O destino tem sido implacável com a equipe de ministros de Dilma Rousseff.
Entre uma manchete e outra, o sinal muda de verde para amarelo.
Aconteceu uma, duas, três, quatro, cinco vezes. Em todos os casos, os ministros pilhados na contramão preferiram o acelerador ao freio.
Dá-se coisa semelhante com o pedetê Carlos Lupi. Fustigado pela oposição, que cobra sua saída, o titular do Trabalho recorre à direção perigosa:
"Eu repito sempre que sou como cana de canavial: nem facão nem a queimada arranca minha raiz. Vou até o fim…"
“…Tem muita gente graúda incomodada com a minha presença no ministério, mas pode dizer que eles vão ter que me engolir."
Em meio à “gente graúda” que revela algum incômodo destaca-se a presidenta da República.
Com Lupi atravessado na traquéia, Dilma planejava moer a cana no engenho ministerial projetado para o início de 2012.
A dúvida é: Dilma vai aturar os canaviai$ do Trabalho por mais alguns meses ou descerá o facão antes do previsto?
Considerando-se a devastação do ministério plantado na Esplanada há dez meses, o destino de Lupi, longe de parecer estranho, tem um quê de familiar.
O ministro parece convencido de que foi enraizado no mundo como exemplo.
De quê?
Todo mundo, inclusive Dilma, tenta descobrir.
Se mantiver Lupi em pé depois de ter ceifado os cinco incômodos que o precederam, Dilma terá descoberto algo que, por inusitado, merece ser compartilhado com a plateia.
07/11/2011
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