar o nosso petróleo. Vai ser um roubo no nosso bolso.

Com a cara pintada, ele não soube explicar o que é royalties nem quanto o Rio pode perder se a emenda for aprovada.


Servidora do Estado, Ana Claudia Cordeiro, 41 anos, foi dispensada do trabalho na tarde desta quinta, assim como todos os funcionários estaduais.

Ela também desconhecia o significado da palavra royalties e também o valor que o Rio deve deixar de ganhar com a redivisão dos valores.

- O nosso Estado vai ser prejudicado. Vai faltar dinheiro para escola e saúde.

Outro servidor, Silvio Leite, disse participar do ato para ser “ouvido” por Brasília.

- É importante todo mundo fazer parte porque assim Brasília nos escuta.

Servidores de outros municípios vieram em caravana para a capital. As Prefeituras de Macaé e Campos de Goytacazes, ambas no norte do Estado, enviaram 300 ônibus lotadores para participarem do protesto.

Além do governador Sérgio Cabral (PMDB), devem subir ao palco do evento para defender a não divisão dos royalties a apresentadora Xuxa, os cantores Lulu Santos e Fernanda Abreu, os atores Cissa Guimarães, Marco Nanini e Regina Casé e o grupo de pagode Sorriso Maroto.


10/11/2011

Quem são e o que pensam os jovens militantes de direita que fazem USP



Eles são monarquistas, anticomunistas, contrários ao aborto e à homossexualidade, defensores do porte de arma - e alunos de mesma universidade famosa pela sua militância de esquerda.

Conheça a União Conservadora Cristã (UCC), o lado direitista da USP
Vida Urbana
Por IGOR RIBEIRO
07/11/2011

OS ANTI-MARX Saulo Mega Soares, entre dois jovens conservadores. Eles provocam um novo embate ideológico no meio universitário
Alto, magro, de olhos claros e cabelos cacheados, Arthur Pittarello poderia se orgulhar de sua juventude. Mas o estudante de ciências sociais da USP parece não ligar para a própria idade. “Aí você me pegou. Tenho 22 ou 23…”, diz. Sua hesitação é reveladora: Pittarello é um cara tradicional. Monarquista e religioso, é presidente da União Conservadora Cristã (UCC).

A entidade nasceu num ambiente naturalmente hostil: entre os estudantes da USP, famosos por sua histórica militância de esquerda. Mais curioso é que ele sobreviva sem o apadrinhamento de nenhum partido político de centro ou de direita. Mesmo assim, cerca de 20 jovens como ­Pittarello (23 anos confirmados) integram o UCC.

A entidade surgiu há dois anos para disputar o Diretório Central dos Estudantes da USP. Conseguiu o apoio de 217 pessoas e ficou em sexto lugar. Sem chance de vencer, a chapa chamou a atenção. Em maio, voltou a ser notícia ao participar da Contra-­Marcha da Maconha, questionando os argumentos pró-legalização da droga.

O episódio rendeu à UCC a pecha de extremadireita, prontamente recusada.
Por saber que defendem ideias controvertidas no âmbito acadêmico, seus integrantes costumam ser avessos à exposição.

Relutaram em falar com a reportagem de Época SÃO PAULO. Alguns não quiseram fornecer seus nomes reais e apenas um quis mostrar o rosto: o rapaz em primeiro plano na foto à direita, Saulo Mega ­Soares, de 21 anos.

Eu era trotskista quando cheguei à faculdade”, diz ele, hoje no quarto ano de Direito. “Estudei e debati muito até perceber que a filosofia marxista é equivocada. O século XX foi a completa negação de tudo o que Marx previu.” Além de ser articulado e denotar erudição, Soares joga futebol e vai à academia. “Além da leitura, gosto muito da atividade física.”
Cada um tem suas razões para estar na entidade. Catarina (nome fictício), de 20 anos, cresceu numa família católica do interior paulista. Tímida, retraída e claudicante nas palavras, ela diz que sempre cultivou um sentimento anticomunista. “A busca pela verdade é o que me move”, afirma ela, que também estuda na faculdade do Largo São Francisco.

Seu colega, Pedro Henrique Barreto, de 21 anos, entrou em depressão ao procurar respostas sobre a questão do aborto – diz que a reflexão político-religiosa o salvou. “Somos movidos pela castidade. Deus nos mandou ser assim”, diz o estudante, que namora uma conservadora como ele. Sexo, só depois do casamento.

