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sábado, 10 de janeiro de 2015

A farsa do PT e de Dilma contra Anastasia foi desmascarada esta tarde por Youssef







O traiçoeiro Iago, o mentiroso e dissimulado tenente de Otelo, soa até angelical diante dos cavilosos embusteiros do PT e do governo Dilma


Postado por Polibio Braga

O “envolvimento” de Antonio Anastasia com a Lava-Jato pode estar com os seus dias contados, informou esta noite o jornalista Lauro Jardim na sua coluna Radar, www.veja.com.br


. PT e governo, conforme denúncia do deputado Eduardo Cunha, PMDB, outro alvo da quadrilha de assassinos de reputações, seria desmascarada a qualquer momento.


. A idéia de mentir sobre os adversários, velha prática do PT e do governo Dilma, é passar a percepção de que todos são ladrões e corruptos, como seus companheiros do Mensalão e do Petrolão, porque neste caso todos os políticos seriam culpados e portanto ninguém poderia ser condenado.


. Na segunda-feira, Antonio Figueiredo Basto, advogado de Alberto Youssef, fará um pedido de esclarecimento à Justiça Federal informando que o seu cliente nunca pediu ao policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, para entregar qualquer quantia ao ex-governador de Minas Gerais.



.Youssef não citou o nome de Anastasia em sua delação premiada.


. Hoje, também, foi revelada a identidade do policial que teria citado Cunha e Anastasia: ele é meio irmão do ex-ministro de Dilma, Mário Negromonte, envolvido até os dentes no Petrolão.


9 de janeiro de 2015

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Por que o Ocidente ainda tem de pedir desculpas ao Islã? Ou: Vagabundos morais flertam com o terror. Ou ainda: “Islamofobia” uma ova!




Por Reinaldo Azevedo

Volto ao trabalho na segunda, mas antecipo um texto que, dado o que leio por aí, me parece necessário. O terrorismo islâmico sequestrou boa parcela da consciência do Ocidente. Antes que se impusesse por intermédio da brutalidade e da barbárie, seus agentes voluntários e involuntários fizeram com que duvidássemos dos nossos próprios valores. Antes que matassem nossas crianças, nossos soldados, nossos jornalistas, nossos chargistas, nossos humoristas, atacaram, com a colaboração dos pusilânimes do lado de cá, os nossos valores. “Nossos, de quem, cara-pálida?”, perguntará um dos cretinos relativistas do Complexo Pucusp. Os do Ocidente cristão e democrático.

Mesmo gozando de merecidas férias, comprometido principalmente com o nascer e o pôr do sol, acompanhei o que se noticiou no Brasil e no mundo sobre o ataque covarde ao jornal francês “Charlie Hebdo”, que deixou 12 mortos na França. Na nossa imprensa e em toda parte, com raras exceções, a primeira preocupação, ora vejam!!!, era não estimular a “islamofobia”, uma mentira inventada pela máquina de propaganda dos centros culturais de difusão do Islã no Ocidente. Nota à margem: a “fobia” (se querem dar esse nome) religiosa que mais mata hoje é a “cristofobia”. Todo ano, mais ou menos 100 mil cristãos são assassinados mundo afora por causa de sua religião. E não se ouve a respeito um pio a Orientes e Ocidentes.

Uma curiosidade intelectual me persegue há tempos: por que cabe ao Ocidente cristão combater a suposta “islamofobia”? Por que as próprias entidades islâmicas também não se encarregam no assunto? Sim, muitas lideranças mundo afora repudiaram o ataque ao jornal francês, mas sugerindo, com raras exceções, nas entrelinhas, que se tratava de uma resposta injusta e desproporcional a uma ofensa que de fato teria sido desferida contra o Islã e o Profeta. E então chegamos ao cerne na questão.

Sou católico. As bobagens e ignorâncias que se dizem contra a minha religião — e já faz tempo que o ateísmo deixou de ser um ninho de sábios —, com alguma frequência, me ofendem. E daí? Há muito tempo, de reforma em reforma, o catolicismo entendeu que não é nem pode ser estado. A religião que nasceu do Amor e que evoluiu, sim, para uma organização de caráter paramilitar, voltou ao seu leito, certamente não tão pura e tão leve como nos primeiros tempos, maculada por virtudes e vícios demasiadamente humanos, mas comprometida com a tolerância, com a caridade, com a pluralidade, buscando a conversão pela fé.

