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domingo, 6 de novembro de 2011

Depois de Luppi, Haddad





A pergunta que não quer calar: Como um empresário com R$ 50,84 na conta bancária, há oito meses, venceu três pregões milionários do órgão responsável pelo Enem, sem ter as empresas registradas em seu nome?

Em 15 de março deste ano, o empresário André Luis Sousa Silva, que ganhou contratos milionários no Ministério da Educação, tinha apenas R$ 50,84 em todas as contas bancárias registradas em seu nome.

O saldo impediu o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) de cumprir uma ordem judicial de bloqueio de bens. Foi considerado insuficiente para pagar R$ 5,9 mil cobrados por uma universidade por mensalidades atrasadas do curso de sistemas da informação.

Em seguida, o TJDFT descobriu que, apesar do extrato bancário, André tinha uma Toyota Hilux modelo 2011. As posses, no entanto, vão além.
O empresário também possui uma casa no condomínio Park Way, que ficou pronta recentemente, segundo vizinhos.

André está por trás de três empresas que participaram — e ganharam — do pregão 15/2011, do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). No entanto, não deixou sua digital em nenhuma delas.

A Monal Informática ainda está registrada no nome de Aristides Silva, 84 anos, que disse desconhecer qualquer atividade da empresa.
André admitiu que comprou a Monal este ano.

A situação cadastral, segundo ele, só não foi regularizada.

Já a DNA Soluções Inteligentes está em nome da mãe dele, Enisa Alves. A empresária teria apresentado capital de R$ 1 milhão.

Ela é moradora do Núcleo Bandeirante em Brasília — região administrativa em que o filho também viveu boa parte da vida.

O bairro é sede de outra empresa recém-adquirida, a Jeta Informática, e que participou da licitação.

A empresa está em nome de dois músicos sertanejos. Um deles confirmou que André era o responsável pelos negócios.


Entre 2001 e 2007, André trabalhou na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), como terceirizado.
Foi demitido do cargo de analista de redes e começou a trabalhar por conta própria até montar a DNA.

Desde o ano passado, ele começou a participar de licitações públicas e afirmou ao Estado de Minas que comprou a Monal para entrar em outras disputas. Apesar de atuar na área de informática há décadas, André administra também a Clinikids Especialidades Médicas Pediátricas.

A mulher dele, Jeanne Frota Alecrim, é pediatra do Governo do Distrito Federal e também atende na clínica no Lago Sul. A unidade foi credenciada este ano pelo Senado Federal, com contrato, estimado em R$ 60 mil.
O extrato do negócio foi assinando por André e publicado no Diário Oficial da União em 5 de maio.

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