Barreto gosta de jazz, música clássica e do filme Cidadão Kane, o clássico de Orson Welles. Catarina prefere rock, como AC/DC e Titãs. Um de seus filmes preferidos é Tropa de elite, o mesmo de Soares, que ouve Skank e Jota Quest.
De gostos diferentes, se irmanam na ideologia. São todos monarquistas, reprovam o aborto e a homossexualidade – e defendem o porte de arma. Para o filósofo Renato Janine Ribeiro, eles preenchem uma lacuna real na militância universitária. “Os grupos de esquerda atuais não defendem mais objetivos ideológicos, como justiça social”, diz o professor de ética e filosofia política da USP.

Isso favoreceria a defesa de causas opostas.
“Acho saudável que exista alguma reação como a UCC”, diz o filósofo Olavo de Carvalho.

Espécie de guru do conservadorismo brasileiro, ele lamenta a ausência de oposição ao que chama de “hegemonia da esquerda”.

Mas acha que a militância jovem não terá força fora das universidades. “Politicamente, não vai dar em nada”, diz.

Segundo Carvalho, figuras como o falecido doutor Enéas Carneiro e o deputado Jair Bolsonaro são expoentes “patológicos e excêntricos”. Para ele, não existe uma direita intelectualmente respeitável no Brasil.
Pittarello concorda: “A situação política de hoje não dá espaço a um conservador. Não temos um projeto de poder”.

É nesse vazio que a UCC se mobiliza para estudar, discutir e promover eventos sobre os temas que defende, seja na USP, seja na Unicamp, onde também conta com adeptos. “Não vamos nos reduzir à mera divulgação política”, diz Barreto.

“A gente também quer estudar, quer saber, quer aprender.”

AS BASES DE UM CONSERVADOR

O filósofo Olavo de Carvalho elaborou a lista ao lado para ajudar a diferenciar conservadores de revolucionários
TRADIÇÃO
O conservador preza a experiência passada como forma de pensar o presente, em contra-ponto ao revolucionário, que entende o presente com base num futuro hipotético
PROVIDÊNCIA
O povo não deve sofrer os efeitos das escolhas de gerações anteriores. Os políticos têm o direito de experimentar e aprender com a experiência, mas não o de testar práticas ­arriscadas de longo prazo
REFORMA
Governos não têm o direito de fazer algo que os seguintes não possam desfazer. Ne­nhuma ordem social do passado foi tão ruim a ponto de bloquear a mera possibilidade de uma nova ordem
DEMOCRACIA
A revogabilidade das medidas de governo é um princípio democrático essencial, mas propostas revolucionárias tendem a concentrar o poder e a excluir para sempre as propostas alternativas
EQUILÍBRIO
A mentalidade revolucionária não é um traço permanente da natureza humana e deve ser erradicada como condição essencial para a sobrevivência da liberdade no mundo

A supergerente nascida para comandar tropeça na arrogância do ministro falastrão



Por Augusto Nunes
Veja Online


A líder de nascença, extraordinariamente articulada e mais sabida que qualquer homem, capaz de remover impasses de bom tamanho com outra ideia luminosa ─ essa Dilma Rousseff começou a morrer de inanição quando a ministra de pouquíssimas palavras virou candidata à Presidência e teve de destravar a garganta.

Meia dúzia de frases sem pé nem cabeça bastaram para escancarar o neurônio solitário.

A primeira entrevista mais demorada denunciou um cérebro em permanente litígio com o raciocínio lógico.

A Joana D’Arc da guerrilha urbana é tão palpável quanto o Brasil Maravilha do cartório.
A superexecutiva onisciente, onipresente e onipotente, capaz de organizar em 30 minutos uma contrapartida administrativa do Barcelona ─ essa Dilma Rousseff morreu de anemia depois da saída de seis ministros (cinco por corrupção, um por alucinação) em menos de 10 meses de governo.

Um técnico de futebol que substitui meio time antes dos 25 minutos do primeiro tempo, para antecipar-se à expulsão inevitável e para subtrair-se às vaias das arquibancadas, só pode ser autorizado a escalar a seleção do hospício.

A arrogância debochada de Carlos Lupi ameaça rasgar a terceira e última fantasia.