Não é assim porque eu quero, mas porque é: o islamismo nasce para a guerra. Surge e se impõe como organização militar. Faz, em certa medida, trajetória contrária à do catolicismo ao se encontrar, por um tempo ao menos, com a ciência, mas retornando, pela vontade de seus líderes, ao leito original. Sim, de fato, ao pé da letra, há palavras de paz e de guerra, de amor e de ódio, de perdão e de vingança tanto no Islã como na Bíblia. De fato, também no cristianismo, há celerados que fazem uma leitura literalista dos textos sagrados. E daí? Isso só nos afasta da questão central.

Em que país do mundo o cristianismo, ainda que por intermédio de seitas, se impõe pela violência e pelo terror? Em que parte da terra a Bíblia é usada como pretexto para matar, para massacrar, para… governar? É curioso que diante de atos bárbaros como o que se viu na França, a primeira inclinação da imprensa ocidental também seja demonstrar que o Islã é pacífico. Desculpem-me a pergunta feita assim, a seco: ele é “pacífico” onde exatamente?

Em que país islâmico, árabe ou não, os adeptos dessa fé entendem que os assuntos de Alá não devem se misturar com os negócios de estado? À minha moda, sou também um fundamentalista: um fundamentalista da democracia. Por essa razão, sempre que me exibem a Turquia como exemplo de um país majoritariamente islâmico e democrático, dou de ombros: não pode ser democrático um regime em que a imprensa sofre perseguição de caráter religioso — ainda que venha disfarçada de motivação política, não menos odiosa, é claro!

Cabe às autoridades islâmicas, das mais variadas correntes, fazer um trabalho de combate à “islamofobia”. E a fobia será tanto menor quanto menos o mundo for aterrorizado por fanáticos. Ora, não é segredo para ninguém que o extremismo islâmico chegou ao Ocidente por intermédio de “escolas” e “centros de estudo” que fazem um eficiente trabalho de doutrinação, que hoje já não se restringe a filhos de imigrantes. A pregação se mistura à delinquência juvenil, atraída — o que é uma piada macabra — pela “pureza” de uma doutrina que não admite dúvidas, ambiguidades e incertezas.

Ainda voltarei, é evidente, muitas vezes a esse assunto, mas as imposturas vão se acumulando. Há, sim, indignação com o ocorrido, mas não deixa de ser curioso que a imprensa ocidental tenha convocado os chargistas a uma espécie de reação. Sim, é muito justo que estes se sintam especialmente tocados, mas vamos com calma! O que se viu no “Charlie Hebdo” não foi um ataque ao direito de fazer desenhos, mas ao direito de ter uma opinião distinta de um primado religioso que, atenção!, une todas as correntes do Islã.

É claro que um crente dessa religião tem todo o direito de se ofender quando alguém desenha a imagem do “Profeta” — assim como me ofendo quando alguém sugere que Maria não passava de uma vadia, que inventou a história de um anjo para disfarçar uma corneada no marido. Ocorre que eu não mato ninguém por isso! Ocorre que não existem líderes da minha religião que excitam o ódio por isso. Se um delinquente islâmico queima uma Bíblia, ninguém explode uma bomba numa estação de trem.

E vimos, sim, a reação dos chargistas, mas, como todos percebemos, quase ninguém se atreveu a desenhar a imagem do “Profeta” — afinal de contas, como sabemos, isso é proibido, não é? Que o seja em terras islâmicas, isso é lá problema deles, mas por que há de ser também naquelas que não foram dominadas pelos exércitos de Maomé ou de onde eles foram expulsos?

Tony Barber, editor para a Europa do “Financial Times”, preferiu, acreditem, atacar o jornal francês. Escreveu horas depois do atentado: “Isso [a crítica] não é para desculpar os assassinos, que têm de ser pegos e punidos, ou para sugerir que a liberdade de expressão não deva se estender à sátira religiosa. Trata-se apenas de constatar que algum bom senso seria útil a publicações como como ‘Charlie Hebdo’ ou ‘Jyllands-Posten’ da Dinamarca, que se propõem a ser um instrumento da liberdade quando provocam os muçulmanos, mas que estão, na verdade, sendo apenas estúpidos”.