É a que enfeita a supergerente implacável, incansável e geniosa, capaz de fazer qualquer marmanjo folgado chamar a mãe já no início do pito arrasador, ou de emudecer até um cangaceiro aliado com aquele perturbador “meu querido…” rosnado ao pé da orelha. “Pela relação que tenho com a Dilma, não saio nem na reforma”, jactou-se nesta terça-feira o ainda ministro do Trabalho, depois da conversa com a antiga companheira de PDT.

Nada de “presidenta”, muito menos “presidenta Dilma Rousseff”.


Para Lupi, a chefe de governo é “a Dilma”, com o artigo sublinhando a intimidade de comparsa.

Nesta quarta-feira, Lupi fingiu que a imprensa não entendeu direito o que disse.

Negou ter desafiado a chefe, mas manteve a essência do falatório: vai continuar no cargo ─ antes e depois da reforma ministerial de janeiro.

Dilma encarregou Gleisi Hoffmann de lembrar à nação que é a presidente quem nomeia e demite. Mas não demitiu o homem que instalou num gabinete desonrado por incontáveis maracutaias.

A permanência de Lupi no ministério arrendado ao PDT fortalecerá a suspeita de que os frequentes ataques de nervos protagonizados por Dilma Rousseff não têm parentesco com os associados a governantes enérgicos, exigentes, durões.

São apenas chiliques.

São só grosserias


NOTÍCIA DO DIA...



O traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, chefe do tráfico de drogas da Favela da Rocinha na Polícia Federal
Foto AP

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A desocupação da Reitoria



Determinada pela Justiça, a desocupação da Reitoria da USP ocorreu com base no script tradicional.

Assim como aconteceu no cumprimento de outras ordens judiciais idênticas, no mesmo local, a Polícia Militar (PM) realizou a operação de madrugada.


O Estado de S.Paulo

Com 400 homens, a tropa de choque chegou de surpresa, cercou o prédio e, sem uso de armas de fogo, deteve os invasores.

Estes, por seu lado, saíram repetindo a lengalenga "revolucionária" de sempre, apresentando-se, no momento em que foram detidos, como "presos políticos", denunciando a opressão policial e acusando o governo estadual de "militarizar" a Cidade Universitária.

A novidade é que, ao inspecionar o prédio invadido, a PM descobriu mais do que pichações e sujeira.

Além de portas arrombadas e móveis e câmeras de segurança destruídos, desta vez foram apreendidos morteiros e coquetéis molotov, o que deixou clara a intenção dos baderneiros de sempre, que há duas semanas tumultuam o câmpus.

Falam em "diálogo democrático", mas assumem sempre posições radicais que não podem levar a qualquer tipo de acordo.

Desde o início da baderna, que começou no final de outubro, quando três estudantes foram detidos depois de flagrados fumando maconha no estacionamento do prédio da História e da Geografia, os protestos contra a presença da PM no câmpus e as invasões do prédio administrativo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e da Reitoria tiveram a participação de cerca de 700 estudantes.

No total, a USP tem quase 89 mil alunos, dos quais 50 mil só na Cidade Universitária.


Por causa da apreensão de morteiros e coquetéis molotov, que poderiam ter causado um incêndio de grandes proporções, a PM levou os 73 invasores da Reitoria para o 91.º DP.

Como foram transportados em ônibus comuns, sem banheiro e ar-condicionado, os líderes do grupo chegaram ao desplante de classificar o tratamento como "tortura".

Depois de submetê-los a exame de corpo de delito, o delegado seccional abriu inquérito por crime de formação de quadrilha, dano patrimonial e desobediência a ordem judicial e fixou fiança no valor de R$ 545, mantendo encarcerado quem se recusasse a pagar.

Se a Justiça acolher a denúncia que o Ministério Público fará com base nesses inquéritos, os invasores podem ser condenados no plano criminal, perdendo a primariedade, e obrigados a ressarcir os prejuízos patrimoniais sofridos pela USP no plano civil.

Além disso, a condenação judicial pode pôr fim à velha hipocrisia que está por trás das greves, piquetes e invasões promovidos por minorias radicais no câmpus.

Elas se acostumaram a fazer reivindicações absurdas e a impor condições disparatadas nas "negociações" com as autoridades acadêmica, porque não lhes interessa qualquer espécie de acordo.


Sem acordo, partem para atos de vandalismo e, depois, exigem que não sejam punidas pelo vandalismo.

Lenientes, as autoridades universitárias acatam essas exigências - e a impunidade estimula os estudantes a voltarem à baderna com violência cada vez maior, como se não houvesse limites legais.

Isso ficou evidente no final da semana passada, quando a Justiça acolheu a ação de reintegração de posse impetrada pela Reitoria.

Em vez de cumprir a ordem de desocupação, os invasores tentaram impor à Justiça, como condição para a desocupação do prédio da Reitoria, a retirada da PM do câmpus - o que devolveria a USP à infestação dos traficantes de drogas, assaltantes, estupradores e assassinos.

E, mais grave ainda, mesmo depois do acintoso desacato a uma determinação judicial, eles continuaram sendo cortejados.

Esquecendo-se de que no Estado de Direito todos são iguais perante a lei e ninguém tem prerrogativa de transgredir o que o direito penal classifica como crime, o ministro da Educação, numa declaração das mais infelizes, disse que a USP "não pode ser tratada como se fosse a cracolândia".
O que se está vendo na USP nada tem a ver com questões ideológicas ou com a discussão sobre autonomia universitária.

Por trás do discurso ideológico das minorias de arruaceiros - e daqueles que irresponsavelmente os cortejam - o que se tem é delinquência praticada por quem não aprendeu a respeitar a lei e a viver numa democracia.
09 de novembro de 2011


O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chamou de “mentiroso” o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu






“Não o aguento mais, ele é um mentiroso”, diz Sarkozy sobre Netanyahu


O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chamou de “mentiroso” o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, durante uma conversa privada com seu colega americano, Barack Obama
Correio do Brasil





O presidente da França, Nicolas Sarkozy, chamou de “mentiroso” o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, durante uma conversa privada com seu colega americano, Barack Obama, de acordo com relatos de jornalistas que ouviram o diálogo.



Diálogo entre Sarkozy e Obama em que o presidente francês chama o primeiro-ministro de Israel, foi ouvido por jornalista e transcrito em jornais israelenses

A conversa foi flagrada durante a cúpula do G20, realizada na última semana em Cannes (França), mas foi relatada somente agora pelo site francês Arrêt sur Images, e confirmada por outras fontes.

-Eu não o aguento mais, ele é um mentiroso-, disse Sarkozy, em francês, ao se referir a Netanyahu. “Você pode estar farto dele, mas eu tenho de lidar com ele todo dia”, respondeu Obama.

A conversa privada foi ouvida por alguns jornalistas, mas não foi relatada inicialmente, de acordo com o correspondente da BBC em Paris Christian Fraser.

Os repórteres presentes na entrevista coletiva realizada após o encontro bilateral entre Sarkozy e Obama receberam aparelhos de tradução simultânea, mas foram aconselhados a esperar o fim da conversa entre os dois presidentes para ligar os fones de ouvido. Os que não seguiram a orientação acabaram ouvindo os comentários.

Por vários dias, a imprensa francesa calou-se sobre o assunto. Segundo o correspondente da BBC, a decisão foi tomada para não constranger Sarkozy.

Um jornalista do jornal francês Le Monde se referiu à conversa entre os dois presidentes, mas sem citar literalmente as frases. No entanto, jornais israelenses transcreveram o diálogo completo.

Acredita-se que Obama estava confrontando Sarkozy por votar a favor da candidatura palestina para ser membro pleno da Unesco, órgão da ONU para cultura e educação. Os palestinos conquistaram a vaga, apesar da oposição dos Estados Unidos.

Os comentários indicam uma quebra de confiança em relação ao primeiro-ministro israelense, o que pode, segundo Christian Fraser, causar implicações mais graves para o processo de paz no Oriente Médio.

Leia mais



Charge




lupi leva bala

www.sponholz.arq.br

Dilma Rousseff vai precisar de algo mais possante do que o desejo e a caneta: um revólver. Talvez um canhão.



Carlos Lupi e Dilma:

‘Para me tirar, só abatido a bala’


Ricardo Araújo/ABr



Em tempos desvairados, nem a semântica se salva. Funcionário de primeiro escalão costumava ser nomeado em português e demitido em latim.

Ministros de Estado eram demissíveis ad nutum.
Quer dizer: para destroná-los, bastava a vontade discricionária do inquilino do Planalto.

Pois bem.