Barber é um vagabundo moral, um delinquente, e essa delinquência se estende, lamento, ao comando do “Financial Times”, que permitiu que tal barbaridade fosse publicada. Alguém poderia perguntar neste ponto: “Mas onde fica, Reinaldo, o seu compromisso com a liberdade de expressão se acha que o texto de Barber deveria ser banido do FT?”. Respondo: a nossa tradição, que fez o melhor do que somos, não culpa as vítimas, meus caros. Barber usa a liberdade de expressão para atacar os fundamentos da… liberdade de expressão.

Todas as religiões podem ser praticadas livremente nas democracias ocidentais porque todas podem ser igualmente criticadas, inclusive pelos estúpidos. Mas como explicar isso a um estúpido como Barber, um terrorista que já está entre nós?

09/01/2015



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A fábrica da inveja


“Todos gostam do sucesso, mas detestam as pessoas bem-sucedidas.”

(John McEnroe)


 


                            Por Rodrigo Constantino

A lei moral de que o justo é tirar de cada um de acordo com sua habilidade e dar para cada um de acordo com sua necessidade corrompeu milhões de corações ao longo dos anos, e ainda o faz. No entanto, nada poderia ser mais imoral, injusto e ineficaz que este conceito. A novelista Ayn Rand fez um dos melhores retratos das conseqüências dessa máxima colocada em prática, no seu livro Atlas Shrugged, assim como expôs com perfeição os reais motivadores de seus defensores.


Na ficção, infelizmente nada distante da realidade de muitos, uma fábrica de motores decidiu votar um plano onde todos os funcionários iriam trabalhar de acordo com suas habilidades, mas o pagamento seria de acordo com as necessidades. O plano objetivava um nobre ideal de justiça. Era chegada a hora de acabar com a ganância individual, com a busca pelo lucro, com a competição selvagem. Todos os trabalhadores formariam uma grande família, e o bem coletivo seria colocado à frente dos interesses particulares.

Um ex-operário relata como o plano funcionou. Tente colocar água num tanque onde há um duto no fundo drenando o líquido mais rápido do que você é capaz de enchê-lo, e quanto mais você joga água dentro, maior fica o duto. Quanto mais você trabalha, mais lhe é demandado, até que suas horas trabalhadas multiplicam-se para que seu vizinho tenha sua refeição diária, a esposa dele tenha a operação necessária, a mãe tenha a cadeira de rodas, o tio tenha a camiseta, o sobrinho a escola etc. Até pelo bebê que ainda não veio, por todos à sua volta, mais e mais é demandado de você, sempre em nome da “família”. A cada um pela necessidade, de cada um pela habilidade.

Foi necessária apenas uma reunião para perceberem que todos haviam se transformado em vagabundos pedindo esmolas, pois ninguém poderia reclamar um pagamento justo, não havia direitos e salários, seu trabalho não lhes pertencia, mas sim à “família”, e nada era devido em troca, sendo o único direito sobre ela a “necessidade”. Cada um tinha que demandar tudo, alegar miséria, pois sua miséria, não seu trabalho, tinha se tornado a moeda de troca. Ninguém podia mais nada.

Afinal, ninguém era pago pelo trabalho, pelo valor gerado, mas apenas de acordo com a “necessidade”. Em pouco tempo, sendo a necessidade algo subjetivo, todos passam a necessitar de tudo, e a “família” experimenta enorme crescimento de ressentimento mútuo, trapaças, mentiras. A cirurgia da mãe do vizinho passa a ser vista com desconfiança, pois é seu trabalho que paga a conta. Cada nova demanda através do apelo de “necessidade” gera mais intrigas e brigas.

Bebês eram o único item de produção em alta, pois ninguém tinha que se preocupar com o custo dos cuidados com um filho, já que a conta recaía sobre a “família”. Além disto, não havia muito que fazer, pois a diversão era vista como algo totalmente supérfluo, um dos primeiros itens a ser cortado em nome da “necessidade” de todos. A diversão passa a ser vista quase como um pecado. Um dos meios mais fáceis de conseguir um aumento no pagamento era justamente pedir permissão para ter filhos, ou alegar alguma doença grave.

Não há meio mais seguro de destruir um homem que forçá-lo a um mecanismo de incentivo onde seu objetivo passa a ser não fazer o seu melhor, onde sua luta é por fazer um trabalho ruim, dia após dia. Isto irá acabar com ele mais rápido que qualquer bebida o faria, ou o ócio. A acusação mais temida era a de ser mais habilidoso que o demonstrado, pois sua habilidade era como uma hipoteca que os outros tinham sobre você. Mas para quê alguém iria querer ser mais habilidoso, se seus ganhos estavam limitados pela “necessidade”, e suas habilidades significariam apenas mais trabalho pesado para que outros ficassem com os benefícios?

A explicação sobre os motivos que levaram tal plano a ser aprovado está na passagem em que o ex-operário diz que não havia um único homem votando que não pensasse que, sob tais regras, poderia avançar sobre os lucros de outros homens mais habilidosos que ele. Não havia quem, rico ou esperto o suficiente, não achasse que outro seria mais rico ou mais esperto, e que tal plano lhe daria uma parcela de sua maior fortuna ou cérebro.

O trabalhador que gostava da idéia de que sua “necessidade” lhe daria o direito a ter o carro que seu chefe tinha, esquecia que todos os vagabundos do mundo poderiam demandar aquilo que ele tinha conquistado pelo seu trabalho. Este era o verdadeiro motivo para a aprovação deste plano igualitário, mas ninguém gostava de refletir sobre o assunto, e, quanto menos gostavam da idéia, mais alto gritavam sobre o amor pelo bem geral.

A fábrica continuou perdendo os melhores homens, pois os habilidosos “egoístas” iam fugindo como podiam para lugares onde pudessem trabalhar pelos próprios interesses, sem o fardo de sustentar os parasitas. Em pouco tempo, não havia mais nada além dos homens “necessitados”, e já não havia um único homem de habilidade. E a fábrica teve que começar a apelar para as suas necessidades, tentando não perder todos os clientes, pois seus produtos não mais eram competitivos ou eficientes.

Mas qual o bem que faz aos passageiros de um avião um motor que falha em pleno vôo? Se um produto for comprado não pelo seu mérito, mas por causa da necessidade dos empregados da fábrica ineficiente, seria isto correto, bom, ou a coisa moral a ser feita pelo dono da empresa aérea? Se um cirurgião compra um equipamento não pela sua qualidade, mas pela necessidade dos funcionários do produtor, seria correto com seu paciente?

No entanto, é esta a lei moral pregada pelos vários líderes, intelectuais e filósofos no mundo. A cada um pela necessidade, de cada um pela capacidade. A fábrica da inveja, na brilhante novela de Ayn Rand, faliu, virou uma fábrica de miséria, assim como os países socialistas que tentaram adotar a mesma máxima de vida.

Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008. 



                           08/01/2015




Dilma não é Charlie




Homenagem da AP


A presidente Dilma Rousseff condenou o ataque à redação do jornal satírico Charlie Hebdo em Paris nesta quarta-feira:

“Esse ato de barbárie, além das lastimáveis perdas humanas, é um inaceitável ataque a um valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa.”

Essa liberdade de imprensa é o mesmo valor fundamental que o governo Dilma ataca no Brasil por meio do novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que assumiu a pasta para tocar a censura travestida de regulação da mídia.

É o mesmo valor fundamental que os militantes petistas da União da Juventude Socialista, insuflados pelas acusações de Dilma em rede nacional contra VEJA, atacaram ao depredar e pichar a sede da Editora Abril, que publica a revista, após a revelação de que a presidente e seu antecessor sabiam de tudo do Petrolão.

É o mesmo valor fundamental que o então ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Thomas Traumann, atacou quando pressionou o SBT a calar a apresentadora – e crítica do governo – Rachel Sheherazade em pleno ano eleitoral.

É o mesmo valor fundamental que Lula atacou ao tentar expulsar do Brasil o repórter americano Larry Rother por revelar seus hábitos etílicos.

É o mesmo valor fundamental que o PT ataca diariamente ao patrocinar com dinheiro público os blogs sujos (alguns com nome de ‘revista’ ou ‘portal’) para difamar veículos e jornalistas independentes.