Se quiser se livrar de Carlos Lupi (Trabalho), Dilma Rousseff vai precisar de algo mais possante do que o desejo e a caneta: um revólver.

Talvez um
canhão.

"Duvido que a Dilma me tire, ela me conhece muito bem", disse Lupi. "Para me tirar, só abatido a bala. E precisa ser bala forte porque eu sou pesadão."
Em timbre peremptório, o mandachuva do PDT acrescentou: "Não sairei do ministério [...]. Não vou sossegar enquanto este assunto estiver completamente esclarecido."

Lupi reuniu-se nesta terça (8) com os deputados e senadores de sua legenda.

Deopois, o PDT brindou-o com uma nota de apoio.

Haja munição!


08/11/2011 


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Se Entrega, Corisco!




Trecho final do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol

Se entrega, Corisco.

Eu não me entrego não.

Eu me entrego só na morte de
parabelo na mão.



Berlusconi renunciará, encerrando era 'bunga bunga' na Itália




Crise econômica derrubou o primeiro-ministro que fez coleção de escândalos - de sexuais a fiscais - desde que assumiu o poder pela primeira vez, há 17 anos


A crise econômica que está afundando a Itália e a União Europeia fez o que nenhum dos inúmeros escândalos - principalmente sexuais - de Silvio Berlusconi conseguiu: tirou o primeiro-ministro do poder e colocou um ponto final na era do 'bunga bunga'.
O presidente Giorgio Napolitano informou nesta terça-feira que o premiê vai entregar o cargo assim que as reformas econômicas forem aprovadas pela Câmara Alta.

O Executivo pretende apresentar a emenda ao Senado nesta quarta-feira.

Seguindo o trâmite habitual, ela pode ser votada pelo plenário da Câmara alta do Parlamento já na próxima semana.

O anúncio foi feito após Berlusconi perder a maioria em uma importante votação no Parlamento italiano.
A expressão 'bunga bunga' - exótica e de origem ignorada - foi agregada ao vocabulário italiano em novembro de 2010, depois que a imigrante marroquina Karima El Mahroug (conhecida como Ruby) contou como terminavam as grandes festas promovidas pelo premiê em suas mansões, com mulheres nuas fazendo trenzinho com os convidados.


Mas logo o termo passou a representar também o jeito fanfarrão de Berlusconi, o político sem freio que sempre se gabou de ser rico, poderoso e ter uma vida sexual (extremamente) ativa.

Suas farras com frequência o punham em saias-justas - e ele parecia não se importar.

Na verdade, quanto mais justas as saias e mais novas novas as pernas, mais a seu gosto.

"Gostar de garotas é melhor do que ser gay" é uma de suas pérolas mais famosas (confira outras de suas frases famosas em quadro no fim da reportagem).


Ministério Público pede cassação do líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza



Recurso apresentado ao TSE denuncia suposta arrecadação ilícita em campanha de 2010; Cândido Vaccarezza teria recebido R$ 350 mil de concessionária pública e de entidade de classe
Agência Estado

O Ministério Público Eleitoral em São Paulo (MPE-SP) interpôs na sexta-feira, 4, recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a cassação do deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) por suposta arrecadação ilícita durante a campanha eleitoral de 2010.

O petista, que é também líder do governo federal na Câmara dos Deputados, teria recebido R$ 350 mil advindos de uma concessionária de serviço público e de uma entidade de classe.

O MPE-SP lembra no recurso que a Lei das Eleições, nº 9.504/1997, veda doações provenientes dessas fontes e prevê como penalidade máxima a cassação do mandato.

O deputado federal teria recebido recursos da UTC engenharia S/A, no valor de R$ 200 mil, e da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisas (Interfarma), no valor de R$ 150 mil.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu em favor do parlamentar petista após concluir que a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisas (Interfarma) não recebe recursos públicos e tem patrimônio particular.

A Justiça Eleitoral de São Paulo também considerou que a UTC engenharia S/A não é concessionária ou permissionária de serviço público, o que possibilita que as duas empresas doem recursos à campanha eleitoral do parlamentar petista.


Leia mais.


08 de novembro de 2011

Se gritar...




Estudante baderneiro toma um choque de democracia no Senado.



Um bando de agitadores profissionais travestidos de estudantes, a serviço de ongs internacionais, tentou atacar os senadores que votavam o Código Florestal, após meses de discussão, dentro de todas as normas democráticas.
Por O EDITOR
Blog do Coronel



Derrotados no seu intento de bagunçar a reunião, tentaram criar tumulto dentro do Senado, ofendendo senadores e assessores.