Os ataques petistas à liberdade de imprensa são movidos pela mesma intolerância à divergência, à crítica, à sátira que move os terroristas islâmicos, guardadas as diferenças de método e grau de criminalidade com que a colocam em prática.

Os franceses hoje estão nas praças, nas ruas, nas redações e nas redes sociais levantando cartazes com a frase “Je suis Charlie”, em homenagem aos doze mortos no escritório do jornal e em defesa do “valor fundamental das sociedades democráticas – a liberdade de imprensa”. Eu também sou Charlie. Você é Charlie. Somos todos Charlie.

Mas Dilma não é Charlie. Dilma é União da Juventude Socialista.


07/01/2015

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Ataques em Paris: já estão culpando a vítima


O ataque contra os jornalistas franceses do Charlie Hebdo mal acabou e já tem intelectual culpando as próprias vítimas pelo episódio


Como sempre acontece nesses casos, a opinião vem neste formato: “Não estou defendendo o estuprador, mas a mulher não deveria sair por aí com uma saia tão curta. Não estou defendendo o assaltante, mas isso que dá ostentar um Rolex”.

“Esse jornal deveria compreender que isso não se faz, é atrair problema”, disse, ao vivo na Globonews, a professora Arlene Clemesha, da USP. “É claro que não estou defendendo os ataques, mas não se deve fazer humor com o outro.” A professora ainda chamou a revista de sensacionalista. O Charlie Hebdo não é sensacionalista – é uma revista satírica parecida com O Pasquim, que a professora deve adorar.

Pouco antes, o professor Williams Gonçalves, da UERJ, foi mais constrangedor. Culpou os próprios jornalistas pelos ataques, disse que as charges foram um ato de irresponsabilidade e perguntou qual é a graça de se fazer charges com Maomé. “Quem faz uma provocação dessa não poderia esperar coisa muito diferente”, diz ele.

Ora, é claro que o humor sobre religiões tem sua graça. O Porta dos Fundos zomba de religiosos quase toda semana – entre eles, os muçulmanos. O musical The Book of Mormons tem duas horas de pura ridicularização da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Maomé foi um entre tantos religiosos que o Charlie Hebdo satiriza.

Mas o importante é que os jornalistas franceses não cometeram nenhum crime. A charge sobre Maomé é inofensiva – não se pode acusar a revista de discriminação. A liberdade de expressão não só é garantida pela lei local – também é um dos grandes valores da cultura francesa.

07/01/2015

Cartunistas homenageiam vítimas de ataque à revista francesa



Uol


O artista David Pope fez uma charge nesta quarta-feira (7) para homenagear os mortos no ataque à sede da revista 'Charlie Hebdo' em Paris, França. Na ilustração, um homem encapuzado atira em um cartunista e diz 'He drew first', um trocadilho com a palavra 'drew', que pode significar desenhou ou sacou uma arma.

Homens armados abriram fogo ao escritório e mataram ao menos 12 pessoas, entre elas os cartunistas Jean Cabut, Stephane Charbonnier, Georges Wolinski e Bernard Verlhac.

Não há informações sobre quem seriam os atiradores e o que os motivou, mas a revista já publicou ilustrações satíricas sobre líderes muçulmanos e foi ameaçada por divulgar caricaturas de Maomé há três anos.



Ruben L. Oppenheimer



Jean Plantureux, mais conhecido como Plantu






Com a frase em que jurou não ser ladrão, o coroinha de missa negra se transformou em forte candidato a Richard Nixon de picadeiro



Por Augusto Nunes

No meio da entrevista coletiva concedida em 17 de novembro de 1973, o presidente Richard Nixon soltou a frase que, concebida para transformar-se no dístico inscrito no estandarte de outra vítim inocente de tramoias políticas, acabou radiografando com cinco palavras o caráter e a alma do homem mais poderoso do mundo.  "
I’m not a crook", mentiu Nixon.

A supressão do not , exigida aos gritos pelo que já se descobrira sobre o Caso Watergate, pelas demais anotações no alentado prontuário, pela cara de culpado e pela voz de foragido do entrevistado, ofereceu aos jornalistas a expressão que resumia o personagem com contundente exatidão.

O presidente reeleito com uma votação consagradora era um crook. Um genuíno escroque, confirmariam à exaustão as revelações que induziram Nixon a renunciar em 8 de agosto de 1974 ao segundo mandato ainda em seu começo e cair fora do Salão Oval antes da chegada da ordem de despejo. Os eleitores dos Estados Unidos também se equivocam quando escolhem o presidente. Mas já aprenderam o que fazer quando descobrem que instalaram patifes na Casa Branca.

      

É possível que a história se repita como farsa em outros países. No Brasil do lulopetismo, costuma ser reprisada como chanchada, confirmou a frase que Gilberto Carvalho declamou ao despedir-se do gabinete no Palácio do Planalto que lhe garantiu por 12 anos um salário de bom tamanho e a carteirinha de pai da pátria que livra o portador de embarques indesejados na traseira do camburão. “Nós não somos ladrões”, confessou pelo avesso a caixa preta abarrotada de casos de polícia por resolver desde os tempos em que se disfarçava de amigo do prefeito Celo Daniel.

O Brasil teve de esperar mais de 40 anos para ver a entrada em cena, a bordo de quatro palavras, de um forte candidato a Richard Nixon de picadeiro.

Gilberto Carvalho mostrou que está credenciado para o papel ao confessar, pelo avesso, que o bando de que faz parte anda atulhado de ladrões. Mas o candidato talvez já tivesse garantido o novo emprego se o script se limitasse a traduzir o original americano. A turma que tentou inocentar com o palavrório desastrado é muito maior e mais abrangente que a bancada dos gatunos. “Nós não somos escroques”, deveria ter ampliado o leque o coroinha de missa negra.

No bando formado por especialistas em distintas modalidades criminosas, há outros serviços a fazer além de embolsar dinheiro público. Mas todos os integrantes da quadrilha a que Gilberto Carvalho se orgulha de pertencer são escroques que que fariam bonito até num duelo com o time de Richard Nixon.



06/01/2015


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

CINISMO E EMPULHAÇÃO





Por Maria Lucia Victor Barbosa


Nada acontece de repente. Tudo é processo. Por isto recordo um fato mal avaliado por analistas políticos e até mesmo desprezado e criticado: as manifestações ocorridas em junho de 2013 em todo Brasil.

Foi algo impressionante e o estopim foi um movimento de poucos jovens inebriados por um esquerdismo mais folclórico do que fundamentado teoricamente. Eles pediam passe livre apesar de andarem de carro. O que daí decorreu nada teve a ver com ônibus de graça, não era liderado por partidos políticos e não possuía característica ideológica. As multidões foram às ruas para manifestar insatisfação com o governo em múltiplos aspectos.

Em seguida, em meio às manifestações pacíficas apareceram os Black Block, horda composta por bandidos, arruaceiros e a garotada que destrói tudo em nome da esquerda, que ataca símbolos do capitalismo como agências de bancos. Aposto que a moçada, como o ditador da Coreia do Norte, adoram ir à Disneylândia ou fazer compras e estudar nos Estados Unidos. Em todo caso, diante da violência plantada estrategicamente as manifestações recuaram. Seria, porém, ingenuidade supor que a insatisfação popular diminuiu.

Outro fato significativo foi a estrondosa vaia e o xingamento que a presidente Rousseff recebeu na abertura da Copa. Um vexame pior do que a vaia sofrida por Lula nos jogos Pan-americanos. Esporadicamente ela continuou sendo vaiada em lugares aonde ia levar suas “bondades” de campanha.

E veio a campanha. A situação econômica péssima com o Brasil quebrado pela senhora presidente, enquanto eclodia o escândalo da Petrobras, mãe de todos os escândalos já havidos no Brasil depois do mensalão. Mesmo assim, João Santana, o Goebells do PT, avisou que Rousseff ganharia de lavada no primeiro turno, pois os anões tenderiam ao canibalismo.

Tal não aconteceu e veio o segundo turno entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, depois da destruição moral da candidata Marina Silva. Os canhões petistas, então, se voltaram contra Aécio e foi um festival de acusações, de infâmias, de mentiras. Segundo o PT, Aécio acabaria com a bolsa esmola, os direitos trabalhistas, poria no ministério da Fazenda um monstro chamado Armínio Fraga, jogaria o povo na miséria. Nunca antes nesse país houve uma campanha tão sórdida, tão suja, tão abjeta. Desesperado o PT fez o diabo para não perder o bonde do poder.