Tomaram um choque de democracia.

Um choque de democracia que jamais será esquecido pelo estudante Rafael de Tal (foto acima), que, ao tentar sair no braço com a segurança da casa, foi alvejado com um disparo de pistola Taser, que o deixou inteiramente paralisado.

Fernando Haddad seria contra, assim como foi contra a desocupação da reitoria da USP pelo Choque da PM paulista, com autorização judicial.

É por termos um ministro da Educação assim que, de vez em quando, os estudantes precisam levar um choque de democracia.

De pistola Taser.


8 de novembro de 2011

Vergonha alheia desses estudantes esquerdistas maconheiros.



Este vídeo mostra a velha falácia da esquerda.





Berlusconi vai renunciar ao cargo de premiê na Itália, diz Presidência




Cedendo a crescentes pressões políticas, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, renunciará ao cargo após a aplicação das medidas de austeridade para reduzir o deficit público do país exigidas pela União Europeia, informa uma nota oficial da Presidência divulgada nesta terça-feira.


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Folha




A pressão política pela saída de Berlusconi aumentou com a votação da revisão das contas fiscais de 2010. O projeto passou, mas sem maioria parlamentar. Isso porque a oposição do país, em vez de votar contra, não votou para não atrapalhar a já combalida situação econômica do país.

Do total de 630 parlamentares, 308 votaram a favor do projeto fiscal, um se absteve e 321 não votaram. Assim, o projeto foi aprovado mas o premiê ficou sem a maioria de 316.

A votação desta terça-feira era considerada um voto de confiança informal no atual governo. Sem a maioria, já era previsto que o primeiro-ministro sairia.

Vincenzo Pinto/France Presse
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, olha os números de votos após a aprovação das contas do Estado


O anúncio chega após uma reunião do premiê com o presidente italiano, Giorgio Napolitano, no palácio do Quirinale, sede da Presidência da Itália, junto a lideranças do partido direitista Liga Norte, da base do governo.


Segundo o comunicado da Presidência, Berlusconi teria dito que tem consciência das implicações da votação de hoje e expressou preocupação com a necessidade de dar respostas aos parceiros europeus.

Logo após a votação, o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, afirmou que, independente do resultado, os números teriam que ser levados para o chefe de Estado do país.

Além das crescentes pressões das lideranças da zona do euro e da oposição, nesta terça-feira o premiê recebeu um pedido de renúncia de sua própria base governista.

"Pedimos que ele se afastasse", afirmou o chefe da Liga Norte, Humberto Bossi, aliado de Berlusconi na coalizão de centro-direita no poder.

Bossi também afirmou que seu partido irá apoiar Angelino Alfano, considerado "herdeiro político" de Berlusconi, para a chefia de um novo governo.

Alfano, ex-ministro da Justiça do governo de Silvio Berlusconi, é atualmente secretário-geral do PDL (Povo da Liberdade --partido de Berlusconi), e seu nome poderia receber um apoio relativamente grande para liderar um governo de transição no qual entraria a oposição centrista.


"SITUAÇÃO PREOCUPANTE"

Mais cedo, o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, disse após o fim de uma reunião de ministros de Finanças da União Europeia que a situação na Itália é "muito preocupante".
"A Itália tem registrado vários movimentos e não sabemos quais serão seus desfechos", disse ainda Rehn. Segundo ele, a Europa está "acompanhando a situação atentamente".

Alfano, ex-ministro da Justiça do governo de Berlusconi, é atualmente secretário-geral do PDL (Povo da Liberdade, goveernista), e seu nome poderia receber amplo apoio para liderar um governo de transição no qual entraria a oposição centrista.


Editoria de Arte/Folhapress



08/11/2011

O Brasil agora é outro, companheiro!



Comissão de Ética do Planalto 'pune' Antonio Palocci

Lula Marquer/Folha


Para calar a boca dos que acusam o Brasil de ser o país da impunidade, a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu punir Antonio Palocci.

As línguas viperinas da oposição decerto gritarão: demoroooooou!

O ex-chefão da Casa Civil já deixou o governo faz cinco meses.

Bobagem. A comissão que zela pela ética não tardou tanto assim. Mais importante: não falhou. Melhor: foi pra cima do bambambã das consultoria$.

Você deve estar se perguntando, entre aflito e curioso: em que consiste a punição? Quais são os princípios, as razões?

O repórter recomenda aos seus 22 leitores que puxem a cadeira.

Mera precaução, para que ninguém caia sentado de espanto.

Preparado?

Então, lá vai:


Palocci recebeu uma “censura ética”. Nada a ver com aquela bonança patrimonial que levou Anthony Garotinho a chamá-lo de “pedra preciosa, diamante de R$ 20 milhões.”
Deve-se a censura ao fato de Palocci ter alugado em São Paulo um apartamento registrado em nome de um proprietário-laranja.

Você agora deve estar se indagando, entre surpreso e descrente: qual será a consequência prática?

Vai-se anotar na ficha de Palocci que, no exercício de cargo público, ele incorreu em deslize ético. E daí?

Nada impede que Palocci volte a exercer funções no governo. Pode até cometer novos atentandos contra o pudor ético. Mas vai ter que ficar vermelhinho.

Se não ruborizar a face, arrisca-se a tomar outra “censura ética”. O Brasil agora é outro, companheiro!

- Em tempo: A Comissão de Ética da Presidência decidiu também abrir processo contra o ministro do Trabalho.

Requereu informações.

Tremei, Carlos Lupi!
07/11/2011

Imagem do dia









Delinqüentes agridem jornalistas na USP; são iguais aos traficantes do Rio que mataram cinegrafista. Cadeia para esses fascistas encapuzados!



A canalha que ocupava a Reitoria agrediu ontem à noite os jornalistas que estavam, e estão, na USP fazendo o seu trabalho.

Depois da redemocratização do país, é a primeira vez que representantes da imprensa são agredidos de maneira organizada. Segundo informa a Folha Online, um cinegrafista caiu após ser empurrado, e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos.

Ele foi levado ao hospital.


Grupo de estudantes que ocupa reitoria da USP entra em confronto com membros da imprensa
(Eduardo Anizelli/Folhapress)



Os invasores jogaram pedras contra os jornalistas. Outro cinegrafista se feriu. Publiquei este post à 1h06 de hoje. Agora acrescento algumas coisas.

No que concerne ao direito de ir e vir, pouca coisa distingue esses delinqüentes encapuzados dos traficantes que mataram Gelson Domingos da Silva, o cinegrafista da Band, na Favela de Antares, no Rio. Os dois grupos se julgam donos do pedaço e se impõem ao arrepio da Constituição e das leis. Magno Carvalho, o chefão do Sintusp, tinha prometido sangue, não?

O lugar de uns e outros é cadeia.

É realmente espantoso o que se passa na USP.

Confesso, com certo constrangimento, que também invadi a Reitoria e um edifício do antigo Crusp, que servia, então, à administração do Departamento de Letras — que nem tinha prédio próprio e funcionava nas chamadas “Colméias”, construídas originalmente para ser centro de vivência.

Não estou pedindo para eles o que não tive: polícia.

Até porque a polícia estava lá.

Ainda na ditadura militar, já mitigada, não escondíamos o rosto de ninguém.

E olhem que toda luta era, na verdade, uma luta contra justamente a… ditadura.


Eis o busílis.

Esses marginais encapuzados estão lutando contra a democracia.

Sim, havia “estudantes profissionais” naquele tempo; alguns meliantes que se aboletavam no Crusp já me incomodavam, mas não, não havia nada parecido com o que se vê agora.


Mais: como não nos envergonhávamos dos nossos atos, a imprensa era bem-vinda.

Aliás, a presença de jornalistas era, para nós, uma espécie de garantia.

Sob a lente dos fotógrafos e das câmeras, talvez a polícia “do governo biônico” de São Paulo nos poupasse.

Esses fascistóides agridem a imprensa e escondem a cara porque odeiam a democracia.

Senhores alunos da USP, haverá eleição para o DCE no fim do mês! Os que querem estudar e respeitam o regime democrático são a esmagadora maioria dos 89 mil alunos da USP. Usem as urnas e ponham para correr esses bandos.

A Universidade de São Paulo foi seqüestrada por uma variante do crime organizado.

Libertem-na!