Rousseff ganhou por pouco. Por pouco Aécio perdeu em Minas. Lula perdeu feio em São Paulo, seu berço político, assim com Rousseff em Porto Alegre e em Brasília. O PT diminui a bancada na Câmara, perdeu governos em Estados importantes.

Há, porém, um fato importante ainda não comentado. De modo inédito em campanhas as pessoas tomaram posição de forma clara e se instalou com firmeza o petismo e o antipetismo. Há uma probabilidade do sentimento antipetista se acentuar diante da inflação crescente, da queda da renda, do desemprego que começa a mostrar suas garras, das contradições do governo Rousseff que já cortou benefícios previdenciários e trabalhistas fazendo o que acusava levianamente seus adversários de fazer caso ganhassem.

Finalmente, depois de muitos adiamentos o ministério foi composto. Não passa de um balcão de negociação de votos no Congresso. Longe do mérito e da competência muitos dos nomeados têm folha corrida e não curriculum. O grosso dos agraciados ignora o que fazer no cargo e terá apenas por missão executar o que sua mestra mandar. No meio da chusma aliada uma exceção com base no mérito: Joaquim Levy, originário do governo Fernando Henrique Cardoso, que será o Armínio Fraga da Dilma. Levy tentará tirar a economia do buraco e, assim, preparar a volta de Lula em 2018 numa situação econômica menos caótica. Este, como sempre empoleirado no palanque já se compõe com uma “frente de esquerda” que lhe dará total apoio. No seu próximo governo, provavelmente, o baderneiro Guilherme Boulos, líder do MTST, será um ministro importante ou comandará os conselhos populares.

E veio a posse. Havia militares e militantes. Estes buscados em vários Estados e trazidos em muitos ônibus. Um sanduíche, um refrigerante e as bandeiras vermelhas se agitaram à passagem da reeleita. O povo praticamente esteve ausente da patuscada.

Menção especial deve ser feita ao discurso de posse que impressionou pelo cinismo e pela empulhação. Uma ficção de mau gosto sobre o paraíso Brasil, obra do PT onde a pobreza acabou e o pleno emprego deixa a todos imersos em felicidade. Uma dádiva que devemos agradecer de joelhos ao criador e a criatura.

Falou-se em misteriosos inimigos externos, em combate à corrupção, etc., até que o delírio oratório culminou no slogan: “Brasil, pátria educadora”. Educadora com Cid Gomes?

Parece piada de salão, como diria o mensaleiro Delúbio Soares.

Infelizmente, nunca fomos tão parecidos com uma republiqueta das bananas.


Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

mlucia@sercomtel.com.br

www.maluvibar.blogspot.com.br

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Honra ao demérito






Não deve ser agradável, mas tampouco parece especialmente desconfortável à presidente Dilma Rousseff ler, ver e ouvir diariamente a massa de críticas à formação de seu Ministério, cuja proeza foi conseguir unanimidade na insatisfação e na atribuição de demérito (moral e profissional) a alguns dos ministros em relação às pastas para as quais foram escolhidos.


A presidente simplesmente fez as coisas ao modo que lhe pareceu o mais pragmático sob a ótica do carcomido e ineficiente presidencialismo de coalizão.

Da obsolescência e ineficiência do método dão notícias os conflitos entre o Planalto e sua base aliada de 394 deputados no primeiro mandato.



Desta vez, a partir de 1º de fevereiro serão, só na Câmara, 329 parlamentares pertencentes a 10 partidos acomodados em ministérios. Em tese, maioria de votos de sobra. Na prática, um ministro não corresponde necessariamente à votação de uma bancada.


Ainda mais nessa situação em que o time já entra em campo reclamando da escalação e emitindo sinais de insubmissão à diretoria. Basta ver a plataforma dos dois candidatos à presidência da Casa oriundos das principais bancadas governistas. Ambos - Eduardo Cunha, do PMDB, e Arlindo Chinaglia, do PT - disputam o lema da "independência" em relação ao Poder Executivo.


Pois muito bem, nesse cenário seria um excelente gesto da presidente na direção da recuperação da credibilidade do governo a formação de um ministério de excelência. Bons quadros não faltam ao País nas mais diversas áreas: Esportes, Saúde, Educação, Minas e Energia, Previdência, Comunicações e assim por diante.