08/11/2011



Carlos Lupi: "Tem muita gente graúda incomodada com a minha presença no Ministério, mas vão ter que me engolir"



Outro feudo, outro escândalo


EDITORIAL  DO ESTADÃO


Se o ministro Gilberto Carvalho, titular da Secretaria-Geral da Presidência, se diz cansado das crises provocadas por denúncias de corrupção no governo, que dirá a sociedade que afinal é quem paga a conta dos malfeitos, como costuma dizer a presidente Dilma Rousseff?

O desabafo do ministro se seguiu a outra revelação do gênero - a da existência de um esquema de extorsão de organizações não governamentais (ONGs) conveniadas com o Ministério do Trabalho, apropriado pelo chefão do PDT, Carlos Lupi.

Segundo a revista Veja, dirigentes de uma ONG do Rio Grande do Norte, o Instituto Êpa, e de outra, denominada Oxigênio, sediada no Rio de Janeiro informaram que as entidades, contratadas para ministrar cursos de capacitação profissional, foram alvo do clássico golpe da criação de dificuldades para a venda de facilidades.

A certa altura da execução dos convênios, as ONGs eram avisadas de que, por supostas irregularidades que teriam cometido, não receberiam novos repasses - a menos que molhassem as mãos de seus interlocutores da cúpula do Trabalho com 5% e 15% do valor dos contratos.

Os achacadores seriam um então assessor de Lupi, o deputado federal maranhense Weverton Rocha, e o coordenador-geral de Qualificação da pasta, Anderson Alexandre dos Santos.

A dupla respondia ao chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, não por acaso tesoureiro do PDT, para onde se destinaria, no todo ou em parte, o cala-boca extraído dos ongueiros.

Não se sabe com que grau de detalhamento, mas o fato é que o Planalto tinha ciência dos podres do feudo de Lupi, outro dos ministros que a presidente foi obrigada a herdar de seu patrono Lula.

Tanto assim que, em agosto último, Dilma mandou demitir Panella.

No sábado, Lupi teve de afastar Santos pelo tempo que durar a sindicância por ele anunciada, enquanto recitava a mesma lengalenga a que recorreram os cinco colegas que acabariam varridos do Gabinete: não compactua com desvios de recursos públicos, mas as denúncias devem respeitar o princípio do amplo direito de defesa.

Ao blá-blá-blá de sempre, o bravateiro Lupi acrescentou uma provocação: "Tem muita gente graúda incomodada com a minha presença no Ministério, mas vão ter que me engolir".

Ele sabe que já estava marcado para cair na reforma ministerial prevista para o começo do ano. O seu medo maior é o desmonte da usina de beneficiamento do PDT a que o Trabalho foi reduzido, na operação lulista de cooptação da Força Sindical liderada por outro notório personagem, o deputado Paulo Pereira da Silva.

A julgar pelo retrospecto recente, no entanto, ele não precisa se preocupar.

Quando se tornou insustentável a permanência do ministro Orlando Silva, do PC do B, no Esporte, a única dúvida no Planalto era sobre o nome do camarada que iria lhe suceder.

O partido impôs o deputado Aldo Rebelo.

 

O antecessor, como se sabe, foi levado a se imolar por causa das maracutaias nos convênios da pasta com ONGs, algumas delas criadas para repartir com o PC do B o dinheiro recebido.

Por bem ou por mal, como se vê agora no escândalo envolvendo o PDT, a cobrança de pedágio das entidades do Terceiro Setor interessadas em contratos com a administração federal é uma forma rotineira de irrigar finanças partidárias.

Mas o problema não se resolve com a "tradicional" retirada do sofá da sala.

Restringir os convênios apenas a entes públicos, como pretende Rebelo, é um retrocesso na gestão dos programas de promoção social em qualquer nível de governo. É ainda abrir mão do dever - e do poder - de fiscalizar adequadamente o uso dos recursos arrecadados da sociedade.

Trata-se de separar o joio do trigo e instituir normas de habilitação das ONGs que impeçam políticos corruptos de fechar negócio com aquelas que, com avidez ou a contragosto, farão a sua parte no cambalacho.

Essa seria a intenção da presidente, depois do pente-fino que mandou passar em todos os convênios do Executivo.

A higienização, de toda maneira, é um ponto de partida, não de chegada.

Esse é o desmanche da engrenagem que enlaça apoio parlamentar ao Planalto e arrendamento aos partidos, chaves na mão, de setores inteiros do governo.

Mas isso não está no horizonte.

 08/11/11