Com certeza absoluta teria o apoio da sociedade contra o qual o Congresso não ousaria reagir. Ocorre, porém, que gente com notório saber, biografia e nome a zelar não aceita determinados papéis. Um Ministério de alto nível teria de obter da presidente compromisso de autonomia para estruturar projetos, negociar com o Congresso e cuidar das respectivas execuções. Contrariando, muitas vezes, interesses que o grupo no poder não está disposto a contrariar. Daí a governar há 12 anos sem ter promovido reformas estruturais nem avanços que direcionem o Brasil ao futuro.


A lógica meramente eleitoral e a servidão à longevidade de uma liderança - no caso, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva - afastam quaisquer expectativas de que o País deixe de patinar e passe a andar. A opção pela mediocridade é a regra. Não foi por outra razão que Lula escolheu Dilma Rousseff como sua sucessora.


Pela certeza de que não lhe faria sombra. Ele nunca deu espaço para que florescessem novas lideranças no PT. Embriões de líderes não faltavam. Muitos abatidos por escândalos, mas outros deixados propositadamente em segundo plano em prol do brilho de uma única estrela.


Assim é a mecânica adotada para a formação do governo do segundo mandato. Muito criticada, mas que atende perfeitamente aos planos, que não incluem compromisso com resultados concretos e sim com a capacidade de mistificação da realidade. Como, aliás, se viu no discurso de posse da presidente.


O diagnóstico de que os brasileiros esperam do governo "mais e melhor" está correto. Mas a receita oferecida, ao menos em termos de equipe, não condiz com o prometido. Basta observar as manifestações de ministros que tomaram posse na sexta-feira.


O titular do Esporte confessou: não entende do riscado e vai "ouvir" quem entende; o da Educação prometeu "diálogo com os professores", acesso a creches, à pré-escola e mudança do currículo do ensino médio para daqui a dois anos; o da Integração Nacional anunciou mais um adiamento da conclusão da transposição das águas do rio São Francisco; e o de Comunicações acenou com "debate profundo" sobre o projeto de regulamentação da mídia.


Um resumo do prólogo que não recomenda o conjunto da obra.

E a Oposição, volta para Brasília amanhã?




 

Por O EDITOR
Blog do Coronel

As redes sociais deveriam ser proibidas para políticos da Oposição, pelo menos em momentos como estes.

O escândalo da Petrobras assumiu proporções absurdas, com a revelação de que um escritoriozinho laranja comandou superfaturamento de bilhões.

Não dá mais pra tuitar, facebuquear, uatizapear e youtubear.

É preciso gerar fatos novos, para que o povo e até mesmo a Imprensa tenham noção da gravidade do que está acontecendo no país.

A Oposição precisa inovar.

Amanhã os ministros começam a trabalhar em Brasília e a Oposição não tem direito de continuar na praia ou na fazenda ou numa casinha de sapê.

Nos foi prometido um governo paralelo.

Queremos. Queremos que a Oposição chame uma coletiva com a Imprensa internacional onde seja entregue o relatório paralelo da CPI em inglês, espanhol e alemão.

Queremos que a Oposição entregue ao país uma proposta de intervenção na Petrobras, porque nem Dilma nem ninguém tem mais condições de gerir a empresa.

Queremos que a Oposição visite oficialmente todos os órgãos envolvidos nas investigações: TCU, CGU, PGR, STF e PF, exigindo investigações.

Queremos uma representações da Oposição mostrando ao país que pode propor soluções para este momento de crise.

Queremos a Oposição em Brasília.

Queremos a Oposição na Bolsa de New York mostrando a real situação das investigações para os investidores internacionais.

Queremos a Oposição em Davos.

Senhores senadores e deputados, se preciso for, subam a rampa do Planalto, batam na porta e exijam um audiência com Dilma.

Ela é a presidente da República.

Entreguem a ela uma solução para a Petrobras.

Constranjam a Presidente da República!

Constranjam este governo corrupto!

Sabemos que a Oposição existe, atuou e tem cumprido o seu papel.

Só que o papel mudou.

É outro papel.

Não é mais o velho papel.

O Brasil precisa e agradece.



5 de janeiro de 2015